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31/08/2019 A Diáspora Judaica no Oriente | Introdução ao Novo Testamento

A Diáspora Judaica no Oriente |


Introdução ao Novo Testamento

A Paz meus irmãos, meus amigos! Com esse novo site, o brasilgospel.club,
queremos formar um verdadeiro Clube de Pregadores da Palavra de Deus.

O nosso objetivo é democratizar o conhecimento bíblico para todos os


Cristãos, independente de denominações. Vamos juntos estudar a vida de
Jesus Cristo. Vamos conhecê-lo com muito mais profundidade.

Com isso, quero dizer que este blog será dedicado a estudos que vão além da
superficialidade, e para isso precisamos entender o tempo e a cultura da época
em que Jesus nasceu.

É preciso ter em mente, também, que Jesus era Judeu. Por isso vamos estudar
a vida e a obra de Jesus, claro que no contexto Cristão, mas sempre levando
em consideração a Sua origem judaica, bem como o meio religioso em que o
nosso Mestre se achava.

Os Fatores que Influenciam a


Interpretação Bíblica
Eu sou Cristão, mas para entender a vida do nosso Salvador precisamos
compreender as raízes hebraicas do Cristianismo. Pra isso vamos usar nos

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nossos estudos bíblicos os fatores:

Culturais – Jesus nasceu e viveu imerso na cultura dos Judeus, os


descendentes de Abraão, portanto Ele falava, vestia e se comportava como
tal;

Linguísticos – a língua que os Judeus falavam na época de Jesus era o


Hebraico e o Aramaico (este último foi devido ao exílio babilônico, e a
língua da Babilônia era o Aramaico), pois os textos bíblicos foram escritos
primeiramente nessas duas línguas;

Geográficos – as histórias do Novo Testamento estão repletas de citações


de lugares, montes, cidades, vilas, lagos, mares, rios. Essas informações
quando combinadas aos outros fatores citados acima, ajudam muito a
esclarecer o sentido mais profundo das passagens.

Portanto, a partir deste artigo em diante, vamos iniciar o uma introdução aos
Evangelhos, e a todo Novo Testamento.

Vamos explorar o mundo Judaico da época do nascimento de Jesus, vendo


os principais fatores que influenciavam a sociedade Israelita do primeiro século,
e que tiveram um potencial para também influenciar os primeiros Cristãos,
discípulos e Apóstolos do nosso Senhor.

A Diáspora Judaica no Oriente

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Havia a Dispersão Ocidental, ou Helenista (Dispersão dos Gregos) e a


Dispersão Oriental ou dos Hebreus, na Época de Jesus e dos Apóstolos.

É um verdadeiro milagre que a religião judaica tenha se preservado mesmo


tendo sido o povo de Israel levado ao cativeiro babilônico por setenta anos.

Entre os meios pelos quais a religião de Israel foi preservada, podemos citar
um dos mais importantes fatores, que foi a centralização e a localização do
culto Israelita em Jerusalém.

Mesmo que atualmente, para alguns, os mandamentos contidos no Antigo


Testamento possam parecer desatualizados e sem muito sentido,
provavelmente o monoteísmo não teria sobrevivido sem essas previsões que
estão descritas nos livros da Lei e dos Profetas.

Isso porque em face da imoralidade e da idolatria que havia no mundo


antigo, e se tomarmos a tendencia que Israel seguia logo nos primeiros anos
de sua existência como nação, vamos concluir que realmente foi necessário
uma maior isolamento das outras nações (mesmo que momentaneamente),
para que se mantivesse o monoteísmo livre dos elementos pagãos que se
mostraram faltais a sua existência.
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Por isso, o exílio na Babilônia por setenta anos era de um risco iminente da
contaminação de toda uma geração com a idolatria desenfreada que os povos
daquele reino praticavam.

E nesse respeito, mesmo o, tão criticado hoje em dia, tradicionalismo,teve


o seu lugar de importância na conservação da observação e da transmissão
dos mandamentos que Deus havia dado ao Seu povo no monte Sinai.

Jerusalém Continuava como


Referência na Diáspora

Uma Mesquita Islâmica ocupa o lugar do Templo em Jerusalém.

Então, como estava a comentar, a centralização do culto Israelita em


Jerusalém serviu como base para que mesmo fora das terras dos patriarcas, os
Judeus pudessem ter uma referência que os levava de volta à adoração ao
Deus de Abraão, Isaque e Jacó.

