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MANUAL DE BOLSA

APRENDA A INVESTIR NA BOLSA DO ZERO

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ÍNDICE

1. Orgem da bolsa portuguesa 3

2. A que horas abre e fecha a bolsa? 6

3. Como comprar ações? 9

4. Quais são as comissões que existem em Bolsa 11

5. O que é a comissão interbancária ou “spread: Bid e Ask”? 14

6. Leilão de abertura e leilão de encerramento. O que são? 17

7. Tipos de brokers em bolsa 19

8. Que tipo de ordens em bolsa podemos ter? 21

9. Que índices bolsistas existem? 24

10. O que é o PSI 20? 27

11. O Euronext 29

12. Dividendos em bolsa 32

13. As operações que as empresas fazem (OPV, OPA..) 37

14. Quais são os tipos de riscos de investir na bolsa? 41

15. Fiscalidade das ações em Portugal 44

16. Como se tornar um corretor da bolsa 47

17. Quais são os tipos de empresas que existem? E tem o mesmo risco? 49

18. Qual a diferença entre as ações ordinárias e as preferenciais? 53

19. Dicas para investir (e não jogar) na Bolsa de Valores 56

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ORIGEM DA BOLSA PORTUGUESA

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1. ORIGEM DA BOLSA PORTUGUESA

Em Portugal, as referências mais remotas relativas ao aparecimento das bolsas centram se na Idade Média. O desenvolvimento
do comércio originou um maior contacto entre os comerciantes e a presença frequente de negociantes estrangeiros atraía os
corretores que, pelo facto de falarem várias línguas, facilitavam as transações de mercadorias.
Em 1495 surge a primeira tentativa de regular a atividade dos corretores de Lisboa, e na segunda metade do século XVIII
surgem as primeiras emissões de ações e os títulos de dívida pública moderna.

O privilégio das transações de mercadorias, realizadas em bolsa, deixou desde então de existir. É também com este código que
se regulamentam, pela primeira vez, as operações a prazo. Finalmente, em Janeiro de 1891 e em Outubro de 1901, respectiva-
mente, são criadas as Bolsas de Valores do Porto (BVP) e de Lisboa (BVL). Em 1891 surge, provavelmente, a primeira grande
crise financeira com características contemporâneas. O mercado de capitais português é largamente atingido e os reflexos da
conjuntura recessiva atingem a maior parte dos títulos cotados na BVL, especialmente os da dívida pública do Estado português.

E no 25 de abril, o que aconteceu?


A recessão económica internacional causada pelo choque petrolífero de 1973 permite antever dias difíceis para o mercado de
capitais português. Esses dias chegam, de facto, mas por razões diferentes. A tomada do poder político pelos militares em 25
de Abril de 1974 constitui um rude golpe para as Bolsas de Valores de Lisboa e do Porto. Estas encerram de imediato, sendo
que a primeira só reabre em 12 de Janeiro de 1976 para a realização de transacções com obrigações, e em 28 de Fevereiro de
1977, para os negócios com acções.

A BVP reabre em 2 de Janeiro de 1981. A maior parte das sociedades cotadas é nacionalizada após o encerramento das
Bolsas e quando a BVL reabre definitivamente, apenas algumas pequenas companhias se encontram cotadas. No mercado
primário de valores mobiliários não se assistem a emissões de acções até 1981. Apenas as obrigações de dívida pública e de
empresas nacionalizadas e públicas são emitidas no mercado, com vista à subscrição pública. Contudo, o financiamento junto
do mercado de capitais tem pouca expressão, quando comparado com o recurso ao crédito bancário e com as transferências
orçamentais por parte do Estado.

Desempenho
Conseguimos ver um pico de valorização no inicio dos anos 2000, antes da grande correção devido à bolha das internets,
representando uma valorização superior a 330% em menos de 10 anos de estudo. Outro pico registado foi em 2007, atingido
valores acima dos 13 mil pontos. Hoje registan-se os modestos 5388 pontos, um dos valores mais baixos da história da bolsa
portuguesa.

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Nos dia de hoje, com valores mínimos registados, é um bom ponto de entrada?
Sim, diria que sim. Até porque ainda existe margem de crescimento (apesar da boa subida no último ano). As empresas por-
tuguesas estão a internacionalizar-se cada vez mais, existe um crescimento do investimento externo e temos um contexto
macroeconómico favorável. Existe riscos, claro, como o contexto da subida das taxas de juro a nível europeu.

Tipicamente gosto de ter uma pequena percentagem (4-5%) das minhas carteiras com o índice português, devido à sua maior
volatilidade, e ao bom dividend yield (atual 4.07), superior ao do EuroStocks 50 (atual de 3.83) que refletem as 50 maiores em-
presas europeias.

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A QUE HORAS ABRE E FECHA A BOLSA?

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2. A QUE HORAS ABRE E FECHA A BOLSA?

Em Portugal, o horário de abertura da bolsa é às 8:00h, coincidindo com o horário de abertura das principais bolsas europeias.
O horário de negociação é entre as 8:00h e as 16:30h, hora de encerramento. Há também um período de leilão de abertura mas
as ordens não são negociadas, no qual os investidores podem introduzir, modificar ou cancelar ordens. O período de leilão co-
meça às 7:00h da manhã e termina no inicio da seesão, às 8:00h. Na parte da tarde às 16:35h, existe um período adicional de 5
minutos, durante o qual podem ser efetuadas transações ao preço de fecho.

Existe a necessidade de distinguir os horários no mercado cambial (forex – foreign Exchange) e do


mercado de ações!

Aconselho a visualizar uma apresentação dinâmica apresentada pelo Investing- um dos meus sites favoritos- os horários das
praças mundiais para ser mais esclarecedor.
Por exemplo, são 11 horas da manhã neste momento, consigo ver quais são as praças abertas no momento. No mercado de
ações:

A mesma informação consigo visualizar para o mercado Forex, no qual conseguimos notar algumas diferenças. Este mercado
funciona 24 horas por dia. O mercado cambial é considerado o mercado mais liquido do mundo devido à quantidade de investi-
dores que estão a transacionar sistematicamente moedas.

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Link: https://pt.investing.com/tools/market-hours

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COMO COMPRAR AÇÕES?

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3. COMO COMPRAR AÇÕES?

Comprar na bolsa? Explicamos de forma simples os passos a seguir no processo da compra de ações nos mercados financeiros:

Como comprar ações?


A primeira coisa a fazer é procurar uma corretora. Hoje em dia, os bancos tradicionais já começam a ter as suas corretoras, no qual
permite qualquer conta bancária comprar ações. Tipicamente, um corretor é uma pessoa física ou uma empresa que atua como in-
termediário entre compradores e vendedores, e o seu lucro é nas comissões que eles cobram para realizar as compras e vendas das
acções. É necessário possuírem uma licença para realizarem este tipo de operações financeiras.

Onde encontrar um corretor?


Encontrar um corretor é fácil, por exemplo, você pode pesquisar facilmente na Internet, há muitos fóruns ou blogs de pessoas que
recomendam bons corretores, bem como você pode, por sua conta, procurar empresas e observar as condições que elas oferecem,
pode também pedir conselhos ou opiniões às mais diversas pessoas. Quando tomar a sua decisão, tente escolher um corretor que
ofereça uma comissão competitiva e certifique-se de que está em conformidade com todos os regulamentos para poder negociar.

Já escolhemos um corretor … O que faço agora?


A nossa intenção deve ser escolher um corretor que ofereça uma comissão competitiva e, claro, devemos ter a certeza que o mesmo,
cumpre todos os regulamentos para operar no mercado financeiro.
Agora vem o segundo passo, já escolhemos nosso corretor, agora devemos criar uma conta com ” eles “. Se escolher um corretor
através da Internet, deve se registar, criar uma conta na sua página e enviar a documentação solicitada no seu endereço que deve ir
assinada. Podemos também escolher o nosso Banco para fazer de intermediáriono momento da compra de acções, com elas é tão
fácil como consultar as etapas que você deve tomar para começar a operar.
Uma vez que a conta é feita, pode começar a investir no mercado de acções, pode comprar e vender acções sempre que quiser, claro,
que deve examinar as despesas que terá nas operações, para que a rentabilidade seja o maior possível.

Quanto dinheiro devemos investir para começar?


O recomendado para começar a negociar no mercado de acções é investir em pequenas quantias, mesmo que as acções aumentem
valor, pode não ser rentável vender, uma vez que, deduzindo as comissões, pode ser que ainda não tenha gerado beneficio.
Como começar a investir no mercado de ações?
Para começar a investir no mercado de acções, o mais confortável é comprar ou vender acções pela Internet. Procurar informação
recente de empresas e em tempo real sobre o valor exato das suas acções.
Além de que investir no mercado de acções através da Internet, permite-lhe negociar praticamente o dia todo enquanto o mercado
esteja aberto. Se fizer uma compra ou uma venda de acções fora do prazo, essas ordens de compra ou venda são armazenadas para
serem realizadas assim que o mercado abrir novamente.

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QUAIS SÃO AS COMISSÕES
QUE EXISTEM EM BOLSA

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4. QUAIS SÃO AS COMISSÕES QUE EXISTEM EM BOLSA

Existem várias comissões para operar com os ativos financeiros. Correspondem ao conjunto de todas despesas e as condições
em que as mesmas são aplicadas pelos serviços de intermediação financeira prestados pelas Instituições financeiras. O preçário
apresenta, regra geral, as seguintes comissões e custos:

1. Comissão de transação de instrumentos financeiros em mercado


Esta comissão é cobrada pelo intermediário financeiro devido à prestação do serviço de receção, de transmissão ou de execução
de uma ordem de compra ou venda dada pelo investidor. Este custo pode ter um valor fixo (por ordem) ou variável (percentagem
do montante transacionado).
Alguns intermediários financeiros cobram este custo mesmo que a ordem acabe por não ser executada. Nos casos em que uma
única ordem dê origem a vários negócios, os intermediários financeiros podem cobrar uma comissão por cada negócio.
Normalmente, as comissões relativas às transações realizadas na Euronext Lisbon incluem as comissões de bolsa (pagas pelo
intermediário financeiro à Euronext), de compensação (pagas pelo intermediário financeiro à Clearnet) e de liquidação (pagas pelo
intermediário financeiro à Interbolsa).
Esta comissão pode incluir despesas de porte e expediente.

2. Comissão de registo e depósito de instrumentos financeiros


Comissão cobrada pelo IF pelo serviço de registo e depósito de instrumento financeiros na conta de cada investidor (também de-
nominada comissão de custódia, ou comissão de guarda de títulos). Este custo pode ter um valor fixo ou variável(percentagem so-
bre os valores que fazem parte da conta, com um limite mínimo e um limite máximo), sendo normalmente cobrado trimestralmente.

