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ADM resumo

(saint edition)

Fontes do Direito Administrativo


Supranacionais: são os tratados e as convenções (como a convenção
americana dos direitos humanos) e os princípios jurídicos supranacionais
(como o da defesa em juízo, razoabilidade, devido processo legal).
As fontes nacionais: são a CF, a lei, os regulamentos, a jurisprudência, o
costume e a doutrina.
Fontes formais: são os tratados, a CF, as leis, os regulamentos.
Fontes materiais: são as que promovem ou dão origem ao direito aplicável, a
jurisprudência, a doutrina e o costume.
Atos normativos da Administração Pública
São as resoluções, portarias, circulares, regimentos, ordens de serviço, vistos.
Tem caráter regulamentar, e são expedidos por órgãos ou entidades da
Administração Pública.
O regulamento existe quando a lei deixa um espaço para que a Administração
Pública decida discricionariamente a maneira como deve ser cumprida a lei.
Conceito de Direito Administrativo: é o ramo do direito público que tem por
objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a
ADMP, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens e meios de
que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública.
Atividade não contenciosa – delimita a função administrativa do Estado, já
que a atividade contenciosa se insere no âmbito da função judicial.
Sentido estrito: as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem
a função administrativa (sentido subjetivo). É a atividade administrativa
exercida por esses entes (sentido objetivo). Esse sentido abrange o fomento
e a polícia administrativa.
- Fomento: abrange a atividade administrativa de incentivo à iniciativa privada
de utilidade pública, como por exemplo, auxílios financeiros, favores fiscais,
desapropriações, etc.
- Polícia administrativa: compreende toda atividade de execução das
chamadas limitações administrativas, que são restrições por lei ao exercício
de direitos individuais em benefício do interesse coletivo. Compreende medidas
de polícia, como ordens, notificações, licenças, autorizações, fiscalização e
sanções.
Regime público e privado na Administração pública
A opção é feita em regra pela CF ou pela lei; quando utilizado o regime de
direito privado, este é parcialmente derrogado por normas de direito público.
- Regime administrativo: o conjunto de traços que tipificam o Direito
Administrativo; abrange prerrogativas (que garantem a autoridade necessária
para a consecução do interesse público) e restrições (necessárias para
proteger os direitos individuais perante o poder público).
Ex de prerrogativas: autoexecutoriedade, autotutela, pode de apropriar, de
requisitar bens e serviços, o de ocupar temporariamente o imóvel alheio, etc.
Ex de restrições: exigência de licitação para celebração de contratos e de
concurso público para a seleção de pessoal, além da submissão aos princípios
da ADM pública.
Princípios da Administração Pública
Supraprincípios do Direito Administrativo = Supremacia do interesse público
sobre o privado, Indisponibilidade do interesse público.

Supremacia do interesse público: os interesses públicos têm supremacia


sobre os individuais. Dele decorre a indisponibilidade do interesse público
que diz que: as pessoas administrativas não tem disponibilidade sobre os
interesses públicos confiados à sua guarda e realização. A Adm Pública tem o
caráter de poder-dever; são poderes que ela não pode deixar de exercer, sob
pena de responder pela omissão. Assim a autoridade não pode deixar de punir
quando constate a prática de ilícito administrativo, dentre outros. Cada vez que
ela se omite no exercício de seus poderes, é o interesse público que está
sendo prejudicado.
Legalidade: a Adm pública só pode fazer o que a lei prevê.
Impessoalidade: deve ser observada em relação aos administrados (no
sentido de que os atos da Administração devem observar a finalidade pública)
e à Adm pública (no sentido de que os atos administrativos são imputáveis ao
órgão ou à pessoa jurídica que os praticou e não aos servidores públicos).
Presunção de legitimidade ou veracidade: presume-se que todos os atos da
Adm pública são praticados em consonância com a lei; e a de veracidade diz
respeito à certeza dos fatos; consequência: autoexecutoriedade dos atos
administrativos.