Isso é manifestado quando lemos a história do Profeta Daniel que orava por
três vezes ao dia, voltando-se de joelhos em direção à cidade de Jerusalém.
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Isso é fantástico analisar, porque, veja, um Romano ou um Grego, ou mesmo


um Oriental, qualquer um deles poderia levar os seus deuses de barro, de
pedra, de madeira ou de metal com ele para onde quer que fossem.

Mas para um Judeu, naquela época, não era assim. Era muito ao contrário,
pois ele tinha apenas um Templo (em Jerusalém); e apenas um só Deus, o
Deus de Abraão.

E o Templo era, naquela época (e novamente, temos que contextualizar e dizer


“naquela época” porque Jesus terminou com a necessidade de se oferecer
sacrifícios de animais), o único lugar no universo em que um Sacerdote Levita
poderia oferecer sacrifícios aceitáveis para o perdão e a comunhão com o
Eterno Deus.

A Importância do Templo para o Novo


Testamento

O Templo era o centro da religião Judaica.

E dentro do Templo havia o lugar mais separado do universo, em que o Sumo


Sacerdote só poderia entrar uma vez ao ano, para fazer a mais solene
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cerimônia de expiação pelos pecados da nação.

Era lá que ficava a Arca da Aliança, e do Altar de Ouro saía uma nuvem de
incenso que simbolizava as orações dos santos. O Candelabro de Sete
Braços dava a sua luz contínua, uma simbologia da luz perpétua de Deus e da
Sua presença – “…Eu sou a luz do mundo…“.

Havia uma mesa, e nela, como que se perpetuamente estivessem diante de


Jeová, os pães da proposição, que em Hebraico são chamados de lechem
haPānīm ‫לחם הפנים‬, os “Pães da Face”. Eles eram feitos a cada semana, uma
constante refeição sacrificial que representava o corpo do próprio Jesus.

Ali também se achava o Altar do Sacrifício, onde se queimava as ofertas diárias


e as festivas, trazidas por todo Israel, tanto dos que estavam na Terra
Prometida, quanto dos que ainda se encontravam na diáspora, isto é, fora das
terras dos Patriarcas.

O Templo não era referência apenas para os Israelitas naturais da Palestina,


mas para todos os Judeus que estavam em todas as nações debaixo dos céus.

Era em torno do Templo de Jerusalém que se reunia as memórias passadas e


as melhores expectativas para o futuro. Era por meio da religião Israelita que
os Judeus enxergavam a sua história, e podemos dizer que sem a religião eles
não possuíam história.

De forma que podemos afirmar que a religião, a história, a esperança e o


patriotismo Israelita estavam todos apontando para Jerusalém e para o Templo
como o centro, o ponto de união e da unidade de todo o Israel de Deus.

Israel Ressurgiu de Várias Diásporas


A nação Israelita poderia estar passando por uma depressão, mas nada
parecia abalar a sua confiança em Deus. Mesmo que um Idumeu, Herodes,
tenha usurpado o trono do rei Davi.

Israel passou no meio das profundezas do Mar Vermelho, e saiu triunfante do


outro lado. Por muitos séculos eles foram escravos no Egito, mas foram libertos
e cantaram com júbilo naquela manhã memorável.

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Muitas vezes as suas harpas foram tocadas às margens dos rios que cortavam
a cidade que deu nome a um império colossal, a Babilônia. Mas o império ruiu
e se tornou pó, enquanto que Israel retornou para a sua terra e floresceu
novamente como uma árvore plantada junto às águas.

A Opressão dos Gregos e a Vitória dos


Macabeus
E neste tempo da história dos Judeus, pouco mais de um século e meio havia
passado desde a maior ameaça à fé e à própria existência de Israel. O rei
Grego-Sírio Antíoco IV Epifânio proibiu a religião Judaica, e procurou destruir
a Bíblia, que era composta do Pentateuco (a Torá), dos Profetas, e
dos Escritos (os livros poéticos como os Salmos).

Ele violou a santidade do Templo, e o dedicou os Pães da Presença ao deus


Grego Zeus do Olimpo. Sacrificou ofertas a esse ídolo horrível, no Templo do
Senhor. E dois Sacerdotes apóstatas o ajudaram com essa maldade.

