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CONCEITOS DE GENÉTICA

Espécies:
o que são
e como
surgem?
André Luis Klein1, Claiton Martins-Ferreira2
1
Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Genética.
2
Pesquisador Pós-doc no Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Genética.

Endereço para correspondência: ndrklein@gmail.com

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Genética na Escola – ISSN: 1980-3540

O objetivo deste artigo é sintetizar conceitos-chave sobre especiação e servir de


auxílio para professores e alunos de ciências biológicas. Adotou-se uma abor-
dagem que estimula o questionamento como forma de interligar diferentes temas.
Partindo-se dos conceitos de espécie, são tratados: a especiação alopátrica, o isola-
mento reprodutivo como um subproduto da divergência, o papel da seleção natural,
reforço, hibridização, o papel da seleção sexual, especiação simpátrica, especiação
parapátrica e mecanismos de isolamento.

QUANTAS ESPÉCIES? olho nu que permita identificá-las, podendo


PALAVRAS-CHAVE ser discriminadas apenas com o auxílio de
Na Figura 1, em um primeiro momento,
Especiação, conceitos de quantas espécies de borboletas pode-se dizer um estereoscópio por um especialista, com
espécie, evolução que existem? Intuitivamente, as diferenças base na estrutura de suas genitálias (COS-
no padrão de cores das asas parecem justifi- TA-SCHMIDT; ARAÚJO, 2010). Este é
car a classificação em várias espécies. Porém, um exemplo oposto do que vimos anterior-
são todas subespécies (ou raças geográficas) mente, nas borboletas, pois duas espécies
de Heliconius erato, uma borboleta que se compartilham uma mesma forma, caso em
distribui do Uruguai até a América Central que são chamadas de espécies “crípticas”.
(SHEPPARD et al., 1985). Tais espécies Se é possível haver formas tão diferentes
com várias formas alternativas são denomi- dentro de uma mesma espécie, e espécies
nadas “politípicas”. diferentes podem ser tão semelhantes, o
As aranhas da Figura 2 - Paratrechalea ornata que significa ser uma espécie? Nestes dois
e Paratrechalea azul - por outro lado, convi- organismos, assim como em muitos outros,
vem lado a lado, nos mesmos ambientes, e a capacidade de reprodução é muito mais
não apresentam qualquer diferença visível a importante do que a própria morfologia.

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As subespécies de Heliconius erato podem se linhagem que evolui independentemente


intercruzar e produzir descendentes férteis, e que ocupa uma zona adaptativa minima-
enquanto que as duas espécies de Paratrecha- mente diferente das demais. Atualmente,
lea, não. Sob essa perspectiva pode-se dizer trabalhos de comparação genômica chega-
que “espécies são grupos de populações na- ram à conclusão de que bactérias e arqueo-
turais que intercruzam e estão reprodutiva- bactérias devem ser classificadas com base no
mente isoladas de outros grupos desse tipo” seu conteúdo genético. A lógica, contudo, é
(MAYR, 1963). Este é o Conceito Biológi- a mesma da anterior, uma vez que linhagens
co de Espécie (CBE). evolutivamente independentes devem for-
mar agrupamentos genéticos distintos.
ALTERNATIVAS AO CBE E os que trabalham precisamente com o diag-
Pode-se fazer alguma objeção ao conceito nóstico de espécies, isto é, os taxonomistas, o
biológico de espécie apresentado acima? Sim; que têm a dizer? Embora hoje a taxonomia
as bactérias, por exemplo, não fazem sexo. tenha incorporado fortemente o pensamento
Além disso, apresentam pouca diversidade filogenético nas suas bases teóricas, por muito
morfológica. Como elas se enquadram nes- tempo este campo seguiu a lógica do Concei-
tes critérios? Antigamente, para se distinguir to Fenético de Espécie, ainda utilizado em
bactérias em forma de bastão, por exemplo, conjunto com as novas abordagens. De acor-
elas eram testadas quanto ao seu metabo- do com este conceito as espécies são definidas
lismo. Um tipo, classificado posteriormente com base em caracteres observáveis e mensu-
como Escherichia coli, podia se alimentar de ráveis dos organismos. De fato, na prática do
lactose, ao passo que outro, classificado pos- dia-a-dia reconhecemos as espécies por seus
teriormente como Vibrio cholerae, não. Esta é caracteres fenéticos, com maior ou menor su-
a lógica do Conceito Ecológico de Espécie - cesso. O conceito fenético se assemelha aos
elas são definidas com base nos recursos que conceitos morfológico e tipológico, quando
são adaptadas a utilizar. Mais precisamente, existe um indivíduo “tipo” que apresenta as
sob a ótica deste conceito uma espécie é uma características definidoras da espécie.

