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INSTITUTO TOCANTINENSE
DE EDUCAÇÃO SUPERIOR E
PESQUISA
O direcionamento em sala de aula terá como pontos
metodológicos a exposição dialogada, debates, trabalhos em
grupo e individual e realização de pesquisa. Estudos de textos
em sala de aula e apresentação de resultados dos estudos Docência
por meio de debates e esclarecimentos.
Ensino
AVALIAÇÃO Superior
A avaliação será realizada por meio da participação do
alunado, de forma contínua, promovendo a fixação das
estruturas abordadas, de acordo com as regras definidas
pela Instituição.
PROGRAMA DO CURSO
Formação;
Requisitos.
Objetivos;
Conteúdo;
Estratégias de ensino-aprendizagem.
UNIDADE IV – AVALIAÇÃO
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Docência
Ensino
Superior
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ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
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EDUCAÇÃO SUPERIOR
CURSOS E NÍVEIS – DIPLOMAS E CERTIFICADOS
O aparecimento do termo Didática data do século XVIII com RATKE, na sua obra "Principais
Aforismas Didáticos". Entretanto, foi COMENIUS em sua "Didática Magna", de 1657, quem
consolidou o seu uso. Considera-se Didática o conjunto sistematizado de princípios, normas
e técnicas especificas de direção da aprendizagem.
O objetivo de estudo da Didática é o PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM.
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METODOLOGIA NO ENSINO SUPERIOR
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UNIDADE 2 – O PROFESSOR DE ENSINO SUPERIOR
FORMAÇÃO DE FORMADORES: O DOCENTE DO ENSINO SUPERIOR
É UM PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO
Paula Cancella Januario2
INTRODUÇÃO
Quando cursei o magistério fiquei encantada com a forma dinâmica e sedutora, que os
professores conduziam suas aulas. Espelhada nestes educadores, optei pelo curso de
pedagogia a fim de expandir meus conhecimentos pedagógicos.
Para minha surpresa ao longo do curso, me deparei com diversos docentes, que
possuíam um excelente referencial teórico, mas que necessitavam rever sua prática
pedagógica, pois esta não condizia com a proposta teórica ensinada.
Baseada nesta vivência refleti, o quanto seria pertinente abordar nesta pesquisa a
importância da formação pedagógica para a prática do docente do ensino superior.
De acordo com Libâneo (1998), a ação educativa é um processo natural da sociedade,
sendo que as instituições de ensino se apropriaram desta tarefa, de forma sistêmica e
intencional.
Com o advento da sociedade do conhecimento, as universidades necessitam se
reconfigurar repensando prioritariamente a formação do docente do ensino superior.
Para Pimenta (2002), no atual panorama nacional e internacional, há uma
preocupação com o crescente número de profissionais não qualificados para a docência
universitária, o que estaria apontando para uma preocupação com os resultados do ensino da
graduação. Considere-se também o paradoxo da sociedade globalizada, que se caracteriza
pela perca da empregabilidade, na qual a profissão professor universitário está em
crescimento.
Essas questões aliadas a uma série de reformas e mudanças que ocorreram na
educação nos últimos anos, proporcionam uma reflexão sobre os professores, pois embora
estes possuam experiências significativas na área de atuação, ou tenham um grande
embasamento teórico, predominam, no geral, o despreparo e até um desconhecimento
científico do que seja um processo de ensino aprendizagem.
Apesar de desempenhar também um papel político e social, o docente tem seu foco
no processo de ensino-aprendizagem, e para lidar com a diversidade de indivíduos que
constituem o cenário universitário, o docente deverá possuir não apenas o domínio específico
da área, mas também o domínio das áreas pedagógicas e o desenvolvimento das habilidades
essenciais para o exercício docente, portanto, o docente do ensino superior é acima de tudo
um profissional da educação.
Dentro desse panorama depara-se com a formação dos educandos, que buscam
universidades como um espaço marcado por prática pedagógica intencional, capaz de
provocar situações favoráveis ao desenvolvimento do aprendiz nas diferentes áreas do
conhecimento, no aspecto afetivo emocional, nas habilidades e nas atitudes e valores.
A realidade é que os professores quando passam a atuar na docência do ensino
superior, no entanto, fazem-no sem qualquer habilitação própria para ensinar. Se for oriundo
das áreas da educação ou licenciatura, teve chances de discutir elementos teóricos e práticos
relativos à questão do ensino-aprendizagem, ainda que direcionados a outra faixa etária de
alunos. Porém, se ele for de outra área e for analisada sua grade curricular observa-se o
seguinte fato: Na leitura de um folder informativo de um curso de engenharia de produção, de
uma universidade do Rio de Janeiro, é informado que seus objetivos são capacitar o
engenheiro para atuar na gestão das organizações de bens e serviços, buscando contínua
atualização e aperfeiçoamento; ser empreendedor, trabalhar em equipe multidisciplinar,
exercer liderança, utilizar a informática como ferramenta e ser sensível às questões sociais,
humanas e ambientais.
As oportunidades profissionais descritas no prospecto são para: engenheiros de
indústrias, direção de prestadoras de serviços, dirigente de órgãos públicos, bancos e
financeiras, e professor do ensino superior e ensino médio.