Especialidade: quando o Estado cria pessoas jurídicas públicas
administrativas – as autarquias – como forma de descentralizar a prestação de
serviços públicos, com vistas à especialização de função, as entidades Adm
indireta não podem desvincular-se dos fins previstos em sua lei instituidora.
Controle ou tutela: equivale à fiscalização que os órgãos da Adm direta
exercem sobre as entidades da Adm indireta, com o objetivo de garantir
observância de suas finalidades institucionais.
Autotutela: poder que dispõe a Adm pública de corrigir os próprios atos, pela
anulação e revogação e de zelar pelos bens de seu patrimônio, sem
necessidade de autorização judicial.
Hierarquia: relação de coordenação e subordinação entre os órgãos que
compõem a estrutura da Adm pública.
Continuidade do serviço público: o serviço público não pode parar, porque
atende a necessidades essenciais da coletividade. Consequências: restrições à
greve no serviço público, inaplicabilidade da exceptio non adimpleti contractus,
caducidade de concessão etc.
Publicidade: a regra geral na Adm pública é a divulgação de seus atos; o sigilo
somente é admissível nas hipóteses previstas na CF.
Moralidade administrativa: exige atuação segundo padrões éticos de
probidade (honestidade), decoro e boa-fé, seu descumprimento caracteriza
desvio de poder e ato de improbidade administrativa.
Razoabilidade: exige razão e proporção entre meios e fins, exigência de
razoável duração dos processos judiciais e administrativos.
Motivação: exige que todos os atos administrativos indiquem os fundamentos
de fato e de direito.
Eficiência: diz respeito ao modo de atuação do agente público, do qual se
espera o melhor desempenho no exercício de suas atribuições, sob pena de
demissão, e ao modo de organizar, estruturar, disciplinar a Adm pública, com o
objetivo de alcançar os melhores resultados, corresponde ao dever de boa
administração.
Poderes administrativos
Poder Vinculado – A Adm. Pública está vinculada a cumprir determinados
atos previstos em lei.
Poder Hierárquico – A Adm. Pública é escalonada/ a hierarquia ocorre dentro
da mesma pessoa jurídica.
Cuidado! Cumprimento de ordem ilegal de superior.
Poder disciplinar – Aplicação de sanções e penalidade, apurando infrações
dos servidores ou outros que são submetidos à disciplina da administração.
Ex: particulares que celebram contrato com o Poder Público.
Poder Regulamentar - É o poder que a Administração possui de editar atos para
complementar a lei, buscando sua fiel execução. Não cria leis, só editam. Ex:
portarias, decretos...
Poder de Polícia - É a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos
direitos individuais em benefício do interesse público. É preventivo, fiscaliza, incide
somente sobre bens, direitos ou atividades da ADM.
Estado
É uma instituição organizada política, social e juridicamente;
Dotada de personalidade jurídica própria de Direito Público;
Submetida às normas estipuladas pela Constituição;
Estado Soberano = Governo + povo + território;
Responsável pela organização e controle social;
Teoria da tripartição de funções do Estado;
Funções atípicas dos Poderes do Estado - Ex: Poder Legislativo, ao realizar um
procedimento licitatório para contratação de serviços de necessidade do órgão, estará
exercendo atipicamente a função administrativa.
Ex: O Poder Executivo pode editar Medidas Provisórias nos moldes permitidos pela
CF nesses casos, atuando de forma atípica na função legislativa.
Organização Administrativa
É a estruturação do Estado. Pessoas, entidades e órgãos que irão desempenhar a
função administrativa. A organização é feita mediante leis ou por meio de decretos e
outros atos normativos.
Administração centralizada ou direta - Serviços prestado diretamente pelos entes
federativos.
Descentralização - Buscando eficiência, o Estado em alguns momentos transfere a
prestação do serviço para outra pessoa especializada na prestação do serviço.
Podendo ser pela administração indireta ou por particulares mediante contratos
administrativos de concessão e permissão.
