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PETROLOGIA ÍGNEA
VOLUME 1
ALCIDES NÓBREGA SIAL
IAN Mc REATH (1984)
IGNEOUS PETROGENESIS
MARJORIE WILSON (1988)
Aula 1
2
Introdução:
Petrologia Ignea:
Magma
Os magmas são definidos como substâncias naturais de alta
temperatura, constituídas por diferentes proporções de líquido, cristais e gases,
cuja natureza depende das propriedades químicas e físicas do material que
sofreu fusão.
As características dos magmas refletem na maioria das vezes um tipo
específico de ambiente geológico envolvido em sua geração.
Chamamos de Magma Primário, o líquido inicial obtido
imediatamente após a fusão da fonte e Magma Parental quando este
representa um magma primário já modificado por processos de diferenciação
magmática.
Se um magma é primário sua composição refletirá as condições de
equilíbrio no instante em que o líquido foi removido da fonte. A profundidade
da fonte, oscila entre 50 e 100 Km. Normalmente acredita-se que o magma
vêm do manto superior. O estudo do manto superior têm demonstrado que este
é heterogêneo em composição e consequentemente em condições de pressão e
temperatura. Assim é de se esperar um amplo intervalo composicional para os
magmas. Acredita-se também que raramente encontrar-se-á um magma
primário, pois devido a grande profundidade de sua geração até atingir níveis
crustais elevados, espera-se que o magma sofra modificações tais como
fracionamento e assimilação.
Deve-se pensar também que muitas vezes o magma é gerado em
profundidades mantélicas e ascende para níveis crustais onde irá residir por
um longo período antes de ser extravasado ou cristalizado formando um corpo
plutônico. Este período onde o magma encontra-se em câmeras magmáticas, é
o período que chamamos de residência crustal. Quanto maior o tempo de
3
Recordando:
Explique a estrutura interna da terra.
(1968) sugere que pode ocorrer fusão de cunha mantélica ultrabásica na zona
de subducção se houver a transferência de voláteis necessários, através da
desidratação da litosfera oceânica, gerando magmas andesíticos.
2.1 –Temperatura:
2.2 –Composição
2.3 –Pressão:
Lavas básicas são mais fluídas e por isso constituem grandes derrames.
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Lavas ácidas são mais viscosas e ricas em voláteis e por isso dão origem a
derrames explosivos, geralmente formando ignimbritos e na maioria dos casos
derrames de pequenas dimensões.
Green & Ringwood (1968) - Genesis of the cal-alkaline igneous rock suite.
Contrib.Mineral. Petrology 18: 163-174
Aula 2
Fracionamento líquido-cristal:
Transferência Gasosa:
11
Imiscibilidade de Líquidos:
Mistura De Magmas:
12
Fusão e Fracionamento:
13
Assimilação:
AULA 3
Petrologia Experimental
F= c – p + x
F: grau de liberdade, isto é, número de parâmetros de estado que podem ser variados
arbitrariamente, sem mudar o estado do sistema.
C: número de componentes do sistema, correspondente ao número mínimo de substância
química necessárias para a descrição de composição do sistema.
P: número de fases do sistema, isto é, os diversos estados (sólido, líquido, gasoso), dos
constituintes do sistema. As fases são, portanto partes homogêneas dos sistemas, sem que
haja necessidade de sua continuidade física. Assim se tivermos 10 gotículas de óleo
isoladas, emuladas num copo d’ água, teremos duas fases (óleo líquido e H2O líquido) e
não onze (11) fases (água + gotículas de óleo).
Consideramos, por exemplo, o sistema H2O (Fig. 01). É possível obter-se várias fases
(água, gelo, vapor) nestes sistemas pela variação de pressão e de temperatura, isto é, dos
parâmetros do estado, neste caso 2, (P, T). O número de componentes é 1 (H2O) já que
todas as fases tem esta composição. Não é necessário considerar-se dois componentes (H2 e
O2) como no caso do sistema oxigênio-hidrogênio-água.
Isto posto, vamos examinar o significado do grau de liberdade (F), ou seja, o número de
parâmetros que podem ser variadas, dentro de certos limites, sem alterar o estado do
sistema. Para o sistema H2O temos:
C: 1 (H2O)
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Isto indica que não podemos mudar nenhum parâmetro do estado para manter
inalterado o estado do sistema, caracterizado pelo equilíbrio água-vapor-gelo. Em outras
palavras o equilíbrio é puntual, no nosso caso o famoso ponto tríplice, caracterizado por
uma, e uma só, associação de pressão e temperatura. Se conseguirmos, entretanto um
estado do sistema caracterizado pela coexistência de somente duas fases (por exemplo,
água e vapor) de tal modo que p=2, então f=1, isto é, existe um grau de liberdade.
Ponto
218 Crítico
ÁGUA
50 B
Pressão (atm)
GELO
Ponto
Triplo
1 A
0,006
VAPOR
Este caso indica que os parâmetros do estado pode ser variado arbitrariamente já que para
cada variação arbitrária de um dos parâmetros existe uma variação obrigatória do outro
parâmetro de forma que seja mantido o estado do sistema.
Em outras palavras o equilíbrio é linear, existe ao longo de uma linha, denominado neste
caso de linha de equilíbrio vapor d’água.
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Assim na Fig.1 existe uma posição de equilíbrio entre a água e o vapor a 100 ° C e 1 atm
(ponto A).Se a temperatura for variando arbitrariamente para 200 ° C (ponto B), a pressão
deverá variar obrigatoriamente para 50 atm para que seja mantido o estado do sistema
caracterizado pelo equilíbrio água-vapor. Entre os pontos A e B existe um infinito número
de associações de P-T ostentando o mesmo estado de sistemas considerando que no seu
total, constituem a curva de equilíbrio.
A diferença entre o sistema H2O e os sistemas silicáticos, futuramente analisados,
consiste em considerar-se apenas um parâmetro do estado, ou seja, a temperatura já que a
cristalização magmática pode ser considerada dentro de certas limitações como sendo um
processo isobárico. Desta maneira resulta para a regra das fases a expressão:
F: c – p + 1
( Na água considera-se variações de T e P e portanto F=c-p+2)
Para determinar-se o número máximo de fases que podem coexistir neste sistema
aplica-se a regra das fases tornando-se f = 0, x = 1 e c = 2, o que resulta em p = 3, ou seja,
todas as 3 fases do sistema podem coexistir num ponto, neste caso denominado de ponto
eutético E (figura 3).
O diagrama focalizado pode ser subdividido no sentido vertical em 3 regiões
distintas:
18
B A
1600
LÍQUIDUS
C 1550
ção
liza
1500 rista S+L
1510
c
da
o
íci
in
Temperatura (°C)
do
1400
a
(Fundido +
rv
Cu
1355 S+L Anortita)
(Fundido +
1300 Diopsidio)
1270
1200 SÓLIDUS
0
100 90 80 70 60 58 50 40 30 20 10 0
CaMgSi 2 O6 CaAl 2 Si2 O8
DIOPSIDIO ANORTITA
Conclusões:
Este é o caso mais realístico para o sistema Diopsídio-Anortita tendo em vista que o
mesmo representa um magma básico ultra simplificado que são, como já ficou exposto
anteriormente , pobres em água . As causas de tal comportamento são duas:.
Diopsídio Anortita
Pressão Normal 58 % 42 %
Pressão de 300
50 % 50 %
Kg/cm2
1 – Fundido
2 – SiO2 (sílica)
3 – NaAlSiO4 (nefelina)
4 – NaAlSiO4 + 2 SiO2 = NaAlSi3O8 (albita)
22
Aplicando-se a lei das fases determina-se o número máximo de fases que poderão coexistir:
F = c – p + 1:. 0 = 2 – p + 1:. P = 3
Isto indica que no máximo 3 das 4 fases do sistema considerado poderão coexistir
uma determinada condição de pressão e temperatura. Tal fato pode ser comprovado por um
raciocínio simplista.
Se todas as fases coexistirem fatalmente nefelina e quartzo irão reagir para a formação da
albita, com o conseqüente desaparecimento de uma das duas fases envolvidas na reação de
acordo com as proporções dos componentes no fundido inicial. Assim teremos:
1300
1200
1 2
3 3
1100
S+L S+L S+L S+L
1168 1062
E1 E2
1000
SÓLIDUS
3 3 4 5 6 3
900
20 30 40 50 60 70 80 % em peso
NaAlSiO4 Si O2
NEFELINA NaAlSi3 O8 SÍLICA
ALBITA
Intervalo de
Cristalizaçã Cristalizaçã
Composto Cristalizaçã
o Inicial o Final
o
Nefelina+Al
A Nefelina Existe
bita (E1)
________ Nefelina+Al
B Não existe
bita (E1)
Nefelina+Al
C Albita Existe
bita (E1)
D ________ Não existe Albita
Albita+Sílica
E Albita Existe
(E2)
________ Albita+Sílica
F Não existe
(E2)
Albita+Sílica
G Sílica Existe
(E2)
Os sistemas binários com ponto eutético duplo são de importância para a elucidação de
certas paragêneses. No caso focalizado fica demonstrado que a partir de um mesmo
sistema, dependendo apenas da proporção de seus diversos componentes, podem cristalizar
rochas contendo:
1 – Somente albita
2 – Albita e nefelina
3 – Albita e quartzo
O gelo a 0° C e sob 1 atm de pressão se funde dando origem a água, isto é, liquefaz-
se num só passo e a uma temperatura fixa, uma vez fixada a pressão. A Anortita,
feldspato cálcico, funde-se a 1550° C sob 1 atm, dando origem a um líquido com a mesma
composição do sólido.
Sob a mesma pressão considerada, o diopsídio, um piroxênio, se liquefaz a 1391° C, dando
origem a um líquido com a mesma composição química do sólido. Em todos os casos
mencionados, durante a fusão a temperatura permanece constante até a consumação total do
fenômeno.
Toda substância que se funde completamente a uma determinada temperatura, uma
vez fixada a pressão, originando um líquido com a mesma composição química do sólido,
exibe ponto de fusão congruente.
O mesmo não ocorre com uma série de substâncias, como no caso da enstatita, um
piroxênio. Este silicato, ao ser aquecido até 1557° C não funde totalmente e sim origina
duas fases distintas, uma sólida e outra líquida. A fase líquida é constituída de SiO2 e a fase
sólida corresponde a um mineral determinado de forsterita (Mg2SiO2), uma olivina de Mg.
Apenas após um aquecimento enérgico, a 1570° C todo mineral se liquefaz fundindo
também a forsterita, segundo o esquema abaixo:
Mg2SiO4(forsterita)
A este tipo de liquefação que não ocorre num só passo a uma temperatura fixa e sim
por uma etapa , num intervalo de temperatura, denomina-se de fusão incongruente.
Consideremos agora a cristalização de um líquido de composição Mg2Si2O6 a 1600°
C, com a queda de temperatura a 1570° C a cristalização inicia-se com a formação de
cristais de forsterita, coexistindo com o líquido de SiO2.
Ao ser atingida a temperatura de 1657° C os cristais de olivina irão reagir com o líquido de
sílica, para a formação de cristais de enstatita , sendo que após a reação não há sobra nem
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de líquido, nem de cristal. O resultado é uma massa de enstatita com composição idêntica à
do líquido inicial. Nota-se, pois que a formação de um mineral previamente formado (com
composição diferente do mineral inicialmente formado e do mineral a ser obtido pela
reação) segunda segue abaixo:
Mg2Si2O6
(enstatita) funde à e dá origem Mg2SiO4
Líquido 1570° C Forsterita Reação Mg2Si2O6
1557° C Enstatita
SiO2 (Líquido)
1900 A B F EC D
1800
1700 1700
S+L S+L
(Sílica) (Olivina)
1600 1600
E 1557
1543
SÓLIDUS y x
1500
0 10 20 30 35 3840 50 60 % em peso
SiO 2 Mg2 Si 2 O6 Mg2 Si O4
Figura 4 – Diagrama com mineral de ponto de Fusão incongruente. O mesmo se aplica para
Leucita –sílica, onde o mineral intermediário é o K-feldspato.
Conclusões
1 – Uma rocha constituída por olivina, retirada do sistema após a sua crsitalização;
2 – Uma rocha composta por enstatita e sílica.
1 – Segregação: O processo já foi discutido no item 1.2.7. A olivina pode ser o primeiro
mineral a crsitalizar e por sua elevada densidade acumula-se no fundo da câmara
magmática. Com isto só a parte superior do depósito de olivina irá reagir com o líquido
originando uma camada protetora do piroxênio que se separa do líquido magmático do
resto das olivinas (Fig. 14).
2 – Bordas de Reação: É óbvio que a reação entre a olivina e o líquido inicia-se na
subsuperfície do mineral. Assim se forma junto à interfácie olivina/líquido um amnto ou
capa de enstatita, denomina-se de borda de reação. Esta capa protege o núcleo dos cristais
de olivina contra a sua reação totalmente com o líquido, isto é, isola a parte da olivina do
sistema (Fig. 15).
3 –Filtragem e Compressão: Consideremos uma câmara magmática numa região
orogênica, submetida a grandes pressões dirigidas. Tais esforços da compressão podem
levar a migração de fração líquida do magma, permanecendo no local apenas o material já
cristalizou, com isso há um isolamento de uma determinada fração, já cristalizou em
relação ao líquido magmático outrora coexistente (Figura 16).