As maiorias dos instrumentos financeiros são escriturais (existem apenas em registos informáticos), mas existem também ins-
trumentos financeiros titulados (em papel). A abertura e manutenção das contas de registo dos instrumentos financeiros geram
custos que os intermediários financeiros repercutem no preço dos serviços cobrados aos investidores.

3. Comissão de transferência de instrumentos financeiros entre contas


Comissão cobrada pelo intermediário financeiro pela transferência dos instrumentos financeiros registados na conta de um in-
vestidor para outra conta. No caso de transferências entre contas de diferentes intermediários financeiros, esta comissão não é
cobrada, normalmente, pelo IF para o qual a conta é transferida.

4. Comissão de emissão de certificado para participação em assembleia-geral


Comissão cobrada pelo intermediário que incide sobre a emissão de um certificado destinado a comprovar a titularidade das
ações e possibilitar o exercício do direito de voto. Este custo tem normalmente um valor fixo por cada certificado emitido.
Uma vez que a emissão do certificado se destina a comprovar a titularidade das ações e a possibilitar o exercício do direito de voto
em assembleias gerais, é necessária a emissão de um certificado por cada assembleia em que o investidor pretenda participar.
Os estatutos de algumas sociedades limitam o exercício do direito de voto a um determinado número de ações (por exemplo, 500
ações). Nesses casos, o certificado não possibilita ao investidor o exercício do voto pelo que a sua emissão e o pagamento do custo
correspondente podem ser inúteis.

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5. Comissão de pagamento de dividendos
Comissão cobrada pelo intermediário sempre que é depositado na conta do investidor o valor dos dividendos correspondentes
às ações de que é titular. Este custo tem normalmente um valor variável (percentagem sobre o valor dos dividendos) e pode estar
sujeito a um limite mínimo e a um limite máximo. A comissão pode incluir despesas de porte e expediente.

A cobrança da comissão de pagamento de dividendos é efetuada automaticamente pelo que a mesma não depende da solici-
tação da prestação do serviço pelo investidor. Nem todas as sociedades distribuem dividendos. Serão cobradas tantas comissões
quantos os créditos de dividendos correspondentes.

6. Comissão de pagamento de rendimentos de obrigações


Comissão análoga à comissão de pagamento de dividendos – sempre que o intermediário financeiro credita na conta do investi-
dor os rendimentos das obrigações de que este seja titular.

7. Comissão referente a eventos societários


Comissão cobrada pelo intermediário sempre que o investidor exerce direitos inerentes aos valores de que é titular como por
exemplo, a participação em aumentos de capital, cisões ou fusões da sociedade.

Para além das comissões os investidores terão ainda de suportar as taxas ou impostos correspondentes.

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O QUE É A COMISSÃO INTERBANCÁRIA
OU “SPREAD: BID E ASK”?

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5. O QUE É A COMISSÃO INTERBANCÁRIA OU “SPREAD: BID E ASK”?

A comissão interbancária ou “spread” é a diferença de preços que existe entre a melhor ordem de compra e a melhor ordem de
venda que há no mercado de capitais. Uma vez vistos os diferentes tipos de ordens no mercado de valores, sabemos que quan-
do vamos comprar um ativo ou produto nos mercados financeiros vamos encontrar dois preços – o melhor preço de compra e
o melhor preço de compra.

O que é a comissão interbancária “Bid e Ask”?


A comissão interbancária é a diferença de preços que vemos na cotação dos ativos e produtos que cotam nas diferentes bolsas,
como podem ser ações, índices, derivados, ETF… Quando vamos comprar ou vender um ativo ou produto, vamos encontrar dois
preços. Um preço onde os investidores colocaram as ordens de venda a um preço determinado e outro preço onde os investido-
res colocaram ordens de compra a um outro preço determinado.

•  O preço de compra (Bid): É o preço ao que os investidores estão dispostos a comprar. É o melhor preço ao que poderemos
vender.
•  O preço de venda (Ask): É o preço ao que os investidores estão dispostos a vender. É o melhor preço ao que poderemos
comprar.

O preço de compra sempre será inferior ao de venda. Isto se deve a que quando queremos vender, queremos o fazer ao maior
preço possível, e quando queremos comprar o queremos fazer ao melhor preço possível (mais baixo).
O que vemos no gráfico se conhece como “profundidade de mercado” e vem determinada pelas diferentes ordens de compra
e venda que há aos diferentes preços.

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Na coluna central (cinza) vemos a esquerda e direita o preço de uma ação determinado (neste caso Telefónica). Na coluna da
esquerda (verde) vemos o número de títulos de compra que há para Telefónica aos diferentes preços. 13.500 títulos de compra a
11,715€, 8.537 a 11,710€… Na coluna da direita vemos os títulos que há, ordenados à venda aos diferentes preços determinados.
Se nós queremos comprar a preço de mercado fá-lo-íamos na coluna da direita (ask), ao preço que os investidores estão dispos-
tos a vender, neste caso seria 11,720€. Se quiséssemos vender ações de telefónica, teríamos que fazer na coluna da esquerda
(Bid) aos preços que os investidores estão dispostos a comprar.

No momento que a um determinado preço ninguém está disposto a vender, os investidores começarão a ter que comprar a
preços superiores e por tanto a cotação de telefónica será maior. Pelo contrário, se não há investidores dispostos a comprar a
um determinado preço, os vendedores terão que pôr ordens a preços inferiores, até que encontrem algum comprador e por tanto
o preço de cotação será inferior.

Que influência tem a liquidez na forquilha de preços Bid e Ask?


Uma ação é mais líquida que outra na medida que há mais dinheiro se negociando diariamente. Ao ter mais dinheiro terá mais
compradores e vendedores interagindo no mercado. Se há mais volume de negociação em um determinado título, este terá
maior facilidade para trocar as ações a um preço determinado e a sua variação diária será mais estável. Ao ser relativamente
fácil encontrar a compradores e vendedores, a negociação é ágil e dinâmica.

Pelo contrário, se um determinado ativo negocia poucos títulos ao longo do dia, será difícil que um investidor encontre compra-
dores e vendedores, e se se lança uma ordem relativamente grande ao mercado, terá que encontrar aos poucos compradores
ou vendedores que tenha. Esta escassez de volume provocará que as oscilações no preço sejam maiores, e que o diferencial de
preços (spread Bid e Ask) seja maior que em uma empresa com maior volume de negociação ou liquidez.

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LEILÃO DE ABERTURA E LEILÃO
DE ENCERRAMENTO. O QUE SÃO?

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6. LEILÃO DE ABERTURA E LEILÃO DE ENCERRAMENTO. O QUE SÃO?

Os leilões de abertura e de encerramento são períodos de negociação no mercado de valores que se caracterizam por podermos
introduzir, modificar e cancelar ordens,mas não são executadas as negociações, e o sistema calcula em tempo real, um preço
de equilíbrio entre oferta e a procura. Todos os leilões finalizam com um intervalo de negociação de de 30 segundos. Isto implica
que o horário de abertura da bolsa se situe nesse período.

O leilão de abertura
O leilão de abertura começa às 7.30 da manhã e finaliza às 8:00, embora finaliza com um periodo intervalado de 30 segundos,
com o qual a abertura de negociação da bolsa de valores começa com uma abertura aleatória devido à finalização do leilão de
abertura.
No leilão de abertura recebem-se e ordenam todas as ordens de compra e venda oferecendo em tempo real o preço de equilíbrio
ao que executar-se-iam as ordens de finalizar nesse momento o leilão de abertura. Ao finalizar o leilão, serão executadas as
negociações. Portanto, o preço determinado no leilão de abertura, será o preço de abertura do mercado.
Durante o leilão de abertura podem-se introduzir, modificar ou cancelar ordens, mas não se executam as negociações. Só se
mostra o volume e o preço de equilíbrio do leilão. Quando termina o leilão de abertura seremos notificados pelo o resultado da
execução das nossas ordens. Se não são executadas, ficam registadas no livro de ordens, o preço de abertura e o volume nego-
ciado serão mostrados e o mercado é aberto.

O leilão de encerramento
O leilão de encerramento começa às 16:30 e finaliza às 16:35, com um intervalo de 30 segundos de intervalo.
Os leilões de encerramento realizam-se para evitar, na medida do possível, que alguns investidores possam interferir com baixos
volumes no preço de fecho das cotações da sessão. O preço de fecho tem especial interesse porque é o preço de referência
para realizar as liquidações no mercado de opções e futuros, alguns produtos estruturados etc. É por isso que fecha com uma
categoria de 30 segundos de intervalo.
É possível comprar no leilão de encerramento, mas sempre ao finalizar. Nunca se pode comprar durante um leilão de fecha-
mento, nem um leilão de abertura. Tão só podem-se introduzir ordens de compra e venda, modificá-las ou cancelá-las. Durante
o leilão de encerramento vão-se acumulando ordens que ficam pendentes e são executadas, e quando finaliza o leilão calcula-se
o preço de fecho mediante um algoritmo, e vão ser executas todas as ordens que se podem executar a esse preço de fecho. O
preço de fecho do leilão, é o preço de fechamento oficial da sessão.

Fixação a preço de equilíbrio no leilão


Elege-se o preço do leilão ao que se negocia um maior número de títulos, em caso que tenha dois preços no leilão com o mesmo
volume, se elege o que menor desequilíbrio irá gerar. Se coincidem em preço e volume escolher-se-á o preço do lado (oferta ou
procura) que maior volume tenha, em caso que coincidam todos os anteriores, aquele que mais se aproxima do último preço
negociado será escolhido.

Horário de leilão das bolsas mundiais


A seguir podemos ver o horário de leilão das bolsas internacionais em hora portuguesa

Região Leilão de abertura Leilão de encerramento


Europa 07:30 – 08:00 16:30 – 16:35
EUA 14:00 – 14:30 21:00 – 21:05
Hong Kong 01:30 – 2:00

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7
TIPOS DE BROKERS EM BOLSA

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7. TIPOS DE BROKERS EM BOLSA

Há dois tipos de brokers em bolsa:

Os brokers DD
São mais conhecidos como «dealing desk» (com mesa de operações) são os brokers encarregados de ligar ambas partes, os
que vendem e os que cobram. Estão em constante vigilância ante os spreads, esta palavra de bolsa serve para fazer referência à
diferença entre as cotações das ofertas e procura das diferentes ações e derivados financeiros. Segundo referido anteriormente,
o broker deverá prestar especial atenção às diferentes cotações para todo aquele que esteja disposto a comprar o faça a um
preço mais baixo, e todo aquele que queira vender o faça a um preço mais alto para assim poder obter benefícios.

Os brokers NDD
Conhecidos na área como «non dealing desk» (sem mesa de operações) são os que levam a cabo as funções clássicas da-
quele intermediário que se encontra entre os mercados e os operadores. A diferença com os brokers DD aqui transmite-se ao
momento a operação que indique o cliente, não se requer de nenhuma operação prévia para aceder ao mercado. Os brokers
NDD também incluem os brokers STP, neste tipo de brokers as operações se realizam automaticamente pelo que não surge
nenhum problema relacionado com um conflito de interesses, e os brokers ECN nos quais se cria uma rede de operadores para
assim poder comerciar entre eles (embora as comissões são mais altas).