Desconcentração - Ocorre uma reorganização dentro da mesma pessoa jurídica, por
meio da criação de órgãos – desmembramento – há hierarquia.
Descentralização política e administrativa - Política – o ente descentralizado
exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central; Ex: Estados-membros
da federação, Municípios. Administrativa - as atribuições não decorrem, com força
própria, da Constituição, mas do poder central.
Por outorga legal – há transferência da titularidade e execução – Só é possível para
PJ de direito Público e tem que ser realizada por meio de lei específica. Ex: a União
tem a atribuição de cuidar da Previdência social e ela cria INSS, transferindo tanto a
titularidade quanto a execução.
Por delegação por colaboração – há transferência apenas da execução.
Administração transfere para um particular. Obs: a maioria da doutrina entende que as
Empresas Estatais não tem a titularidade, apenas a execução. Delegação legal.
Outorga: Transferência da titularidade e da execução do serviço público. Mediante lei
– Pessoas jurídicas de Direito Público da Administração Indireta.
Delegação: Transferência do serviço público. Mediante lei – Pessoas Jurídicas de
Direito Privado da Administração Indireta. Mediante contrato – Particulares
prestadores de serviço público.
Princípios inerentes à Organização Administrativa
Princípio do planejamento: esse princípio compreende a elaboração e atualização
de planos de governo, bem como a previsão de gastos em orçamento.
Princípio da descentralização administrativa: se pauta na busca pela eficiência.
Princípio da delegação de competência: a autoridade delegante permite que certa
atividade que havia sido atribuída a si, por lei, seja exercida por outro agente.
Princípio do controle: O controle das atividades da Adm. Pública será exercido em
todos os níveis e em todos os órgãos de governo; da execução dos programas; da
observância das normas; da aplicação e utilização de dinheiro público.
Administração Pública Direta
Feita diretamente pelos entes federativos, sem delegação. O Estado atua diretamente
por meio de seus órgãos (titular e o executor do serviço público).

Órgãos Públicos
Toda entidade que faça parte de uma pessoa jurídica maior, mas que surgiu por
desmembramento ou desconcentração.
- Não tem personalidade jurídica própria (desconcentração);
- Alguns órgãos possuem capacidade processual. Ex: MP;
- É parte integrante de uma pessoa jurídica: Estado;
- Não tem patrimônio próprio;
- Agentes atuam por imputação (não tem responsabilidade própria);
- Necessitam de um representante legal (agente público) para construir a vontade de
cada um deles;
- Onde há desconcentração administrativa há hierarquia, entre o órgão que está
desconcentrando e aquele que recebe a atribuição. Ex: Delegacias da PF, Vara
judiciais.
Classificação dos órgãos públicos
Independentes: Não está subordinado a nenhum outro órgão. É o topo da hierarquia
administrativa, representam a Pessoa Jurídica.
Autônomos: Inferiores aos independentes, conservam autonomia administrativa e
financeira, orçamento próprio e organização autônoma de sua atividade administrativa.
Ex: Ministérios e Secretarias.
Superiores: Não são independentes, nem autônomos, mas conservam o poder de
decisão no exercício da atividade administrativa. Ex: Procuradoria da Fazenda
Nacional, Secretaria da Receita Federal.
Subalternos: Órgãos de mera execução da atividade administrativa. Ex:
coordenadorias e zeladorias.
Quanto a pessoa federativa – Federais, Estaduais, Municipais, Distritais.
Quanto a atuação ou esfera de ação
Central: que exercem atribuições em toda a pessoa jurídica a que pertence. Ex:
Secretaria de Segurança Pública do Estado
Local: competência territorial restrita. Ex: TRF´s 5ª Região, Delegacia de Itapuã.
Quanto a estrutura
Simples ou unitários: composto por um único órgão, estrutura singela. Ex:
Presidência da República.
Composto: Constituído por vários órgãos. Ex: Congresso Nacional.