4 – Resfriamanto Rápido: Durante a cristalização se a queda de temperatura for rápida,
não existirá tempo suficiente para a reação entre as fases cristalinas instáveis e o líquido
coexistente na câmara magmática. Desta maneira pode ficar preservado parte dos cristais
que em condições de cristalização lenta teriam sido eliminadas por reação com o líquido
magmático.
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1 – O fundido permanece no estado líquido até que, pela perda de calor do sistema, seja
atendida a temperatura de 1480° C quando então se inicia a cristalização.
3 – Com os líquidos residuais, obtidos pela cristalização de Y é mais pobre em anortita que
o líquido original, também a sua temperatura de cristalização é mais baixa, isto implica,
portanto durante a marcha de cristalização que o líquido se desloque ao longo da linha
Líquidus rumo a extremidade ocupada pela albita.
4 – Com a queda de temperatura para, por exemplo, 1450° C, o líquido irá deslocar-se para
o ponto R (50 % de anortita). Nestas condições o cristal inicialmente formado (Y a 1470°
C) estará em desiquilíbrio com o líquido R. Ocorre uma reação entre o cristal pré-existente
e o líquido no sentido da formação de um novo cristal para que ambos fiquem em
equilíbrio, estável a 1450° C. Este novo cristal, S, contém 82 % de anortita e estará agora
em equilíbrio com o líquido R a 1450° C. Em outras palavras um líquido (curva superior)
estará em equilíbrio com um cristal (curva inferior) toda a vez que ambos se situarem numa
mesma linha horizontal. Toda a vez que isto não ocorre há um desiquilíbrio (R e Y) com
conseqüente reação entre o cristal pré-existente (Y) e o líquido (R) para a obtenção de uma
nova fase sólida (S) em equilíbrio com o líquido (R).
29
°C
1800
1552
1500 X
1470 Y
1450 S
R
1400 S
U U V
ID
U
Q
1350 Q
LI
P
1310
1300 K L
S
U
T
D
LI
Ó
1200 S
N
82% An
87% An
L+S
Z
H
1118
1000
0 20 40 60 80 100
NaAlSi 3 O8 CaAl2 Si 2O8
ALBITA ANORTITA
Composição (% rm pêso)
No item 2.6.3 se faz referências aos fatores que possibilitam o isolamento das
frações inicialmente cristalizado do fundido existente. Foi destacado entre os mesmos a
velocidade de resfriamento, não propriamente como fator de isolamento dos cristais, mas
mais como fator de impedimento da reação entre os mesmos e o líquido coexistente.
Durante a cristalização dos plagioclásios a reação entre os cristais pré-existentes e o
fundido se faz pela substituição dos agrupamentos CaAl pelos agrupamentos NaSi (item
1.2.1). Se a queda da temperatura for rápida não existe, a cada temperatura condições de
tempo para se obter a troca total, já que se trata de processos algo moroso. Assim serão
obtidos os plagioclásios zonados, que no caso do composto X envolvido por camadas
sucessivas com composições S, V, Q, L, T, etc. Como a composição global do plagioclásio
deve ser a mesma do fundido inicial e, tendo-se em vista que os plagioclásios zonado
contem um núcleo (Y) e algumas camadas (S, V, Q) mais ricas em anortita que o líquido
original, conclui-se que as partes mais externas do plagioclásio zonado deverão se mais
pobres em anortita que o fundido original (caso de capa T). Quanto mais rápido o
resfriamento do fundido, tanto menor será a reação cristal-líquido e conseqüentemente as
capas externas serão cada vez mais ricas em albita, podendo atingir as composições N, Z e
H ou mesmo a albita pura. Nota-se pois que quanto mais rápido for o resfriamento, tanto
menor será a temperatura final de cristalização, e por outro lado, quanto mais intenso for o
zoneamento do plagioclásio , tanto mais rápido foi resfriamento do líquido original.
Esta teoria acredita que a litosfera está fragmentada em uma dúzia de placas , que se movem por razões
não tão bem compreendidas, ora se afastando, ora se colidindo. O livro Decifrando a Terra, capítulo 6
página 98, trata muito bem deste assunto e seria de grande importância que os leitores estudassem tal
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capítulo. Na petrologia, o que nos interessa é que tipo de associação rochosa (magmática) ocorre em cada
tipo de ambiente.
A figura abaixo mostra, primeiro placas oceânicas mergulhando embaixo de placas oceânicas dando
origem aos arcos de ilha. Entre a dorsal meso-oceânica e os arcos de ilhas aparecem as ilhas oceânicas
intra-placa, originadas pelos hot spots. As cordilheiras meso-oceânicas são zonas de acresção de material
mantélico que formam cadeias de montanhas de composição principal basáltica. A direita um choque
entre placa continental e placa oceânica, dá origem aos arcos magmáticos do tipo cordilheira andina.
Dentro do continente tentativas de ruptura formam os ambientes intra-placa continental que em geral
estão associados com estruturas do tipo rift.
De acordo com a teoria da tectônica de placas, este ambiente é o local onde formam-se as cordilheiras meso-
oceânicas, um limite entre duas placas, na qual nova litosfera oceânica é gerada (crosta + manto), em resposta
a fusão parcial do manto lherzolitico.
A fusão parcial resulta na formação de magma basáltico, o qual é injetado através de fissuras tensionais
localizadas próxima do eixo. O Vulcanismo superficial ocorre na forma de pillow (almofadas), mas a maioria
do magma solidifica em profundidade maiores formando diques e intrusivas acamadadas.(figura 1) .
As Rochas formadas são afastadas do eixo numa razão de 1 a 10cm/ano.
As cordilheiras meso-oceânicas atingem uma média de 1000 a 3000 metros acima do fundo oceânico, e com
um comprimento de 60.000 km de extensão.
O fundo oceânico é cortado por centenas de zonas de fratura.
Predomina como estrutura falhas transformantes.
Como a terra é de tamanho constante, nova litosfera pode ser criada somente se uma quantindade de material
equivalente for consumida nas zonas de subducção.
Através do tempo geológico uma sucessão de bacias têm sido nascidas e desenvolvidas, diminuídas e
fechadas novamente. A tectônica de placas atuante no presente, começou ao redor de 200Ma atrás com a
abertura do oceano atlântico e índico, os quais estão se expandindo quando comparados com o pacífico que
está se estreitando.
Essencialmente a crosta oceânica pode ser dividida em dois domínios:
zona de acrescção da placa
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crosta passiva
As principais rochas encontradas na crosta oceânica são basaltos, e estes têm sido chamados de basaltos
MORB, Basaltos de fundo oceânico, basaltos abissais ou basaltos submarinos.
Primeiramente pensava-se que os basaltos de cordilheira meso-oceânicas eram essencialmente toleítos a baixo
potássio com baixo teores de elementos incompatíveis. Entretanto com o avanço das pesquisas no fundo do
mar, foram encontradas diversidades petrológicas e geoquímicas muitas vezes em um único sítio.
Em geral os basaltos MORB são olivina toleítos. Elas são as rochas mais abundantes na face da terra e a
geração delas têm sido um processo significante na diferenciação do manto superior, através do tempo
geológico.
Características petrográficas
Fenocristais de augita são raros e usualmente confinados a rochas com abundantes olivina e e plagioclásio.
Olivina, espinélio e plagioclásio cálcico, são os primeiros minerais a se cristalizarem, seguidos por augita e
então por óxidos de Fé e Ti (magnetita e ilmenita).
Ainda que predominem basaltos toleíticos nos ambientes de margens construtivas, é possível encontrar
basaltos alcalinos. Para diferencia-los petrograficamente observe o seguinte:
Basaltos Toleíticos:
podem conter xenólitos de rochas ultramáficas, porém isso é muito raro e quando ocorrem aparecem na forma
de textura glomeroporfirítica.
Fenocristais de olivina são raros ou ausentes, porém quando ocorrem são zonados mostram bordas de reação
para ortopiroxênio
Ortopiroxênio pode aparecer como fenocristal.
-Plagioclásios em geral ocorrem como fenocristal acompanhando os minerais máficos.
Pode ocorrer rochas acumulativas (ricas em olivina, piroxênio) acompanhando os basaltos.
Se existir augita esta será de cor marrom pálida.
A matriz em geral é fina e a textura intergranular é comum.
Não ocorre olivina na matriz.
Piroxênio na matriz se for possível determinar é variável, pode ser pigeonita, e mais raramente hiperstênio
com augita sub-cálcica.
Feldspato Alcalino nunca ocorre, exceto como componente da matriz vítrea e nem ocorre analcima.
Textura intersetal é comum com mesostasi de vidro freqüente alterada para clorofeíta.
A biotita geralmente está ausente.
Basaltos Alcalinos
Os basaltos da cordilheira meso-oceânica, quando eruptidos em água do mar, aquecem as mesmas devido a
alta temperatura. Este processo de aquecimento das águas, faz com que a mesma, ao percolar a rocha
provoque um metamorfismo hidrotermal, conhecido como espilitização. Os basaltos então são chamados de
basaltos espiliticos. Estes caracterizam-se pela transformação de plagioclásio cálcico em albita e são
acompanhados pela formação de clorita, calcita, epidoto, calcedônia e ou prenhita. A transformação do
plagioclásio cálcico em sódico ocorre devido a troca iônica do Ca do plagioclásio com o Na da água do mar.
As margens de placas destrutivas marcam os sítios de subducção de uma litosfera oceânica para o interior do
manto da terra, representando um dos mais significantes fenômenos da tectônica global recente. A grande
maioria dos vulcões em atividade do mundo e de zonas de sismicidades efetivas (zonas de terremotos) estão
associadas com a existência de placas descendentes.
A placa descendente pode gerar dois tipos distintos de ambientes geotectônicos, de acordo com o tipo da
placa sobrejacente. Quando o choque ocorre entre duas placas oceânicas o ambiente gerado recebe o nome de
arco de ilha. Quando o choque se dá entre uma placa oceânica e uma continental, o ambiente gerado recebe o
nome de margem continental ativa.Algumas características se repetem em ambos os ambientes e podem ser
consideradas como características típicas de zonas de subducção.
cadeias arqueadas de ilhas ou cinturões lineares de vulcões estreitos (200-300 km) porém com milhares de
quilômetros de extensão.
Fossa oceânica profunda do lado oceânico, com profundidades de 6000 a 11000 metros.
Vulcanismo ativo.
Zona profunda de sismicidade denominada de zona de benioff, incluindo focos de terremotos rasos,
intermediários e profundos.
Uma associação característica de rochas denominada de associação Orogênica Andesítica.
A cadeia de estrato vulcões arranjada em zonas alongadas acima da zona de Benioff representa a feição
vulcânica mais significativa do planeta. Seus produtos eruptivos transicionam em composição desde basaltos,
passando por andesitos e até riolitos. O andesito é entretanto o tipo de magma mais comum nas extrusões
sub-aéreas. Esse conjunto vulcânico têm sido denominado de associação B-A-R.
A morfologia dos vulcões com seus flancos marcads por ocorrência de rochas piroclásticas refletem processos
de crescimento rápido e erosão acelerada. O vulcanismo é freqüentemente explosivo sendo comum a
formação de caldeiras, acompanhada pela ampla erupção de fluxos piroclásticos e rochas tufáceas.
Vinculados ao mesmo ambiente geotectônico ocorrem pequenos volumes de rochas plutônicas, constituindo
“stoks” e alguns batólitos graníticos com extensão relativamente limitadas. Entre estas rochas granitóides
predominam a ocorrência de termos tonalíticos e granodioriticos, com ocorrência marcante de rochas básicas
como gabros e rochas intermediárias como dioritos e quartzo-dioritos.
Arcos de ilhas:
Sítios onde uma placa oceânica submerge abaixo de outra placa oceânica.
Durante a subducção, a litofera oceânica fria é progressivamente aquecida na medida em que é carregada para
o interior do manto, por condução de calor mantélico e também pela fricção na superfície de contato entre as
placas. Com o aumento da pressão e da temperatura começam a ocorrer progressivamente uma série de
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reações para o fácies xisto verde, anfibolito e eclogito. O produto deste metamorfismo é uma série de reações
de desidratação mineral, liberando OH, Cl e F dos minerais anteriormente hidratados (anfibóliot, biotita).(***
A reação metamórfica transforma um mineral em outro sobrando moléculas de H2O ). Estes fluídos terão um
papel importante na geração dos magmas neste ambiente geotectônico, sendo fundamentais para o
abaixamento da temperatura de fusão das rochas fontes. A profundidade precisa na qual as várias transições
metamórficas acontecem dependem do regime termal no interior da placa e da composição da rocha, variando
de arco para arco.
Em geral, a geração de magmas em qualquer ambiente irá começar em locais onde a temperatura ambiente
exceder o ponto de fusão dos vários materiais rochosos (t >tsólidus). Pode-se considerar como fonte potencial
de magmas de arcos de ilhas a parte do manto superior representada pela litosfera e a crosta oceânica. A
litosfera e a crosta oceânica constituem-se de rochas anfiboliticas, lherzoliticas ou eclogiticas. Assim qualquer
uma destas rochas, quando sofre fusão, pode gerar magmas nos ambientes de arcos de ilhas.