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8
QUE TIPO DE ORDENS EM
BOLSA PODEMOS TER?

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8. QUE TIPO DE ORDENS EM BOLSA PODEMOS TER?

O que é uma ordem em bolsa?


Uma ordem em bolsa é aquela que o investidor lhe dá a um intermediário para que este último a realize no mercado.
O objetivo da ordem é que deve ficar totalmente identificada, deve de conter:

•  Identificar uma ordem se é de compra ou uma ordem de venda.


•  Os títulos a executar essa ordem
•  Volume de participações que se está disposto a negociar.
•  Preço ao que se quer comprar ou vender.
•  Forma de execução da ordem.
•  Prazo de validade.
Também teremos em conta a forma de negociar as ordens devem de ter uma ordem de prioridade:

1. Em primeiro lugar ordenar-se-ão pelo preço: no caso de ser uma ordem de compra ordena-se de maior a menor, em caso de
tratar de uma ordem de venda ordenar-se-á de menor a maior.
2. No caso de que coincidissem no preço ordenar-se-ão segundo a ordem de introdução, isto é, a que se tenha emitido em
primeiro lugar.

Tipos de ordens em bolsa


Os tipos de ordens em bolsa mais frequentes que determinam o preço e o modo de transação com os que se costuma operar
na sessão bolsista:

•  Ordem à abertura: dá-se nos mercados de valores para a sua execução no momento de abertura do mercado.
•  Ordem de mercado: executa-se ao preço atual do mercado.
•  Ordem Limitada: limita-se ao preço que o investidor indique. Em ordem de compra não será superior ao preço e em caso
contrário para nas vendas não será inferior.
•  Ordem ao melhor: toma o melhor preço que oferece o mercado no momento da sua emissão. Em caso que ao melhor preço
não tenha títulos suficientes, esta ordem realizar-se-á de forma parcial, ficando o resto limitado a dito preço.
•  Ordem On Stop: este tipo de ordem não se emite até que a cotação não chega ao preço que se determinou. Quando chega
ao preço, então se converte numa ordem de mercado.
•  Ordem Stop-Limitada: este tipo de ordem não se emite até que a cotação não chega a um determinado preço, quando chega
se converte em uma ordem limitada.
•  O Stop Dinâmico: tem a vantagem de que o preço do Stop se vai movendo de forma paralela ao preço da cotação se o movi-
mento é favorável e se mantém quieto se é desfavorável.

Tipos de ordens mais avançadas em bolsa


Existem diferentes modalidades em que uma ordem se pode emitir durante a sessão bolsista. A seguir, explicamos três ordens
avançadas que consideramos importantes:

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Ordem GTC (Good Till Cancelled)
GTC (Good Till Cancelled) em português: ordem boa até ser cancelada. É um tipo de ordem de comprar ou vender um valor a
um preço específico que permanece ativa no mercado até que a ordem seja cancelada. As ordens enviadas a um broker são tipo
GTC por defeito. Uma ordem GTC não será executada até que alcança o preço do seu valor. Os investidores utilizam os GTC para
inserir um preço limite longínquo do preço do mercado. O corretor não pode cancelar este tipo de ordem, na grande maioria dos
casos as ordens GTC são canceladas por um broker no intervalo de 30-90 dias.

Ordem GFD (Good For the day)


GFD (Good for the day). Uma ordem deste tipo permanecerá ativa até o final do dia atual, portanto caducará automaticamente
se não for executada no dia que se realizou. A ordem GFD só permanecerá ativa para o dia que se ineriu da ordem, no caso de
que não se cancele anteriormente ou o limite do preço não foi cumprido durante a sessão da negociação. Por exemplo, como o
Mercado Forex que opera as 24 horas, isto significa geralmente que às 5pm EST, quando o mercado nos Estados Unidos fecha,
cancelar-se-ão este tipo de ordens GFD. No entanto isto pode variar de broker em broker.

Ordem OCO (Order cancels other)


OCO (Order cancels other). Uma ordem deste tipo é uma mistura de duas ordens de tipo limite e stop loss. Se uma executa a ou-
tra cancelar-se-á automaticamente. Quando a ordem OCO chega ao seu topo ou limite de nível se executa, então a outra ordem
se cancela automaticamente. Muitos investidores experientes utilizam o tipo de ordem OCO para diminuir o risco.
Um exemplo se o preço do EUR/USD estivesse em 1.2040. Você deseja já que seja feita a compra a 1.2095 ou comprar a 1.1985.
Neste caso, se a ordem executa foi a compra a 1.2095, a ordem de vender em 1.1985 cancelar-se-á automaticamente.

Condições para a execução de ordens


Na execução de ordens bolsistas podem-se estabelecer vários tipos de condições, como por exemplo:

•  Volume mínimo: a ordem deve estabelecer uma quantidade mínima para negociar. O resto negocia-se sem limite no volume.
•  Executar ou anular: a ordem executa-se pela quantidade de títulos disponíveis ao momento de introduzir no mercado e recu-
sa o resto.
•  Tudo ou nada: executam-se imediatamente pela totalidade dos títulos, em caso contrário não se executam.
•  Com volume oculto: aquelas ordens que mostram só uma parte do volume a negociar (deve de ter um mínimo de 250 títulos),
quando a parte visível é executada do volume total aparecerá outra quantidade de títulos. É recomendada para ordens de
grande tamanho.

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9
QUE ÍNDICES BOLSISTAS EXISTEM?

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8. QUE ÍNDICES BOLSISTAS EXISTEM?

A seguir, iremos explorar os 6 índices bolsistas que na nossa opinião são mais importantes do mercado:

Euro Stoxx 50
O Euro Stoxx 50 é um índice de referência da bolsa da Zona Euro criado o 26 de fevereiro de 1998. Está elaborado por um
STOXX Limited, uma joint venture entre Deutsche Börse, Dow Jones e SWX Swiss Exchange. É um índice ponderado por capita-
lização bolsista, o qual significa que nem todas as empresas que o formam têm o mesmo peso. O índice tem uma ampla abran-
gência quanto à diversidade de setores industriais, isto é, tem uma carteira diversificada (muito importante para o investidor).

Atualmente, o índice conta com empresas de oito países que conformam a Zona euro. Estes países são: França, com uma
presença de 18 empresas; Alemanha, com 13 empresas no índice; Espanha, com 6 empresas; Itália e Países Baixos, com 5 em-
presas a cada um; e Bélgica, Luxemburgo e Irlanda, com 1 empresa a cada um. França tem a liderança em termos qualitativos
com um peso relativo em torno do 36% do índice. Alemanha situa-se com um peso ao redor de 32%. A participação espanhola
no índice supõe quase um 12% do peso total.

DAX
O DAX (abreviação para Deutscher Aktienindex) é o mais importante índice alemão de ações. Mede o desempenho das 30
maiores e mais (com base na capitalização de mercado free float) empresas mais líquidas da bolsa de valores alemã e repre-
senta cerca de 80% da capitalização das empresas listadas na Alemanha mercado.
O índice é uma marca de produto e palavra registrada e logotipo da Deutsche Börse AG, cujas ações estão incluídas no próprio
DAX. Ele é o membro mais importante da família de índices DAX. O DAX foi desenvolvido em conjunto pela Associação Alemã
de Bolsas de Valores, a Bolsa de Valores de Frankfurt e o Börsen-Zeitung.

Foi introduzido em 1 de julho de 1988 e continua o índice do jornal do mercado de ações, cuja história remonta ao ano de 1959.
Para 31 de dezembro de 1987, foi normalizado para 1.000 pontos de índice. Inicialmente, o DAX não era um concorrente, mas
sim um complemento aos índices de ações alemães já estabelecidos. Desde então, ele deixou os outros índices de notoriedade
para atrás e é reconhecido nacional e internacionalmente como o índice de referência para o mercado acionista alemão

Nikkei
Nikkei é o índice bolsista mais popular do mercado japonês, compõem-no com os 225 valores mais líquidos que cotam na Bol-
sa de Tóquio. O nome provém do jornal Nihon Keizai Shinbun (Diário Japonês dos Negócios), de cujas iniciais provem o nome
do índice. Uns dos detalhes que encontramos com o índice Nikkei é que é a bolsa com mais tendência para quedas em toda
a história, sendo o máximo histórico alcançado desde o 29 de dezembro de 1989. Os valores do índice Nikkei ponderam por
preços e não por capitalização, embora este cálculo difere de uma média simples, já que o seu divisor é ajustado.

A maior participação do índice Nikkei pertence a 66 empresas industriais, 50 empresas de consumo cíclico e 24 empresas
financeiras. A lista das suas componentes é revista anualmente e normalmente as mudanças fazem-se efetivos a princípios de
outubro.

S&P 500
O índice Standard & Poor’s 500 conhecido como S&P 500 é um dos índices bolsistas mais importantes dos Estados Unidos. O
S&P 500 é considerado o índice mais representativo da situação real do mercado. Um dos motivos pelo que é um reflexo real
do que acontece no mercado: ignora o efeito da distribuição de dividendos.

A história do S&P 500 apresentou o seu primeiro índice em 1923, quando a empresa Standard & Poor’s introduziu um índice que
cobria 233 companhias. Foi a partir de 1957 quando o índice acrescentou as 500 companhias maiores do mundo. Este índice
bolsista compõe-se das 500 empresas maiores dos Estados Unidos e pondera-se de acordo com a capitalização de mercado

Voltar ao Índice 25
da cada uma das empresas. O S&P 500 é elaborado pela
agência de qualificação de risco de ações e de obrigações,
cujos especialistas têm fama de ser os máximos conhece-
dores dos títulos do mercado financeiro e a situação de ris-
co das companhias.

Dow Jones
Dentro dos diferentes índices bolsistas do Dow Jones en-
contram-se 4 índices principais:

•  Dow Jones Industrial Average (DJIA): é o mais importan-


te de todos e reflete o comportamento do preço da ação
das 30 companhias industriais mais importantes e re-
presentativas dos Estados Unidos.
•  Dow Jones Utility Average (DJUA): onde se refletem os
títulos valorizes de 15 maiores corporações de merca-
dos como o gás ou a energia elétrica.
•  Dow Jones Transportation Average (DJTA): que inclui as
20 maiores empresas de transporte e distribuição.
•  Dow Jones Composite Average (DJCA): é o índice que
mede o desempenho das ações de 65 companhias dos
três índices anteriores. As empresas que compõem a
Média Composta Dow Jones podem variar dependendo
de certos critérios, mas a maioria delas são de grande
capitalização.

