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Porque fascistas e comunistas se odiavam e se enfrentavam com tanta violência?

)
 Ideológicas:
- Comunismo – raiz cristã (sem salvação? Etc) – humanidade entre pessoas
Materialismo (recusa da fé); igualitarismo, racionalismo, universalismo, intenção
de revolucionar estruturas econômico-sociais.
- Fascismo – é ideologia?
- Organicismo (sociedade como organismo vivo/leis e regras para funcionamento),
racismo, irracionalismo (anti-intelectuais), nacionalismo, “espiritualismo”, pretende
transformar a ordem político-social (recusa aos valores iluministas e defendem a
tradição).
 Sociais:
- Comunistas – se apoiam nos trabalhadores e nos intelectuais
- Fascistas – sua base original são os setores médios e militares
Sobretudo, um é expressão da direita (herdeiro dos contra-revolucionários e
conservadores) e o outro da esquerda (herdeiro do iluminismo)
 O fascismo tem uma herança mais negacionista do mundo moderno, do
iluminismo, escolhendo mais alianças à direita mais conservadora.
- Quando os nazistas foram fazer alianças, fizeram com conservadores e vice-
versa.
- Hittler era revolucionário(?), mas no sentido nacionalista, mas não fez isso na
prática (fez acordos com capitalistas)
 Fascistas acreditavam em algo que ia além da matéria – em alguns casos era
Deus, em outros o espírito do povo
 Nacionalismo – tema que não interessava a esquerda da época, uma vez que
Marx disse “trabalhadores do mundo, uni-vos” já que para ele o povo e o
trabalhador não tem pátria.
 Existe a possibilidade de os fascistas serem uma espécie de revolucionário de
direita.
 Apesar das diferenças há afinidades entre as experiências comunistas e fascistas,
que dão substância ao conceito de totalitarismo.
 Regimes fascistas terminaram seus governos com derrotas militares, já no
comunismo, foram saídas transitórias para outros regimes – socialismo e outros.
 Não existem regimes que foram de fato totalitários, sem distinção entre estado e
sociedade.
 Nacionalismo de esquerda: soberania nacional contra o Imperialismo (ex. USA)
≠ nacionalismo de direita: nações contra nações
FASCISMOS (ou nazi-fascismos)
Etimologia do fascismo
– Contexto: crise do liberalismo, impactos sociais e econômicos da Primeira Guerra,
miséria, desemprego, orgulhos nacionais feridos, explosões revolucionárias, e
crescimento da esquerda.
- A crise de 1929 cooperou para o estabelecimento do partido fascista, pois além de ter
um tom revolucionário e radical (que se estabelecia contra toda a ordem “tudo o que
está aí”), tinha um aspecto popular, se estabelecia contra potências republicanas
culpando-as pela crise.
Características comuns:
- recusa ao liberalismo e a democracia
- anticomunistas*
- nacionalismo radical e organicismo
- recrutamento inicial entre setores médios e ex soldados
- militarismo e culto à violência
- repulsa à intelectuais e a ideias
- mobilização de massas e “populismo” (democracia essencialista?)
- apelo ao irracional (sangue, instinto e espírito)
- “anticapitalismo”*
- projeção da nação no líder
- racismo e antissemitismo*
- nostalgia romântica (passado grandioso, ordem, harmonia)
*Recusar o mundo da luta de classe, de estrangeiros;
*Idealização da natureza, desconforto com o mundo moderno;
*Não era recusa ao capitalismo em si, mas ao capitalismo financeiro(mau) enquanto o
industrial era o bom. *A culpa do capitalismo mau era dos judeus, pois seriam
banqueiros;
*O antissemitismo foi de certo um inimigo inventado como uma forma de unir a
população – o bode expiatório;
*0,7% da Alemanha era de judeus, havia de fato uma proeminência de alguns judeus,
mas é exagero dizer que esse grupo dominava;
*Expropriação de bens de judeus foi chamado de arianização;
*Fascistas – mais próximos à cultura e a arte moderna nazistas – tradicionais e não
vanguardistas.
–Anatomia do fascismo: p.17 “O movimento de Mussolini não se restringia ao
nacionalismo e aos ataques à propriedade, mas fervilhava também de prontidão para
atos violentos, de anti-intelectualismo, de rejeição a soluções de compromisso e de
desprezo pela sociedade estabelecida, características essas comuns aos três grupos que
constituíam a massa de seus primeiros seguidores - veteranos de guerra desmobilizados,
sindicalistas pró guerra e intelectuais futuristas.

p.20 “Pouco mais de três anos após a reunião da Piazza San Sepolcro, o Partido Fascista
de Mussolini ocupava o poder na Itália. Onze anos mais tarde, um outro partido fascista
tomou o poder na Alemanha.