Dentre as disciplinas oferecidas pelo curso referido, nenhuma disciplina aborda
questões relativas ao processo de ensino-aprendizagem. Logo, como este profissional poderá
atuar na docência do ensino superior? Observa-se que até mesmo nos cursos de licenciatura
e pós-graduação em docência do ensino superior, encontra-se um índice muito baixo de
disciplinas que enfoquem os processos educacionais específicos: métodos e metodologias,
avaliação, planejamento, o projeto político pedagógico, as novas tecnologias, entre outros.
Pode-se exemplificar a afirmativa acima, analisando as grades curriculares dos cursos
de pós-graduação em docência do ensino superior, em sua maioria, encontra-se somente
uma disciplina que aborde especificamente a prática pedagógica, a didática, na qual é
oferecida em apenas um módulo de aproximadamente 45 horas.
Alguns profissionais percebem esta deficiência e buscam uma outra formação: mestrado ou
doutorado, que exigem através da coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível
superior, os CAPES, a participação em atividades pedagógicas, cursando disciplinas nessa
área ou realizando estágios monitorados.
Esse fato reforça a idéia anteriormente citada da importância da preparação
necessária ao exercício da docência.
Os cursos oferecidos aos docentes precisam contemplar todas as questões relativas
ao magistério. Acrescido ainda, da busca de uma formação continuada pelo professor que
poderá, então, construir sua prática de forma também autodidata, partindo da troca de
experiências com outros professores e da busca de novas informações sistematizadas pelo
curso que elegeu.
No entanto, conforme Pimenta (2002), essas iniciativas não constituem regra geral,
pois erroneamente há certo consenso de que a docência no ensino superior não requer
formação no campo de ensinar. Pra essas pessoas, seria o suficiente o domínio de
conhecimentos específicos, pois o que a identifica é a pesquisa e/ou exercício profissional do
campo.
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Observa-se ainda que além da formação, o desempenho docente também é acrescido
de características inatas do sujeito, ou seja, se o indivíduo tem vocação para o magistério,
sensibilidade, liderança, bom desempenho com as relações interpessoais, entre outros.
Com isso, constituem-se nas universidades diversos tipos de identidades docentes:
teremos docentes experientes no campo de trabalho que podem dominar teoricamente os
conteúdos, mas que não sabem ensinar; docentes que sabem ensinar os conteúdos teóricos,
mas que nunca os vivenciaram; e, ainda, um grupo seleto que possui todos esses atributos,
teoria, prática e didática, entre outros perfis.
Grande parte dos docentes do ensino superior constroem sua identidade docente
através das experiências que adquiriram como alunos de diferentes professores, que lhes
possibilita dizer quais eram os bons professores. Formam modelos positivos e negativos, nos
quais se espelham para reproduzir ou negar.
Na verdade, eles não se identificam como professores, uma vez que olham o ser
professor e a universidade do ponto de vista do ser aluno. O desafio, então, que se impõe é o
de construir a identidade de professor universitário, baseado não apenas nas experiências
vividas e no saber específico, mas também no empenho em construir saberes pedagógicos
através de uma contínua formação, que viabilize o desenvolvimento de competências
necessárias ao exercício do magistério.
Como, então, definir as competências necessárias para que um docente do ensino
superior seja um profissional da educação?
BIBLIOGRAFIA
LIBÂNEO, J.C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1998.
PIMENTA, S.G.; ANASTASIOU, L. das G.C. Docência no ensino superior. São Paulo: Cortez,
2002.
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ele atinja os seus objetivos. Isto exige a cuidadosa preparação de um plano de disciplina e
de tantos planos de unidade quantos forem necessários.
Técnicas de Avaliação — Não se pode conceber ensino sem avaliação. Não apenas a
avaliação no final do curso, mas também a avaliação formativa, que se desenvolve ao longo
do processo letivo e que tem por objetivo facilitar a aprendizagem. Assim, o professor
universitário precisa estar capacitado para elaborar instrumentos para a avaliação dos
conhecimentos e também das habilidades e atitudes dos alunos.
REQUISITOS TÉCNICOS
Para ministrar determinada disciplina o professor precisa conhecê-la com profundidade bem
maior do que a exigida no programa.
Isto é importante para que ele possa ressaltar os seus aspectos fundamentais e esclarecer
acerca de suas aplicações práticas. E também para solucionar eventuais problemas
formulados pelos alunos ao longo do período letivo.
No caso de disciplinas de cunho mais prático convém também que o professor detenha
sólida experiência na área. Seria descabido, por exemplo, um professor se dispor a lecionar
Direito Processual Civil sem ter exercido atividade profissional nesse campo.
