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INTERPRETAÇÃO
O material obtido durante a sessão dos desenhos do H-T-P não
será “avaliado” pelo senso comum, O Protocolo de Interpretação
do H-T-P pretende ser apenas um instrumento para ajudar o clínico
a concentrar-se mais nas características relevantes dos desenhos
do cliente para desenvolver uma interpretação clínica. O material
deste capítulo e do capítulo 4 pretende orientar o desenvolvimento
de hipóteses interpretativas sobre o significado clínico dos
desenhos de um cliente; estas hipóteses nunca devem ser usadas
isoladamente no diagnóstico da psicopatologia. Uma vez
formuladas, entretanto, elas podem ser combinadas com a história
clínica completa e com instrumentos padronizados de avaliação
adicionais para aprofundar a compreensão clínica das pressões
intrapessoais, interpessoais e ambientais do cliente. Todos os
relatórios e discussões dos resultados do H-T-P devem ser
baseados em conhecimentos teóricos e de pesquisas introduzidos
no capítulo 5, na experiência clínica prática e em conhecimentos
da literatura relevante sobre a interpretação projetiva de
desenhos.
Este capítulo está dividido em quatro seções. A primeira seção dá
instruções gerais sobre a avaliação de desenhos. A segunda
seção, Aspectos Gerais dos Desenhos, relaciona os conceitos
interpretativos comumente usados para avaliar observações
gerais de comportamento, características de desenhos e material
de entrevista pertinente a todos os três desenhos do H-T-P. A
terceira seção, Características do Desenho Específicas da Figura,
descreve as características específicas de cada figura e discute
seu possível significado clínico; o material do Inquérito Posterior
ao Desenho específico de cada figura também está incluído. A
quarta seção, Ilustrações de Casos, apresenta casos como
exemplos da análise integrada das características observadas no
desenho, as respostas do Inquérito Posterior ao Desenho, a
história clínica do paciente e os resultados de outros instrumentos
de avaliação. Resumos de casos para indivíduos cujos desenhos
estão incluídos neste capítulo, mas cujos casos não foram
discutidos na seção Ilustrações de Casos podem ser encontrados
no Apêndice A. Os clínicos que estiverem sendo treinados no uso
da Técnica do H-T-P podem considerar útil preencher as Listas de
Conceitos Interpretativos para cada conjunto de
22
Interpretação
recusar de maneira direta a realização do H-T-P, ainda que possam
rejeitar todas as outras tentativas de um exame psicológico
formal.
A atitude em relação a cada desenho será influenciada pelas
associações despertadas pelo objeto do desenho. Normalmente o
desenho mais rejeitado é o da pessoa. Há uma série de razões
para isso: (a) muitos indivíduos desajustados têm suas maiores
dificuldades nas relações interpessoais; (b) o desenho da figura
humana parece despertar mais associações no nível consciente
ou próximas da consciência do que os desenhos da casa ou da
árvore; e (c) a consciência corporal acentuada torna os indivíduos
desajustados pouco à vontade.
Tempo, Latência, Pausas
O tempo despendido para completar os desenhos pode fornecer
informações valiosas acerca dos significados dos objetos
desenhados e de suas partes respectivas para o indivíduo.
Geralmente, o número de detalhes e seu método de apresentação
devem justificar o tempo gasto para a produção dos desenhos; os
três desenhos levam, normalmente, entre 2 e 30 minutos para
serem completados. Aqueles que desenham com rapidez incomum
parecem fazê-lo para se livrarem de uma tarefa desagradável. Os
que levam um tempo excessivo em um desenho podem fazê-lo
devido a sua relutância em produzir algo, ou por causa do
significado emocional intenso do símbolo envolvido ou ambos.
Indivíduos maníacos podem demorar um grande intervalo de
tempo em função da riqueza de detalhes irrelevantes desenhados.
Os obsessivo-compulsivos também levam muito tempo por causa
da sua tendência para produzir meticulosamente todos os detalhes
relevantes. Se um indivíduo não começar a desenhar dentro de 30
segundos após receber as instruções, o potencial para
psicopatologia está presente. Um atraso sugere forte conflito;
durante o inquérito posterior ao desenho o examinador deve tentar
identificar os fatores que produziram esse conflito.