Figura 1.
Borboletas Heliconius erato
- um exemplo de “espécie
politípica”. Os padrões de
coloração das raças geográficas
são tão distintos quanto aqueles
vistos entre espécies diferentes.
(Extraído de SHEPPARD et al.
1985).

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Figura 2.
Aranhas do gênero
Paratrechalea - exemplo
de “espécies crípticas”. A
identificação só pode ser feita
por um especialista através da
visualização da genitália em
estereoscópio. A) P. azul, mais à
frente, e P. ornata, ao fundo. B)
Vista dorsal de P. azul; C) Vista
dorsal de P. ornata. (Fotos de L.
E. Costa-Schmidt).

COMO SURGEM Talvez a primeira resposta que nos venha à


mente seja “uma barreira física”, como monta-
AS ESPÉCIES? nhas, rios, vales ou desertos que isole popu-
Parte da discussão sobre espécies, entretan- lações da mesma espécie. Podemos pensar na
to, não gira em torno da prática, mas do sig- formação do istmo do Panamá, que separou
nificado biológico das espécies. Afinal, como o oceano Pacífico do mar do Caribe há cerca
elas surgem? Se retomarmos o CBE, vemos de 3 milhões de anos. Tornou-se impossível
que as espécies devem estar “reprodutiva- populações de espécies aquáticas dos dois la-
mente isoladas” de outros grupos desse tipo. dos do istmo se encontrarem. E o que acon-
Portanto, a pergunta que devemos fazer é: o tece depois? Entra, então, em jogo, o acaso
que leva as populações a se isolarem repro- das mutações genéticas. Não que antes isso
dutivamente? não ocorresse. Acontece, porém, que agora as

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mutações de um lado não podem ser disse- O PAPEL DA