Os membros basálticos da série calcico-alcalinas são referidos como membros a alto alumínio pois seus teores
são superiores a 16%.
A diferença entre estas quatro séries de magmas reflete-se principalmente na extensão variável da morfologia
das associações vulcânicas.
Importante:
Vulcões das séries toleíticas são caracterizados por erupções de basaltos a basalto-andesíticos com
comportamento muito fluído, produzindo formas aproximadamente planas ou plataformais nas proximidades
do cone vulcânico. Rochas piroclásticas são incomuns e fluxos pirocláticos são muito raros. Minerais
hidratados são quase inteiramente ausentes, sugerindo um baixo conteúdo de voláteis nos magmas parentais.
Exemplos típicos de arcos de ilhas são encontrados no cinturão do fogo do circum-pacífico.
Em contraste, as rochas da série cálcico-alcalinas apresentam como rocha principal um andesito a dois
piroxênios com teores médios de 59% de SiO2. Neste caso com teores mais elevados de SiO2, as erupções
tendem a ser mais explosivas, bastante distintas daquelas das séries toleíticas. A ocorrência de rochas
piroclásticas e tufos é acentuada. A geometria dos produtos efusivos é caracterizada por vulcões dômicos ou
em forma de agulhas nas porções centrais. A maioria das lavas é altamente porfirítica tendo o plagioclásio
como principal fenocristal. Minerais hidratados como anfibólio e biotita são freqüentes, indicando a natureza
mais volátil do magmatismo andesítico. A maioria das rochas dos arcos das Antilhas e da Indonésia caem
nesta classificação.
As séries shoshoníticas são muito mais variáveis, mas em média possuem 50% de basaltos, 40% de andesitos
e 10% de dacitos. O termo shoshonítico deve ser aplicado estritamente para rochas alcalinas potássicas.
Adicionalmente a estas rochas encontra-se nos arcos de ilhas um grupo de rochas andesíticas com alto teor de
MgO (>6%) denominadas de Boninitos.
Petrografia:
A feição característica das rochas vulcânicas de arcos de ilhas é a natureza altamente porfirítica das mesmas.
Nas séries toleíticas ou a baixo K, a olivina é o mineral mais comum de ocorrer como fenocristal nas rochas
basálticas e andesíticas. Raramente pode ser encontrado também em dacitos. Neste caso a olivina é a faialita
(rica em ferro). Em segundo lugar em abundância ocorre fenocristais de plagioclásio, sendo em terceiro lugar
comum a augita (clinopiroxênio). Anfibólios em geral são representados por hornblendas fortemente
pleocróicas que mostram bordas de reação com minerais opacos, como uma conseqüência da instabilidade a
baixas pressões. Biotita é comum nas séries calcico-alcalinas a alto potássio. O plagioclásio geralmente exibe
uma zonação complexa. A presença de feldespato potássico e feldspatóides está restrita a série a alto K.
39
Gabro: uma rocha plutônica, constituída basicamente por piroxênio, em geral augita , e plagioclásio (teor de
sílica entre 45% e 52%) , podendo ocorrer ou não olivina.
Quando o piroxênio é o hiperstênio, o gabro é denominado de Norito. A textura é em geral ofítica. O
correspondente hipoabissal (diabásio) e o correspondente vulcânico (basalto) exibem freqüentemente textura
sub-ofítica e pode ocorrer como piroxênio tanto a augita como a pigeonita. O plagioclásio nas rochas básicas
em geral está representado por labradorita, mas pode variar desde composições mais sódicas (andesina ) até
composições ricas em cálcio (bytonita)
Diorito; Rocha plutônica, que ocorre comumente associada ao gabro, variando de máfica a mesocrática.
Diferencia-se de um gabro pelo teor de sílica mais alto,e pelo teor maior de quartzo que pode gerar os
quartzo-dioritos, e composição mais sódica do plagioclásio (oligoclásio). Pode conter hornblenda ou biotia
como mineral máfico ao contrário dos gabros onde predomina piroxênio. Diorito é uma rocha intermediária
(55 a 68% de sílica) e seu equivalente vulcânico é o andesito.
Andesito: Rocha vulcânica intermediária, equivalente ao diorito. A textura é variável. Nos tipos transicionais
aos basaltos, mostram textura sub-ofítica e mineralogicamente
Constituem-se de piroxênio (augita ou pigeonita) e plagioclásio. Tipos porfiríticos e não transicionais,
mostram uma variedade de minerais como fenocristais: olivina, hornblenda, augita, plagioclásio imersos
numa matriz fina de mesma composição.
Riolito: rocha vulcânica ácida, equivalente do granito, em geral mostra textura porfirítica com fenocristais de
feldspato potássico e quartzo com intercrescimentos gráficos imersos numa matriz vítrea ou tufácea.
Tonalito: rocha plutônica, intermediária constituída por plagioclásio e quartzo e pequena proporção de
feldspato potássico, cujo correspondente efusivo é o dacito..
OFIOLITOS
Geólogos estudando corpos alpinos e rochas essencialmente relacionada com os Alpes no nordeste da Itália e
Suiça ficaram impressionados pela constante associação de rochas ultramáficas, lavas basálticas e espiliticas,
cherts, argilitos e calcáreos. Espilitos como nós já vimos anteriormente é um basalto metassomatizado no qual
os minerais primários de altas temperaturas foram substituídos em parte por albita, silicatos hidratados de Ca-
Al, clorita, calcita, esfeno e actinolita, mantendo entretanto a textura. A presença de rochas sedimentares
marinhas juntamente com o caráter comumente em pillow (almofadas) das lavas, levou os autores a
postularem origem submarina para a assembléia inteira. Um destes geólogos chamado Steinman ressaltou a
íntima associação entre rochas ultramáficas alpinas serpentinizadas, espilitos e cherts e por causa disso essa
associação ficou conhecida como Trindade de Steinman. No início de 1960 com o aumento das informações
geofísicas na crosta oceânica, acoplado com o desenvolvimento do conceito de espalhamento de fundo
oceânico, passou-se a tornar-se mais óbvia a idéia de que os ofiolitos representam uma lasca do manto
superior + crosta oceânica tectônica intrudida sobre a margem do continente, ao longo da zona de subducção.
A teoria da tectônica de placas coloca que o ciclo de abertura e fechamento dos oceanos, conhecido como
ciclo de Wilson, ocorre num período de aproximandamente 100 milhoes de anos. Assim o fundo oceânico
derivado do manto, forma as cordilheiras meso-oceânicas e a placa oceânica e no decorrer de 100 Ma de anos
retorna para o manto na zona de subducção. Ocasionalmente porções de placas oceânicas escapam da
destruição na zona de subducção e durante os estágios finais da subducção ou seja do fechamento do oceano,
tornam-se obductados e recebem o nome de Ofiolitos. Nem todos os ofiolitos representam restos de crosta
oceânica normal, alguns podem ser fragmentos de crosta de de bacias marginais.
Os corpos ultramáficos alpinos, considerados os ofiolitos clássicos, mas estudados constituiem-se
principalmente de dois tipos de rochas:
Lherzolito : principalmente com menores quantidades de piroxenito, ambos com clinopiroxênio proeminente.
A fase aluminosa principal pode ser granada, espinélio ou plagioclásio. Estas rochas quando sofrem fusãó
original líquidos de composição basáltica. Os corpos alpinos são corpos comumente serpentinizados e
foliados de forma generalizada.
VULCANISMO
Rochas vulcânicas ocorrem em todos os ambientes tectônicos. Feições do tipo de vulcanismo, composição e
afinidades geoquímicas caracterizam os diferentes ambientes.
A Fácies coerente não apresenta fragmentaçao e caracteriza-se por apresentar textura porfirítica, vesicular,
foliaçao de fluxo, esferulitos etc...
Os Depósitos Piroclásticos: São aqueles constituítos por fragmentos produzidos diretamente por
vulcanismo de caráter explosivo, expelidos por vents (Fisher, 1966) . Para Cas& Wright (1987) devem ainda
ser depositados por processos resultantes diretamente da atividade vulcânica.
41
Os depósitos piroclásticos ocorrem em qualquer ambiente tectônico porém predominam nas margens
continetais ativas (Ex: cordilheira dos Andes) e nos ambientes intra-placa continental (Ex; Rifts Leste
Africano), pois estes ambientes geram em maior proporçao que os outros, magmas ácidos que mais ricos em
voláteis.
Depósitos de Queda
Depósitos de fluxo
Depósitos de surgência
Juvenis ou essenciais
Cognato ou acessório
Acidental (embasamento)
Uma rocha piroclástica pode ser classificada levando-se em consideraçao a sua gênese ou levando-se em
conta apenas o aspecto textural (tamanho dos fragmentos).
Quando eu consigo dizer com certeza o meio de transporte e o processo deposicional dos meus fragmentos eu
posso dar o nome da rocha usando todos estes elementos por exemplo:
Tufo fino de queda lacustrino ou Tufo Lapílitico de fluxo sub-aéreo.
Existem termos bastante utilizados na vida cotidiana de geólogos que trabalham com vulcanismo explosivo,
que descrevemos abaixo:
Aglomerados vulcânicos: são constituídos predominantemente por bombas achatadas soldadas contendo
menos de 25% de cinzas ou lapilli.
Bombas são ejetólitos lançados através de um vent, solidificando-se no ar ou logo após a queda. São
essencialemente juvenis.
Brecha Piroclástica: contém 75% de fragmentos acima de 64mm ou seja é um agregado de blocos.
Brecha vulcânica é todo agregado vulcanoclástico composto de partículas angulosas acima de 2mm.
Ignimbritos: é um depósito piroclástico de fluxo de púmice. Este pode ser soldado ou não soldado e é muito
comum em terrenos de depósitos explosivos.
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No interior dos continentes ocorrem uma grande diversidade de associações rochosas.podemos citar:
os grandes derrames de platô continentais, originados quando um supercontinente estava no começo de sua
ruptura. estes derrames são chamados de derrames de platô continentais (CFB- continental flood basalts).
Os batólitos graníticos anorogênicos, ou tipo A, os quais se associam , muitas vezes, com vulcanismo
do tipo Rapakivi; as intrusões gabróicas estratiformes, que representam associações máficas e ultramáficas
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plutônicas formadas por processos de assentamento gravitacional ou convectivo numa câmara magmática
residindo no interior de uma crosta continental estável. Por último uma das mais importantes associações de
rochas que ocorrem nos ambientes continentais são as associações de rochas alcalinas (Nefelina-sienitos e
carbonatitos) e a intrusões kimberliticas, estas últimas classificadas juntamente com os lamproítos como
rochas ultrapotássicas.
Nas aulas seguintes, veremos, Kimberlitos, rochas graníticas , maciços estratiformes e rochas
alcalinas. Ao término do ambiente intra-placa continental veremos o ambiente intra-placa oceânica onde
ocorre os basaltos do tipo IOB ou seja basaltos de ilhas oceânicas.
Os derrames de platô continentais, (CFB) constituem-se de derrames de composição basáltica, sendo
que apenas raramente chegam a riolitos por processos de diferenciação magmática. Pertencem a série de
composição toleítica, similar aos basaltos de fundo oceânico sendo que geoquímicamente apresentam
diferença no comportamento dos elementos traços devido a provável contaminação destes magmas com as
encaixantes (rochas graníticas e sedimentares) no trajeto até a superfície . Formam grandes derrames
fissurais, sem cone vulcânico. Podem se encontrar associados os diques alimentadores do vulcanismo e os
sills que ocupam as zonas de fraqueza das rochas encaixantes.
Os derrames basálticos Serra Geral (Bacia do Paraná) e os derrames de Tapirapuã, no Mato Grosso,
são um dos melhores exemplos deste tipo de Província, ocorrida durante a quebra do Gondowana entre 200 e
120 Ma (Juro-cretácico). Do outro lado , na África podemos citar os derrames de Etendeka e Karroo.
A maioria dos basaltos de platô continentais são porfiríticos entretanto os melhores exemplos
brasileiros, Serra Geral e Tapirapuã, são afíricos , mostrando textura intersticial ou sub-ofítica. As lavas do
vulcanismo Serra Geral variam de basaltos a riolitos, ausentando andesitos. Isso caracteriza esta associação
como do tipo bimodal. No Mato Grosso não foi encontrado até o momento lavas ácidas, porém estas são
descritas no Rio Grande do Sul. Entretanto a grande predominância é das lavas básicas. A mineralogia é
constituída de : plagioclásio, augita, pigeonita e abundante magnetita titanífera e ilmenita.
Geoquímicamente os basaltos toleíticos de Serra Geral podem ser subdivididos em dois grandes
grupos. Aqueles com alto TiO2 e P2O5 e áqueles com baixo TiO2 e baixo P2O5.Dentro desses grupos novas
subdvisões foram feitas.
Intra-placa Oceânica
Intra-placa Continental
Os Ambientes intra-placa oceânica são aqueles representados na literatura principalmente pelas ilhas
hawaianas e no Brasil pela ilha de Fernando de Noronha. São resultados de magmatismo dentro do oceano,
devido a placa oceânica viajar constantemente sobre um ponto estacionário quente chamado HOT SPOT ou
pluma mantélica.