Quando o indivíduo fizer uma pausa de mais do que 5 segundos em
cada desenho, um conflito é fortemente sugerido. A parte do
objeto que estiver sendo desenhada, tiver acabado de ser
desenhada ou que for desenhada em seguida pode representar a
origem do conflito; esta área deve ser investigada durante o
inquérito. Pausas durante comentários ou respostas durante a fase
de inquérito também devem ser investigadas.
23
Figura 2
Exemplo de Desenho da Casa
Interpretação ;1
Verifique características incomuns que possam indicar sinais de patologia ou potencial para
patologia quando consideradas em combinação com a história do paciente, problemas apresentados
e respostas a outros instrumentos de avaliação. Os conceitos interpretativos listados não são
exaustivos e constituem apenas linhas gerais de orientação, Interpretações clínicas devem ser
baseadas na experiência clínica e nos conhecimentos do Manual do H-T-P ou de outros materiais
publicados.
Observações Gerais
(veja as observações da sessão na 1 página do Protocolo e do Inquérito Posterior ao Desenho)
Atitude
_..Capacidade Crítica
Rasuras (incerteza, conflito, indecisão, autocrítica, ansiedade)
__Comentáríos espontâneos _Tempo, latência, pausas
Observações Gerais
(veja as observações da sessão na 1 página do Protocolo e do Inquérito Posterior ao Desenho)
Atitude
Capacidade Critica
__Rasuras (incerteza, conflito, indecisão, autocrítica, ansiedade) Comentários espontâneos
_Tempo, latência, pausas
Observações Gerais
(veja as observações da sessão na 1 página do Protocolo e do Inquérito Posterior ao Desenho)
Atitude
Capacidade Crítica
_Rasuras (incerteza, conflito, indecisão, autocrítica, ansiedade) Comentários espontâneos Tempo,
latência, pausas
Proporção
...Tamanho da figura em relação à página. Crianças normais apresentam mais variabilidade no tamanho
dos desenhos do que os adultos normais.
Grande: ambiente restritivo tensão, compensação.
Pequeno: insegurança, retraimento, descontentamento, regressão
Detalhe para a figura: simetria Simetria excessiva: rigidez, fragilidade
Distorções.
Óbvias: psicose, organícidade,
Crianças normais sob estresse
Moderadas: ansiedade
Outros ________________________
Proporção
_.jamanho da figura em relação à página. Crianças normais apresentam mais variabilidade no
tamanho dos desenhos do que os adultos normais.
Grande: ambiente restritivo, tensão, compensação.
Pequeno: insegurança, retraimento, descontentamento, regressão
_Detalhe para a figura: simetria Simetria excessiva: rigidez, fragilidade
Distorções.
Óbvias: psicose, organicídade,
Crianças normais sob estresse
Moderadas: ansiedade
Outros ______________________
Figura 3
Proporção
Tamanho da figura em relação à página. Crianças normais apresentam mais variabilidade no tamanho
dos desenhos do que os adultos normais.
Grande: ambiente restritivo, tensão, compensação.
Pequeno: insegurança, retraimento, descontentamento, regressão
_Detalhe para a figura: simetria Simetria excessiva: rigidez, fragilidade
Assimetria: inadequação física, confusão de gênero.
Distorções.
Óbvias: psicose, organicidade,
Crianças normais sob estresse
Moderadas ansiedade
Outros _____________________
CASA
ÁRVORE
Características Normais
(circule “S” se estiver na faixa normal)
®N Tempo 10-12 minutos, latencia < 30 segundos
Poucas rasuras
N Siméinco
S Linhas não esboçadas ou reforçadas
N Deficiências aceitas com bom humor
PESSOA
Características Normais
(circule “S” se estiver na faixa normal)
S/N Tempo 10-12 minutos, latência < 30 segundos
S/N Poucas rasuras
SJN Simétrico
SIN Linhas não esboçadas ou reforçadas
S/N Deficiências aceitas com bom humor
Características Normais
(circuleS” se estiver na faixa normal)
S/N Tempo 10-12 minutos, latência < 30 segundos
5/N Poucas rasuras SIN Simétrico
S/N Linhas não esboçadas ou reforçadas
5/N Deficiências aceitas com bom humor
S/N Próprio sexo desenhado primeiro e mais elaborado
SIN características sexuais secundárias incluidas (adulto)
S/N Pupilas desenhadas
S/N Nariz sem narinas
S/N Roupas e cinto indicados
S/N Pés e oreihas
S/N Apenas omissões secundárias
25
CASA
Perspectiva
2LocaIizaçao do desenho na página
À esquerda: retraimento, regressão, organicidade (hemisfério esquerdo), preocupação consigo mesmo, fixação no
passado, impulsividade, necessidade de gratificação imediata
À direita preocupação com o ambiente, antecipação do futuro, estabilidade/controle, capacidade de adiar a
gratiticação
Central: rigidez, Comum em crianças pequenas.