Nadaq
NASDAQ Stock Market ou simplesmente NASDAQ (National
Association of Securities Dealers Automated Quotations,
em português, “Associação Nacional de Corretores de Títu-
los de Cotações Automáticas”) é um mercado de ações au-
tomatizado norte-americano, no qual estão listadas mais
de 2800 ações de diferentes empresas, em sua maioria de
pequena e média capitalização. É o segundo maior mer-
cado de ações em capitalização de mercado do mundo,
depois da Bolsa de Nova York. A plataforma de operações
é de propriedade do NASDAQ OMX Group, que também é o
proprietário da rede de mercados de ações OMX.
O NASDAQ caracteriza-se por reunir empresas de alta tec-
nologia em eletrônica, informática, telecomunicações, biotec-
nologia, etc.

Mostramos na imagem abaixo os 20 principais índices bol-


sistas mundiais

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10
O QUE É O PSI 20?

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10. O QUE É O PSI 20?

PSI (Portuguese Stock Index) é o principal índice da Euronext Lisboa. É o principal índice de referência do mercado de capitais
português. Supostamente deve composto pelas ações das vinte maiores empresas cotadas na bolsa de valores de Lisboa e
reflete a evolução dos preços dessas ações, que são as de maior liquidez entre as negociadas no mercado português. Digo “deve
ser composto por 20” pois nos ultimos tempos temos tido apenas 18.

O valor base do PSI-20 remonta a 31 de Dezembro de 1992 e foi de 3000 pontos.

O PSI-20 foi lançado com duas principais funções:

•  servir de indicador da evolução do mercado acionista português


•  servir de suporte à negociação de contratos de futurose opções
A capitalização bolsista das emissões que compõem o PSI-20 é ajustada pelo free float, não podendo cada emissão ter uma
ponderação superior a 20% nas datas de revisão periódica da carteira. Devido às suas características, o índice PSI-20 foi se-
lecionado pelo mercado para servir de subjacente a produtos estruturados, cuja rentabilidade depende, de uma ou de outra
forma, do comportamento do mercado bolsista português.

Na tabela abaixo podemos ver os atuais componentes, e a sua alocação no indice PSI 20

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11
EURONEXT

Voltar ao Índice 29
11. EURONEXT

A Euronext é o maior grupo de mercados bolsistas e o mais líquido a a nível mundial.

Diariamente, mais de €100 mil milhões são transacionados nas bolsas da Euronext. As bolsas Euronext, na Europa e nos Esta-
dos Unidos, transacionam ações, obrigações e papel comercial, para além de um leque diversificado de produtos derivados,
como sejam futuros, opções e warrants.
Com cerca de 8.000 emissões cotadas (excluindo os Produtos Estruturados Europeus), os mercados acionistas da NYSE
Euronext movimentam um terço do volume total negociado a nível mundialnos mercados de ações.

Euronext nos EUA


Nos Estados Unidos, a Euronext integra a New York Stock Exchange (NYSE), a histórica bolsa de Nova Iorque. Mantendo ainda
a sua sede em Wall Street, passados dois séculos desde a sua fundação em 1792, a Euronext é a operadora líder mundial no
mercado de ações. A Amex, especializada na admissão à cotação e à negociação de empresas de pequena e micro-capi-
talização, e a Arca, uma operadora completamente automatizada, líder em ações de empresas em crescimento, continuam
a atrair um número elevado de investidores. A Arca Edge, uma bolsa para ações over-the-counter (OTC), e a NYSE Liffe U.S., a
operadora de opções e futuros do grupo NYSE
Euronext nos Estados Unidos, completamente automatizada, reforçam o leque de produtos e serviços da Euronext nos Esta-
dos Unidos.

Euronext na Europa
Na Europa, a Euronext é a operadora líder pan-europeia que reúne as bolsas de Paris, Amesterdão, Bruxelas e Lisboa, e agora
Irlanda, todas elas detentoras de um longo passado histórico.

As Bolsas da Euronext levaram a cabo um processo de modernização que antecedeu a fusão que deu origem à criação do gru-
po integrado de mercados financeiros Euronext. O grupo Euronext oferece aos investidores um mercado de negociação de
valores mobiliários completamente automatizado e unificado. O grupo implementou ainda sistemas para melhorar a criação
de mercado (market making) e oferecer liquidez.

Derivados Financeiros
A Euronext integra também a NYSE Liffe, o mercado de derivados de Londres, líder na Europa e segundo a nível mundial em
instrumentos derivados.
Com sede igualmente em Londres, a Euronext London foi criada em 2010 para negociar valores mobiliários no mercado a
contado. A Alternext é outro mercado do grupo, especialmente criado para transacionar valores de pequena e média capitali-
zação.
Para além de tudo isto, a Euronext é ela própria também uma empresa cotada nos mercados NYSE Euronext de Paris e de
Nova Iorque, com o ticker ENX.

Voltar ao Índice 30
Gráfico da evolução da Euronext na bolsa

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12 DIVIDENDOS EM BOLSA

Voltar ao Índice 32
12. DIVIDENDOS EM BOLSA

Um dos temas mais frequentes em mercados são os dividendos. Quando comprar as ações para receber o dividendo? Posso
receber o dividendo e depois vender? Que direitos tenho?, etc

Respondemos algumas questões que nos colocam sobre este tema, Em baixo temos um pequeno resumo que resolverá algu-
mas das vossas dúvidas.

Que são os dividendos?


O dividendo é a parte dos benefícios da empresa entrega aos seus acionistas de forma a dar uma retribuição ao investidor pelo
capital investido.

Que direitos têm os dividendos?


Uma ação é uma parte do capital de uma empresa. Deter essa ação permite obter direitos tanto políticos (votos nas assem-
bleias de acionistas), como económicos(participação nos benefícios da companhia), a representação destes direitos económi-
cos conhecem-se como dividendos.

Quem tem direito a cobrar os dividendos?


Todo aquele que possua ações até ao ex date. O Ex-date é uma classificação em negociação de ações que indica quando um
dividendo declarado pertence ao vendedor e não ao comprador. O termo significa literalmente “sem o dividendo” porque uma
vez que uma ação é negociada ex-dividendo, o comprador não tem mais o direito de receber o dividendo mais recentemente
declarado.

Há algum mínimo para cobrar os dividendos?


Não há nenhum mínimo, economicamente falando quanto seja possuidor de uma ação terá direito à cobrança dos dividendos
que essa ação gere, outra coisa totalmente diferente são os direitos políticos, que sim que pode ter mínimos para ir a uma
assembleia de acionistas. Quando são procedentes de distribuição de ações próprias, não é uma remuneração, e até se vai
diminuir a percentagem que se tinha da empresa antes da mesma distribuição.

Que tipo de dividendos há?


Principalmente dois tipos de dividendos: os extraordinários e os ordinários, os dividendos ordinários referem-se aos benefí-
cios de um exercício, por exemplo uns dividendos a conta do exercício 20XX. Também estão os dividendos extraordinários se
repartem sem ter relação com as contas do exercício, senão por algum facto extraordinário; por exemplo a venda de uma filial
ou uma parte da empresa.

Quando se reparte os dividendos?


Isto depende da empresa. Há companhias que repartem dividendo uma vez por ano, outras que o fazem a cada trimestre
(tipicamente as americanas). O que sempre fazem é o anunciar anteriormente.
Site para consulta os eventos de distribuição de dividendos: Calendário de dividendos

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Que relação há entre a cotação de uma ação e os seus dividendos?
Praticamente todos os índices, são um ex-dividendo. Isto significa que o dividendo se desconta do preço de cotação no dia
que é distribuído, é algo muito lógico, já que esse dinheiro já não pertence à empresa e por tanto não deve fazer parte da sua
capitalização.

Para que se entenda melhor, ponho um exemplo:

A empresa anterior que distribui dividendos no dia 19, fecha no dia 18 a 12,20€ e distribui um dividendo de 0.20€ por ação. No
dia seguinte abrirá com uma redução de 0.20€ no preço das ações, o que quer dizer que se não tivesse mudanças no dia 19
abriria a 12€. Por este motivo não é muito efetiva a estratégia muitas vezes pensada por um investidor de comprar as ações um
par de dia antes e vender no dia da distribuição, já que esta estratégia não contribui rentabilidade extra.

Como são tributados os dividendos?


São tributados a uma taxa de 35% os:

•  rendimentos cuja fonte se situe num paraíso fiscal;


•  rendimentos pagos em contas “jumbo”.
Os restantes rendimentos de capitais são tributados a uma taxa de 28%, sujeitos a retenção na fonte.

O englobamento é facultativo para os sujeitos passivos residentes em Portugal, sendo o rendimento tributável reduzido em
50% relativamente a lucros distribuídos por entidades residentes em Portugal ou noutros Estados-Membro da UE desde que
preencham os requisitos e condições estabelecidos no artigo 2.º da Diretiva n.º 90/435/CEE, de 23 de julho (Diretiva Mães-Fil-
has).

O que são os scrip dividends?


Os scrip dividend (ou dividendos flexíveis) são uma forma de remuneração para os acionistas realizados com emissões de
ações. Os acionistas têm a opção de vender os direitos de assinatura à mesma empresa a mudança de uma quantidade econó-
mica (cobrando assim dividendos), outra opção seria vender ao mercado pelo preço de cotação no correspondente momento
e a terceira opção que se pode exercer, é cobrar os direitos de assinatura e os trocar pelo correspondente número de ações da
empresa, mantendo a sua participação na mesma.

Os direitos de assinatura preferenciais são um direito que têm os acionistas para subscrever novos títulos em uma proporção
que lhes permita manter a sua percentagem anterior de participação no capital social. Desta maneira, evita-se a diluição dos
seus direitos económicos e políticos, que se produz quando se incrementa o número de ações.
Estes direitos podem ser vendidos no mercado ou na empresa que pertencemos que realizou a emissão. O preço à empresa
está já determinado, mas se os queremos vender no mercado, o preço pode flutuar e pode-se chegar a vender por um preço
diferente ao nominal.

Qual seria a melhor decisão?


Esta decisão deverá de ser tomada pelo acionista, dependerá das suas necessidades e circunstâncias, deverá analisar se é
melhor aumentar a sua posição, vender direitos, comprar só as ações necessárias para manter a sua percentagem de posição,
istoimplica que deve se realizar muitas questões a si mesmo.

Gostamos tanto da empresa como para permanecer nela no futuro? Vendo direitos de assinatura e fujo desta empresa? Vendo
os direitos e recebo o dinheiro, mas não mantenho a minha posição? Diversifico mais a carteira? Ou mantenho o investimento
que tenho atualmente? Como se pode, a vida do investidor leva muitas perguntas e decisões.

Voltar ao Índice 34
É aconselhável comprar ações só pelo seu dividendo?
Esta estratégia bolsista está indicada para os investidores mais conservadores e cujos objetivos vão destinados ao longo
prazo, dispondo de uma remuneração todos os anos e independentemente da evolução das ações nos mercados financeiros.

Investimento de rendimento em ações?