minadas para as do outro e as diferenças se
acumulam. Assim, inicia-se a divergência en-
SELEÇÃO NATURAL
tre as populações geograficamente isoladas. O simples fato de duas populações estarem
Se, eventualmente, tais populações voltarem separadas geograficamente pode causar di-
a se encontrar, é possível que os dois conjun- ferenças genéticas entre elas, por deriva. E a
tos de genes voltem a formar um só pelo in- seleção natural, qual seu papel? A resposta
tercruzamento dos indivíduos. Contudo, se está no segundo exemplo a respeito das po-
as diferenças acumuladas forem tão grandes pulações de Drosophila pseudoobscura, onde
a ponto de os indivíduos provenientes de um outro importante fator entrou em jogo: a
lado não serem mais capazes de cruzar com adaptação. Juntamente com as diferenças
os do outro, os dois conjuntos genéticos se- adaptativas nas enzimas digestivas, surgiram
rão mantidos. É importante ressaltar então diferenças importantes, ainda que desconhe-
que apenas com um mecanismo intrínseco cidas, no contexto reprodutivo, responsáveis
(biológico) de isolamento, e não geográfico, pelas preferências sexuais manifestadas após
é que as populações estão reprodutivamente a divergência. As diferenças que levaram ao
isoladas e podemos dizer que existem duas isolamento reprodutivo podem ter se origi-
espécies. Quando a especiação ocorre em lu- nado por pleiotropia (um gene influencian-
gares diferentes - nos dois lados do istmo do do mais de um fenótipo) ou pelo efeito ca-
Panamá, neste caso - diz-se que ela é alopá- rona (genes selecionados juntos devido à sua
trica (alo = diferente; patria = lugar) (Figura ligação física).
3A). Os famosos tentilhões de Darwin propi-
Evidências das etapas da especiação alopátrica ciam-nos um exemplo ainda mais claro.
podem ser vistas tanto na natureza quanto Após a dispersão de uma espécie ancestral
em laboratório. Populações da borboleta para as diferentes ilhas de Galápagos, a se-
Heliconius erato phyllis no Rio Grande do Sul, leção natural favoreceu, em cada população,
por exemplo, apresentam-se em estrutura a forma de bico mais adequada para utilizar
de “ilhas”, com maior diferenciação genética os alimentos encontrados no seu hábitat.
entre elas do que dentro delas (SILVA E Acontece que bicos não servem só para co-
ARAÚJO, 1994). A deriva genética e a baixa mer. Pesquisadores constataram que a voca-
capacidade de dispersão desta espécie devem lização de cortejo destas aves era diferente e
ter sido os responsáveis por essa divergência se relacionava com a morfologia do bico. A
entre populações geograficamente afastadas, atração de parceiros, portanto, foi afetada
divergência essa que, conforme vimos, pode pela evolução adaptativa para alimentação,
ser o primeiro passo de um processo de levando ao isolamento reprodutivo entre as
especiação. populações de cada ilha (WEINER, 1995).

Uma evidência de laboratório provém de po- Um terceiro exemplo retorna às borboletas


pulações de Drosophila pseudoobscura manti- que já mencionamos neste artigo: as Helico-
das isoladas em meios de cultura diferentes nius. As diferentes subespécies são, na verda-
– um, à base de amido, e outro, à base de de, mímicos de outra espécie do gênero (H.
maltose. Após várias gerações, as populações melpomene). Em cada local, talvez devido a
desenvolveram diferenças nas enzimas diges- uma fragmentação do ambiente no passado,
tivas e, quando colocadas em contato, os indi- as populações evoluíram um padrão de colo-
víduos preferiam cruzar com aqueles criados ração próprio que serve como defesa contra
no mesmo meio de cultura - ou seja, havia predadores. Mas, as cores não têm apenas
sido iniciado um processo de isolamento re- função protetora nestas borboletas. O reco-
produtivo desencadeado pelo tempo que as nhecimento de fêmeas pelos machos é feito
populações permaneceram sem contato em através das cores das asas, de modo que os
ambientes diferentes (DODD, 1989). machos preferem acasalar com fêmeas do