Superior esforço irrealista, satisfação na fantasia, frustração. Superior à esquerda é comum em crianças
pequenas.
Inferior: concretismo, depressão, insegurança, inadequação. Rotação oposição
Queda sugerida: extrema angustia
Margens do Papel
Inferior: necessidade de apoio Lateial: sentimento de constrição Superior medo ou fuga do ambiente
Margem impedindo completamento do desenho: organicidade
_....Relação com o observador
Vista de cima rejeição, grandiosidade compensatória
Vista de baixo retraimento, inferioridade
Distância inacessibilidade, sentimentos de rejeição, situação no lar fora de controle
Posição/apresentação — desenhada por trás: retraimento, paranõia
Linha de solo: necessidade de segurança, ansiedade
VTransparências: pobre orientação para a realidade; Não incomum em crianças pequenas
Movimento
Outros ________________________
1 ÁRVORE
Perspectiva
Localização do desenho na página
À esquerda: retraimento, regressão, organicidade (hemisfério esquerdo), preocupação consigo mesmo, fixação no
passado, impulsividade, necessidade de gratificação imediata
À direita: preocupação com o ambiente, antecipação do futuro, estabilidade/controle, capacidade de adiar a
gratificação
Central: rigidez, Comum em crianças pequenas.
Superior: esforço irrealista, satisfação na fantasia, frustração. Supenor à esquerda é comum em crianças
pequenas.
Inferior: concretismo, depressão, insegurança, inadequação.
.._Rotação oposição
Queda sugerida: extrema angústia
Margc-ns do Papel
Inferior: necessidade de apoio Lateral sentimento de constrição Superior medo ou fuga do ambiente
Margem impedindo completamento do desenho organicidade
.__.Relação com o observador
Vista de cima: rejeição, grandiosidade compensatória
Vista de baixo: retraimento, inferioridade
Distância: retraimento
Posição/apresentação — se não está de frente: retraimento, paranóia
Linha de solo: necessidade de segurança, ansiedade
_Transparências: pobre orientação para a realidade; Não incomum em crianças pequenas
...Movimento: pressões ambientais
Outros ________________________
1 PESSOA
Perspectiva
_Localizaçâo do desenho na página
À esquerda: retraimento, regressão, organicidade (hemisfério esquerdo), preocupação consigo mesmo, fixação no
passado, impulsividade, necessidade de gratificação imediata
À direita: preocupação com o ambiente, antecipação do futuro, estabilidade/controle, capacidade de adiar a
gratificação Central: rigidez, Comum em crianças pequenas.
Superior: esforço irrealista, satisfação na fantasia, frustração. Superior à esquerda é comum em crianças
pequenas.
Inferior: concretismo, depressão, insegurança, inadequação.