Atuação funcional ou composição
Singular: Manifesta a vontade por um único agente que o representa. Ex: Presidente
da República
Colegiado: Manifesta vontade por um grupo de agentes. Ex: Assembleia Legislativa.
Quanto a posição estatal: Executivo, Legislativo, Judiciário.
Natureza jurídica dos órgãos públicos
Teoria subjetiva: O órgão é o próprio agente público. São estes que manifestam a
vontade do Estado. Crítica: e se o agente público falecer? Extingue-se o Estado?
Teoria Objetiva: O órgão não é agente público, mas um complexo de funções. Ex:
não é o presidente, mas a presidência. Crítica: Como se explica o agir e o querer do
Estado, já que ele não tem vontade, nem ações próprias.
Teoria Mista ou Eclética: Os órgãos são resultantes da composição dos dois
elementos, o agente público e o feixe de atribuições. Crítica: Juntou os dois defeitos.
Administração indireta
É a atuação estatal de forma indireta na prestação de serviço público que se dá por
meio de outras pessoas jurídicas, distintas da própria entidade política. São elas as
Autarquias, Empresas Públicas, Fundações Públicas, Sociedades de Economia Mista.
- Possuem personalidade Jurídica
- Possuem patrimônio próprio
- Respondem por seus atos
- Dependem de leis específicas que definem sua finalidade
- Necessidade de lei específica para sua criação, seja a lei criadora da entidade ou
autorizadora.
- Não há hierarquia entre a administração central e as entidades – o poder de controle
com atribuições de fiscalização. Controle é o poder que a administração central tem
de influir sobre a pessoa descentralizada.
Autarquias
- Pessoa Jurídica de Direito Público (Única);
- Prestadora de serviço público – Não pode ter fins lucrativos;
- Criada por lei específica;
- Realiza atividade típica do Estado;
- Gestão descentralizadora – autonomia financeira e administrativa;
- Patrimônio próprio – transferência da entidade criadora;
- Receita própria – autonomia orçamentária;
Obs: se a autarquia for extinta, seu patrimônio retornará para a entidade que a criou.
- Tem quase as mesmas prerrogativas e sujeições da Administração Direta; mas
não possuem capacidade política;
- É pessoa pública administrativa, porque tem apenas o poder de
autoadministração, nos limites estabelecidos em lei.
Ex: O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis), controlada pelo Ministério do Meio Ambiente.
Regime Jurídico (Mesmo Regime jurídico aplicado a Adm. Direta)
- Privilégios processuais: prazo em dobro, duplo grau de jurisdição obrigatório;
- Privilégios fiscais: Imunidade tributária;
- Responsabilidade civil: Objetiva;
- Contratos: administrativos, dependem de licitação (regra);
- Regime de pessoal: estatutários, dependem de aprovação em concurso público e
gozam de estabilidade;
- Atos são presumidamente legítimos;
- Bens: Públicos – gozam de todas as garantias;
- Controle: Não há hierarquia, apenas o poder de supervisão.
Classificação
Autarquias Profissionais
- Conselhos profissionais passaram a ostentar natureza jurídica de entidade
autárquica (Ação Direta de Inconstitucionalidade – STF)
- As anuidades ostentam qualidade de tributos federais (doutrina e jurisprudência)
- Regime de pessoal estatutário
OAB NÃO É AUTARQUIA – É CONSIDERADO SERVIÇO INDEPENDENTE
"categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito
brasileiro".
Regime especial: Autarquias Culturais - Universidades públicas
- A escolha do dirigente é feita por indicação de seus próprios membros;
- Garantia de mandato certo;
- Autonomia pedagógica – desde que atinja a finalidade estabelecida por lei.
Regime especial: Agências reguladoras
É criada em regime especial para fiscalizar, regular, normatizar a prestação de
serviços públicos por particulares, evitando a busca desenfreada pelo lucro dentro
do serviço público.