• CULTURA GERAL
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UNIDADE 3 – O PLANO DE ENSINO
PLANEJAR O ENSINO
Planejar e pensar andam juntos. Ao começar o dia, o homem pensa e distribui suas
atividades no tempo: o que irá fazer, como fazer, para que fazer, com o que fazer etc. Nas
mais simples e corriqueiras ações humanas, quando o homem pensa de forma a atender
suas metas e seus objetivos, ele está planejando, sem necessariamente criar um
instrumental técnico que norteie suas ações. Essas observações iniciais estão sendo
expressas, apenas para chamar atenção sobre o aspecto cotidiano da ação de planejar e
como o planejamento faz parte da vida. Aquele que não mais planeja, talvez já tenha
robotizado suas ações, portanto, quem sabe, não tem a consciência do que está fazendo,
nem se ainda pode construir alguma coisa. Alguns até dizem: “Nem preciso mais pensar,
vou fazendo o que me mandam fazer... Eu não necessito planejar, já vou fazendo, porque
sei onde vai dar...”. E assim por diante.
Nessa circunstância, parece estar presente a alienação do homem como sujeito, na
medida em que assume a atitude de dominado, fazedor dócil e outras tantas
denominações que podem ser imprimidas no sujeito, quando este se torna objeto nas
mãos de outrem. Todavia, o objetivo deste estudo não é discutir tais questões, muito
embora elas estejam presentes nas atividades habituais do homem.
O planejamento é um processo que exige organização, sistematização, previsão,
decisão e outros aspectos na pretensão de garantir a eficiência e eficácia de uma ação,
quer seja em um nível micro, quer seja no nível macro. O processo de planejamento está
inserido em vários setores da vida social: planejamento urbano, planejamento econômico,
planejamento habitacional, planejamento familiar, entre outros. Do ponto de vista
educacional, o planejamento é um ato político-pedagógico porque revela intenções e a
intencionalidade, expõe o que se deseja realizar e o que se pretende atingir.
Mas o que significa planejamento do ensino e suas finalidades pedagógicas?1 O
que é o planejamento docente? O plano de aula? O projeto de disciplina? A programação
semestral? O projeto pedagógico? Esses conceitos, atualmente, foram redefinidos, não só
por conta da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, mas também como
resultante do novo modelo de sociedade, onde alguns denominam de sociedade
aprendente, outros, sociedade do conhecimento.
O que é importante, do ponto de vista do ensino, é deixar claro que o professor
necessita planejar, refletir sobre sua ação, pensar sobre o que faz, antes, durante e depois.
O ensino superior tem características muito próprias porque objetiva a formação do
cidadão, do profissional, do sujeito enquanto pessoa, enfim de uma formação que o habilite
ao trabalho e à vida. Voltemos a questão inicial. O que significa o planejamento de ensino?
Por que o professor deve planejar? Quais os procedimentos, os instrumentos, as técnicas,
os métodos, os recursos e as finalidades pedagógicas do planejamento de ensino? Um ato
político pedagógico? Uma carta de intenção? Uma reflexão sobre o saber fazer docente?
Antes de desenvolver algumas dessas questões, é imprescindível afirmar que
existem diferentes abordagens sobre o assunto. Tais abordagens se diferenciam pela
forma como tratam a temática, todavia se afinam quantos aos seus elementos
constitutivos. Assim considerado, arrisca-se afirmar que o planejamento do ensino
significa, sobretudo, pensar a ação docente refletindo sobre os objetivos, os conteúdos, os
procedimentos metodológicos, a avaliação do aluno e do professor. O que diferencia é o
tratamento que cada abordagem explica o processo a partir de vários fatores: o político, o
técnico, o social, o cultural e o educacional.
É essencial enfatizar que o planejamento de ensino implica, especialmente, em uma ação
refletida: o professor elaborando uma reflexão3 permanente de sua prática educativa.
Assim o planejamento de ensino tem características que lhes são próprias, isto,
particularmente, porque lida com os sujeitos aprendentes, portanto sujeitos em processo
de formação humana. Para tal empreendimento, o professor realiza passos que se
complementam e se interpenetram na ação didático-pedagógica.
Decidir, prever, selecionar, escolher, organizar, refazer, redimensionar, refletir sobre
o processo antes, durante e depois da ação concluída. O pensar, a longo prazo, está
presente na ação do professor reflexivo4. Planejar, então, é a previsão sobre o que irá
acontecer, é um processo de reflexão sobre a prática docente, sobre seus objetivos, sobre
o que está acontecendo, sobre o que aconteceu. Por fim, planejar requer uma atitude
científica do fazer didático-pedagógico.
Mas como planejar? Quais as ações presentes e como proceder do ponto de vista
operacional, uma vez que é entendido que o planejamento é um processo, um ato político-
pedagógico e, por conseguinte não tem neutralidade porque sua intencionalidade se revela
nas ações de ensino. O que se pretende desenvolver? O cidadão que se deseja formar? A
sociedade que se pretende ajudar a construir?
Em primeiro lugar, as fases, os passos, as etapas, as escolhas, implicam em
situações diversificadas, que estão presentes durante o acontecer em sala de aula, num
processo de idas e vindas.
Contudo, para efeito de entendimento, indica-se a realização de um diagnóstico
aqui compreendido como uma situação de análise; de reflexão sobre o circunstante, o
local, o global. Nesse contexto didático-pedagógico: averiguar a quantidade de alunos, os
novos desafios impostos pela sociedade, as condições físicas da instituição, os recursos
disponíveis, nível, as possíveis estratégias de inovação, as expectativas do aluno, o nível
intelectual, as condições socioeconômicas (retrato sócio-cultural do aluno), a cultura
institucional a filosofia da universidade e/ou da instituição de ensino superior, enfim, as
condições objetivas e subjetivas em que o processo de ensino irá acontecer.