— Rotação opusição
Figura 3 (continuação)
Lista Interpretativa de Conceitos Completada para o Desenho
Mostrado na F1gLI
26
Interpretação
1 CASA
Detalhes
«Excessivos: obsessividade compulsiva, ansiedade
_FaIta: retraimento; Comum em crianças pequenas
Bizarros: psicose; Comum em crianças pequenas
_.Detalhes Essenciais: uma parede, telhado, porta, janela, chaminé Comumente omitida em crianças
pequenas
_Antropomórficos: regressão,
organicidade, Não incomum em crianças
V Chaminé
Ênfase preocupações sexuais
Omissão: falta de calor no lar
Fumaça excessiva: tensão intensa no lar
Em ângulo reto: regressão;
Não incomum em crianças
V Porta
Ausência: inacessibilidade, isolamento
Grande: dependência Pequena: reserva, inadequação, indecisão Com dobradiça / fechadura:
atitude defensiva
Aberta: necessidade de calor
_Omissões conflito relativo à parte omitida
LTelhado
Ênfase: introversão, fantasia Apenas telhado psicose Linha simples constrição Beiral enfatizado:
descon fiança
Paredes
Finas ou fracas: limites do ego fracos
Ênfase. esforço para manter o controle do ego Ausência: contato pobre com a realidade
Perspectiva dupla: regressão Não incomum em crianças pequenas
Transparentes: Comum em crianças pequenas Ênfase horizontal: pressões ambientais
Énfase vertical: contato pobre com a realidade, preocupações sexuais; Comum em crianças
pequenas
1 ÁRVORE
Detalhes
_....Excessivos: obsessividade compulsiva, ansiedade
_.Falta: retraimento; Comum em crianças pequenas Bizarros: psicose; Comum em crianças
pequenas
_Detalhes Essenciais: tronco e
pelo menos um galho Galhos
Excessivos: compensação, mania
Muito altos: esquizoidia Quebrados/mortos possibilidade de suicídio, impotência Cobertos de
algodão: culpa Como espelho das raízes:
psicose
Copa
Em forma de nuvens: fantasia Rabiscada: labilidade Achatada: pressão do ambiente, negação
_Linha de solo
Árvore desenhada numa depressão da linha do solo: incapacidade
Árvore desenhada no topo de uma colina: grandiosidade, isolamento
__Buraco de fechadura, “Niggs”: oposição, hostilidade
_Omissões: conflito relativo à parte omitida
__Dividida: psicose, organicidade
Tronco
Base larga: dependência Longo: regressão, inadequação
Cicatrizes: trauma Unidimensional: organicidade Animais: regressão; Comum em crianças pequenas
Énfase vertical: contato com a realidade pobre, preocupações sexuais; Comum em crianças
pequenas Base estreita: perda de con trole
_Tipo
1 PESSOA
Detalhes
Excessivos: obsessividade compulsiva, ansiedade
Falta: retraimento; Comum em crianças pequenas
_Bizarros: psicose; Comum em crianças pequenas
Detalhes Essenciais: cabeça, tronco, braços, pernas, traços faciais. Omissão de partes do corpo são
comuns em crianças pequenas.
_Braços
Ênfase: grande necessidade de realização, agressão, punição se não for desenhada a própria pessoa
Muito finos: dependência, organicidade
Omitidos — muito pequenos
— ocultos: culpa, inadequação, rejeição se não for desenhada a própria pessoa
mento
Ênfase: dominação social compensatória
Perfil: paranóia
De animal ou bizarros: psi cose
Sombreamento ou outra cor que não seja a cor da pele psicopatologia severa
Olhos
Ênfase: paranóia Pequenos — fechados — omitidos: introversão, voyeurismo
Pupilas omitidas: contato pobre com a realidade; Comum em crianças pequenas
O relhas Ênfase excessiva: paranóla, alucinações auditivas
Figura 3 (continuação)
Lista Interpretativa de Conceitos Completada para o Desenho
Mostrado na Figura 2
27
1 CASA
Detalhes (continuação)
/Janelas
Ênfase: ambivalência social
Ausência: retraimento
Muitas’ exibicionismo
Abertas: controle do ego
pobre
Sem vidraça: hostilidade
Detalhes Não Essenciais Ênfase nas cortinas: retraimento, evasão
Ênfase nas calhas: defesa, desconfiança
Venezianas fechadas: retraimento
Outros ______________
1 ÁRVORE
Detalhes (continuação)
Vento soprando: pressões ambientais
Detalhes Não Essenciais
Ênfase na casca da árvore: ansiedade, depressão; meticulosidade: obsessividade compulsiva Folhas soltas falha
nos mecanismos de superar dificuldades Grandes, compensação
Raizes omitidas: insegurança, garras: paranóia; tinas! chão transparente! mortas: contato pobre com a realidade,
organicidade