22. Mesmo antes de Mussolini ter consolidado por completo seu poder, os marxistas já
tinham pronta sua definição para o fascismo, "o instrumento; da grande burguesia em
sua luta contra o proletariado, sempre que os meios legais disponíveis ao Estado se
mostram insuficientes para conte-lo". [...] um fenómeno que, aparentemente, surgiu do
nada, tomou múltiplas e variadas formas, exaltou o ódio e a violência em nome da
superioridade nacional e, entretanto, conseguiu atrair estadistas, empresários,
profissionais, artistas e intelectuais de prestígio e cultura.
Até hoje não há uma definição universal totalmente satisfatória de fascismo.

Considerar o antissemitismo como a essência do fascismo é problemático pois o


fascismo de Mussolini não apresentava aspectos antissemita no início, logo que a o
Governo de Vichy era claramente antissemita, e nem por isso pode ser classificado
como fascista, mais como autoritário.
Na teoria ele também seria anticapitalista e antiburguês, mas na prática os partidos
fascistas que chegaram ao poder não fizeram nada além de violência contra o
socialismo.

p. 26 - Ao tomar o poder, proibiram as greves, dissolveram os sindicatos independentes,


reduziram o poder de compra dos salários dos trabalhadores c despejaram dinheiro nas
indústrias armamentistas, para a imensa satisfação dos patrões.

p.27 O que o fascismo criticava no capitalismo não era sua exploração, mas seu
materialismo, sua indiferença para com a nação e sua incapacidade de incitar as almas.

p.27/28 - redesenhou as fronteiras entre o privado e o público, reduzindo drasticamente


aquilo que antes era intocavelmente privado. Transformou a prática da cidadania, do
gozo dos direitos e deveres constitucionais à participação em cerimônias de massa de
afirmação e conformidade. Reformulou as relações entre o indivíduo e a coletividade,
de forma a que um indivíduo não tivesse qualquer direito externo ao interesse
comunitário. Ampliou os poderes do executivo - do partido e do Estado — na busca
pelo controle total.

p. 29 - Uma outra contradição entre a retórica e a prática fascista diz respeito à


modernização: Os fascistas muitas vezes vituperavam contra as cidades sem rosto e
contra o secularismo materialista, exaltando uma utopia agrária livre do
desenraizamento, dos conflitos e da imoralidade da vida urbana. [...] Tendo chegado ao
poder, eles aceleraram o ritmo industrial a fim de rearmar o país.

p.37 “Se perguntadas sobre o que vem a ser o fascismo, a maioria das pessoas diria, sem
hesitar: "é uma ideologia”. Os próprios líderes nunca deixaram de afirmar que eram
profetas de uma ideia, ao contrário dos materialistas liberais e socialistas”. “Segundo
esse enfoque, um fascista é aquele que abraça a ideologia fascista - uma ideologia sendo
mais que simples idéias, mas todo um sistema de pensamento subordinado a um projeto
de transformação do mundo."
p.38 “O fascismo, ao contrário, era uma invenção nova, criada a partir do zero para a era
da política de massas. Ele tentava apelar sobretudo às emoções, pelo uso de rituais, de
cerimónias cuidadosamente encenadas e de retórica intensamente carregada”

verbete- “A ideologia fascista é organicista, irracionalista e antiuniversalista: seu ponto


de partida é a raça, concebida como uma entidade absolutamente superior ao homem
individual. Ela toma por isso a forma de um credo racista que trata com desprezo, como
uma fábula, a ideia ética da unidade do gênero humano.”

SOCIALISMO E COMUNISMO – QUAL A DISTINÇÃO?