O PLANO DE ENSINO
EMENTA
OBJETIVO
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conseqüência de se ter desempenhado adequadamente nas atividades da disciplina. São
as modificações de atitudes do aluno, as quais são obtidas a partir das experiências
educacionais planejadas pelo professor. Tais atitudes são a expressão de conhecimentos,
competências, habilidades e atitudes que, antes de cursar a disciplina, o aluno não era
capaz de realizar ou, pelo menos de realizar tão bem.
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDO
METODOLOGIA
São os meios que o professor utiliza em sala de aula para facilitar a aprendizagem dos
alunos, ou seja, para conduzi-los em direção aos objetivos da aula, do conjunto de aulas
ou do curso. Técnicas de ensino que podem ser empregadas:
• Aulas expositivas empregando: quadro negro, retro-projetor e power-point;
• Seminários para apresentação de trabalhos de pesquisa;
• Resolução intensiva de exercícios;
• Estudos dirigidos em sala de aula;
• Simulações computacionais;
• Investigação científica;
• Problematização;
• Etc.
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seja por contradição. Conforme já dito, todo conteúdo possui em sua lógica interna uma
forma que lhe é própria e que precisa ser captada e apropriada para sua efetiva
compreensão.
Para essa forma de assimilação, que obedece à lógica interna do conteúdo, utilizam-
se os processos mentais ou as operações do pensamento.
DESCRIÇÃO É uma exposição do conteúdo, com as participações ativas dos estudantes, cujos
conhecimentos prévios devem ser considerados e podem ser tomados como
ponto de partida. O professor leva os estudantes a questionarem, interpretarem e
discutirem o objeto de estudo, a partir do reconhecimento e do confronto com a
realidade. Deve favorecer análise crítica, resultando na produção de novos
conhecimentos. Propõe a superação da passividade e imobilidade intelectual dos
estudantes.
OPERAÇÕES DE Obtenção e organização de dados, interpretação, crítica, decisão, comparação e
PENSAMENTO resumo.
(Predominantes)
DINÃMICA DA - Professor contextualiza o tema de modo a mobilizar as estruturas mentais do
ATIVIDADE estudante para operar com as informações que este traz, articulando-as às que
serão apresentadas; faz a apresentação dos objetivos de estudo da unidade e
sua relação com a disciplina ou curso.
- Faz a exposição, que deve ser bem preparada, podendo solicitar exemplos aos
estudantes, e busca o estabelecimento de conexões entre a experiência vivencial
dos participantes, o objeto estudado e o todo da disciplina.
- É importante ouvir o estudante, buscando identificar sua realidade e seus
conhecimentos prévios, que podem mediar a compreensão crítica do assunto e
problematizar essa participação.
- O forte dessa estratégia é o diálogo, com espaço para questionamentos, críticas
e solução de dúvidas: é imprescindível que o grupo discuta e reflita sobre o que
está sendo tratado, a fim de que uma síntese integradora seja elaborada por
todos.
AVALIAÇÃO - Participação dos estudantes contribuindo na exposição, perguntando,
respondendo, questionando...
- Pela participação do estudante acompanham-se a compreensão e a análise dos
conceitos apresentados e construídos.
- Podem-se usar diferentes formas de obtenção da síntese pretendida na aula: de
forma escrita, oral, pela entrega de perguntas, esquemas, portfólio, sínteses
variadas, complementação de dados no mapa conceitual e outras atividades
complementares a serem efetivadas em continuidade pelos estudantes.
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DINÂMICA DA Momentos:
ATIVIDADE 1. Contexto do texto - data, tipo de texto, autor e dados sobre este.
2. Análise textual e preparação do texto: visão de conjunto, busca de
esclarecimentos, verificação de vocabulário, fatos, autores citados,
esquematização.
3. Análise temática - compreensão da mensagem do autor: tema, problema, tese,
linha de raciocínio, idéia central e as idéias secundárias.
4. Análise interpretativa/extrapolação ao texto -levantamento e discussão de
problemas relacionados com a mensagem do autor.
5. Problematização - interpretação da mensagem do autor: corrente filosófica e
influências, pressupostos, associação de idéias, crítica.
6. Síntese e re-elaboração da mensagem, com base na contribuição pessoal.
ESTRATÉGIA 3: Portfólio
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ESTRATÉGIA 4: Tempestade Cerebral
AVALIAÇÃO Essa é uma estratégia em que ocorre uma avaliação grupal, ao longo do
processo, cabendo a todos esse acompanhamento.
No entanto, como o professor é o responsável pelo processo de ensinagem, o
acompanhamento das participações, da qualidade das inclusões, das
elaborações apresentadas toma-se elemento fundamental para as retomadas
necessárias na lista e, oportunamente, em classe.
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DINÂMICA DA 1. Apresentar ao estudante um determinado problema, mobilizando-o para a
ATIVIDADE busca da solução.