Embora pareça contraproducente, é uma das variantes que os mercados financeiros nos permitem receber algum cash através
da distribuição de dividendos todos os anos.Normalmente, geram uma rentabilidade que oscila entre o 2% e 10%, em função
das empresas.
Não podemos esquecer que a ação existe flutuação de preços, de acordo com o contexto macroeconómico, setorial e/ou da
própria empresa.

Vale a pena?
As ações com dividendos estão especialmente indicadas para os investidores de perfil mais defensivo, que olham mais ao
longo prazo, e que desta maneira podem dispor todos os anos de umas contribuições económicas de forma regular e indepen-
dentemente da evolução das ações nos mercados bolsistas.

É mais, nos casos em que estes se encontrem em menos valias para si e não desejem vender as suas ações sempre repor-
tar-lhes-á uns benefícios económicos que possam minimizar as possíveis perdas da sua carteira de valores. Pelo contrário,ir
a este pagamento pode que não seja a melhor das opções nos casos em que os seus titulares queiram fazer operações rápidas,
já que procurarão realizar mais valias em poucos dias e esta estratégia bolsista não é a melhor maneira para o conseguir já que
pode passar muitos dias, inclusive semanas, até que recuperem o seu preço de cotação.

Por outro lado, há uma prática bastante usual entre os investidores que consiste em tomar posições (compra) semanas antes
da distribuição do dividendo, e aproveitar as possíveis subidas que possam gerar as ações para as vender nos dias prévios ao
seu pagamento.
Por outro lado, um erro grave que os pequenos investidores enfrentam quando se dirigem a esse tipo de títulos pelo simples fato
de distribuírem dividendos, sem analisá-los adequadamente, é que eles podem desenvolver uma tendência de quedas e prejudi-
cando os seus interesses. E, como consequência, não olhe para outras empresas – que sem distribuir dividendos – mostre um
especto técnico impecável que convide suas compras.

Dividendos: Vantagens e inconvenientes


As contribuições da compra de ações que distribuem dividendos nos mercados de açõessão um fator muito atraente para
muitos dos investidores que confiam suas economias à ações e, embora suas vantagens já tenham sido expostas, não é acon-
selhável não rejeitar os danos que se originam entre quem seleciona essa estratégia de investimento. Em primeiro lugar será
necessário apontar quais vantagens são adquiridas em sua contratação, e que basicamente seriam as seguintes:

•  Pode-se compensar suas perdas com um pagamento regular a cada ano, e isso até leva os poupadores a ganhar dinheiro
usando o pagamento de dividendos, mesmo perdendo valor na cotação.
•  É uma maneira de formar uma renda fixa dentro uma renda que à primeira vista é variável (ações), para proporcionar mais
segurança para poupanças investidas, e, incidentalmente, tirar proveito de possíveis aumentos nos mercados de ações.

Pelo contrário, você deve ter em mente que a contratação desses títulos envolvem uma série de riscos que não devem ser mi-
nimizados em qualquer circunstância, e que deixaria essas premissas:

Voltar ao Índice 35
•  Limitam significativamente o campo de atuação das ações, afastando-se provavelmente de outras ações que possam
apresentar um importante potencial de reavaliação nos próximos meses, mas sem distribuir dividendos.
•  é deduzido do preço, e embora seja normal para recuperar seus preços dentro de algumas semanas, não é de excluir que
este movimento custa mais tempo do que o habitual e as perdas são importados para a operação comercial.
•  Nos casos em que a remuneração é pouco alta, inferior a 3%, e não vale optando na contratação, provavelmente haverá mais
a perder do que ganho, por ter uma remuneração irrelevante.

Voltar ao Índice 36
13 AS OPERAÇÕES QUE AS EMPRESAS
FAZEM (OPV, OPA..)

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13. AS OPERAÇÕES QUE AS EMPRESAS FAZEM (OPV, OPA..)

As empresas podem realizar diversas operações relacionadas com o seu capital social e com aquisições de outras empresas.
Vou abordar ao pormenor estas operações de que por vezes ouvimos falar nos jornais

Aumento do capital social


Existem duas maneias que as empresas podem aumentar o seu capital social:

1. AUMENTO POR INCORPORAÇÃO DE RESERVAS


Ocorre quando as reservas da empresa, vindas de resultados positivos são usadas para reforçar/aumentar a conta de capital
social da empresa, ou seja, traduz-se numa operação contabilística, pois, na realidade, não há entrada de capitais. Esta moda-
lidade de aumento de capital vai levar à emissão de novas ações a serem distribuídas pelos acionistas já existentes, sem
encargos para os mesmos.

2. AUMENTO POR EMISSÃO DE NOVAS AÇÕES OU QUOTAS


Nesta maneira exige a participações dos sócios. Normalmente, os acionistas compram novas ações, em muitos casos estas
estão apenas reservadas aos anteriores acionistas e a sua subscrição implica um valor inferior à sua cotação bolsista,emitidas
pela empresa, e o produto dessa venda (dinheiro ou bens) traduz-se num aumento do capital social da empresa.

Nos aumentos de capital por subscrição são emitidas mais ações da empresa em questão. Muitas vezes estas novas ações
apenas estão reservadas aos anteriores acionistas e, na esmagadora maioria dos casos, a sua subscrição é feita a um preço
inferior à cotação bolsista. Assim, se os antigos acionistas não fizerem nada, perderão dinheiro, pois o valor dos títulos que
possuíam, caso o aumento seja feito a um preço inferior ao da cotação em bolsa, irá baixar. A razão para isso é simples: o valor
da empresa, que se encontra representado na cotação das ações, passará a estar repartido por um maior número de títulos.

Direitos de subscrição
Um acionista que não tenha exercido os seus direitos (isto é, não ter manifestado junto do seu intermediário financeiro vontade
de subscrever as novas ações), nem os tenha vendido em bolsa, no final do aumento de capital, ficou com o mesmo número de
ações, mas a valerem menos que anteriormente. Desta forma, o investidor seria afetado pelo ajuste da cotação decorrente do
aumento de capital, uma vez que não tomou qualquer decisão.

No caso acima, o acionista deitou dinheiro para o lixo! Mesmo que não querendo ir ao aumento de capital, deveria vender os
seus direitos, e assim não seria afetado monetariamente com a desvalorização das ações.

As acionistas devem informar o seu intermediário financeiro sobre o que pretendem fazer: vender os direitos em bolsa ou
adquirir as novas ações. A melhor opção dependerá, em primeiro lugar, do eventual interesse em manter ou reduzir o seu inves-
timento na empresa em questão. Depois, há que ter em conta o preço proposto para as novas ações, a cotação em bolsa dos
títulos já existentes e o volume do aumento de capital.

COMO FAZER UM AUMENTO DE CAPITAL


Conforme o Código das Sociedades Comerciais, a decisão de se proceder ao aumento de capital de uma empresa deve ser
tomada pelos sócios, reunidos em Assembleia-Geral (a decisão pode partir da administração, no caso de se tratar de uma
sociedade anónima).
No entanto, para que a deliberação de aumento de capital seja válida deve mencionar claramente:

Voltar ao Índice 38
•  A modalidade do aumento de capital;
•  O montante do aumento de capital;
•  O montante nominal das novas participações;
•  A natureza das novas entradas;
•  A comissão (se houver);
•  O prazo dentro do qual as entradas serão efetuadas;
•  Quem pode/vai participar no aumento de capital.

OPV, OPA, OPT


OPV
A Oferta Pública de Venda (OPV), conhecida também por IPO (initial public offering), consiste na disponibilização das ações,
pela própria sociedade ou pelo grupo de acionistas, ao público em geral por um determinado intervalo de preço, onde os inves-
tidores vão manifestar as suas intenções de aquisição.

Requisitos da OPV
No prospeto da OPV deve constar:

•  Factores de riscos – tanto da actividade da empresa como das ações a admitir à negociação;
•  Responsáveis pelo prospeto – identificação dos responsáveis pela elaboração do prospeto;
•  Informações sobre o emitente e oferente – deverão ser disponibilizadas todas as informações relativos a quem emite e a
quem é o potencial comprador;
•  Informações sobre os Órgãos de Administração e Fiscalização da entidade emitente;
•  Informações relativas à actividade da empresa;
•  Informação relativa à oferta à admissão à negociação – onde deve constar todas as informações relativas às ações a serem
negociada;
•  E demais informações que a empresa considere relevante aquando do lançamento de uma OPV.

OPA
Uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) é quando uma empresa demonstra interesse em comprar a outra, acontece quando
esta intenção é de adquirir mais de 50% capital social da empresa. A empresa que lança a OPA é obrigada a elaborar um pros-
peto e a adquirir as ações pelo valor estabelecido no mesmo.

Prospeto OPA
Depois de uma empresa manifestar a intenção de comprar outra empresa, terá que elaborar e entregar um prospeto onde cons-
ta todas as condições em que se propõe comprar as ações e onde estabelecerá um plano de desenvolvimento estratégico
para a empresa.

No prospeto da OPA deve constar:


•  Responsáveis pelo prospeto – identificação dos responsáveis pela elaboração do prospeto;
•  Descrição da oferta – onde deverão ser descritas todas as informações relativos ao objecto; da aquisição, modalidades de
oferta, garantias oferecidas, objetivos da aquisição, entre outros;
•  Informações relativas ao Oferente – identificação do mesmo, direitos de voto, participação na sociedade, acordos celebra-
dos;
•  E demais informações que a empresa considere relevante aquando do lançamento de uma OPA.
Outras entidades poderão lançar uma OPA concorrente, desde que o façam no prazo de 5 dias anteriores ao fim do prazo da
primeira oferta.

Voltar ao Índice 39
Posto isso, os acionistas devem declarar se querem ou não vender.

Caso uma sociedade compre mais de 90% das ações da outra, OPA Potestativa, os restantes sócios são obrigados a vender
as suas ações também pelo valor que foi estabelecido na OPA lançada anteriormente.

A OPA promove muitas vezes a valorização ou desvalorização das ações das empresas intervenientes.

OPT
A Oferta Pública de Troca (OPT) é uma operação muito idêntica à OPA só que, neste caso, em vez da entidade compradora
oferecer uma determinada quantia em dinheiro, dá como contrapartida ações dela própria.
Contudo, muitas vezes não existe esta possibilidade de escolha, pelo que a operação é feita apenas através da troca de ações.
Nesse caso, além da relação de troca proposta, é preciso sobretudo ter em atenção se vale ou não a pena ficar com ações da
empresa que lançou a operação.

Pode acontecer que as perspetivas dessa empresa não sejam favoráveis. Nesse caso, não deve aceitar a troca e deve vender
as ações.

Voltar ao Índice 40
14 QUAIS SÃO OS TIPOS DE RISCOS
DE INVESTIR NA BOLSA?

Voltar ao Índice 41
14. QUAIS SÃO OS TIPOS DE RISCOS DE INVESTIR NA BOLSA?