Trepadeiras: perda de controle Frutas: dependência, rejeição se estiverem caindo; Comum em crianças
pequenas
Outros ______________________
PESSOA
Detalhes (continuação)
Boca
Ênfase: dependência; Comum em crianças pequenas
Omitida: agressão oral, depressão
Dentes’ agressão Nariz
Ênfase: preocupações sexuais; Comum em crianças pequenas
Gênero
Oposto desenhado primeiro’ conflito com a identificação do gênero
Pernas
Omitidas, diminuídas, cortadas: desamparo, perda de autonomia
Posição juntas: rigidez, tensão Posição afastadas: agressão Posição instável: insegurança,
dependência
Omissões’ conflito relativo à parte omitida
Tronco e corpo aberto, fragmentado ou omitido: psicopatologia severa, organicidade; Comum em
crianças pequenas
Seios: imaturidade
Linha mediana vertical’ inferioridade, dependência
Ombros quadrados ou enfatizados: hostilidade
Linha da cintura enfatizada:
conflito sexual, Comum em crianças pequenas
Apertada: explosividade
Detalhes No Essenciais
Roupas
Muita ou pouca roupa: nardsismc, desajustamento sexual
Ênfase em botões: imaturidade; Comum em crianças pequenas
_Genitais desenhados: patologia, a não ser para crianças muito novas; Comum em estudantes de
artes ou em adultos em psicanálise Pés
Omitidos ou cortados’ desamparo, perda de autonomia, preocupações sexuais Dedos dos pés em
figura vestida: agressão
Figura 3 (continuação)
Lista Interpretativa de Conceitos Completada para o Desenho
Mostrado na Figura 2
28
1 CASA
,,yDetaIhes irrelevantes
Nuvens, sombras: ansiedade Montanhas: defensividacte Degraus e caminhos longos ou estreitos:
retraimento Arbustos excessivos: insegurança Outros_______________________
_Detalhes Bizarros Comum em crianças pequenas
_Dimensão do Detalhe
Planta dos andares desenhada:
conflito severo, paranóia, organicidade
Sombreamento do Detalhe Excessivo, ansiedade
,,ySeqüência do Detalhe’ normal é telhado, paredes, porta, janela; ou linha de solo, paredes, telhado
Qualidade da Linha
Forte: tensão, ansiedade, energia, organicidade
Leve: hesitação, medo, insegurança, torça do ego fraca Fragmentação/dificuldade com ângulos:
orqanicidade Outros_________________
1 ÁRVORE
_Detalhes irrelevantes
Nuvens, sombras: ansiedade Arbustos excessivos: insegurança Outros_________________________
Detalhes Bizarros Comum em crianças pequenas
Dímensão do Detalhe
Unidimensional: recursos inferiores para busca de satisfação Bidimensional não fechado: perda de
controle
_Seqüência do Detalhe:
Excessivo: ansiedade __Seqüência do Detalhe: normal
é tronco, galho, folhas, ou parte superior, galhos, tronco
_Qualidade da Linha
Forte: tensão, ansiedade, energia, organicidade
Leve: hesitação, medo, insegurança, força do ego fraca Fragmentação/dificuldade com ângulos’
organicidade Outros_________________________
1 PESSOA
Interpretação
Uso Convencional das Cores Preto: contornos, fumaça, cercas; azul, azul-verde: fundo, céu, Cortinas;
marrom: paredes; verde: telhado, grama; laranja: laranjas; violeta cortinas; vermelho. chaminé, tijolos, maçãs,
cerejas; amarela sol, flores; amarelo-verde: paisagem, grama
Uso Convencional das Cores Preto: contornos, cabelo; azul, azul-verde: fundo, céu, olhos; marrom:
cabelo, roupas; verde: suéteres, grama; laranja suéteres; violeta cachecol, roupas menores;
vermelho: lábios, suéters, vestidos, cabelo; rosa: pele, roupa; amarelo: sol, cabelo; amarelo-verde:
grama
Figura 3 (continuação)
Lista Interpretativa de Conceitos Completada para o Desenho Mostrado na
Figura 2
29
1 CASA
1 ÁRVORE
1 PESSOA
Figura 3 (continuação)
Lista Interpretativa de Conceitos Completada para o Desenho
Mostrado na Figura 2
30
Síntese Interpretativa:
1 Quantos andares tem esta casa? (Esta casa tem um andar superior?)Sóõo, aedae pCipa(_
2. De que esta casa é feita? 1Aadsia — cohce&O dc eadeea
3* Esta é a sua própria casa? De quem ela é? MvPoa sasa (co fruweo)
4. Em que casa você estava pensando enquanto estava desenhando?Mu&lls aaó (‘?) MOStO
5. Você gostaria que esta casa fosse sua? Por que? aeidlddade - psaaeÁdade
6.* Se esta casa fosse sua e você pudesse fazer nela o que quisesse, qual quarto você escolheria
para você? Por que? sótão — aista bocita — podesia yiOO5 5OziLkO
7* Quem você gostaria que morasse nesta casa com você? Por que?