Porém, das montanhas de Efraim Deus levantou homens fiéis que não se
deixaram contaminar com a idolatria dos Gregos. Três anos depois eles,
os Macabeus, tinham, com um exército quase que amador, derrotado os
Grego-Sírios e Judas Macabeu procedeu a purificação do Templo.

Ele restaurou o Altar no mesmo dia que a abominação da desolação tinha sido
colocada. Foi o pior momento da história da religião Israelita, mas novamente
começava a brilhar a luz da esperança.

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O óleo do Candelabro milagrosamente durou oito dias sem ser reabastecido.

Quando os Macabeus rededicaram o Templo, havia óleo para manter a


Menorá, o Candelabro de Ouro, por apenas um dia. Mas milagrosamente o
óleo durou oito dias, tempo suficiente para que mais óleo puríssimo fosse
fabricado e consagrado. Este milagre ficou conhecido como a Festa da
Hanucá.

Jesus passeou no Templo durante esta festa, que no Novo Testamento é


chamada de Festa da Dedicação:

E em Jerusalém havia a festa da dedicação, e era inverno.


E Jesus andava passeando no templo, no alpendre de Salomão.
João 10:22,23

A Dispersão Voluntária

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E a partir desse momento, os Judeus que viviam na Terra Prometida eram a


minoria. A maioria da nação era constituída pelos Judeus que estavam fora de
Israel, e que ficaram conhecidos como a Dispersão. Este termo não
expressava mais um significado de banimento e punição pelo juízo divino.

Agora, a permanência fora da Palestina era totalmente voluntária, pois os


Judeus prosperaram nas terras que foram habitar por ocasião do exílio.

Por isso Flávio Josefo disse que “não há nação no mundo que não tinha tido
entre eles parte do povo Judeu”, uma vez que eles foram largamente
espalhados por todo mundo, entre os seus habitantes.

“Não há nação no mundo que não tinha tido entre eles parte do povo
Judeu”. Historiador Flávio Josefo.

Cerca de cento e cinquenta anos antes, os Judeus possuíram muitos privilégios


no Egito. Setenta anos depois, o historiador Grego Estrabotestemunhou a
presença deles em toda a terra.

Fílon de Alexandria, o filósofo Judeu, testemunha dessa dispersão, mas


também da solidão dos Israelitas que estavam em meio o mundo pagão da
época. Eles formavam uma nação vasta e grande, que estava dispersa por
todo o mundo, e se tornou uma nação mundial.

A Diáspora no Oriente
E essa noção de nação mundial, talvez se aplique mais nos povos que eram
do Oriente do que na diáspora ocidental. A conexão dos Judeus do Oriente era
tão grande com a Palestina e com Jerusalém que eram vistos quase que uma
continuidade da Terra Prometida, mesmo sendo fora de Israel.

Veja o caso do Apóstolo Pedro que foi pregar aos Judeus da Dispersão na
Babilônia:

A vossa co-eleita em babilônia vos saúda, e meu filho Marcos.


1 Pedro 5:13

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Quando havia a Festa das Semanas, ou a Shavuot, também chamada


de Pentecostes, em Jerusalém, os Judeus de todo o mundo se reuniam
naquela cidade, conforme atesta o livro de Atos dos Apóstolos:

E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas


as nações que estão debaixo do céu. Atos 2:5

Estes eram os que vinham da dispersão, e eram divididos em duas grandes


partes:

Os que vinham do Oriente (das terras que ficavam depois do rio


Eufrates), os Partos, os Medos, os Elamitas que habitavam na
Mesopotâmia; e

Aqueles que vinham do Ocidente – os Helenistas, que eram chamados


no Novo Testamento de “a dispersão dos Gregos“, que viviam entre os
“Gregos”.

Vós me buscareis, e não me achareis; e onde eu estou, vós não podeis


vir.
Disseram, pois, os judeus uns para os outros: Para onde irá este, que o
não acharemos? Irá porventura para os dispersos entre os gregos, e
ensinará os gregos?
João 7:34,35

Os Judeus que habitavam as terras que ficavam a oriente do rio Eufrates, na


Babilônia e outras satrapias, eram incluídos em uma categoria que recebia o
nome de “Hebreus” porque eles falavam a mesma língua, o Hebraico e o
Aramaico.

Foi para esse grupo que o Apóstolo Paulo direcionou a sua carta chamada Aos
Hebreus.