2. Orientar os estudantes no levantamento de hipóteses e na análise de dados.
3. Executar as operações e comparar soluções obtidas.
4. A partir da síntese verificar a existência de leis e princípios que possam se
tornar norteadores de situações similares.
AVALIAÇÃO Observação das habilidades dos estudantes na apresentação das idéias quanto a
sua concisão, logicidade, aplicabilidade e pertinência, bem como seu
desempenho na descoberta de soluções apropriadas ao problema apresentado.
ESTRATÉGIA 9: Phillips 66
DESCRIÇÃO É uma atividade grupal em que são feitas análise e discussão sobre
temas/problemas do contexto dos estudantes. Pode também ser útil para
obtenção de informação rápida sobre interesses, problemas, sugestões e
perguntas.
OPERAÇÕES DE Análise, interpretação, crítica, levantamento de hipóteses, busca de suposições e
PENSAMENTO obtenção de organização de dados.
(Predominantes)
DINÂMICA DA 1. Dividir os estudantes em grupos de seis membros, que durante 6 minutos
ATIVIDADE podem discutir um assunto, tema, problema na busca de uma solução ou síntese
final ou provisória. A síntese pode ser explicitada durante mais 6 minutos. Como
suporte para discussão nos grupos, pode-se tomar por base um texto ou
simplesmente o aporte teórico que o estudante já traz consigo.
2. Preparar a melhor forma de apresentar o resultado do trabalho, em que todos
os grupos explicitem o resultado pelo seu representante.
AVALIAÇÃO Toda atividade grupal deve ser processada em seu fechamento. Os avanços,
desafios e dificuldades enfrentados variam conforme a maturidade e autonomia
dos estudantes e devem ser encarados processualmente.
A avaliação será feita sempre em relação aos objetivos pretendidos, destacando-
se:
- o envolvimento dos membros do grupo;
- a participação conforme os papéis estabelecidos;
- a pertinência das questões e/ou síntese elaborada;
- o processo de auto-avaliação dos participantes.
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DINÂMICA DA 1. Dividir os estudantes em dois grupos, um para verbalização de um
ATIVIDADE tema/problema e outro de observação.
2. Organizá-los em dois círculos, um interno e outro externo, dividindo o número
de membros conforme o número de estudantes da turma. Em classes muito
numerosas o grupo de observação será numericamente maior que o de
verbalização.
3. Num primeiro momento, o grupo interno verbaliza, expõe, discute o tema;
enquanto isso, o GO observa, registra conforme a tarefa que lhe tenha sido
atribuída. Em classes muito numerosas, as tarefas podem ser diferenciadas para
grupos destacados na observação.
4. Fechamento: o GO passa a oferecer sua contribuição, conforme a tarefa que
lhe foi atribuída, ficando o GV na escuta.
5. Em classes com menor número de estudantes, o grupo externo pode trocar de
lugar e mudar de função - de observador para verbalizador.
6. Divide-se o tempo conforme a capacidade do tema em manter os estudantes
mobilizados.
7. O fechamento, papel fundamental do docente, deve contemplar os objetivos,
portanto, incluir elementos do processo e dos produtos obtidos.
AVALIAÇÃO O grupo de verbalização será avaliado pelo professor e pelos colegas da
observação.
Os critérios de avaliação são decorrentes dos objetivos, tais como:
- clareza e coerência na apresentação;
- domínio da problemática na apresentação;
- participação do grupo observador durante a exposição;
- relação crítica da realidade.
DESCRIÇÃO É uma representação teatral, a partir de um foco, problema, tema etc. Pode
conter explicitação de idéias, conceitos, argumentos e ser também um jeito
particular de estudo de casos, já que a teatralização de um problema ou situação
perante os estudantes equivale a apresentar-lhes um caso de relações humanas.
24 | P á g i n a
AVALIAÇÃO O grupo será avaliado pelo professor e pelos colegas. Sugestão de critérios de
avaliação:
- clareza e coerência na apresentação;
- participação do grupo observador durante a apresentação;
- utilização de recursos que possam tornar a dramatização mais real;
- criatividade e espontaneidade.
DESCRIÇÃO É a análise minuciosa e objetiva de uma situação real que necessita ser
investigada e é desafiadora para os envolvidos.
OPERAÇÕES DE Análise, interpretação, crítica, levantamento de hipóteses, busca de suposições,
PENSAMENTO decisão e resumo.
(Predominantes)
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DINÂMICA DA 1. O professor expõe o caso a ser estudado (distribui ou lê o problema aos
ATIVIDADE participantes), que pode ser um caso para cada grupo ou o mesmo caso para
diversos grupos.
2. O grupo analisa o caso, expondo seus pontos de vista e os aspectos sob os
quais o problema pode ser enfocado.
3. O professor retoma os pontos principais, analisando coletivamente as soluções
propostas.
4. O grupo debate as soluções, discernindo as melhores conclusões.
Papel do professor: selecionar o material de estudo, apresentar um roteiro para
trabalho, orientar os grupos no decorrer do trabalho, elaborar instrumento de
avaliação.