- Nomeação diferenciada dos dirigentes - São nomeados pelo Presidente da
República, após aprovação prévia pelo Senado Federal, para cumprir um mandato
certo. Só poderão perder seus cargos: Renúncia, processo Administrativo Disciplinar,
condenação criminal;
- Período de quarentena (4 meses). Após deixar a agência reguladora - proibição de
exercer atividade na iniciativa privada dentro do setor ao qual estava vinculado;
Obs: lei específica da agência poderá estabelecer prazo diferenciado.
- Poder normativo - podem regulamentar e normatizar diversas atividades de
interesse social, criando normas que obrigam os prestadores de serviços, a fim de
adequar a prestação do serviço ao interesse público.
- Obs: não se configura poder legislativo, devendo ater-se a aspectos técnicos,
subalternos à lei.
- Ex: é possível uma Resolução da ANATEL estipular que prestadores de serviços de
energia elétrica estão proibidos de cobrar assinatura fixa dos usuários do serviço.
Teoria da captura
Indica a hipótese em que a agência se transforma em via de proteção e benefício para
os setores empresariais regulados. Há distorção do interesse público em favor do
interesse privado. Ex: ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) editasse norma
permitindo a diminuição do espaço entre as cadeiras de aeronaves, por conta de
pressão feita pelas empresas aéreas.
Autarquias Territoriais
- A criação de territórios pelo ente estatal é manifestação da descentralização política
e não administrativa;
- As chamadas autarquias territoriais, pela doutrina brasileira, não ostentam qualidade
de entes da Administração Indireta;
- Parte da doutrina entende que havendo criação de territórios no Brasil, estaríamos
diante de uma divisão administrativa e seriam considerados autarquias territoriais,
compondo a administração pública indireta.
Fundação autárquica (autarquia fundacional)
Fundação Pública: Pessoa jurídica de Direito Público, Pessoa Jurídica de Direito
Privado;
- Privada;
- Aplicam-se todas as regras das autarquias “é a entidade pública instituidora que
definirá, mediante lei, a natureza jurídica aplicada à entidade”.
- As fundações públicas regidas pelo direito público são entidades autárquicas
que se submetem a regime integralmente público, se valendo de todas as
prerrogativas estatais e, consequentemente, se submetendo a todas as restrições
decorrentes da indisponibilidade do interesse público. (Matheus Carvalho)
Fundações Públicas de Direito Privado
Poderá ser constituída para fins de assistência social, educação, saúde, segurança
alimentar e nutricional, cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e
artístico, atividades religiosas, promoção da ética, cidadania e direitos humanos e
também para pesquisa científica.
- Pessoa jurídica de Direito Privado;
- Prestadora de serviço público – não pode ter fins lucrativos;
- Criada por autorização legislativa;
- Funcionamento regulado por lei complementar;
- Funcionamento custeado: pela entidade criadora;
- Patrimônio próprio;
- Não usufruem dos benefícios concedidos à fazenda pública;
- Por integrarem a administração indireta devem se submeter às restrições
decorrentes dos princípios de direito público;
- Seus empregados devem ser aprovados mediante concurso público, porém serão
regidos pela CLT, os seus contratos, em regra, dependem de licitação.
Empresas Estatais: Empresa pública, Sociedade de Economia mista
- Pessoa Jurídica de Direito Privado – mas se regem pelo direito público, tem que
respeitar a supremacia e indisponibilidade...;
- Prestador de Serviço Público ou Exploração da atividade econômica;
- Criadas por autorização legislativa;
- Funcionamento: Registro na repartição competente;
- Patrimônio e receita própria;
- Servidor concursado e celetista (característica de hibridez);
Finalidade
- O interesse público, não sendo possível a criação de entidade com a finalidade de
obtenção de lucro;
- É possível que o lucro seja consequência de uma determinada atividade, como
ocorre em casos de exploração e venda de derivados do petróleo, ou na atividade
financeira, mas não pode ser o mote de criação da entidade nem pode condicionar
seus atos.
Regime jurídico
Regime misto/híbrido: por serem de direito privado, não podem gozar de prerrogativas
inerentes ao Estado, submetendo-se, entretanto, às limitações do Estado que
decorrem dos princípios administrativos.