O Conflito Entre os Helenistas e os


Hebreus
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A diferença entre os Judeus chamados “Gregos” e os chamados


“Hebreus” era mais do que somente a língua que falavam. Havia influência da
forma como cada parte pensava e enxergava o mundo. Os “Hebreus”
buscavam se isolar do restante do mundo, como uma forma de se blindarem
contra o paganismo.

Os Helenistas estavam literalmente “no meio das outras nações”


pagãs da época. Eles naturalmente sofriam essas influências e tentavam se
adequar à cultura em que estavam inseridos, mas contudo sem se deixarem
contaminar pela idolatria. Eles também tinham um forte desejo de serem vistos
como iguais aos seus irmãos do Oriente.

Porém os Fariseus, com todo aquele orgulho de pureza legal e cerimonial,


e também porque eles tinham o controle da Tradição Judaica em suas mãos,
deixavam muito claro o seu descontentamento e desprezo para com os
Helenistas.

Os Fariseus declararam abertamente que os Judeus “Gregos” eram muito


inferiores aos Judeus da dispersão Oriental-Babilônica.

Essa divisão e suspeição entre eles era de tal amonta que mesmo na Igreja
dos Apóstolos houve disputas entre os Helenistas e os “Hebreus” no que tange
o tratamento recebido ora por uma parte, ora por outra:

Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma


murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram
desprezadas no ministério cotidiano.
Atos 6:1

Foi por causa dessa disputa que os Diáconos foram instituídos.

O Israel, Fora de Israel


O fato é que a liderança do Judaísmo normativo considerava que a Babilônia, a
Síria e até Antioquia (bem ao norte), faziam parte da Terra de Israel. Qualquer
outro local era tido como terras gentílicas.

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Havia o reforço histórico-cultural, pois o Rei Davi havia conquistado essas


terras no passado, fazendo com que elas fossem percebidas como parte de
Israel. Mas era entre os rios Tigre e Eufrates que a maior e mais rica parte da
dispersão Judaica estava vivendo.

Eles construíram em Nehardea, cidade da Babilônia situada na junção do rio


Eufrates com o rio Malka (atual cidade de Faluja) uma sinagoga que se diz ter
vindo do tempo do Rei Jeconias, feita com as pedras que foram trazidas das
ruínas do Primeiro Templo de Jerusalém.

Esta cidade era fortificada e reuniu muitas e vastas contribuições para a


reconstrução do Segundo Templo. Essas riquezas foram trazidas de volta a
Jerusalém, no final do exílio babilônico, escoltadas por milhares de homens
Judeus.

Outra das cidades fortificadas dos Judeus, na Mesopotâmia, era Nisibis (veio a
ser mais tarde uma cidade importante para o Judaísmo Rabínico), que ficava
na atual Turquia. Essas cidades-tesouros mostram o quão grande a população
Judaica era, mesmo estando fora das terras de Israel, e quão grande foi a sua
influência naquelas sociedades.

A Minoria dos Judeus Voltou do Exílio


É importante dizer, para melhorar a nossa compreensão do Novo Testamento,
que no que se refere à diáspora no Oriente, que somente a minoria dos Judeus
retornou para casa depois que terminou o exílio da Babilônia. Segundo Flávio
Josefo (Antiguidades xi. 5. 2; xv. 2. 2; xviii. 9), e Fílon de Alexandria, somente
50 mil voltaram, primeiramente com Zorobabel e depois com Esdras.

E não foi só a minoria em termos de quantidade, mas de fato os mais ricos e


influentes permaneceram na Babilônia. O povo de Israel ficou bastante dividido
a partir daquele ponto na história.

Novamente, Josefo e Fílon concordam que milhões de Judeus continuaram a


habitar nas províncias que ficavam além do rio Eufrates. Essa população era
tão unida que tinham um poder político muito grande e passaram a ser tratados
com mais cuidado pelo Império Persa.

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Os Judeus Babilônios Se
Consideravam Superiores
O Sanhedrin (Sinédrio) em Jerusalém se correspondia com os Judeus da
Babilônia por meio se sinais de fogo, que eram fogueiras acessas no topo
de montanhas. Essas fogueiras enviavam sinais de montanha à
montanha até que se pudesse avistá-los do oriente, com o objetivo de unificar
o calendário festivo dos Judeus da dispersão.

Isso porque aqueles que permaneciam na diáspora babilônica eram


considerados como no mesmo nível dos Judeus que estavam na Palestina,
porém algumas vezes os da dispersão oriental eram ainda mais considerados
do que os próprios Judeus de Jerusalém.