De acordo com vários autores um grande número de vulcanismo ativo na tectônica global atual está
relacionada com a presença de plumas mantélicas. Alguma províncias são claramente associadas com
ambiente extensional e não necessariamente é necessário a presença de plumas mantélicas para explicar esse
fenômeno.
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Para melhor entendimento das províncias magmáticas que ocorrem nos ambientes intra-placa pode-se dividi-
los em três diferentes províncias, apesar de que se analisarmos o ciclo de Wilson (desde a abertura até o
fechamento dos oceanos), tudo está relacionado, sendo apenas fases diferentes.
Fase um:
Digamos que existe um supercontinente, que está devido a presença de plumas mantélica sobjacentes sendo
forçado a uma ruptura. Neste estágio a crosta continental espessa sofre fraturas profundas (rachaduras) em
toda a sua extensão sendo que algumas delas podem atingir o manto astenosférico. Devido a descompressão
adiabática o manto começa a se fundir e o material em estado líquido atravessa essas fissuras e forma os
grandes DERRAMES DE PLATÔ CONTINENTAL. Veja a figura 01.
A separação da América do Sul e do Continente africano começou num processo de tentativa de quebra há
mais ou menos 250 Ma atrás , sendo que a ruptura foi acontecer em torno de 150 a 100 Ma. (Verificar
literatura atualizada sobre o assunto). No Mato Grosso o vulcanismo de Tapirapuã, situado em Tangará da
Serra é uma prova da existência desses derrames de platô continental, os quais são principalmente toleíticos
em sua composição, apresentam características geoquímicas similares a de basaltos de cordilheira meso-
oceânica com alguns vestígios de contaminação crustal já que o magma atravessa uma espessa crosta
continental.
O que comprova esta contaminação crustal? O magma pode absorver mais sílica do que os basaltos de
cordilheira meso-oceânica, enriquece-se em elementos que normalmente é empobrecido tais como Sr e Ba.
continente.
Petrografia:
Exemnplos mundias de basaltos de Platô (Columbia River nos Estados Unidos, Karroo na África, Decan na
Índia, Etendeka na África, levam os autores a dizerem que predominam basaltos de textura porfirítica nestes
ambientes. Entretanto nos basaltos relacionados com a quebra do Gondowana na América do Sul,
predominam basaltos afíricos, com textura sub-ofitica, ou seja aquelas texturas típicas de basaltos, diabásios e
gabros toleíticos formados por um arranjo em trama de plagioclásios e piroxênios mal formados (anédricos a
45
subédricos) ocupando os espaços entre eles. Os basaltos porfiríticos em geral tem uma grande quantidade de
fenocristais chegando a perfazer 25%. Predominam os plagioclásios podendo ocorrer em seguida oliviana,
augita, pigeonita e magnetita titanifera.
As lavas basálticas da formação Serra Geral e Tapirapuã são geralmente afíricas (não são porfiriticas) e
podem atingir composições riolíticas através de processos de assimilação durante a contaminação crustal ou
processos de diferenciação magmática na câmara magmática antes da extrusão. Na província de Karroo
ocorrem basaltos picríticos os quais são fortemente porfiriticos a glomeroporfiritico. Estes basaltos chegam a
ter 20% de olivina como fenocristal. Em plots de diagrama de harker SiO2 x K2O os basaltos de platô
predominam nos campos dos basaltos toleíticos a baixo potássio que são também conhecidos como sub-
alcalinos a baixo potássio a sub-alcalinos..
Na verdade é um processo muito parecido com o da tentativa de quebra de um continente sem entretanto
chegar a ter sucesso na separação.
Em geral o magmatismo é bimodal ou seja mostra tanto basaltos como riolitos ausentando as fases
intermediárias que são os andesitos.
Um exemplo moderno de rift é a província do leste da África onde um pequeno oceano começa a ser formado
(o mar vermelho). Uma parte do assoalho do mar vermelho é formado por crosta de composição básica,
entretanto uma outra parte reside sobre crosta continental o que mostra quão imatura é a abertura do rift em
termos de formar uma margem construtiva no futuro.
Podemo dizer que os rifts continentais são áreas de localizada extensão litosférica, caracterizada por uma
depressão central, flancos soerguidos de ambos os lados e uma crosta continental muito fina.
Existe uma diversidade composicional muito grande nos ambientes de rift continental e é claramente
impossível documentar toda a seqüência. Geralmente variam de rochas sub-alcalina até fortemente alcalinas e
ocorrem em associações típicas por exemplo:
1-sienito – fonolito
2-sienito alcalino – traquito
3- basalto transicional (moderadamente alcalino) – riolito.
A alcalinidade das suítes decresce de 1 para 3. medimos a alcalinidade pela soma dos conteúdos de Na2O+
K2O. Geralmente existe um amplo espectro textural nestas suítes variando desde afiritas a fortemente
porfiriticas. As Olivinas variam desde Forsterita nas fases mais alcalinas até faialita nas fases sub-alcalinas.
Clinopiroxenio rico em Ca varia desde augita marrom nas rochas básicas até hedenbergita verde nos traquitos
e riolitos. As suítes mais alcalinas são extremamente ricas em Na e podem conter nefelina. Minerais mais
hidratados como anfibólio e biotita restringem-se em suítes mais alcalinas. Já o plagioclásio ocorre nas três
suítes, variando apenas o conteúdo de Ca. Apatita é um mineral comum em todas as suítes. Em geral as
rochas alcalinas são muito enriquecidas nos elementos La, Ce, que são os elem,entos terras raras leves,
chegando a ser 500 vezes mais enriquecidos que os condritos. Já as rochas transicionais são menos
enriquecidas em torno de 100 vezes o condrito. Análises de isótopos instáveis Sr e Nd ajudam a compreender
de onde vieram as fusões dos magmas pois quando a fonte é astenosferica as razoes de Nd143/Nd144 são
mais baixas e quando o manto é mais enriquecido de maiores profundidades estas razões aumentam.
local da colisão e contaminam os magmas gerados próximos as zonas que sofreram fraturamentos extensivos.
Isto está bem explicíto no cd tectônica de placas de autoria de Kent Condie.
GRANITOS
São rochas ácidas plutônicas, leucocráticas constituídas por diferentes porporções de quartzo, plagioclásio e
feldspato potássico. Geralmente apresentam como mineral máfico biotita , hornblenda ou turmalina. Minerais
acessórios são abundantes, zircão, magnetita, titanita, monazita, dependendo da origem do granito. Alguns
granitos apresentam biotita e muscovita em iguais proporções e são chamados de granitos a duas micas.
Outros mais aluminosos ainda, contém granada. Eles podem ocorrer em qualquer ambiente tectônico,
47
apresentando características petrológicas e geoquímicas diferentes para cada ambiente. Pearce (1984) criou
vários diagramas utilizando alguns elementos traços para o estudo do posicionamento do granito. Em geral a
primeira investigação que se faz no estudo de rochas graníticas é de sua composição modal. Para isso corta-se
uma fatia de rocha, bem plana e faz um teste colorimétrico com uma solução conhecida como cobalto-nitrito
de sódio.
CLASSIFICAÇÃO:
B-A-R (BASALTO-ANDESITO-RIOLITO)
De acordo com Chappel e White ( 1977) dividiram as rochas grantiticas dos principais batólitos do leste da
austrália em tipo Ie tipo S, relacionando com a classificação de ishirara, 1977 que dividia os granitos em tipo
magnetita e tipo ilmenita.Essa classificaçaõ insere que granitos originados por fusão de rochas
metassedimentares são do tipo S ou seriam do tipo I ou ilmenita aqueles originados por fusão de rochas
ígneas.
Os tipos I incluem principalmente: quartzo-dioritos, dioritos e tonalitos, que nos ambientes de subducção
estariam mais próximos do oceano, estando presentes principalmente nos arcos de ilhas.
Os tipos S incluem granitos sensu stritu e alguns granodioritos e estao em geral localizados mais proximos do
continente e geralmente são resultantes do espessamento da crosta continental durante a colisão de dois
continentes. a mineralogia dos granitos tipo S, incluem minerais ricos em aluminio tais como granada,
muscovita, biotita, andaluzita e silimanita.
Pitcher, 1982 incluem um outro tipo de granito. O tipo m, que estaria restrito nos ambientes de margens
construtivas e seriam representados pelos plagiogranitos (tonalitos e trondjemitos)
Loiselle e wones, 1979 introduziram o termo granito tipo A, para aqueles granitos hipersolvus, onde
predomina feldespato potássico e as texturas pertíticas e intercrescimentos micrográficos são muito comuns.
De acordo com alguns autores estes granitos relacionam-se com ambientes pós-colisionais ou anorogênicos,
sendo a caracteristica principal destes as abundâncias de flúor, cloro e boro.
Estudos experimentais indicam que estes granitos são de alta temperatura > 830o c.
48
As rochas encaixantes são rochas metamórficas de baixo grau e sofrem deformação devido a intrusão.
Ocorrem em Stocks e Batólitos
Stocks até 100 Km2
Batólitos > 100 Km2 de área
Os granitos de Catazona
Pré a sin –tectônicos por tanto possuem fábrica anisotrópica (foliação)
Formas de contatos são ausentes
Plútons ocorrem como pods gnáissicos
Os efeitos metamórficos são amplos
Lameyre et al (1982)
Lameyere e Bonin (1991)
Séries toleiticas
Series calcico-alcalinas trondjemiticas
-6 – séries granodioriticas
7- séries monzoníticas
8-11 – várias séries alcalinas
Eskola, 1933 propôs que os granitos podem se formar a partir de diferenciação magmática de magmas
máficos ou a partir de fusão parcial ou anatexia de rochas mais antigas.
As fusões anatéticas formariam-se durante o alto grau de metamorfismo. Estes granitos compõem as porções
félsicas dos complexos migmatitos.
Entre 1940 e 1960, houve um debate sobre a formação de rochas graníticas por processos metamórficos, o
que denominaram de processos de granitização. Este processo transformaria por trocas iônicas, uma rocha
máfica ou intermediária em rocha ácida. Ainda hoje acredita-se que seja possível ocorrer tal processo de
formação de granito, porém este é de ocorrência restrita. Na verdade a granitização é um processo de
metamorfismo de alto grau (fácies granulito). Ocorrem como mineral nesta fácies em geral hiperstênio e
hornblenda.
Origem de granitos:
A maioria dos autores acreditam que vem da fusão parcial de crosta continental, entretanto cada ambiente
tectônico é responsável por um modo diferente de formação de magma. Não se pode descartar a formação de
magmas granticos pela fusão parcial manto associada com processos de contaminação crustal e cristalização
fracionada posteriormente.
O Quartzo é anédrico, por vezes mostra extinção ondulante, apresenta figura uniaxial positiva e sua cor de
interferência varia de cinza claro a amarelo.
O Feldspato Potássico apresenta-se em dois tipos: Ortoclásio (macala carlsbad) e microclíneo (macla xadrez).
Ambos apresentam vestígios de pequena alteração hidrotermal, sericitização.
O Plagioclásio foi reconhecido pela sua geminação segundo a lei albita. O ângulo de extinção varia de 18 a 20
graus denotando uma andesina.
A biotita, ocorre em cor marrom avermelhada, contem inclusões de minerais opacos que por vezes sofrem
processos de oxidação.
Como acessório ocorre apatita, zircão e esfeno que tem habito euedrico e formas retangulares.
Como alteração principal ocorre sericitização nos feldspatos potassicos e sausuritização nos plagioclásios.A
rocha , é provavelm,ente plutônica e deve ser chamada de Granito com biotita.
Baseando-se em observações sobre o alinhamento da cadeia de ilhas neste local, Wilson (1963) explicou o
fato, como sendo o deslocamento da placa do pacífico sobre um ponto estacionário quente (anomalia termal
do manto) denominado de “Hot spot “ Morgan (1973) determinou que tais hot spots marcam o local de
plumas que ascendem do manto inferior, e que tal processo ´pode ocorrer tanto abaixo de placas oceânicas
como abaixo de placas continentais. A fusão parcial da pluma em ascenção ocorre devido a descompressão
adiabática, e pode gerar magmas de composições toleíticas a alcalinas, dependendo do grau de fusão parcial e
da profundidade da fusão, bem como da composição mineralógica do manto que foi fundido (granada
lherzolito, espinélio lherzolito, plagioclásio lherzolito). As composições alcalinas predominam neste
ambiente, embora na ilha havaiana, a única que está em erupção no momento, predominem composições
toleíticas, sendo que as composições alcalinas ocorrem apenas no topo dos edifícios vulcânicos. Nefelinitos
podem ocorrer associados com traquitos, basanitos, hawaiitos e basaltos alcalinos.
Figura 1 – Mostra um esboço do que acontece durante a passagem de uma placa oceânica sobre um ponto
quente fixo, similar ao que ocorre no presente nas ilhas havaianas.
Sugere-se que os Kimberlitos ocorrem num processo semelhante, com a única diferença, que as plumas
estacionárias situam-se abaixo de placas continentais e quando ascendem atravessam espessa crosta
continental..
A próxima figura mostra a distrubuição dos hot spots em escala global. Lembrem-se que apenas aqueles
localizados nas ilhas havaianas estão em atividade no presente. Os outros representam antigas atividades
vulcânicas, hoje extintas que podem ter deixado como vestígios uma série ampla de rochas vulcânicas.