Uma das primeiras perguntas que todos os investidores devem fazer antes de investir em qualquer tipo de produto, seja no mer-
cado de valores ou em qualquer outro mercado é: Quais os riscos enfrento ao investir o meu dinheiro?

Principais riscos que nos podemos encontrar ao investir na bolsa:


Risco de Mercado (também conhecido como risco sistémico)
Este risco está relacionado com as tendências de mercado que afetam os movimentos que se produzem no mercado acentuando
assim o seu risco. Associado à volatilidade que enfrenta o mercado de modo geral, e também, a relação com os ciclos económi-
cos. Este tipo de risco é o mais amplo, e engloba todos os ativos financeiros: obrigações, fundos, ações, entre outros

Risco de Liquidez
Este risco pode-se dar quando quer vender ou liquidar uma posição em um determinado valor. Isto pode acontecer já que no
momento se pode dar o caso de que não tenha compradores para esse valor, e a falta de liquidez no mercado nos obriga a ven-
der a um preço inferior. Por isso à hora de investir devemos saber o volume de capitalização da empresa, porque não é o mesmo
investir em uma empresa de grande capitalização e numa empresa com uma baixa capitalização. Além disso devemos analisar o
spread (Bid e Ask) da companhia, o qual indicar-nos o grau de liquidez desta.

•  Maior spread – liquidez mais baixa


•  Spread baixo – liquidez mais alta

Risco Não Sistémico


Entendemos por risco não sistémico aquele risco particular da cada empresa. Isto é, o risco decorrente de fatores próprios e es-
pecíficos da cada companhia. Este tipo de riscos afeta somente à empresa em si, não ao resto de mercado.
Este risco habitualmente diz-se que é diversificado, porque existe a possibilidade de o reduzir ou de o controlar através de uma
diversificação adequada, diversificação orientada a conseguir uma carteira de valores ótima.

Risco Operacional
É aquele que engloba todas aquelas perdas financeiras originadas por falhas ou deficiências que possam sofrer os processos,
pessoas, tecnologia, sistemas internos, entre outros.
Este tipo de risco não tem em conta as perdas originadas por mudanças no meio político, económico e social.
Por exemplo pode-se produzir um FlashCrash devido a um erro humano ou um algoritmo informático.

Risco de Contraparte
Este risco surge quando uma das partes cumpre com a sua obrigação na compra e a outra parte não o faz simultaneamente.
Elimina-se este risco nas operações levadas a cabo através de um mercado organizado. No caso dos derivados evita-se por ter
uma câmara de compensação (Clearing House), esta solução não é tão fácil de levar a cabo dada a complexidade das operações
de liquidação dos mercados de ações, sobretudo nos mercados OTC (não organizados).

Risco Legislativo
Este tipo de risco não depende diretamente do mercado. Depende do poder legislativo (parlamento, governo, regulador) de
mudar ou criar leis/normas que possam afetar a determinados setores ou ao mercado de modo geral. Sempre se deve de ter
em conta antes de investir as leis pendentes que ao ser promulgadas possam afetar de maneira negativa ao valor anteriormente
selecionado.

Voltar ao Índice 42
Risco-preço
É um dos riscos que o investidor costuma ter mais em conta, já que uma diminuição no preço pode fazer com que o seu inves-
timento perca valor. Principalmente o preço de um investimento reflete-se através dos diferentes fatores que afetam à oferta e a
procura.

Risco de Inflação
É um dos riscos mais destacados entre os investidores, já que se a taxa de inflação é maior ao rendimento que gera o nosso in-
vestimento. Reflete o impacto das variações da taxa de inflação nos nossos investimentos. O dinheiro investido terá um poder
de compra menor, e portanto podemos ter um valor real negativo. Isto é, a inflação reduz o rendimento que gera um investimento,
embora historicamente as ações se mantiveram por independentemente da inflação.

Risco taxa de juro


Mede a sensibilidade que pode ter os seus investimentos às possíveis mudanças sofridas pelas taxas de juro. Principalmente
este risco afeta aos investimentos que oferecem rendimentos fixos, como podem ser obrigações ou ações preferenciais.

A todos estes riscos, há que somar outro tipo de riscos menos habituais como podem ser: ataques terroristas, catástrofes, gue-
rras, entre outros. Outro tipo de acontecimentos não controláveis que podem afetar ao preço das ações.

Risco se avaria o meu broker

No caso de que o broker avariasse, as nossas ações ou fundos de investimento estariam a salvo, já que tanto as ações como os
fundos não estão em nome do broker, mas sim do investidor.

O Fundo de Garantia de Investimentos (FOGAIN) oferece uma indemnização aos investidores das suas entidades aderidas (so-
ciedades de valores, agências de valores e sociedades gestora) de até 100.000 euros em determinados supostos de insolvência
da entidade que presta o serviço de investimento, pelo dinheiro e valores depositados ou confiados à entidade.

Voltar ao Índice 43
15 FISCALIDADE DAS AÇÕES
EM PORTUGAL

Voltar ao Índice 44
15. FISCALIDADE DAS AÇÕES EM PORTUGAL

A fiscalidade das ações é outro aspeto importante para os investidores e que exige uma abordagem detalhada. Nos mercados
financeiros mais desenvolvidos, o enquadramento fiscal é relativamente estável, mas em Portugal tem sofrido frequentes alte-
rações ao longo dos últimos anos.

Distribuição de dividendos
A tributação dos dividendos sofreu alterações significativas nos últimos anos.
Os dividendos distribuídos pelas empresas nacionais estão sujeitos a uma taxa de liberatória de 28%. A entidade que paga os
dividendos é obrigada, no ato do pagamento, a reter a parcela correspondente à aplicação dessa taxa, que depois entrega dire-
tamente ao Estado.

Embora não seja fiscalmente interessante, os dividendos recebidos podem ser englobados nos restantes rendimentos. No caso
das ações nacionais estão parcialmente isentos de imposto, pois apenas 50% dos dividendos são efetivamente tributados. Assim,
deverá inscrever no anexo E da declaração de rendimentos 50% dos dividendos recebidos.

No caso de receber dividendos de ações cotadas em bolsas internacionais, também terá de se preocupar com as suas obri-
gações fiscais. Neste caso, os dividendos estão sujeitos, no país onde foram pagos, à retenção na fonte de acordo com as taxas
em vigor nesse país. Contudo, se o pagamento for feito através de um intermediário financeiro nacional, será também efetuado,
em Portugal, um pagamento de imposto por conta à taxa de 2%.

•  Se o seu intermediário financeiro não estiver sediado em Portugal, terá de preencher o anexo J (referente a rendimentos ob-
tidos no exterior) da declaração de rendimentos, no qual indicará o montante total dos dividendos brutos recebidos no exterior
(que são englobados a 100%), bem como o valor do imposto que lhe foi retido no exterior;

•  No caso do intermediário financeiro estar sediado em Portugal, deverá preencher o anexo J, mas indicando também o paga-
mento por conta efetuado em Portugal. Neste caso, o Fisco fará as contas utilizando um mecanismo de crédito de imposto
por dupla tributação internacional e que visa evitar que o investidor seja penalizado duas vezes com o pagamento de imposto
(em Portugal e no país onde foi obtido o rendimento). Assim, na prática, o investidor nacional não pagará mais imposto do que
aquele que pagaria se o rendimento fosse obtido em Portugal.

Mais sobre Juros /Dividendos/Outros

Obtenção de mais-valias
O investidor é sempre obrigado a declarar as ações que vendeu ao longo de cada ano. Terá de preencher o anexo G da declaração
de rendimentos. Nesse documento deverá identificar os títulos vendidos, valores de compra, valores de venda e, ainda, custos
suportados com a venda dos títulos.
A tributação ocorrerá apenas se o valor dos negócios em que houve mais-valias exceder o valor dos que registaram prejuízo.

Nos casos em que há mais-valias, o investidor poderá optar pela tributação autónoma ou pelo englobamento nos restantes ren-
dimentos. Quem escolher a tributação autónoma pagará atualmente ao fisco 28% do saldo global das mais-valias e menos-valias
realizadas nesse ano, independentemente dos restantes rendimentos. No caso do englobamento, o imposto a pagar dependerá
da taxa marginal de IRS do contribuinte. Esta última pode variar entre 14,5% e 48%.

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Englobamento
O englobamento apenas compensa se a sua taxa marginal de imposto for inferior a 28%. Para quem teve um rendimento cole-
tável inferior a 7000 euros compensa englobar. Mas tenha em atenção que, se optar pelo englobamento, terá também de incluir
todos os restantes rendimentos de capitais.

No entanto, o englobamento também pode ser vantajoso nestas duas situações:

•  Se no total do ano obteve menos-valias (prejuízo) na venda de ações, poderá deduzir o prejuízo desse ano às eventuais mais-va-
lias que venha a realizar nos dois anos seguintes;
•  Se obteve menos-valias nos dois anos anteriores e optou, nessa altura, pelo englobamento, poderá ser rentável optar nova-
mente por essa via. Nesse caso, os prejuízos obtidos anteriormente serão abatidos aos ganhos agora realizados, mas tudo
depende dos valores em causa. Nos casos em que as mais-valias obtidas são muito superiores às menos-valias englobadas
nos dois anos anteriores e a taxa marginal de IRS do contribuinte é muito elevada, pelo que pode não ser vantajoso optar pelo
englobamento.

No caso das ações internacionais, a declaração também é obrigatória e o processo de cálculo das mais-valias é idêntico. A dife-
rença está unicamente no “prazo”. O contribuinte terá de inscrever no anexo J da declaração de rendimentos o saldo global de
todas as mais e menos-valias realizadas. Mantém-se a opção entre a tributação autónoma e o englobamento das mais-valias
aos restantes rendimentos.

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16 COMO SE TORNAR UM CORRETOR
DA BOLSA

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16. COMO SE TORNAR UM CORRETOR DA BOLSA

Quando pessoas ou empresas querem comprar ações, elas o fazem através de uma corretora ou banco com ajuda de um gestor,
analista ou corretor de bolsa. Os corretores estão familiarizados com os mercados financeiros e com os vários tipos de produtos
de investimento disponíveis para os clientes. Eles comunicam com seus clientes para determinar os tipos de investimentos e
produtos que melhor se ajustam aos seus objetivos financeiros e à carteira de investimentos atual. Em seguida fazem a gestão da
documentação envolvida na transação.
Embora os corretores devam ter conhecimento em finanças e investimentos, eles também devem ter habilidades de vendas
muito fortes. Uma grande parte do trabalho do corretor é chegar aos clientes com potencial. A maioria dos corretores é obrigada
a cumprir certas quotas de vendas para permanecerem empregados, e eles são responsáveis por trazer novos clientes e vender
ações ou outros produtos de investimento.

Que tipo de formação é necessária para se tornar um corretor da bolsa?


