Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
(saint edition)
Órgãos Públicos
Toda entidade que faça parte de uma pessoa jurídica maior, mas que surgiu por
desmembramento ou desconcentração.
- Não tem personalidade jurídica própria (desconcentração);
- Alguns órgãos possuem capacidade processual. Ex: MP;
- É parte integrante de uma pessoa jurídica: Estado;
- Não tem patrimônio próprio;
- Agentes atuam por imputação (não tem responsabilidade própria);
- Necessitam de um representante legal (agente público) para construir a vontade de
cada um deles;
- Onde há desconcentração administrativa há hierarquia, entre o órgão que está
desconcentrando e aquele que recebe a atribuição. Ex: Delegacias da PF, Vara
judiciais.
Classificação dos órgãos públicos
Independentes: Não está subordinado a nenhum outro órgão. É o topo da hierarquia
administrativa, representam a Pessoa Jurídica.
Autônomos: Inferiores aos independentes, conservam autonomia administrativa e
financeira, orçamento próprio e organização autônoma de sua atividade administrativa.
Ex: Ministérios e Secretarias.
Superiores: Não são independentes, nem autônomos, mas conservam o poder de
decisão no exercício da atividade administrativa. Ex: Procuradoria da Fazenda
Nacional, Secretaria da Receita Federal.
Subalternos: Órgãos de mera execução da atividade administrativa. Ex:
coordenadorias e zeladorias.
Quanto a pessoa federativa – Federais, Estaduais, Municipais, Distritais.
Quanto a atuação ou esfera de ação
Central: que exercem atribuições em toda a pessoa jurídica a que pertence. Ex:
Secretaria de Segurança Pública do Estado
Local: competência territorial restrita. Ex: TRF´s 5ª Região, Delegacia de Itapuã.
Quanto a estrutura
Simples ou unitários: composto por um único órgão, estrutura singela. Ex:
Presidência da República.
Composto: Constituído por vários órgãos. Ex: Congresso Nacional.
Atuação funcional ou composição
Singular: Manifesta a vontade por um único agente que o representa. Ex: Presidente
da República
Colegiado: Manifesta vontade por um grupo de agentes. Ex: Assembleia Legislativa.
Quanto a posição estatal: Executivo, Legislativo, Judiciário.
Natureza jurídica dos órgãos públicos
Teoria subjetiva: O órgão é o próprio agente público. São estes que manifestam a
vontade do Estado. Crítica: e se o agente público falecer? Extingue-se o Estado?
Teoria Objetiva: O órgão não é agente público, mas um complexo de funções. Ex:
não é o presidente, mas a presidência. Crítica: Como se explica o agir e o querer do
Estado, já que ele não tem vontade, nem ações próprias.
Teoria Mista ou Eclética: Os órgãos são resultantes da composição dos dois
elementos, o agente público e o feixe de atribuições. Crítica: Juntou os dois defeitos.
Administração indireta
É a atuação estatal de forma indireta na prestação de serviço público que se dá por
meio de outras pessoas jurídicas, distintas da própria entidade política. São elas as
Autarquias, Empresas Públicas, Fundações Públicas, Sociedades de Economia Mista.
- Possuem personalidade Jurídica
- Possuem patrimônio próprio
- Respondem por seus atos
- Dependem de leis específicas que definem sua finalidade
- Necessidade de lei específica para sua criação, seja a lei criadora da entidade ou
autorizadora.
- Não há hierarquia entre a administração central e as entidades – o poder de controle
com atribuições de fiscalização. Controle é o poder que a administração central tem
de influir sobre a pessoa descentralizada.
Autarquias
- Pessoa Jurídica de Direito Público (Única);
- Prestadora de serviço público – Não pode ter fins lucrativos;
- Criada por lei específica;
- Realiza atividade típica do Estado;
- Gestão descentralizadora – autonomia financeira e administrativa;
- Patrimônio próprio – transferência da entidade criadora;
- Receita própria – autonomia orçamentária;
Obs: se a autarquia for extinta, seu patrimônio retornará para a entidade que a criou.
- Tem quase as mesmas prerrogativas e sujeições da Administração Direta; mas
não possuem capacidade política;
- É pessoa pública administrativa, porque tem apenas o poder de
autoadministração, nos limites estabelecidos em lei.
Ex: O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis), controlada pelo Ministério do Meio Ambiente.
Regime Jurídico (Mesmo Regime jurídico aplicado a Adm. Direta)
- Privilégios processuais: prazo em dobro, duplo grau de jurisdição obrigatório;
- Privilégios fiscais: Imunidade tributária;
- Responsabilidade civil: Objetiva;
- Contratos: administrativos, dependem de licitação (regra);
- Regime de pessoal: estatutários, dependem de aprovação em concurso público e
gozam de estabilidade;
- Atos são presumidamente legítimos;
- Bens: Públicos – gozam de todas as garantias;
- Controle: Não há hierarquia, apenas o poder de supervisão.