Criação e extinção
Criadas por meio de lei autorizadora, dependem de lei específica que autorize a sua
extinção, não sendo admitido o seu desfazimento por meio de ato administrativo.
Controle
- São controladas pelo ente da Administração Direta;
- Controle finalístico, não configura de hierarquia;
- Estão submetidas à fiscalização contábil, financeira e orçamentária exercida pelo
Tribunal de Contas.

Responsabilidade civil
- Prestadoras de serviços públicos – Responsabilidade objetiva, salvo nos casos de
danos decorrentes de omissão dos agentes públicos, a responsabilidade civil será
subjetiva.
- Exploração de atividade econômica – nos moldes definidos pelo direito privado.
Obs: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, - atua na prestação de serviços
públicos exclusivos de Estado, quais sejam o serviço postal e o correio aéreo
nacional e, por isso, goza de regime de Fazenda Pública, com todas as
prerrogativas e limitações aplicáveis às entidades públicas.
Serviço Público
Toda atividade executada pelo Estado visando ao interesse público. Supremacia
estatal e sujeições justificadas pela indisponibilidade do interesse público.
Substrato material - Configura prestação de atividade continuada pela Administração
Pública, na busca do interesse público, fornecendo uma comodidade que será
usufruída por toda a sociedade.
Substrato formal – O serviço público é regido por normas de direito público – busca-
se beneficiar toda a coletividade, não visando a obtenção de vantagens ou interesses
egoísticos de determinados cidadãos.
Elemento subjetivo - o serviço público deve ser prestado pelo Estado de forma direta
ou indireta.
Princípios do Serviço Público
Dever de prestação pelo Estado: o poder público não poderá se escusar da
prestação de serviços públicos. A omissão do Estado no dever de prestação do
serviço público, seja de forma direta ou indireta, configura abuso de poder e justifica,
inclusive, responsabilidade civil, caso algum dano decorra do seu não agir.
Modicidade das tarifas: As tarifas cobradas para os usuários dos serviços devem ser
as mais baixas possíveis (Razoabilidade dos valores), a fim de manter a prestação do
serviço a maior parte da coletividade. Ex: tarifa de ônibus.
Atualidade ou princípio da adaptabilidade: a prestação do serviço público deve,
sempre, ser feita dentro das técnicas mais modernas. (Atual).
Cortesia: O dever do prestador de serviço público de ser cortês e educado em sua
prestação, ao tratar com o usuário.
Economicidade: a prestação do serviço tem que ser eficiente com resultados
positivos à sociedade e com gastos dentro dos limites da razoabilidade.
Generalidade: o serviço deverá ser prestado à maior quantidade de pessoas possível.
A execução da atividade será a mesma independentemente da pessoa que será
beneficiada ou atingida.
Submissão a controle: os serviços públicos devem ser controlados pela sociedade e
pela Administração Pública, garantir os demais princípios. Ex: O Poder Judiciário
pode, quando provocado, analisar a legalidade na prestação das atividades estatais.
Continuidade: a prestação do serviço deve ser ininterrupta/contínua  o serviço
público não pode parar a e nem é admitido falhas ou interrupções  muitas
necessidades da sociedade são inadiáveis. Ex: serviços de fornecimento de água,
transporte público, iluminação pública, etc.
Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação
de emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações. Ex: a
queda de um poste de transmissão de energia ensejará a interrupção do serviço de
energia elétrica em determinada área até que seja reparado o dano decorrente do
evento acidental;
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. Ex:
Concessionária determina o corte no fornecimento de energia elétrica de um hospital
em virtude do inadimplemento.
Exceptio non adimpleti contractus
Como garantia à continuidade, o particular contratado pelo ente estatal tem o dever de
manter a prestação do serviço, mesmo diante do inadimplemento da Administração
Pública, desde que essa ausência de pagamento não ultrapasse o prazo legalmente
estabelecido. (90 DIAS). Quando terá direito de invocar a exceção do contrato não
cumprido. Salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem
interna ou guerra.