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seu próprio padrão. A divergência causada eficazes, estas subespécies podem se isolar
por uma adaptação de defesa, portanto, teve permanentemente, completando o processo
como subproduto um grau inicial de isola- de especiação. Esta seleção para o isolamento
mento reprodutivo entre as subespécies ( JI- reprodutivo, portanto, reforça a divergência
GGINS, 2008). iniciada pelo isolamento geográfico, de modo
que este processo é justamente denominado
CONCEITOS MAIS reforço.
DEBATIDOS A partir do mesmo cenário inicial imagina-
De acordo com o que vimos, tanto a deriva do, suponha que os híbridos sejam viáveis e
genética quanto a seleção natural podem prefiram acasalar com seus semelhantes de
gerar isolamento reprodutivo como um sub- coloração mista. O que aconteceria? Nova-
produto da diferenciação entre populações mente o reforço estará ocorrendo, mas neste
geograficamente afastadas. Mas, a seleção caso poderá surgir uma terceira espécie. Na
natural não poderia favorecer diretamente verdade, este cenário não é fictício, já existin-
o isolamento reprodutivo? Aqui, cabe fazer do um caso documentado de especiação por
um parêntese: as duas etapas da especiação hibridização em Heliconius, entre H. cydno e
vistas até agora – isolamento geográfico e o H. melpomene, originando H. heuripa (MA-
surgimento do isolamento reprodutivo como VÁREZ et al., 2006). Se analisarmos melhor
um subproduto – são visões estabelecidas há este exemplo, notamos que, na última etapa
bastante tempo na teoria evolutiva. Porém, da divergência, a seleção sexual, através da
há alternativas para estes processos, as quais preferência diferencial por parceiros, foi o
consistem em conceitos que começaram a fator evolutivo mais importante. Assim, não
ser evidenciados e aceitos mais recentemente só a seleção natural, mas também a seleção
pelos biólogos. São eles: especiação sem iso- sexual pode participar da especiação.
lamento geográfico e seleção natural para A esta altura podemos questionar a impor-
isolamento reprodutivo. tância do isolamento geográfico como pri-
Respondendo à nossa pergunta feita ante- meira etapa da especiação, já que as subespé-
riormente (se a seleção natural poderia favo- cies de Heliconius não estavam mais isoladas
recer diretamente o isolamento reprodutivo) por nenhuma barreira física. Aqui, portanto,
podemos introduzir o segundo dos concei- entra a segunda área mencionada anterior-
tos, isto é, seleção para isolamento. Imagine mente como menos evidenciada: a especiação
duas das subespécies de Heliconius erato. Os sem isolamento geográfico. Quando a popu-
eventuais híbridos formados em zonas de lação ancestral ocupava uma área adjacente
contato entre as populações podem apresen- àquela onde surgiu a nova espécie (como no
tar um padrão de coloração misto que os pre- caso de Heliconius), diz-se que a especiação
dadores locais não aprenderam a evitar. Se os foi parapátrica (para = ao lado) (Figura 3B).
híbridos forem menos viáveis devido a esta Gradientes de variação no ambiente, como o
perda da coloração defensiva, como deverá tipo de solo, por exemplo, também podem
atuar a seleção natural? A menor chance de levar a uma divergência adaptativa entre po-
sobrevivência dos híbridos resulta na menor pulações adjacentes e desencadear a especia-
propagação dos genes que promovem este ção parapátrica.
tipo de cruzamento. A seleção natural, por- Em outro cenário, a nova espécie pode sur-
tanto, favorecerá os indivíduos portadores de gir no mesmo local de sua espécie ancestral
genes que promovem o outro tipo de cruza- em um processo denominado especiação
mento, isto é, entre aqueles que possuem o simpátrica (sim = igual) (Figura 3C). Ima-
mesmo padrão mimético. Se esta seleção re- gine que em uma população de moscas que
sultar em critérios de preferência e/ou sinais utilizam o fruto “A” para oviposição apareça
de reconhecimento específico cada vez mais um polimorfismo genético que dá aos seus

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Figura 3.
Estágios dos três modelos de
especiação de acordo com
sua configuração geográfica.
A) Especiação alopátrica.
B) Especiação parapátrica.
C) Especiação simpátrica.
(Adaptado de Futuyma, 2005).

portadores a capacidade e a preferência para é: o que acontece se as populações que di-


explorar um novo fruto “B”. Se as moscas ma- vergiram recentemente têm a oportunidade
cho procuram por suas parceiras nos locais de intercruzar? O contato secundário entre
de oviposição, é provável que haja um maior espécies pode ter algumas consequências
número de cruzamento entre os portadores evolutivas importantes e uma delas já foi
da nova variação genética do que com os de- brevemente discutida neste artigo: a hibridi-
mais, assim como entre os indivíduos que ex- zação. Assim, se os híbridos tiverem menor
ploram o fruto “A”. O fator importante neste, aptidão do que as formas parentais, o reforço
assim como em todos os exemplos de espe- entra em jogo, aumentando uma divergência
ciação, é a redução do fluxo gênico; com ou já iniciada. O reforço, portanto, pode atuar
sem isolamento geográfico. tanto durante quanto após um evento de es-
peciação.
COMO AS ESPÉCIES O reforço pode levar ao surgimento de “bar-
SE MANTÊM? reiras” que impedem ou diminuem signifi-
Uma vez que duas espécies já tenham se di- cativamente as chances de hibridização. É
ferenciado, os fatores que as mantêm repro- importante mencionar, contudo, que estas
dutivamente isoladas são necessariamente barreiras também podem surgir por diversos
os mesmos que as levaram às suas origens? outros caminhos além do reforço, dependen-
Uma questão mais específica neste contexto do da história evolutiva das espécies. Elas