51
Figura 2 - Distribuição dos Hot spots pelo mundo. Linhas cheias representam margens destrutivas. Linhas
que mostram ângulos retos demonstram margens construtivas e os pontos negros mostram os pontos quentes
“hot spots”.
Figura 3 : tipos de rochas comuns nos ambientes de ilhas oceânicas, intra-placa oceânica (hot spots). Os
basaltos das ilhas oceânicas são conhecidos como do tipo OIB enquanto os de cordilheira meso-oceânica são
conhecidos como tipo MORB.
,
52
Dentro das séries alcalinas podem existir trends de rochas supersaturadas (os últimos diferenciados sendo
ricos riolitos alcalinos portadores de quartzo conhecidos como comenditos ou pantaleritos) ou insaturadas
sendo os últimos produtos de diferenciação fonolitos portadores de nefelina.
As ilhas do oceano atlântico conhecidas como Tristan da Cunha, Fernando de Noronha, gough e Ilhas
canárias, são constituídas de rochas insaturadas. No Pacífico a ilha de Tahiti e no mar indico a ilha de
Kerguelen.
Em termos de conteúdos de elementos maiores e traços os basaltos toleíticos do Havaí mostram teores de 50-
51% de sílica enquanto os basaltos alcalinos são pobres em sílica 46-47%. TiO2 é mais elevado nos basaltos
alcalinos do que nos toleitos, bem como Al2O3. Entretanto as diferenças significativas ocorrem mesmo, nos
elementos traços e terras raras. Zr, em torno de 115 ppm nos toleítos de ilhas oceânicas chegam a 350 nos
basaltos alcalinos de mesmo ambiente. Nb que varia de 8 a 17 nos toleitos chega a 36ppm nos basaltos
alcalinos. Ba e Sr são extremamente mais elevados nos basaltos alcalinos chegando a 650 ppm (Sr) e 340 (Ba)
contra 300ppm Sr e 150 ppm Ba nos toleitos. Os teores de La , Ce e Eu são muito mais elevado nos basaltos
alcalinos. Observe as análises químicas da página 266 do Livro da Marjorie Wilson.
53
ASSOCIAÇÕES MÁFICAS-ULTRAMÁFICAS
Feições Gerais:
Intrusões Gabróicas Estratiformes distinguem-se de sills de diabásio por serem mais largas e por
terem acamamento repititivo. A composição global é gabróica, mas geralmente varia de peridotito e
piroxenito na base da intrusão, passando para gabro e anortosito para ferrogabro até gabros
granofíricos no topo (figura 1). Eles variam na forma desde um stock até um batólito, sendo a
maior intrusão gabróica estratiforme conhecida a intrusão de Busheveld na África do Sul, o qual
têm 240 x 480Km de extensão e mais de 7000metros de espessura.
Em forma (fig1), a maioria parece um lopólito (Gabro de Duluth; Bushveldou forma de funil
(intrusão de Skaergard) ou um corpo alongado semelhante a um dique como ou no formato
achatado (Intrusão de Muskox, figura 2, o Grande Dique da Rodésia aparentam ser a parte mais
longa de um lopólito preservada por um falhamento dentro de um rift-graben.
O ambiente tectônico para intrusões gabróicas estratiformes não está totalmente esclarecido. Têm
sido considerado como ambiente anorogênico intra-continental, mas a maioria das intrusões deste
tipo são de idades precambrianas, onde a idade e o ambiente tectônico são mais difíceis de se
determinar. Em ambientes fanerozóicos muitas intrusões acamadadas ocorrem próximas a zonas de
rift ou de margem construtivas. As intrusões gabróicas ocorrem também como partes dos ofiolitos,
como já vimos anteriormente.
Alguns autores consideram que devido as largas extensões das intrusões acamadadas, ao seu
aspecto estrutural e por ocorrerem em ambientes estáveis, que estes corpos se originaram por
impacto de meteoros, o qual teriam fundido o manto superior e ascendido para as rochas
sobrejacentes na forma de intrusão.
Figura 2 – Forma comum das intrusões estratiformes e empilhamento. Da base para o topo. Lado
direito: picrito – peridotito-piroxenito-gabro-gabro granofirico-granófiro.
Baseado no exemplo de MusKox intrusion – Canadá
55
A maioria das intrusões acamadadas são caracterizadas por uma gradação mineralógica e química
da base para o topo de todo o corpo. Esta gradação é chamada de acamamento crípito ou
acamamento químico e envolve dois aspectos. Primeiro: minerais tais como olivina, piroxênio e
plagioclásio os quais pertencem as séries de solução sólida mudam de composição
progressivamente com o nível de profundidade da intrusão. Segundo: determinados minerais
começam a se cristalizar em determinadas profundidades.
Esse acamento cripto é repetido devido as várias injeções do magma.Essa repetição leva a formar
um outro acamamento chamado acamamento ritímico que também pode ser chamado de
acamamento por gravidade marcado por camadas gradacionais repitidas. Cada camada varia de 2cm
até 30 metros de espessura. Minerais escuros como piroxênio e olivina ficam na base de cada
camada gradando para minerais mais claros (plagioclásio) no topo. Este acamento é análogo àqueles
encontrados em rochas sedimentares tais como turbiditos. Outra estrutura sedimentar que ocorre
nestes corpos é a estratificação cruzada, estruturas de deslizamento e estruturas de compactação. A
maioria destas feições foi descrita na intrusão de Skaergard leste da Groelândia.
Mineralogia:
escura contendo quartzo e feldspato alcalino). Isto representa um diferenciado extremo de magmas
gabróicos aproximando-se da composição de um granito. No gabro de Duluth e na Intrusão de
Bushevel, crostas de granito vermelho granofírico ocorrem representando essa diferenciação
extrema. Sugere-se que estas rochas são formadas além do acumulo de sílica pela diferenciação por
assentamento gravitacional, pela mistura com sedimentos fundidos das encaixantes que são assimilados pelo
magma gabróico.
Química :
Em geral os magmas destas intrusões são de composição básica a alto alumínio, ou toleíticos. A
mineralogia comprova a química pela grande presença de ortopiroxênio e plagioclásio nesta
associação rochosa.
Origem Sugerida:
Em geral concorda-se que o magma que cristalizou para dar origem a uma intrusão estratiforme foi
um magma básico toleítico ou a alto alumino. As diferenças de opinião são mais com relação a
origem dos acamamentos rítmicos. Se não houver evidências claras de que houve injeções
múltiplas, a maioria dos autores acreditam que o acamento rítmico é conseqüência de diferenciação
magmática em um local e mais um destes fenômenos:
ocorrem em perídos curtos de turbulência pequena e irregular, forte apenas para colocar
temporariamente o plagioclásio em suspensão sem interromper o assentamento dos minerais mais
pesados.
O acamamento rítimico pode ser conseqüência de injeções múltiplas que podem ser de fontes
similares ou de fontes diferentes.
Anortositos:
É uma rocha com mais de 90% de plagioclásio que ocorre junto aos gabros estratiformes nas
porções mais elevadas. A maioria deles ocorre no precambriano sendo alguns poucos de idade
arqueana. Isto implica em um tipo de evento ou vários eventos que não ocorrem em situações
geológicas mais recentes No passado chegou-se a postular uma origem metamórfica mas hoje isso é
totalmente descartado. Acredita-se que os anortositos, mesmo aqueles que formam largos maciços
são resultados de diferenciação magmática de um líquido resultante de fusão parcial no manto ou
crosta profunda.
Questionário:
São gabróicas em composição global, variando de peridotitos e piroxenitos até gabros e anortositos a ferro-
gabros granofíricos no topo.
Em dimensão variam de pequenos stocks a imensos batólitos. A maior intrusão conhecida é a de Bushveld na
África do Sul com 240 e 480Km em superfície e mais de 7Km de espessura.
O ambiente tectônico não é claro, considerado anorogênico em áreas continentais. A maioria é Pré-
Cambriana. A grande espessura das intrusões acamadadas indica um ambiente estável tectonicamente.
Cada camada varia de centímetros a metros, até 30m. Camadas escuras de olivina e/ou px gradando para
camadas de felsdspato. Parecem muito com camadas sedimentares.
MINERALOGIA:
As intrusões acamadadas mineralogicamente consistem de dois componentes:
Cumulus: grãos precipitados primariamente. Grãps assentadas no fundo da câmara magmática;
Intercumulus: espaço restante entre os grãos já precipitados e prreenchidos por:
por crescimento dos cristais já existentes (adcumulus)
por novos grãs (interprecipitados)
Os magmas formadores são toleíticos ou de composição basáltica a alto alumínio. Discussão sobre a
possibilidade injeções múltiplas, porém a origem de injeção única com posterior diferenciação é a mais aceita.
1) Feições Gerais:
Rochas alcalinas são aquelas com conteúdo de Na2O + K2O maior que o necessário para formar
feldspatos com a sílica disponível. Isto resulta no aparecimento de feldspatóides, ou piroxênios e anfibólios
alcalinos.
Feldspatóides: Grupo de silicatos similares aos feldspatos em estrutura, mas que contêm menos sílica
por unidade de forma.
Micas:
Lepdomelano (biotita rica em Fé, em microscopia parece a biotita)
Astrofilita (parece biotita, alguns livros classificam como anfibólio)
Titanoflogopita (flogopita rica em Ti)
Anfibólios e Piroxênios
Fé-Hornblenda pargasítica
Arfverdsonita
Riebequita
Ferroricterita
Aenigmatita
Aegerina
Ijolito: Uma rocha de médio a grosso grão, plutônica, aultra-alcalina que consiste essencialmente de nefelina,
aegerina ou aegerina-augita, ou diopsídio sódico, com ou sem granada e melanita. Acessórios são apatita,
esfeno e cancrinita.
Lamprófiro: Uma rocha escura, intrusiva porfiríc\tica, contendo abundantes fenocristais euhedrais de biotita
e/ou anfibólio e ainda olivina, diopsídio, apatita e opacos (óxidos) em uma matriz máfica ou félsica ou de
vidro. Não apresenta nenhum mineral félsico como fenocristal.
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4) Ambiente Tectônico
Rochas ígneas alcalinas são principalmente relacionadas a ambientes de rift tais como os rift valleys
no leste da África (Figura 1). Porém rochas alcalinas também ocorrem em áreas geralmente consideradas
como sobre subducções profundas, zonas atrás de arcos andesíticos e em estágios mais evoluídos de arcos.
Ocorrem ainda em fases tardias de ilhas basálticas no interior de placas oceânicas.
Em zonas de rifts continentais as tensões são variadas. Superficialmente elas parecem com rifts ou
cadeias meso-oceânicas, porém a princípio são feições diferentes. Em ambientes de fomação de rifts
continentais as placas não se movem rapidamente como em ambientes construtivos ligados a separação de
placas, onde as velocidades alcançam vários centímetros por ano, e sim em velocidades que podem ser 100
vezes menor que estas.
Muito embora, os basaltos alcalinos ocorram em ambientes de rift, a maioria das rochas mais ricas
em álcalis são encontradas nas margens do rift, na crosta soerguida pelo processo de riftamento, são
associadas com o rift, porém podem estar localizadas de 100 a 200Km do eixo do rift, associadas a falhas
transformantes e extensões continetais geradas pelo processo.
Composições dos magmas gerados do Mioceno ao Plioceno no leste da África, iniciaram com
nefelinitos, carbonatitos e álcali-basaltos eruptindo regionalmente durante o processo inicial de soerguimento,
este processo foi seguido por derrames de fonólitos e erupções fissurais e no final por flows de traquitos
formando o assoalho do rift durante o rifteamento principal.
As mais conhecidas províncias ígneas alcalinas ligadas a rift (dominantemente sódica e menos
potássicas), e falhas extensionais e transformantes ligadas ao processo são:
Área Afro-Arabia (Afar) – presentemente ativa;
Zonas de rift do leste Africano – Terceário médio a presente;
Suldeste do Brasil – Cretáceo a Terceário;
Graben de Oslo, Graben de Rhine, França Central – Permiano a Quaternário;
Província Monteregian, Quebec – Precambriano a Cretáceo em intervalos;
Rift de Gadar, Sul da Groelândia – Precambriano.
As áreas mais conhecidas de rochas ígneas alcalinas (suítes ricas em potássio) atrás de arcos
andesíticos, provavelmente formadas em zonas profundas e processo finais de subducção são:
Províncias Montana Central e Yellowstone, EUA – Eoceno;
Andes Central – Plioceno a Quaternário;
Papua Nova guiné – Eoceno a Recente;
Indonésia – Pleistoceno a Recente.
encaixantes, sendo raros os complexos em grandes profundidades. Rochas ígneas alcalinas associadas a
rochas metamórficas regionais de alto grau são conhecidas, porém geralmente não mostram evidencias de que
a intrusão tenha associação com o metamorfismo.
A ascensão de magmas alcalinos para a superfície ou próximo à superfície, indicam condições de baixa
quantidade de água e ascensão rápida, fato que previne o resfriamento em altas profundidades. Se os magmas
são é derivados do manto, eles se mantêm acima dos sólidus e provavelmente acima dos liquidus bem
próximo ao emplacement (Figura 3). Embora a água seja baixa, como inferido a partir de uma relação
positiva no diagrama P-T, CO2 pode ser alto, como inferido para muitos magmas basálticos.
