A empoderação política e ideológica do Nacional-Socialismo, representada nas eleições de 1932 e 1933, não ocasionou na perseguição total abrupta às entidades judaicas presentes na Alemanha e, posteriormente, na Áustria. Medidas econômicas, de cunho totalitário,foram tomadas para controlar o mercado, visto que a política alemã ressaltava o estatismo, a fim de enfraquecer instituições civis bancadas por judeus, como o Banco de Roma e as administrações de Berlim.
A Águia, que segura a suástica, retrata o poder e
a autoridade nazista, inspirado na glória da Alemanha Imperial e da Prússia de Frederico o Grande. (Deutsche Wochenschau) A perseguição absoluta às esferas judias se concretizaram nos anos de 1936 e de 1937, quando organizações paramilitares, como a Stabwache, a Sturmabteilung e a Strosstrupp, começaram a depredar lojas e mercados que se mantinham sob a autoridade de civis judeus, além de destruir sinagogas, espalhadas pela República de Weimar, marcada por intensos confrontos ideológicos entre a KPD e as autoridades social-democratas.
Integrantes das tropas de controle Freikorps
apoiam a tentativa de Putsch em 1923, idealizada por Adolf Hitler a fim de promover uma revolução nacional contra os judeus e contra os bolcheviques, os quais provocaram a Revolução Espartaquista de 1919.
Os primeiros campos de concentração foram
montados para abrigar prisoneiros políticos de ideologia comunista. Alguns desses locais foram responsáveis por deter o avanço e o progresso bolchevique sobre a Bavária, sendo o Konzentrationslager Dachau o mais marcante, já que abrigou os primeiros judeus e foi o primeiro a receber guardas provenientes da Schutzstaffel, montada na mesma província durante meados de 1937, também aliada aos serviços de inteligência providenciados pela Gestapo. Uma das ocorrências mais pragmáticas e importantes desses anos foi a Kristallnacht (noite dos cristais em português), período que definiu a desolação total dos judeus dentro da Alemanha.
O Campo Dachau era marcado pela frase ‘’Arbeit
macht frei’’, também presente na entrada de Auschwitz, onde estudos psiquiátricos e antropológicos foram realizados, partindo do objetivo de exterminar os prisoneiros.
A anexação da Áustria, chamada de
Anschluss, foi possibilitada pelo grande apoio do povo austríaco ao setor do NSDAP no país,o partido DNSAP, que tinha Arthur Seyss-Inquart e Theodor Habicht como líderes. Acompanhando tal fato, Berlim implementou em 1938 o Konzentrationslager Mauthausen, onde milhares de judeus tchecos e austríacos pereceram devido a fome, que seria utilizada posteriormente no Leste Europeu para aniquilar populações ciganas de origens húngara e romana.
Mauthausen abrigava milhares de judeus, que
trabalhavam intensamente na preparação de fossas, ou seja, montavam o cenário da sua própria morte, seja para o fuzilamento (orquestrado pelos Einsatzgruppen), seja para as câmaras de gás, munidas por cianeto e agentes químicos especiais, como o Zyon-B.
O fato consumado que é o uso das câmaras
de gás não se aplica à essa época, lembrando que essas instalações surgiram na Europa com o intuito de executar em massa indivíduos considerados indesejados, ou seja, realizar uma Solução Final para a questão étnica e racial que se abatia sobre os territórios conquistados pelo nazismo, por exemplo, a Polônia.
O Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores
Alemães obteve uma grande margem de votos na cidade de Danzig em 1933, tendo 50% do seu eleitorado. Um dos motivos para tal era a maioria germânica que habitava a região polonesa, além do sucesso diplomático de Adolf Hitler. As medidas nazistas tomadas na derrotada República Polonesa podem ser consideradas as mais drásticas e duras das que foram aplicadas no Leste, tendo em vista que toda a reserva econômica geral do país e suas instituições foram capturadas e reprimidas por um governo provisório subordinado diretamente à Berlim. Em meados de 1939, os guetos de Lodz e Varsóvia começavam a mostrar sua importância para os planos traçados pelo General Gouverneur, de Hans Frank, sendo que o último abrigava 30% da população geral de Varsóvia (380.000 pessoas) em apenas 2,4% do território da cidade, portanto, há de se esperar, em meio ao aparecimento de doenças, uma epidemia, acompanhada e facilitada pelo transporte de judeus, 310.000 deles, combalidos para Treblinka. A Schutzstaffel, ou SS, cumpre a demanda de capturar cem poloneses para extermínio no final de 1943. No mesmo ano, é realizada uma operação que tem como objetivo reduzir drasticamente a autonomia do conselho judaico, o Judenrat, e matar boa parte dos judeus concentrados em Varsóvia.
Aproximadamente seis milhões de judeus
foram mortos pelo regime nazista, enquanto centenas de milhares de eslavos e ciganos foram dizimados durante a expansão teutônica nos bálcãs, na Rússia central e nos países bálticos, que relatam o extermínio absoluto de toda a parcela judaica tanto sob as purgas alemães quanto sob as purgas antissemitas soviéticas. Além disso, unidades de estudo científico provenientes do Ministério de Saúde do Reich, faziam experimentos e teorias raciais na localidade de Auschwitz-Birkenau.
Buracos cheios de mortos, se não fosse isso,
fumaças colossais saiam das chámines durante as frias noites do inverno. Imagem tirada em Bergen- Belsen no ano de 1945, serviu como propaganda aliada para denunciar os crimes nazistas e justificar o Julgamento de Nuremberg.