Análise de um caso:
- Descrição do caso: aspectos e categorias que compõem a situação. Professor
deverá indicar categorias mais importantes a serem analisadas.
- Prescrição do caso: estudante faz proposições para mudança da situação
apresentada;
- Argumentação: estudante justifica suas proposições mediante aplicação dos
elementos teóricos de que dispõe.
AVALIAÇÃO O registro da avaliação pode ser realizado por meio de ficha com critérios a
serem considerados, tais como:
- aplicação dos conhecimentos (a argumentação explicita os conhecimentos
produzidos a partir dos conteúdos?);
- coerência na prescrição (os vários aspectos prescritos apresentam uma
adequada relação entre si?);
- riqueza na argumentação (profundidade e variedade de pontos de vista);
- síntese.
26 | P á g i n a
DESCRIÇÃO É a reunião de palestras e preleções breves apresentadas por várias
pessoas (duas a cinco) sobre um assunto ou sobre diversos aspectos de
um assunto.
Possibilita o desenvolvimento de habilidades sociais, de investigação,
amplia experiências sobre um conteúdo específico, desenvolve
habilidades para estabelecer relações.
OPERAÇÕES Obtenção de dados, crítica, comparação, elaboração de hipóteses e
DE organização de dados.
PENSAMENTO
(Predominantes)
DINÂMICA DA O professor coordena o processo de seleção dos temas e planeja o
ATIVIDADE simpósio juntamente com os estudantes da seguinte forma:
1. Divididos em pequenos grupos, estudam e esquematizam a
apresentação com antecedência, organizando o conteúdo em unidades
significativas, de forma a apresentá-lo em no máximo 1h e 30 rninutos,
destinando de 15 a 20 rninutos para a apresentação de cada comunicador
(apresentador do pequeno grupo).
2. O professor é o responsável pela indicação das bibliografias a serem
consultadas para cada grupo, ou para cada subitens, a fim de evitar
repetições.
3. Cada pequeno grupo indica o seu representante, que exercerá a função
de comunicador e comporá a mesa apresentadora do tema.
4. Durante as exposições os comunica dores não devem ser
interrompidos.
5. O grande grupo assiste à apresentação do assunto anotando perguntas
e dúvidas e encaminhando-as para o coordenador da mesa.
6. O coordenador da mesa resume as idéias apresentadas e encaminha
as perguntas aos membros da mesa. Aquele não precisa ser
necessariamente o professor, pode ser um estudante indicado pelo grande
grupo. Não há necessidade de um fechamento de idéias.
AVALIAÇÃO Levar em conta a concisão das idéias apresentadas pelos comunica dores
quanto:
- à pertinência das questões apresentadas pelo grande grupo;
- à logicidade dos argumentos;
- ao estabelecimento de relações entre os diversos pontos de vista;
- aos conhecimentos relacionados ao tema e explicitados.
27 | P á g i n a
DINÂMICA DA 1. O professor coordena o processo de painel.
ATIVIDADE 2. Cinco a oito pessoas se colocam, sem formalidade, em semicírculo diante dos
ouvintes, ou ao redor de uma mesa, para falar de um determinado assunto.
3. Cada pessoa deverá falar pelo tempo de 2 a 10 minutos.
4. O professor anuncia o tema da discussão e o tempo destinado a cada
participante.
5. No final, o professor faz as conexões da discussão para, em seguida, convidar
os demais participantes a formularem perguntas aos painelistas.
DESCRIÇÃO Consiste num espaço do tipo “reunião”, no qual todos os membros do grupo têm a
mesma oportunidade de participar do debate de um tema ou problema
determinado.
Pode ser utilizado após a apresentação teatral, palestra, projeção de um filme,
para discutir um livro que tenha sido lido pelo grupo, um problema ou fato
histórico, um artigo de jornal, uma visita ou uma excursão.
OPERAÇÕES DE Busca de suposições, hipóteses, obtenção e organização de dados,
PENSAMENTO interpretação, crítica e resumo.
(Predominantes)
DINÂMICA DA 1. O professor explica os objetivos do fórum.
ATIVIDADE 2. Delimita o tempo total (ex: 40 min) e o tempo parcial de cada participante.
3. Define funções dos participantes:
- do coordenador, que organiza a participação, dirige o grupo e seleciona as
contribuições dadas para a síntese final;
- do grupo de síntese, que faz as anotações que irão compor o resumo;
- do público participante - cada membro do grupo se identifica ao falar e dá sua
contribuição, fazendo considerações e levantando questionamentos.
4. Ao final um membro do grupo de síntese relata resumo elaborado.
AVALIAÇÃO A avaliação, estabelecida previamente, levará em conta:
- a participação dos estudantes como debatedores e/ou como público;
- a habilidade de atenção e concentração;
- a síntese das idéias apresentadas;
- a apresentação de argumentos consistentes;
- a produção da síntese.
28 | P á g i n a
DINÂMICA DA O professor organiza o grupo e providencia com antecedência ambiente e
ATIVIDADE material didático necessário à oficina. A organização é imprescindível ao sucesso
dos trabalhos.
O grupo não deve ultrapassar a quantidade de 15/20 componentes. .