6) Principais Associações
Incontáveis nomes tem sido dados para as rochas alcalinas, muitas das quais se diferem a partir de
um simples mineral menor ou da variação textural. Nomes gerais aparecem na classificação triangular
proposta pela I.U.G.S. (Figura 4). Termos gerais tais como aqueles como sufixo “oid” (ex.: feldspatoide), são
comumente substituídos por nomes mais específicos, tais como nefelina (ex.: nefelina sienito ou nefelinito) e
leucita (ex.: leucita fonólito). Classificações separadas para lamprofiros, carbonatitos e rochas ígneas ricas em
melilita serão descritas posteriormente.
Rochas peralcalinas supersaturadas em complexos anelares podem estar associadas com rochas vulcânicas
não peralcalinas, tais como biotita-, hornbelnda-, faialita granitos; dioritos; traquitos; sienitos; sienogabro e
anortositos, ou ainda com rochas alcalinas tais como nefelina sienito. Em ilhas oceânicas e outros ambientes
vulcânicos elas são subordinadas e associadas a rochas alcalinas subsaturadas tais como basaltos alcalinos,
traquibasaltos, traquiandesitos, traquitos e fonólitos.
Granitos peralcalinos são rochas de coloração clara, de grãos médios, com ± 30% de quartzo e um único
feldspato pertítico (hipersolvus). São caracterizados por pequena quantidade de riebequita, arfverdisonita e
aegerina, as quais são pretos ou perto de preto em amostras de mão. Albita de baixa temperatura comumente
forma finos núcleos e grão microscópicos entre os grão de pertita.
Comenditos são lavas bandadas, obsidianas e tufos de flows de cinza de cores azul pálidas a amareladas para
verde acinzentada, comumente apresentam fenocristais de quartzo, anortoclásiom ou sanidina sódica (Or29-
50,7 ), aegerina, ferroedembergita sódica, arvferdsonita e aenigmatita.
Pantaleritos são tufos, lavas e obsidianas verdes para pretas, comumente com textura traquítica de flow. Os
fenocristais incluem anortoclásio (Or30-41,8) e em alguns casos quartzo, aegerina, ferroedembergita sódica e
aenigmatitas.
Os Complexos Anelares dos Younger Granitos do norte da Nigéria representam níveis profundos erodidos de
um pluton complexo do tipo caldeira de diques anelares de baixa profundidade. Na área é caracterizado por
um grupo de compelxos diques anelares, geralmente de 11 a 14Km de diâmetro. O Complexo Liruei primeiro
desenvolveu fraturas anelares com a subsidência de blocos e a formação de uma larga caldeira. Finas camadas
de rochas piroclástica, algumas ou todas de flows de cinza, preencheram a caldeira e são preservadas em
algumas áreas da região, entre os diques anelares e o pluton central. Seguindo a subsidência, diques anelares
de arfvedsonita-fayalita granitos pórfiros foram formados, sendo sequidos pela intrusão de pluton de biotita
granito. Erosão próxima a uma das margens expôs o albita-riebequita granito em finos plutos acamadados.
Riebequita granitos tardios intrudiram as rochas vulcânicas, através de fraturas anelares.Estando e tungstênio
ocorrem em veios associados com greissens (cassiterita e wolframita com muscovita e quartzo), em fases
micro graníticas do biotita granito.
O Complexo de Amo na mesma região da Nigéria é erodido a um nível um pouco mais profundo, não
preservando mais as rochas vulcânicas (Figura 6). Contatos internos entre os sucessivos diques em anéis e o
pluton central são abruptos e com uma inclinação em cone com o diâmetro maior para a superfície. Cada anel
tem de 100 a 200m de espessura, sendo que o emplacement é sucessivo entre eles.
São Nefelina sienitos, sienitos e ijolitos e seus equivalentes vulcânicos, álcali basaltos, fonólitos, traquitos,
nefelinitos e rochas relacionadas. Elas tem mais sódio do que potássio, gerando um feldspato potássico e
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minerais ricos em sódio como nefelina, sodalita, analcima, aegerina, hornblenda ferropargasítica,
arfverdsonita e riebequita.
Nefelina sienitos e rochas ricas em sódio relacionadas, são associações relativamente incomuns, porém bem
distribuídas em áreas de crosta continental estável, zonas de riftiamento, grandes blocos falhados ou zanas de
dobramentos continentais em zonas de thrust.
Tipicamente elas ocorrem como corpos circulares ou elípticos, com contatos bruscos, em plutons do tipo
stock ou pequenos batólitos, como complexos anelares, ou como cones acamadados (Figura 7). A maioria
aparece de forma claramente intrusiva, com aureolas de contato bem distintas.
Membros vulcânicos destas associações são também de pequenos volumes e geralmente estão na parte central
das ocorrências. Exceções incluem os fonolitos do tipo platô e os traquitos como aqueles que ocorrem em
ambiente de rift no leste da África, que foram eruptidos em grandes volumes.
Nefelina sienito e sienitos são brancas e cinza clara. Em muitos casos de grãos grosseiros; os sienitos em
especial tendem a ter uma textura tracóide dada pelo arranjo paralelo de feldspatos potássicos.
Sienito rico em nefelina e monzonitos são geralmente de grãos médios e maciços. As rochas vulcânicas e sub-
vulcânicas tais como fonólitos e traquitos são rochas de fino grão ou afaníticas.
Sienitos comuns e nefelina sienitos nos quais a razão Na2O + K2O / Al2O3 é menor ou igual a 1 (um), são
chamadas miasquíticas. Elas tendem a ser ricas em feldspatos alcalinos pertíticos e nefelina. No diagrama
Quartzo-Nefelina-Kalsilita (Figura 8), estas rochas plotam perto da linha albita-ortoclásio. Membros mais
máficos geralmente contêm biotita com ou sem substituição pela aegerina ou por anfibólio sódico tal como
kaersutita ou hartingsita, e pode conter olivina ou titanoaugita.
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Sienitos contendo excesso de álcalis, onde a razão Na2O + K2O / Al2O3 é maior do que 1 (um) são chamados
agpaíticos. Eles são constituídos principalmente por feldspato alcalino com alguns minerais peralcalinos tais
como sodalita, aegerina ou anfibólio alcalino. Eles também podem conter como minerais menores nefelina,
natrolita, analcima, eudialita, ramsaíta, rinkolita e silicatos sódicos com alto Zr, Ti e ETR (Curie, 1976).
Rochas mais máficas comumente ocorrem em diques ou fases de bordas dos plutons. Rochas alcalinas
máficas e rochas relacionadas geralmente incluem ijolitos de granulação média, magnetita piroxenito, biotita
piroxenito, ortoclásio-nefelina gabro (essexito), com seus equivalentes de grão finos tais como nefelinito e
melanefelinito. Membros plutônicos deste grupo tem sido chamados algumas vezes incorretamente de álcali
gabros, porém a maioria não contem plagioclásio. A maioria destas rochas são de grãos médios, coloração
escura e com altos conteúdos de nefelina e são membros das séries aegerina-diopsidio ou aegerina-augita. O
piroxênio nestas rochas ultramáficas é titanaugita.
Os nefelinitos ou melanefelinitos desta associação, os quais são encontrados com carbonatitos, e comumente
contêm abundantes fenocristais de augita, porém poucos de olivina, exceto in rochas cumuláticas. Este
contraste com nefelinitos ricos em olivina, são associados a basaltos alcalinos.
Minerais acessórios ocorrem em quantidades variadas e incluem outros feldspatóides como sodalita,
cancrinita, analcima, melilita, ± hauine, ± leucita, com flogopita, esfeno, apatita, melanita, perovsquitaq,
magnetita ou ilmenita, calcita, zeólitas, wollastonita, ± anfibólios sódicos, ± eudialita. Feldspatos são
incomuns e ortopiroxênios são ausentes.
As zonas de contato de rochas máficas alcalina com granitos ou outras rochas encaixantes são comumente
rochas de grão mais finos e em alguns casos porfiríticas ou mais máficas. A rochas granítica próxima está
geralmente fenitizada gradando para granitos não fenitizado. Esta fenitização, ou metasomatismo alcalino,
resulta na formação de uma rocha semelhante a um sienito contendo feldspato alcalino, aegerina e anfibólio
sódico azul.
As rochas mais máficas da associação pode conter xenólitos de lherzolito spinélio e em alguns casos de
granada lherzolito, os quais indicam derivação de zonas profundas do manto.
6.3. Complexos carbonatíticos-nefeliníticos
Carbonatitos são rochas ígneas de grãos grossos e finos, as quais caracteristicamente contêm mais
que 50% de minerais carbonatos, especialmente calcita, e as quais podem não conter fases silicáticas. Muito
embora estas rochas sejam pobres ou desprovidas de álcalis, elas são invariavelmente associadas com rochas
silicáticas ricas em álcalis, principalmente nefelinitos, com cerca de 35% de nefelina e 65% de minerais
máficos, ou com ijolitos (o equivalente plutônico do nefelinito), com 55% de nefelina e 45% de minerais
máficos. Eles também são associados com fenitos, ou seja os produtos do metassomatismo de Na e K.
Carbonatitos com rochas alcalinas máficas e com nefelina sienitos, desenvolvem como um incomum,
porém amplamente espalhadas rochas, em áreas de estabilidade crustal, hot spots anorogênicos, riftiamentos,
ou falhamentos moderados. Em ilhas oceânicas, carbonatitos são relatados somente nas ilhas Canárias e em
Cabo Verde, onde eles são associados com nefelina sienitos e gabros alcalinos, porém não com nefelinitos e
ijolitos. Eles foram reconhecidos também em ambientes tectono-metamórficos.
Carbonatitos ocorrem como plugs e corpos de formas irregulares de até 8Km2 em área. Eles são
comumente incluídos em centros de compelxos máficos alcalinos, ou ocorrem como partes inferiores de
camadas cônicas ou em dikes cortando complexos alcalinos (Figura 9).
Figura 9: a) Mapa geológico do Complexo de diques anelares Magnet Cove, Arkansas (simplificado de
Erickson e Blade, 1963).
b) Vulcão de Kisingiri no Lago Vitória no oeste do Kênia, mostrando carbonatitos e brechas de nefelinitos
feldspatizados, preservados em uma caldeira circundado pelo embasamento de granitos e circundados por
lavas nefeliníticas e aglomerados preservados nos flancos do vulcão (simplificado de LeBas, 1977)
Rochas máficas associadas aos carbonatitos incluem jacupiranquitos, biotita piroxenito, ijolito e nefelinito.
Carbonatitos e rochas máficas alcalinas também se desenvolvem em ambientes vulcânicos – flows máficos
alcalinos, tufos e brechas com flows carbonatíticos, brechas e tufos se desenvolvem em menores proporções
em estágios finais. Alguns exemplos são: os flows de carbonatitos sódicos em Oldoiyo na Tanzânia, e os
carbonatitos cálcicos em Fort Portal no oeste de Uganda. Os tufos vulcânicos foram provavelmente
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Figura 10: Diagrama esquemático de uma seção típica de um complexo carbonatítico (modificado de Garson,
1966).
Exemplos de associações nefelina-carbonatitos:
Bearpaw Moutains, Montana (Hearn et al., 1964)
Pass Moutains, Califórnia (Olson et al., 1954)
Iron Hill e Powderhorn, Colorado (Larsen, 1942, Nash, 1972)
Magnet Cove, Arkansas (Erikson e Blade, 1963)
Oka, Quebec (Gold, 1966, Watkinson, 1970)
Honolulu Volcanic Series, Hawaiian (Clagieand Frey, 1982)
Jacupiranga, Brazil (melcher, 1966, Ulbrich e Gomes, 1981; Gaspar e Wyllie, 1983)
Serrote, Brazil (Leonardos, 1959)
Fen, Noruega (Ramberg, 1973)
Carbonatitos são principalmente rochas de médio grão, porém incluem algumas de grão muito finos e outras
de grão grossos, exceto pela composição mineralógica ela se parece muito com o mármore. O mineral mais
comum é a calcita, algumas vezes chamada de sovite, e por vezes dolomita que é chamada de beforsite, pode
ainda ocorrer a anquerita. Carbonato de Na-K-Ca é chamado de natrocarbonato. Algumas vezes uma
seqüência de carbonatos de Ca para Mg e para Fé reflete uma diferenciação progressiva. Zonação entre apatita
e magnetita também aparecem como evidência de zonação.
As cores dos carbonatitos variam de branco para marrom e menos comumente amarelo. Texturalmente muitos
carbonatitos são mássicos, porém algumas vezes mostram foliação em forma de textura tracóide ou
acamadamento, mais comumente resultante do paralelismo das concentrações de minerais máficos que
tendem a ser paralelos com os contatos com as rochas encaixantes. Estas bandas podem representar: apatitas
verdes, magnetitas, flogopitas verdes ou marrons, pirocloro amarelo ou amarronado e piroxênio sódico
escuro.