fiegUo —. Cão .cde o
8. Quando você olha para esta casa, ela parece estar perto ou longe? Lãi
9. Quando você olha para esta casa, você tem a impressão de que ela está acima, abaixo ou no
mesmo nível do que você? )o eeseo
10. Em que esta casa faz você pensar ou lembrar? f(oeesta.
11. Em que mais? Tias (eias. —___________________________________________________
12. É um tipo de casa feliz, amigável?Afão — opecas quieta. -
13. O que nela lhe dá essa impressão? SOM csitp baoulí.o (? cO (oOe.sta.
14. A maioria das casas são assim? Por que você acha isso? ________________________________ (ao — o
eaiooia tec Muitos pessoas Muita disoussão todos Muito juutos.
15.* Como está o tempo neste desenho? (Período do dia e do ano; céu; temperatura)
-- pkiMaaeea — depois da cuua.
1 ÁRVORE
3Q,* Para você esta árvore parece mais um homem ou uma mulher?
___________________________
31. O que nela lhe dá essa impressão?
32. Se ela fosse uma pessoa ao invés de uma árvore, para onde ela estaria virada? _____________
Figura 4
Inquérito Posterior ao Desenho Completado e Régua para o
Desenho
Mostrado na Figura 2
31
Interpretação ;1
1 CASA
Árvore e Pessoa
Figura 4 (continuação)
Inquérito Posterior ao Desenho Completado e Régua para o
Desenho.
Mostrado na Figura 2
Posicione essa página sobre os desenhos. Alinhe as margens verticais para avaliar a localização
horizontal, alinhe as margens horizontais para a r a localização vertical. Us uas para
avaliar o ta imagem e do de-
32
Interpretação
Interpretação
objetos, situações e pessoas. Relações proporcionais nos desenhos
também fornecem um índice grosseiro da capacidade do indivíduo para
atribuir valores objetivos aos elementos da realidade e realizar
julgamentos com facilidade e flexibilidade.
Entre a figura desenhada e a folha do desenho. Os desenhos
ocupam, em média, de um a dois terços da área padrão de desenho. O
uso de uma área extremamente pequena do espaço disponível
geralmente aponta um sentimento de inadequação, uma tendência de se
afastar do ambiente ou uma rejeição do tema principal do desenho
(Figura 5). Um desenho que ocupa quase todo o espaço disponível ou
que, por causa de seu tamanho, tenha uma parte cortada pela margem
do papel geralmente indica um sentimento de frustração (Figura lOd).
Indivíduos que fazem esses desenhos grandes, freqüentemente, estão
sentindo hostilidade em relação a um ambiente restrito. Grande tensão e
irritabilidade com sentimento de imobilidade desamparada é indicada.
Uma visão egocêntrica da importância do próprio indivíduo também
pode ser um fator encoberto nos desenhos muito grandes.
Detalhes na figura desenhada. Em geral, um detalhe de tamanho
maior do que a média (comparado com os outros detalhes desenhados
pelo indivíduo) implica muito interesse e preocupação com o que o item
simboliza para o indivíduo que produziu o desenho. Um detalhe de
tamanho menor do que a média normalmente implica uma rejeição ou
um desejo de rejeitar o que o item pode simbolizar para o indivíduo.
Perspectiva
Um planejamento das relações espaciais no desenho da casa, da árvore
e da pessoa indica a capacidade do indivíduo para compreender e reagir
com sucesso a aspectos mais complexos, mais abstratos e mais
exigentes da vida. A perspectiva também pode ser vista como uma
medida da compreensão do indivíduo.