Classificação
Autarquias Profissionais
- Conselhos profissionais passaram a ostentar natureza jurídica de entidade
autárquica (Ação Direta de Inconstitucionalidade – STF)
- As anuidades ostentam qualidade de tributos federais (doutrina e jurisprudência)
- Regime de pessoal estatutário
OAB NÃO É AUTARQUIA – É CONSIDERADO SERVIÇO INDEPENDENTE
"categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito
brasileiro".
Regime especial: Autarquias Culturais - Universidades públicas
- A escolha do dirigente é feita por indicação de seus próprios membros;
- Garantia de mandato certo;
- Autonomia pedagógica – desde que atinja a finalidade estabelecida por lei.
Regime especial: Agências reguladoras
É criada em regime especial para fiscalizar, regular, normatizar a prestação de
serviços públicos por particulares, evitando a busca desenfreada pelo lucro dentro
do serviço público.
- Nomeação diferenciada dos dirigentes - São nomeados pelo Presidente da
República, após aprovação prévia pelo Senado Federal, para cumprir um mandato
certo. Só poderão perder seus cargos: Renúncia, processo Administrativo Disciplinar,
condenação criminal;
- Período de quarentena (4 meses). Após deixar a agência reguladora - proibição de
exercer atividade na iniciativa privada dentro do setor ao qual estava vinculado;
Obs: lei específica da agência poderá estabelecer prazo diferenciado.
- Poder normativo - podem regulamentar e normatizar diversas atividades de
interesse social, criando normas que obrigam os prestadores de serviços, a fim de
adequar a prestação do serviço ao interesse público.
- Obs: não se configura poder legislativo, devendo ater-se a aspectos técnicos,
subalternos à lei.
- Ex: é possível uma Resolução da ANATEL estipular que prestadores de serviços de
energia elétrica estão proibidos de cobrar assinatura fixa dos usuários do serviço.
Teoria da captura
Indica a hipótese em que a agência se transforma em via de proteção e benefício para
os setores empresariais regulados. Há distorção do interesse público em favor do
interesse privado. Ex: ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) editasse norma
permitindo a diminuição do espaço entre as cadeiras de aeronaves, por conta de
pressão feita pelas empresas aéreas.
Autarquias Territoriais
- A criação de territórios pelo ente estatal é manifestação da descentralização política
e não administrativa;
- As chamadas autarquias territoriais, pela doutrina brasileira, não ostentam qualidade
de entes da Administração Indireta;
- Parte da doutrina entende que havendo criação de territórios no Brasil, estaríamos
diante de uma divisão administrativa e seriam considerados autarquias territoriais,
compondo a administração pública indireta.
Fundação autárquica (autarquia fundacional)
Fundação Pública: Pessoa jurídica de Direito Público, Pessoa Jurídica de Direito
Privado;
- Privada;
- Aplicam-se todas as regras das autarquias “é a entidade pública instituidora que
definirá, mediante lei, a natureza jurídica aplicada à entidade”.
- As fundações públicas regidas pelo direito público são entidades autárquicas
que se submetem a regime integralmente público, se valendo de todas as
prerrogativas estatais e, consequentemente, se submetendo a todas as restrições
decorrentes da indisponibilidade do interesse público. (Matheus Carvalho)
Fundações Públicas de Direito Privado
Poderá ser constituída para fins de assistência social, educação, saúde, segurança
alimentar e nutricional, cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e
artístico, atividades religiosas, promoção da ética, cidadania e direitos humanos e
também para pesquisa científica.
- Pessoa jurídica de Direito Privado;
- Prestadora de serviço público – não pode ter fins lucrativos;
- Criada por autorização legislativa;
- Funcionamento regulado por lei complementar;
- Funcionamento custeado: pela entidade criadora;
- Patrimônio próprio;
- Não usufruem dos benefícios concedidos à fazenda pública;
- Por integrarem a administração indireta devem se submeter às restrições
decorrentes dos princípios de direito público;
- Seus empregados devem ser aprovados mediante concurso público, porém serão
regidos pela CLT, os seus contratos, em regra, dependem de licitação.
Empresas Estatais: Empresa pública, Sociedade de Economia mista
- Pessoa Jurídica de Direito Privado – mas se regem pelo direito público, tem que
respeitar a supremacia e indisponibilidade...;
- Prestador de Serviço Público ou Exploração da atividade econômica;
- Criadas por autorização legislativa;
- Funcionamento: Registro na repartição competente;
- Patrimônio e receita própria;
- Servidor concursado e celetista (característica de hibridez);
Finalidade
- O interesse público, não sendo possível a criação de entidade com a finalidade de
obtenção de lucro;
- É possível que o lucro seja consequência de uma determinada atividade, como
ocorre em casos de exploração e venda de derivados do petróleo, ou na atividade
financeira, mas não pode ser o mote de criação da entidade nem pode condicionar
seus atos.