Obs: A rescisão dos contratos administrativos pelo particular motivada por
inadimplemento do poder público depende de decisão judicial a exceção de contrato
não cumprido, enseja somente a paralisação das atividades do particular, não
ensejando a extinção do contrato.
Formas de prestação do serviço público
Prestação direta - efetivada pelos próprios entes federativos de forma centralizada.
Prestação indireta - para uma maior eficiência e visando à especialização na
execução da atividade administrativa, o ente estatal descentraliza a prestação de
determinados serviços públicos para entes da administração indireta; ou transfere a
particulares, mediante contratos administrativos de concessão e permissão.

Classificação dos serviços públicos


Nem todos os serviços públicos admitem delegação – há algumas situações
nas quais o Estado tem o dever de executar a atividade diretamente.
Serviços públicos exclusivos, não delegáveis: só podem ser prestados
diretamente pelo Estado, não se admitindo a transferência a particulares. O
serviço postal, o correio aéreo nacional, administração tributária e a
organização administrativa. Ex: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
Serviços públicos exclusivos, delegáveis: o Estado pode realizar esta
prestação diretamente ou mediante delegação a particulares (responsabilidade
subsidiária). Ex: serviços de transporte público.

Serviços públicos de delegação obrigatória: são os serviços de radiodifusão


sonora e radiodifusão de sons e imagens (rádio e televisão). Devem ser prestados
pelo Estado e, necessariamente, devem ser delegados a particulares que terão o
poder de execução destas atividades.
Serviços públicos não exclusivos de Estado: o Estado presta estes serviços e o
particular também o faz, sem a necessidade de delegação. O fato de o particular
prestar este serviço público não exclui a obrigação do Estado de fazer a execução
direta. Ex: os serviços de saúde, educação e previdência, prestados por particulares,
mas somente com a fiscalização do Estado. (Exercício do poder de polícia).
Classificação quanto a forma de fruição das atividades pelos usuários
Serviços uti singuli: serviços prestados a toda a coletividade, nos quais, o poder
público pode individualizar a utilização. Ex: energia elétrica, telefonia e transporte
público.
Serviços uti universi: não podem ser divididos em sua utilização - não é possível
saber quanto cada usuário utilizou desses serviços. (Impostos). Ex: serviços de
Iluminação Pública e de Limpeza Pública.
Serviços públicos divisíveis
Compulsórios - são essenciais à coletividade, de forma que não podem ser
abdicados pelos destinatários, devendo ser feita a cobrança pelo poder público em
decorrência de ter colocado o serviço à disposição dos cidadãos. (Taxas).
Facultativos - são prestados visando aos interesses da coletividade; - podem ou não
ser utilizados pelos usuários. Só será possível a cobrança quando efetivamente
prestado, sendo que a contraprestação deve ser feita mediante tarifas. Ex: tarifa de
ônibus.
Quanto a forma de prestação
Próprios – só podem ser prestados pelo Estado, de forma direta ou mediante
delegação a particulares, efetivada mediante a celebração de contratos de concessão
e permissão, nos moldes da legislação.
Impróprios – Apesar de essenciais, podem ser executados por particulares sem a
necessidade de delegação pelo ente estatal.
Serviços administrativos - as atividades internas do Estado, voltadas à organização
e estruturação institucional. Ex: serviço de imprensa oficial - divulgação dos atos
administrativos e publicidade dos demais serviços públicos.
Serviços industriais (ou comerciais) - são, a exploração de atividade econômica
pelo Estado, não se configurando serviço público propriamente dito. Não segue as
normas de direito privado, sendo considerada atividade privada de interesse público.
Serviços sociais - prestados diretamente pelo Estado para a satisfação dos
interesses da sociedade, em paralelo à execução pela iniciativa privada. Ex: serviços
de saúde, educação, previdência.

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