Socialismo – sociedade em que não há propriedade privada e sim solidariedade entre as
pessoas; dominado pelos trabalhadores
Comunismo – não há propriedade privada e nem mesmo o Estado, sem opressão
política; um passo além do socialismo;
(anarquistas=comunistas libertários – defendiam a mudança sem a passagem pelo
socialismo; não gostavam de Marx)
“A ideologia comunista é humanística, racionalista e universalista: seu ponto de partida
é o homem e sua razão; ” (verbete)

TOTALITARISMO
-Regimes políticos radicais marcados pelo exercício extremo da violência e pela política
das relações sociais;
- Estado é um Estado total ou integral (ação Integralista BR);
- Conceito de 1920/30;
- Se oferece como uma alternativa ao Estado liberal;
-Uma utopia, visto que nenhum Estado conseguiu na realidade ser totalitário – somente
em “1984” de George Orwell;
- Indiferença entre ação do Estado e ação da sociedade. Pois o Estado controlaria todos
os âmbitos da sociedade.
Hannah Arendt
“o Totalitarismo é uma forma de domínio radicalmente nova porque não se limita a
destruir as capacidades políticas do homem, isolando o em relação à vida pública, como
faziam as velhas tiranias e os velhos despotismos, mas tende a destruir os próprios
grupos e instituições que formam o tecido das relações privadas do homem, [...]o fim do
Totalitarismo é a transformação da natureza humana”
Dois pilares: a ideologia e o terror
Ideologia – “A ideologia totalitária pretende explicar com certeza absoluta e de maneira
total o curso da história. [...]constrói um mundo fictício e logicamente coerente do qual
derivam diretrizes de ação,”
Terror – “O terror totalitário, por sua vez, serve para traduzir, na realidade, o mundo
fictício da ideologia e confirmá-la, tanto em seu conteúdo, quanto, e sobretudo, em sua
lógica deformada. ”
“O terror total [...]torna-se por isso um instrumento permanente de Governo e constitui
a própria essência do Totalitarismo, enquanto a lógica dedutiva e coercitiva da ideologia
é seu princípio de ação. Ou seja, o princípio que o faz mover”
“a ação da ideologia e do terror se manifesta através do partido único, cuja formação
elitista cultiva uma crença fanática na ideologia, propagando-a sem cessar [...]” As
organizações da sociedade são sincronizadas à um teor ideológico, assim como vários
setores são politizados. A polícia secreta utiliza técnicas que fazem com que todos se
sintam em constante vigilância
“O chefe é o depositário da ideologia: apenas ele pode interpretá-la ou corrigi-la.”
“Segundo esta interpretação, a personalização do poder é portanto um aspecto crucial
dos regimes totalitários”
Friedrich e Brzezinski,
Seis pilares: 1) Uma ideologia oficial na qual todos devem abraçar, que diz respeito a
todos os aspectos da existência humana. Busca transformação.
2) Um partido único e de massa dirigido por um ditador. Composto por uma parte
pequena da população, que nutre “apaixonada e inabalável fé na ideologia”
3) “Um sistema de terrorismo policial, que apoia e ao mesmo tempo controla o partido,
faz frutificar a ciência moderna e especialmente a psicologia científica e é dirigido de
uma forma própria, não apenas contra os inimigos plausíveis do regime, mas ainda
contra as classes da população arbitrariamente escolhidas; ”
4) “um monopólio tendencialmente absoluto, nas mãos do partido e baseado na
tecnologia moderna, da direção de todos os meios de comunicação de massa, como a
imprensa, o rádio e o cinema; ”
5) “um monopólio tendencialmente absoluto, nas mãos do partido e baseado na
tecnologia moderna, de todos os instrumentos da luta armada; “
6) “um controle e uma direção central de toda a economia através da coordenação
burocrática das unidades produtivas antes independentes. A combinação habilidosa de
propaganda e de terror... ”

Problemas no conceito
- Utopia – nenhum estado conseguiu tanto controle.
- Os líderes tiveram que fazer acordos com o inimigo (Hittler e Stalin), de forma que a
força da ideologia não era tão forte assim.
- Possível teor ideológico – EUA durante a guerra fria com interesse em unir os
inimigos de ontem (Alemanha nazista), com o inimigo atual (URSS) no mesmo
conceito.
- Vários sociólogos

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