Muitas corretoras preferem empregar corretores que tenham pelo menos um diploma de licenciatura, de preferência nas áreas
de economia. Muitas faculdades oferecem licenciaturas nas áreas económicas. Procurar esse grau com ênfase em finanças
pode ser uma boa preparação para uma carreira como corretor.

Estudantes em programas de finanças fazem cadeiras que envolvem matemática e ciências, além de cursos básicos de ad-
ministração como economia, contabilidade, direito em negócios, marketing, administração, comportamento organizacional e
sistemas de informação. Esses cursos podem abranger tópicos como gestão de capital de negócios, investimentos e gestão de
portfólio, modelagem financeira, gestão de risco, mercados e instituições financeiras e finanças corporativas.

Inicio de carreira
Alguns alunos realizam estágios com corretoras enquanto completam o curso. A conclusão de um estágio pode proporcionar
aos alunos uma experiência valiosa que os ajudará a determinar sua carreira e torná-los candidatos mais atraentes para empre-
gos após a graduação.
Graduados em programas que envolvem as áreas económicas podem procurar emprego em corretoras. A maioria das correto-
ras fornece aos novos funcionários formação no trabalho que pode durar vários meses. Durante a formação, novos corretores
de valores aprendem sobre os mercados financeiros e os produtos que sua corretora vende. Eles também aprendem estraté-
gias de vendas e se preparam para obter as licenças necessárias para trabalhar legalmente como corretor (DMIF 2). Quando o
período de formação termina, espera-se que os corretores criem sua própria base de clientes e passem a cumprir os objetivos
de vendas.

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17 QUAIS SÃO OS TIPOS DE EMPRESAS
QUE EXISTEM? E TEM O MESMO RISCO?

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17. QUAIS SÃO OS TIPOS DE EMPRESAS QUE EXISTEM? E TEM
O MESMO RISCO?

Em épocas de crise muitas empresas têm uma maior probabilidade de que diminuam os seus benefícios, mas há algumas empre-
sas que não lhes afeta este tipo de situações, como o exemplo das empresas elétricas, em épocas de crises, nós vamos continuar
acendendo as luzes pelas noites, embora é verdadeiro que tentarão poupar bem mais em luz, mas estes tipos de quedas são mais
moderadas.
Também ponho como exemplo, o setor da alimentação, já pode ter muita gente no desemprego ou que os seus ganhos têm decre-
cido, mas é seguro que vão continuar a comprar bens alimentares. Neste caso tentará poupar mais em produtos de alimentação,
seguramente comprar menos quantidade que em outros tempos, mas os benefícios deste setor poderiam baixar, mas não sei em
que medida seriam tão afetado como em outros setores.
Também existem alguns clássicos, como é o caso do ouro, onde se viu o aumento de investimentos neste metal durante a atual
crise económica.

Outra alternativa que temos ao nosso alcance é investir nos principais valores do PSI 20, que conhecemos como “Blue Chips”
portuguesas, como por exemplo EDP, Ren, Jerónimo Martins, Sonae, que têm uma maior estabilidade e são muito sólidas, estas
empresas nos oferecem uma maior garantia em longo prazo.
Na crise de 2008 nos Estados Unidos, durante a queda de Lehman Brothers, onde caíram muitas empresas. Alguns dos valores
defensivos ou refúgios que sobreviveram e superaram com sucesso a crise e seguem perdurando durante o tempo. Foram as
empresas de Coca-cola, The Procter & Gamble e Wal-Mart.
Disto se trata de títulos de refugio ou valores defensivos, são títulos que nas piores épocas de crise ou instabilidade, as suas pro-
babilidades de que mantenham os seus benefícios são consideráveis, e por vezes possam os aumentar.

Com todo o que disse, NÃO quero dizer que investir neste tipo de valores sejam investimentos seguros nem o investimento da vos-
sa vida, terá empresas que não correspondem a este tipo de setores que crescerão bem mais, mas se é uma opção de ter em con-
ta para os investimentos em longo prazo, já que têm são empresas muito estáveis e com um bom crescimento ao longo do tempo.

Por vezes podemos escutar numa conversa que alguma pessoa que digam “o setor bancário está a atuar como um refúgio” por-
que talvez o seu valor no mercado aumentou durante um período de tempo e em mudança onde outros setores baixaram, não se
pode negar que seja errado o comentário, mas eu dar-lhe-ia outro significado diferente ao que se refira a valor refugio, já que um
refúgio é um valor que podemos comprar quando esperamos que o mercado vai piorar, sem saber que vai passar e daí efeitos vai
ter o que aconteça.

Porque quem nos diz o que vai passar no futuro com o setor bancário, pode ser que suba por umas circunstâncias muito concre-
tas, mas não me parece um valor que se pode assumir que vá ser necessário sempre.
Por isso, nos exemplos que dei anteriormente antes sobre o setor elétrico e o setor da alimentação, referi a que embora a economia
caia mais no futuro, vamos continuar a consumir eletricidade e por suposto comprar comida para nos alimentar. Estes são os
verdadeiros valores refugio ou valores defensivos.

Que são penny stocks?


São aquelas ações que o seu nível de capitalização é bastante baixo e um risco muito elevado. sofrem grandes oscilações na sua
cotação pelo que são objeto de especulação. São muito fáceis de manipular, podendo ser vítimas de rumores.
Operar com este tipo de valores pode ser muito complicado, já que implica muito risco, mas como neste mundo tem que ter de
tudo, encontramos investidores aos que gostam deste tipo de operações e outros que não.
Podemos fazer várias perguntas sobre as penny stocks, que podem ser positivas ou negativas, como por exemplo quero ter um
risco desnecessário para obter maior rentabilidade. Pois esse pedido é realizado a um experiente em penny stocks do mercado e

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a sua resposta seria um rotundo DEPENDE.
E por que motivo arriscar o meu dinheiro em algo que possivelmente vou perder?
A razão é que estes valores costumam ter preços reduzidos, que fazem com que sejam muito arriscados, embora para alguns
investidores demasiado atrativos.
Trata-se de pequenas ou médias empresas que podem sofrer fortes variações no mercado ao ter pouca negociação, mas algumas
destas podem ter um forte percurso no mercado por três motivos principais:

1. Por ser pequenas empresas, em setores novos e com um grande potencial de crescimento.
2. Por sair de uma situação de falência ou melhorar substancialmente a sua conta de resultados.
3. Uma melhoria das expectativas dos analistas.

Por suposto este tipo de operações não são recomendáveis para um investidor conservador ou com a intenção de posicionar na
poupança, senão para investidores com um perfil um pouco mais agressivo.

Como pode identificar uma penny stock:

•  São valores de muito alto risco.


•  Têm uma baixa capitalização, de maneira que a sua liquidez é menor que o resto dos valores que cotam no Mercado contínuo.
•  São muito voláteis, o baixo volume de negociação provoca que tenha uma elevada variação de preços
•  As variações dos seus preços são normalmente mais fortes.
•  As oscilações na sua cotação rondam os 10% e 15%.
•  São empresas pequenas, normalmente com pouco percurso histórico.
•  As empresas em recessão também se podem considerar penny stocks
•  Os investidores podem beneficiar-se das enormes valorizações que podem obter, se deram casos de empresas que acumula-
ram umas revalorizações anuais dentre um 50% e um 100%.

Quais são os motivos da valorização de uma penny stock?

•  Rumores sobre o valor


•  Reestruturação da dívida
•  Mudanças na equipa diretiva
•  Melhora conta de resultados
•  Porque as medidas de reativação favorecem aos valores que estão em pior situação.
•  Pela transferência de obrigações para ações
•  Porque os investidores agressivos vão procurar estas penny stocks porque estão numa má situação, para obter a maior renta-
bilidade possível.

Que são os Blue Chips?


Quando falamos do termo Blue Chip relativo aos mercados financeiros, nos referimos a empresas que estão bem estabelecidas,
com rendimentos estáveis, que os seus valores não sofram grandes flutuações e que não realizem grandes ampliações no seu
passivo. Os blue chips representam as ações das empresas que são reconhecidas no território nacional, que contam com uma po-
sição financeira sólida e estável, onde os seus produtos e serviços são de alta qualidade e têm uma grande aceitação no mercado.

Blue Chips, baixa volatilidade e alta liquidez


Normalmente os investimentos em blue chips são consideradas menos voláteis (muito pouco risco), têm um alto valor de capi-
talização bolsista e uma alta liquidez.
A capitalização bursátil calcula-se multiplicando o preço da ação pelo número de ações, e é um requisito estabelecido para perten-
cer a um índice de referência, como pode ser o EuroStock 50. As empresas com maior capitalização bolsista costumam negociar

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um maior volume de contratação, portanto, no momento de comprar e vender estas ações, encontraremos maior disponibilidade
de títulos (liquidez).
As blue chips são uma grande opção para diversificar a sua carteira sem assumir um risco muito alto.
Estes tipos de empresas tem balanços financeiros estáveis e são considerados pelos analistas como investimentos seguros ou
com um baixo risco. Costumam ter umas notas excelentes das empresas que se encarregam de qualificar o risco.
Outra das características deste tipo de empresas, se trata de que em tempos de crises financeiras quando o mercado cai, estas
ações tendem a cair menos que outras empresas, e se comportam como valores defensivos.

Vantagens de investimento em blue chips


Os Blue Chips costumam ser os valores com maior capitalização bolsista da cada Índice de referência estatal, por exemplo, Em
Portugal a EDP, em Espanha o Santander, no Reino Unido por exemplo a Vodafone e nos estados unidos, praticamente todas as
empresas dos índices principais (DJ 30 e Nasdaq 100).

Dividendos
A maioria das blue chips pagam regularmente dividendos, inclusive em períodos de maior crise

Liquidez e Volume de contratação


Ao ter muita liquidez, permite aos investidores contratar em qualquer momento e vender quando se deseje, a diferença de outros
valores, que ao não ter tanta liquidez, o processo de compra ou venda pode demorar mais e encontrar com spreads interbancários
mais altos.

Valores estáveis e baixa volatilidade


Normalmente, a sua evolução é uniforme, não têm uma tendência de grandes subidas nem baixadas (embora poderia ser que
em algum período se disparassem). Mas habitualmente o investidor não terá muitas surpresas na sua cotação. Ao ser empresas
muito consolidadas, a sua volatilidade é muito baixa, estes tipos de valores não são aconselháveis para investidores que queiram
obter ganhos em curto prazo.

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18 QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS
AÇÕES ORDINÁRIAS E AS PREFERENCIAIS?

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18. QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS AÇÕES ORDINÁRIAS
E AS PREFERENCIAIS?

Normalmente as empresas só têm um tipo de ações , as ações ordinárias, este tipo de ações são as habituais que dispõe uma
empresa, mas há algumas empresas onde dispõem de outro tipo de ações, as ações preferenciais.
Adicionalmente, as preferenciais são estabelecidas pela empresa com diferentes características. Ela decide no momento de
emitir este tipo de ações, as características variam dependendo do que a empresa decida.
Antes de adquirir este tipo de ativo deve-se conhecer especificamente as particulares características das ações preferenciais.