Pode ser desenvolvida por meio das mais variadas atividades: estudos
individuais, consulta bibliográfica, palestras, discussões, resolução de problemas,
atividades práticas, redação de trabalhos, saídas a campo, etc.
AVALIAÇÃO Participação dos estudantes nas atividades e a demonstração das habilidades
visadas e expressas nos objetivos da oficina.
Pode-se propor a auto-avaliação, avaliação descritiva ou pelos produtos no final
do processo.
29 | P á g i n a
DINÂMICA DA 1. Desafiar o estudante como investigador.
ATIVIDADE 2. Estabelecimento de princípios: movimento e alteração do conhecimento,
solução de problemas, critérios de validação, reprodução e análise.
3. Construção do projeto:
- definição do problema de pesquisa;
- definição de dados a serem coleta dos e dos procedimentos de investigação;
- definição da análise dos dados;
- interpretação /validação das suposições;
- síntese e apresentação dos resultados;
- revisões e recomendações.
AVALIAÇÃO O acompanhamento do processo deve ser contínuo, com retroalimentação das
fases já vivenciadas, assim como com as devidas correções em tempo.
As hipóteses incompletas, dados não significativos, devem ser substituídas pelos
mais adequados.
Um cronograma de fases e ações auxilia no autocontrole, pelo estudante ou
grupo.
Os critérios de valorização devem ser estabelecidos antecipadamente e, como
são critérios construídos, podem ser reformulados no processo.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
UNIDADE 4 – AVALIAÇÃO
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Superior/pagina1.html
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Este trabalho discute alguns pontos desta forma mais ampla de avaliação e
estabelece algumas comparações com dinâmicas parecidas, que foram objeto de
apreciação em programas de qualidade em empresas no Brasil e no mundo.
Abreu e Masetto (1990) observam que "Avaliar, para muitos de nós, professores do
ensino superior, é uma das atividades pedagógicas mais difíceis de realizar...". A
preocupação é justificada, pois o educador precisa estabelecer uma medida que defina a
promoção ou não de determinado estudante. Para suprir esta medida, Abreu e Masetto
apontam uma série de técnicas que podem ser utilizadas pelo professor. Estas técnicas
são divididas em grupos e são agrupadas de acordo com o que se pretenda avaliar:
conhecimentos, habilidades ou atitudes. São abrangentes – também – quando afirmam
que o ensino, como um todo, deve ser avaliado não só na vertente aluno, mas também nas
vertentes plano de ensino e professor. Concluem que, apesar da dificuldade da tarefa de
avaliar, tanto alunos como professores precisam empregar criatividade e visão crítica para
alcançarem tal tarefa. Mas, um ponto de reflexão importante para estes autores é aquele
no qual a aprendizagem, como um todo, é vista como um processo. Ou seja, cada parte da
dinâmica da aprendizagem é importante em si mesmo. E – complementando – a avaliação
faz parte deste processo, tornando aluno e professor artífices desta realidade.
Hoffman (2003) traça um panorama de avaliação classificatória e, após várias
reflexões, conclui que o aproveitamento máximo do aluno se dará pelas oportunidades que
o mesmo obtiver no meio no qual está inserido; já em relação a uma avaliação que
considere os processos, Hoffman pondera que "qualidade, numa perspectiva mediadora
de avaliação, significa desenvolvimento máximo possível, um permanente 'vir a ser', sem
limites pré-estabelecidos...". Em outras palavras, o primeiro modo submete o estudante a
um parâmetro de avaliação fixo, enquanto o segundo procura acompanhar o aluno em
todos os instantes, gerando uma certa interação, que prestigia todo o contexto do
aprendizado.
Já Sordi (2001) observa que a avaliação moderna deve estar a serviço da
aprendizagem como um todo, servindo a mesma como experiência da própria
aprendizagem. Recomenda estratégias novas no campo da avaliação, apesar de
reconhecer esta área como bastante conservadora. Contudo, especifica uma série de
atividades que podem auxiliar na avaliação formativa, tais como criar "situações-problema",
"conceber tarefas, tanto de ensino como de avaliação" , "realização de gráficos evolutivos
dos alunos", etc. e conclui que a lista pode ser interminável, pois só pode ser limitada pela
própria imaginação humana.
Romanowski e Wachowicz (2003) discorrem sobre a avaliação formativa no ensino
superior e diagnostica a imensa vantagem deste tipo de avaliação, principalmente no que
se refere a interação aluno-professor. O aluno – compreendendo a dinâmica da avaliação
formativa – pode estabelecer novos parâmetros da própria aprendizagem, numa evidente –
também - valorização dos processos. "Alunos e professores podem verificar a precisão dos
conceitos elaborados e a validade das análises realizadas (...) o que se espera é que
aluno e professor possam interagir para conquistar o conhecimento...". Os autores
lembram, também, da dificuldade de se praticar um registro das atividades que colaborem
com a avaliação formativa, já que – ao contrário – na avaliação classificatória estes
registros são facilitados pela atribuição de uma ou mais notas de forma objetiva.