Rochas vulcânicas associadas com intrusões rasas de carbonatitos e ijolitos são dominantemente nefelinitos
caracterizados por estrato-vulcões. Nefelinitos e melanefelinitos são aglomerados e lavas, que em muitos
casos seguem a fase final do colapso da caldeira.
Kimberlitos e Lamproitos
Kimberlitos e Lamproitos são produtos de magmatismo alcalino intra-placa continental. Ainda que
relativamente pequenas em volume, comparada com outras províncias alcalinas, rochas kimberliticas e
lamproíticas , são importante por serem as fontes primárias dos diamantes. São portadoras de xenólitos
derivados do manto e são geradas (pelo menos até o nível do conhecimento atual) em profundidades no
manto, superiores ás de outros magmas. O objetivo desta revisão é fornecer um breve sumário das principais
características geoquímicas, mineralógicas e petrológicas de kimberlitos e lamproítos. Uma discussão
detalhada da petrologia dos Kimberlitos é dada por Mitchell (1986). Sumários recentes da mineralogia e
geoquímica dos lamproítos tem sido dada por Mitchell (1985) e Bergman (1987).
Conceito de Kimberlito:
Kimberlito é uma rocha ígnea ultrabásica (MgO=15%-40%), potássica, rica em voláteis (principalmente
CO2), que ocorre na forma de pipes, diques e soleiras.
Comumente exibem uma textura inequigranular distintiva, resultando da presença de macrocristais e alguma
vezes megacristais numa matriz de grãos finos. A assembléia megacristal e macrocristal consiste de cristais
anédricos arredondados de ilmenita magnesiana, piropo titanífero pobre em cromo, olivina, clinopiroxênio
pobre em cromo, flogopita, enstatita e cromita pobre em titânio. Olivina é um membro dominante da
assembléia de macrocristais. Os minerais da matrix incluem olivina primária euédrica de segunda geração e
ou flogopita, com peroviskita, espinélio, diopsidio, monticelita, apatita, calcita e serpentina rica em ferro.
Sulfetos niquelíferos e rutilo são minerais acessórios comuns. Olivina, flogopita, monticelita e apatita são
comumente substituídas por soluções deutéricas formando serpentina e calcita.
Kimberlitos comumente contém inclusões de rochas ultramáficas do manto superior. Quantidades variáveis
de xenólitos crustais e xenocristais podem também estar presentes.
O diamante é um constituinte raro dos kimberlitos, mas o que mais valoriza o estudo destas rochas.
O Termo Lamproito:
O termo Lamproíto foi introduzido por Niggli (1923) para referir-se a rochas alcalinas ultramáficas,
ultrapotássicas cujos números de Nigli são > ou = 0,8 para mg e k.
Antes de 1970 os lamproitos eram considerados espécimes exóticas petrologicamente e de pouca
importância. Entretanto a descoberta de diamantes em lamproitos mudou esse conceito. Isso aconteceu a
primeira vez no nordeste da Austrália. Hoje na classificação de rochas com perspectivas de conterem
diamante o Lamproíto é a segunda, perdendo apenas para os kimberlitos. Os lamproitos caracterizam-se por
conter flogopita titanífera, tetraferroflogopita titanífera, praderita , olivina forsteritica, diopisidio, sanidina,
leucita, tipicamente como fases maiores. Como fases menores ocorrem apatita,perovskita, magnésio cromita,
magnetita magnésio titanifera, anatasio, ilmenita e enstatita. Analcita é comum como mineral secundário
substituindo leucita e ou sanidina. Alteração ou outros minerais secundários incluem : clorita, sílica,
carbonato,zeolita, serpentina, barita e argilo minerais.etc... Minerais ausentes nos lamproitos são:
nefelina,sodalita,kalsilita,melilita, plagioclásio, monticelita e melanita.
Quimicamente os lamproitos exibem uma ampla composição de sílica (40-55%), sendo simultaneamente
ultrapotássicas K2O+Na2O>3 e percalcalina K+Na/Al2O3>1. Os lamproítos são caracteristicamente
enriquecidos em elementos incompatíveis (Ti,REE,Sr,Ba,Zr) acoplado com altos conteúdos de elementos
incompatíveisn (Co,Ni,Cr, Sc)
Kimberlitos são rochas petrográficamente complexas. Elas podem conter cristais derivados de três diferentes
fontes:
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xenólitos derivados do manto que são desagregados durante o transporte do magma kimberlítico. Xenocristais
derivados de granada lherzolito, harzburgito, eglogitos e dunitos contribuiem para o magma kimberlítico.
Algumas fases, exemplo olivina e flogopita tem composições idênticas a áquelas de minerais considerados
como cristalizados a partir do magma kimberlitico. Discussão detalhada da mineralogia de xenólitos
derivados do manto pode ser encontrada em Sobolev (1977), Dawson (1980) e Nixon (1987)
Megacristais de piropo titanífero com baixo Cromo, ilmenita magnesiana, diopsídio cálcico a sub-cálcico,
enstatita, flogopita e zircão. Intercrescimentos lamelares entre piroxênios e ilmenita magnesianas são comuns.
A variação composicional exibida pela coexistência de membros da suíte sugerem que estes cristais se
precipitaram a partir de um tipo único de magma por diferenciação. Os megacristais são considerados
xenocristais não relacionados ao Kimberlito por Boyd & Nixon , 1975 ou cristais cognatos (fenocristais)
formados no manto superior a partir de magmatismo kimberlítico.
Fases primárias representadas por fenocristais e microfenocristais de hábito euédrico-subédrico e os mineriais
os quais têm cristalizado em situ forma matriz kimberlítica. As fases principais são olivina, flogopita,
espinelio, ilmenita, peroveskita, diopsídio, monticelita, apatita, calcita e serpentina.
Em qualquer kimberlito a relativa contribuição da mineralogia global da rocha a partir de cada uma das três
fontes varia amplamente. Em muitos exemplos não é possível identificar sem equívoco a proveniência de
algumas fases (ex.olivina). Além do mais as variações modais mineralógica podem vir de um processo de
diferenciação magmática e são especialmente importante nas rochas no fácies diatrema e nas intrusões
hipoabissais ricas em carbonato.
Kimberlitos exibem uma textura inequigranular distintiva devido a presença de cristais largos (0,5 – 10mm)
de olivinas anédricas arredondadas, dispersas numa matriz de granulação mais fina. Estas olivinas podem ser
consideradas tanto como xenocristais derivados de lherzolitos e harzbugitos ou como fases cognatas, sendo
fenocristais. No último caso, os cristais arredondados devem ter sido derivados de precursores euédricos a
subeuédricos. Estudos composicionais e morfológicos indicam que a população macrocristal na maioria dos
kimberlitos é feita de vários componentes e que estão presentes tanto xenocristais como fenocristais de
olivinas.
FACIES CRATERA
FACIES DIATREMA
FÁCIES DE
As fácies de cratera podem ser divididas em lavas, rochas piroclásticas e rochas epiclásticas. Fácies de lavas,
Estudos Geoquímicos em kimberlitos são difíceis porque existe muita contaminação pelo material da crosta,
como também por água subterrânea. As melhores fácies kimberlíticas para estudos geoquímicos são as
hipoabissais. Uma característica dos kimberlitos é o baixo teor de Na2O e a razão de Na2O/K2O menor que 0,5
e altos teores de K2O o que leva-se a classificar estas rochas como do grupo das ultrapotássicas.
Os principais elementos traços compatíveis com os kimberlitos são: Sc (6-38ppm) V (21-760ppm) Cr (430 –
2554ppm) Co (9 – 125ppm), Ni (471-1800ppm) e Zn (10-287ppm), já os principais elementos incompatíveis
são: Ba (128 – 5690ppm), Zr (47 – 1300ppm), Hf (1-40 ppm), Nb (29-400) U (0,5 – 22,9), Th (2,8 – 920ppm)
e terras raras.
Com respeito a idade dos kimberlitos, eles são conhecidos desde o precambriano até o cretáceo superior. Em
geral ocorrem quatro períodos de intrusões de kimberlitos no mundo:
1600 Ma Kurumani (África do Sul)
1200 Ma Premier (África do Sul)
500 Ma Zimbawbwe (África do Sul)
240 Ma – 80 Ma (África do Sul, Rússia e Brasil)
Olivina – Forsterita 82-94 ocorre como fenocristal e na matriz e pode estar alterada para antigorita
(serpentina)
Flogopita – Ocorre como fenocristal e na matriz. Pode ser substituída por clorita e por vermiculita, magnetita
ou calcita.
Ilmenita – contém 30 a 60% de MgTiO3 e mais de 8% de Cr2O3. Pode alterar para leucoxênio ou ser
bordejada por perosvkita.
Granada – rica em piropo e pode ser rica em Cromo. É difícil saber se a granada originou no magma ou se
xenólito do manto. A granada comumente mostra borda Kelipitica, uma mistura de espinélio, enstatita,
hornblenda, mica e clorita.
Piroxênios: Enstatita (En84-92). A enstatita mostra bordas ou lamelas internas de clinopiroxênio,granada ou
espinélio exsolvida da enstatita.
Matriz: Grão fino, consistindo de antigorita e magnetita, mais de 50% de calcita ou dolomita primária, e
perovskita , apatita, zircon,rutilo e algum diamante. Uma segunda geração de material fino também ocorre.
Química:
Kimberlitos são rochas ultramáficas contendo altos teores de TiO2 e possimente de Al2O3, alto Fe2O3,
Cr2O3, Cão, K2O, P2O5, H2O e CO2. Existe mais K2O do que Na2O e a razão Fé/Mg é maior do que em
outras rochas. Sílica e Magnésio são baixas (25 a 30%). A matriz é enriquecida em elementos traços
Li,B,F,Sc,V,Cu,Ga,Rb,Sr,Y,Zr,Nb,Cs,Ba,La,Ta,Pb,Th e U.
Concentrações de Sr,Y,Zr,/Nb,/Ba,La e Pb e altas razões de terras raras leves comparada aos terras raras
pesados são similares em carbonatitos.
Rochas Associadas:
Cristalização Fracionada:
Kimberlitos originam-se como líquido final durante a cristalização de um magma peridotitico ou
como produto final de zona de refinamento no manto (Verrschure, 1966, O Hara and Yoder,
1967, Mitchell, 1970).
Fusão Parcial:
Kimeberlito é formado por fusão incipiente de granada peridotito contendo mica ou anfibólio rico
em potássio (Dawson, 1971; Green, 1971) ou por fusão parcial de peridotito como resultado de
soerguimento e queda de pressão ou como resultado de intrusão de um manto diapírico.
Um magma protokimberlitico formado por fusão parcial de manto astenosférico fértil se ascende
através de um corpo diapírico e mistura-se com magmas fundidos parcialmente da base da litosfera
enriquecida em terras raras leves (Nixon e outros, 1981)
DEPÓSITOS ECONÔMICOS
KIMBERLITOS são dominados é claro por diamantes. São os maiores se não os únicos a originar diamantes
industriais. Os principais depósitos estão na Tanzânia e África do Sul, Lucapa na Angola, Serra Leoa e Nova
Guiné. No Brazil os diamantes foram minerados durantes muitos anos apenas a partir de depósitos aluviais. A
descoberta de kimberlitos no oeste de Minas Gerais e no Mato Grosso, prováveis fontes dos diamantes
aluviais. são recentes,
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As rochas magmáticas podem ser classificadas de acordo com vários critérios. Os mais comuns estão
relacionados abaixo:
Vulcânicas - superfície
Hipoabissal - subsuperfície
Plutônicas - profundidades
Mesocráticas - Proporções equivalentes de minerais máficos e félsicos (entre 30 e 60% de minerais máficos)
4- Quanto a granulometria
7 - Quanto Alumina-Saturação
a- Rochas peraluminosas - nestas a proporção molecular de Al2O3 supera a soma das proporções moleculares
de Na2O + K2O + CaO.
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Como consequências surgirão como minerais: muscovita, biotita, córindon, turmalina, topázio e granadas
portadoras de ferro.
b- Rochas Metaluminosas
proporção molecular Al2O3 > Na2O + K2O porém é menor que Na2O + K2O + CaO
c- Rochas Sub-aluminosas
proporção molecular de Al2O3 é aproximadamente igual a soma das proporções de Na2O + K2O+CaO.
d- Rochas peralcalinas
Rocha A
(granito) Rocha B PM
(Basalto) (Andesito)
SiO2 = 70% 50% 60.69
Al203 = 15,99 15% 101.96
CaO = 1,81 7,16% 56.08
Na2O = 4,76 4,93% 61.98
K2O = 3,55 0,38% 94.20
Conceitos:
Textura:
Conjunto de feições observadas em escala de mão ou em seção delgada. Refere-se ao grau de cristalinidade,
arranjo dos grãos e a relação geométrica entre eles.
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Estrutura: Conjunto de feições observadas em escala de afloramento ou amostra de mão, tais como
lineamento, bandamento, vesicularidade.
Estrutura Vesicular: Resulta da consolidação rápida da lava contendo bolhas de gases formadas pela
descompressão do magma durante sua ascenção à superfície.As vesículas representam em realidade os moldes
destas bolhas.Ostentam formas variáveis, arredondadas, irregulares ou alongadas e suas dimensões variam de
milimetros a decimetros.Na estrutura vesicular a porção lítica da rocha predomina sobre os espaços vazios.