Regime jurídico
Regime misto/híbrido: por serem de direito privado, não podem gozar de prerrogativas
inerentes ao Estado, submetendo-se, entretanto, às limitações do Estado que
decorrem dos princípios administrativos.
Criação e extinção
Criadas por meio de lei autorizadora, dependem de lei específica que autorize a sua
extinção, não sendo admitido o seu desfazimento por meio de ato administrativo.
Controle
- São controladas pelo ente da Administração Direta;
- Controle finalístico, não configura de hierarquia;
- Estão submetidas à fiscalização contábil, financeira e orçamentária exercida pelo
Tribunal de Contas.
Responsabilidade civil
- Prestadoras de serviços públicos – Responsabilidade objetiva, salvo nos casos de
danos decorrentes de omissão dos agentes públicos, a responsabilidade civil será
subjetiva.
- Exploração de atividade econômica – nos moldes definidos pelo direito privado.
Obs: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, - atua na prestação de serviços
públicos exclusivos de Estado, quais sejam o serviço postal e o correio aéreo
nacional e, por isso, goza de regime de Fazenda Pública, com todas as
prerrogativas e limitações aplicáveis às entidades públicas.
Serviço Público
Toda atividade executada pelo Estado visando ao interesse público. Supremacia
estatal e sujeições justificadas pela indisponibilidade do interesse público.
Substrato material - Configura prestação de atividade continuada pela Administração
Pública, na busca do interesse público, fornecendo uma comodidade que será
usufruída por toda a sociedade.
Substrato formal – O serviço público é regido por normas de direito público – busca-
se beneficiar toda a coletividade, não visando a obtenção de vantagens ou interesses
egoísticos de determinados cidadãos.
Elemento subjetivo - o serviço público deve ser prestado pelo Estado de forma direta
ou indireta.
Princípios do Serviço Público
Dever de prestação pelo Estado: o poder público não poderá se escusar da
prestação de serviços públicos. A omissão do Estado no dever de prestação do
serviço público, seja de forma direta ou indireta, configura abuso de poder e justifica,
inclusive, responsabilidade civil, caso algum dano decorra do seu não agir.
Modicidade das tarifas: As tarifas cobradas para os usuários dos serviços devem ser
as mais baixas possíveis (Razoabilidade dos valores), a fim de manter a prestação do
serviço a maior parte da coletividade. Ex: tarifa de ônibus.
Atualidade ou princípio da adaptabilidade: a prestação do serviço público deve,
sempre, ser feita dentro das técnicas mais modernas. (Atual).
Cortesia: O dever do prestador de serviço público de ser cortês e educado em sua
prestação, ao tratar com o usuário.
Economicidade: a prestação do serviço tem que ser eficiente com resultados
positivos à sociedade e com gastos dentro dos limites da razoabilidade.
Generalidade: o serviço deverá ser prestado à maior quantidade de pessoas possível.
A execução da atividade será a mesma independentemente da pessoa que será
beneficiada ou atingida.
Submissão a controle: os serviços públicos devem ser controlados pela sociedade e
pela Administração Pública, garantir os demais princípios. Ex: O Poder Judiciário
pode, quando provocado, analisar a legalidade na prestação das atividades estatais.
Continuidade: a prestação do serviço deve ser ininterrupta/contínua o serviço
público não pode parar a e nem é admitido falhas ou interrupções muitas
necessidades da sociedade são inadiáveis. Ex: serviços de fornecimento de água,
transporte público, iluminação pública, etc.
Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação
de emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações. Ex: a
queda de um poste de transmissão de energia ensejará a interrupção do serviço de
energia elétrica em determinada área até que seja reparado o dano decorrente do
evento acidental;
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. Ex:
Concessionária determina o corte no fornecimento de energia elétrica de um hospital
em virtude do inadimplemento.
Exceptio non adimpleti contractus
Como garantia à continuidade, o particular contratado pelo ente estatal tem o dever de
manter a prestação do serviço, mesmo diante do inadimplemento da Administração
Pública, desde que essa ausência de pagamento não ultrapasse o prazo legalmente
estabelecido. (90 DIAS). Quando terá direito de invocar a exceção do contrato não
cumprido. Salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem
interna ou guerra.
Obs: A rescisão dos contratos administrativos pelo particular motivada por
inadimplemento do poder público depende de decisão judicial a exceção de contrato
não cumprido, enseja somente a paralisação das atividades do particular, não
ensejando a extinção do contrato.
Formas de prestação do serviço público
Prestação direta - efetivada pelos próprios entes federativos de forma centralizada.
Prestação indireta - para uma maior eficiência e visando à especialização na
execução da atividade administrativa, o ente estatal descentraliza a prestação de
determinados serviços públicos para entes da administração indireta; ou transfere a
particulares, mediante contratos administrativos de concessão e permissão.