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são chamadas de mecanismos de isolamen- REFERÊNCIAS


to pré-zigóticos e podem atuar nos seguin- COSTA-SCHMIDT, L. E.; ARAÚJO, A. M.
tes níveis: Genital Variation and Taxonomic Discri-
• ecológico, quando os nichos diferem; mination in the Semi-Aquatic Spider Ge-
nus Paratrechalea (Araneae; Trechaleidae).
The Journal of Arachnology v. 38, p. 242-249,
• sazonal, quando os períodos reprodutivos
2010.
diferem;
DODD, D. M. B. Reproductive isolation as
• etológico, quando os sinais de reconheci- a consequence of adaptive divergence in
mento diferem; Drosophila pseudoobscura. Evolution v.43, p.
1308–1311, 1989.
• fisiológico, quando hormônios importan- FREEMAN, S.; HERRON, J. C. Análise Evo-
tes são específicos; lutiva. 4a ed. Porto Alegre: Artmed, 2009,
848 p.
• mecânico, quando as genitálias não se en- FUTUYMA, D. J. Evolution. 3a ed. Massachu-
caixam por diferenças morfológicas; setts: Sinauer Associates, Sunderland, 2005,
763 p.

• gamético, quando os gametas de um sexo HOWARD, D.; BERLOCHER, S. Endless


são incompatíveis e resultam na morte dos forms: species and speciation. New York:
Oxford University Press, 1998, 470 p.
do sexo oposto.
JIGGINS, C. D.. Ecological speciation in mime-
No entanto, as populações também podem tic butterflies. BioScience v.58, n.6, p. 541-
permanecer geneticamente isoladas na au- 548, 2008.
sência de reforço se a prole híbrida for inviá-
vel. Este tipo de barreira é denominado iso- RIDLEY, M. Evolução. 3a ed. Porto Alegre: Art-
med, 2004, 752 p.
lamento pós-zigótico e pode atuar no nível
da mortalidade zigótica, embrionária ou do MAVÁREZ, J.; SALAZAR, C.A.; BIRMIN-
adulto, se ele for incapaz de sobreviver e ou GHAM, E.; SALCEDO, C.; JIGGINS, C.
de se reproduzir. D.; LINARES, M. Speciation by hybridiza-
tion in Heliconius butterflies. Nature v.441, p.
Os fatores envolvidos na especiação, confor- 868-871, 2006.
me vistos nesta síntese, muitas vezes atuam
MAYR, E. Animal Species and Evolution. Cam-
simultaneamente e em mais de uma etapa bridge: Harvard University Press, 1963
do processo. O uso de conceitos facilita a
compreensão e a interpretação de padrões SHEPPARD, P. M.; TURNER, J. R. G.; BRO-
WN, K. S.; BENSON, W. W.; SINGER,
observados na natureza, mas temos que nos
M. C. Genetics and the evolution of mülle-
manter cientes de que estes modelos teóri- rian mimicry in Heliconius butterflies. Philo-
cos constituem simplificações de algo muito sophical Transactions of the Royal Society
mais complexo e intrincado. of London (B) v.308, p. 433-613, 1985.
SILVA, L. M.; ARAÚJO, A. M. The genetic
structure of Heliconius erato populations
(Lepidoptera; Nymphalidae). Revista Brasi-
leira de Genética v.17, n.1, p. 19-24, 1994.
WEINER J. O Bico do Tentilhão – Uma His-
tória da Evolução no Nosso Tempo. Rio de
Janeiro: Editora Rocco, 1995.

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