Anastasiou e Alves (2003) expõem as várias estratégias com as quais o professor
pode levar o ensino, inclusive, a forma de avaliar o aluno em cada uma delas, desde as
mais comuns, como a aula expositiva dialogada, como as mais instigantes , como o Júri
Simulado, em que a aula se torna um tribunal simulado, com "acusador", "defensor" e
"júri".
Haas (2003) apresenta uma série de reflexões, tais como "será que nossas
avaliações são colocadas no tempo e espaço corretos?", em que se questiona se os
professores realmente estão empenhados na descoberta de novas formas de avaliação, ou
ainda, se a avaliação ao invés de representar o estágio de desenvolvimento do aluno, não
poderia tornar-se – se realizada de forma inábil – uma punição ao estudante. A autora
conclui que a busca da avaliação formativa deve ser um compromisso com o próprio
processo de ensinar.
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O que chama a atenção em todos os autores é a ênfase no processo. A avaliação
já não é tão somente aquele instrumento frio, criado apenas para atribuir nota a um
estudante representado no diário de classe com um simples número. A avaliação deve
preocupar-se com um aluno que possui nome, características próprias (inclusive de
velocidade de aprendizado), habilidades e competências únicas... e, tudo isto, interagindo
com um professor motivado a observar as etapas desta dinâmica...e, mais ainda, um
professor que faz parte do próprio processo – sendo ele próprio avaliado...e, ainda mais, a
avaliação se estendendo aos planos de ensino... Tudo integrado num universo em que
todas as partes devem agir com responsabilidade e comprometimento.
A ênfase nos processos lembra os programas de qualidade que as empresas do
mundo inteiro passaram a implementar para sobreviverem à globalização. As empresas
brasileiras - particularmente – na década de 90, passaram a implantar a norma ISO-9000,
num esforço para buscar qualidade.
"Qualidade é a adequação ao uso. É a conformidade às exigências." (ROTHERY,
1993:13). Esta é uma definição técnica estabelecida pela ISO – International
Standardization Organization, com sede na Suíça. As normas oriundas deste organismo
são homologadas, no Brasil, pela ABNT. Apesar desta definição de Qualidade é forçoso
lembrar que as auditorias de qualidade para a verificação das normas ISO-9000 buscam
apenas uma das vertentes da qualidade – a única vertente mensurável, que é justamente o
processo. Júlio Lobos esclarece melhor o conceito quando afirma que "Qualidade tem a
haver , primordialmente, com o processo pelo qual os produtos ou serviços são
materializados. Se o processo for bem realizado, um bom produto final advirá
naturalmente. A Qualidade reside no que se faz – aliás – em tudo o que se faz – e não
apenas no que se tem como conseqüência disso"(LOBOS, 1991:14).
Arnold (1994:204) lembra, a respeito de um dos elementos da norma ISO-9000, da
ação corretiva, que "o propósito deste elemento é que a organização desenvolva um
programa que reduza sistematicamente a ocorrência da não conformidade. Esse programa
deve ser desenvolvido no sentido de adotar uma dupla abordagem para a melhoria da
qualidade – reativa e proativa.".
O Instituto IMAM (1994), através de seu manual de implantação da ISO-9000
lembra uma série de estratégicas, estabelecendo relações com cada item da norma,
quanto às exigências, a descrição de como supri-las e alguns instrumentos de avaliação de
sua eficácia.
A conjuntura atual do ensino superior em geral – e dos processos de avaliação dos
alunos deste ensino, em particular, sugere a necessidade de se implantar, o que na prática
empresarial poderia ser chamado, de programa de qualidade.
Considerando que um Programa de Qualidade Total ainda estaria distante – pois
este teria preocupações com todas as dimensões da Qualidade e não só com os
processos – ainda assim, a busca de tornar cada processo mais efetivo e produtivo já
geraria um ganho bastante considerável.
Especificamente na avaliação no ensino superior o professor pode estabelecer
cronogramas de atividades – numa visão formativa – procurando dar, cada vez mais,
ênfase à qualidade de cada um dos passos do aluno – talvez numa união com as
estratégias de ensino com as de qualidade – num esforço platônico: o de educar com a
eficácia do mundo dos negócios. Ironias à parte, talvez esta realidade não esteja tão
distante e alguns exemplos já podem estar brotando. Eugenio Mussak é professor e
consegue levar sua mensagem para públicos tão distintos quanto os da universidade e os
das grandes empresas. "Simplesmente competir significa obedecer a uma situação
preestabelecida, cujos nomes são herdados, ou seja, nós não participamos de sua
elaboração. Há pessoas capazes de competir, estas são as competentes, e há pessoas
capazes de construir novos cenários – estes são os que estão 'além da competência'. " .
(MUSSAK, 2003:13).
Aprender a olhar além do simples universo da avaliação classificatória... Talvez
este seja o desafio de avaliar bem no ensino superior: o desafio da avaliação formativa. É
um desafio porque desta avaliação não escapa sequer quem tradicionalmente avalia... é
um desafio porque busca, na essência, uma melhoria na qualidade do próprio ensino.
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REFERÊNCIAS
AS TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA:
AVALIAÇÃO SOMATIVA:
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AVALIAÇÃO FORMATIVA:
INSTRUMENTOS
CRITÉRIOS
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