2- Estrutura Celular.
É uma variedade de estrutura vesicular. É formada por vesículas alongadas, justapostas e isso-orientadas
lembrando vagamente um tecido orgânico. Os espaços vazios predominam sobre os espaços líticos.
Ex: pedra púmice
4- Amigaloidal: É a estrutura vesicular na qual a maioria dos moldes das bolhas se acham parcialmente ou
totalmente preenchidas por material primário ou secundário tal como zeólitas,cloritas,calcita,quartzo.
Retrata vestígios da lava durante sua consolidação. Esta consolidação pode ser expressa na lava de diversas
maneiras.
por meio de cristais tabulares,colunares ou aciculares iso-orientados pelo fluxo.
Através de amigdalas alongadas e isso-orientadas segundo seu eixo maior.
Através de fragmentos alongados incorporados pela lava durante sua corrida e dispostos paralelamente a sub-
paralelamente.
Por meio de um fino bandamento milimétrico a decimétrico que representa o contato enre as diversas lâminas
de fluxo que se deslocam com velocidade diferencial.
6- Brecha de Derrame
Estrutura frequente no topo dos derrames, parte inicial a sofrer a consolidação. A crosta externa rígida quando
relativamente fina pode sofrer fragmentação quando forçada pela parte interna e ainda inconsolidada do
derrame, sendo englobada pelo mesmo. Resulta uma mistura de fragmentos escoriaceos, vesiculares,
angulosos, cimentados por uma matriz fina a densa , afanítica a sub-fanerítica de caráter compacto.
7 – Estrutura em Blocos
Designada no Havaí de estrutura a – a É uma variedade de brecha de derrame. Espessas crostas externa de
derrames possantes são fragmentadas e envolvidas pelo material subjacente ainda fluido. O número e as
dimensões dos fragmentos são tais que mascaram completamente o caráter original do derrame resultando na
aparência apenas um amontoado caótico de blocos irregulares.
8- Estrutura Cordada
Denominada também de pa hoe hoe, designação conferida a esta estrutura pelos índigenas do hawai. Corridas
de lavas em terrenos mais ou menos acidentados sofrem uma sub-divisão em numerosos e delgados riachos de
lava que ao despencarem de desníveis, dado seu estado pastoso, se amontoam como se fossem novelos
irregulares de cordas, à semelhança de uma massa de bolo que escorre de uma colher quando se faz o ponto
da massa.
Aula 6
77
OL - OLIVINA
OPX - ORTOPIROXENIO (ENSTATITA, BRONZITA, HIPERSTÊNIO, FERROHIPERSTÊNIO, EULITA, FERROSSILITA)
CPX - CLINOPIROXENIO (DIOPSÍDIO, HEDEMBERGITA, AUGITA, EGIRINA, JADEÍTA, ESPODUMÊNIO)
PX - PIROXÊNIO
HBL – HORNBLENDITO
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ROCHAS PLUTÔNICAS
1- QUARTZOLITO
2- ÁLCALI-FELDSPATO GRANITO
3A- SIENOGRANITO
3B- MONZOGRANITO
4- GRANODIORITO
5- TONALITO
6'- ÁLCALI-FELDSPATO QUARTZO SIENITO
7'- QUARTZO SIENITO
8'- QUARTZO MONZONITO
9'- QUARTZO MONZODIORITO / QUARTZO
MONZOGABRO
10'- QUARTZO DIORITO / QUARTZO GABRO / QUARTZO
ANORTOSITO
6- ÁLCALI-FELDSPATO GRANITO
7- SIENITO
8- MONZONITO
9- MONZODIORITO / MONZOGABRO
10- DIORITO / GABRO / ANORTOSITO
6"- ÁLCALI-FELDSPATO SIENITO COM QUARTZO
7"- SIENITO COM FÓIDE
8"- MONZONITO COM FÓIDE
9"- MONZODIORITO / MONZOGABRO COM FÓIDE
10"- DIORITO / GABRO COM FÓIDE
11- FÓIDE SIENITO
12- FÓIDE MONZOSIENITO (SIN.: FÓIDE PLAGI-SIENITO)
13- FÓIDE MONZODIORITO / FÓIDE MONZOGABRO
(AMBOS SIN.: ESSEXITO)
14- FÓIDE DIORITO / FÓIDE GABRO (SIN.: THERALITO)
15- FOIDOLITOS
16- ROCHAS ULTRAMÁFICAS (ULTRAMAFILITOS)
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80
ESCORIÁCEA COMPACTA
CELULAR ESFERULÍTICA
ESTRUTURAS DE ROCHAS INTRUSIVAS
LIGADAS AO REFRIAMENTO LIGADAS À LIGADAS A VARIAÇÃO LOCAL NAS CONDIÇÕES
MOVIMENTAÇÃO DO DE CRISTALIZAÇÃO
MAGMA
SHLIEREN
COMPACTA FLUIDAL
XENOLÍTICA MACULADA
BANDEADA
GRAU DE CRISTALINIDADE
DEFINE-SE COMO GRAU DE CRISTALINIDADE A PROPORÇÃO ENTRE O MATERIAL CRISTALINO E VÍTREO DE UMA
ROCHA. DE ACORDO COM ESTES CRITÉRIOS AS ROCHAS SÃO CLASSIFICADAS EM:
GRAU DE VISIBILIDADE
O GRAU DE VISIBILIDADE INDICA A FRAÇÃO CRISTALINA DE UMA ROCHA VISÍVEL COM A VISTA DESARMADA.
QUANTO AO GRAU DE VISIBILIDADE, AS ROCHAS SÃO CLASSIFICADAS EM:
FANERÍTICA SÃO CONSTITUÍDAS INTEGRALMENTE DE MATERIAL CRISTALINO
IDENTIFICÁVEL COM A VISTA DESARMADA;
VOLUME DA ROCHA;
VITROFÍRICA COEXISTEM PEQUENOS CRISTAIS, INSERIDOS NUMA
MATRIZ ESSENCIALMENTE VÍTREA (VITRÓFIROS).
ARRANJO (TRAMA):
É A DISPOSIÇÃO ESPACIAL RELATIVA DAS DIFERENTES ESPÉCIES MINERAIS CONSTITUÍNTES DE UMA ROCHAS,
DESTACANDO-SE OS SEGUINTES TIPOS TEXTURAIS PRINCIPAIS:
TEXTURAS MAGMÁTICAS
SAL E PIMENTA TIPO GRANULAR, FORMADA POR QUANTIDADES SEMELHANTES DE CRISTAIS CLAROS E
ESCUROS;
APLÍTICA FORMADA POR CRISTAIS ANHEDRAIS DE FELDSPATO POTÁSSICO E QUARTZO,
JUSTAPOSTOS POR CONTATOS RETILÍNEOS OU LOBULADOS ( APLITOS E GRANITOS);
PRETA);
RAPAKIVI TEXTURA MACULADA DE CERTOS GRANITOS, CUJOS MEGACRISTAIS DE FELDSPATO
POTÁSSICO APRESENTAM ANEL EXTERNO DE ALBITA OU OLIGOCLÁSIO;
TEXTURAS DE INTERCRESCIMENTO
MIMERQUÍTICA INTERCRESCIMENTO ENTRE CRISTAIS DE PLAGIOCLÁSIO OU FELDSPATO POTÁSSICO E
VÊNULAS DE QUARTZO EM FORMA DE BASTÕES (ROCHAS GRANÍTICAS);
DE UM NOVO MINERAL;
TEXTURAS CATACLÁSTICAS
RESULTAM DE INTENSA FRAGMENTAÇÃO E MICROGRANULAÇÃO DOS MINERAIS DE ROCHAS PRÉ-EXISTENTES
POR AÇÃO DE ESFORÇOS DINÂMICOS.
CATACLÁSITICA TEXTURA DE FRAGMENTAÇÃO MINERAL DESPROVIDA DE ORIENTAÇÃO PLANAR
MARCANTE. A VARIEDADE " MORTAR" OU " DE MOLDURA" CARACTERIZA-SE PELA
PRESENÇA DE PORFIROCLASTOS, (GRÃOS OU NÚCLEOS DE MINERAIS MAIORES
PRESERVADOS PELA DEFORMAÇÃO) ENVOLVIDOS POR MINERAIS MICROGRANULADOS;
MILONÍTICA TEXTURA DEFORMACIONAL (FRAGMENTAÇÃO E MICROGRANULAÇÃO MINERAL)
CARACTERIZADA POR NÍTIDA FOLIAÇÃO TECTÔNICA DEFINIDA PELO ESTIRAMENTO DOS
MINERAIS COM DIFERENTES INTENSIDADES DE MICROGRANULAÇÃO E RECRISTALIZAÇÃO;
FLASER VARIEDADE DE TEXTURA MILONÍTICA CARACTERIZADA PELA PRESENÇA DE
PORFIROBLASTOS OVALADOS, OU FUSIFORMES ENVOLTOS POR MASSA MICROGRANULADA
COM ORIENTAÇÃO MAIS OU MENOS NÍTIDA;
TEXTURAS CUMULÁTICAS
RESULTAM DO ACÚMULO DE MINERAIS SEGREGADOS POR DECANTAÇÃO AINDA NO ESTADO LÍQUIDO. É
COMPOSTA POR UMA FRAÇÃO CÚMULUS, DADO PELOS CRISTAIS DECANTADOS, E POR UMA FRAÇÃO
INTERCUMULUS, DE CRISTAIS ANHEDRAIS, RESULTANTE DA CRISTALIZAÇÃO DO LÍQUIDO MAGMÁTICO
INTERSTICIAL QUE PREENCHE OS POROS ENTRE OS CRISTAIS SEGREGADOS;
ORTOCUMULÁTICA A FRAÇÃO INTERCUMULUS É SIGNIFICATIVA E SEUS MINERAIS ENGLOBAM PARTE DOS
MINERAIS CÚMULUS. OS MINERAIS CÚMULUS NÃO SE TOCAM E APRESENTAM INTENSO
ZONAMENTO EXTERNO;
MESOCUMULÁTICA A FRAÇÃO INTERCUMULUS É REDUZIDA. OS CRISTAIS DA FRAÇÃO CÚMULUS SE TOCAM E
TEM ANEL EXTERNO PÓS-CÚMULUS BEM DESENVOLVIDO;
ENGLOBAM CONCEITOS FUNDAMENTAIS QUE ATUAM COMO BASE DAS NOÇÕES PETROLÓGICAS RELACIONADAS
ÀS ROCHAS MAGMÁTICAS.
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ACIDEZ:
AS ROCHAS MAGMÁTICAS PODEM SER CLASSIFICADAS, QUANTO A PORCENTAGEM DE SIO2 PRESENTE NA ROCHA
EM:
CALCO-SÓDICA
(PLAG. - AN.>50
ÍNDICE DE COLORAÇÃO:
DENOMINA-SE ÍNDICE DE COLORAÇÃO, A PORCENTAGEM CONJUNTA, EM VOLUME, DE MINERAIS FÊMICOS,
OPACOS E ACESSÓRIOS PRESENTES EM UMA ROCHA MAGMÁTICA, SEGUNDO O QUADRO ABAIXO:
HOLOLEUCOCRÁTICA 0-5%
LEUCOCRÁTICA 5 - 35 %
MESOCRÁTICA 35 - 65 %
MELANOCRÁTICA 65 - 90 %
ULTRAMELANOCRÁTICA > 90 %
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ALCALINIDADE:
ENVOLVE O TEOR RELATIVO DE ÁLCALIS, SÍLICA E ALUMINA PRESENTES NUMA ROCHA. NA CRISTALIZAÇÃO DAS
ROCHAS MAGMÁTICAS, OS ÁLCALIS SE LIGAM AO ALUMÍNIO E AO SILÍCIO NA PROPORÇÃO 1:1:3, NA FORMAÇÃO
DOS FELDSPATOS POTÁSSICO (KALSI3O8), SÓDICO (NAALSI3O8) E MICAS (MUSCOVITA E BIOTITA). NA QUEBRA
DESTA REGRA GERAL, AS ROCHAS SÃO DENOMINADAS DE ALCALINAS, COM O DESENVOLVIMENTO DE MINERAIS
ESPECÍFICOS. SE DESENVOLVEM DE TRÊS MANEIRAS:
ROCHAS EQUÍRITICAS DEFICIÊNCIA EM ALUMINA (NA2O + K2O >AL2O3 ). DESTA FORMA O ALUMÍNIO NÃO
É SUFICIENTE PARA O CONSUMO DE TODO O NA E K NA PRODUÇÃO DE FELDSPATOS
E MICAS, SOBRANDO (NA E K) QUE É INCORPORADO AOS MÁFICOS SÓDICOS EGIRINA
E RIEBECKITA;
ROCHAS AGPAÍTICAS DEFICIÊNCIA EM SÍLICA E ALUMÍNIO. OCORRERÁ OS DOIS CASOS ANTERIORES, COM
A FORMAÇÃO DE MÁFICOS SÓDICOS E FELDSPATÓIDES: EGIRINA, RIEBECKITA,
NEFELINA, LEUCITA E SODALITA.
Foi criada para calcular os minerais normativos quando impossíveis de se identificar na lâmina. mais tarde
utilizado também na geoquímica para caracterizar rochas holocristalinas.