Com base no calendário festivo de Jerusalém, os Dízimos e as Ofertas


chamadas de Terumá eram devidas pelos Judeus Babilônicos ao Templo de
Jerusalém. Já os Bikurim, que eram os Primeiros Frutos da colheita eram
devidos apenas por aqueles que estavam na distância máxima até a Síria.

(PS: Os Israelitas do norte, os Samaritanos, em conflito com os Israelitas do


sul, os Judeus, muitas vezes acendiam essas fogueiras nos topos de suas
montanhas para atrapalhar essa comunicação.)

Com as outras nações era diferente, pois até mesmo o pó de suas terras era
considerado impuro. Vejo uma grande ironia de Jesus em relação a
essa consideração Farisaica para a poeira da terra das nações gentílicas:

E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo


daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país
de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.
Mateus 10:14,15

O solo da Síria foi considerado como puro. E a pureza genealógica era algo
que preocupava muito a liderança Judaica da época. Nesse aspecto, os
Judeus Babilônicos se consideravam superiores aos da Palestina.

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Eles acreditavam que quando Esdras tomou consigo aqueles que voltaram
para Jerusalém, ele tinha deixado a terra da Babilônia em estado de
pureza (Talmude Kiddushin 69b).

A pureza Genealógica da Diáspora do


Oriente
A pureza genealógica dos Judeus que habitavam as terras dos gentios, era
comparada com a pureza da Palestina (a Terra de Israel) e de Jerusalém como
um tipo de “massa com fermento” (e aqui o fermento simboliza a impureza).

A Terra Prometida e a Babilônia de equivaliam em “pureza”. E era verdade que


houve um grande esforço para se preservar um histórico acurado das
genealogias dos Judeus. E esse mérito se deve a Esdras, que Flávio Josefo
também reconhece.

O registro histórico das genealogias dos Sacerdotes era mantido no Templo,


apesar de que as autoridades Judaicas também mantinham um registro geral,
que Herodes mandou queimar.

Dali por diante a pureza dos Judeus da Babilônia se tornaria ainda mais
considerada. Eles acreditavam que a Terra de israel devia tudo a Esdras, o
Babilônio. Um homem que de acordo com a Tradição, a Lei seria dada por
intermédio dele, se Moisés não tivesse previamente recebido aquela honra.

O Crescimento do Uso do Aramaico no


Novo Testamento

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A Tradição Judaica (Talmude) fala das várias novas ordenanças que foi dada a
nação por meio de Esdras. É fato que as novas circunstâncias trouxeram
mudanças à religião e ao povo de Israel. A língua foi mudada do Hebraico
para o Aramaico.

No lugar do Hebraico antigo, aqueles que retornaram da Babilônia, trouxeram


o novo Alfabeto Hebraico com letras quadráticas. Agora, tanto a Palestina
quanto a Babilônia tinham a mesma língua (conservou-se porém o dialeto
Oriental e o Palestino).

E as pessoas comuns do povo eram completamente ignorantes em relação ao


Hebraico. As Sinagogas continuavam a ensinar a leitura das Escrituras
Sagradas em Hebraico, mas tinham que ser traduzidas para o Aramaico em
liturgias públicas. Essa é a origem dos Targumim (traduções em Hebraico).

Os Targumim, isto é, as traduções da Bíblia Hebraica para o Aramaico, que


possuem mais autoridade são:

O Targum Onkelos – para o Pentateuco, os cinco livros de Moisés,


também chamado de Torá; e

O Targum Yonatan (Jonatan) – para a tradução dos livros dos Profetas.

Esses são os motivos que nos empoderam a afirmar que o Novo Testamento,
principalmente os Evangelhos foram escritos em Aramaico, e não em Grego,
pois os Apóstolos falavam o Aramaico.

E mais, esses primeiros Evangelhos foram dirigidos aos Judeus. Somente


depois, quando os Apóstolos partem para evangelizar as outras nações é que
foram traduzidos para a língua Grega. O Novo Testamento pode ser
encontrado em Aramaico, ainda hoje, na compilação chamada de Peshitta.

A versão em Aramaico, a Peshitta do Novo Testamento, ficou em posse


da Igreja do Oriente, enquanto que as cópias em Grego ficaram com a
Igreja Católica Romana. Podemos citar o manuscrito Grego Codex Sinaiticus.

A Tradição Oral Judaica

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