Direitos políticos das ações preferenciais


Normalmente, em ações preferenciais o acionista não tem nenhum tipo de direito político, isto quer dizer que não podem votar
nas assembleias de acionistas, em que um pequeno investidor não tem importância, mas em muitos investidores preferem ter a
capacidade de influir nas decisões da empresa, já que por exemplo, no facto de que a empresa lance uma OPA ou tenha disputas
pelo controlo de uma empresa entre investidores, estes direitos políticos têm muito significado e fazem com que as ações que
possuam estes direitos políticos valham mais que as que não tenha esses direitos.

Prioridade na distribuição de dividendos de ações preferenciais


Uma das principais vantagens que têm as ações preferenciais é que costumam ter prioridade para a distribuição dos dividendos
sobre as ações ordinárias. No caso de que todo vá bem para a empresa, ambos tipos de ações cobrarão os seus dividendos. Mas
se as coisas não vão tão bem já que a empresa não pode pagar a totalidade do dividendo previsto, e podem levas às ações prefe-
renciais distribuem os seus dividendos e as ordinárias sejam mais reduzidas ou talvez não cobrem nada. O dividendo das ações
preferenciais pode depender de vários fatores, entre eles (pode ter mais fatores) por exemplo:

•  A quantidade investida.
•  A evolução dos resultados da empresa.
•  Do dividendo das ações ordinárias.

Em caso de mercado, que passaria com as ações preferenciais?


Outra vantagem que tem das ações preferenciais é que em caso de falência da empresa, as ações preferenciais têm preferência
sobre as ações ordinárias.

Liquidez nas ações preferenciais


Ações preferenciais são menos líquidas que as ações ordinárias, isto se deve a três motivos principalmente:
•  Há menos ações preferenciais em circulação com respeito às ações ordinárias
•  Os acionistas costumam ser investidores institucionais
•  Os detentores das ações preferenciais costumam ser investidores a longo prazo

Ações preferenciais são resgatáveis


Em muitas ocasiões, as ações preferenciais são resgatáveis por decisão da empresa. Significa para o investidor que a empresa
pode comprar as ações preferenciais quando deseje, ao mesmo preço ao que foram vendidas.

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Eleição entre as ações ordinárias ou a preferenciais
Normalmente aos investidores que tivessem que escolher entre uma empresa que tenha ações ordinárias ou ações preferenciais,
parecer-lhes-á mais atraentes as ordinárias, pelos direitos políticos e não são resgatáveis. Embora como as preferenciais têm
diferentes características, pode ter casos nos que as preferenciais sejam mais interessantes que as ordinárias. Isso sim, estudar
sempre neste tipo de contrato todos os envolvimentos legais que implica as adquirir.

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19 DICAS PARA INVESTIR (E NÃO JOGAR)
NA BOLSA DE VALORES

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18. DICAS PARA INVESTIR (E NÃO JOGAR) NA BOLSA DE VALORES

A diferença entre jogar no mercado de acções e investir no mercado de acções é seguir uma série de diretrizes. Entre muitas das
mesmas, podem ser encontradas as cinco seguintes. Estes concelhos foram dados por investidores mais experientes e reconhe-
cidos, aqueles que demoram mais tempo certamente os reconhecerão. Mas para alguém que está no seu começo a investir no
mercado de ações, as dicas listadas abaixo são básicas:

Dica 1: Manter liquidez no portfólio


No início, quando começa a investir no mercado de acções, poderá ficar tentado em investir todo o dinheiro que tem disponível
(dinheiro que você não precisa precisar para mais nada). Embora, de repente, muitas empresas tenham preços a preços inte-
ressantes, não devemos investir em todas elas até que elas estejam 100% investidas. A melhor coisa a fazer é agir da mesma
forma que os fundos mútuos, deixando uma percentagem do capital sempre em liquidez. Por quê? Primeiro porque, em algum
momento de urgência, podemos precisar dessa liquidez que não seja invertida. Além disso, por mais que pensemos que esta-
mos antes do piso do mercado e é hora de comprar tudo, não sendo adivinhos, podemos até estar no início de um ciclo de baixa.

Em suma, ter uma percentagem da carteira de caixa nos permite-nos aproveitar melhor as oportunidades oferecidas pelo mer-
cado em todos os momentos. Obviamente, essa percentagem de dinheiro não precisa ser corrigida. Podemos variar dependen-
do das oportunidades oferecidas pelo mercado. Ou seja, para acumular liquidez quando há poucas oportunidades para quando
se apresentam para tirar proveito delas.

Peter Lynch: Se não encontrar empresas atraentes para investir, economize dinheiro no banco até descobrir.

Dica 2: diversificar
Não só geograficamente e sectorialmente. Também é importante diversificar temporariamente. Isso significa fazer compras
com o mesmo valor espaçado ao longo do tempo. Por exemplo, se pretendemos alocar X euros por um valor, pode ser interes-
sante fazer duas compras em vez de uma e estarem espaçadas ao longo do tempo. A vantagem de diversificar temporariamen-
te é que se o preço cair, reduziremos a média, obtendo um preço de compra médio melhor. Se, pelo contrário, o preço subir, ob-
teremos um preço pior. Portanto, dependendo do tipo de empresas em que investimos, isso pode funcionar melhor ou pior, não
é o mesmo para investir em empresas de crescimento como em empresas maduras. Veja que, para alcançar a diversificação
temporária, é necessário cumprir o Conselho número 1
Por outro lado, é a diversificação geográfica. Normalmente, as empresas que conhece melhor estão no mercado nacional e, por-
tanto, na carteira é geralmente tendenciosa no mercado interno. Mas a diversificação geograficamente tem as suas vantagens
porque podemos aceder setores sub-representados e economias diferentes. Em Espanha, existem grandes bancos, empresas
de construção e empresas de energia, pelo que seria menos sensato buscar esses setores no exterior do que outros, como o
setor de consumo, onde podemos encontrar grandes empresas como Unilever ou General Mills.

Stan Weinstein: Ao construir um portfólio deve usar o senso comum. Não coloque todos os ovos na mesma cesta. Mas não vá para a
outra extremidade e use muitas cestas.

Dica 3: Invista em boas empresas


Se quiser investir no médio ou longo prazo, deverá investir em empresas sólidas, com bons fundamentos. Isso significa sempre
procurar boas, empresas e com algum tipo de vantagem competitiva. Estas podem ter os seus altos e baixos e se entrarmos na
parte superior do ciclo, se cumprimos os dois pontos acima, poderemos obter melhores preços de compra mais tarde, são em-
presas que conhecemos e que nos possibilitam dormir tranquilamente. Há aqueles que investem em empresas com péssimos
fundamentos (muitas vezes inconscientemente) que tentam demolir preços na esperança de os duplicar rapidamente, onde

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você também pode perder tudo. Fazer este tipo de estratégias é mais como jogar no mercado de acções do que investir nele.

É muito mais fácil investir em empresas aborrecidas nas quais podemos dormir silenciosamente, ou em pequenas empresas
e / ou pouco seguidas pelo público em que consideramos que o mercado não as valoriza corretamente. Finalmente, dizer que
investir em boas empresas não é apenas investir em empresas com ROA, ROE, altas margens e baixa dívida. Embora quanto
mais seja assim, melhor, cada setor é diferente e se queremos diversificar sectorialmente, temos que diferenciar as caracterís-
ticas de cada um deles.

Warren Buffett: compre empresas com uma boa história de lucro e uma posição dominante no negócio.

Dica 4: não investir a qualquer preço


É tão importante investir em boas empresas como não o fazer a qualquer custo. Devemos ser claros que nunca investiremos
ao melhor preço possível e também sabemos que é melhor investir em boas empresas a preços medíocres do que em empre-
sas regulares a bons preços. As boas empresas costumam ter uma tendência de alta a longo prazo e estão negociando em
múltiplos (PER, EV / EBITDA, RPD). Nesses tipos de empresas, é difícil investir abaixo do preço que gostaríamos, mas se não
investirmos para isso, podemos deixar de lado um investimento muito bom.
Por outro lado, há empresas de menor crescimento, mais estáveis, que geralmente crescem inorgânicos e geralmente pagam
mais dividendos. Neste tipo de negócios, o preço geralmente está longe do valor intrínseco devido à euforia e ao medo do mer-
cado. Aqui, o valor de múltiplos geralmente, é apenas indicar quando o preço é alto ou baixo em relação ao valor que deve ter.
É importante ter em mente que as empresas estáveis mudam pouco num ano, mas seu preço pode variar muito, e é algo que
poderá ser aproveitado. A título de conclusão, este ponto significa ser claro sobre o conceito de subavaliação e sobreavaliação
e como tirar proveito disso, conscientes de que nunca compraremos no chão nem venderemos no telhado. Muitas vezes, a su-
bavaliação é dada numa época de pânico no mercado e sobrevalorização em tempos de euforia.

Warren Buffett: O investidor real é aquele que quer que as acções de uma empresa baixem, para que possam comprá-las mais baratas.

Dica 5: Invista para si mesmo, ignore as recomendações


Quando se trata de investir, é melhor analisar uma empresa, qualitativa e fundamentalmente. Isso pode nos levar mais ou menos
a trabalhar dependendo do grau de análise que queremos fazer, mas é algo que deve ser feito e quanto mais tempo dedicarmos
melhor serão as conclusões. O negócio também é influente, há empresas e setores muito mais fáceis de analisar do que outros,
por isso é importante descartar aqueles que acharíamos muito difíceis de entender (geralmente farmacêuticos, financeiros e
tecnológicos).
No entanto, podemos encontrar os pontos 1,2 e 4, mas se investimos sem análise prévia em empresas que nos recomendaram
ou porque são grandes e / ou conhecidas, podemos estar a investir em más empresas quando existem outras melhores.
Um também pode ser influenciado pelos media ou analistas de investimentos. Pessoalmente, não investiria com o conselho de
nenhum deles. Outra coisa é que isso pode motivar uma análise própria e, finalmente, chegamos a uma conclusão adequada
sobre se é uma boa companhia para investir, e se esta é subvalorizada ou sobrevalorizada. Por outro lado, encontramos fundos
de investimento. Com relação a eles, nenhum deles investiria num valor porque alguns o tinham no portfólio, já que a maioria
não bateu o seu benchmark. Há também a adição de que se nosso portfólio é pequeno e nós compramos um valor para um
fundo feito, devemos saber que talvez o fundo não compre esse valor se tivesse que representar uma percentagem tão alta do
portfólio. Além disso, não conhecemos o prazo para o qual espera manter. No entanto, se olharmos para os fundos apropriados,
podemos encontrar empresas que, de outra forma, seriam difíceis de analisar.
Peter Lynch: Não siga os meus passos porque, mesmo que você consiga corrigir isso quando você compra, você não saberá
quando vender.

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