Localização horizontal na página. Quanto mais afastado para a
esquerda estiver localizado o ponto médio da figura em relação ao ponto
médio da folha, maior é a probabilidade de que o indivíduo tenda a se
comportar impulsivamente, buscar satisfação emocional, imediata e
direta de suas necessidades e impulsos (Figura 5a c; veja, também, o
—
36
Interpretação
Relação com o observador. Os desenhos são usualmente
representados como se estivessem no mesmo nível do observador.
Desvios deste padrão são a “visão de pássaro” (Figura 13d), quando o
desenho é visto de cima, e a “visão de minhoca”3 (Figura 14a), quando
o desenho é visto de baixo.
Distância aparente em relação ao observador. A distância é
normalmente sugerida pelo tamanho muito pequeno do desenho,
localização do desenho no alto de uma colina ou em um vale profundo,
ou por um grande número de detalhes localizados entre o observador e o
objeto desenhado. Essa distância implica em uma forte necessidade de
manter o “self” afastado e inacessível.
Posição. Os desenhos geralmente estão de frente para o observador,
mas com uma sugestão de profundidade ou, alternativamente, são
desenhados em perfis parciais. A ausência de qualquer sugestão de
profundidade sugere um estilo rígido e intransigente, que compensa
sentimentos de inadequação e de insegurança (Figura 9a). Um desenho
apresentado em perfil completo, sem sugestão de que existe um outro
lado (Figura 1 5c), indica fortes tendências oposicionistas e de
afastamento. Esses desenhos são mais freqüentemente produzidos por
indivíduos que experienciam estados paranóicos.
Uma linha de solo normalmente fornece um ponto de referência para o
objeto desenhado (Figura 7a). Quando for desenhada como uma colina
pode representar sentimentos de isolamento e exposição, dependência
materna ou exibicionismo. Quando a linha de solo for inclinada para
baixo e para a direita, o indivíduo pode sentir que o futuro é incerto e
talvez perigoso.
Transparências. Os indivíduos que apresentam um desenho em que um
objeto, que normalmente estaria coberto por alguma coisa esteja ainda
visível cometem uma falha grave no teste de realidade (Figura 16). Uma
vez que as transparências implicam em uma falha na função crítica,
presume-se que elas indiquem nos desenhos dos indivíduos sem
deficiência mental a extensão em que a organização da personalidade
está rompida por fatores funcionais, orgânicos ou ambos. O significado
patológico das transparências pode ser avaliado pelo seu número e
gravidade.
Movimento. A interpretação do movimento em um desenho envolve a
intensidade ou a violência do movimento, o prazer ou desprazer
envolvidos no movimento e o grau em que o movimento é voluntário
(Figura 13f).
Consistência. Espera-se que a qualidade geral de cada desenho seja
semelhante. Por exemplo, se todos os detalhes essenciais estiverem
presentes no desenho da casa, do mesmo modo é esperado que os
desenhos da árvore e da pessoa também estejam completos. Variações
na consistência entre os desenhos devem ser observadas e
investigadas. O significado da variação na qualidade do desenho
depende dos detalhes desviantes e da magnitude da variação entre os
desenhos ou entre os detalhes dos desenhos. Uma deterioração
progressiva da casa para a árvore e para a pessoa geralmente
acompanha cansaço ou negativismo crescente. A progressão
Em inglês: “worm” verme, minhoca ou lagarta.
—
37
38
Interpretação
do objeto do desenho, maior será a probabilidade de que a ansiedade
que eles representam esteja bem canalizada e bem controlada. Quanto
mais os detalhes irrelevantes sobrepujarem o objeto do desenho, maior
será a indicação de potencial para patologia.
Se o sol não tiver sido desenhado, o clínico deve pedir para o indivíduo
desenhá-lo durante o Inquérito Posterior ao Desenho. O sol parece
representar a figura de maior autoridade ou de maior “valência”4
emocional dentro do ambiente do indivíduo, especialmente quando o sol
for muito grande.
Detalhes bizarros. Detalhes bizarros, como pernas humanas
sustentando uma casa ou traços faciais desenhados no sol, indicam que
o indivíduo tem um contato com a realidade gravemente comprometido
e a presença de grave psicopatologia. Detalhes bizarros são raros,
entretanto, o que muitas vezes parece ser um detalhe bizarro à primeira
vista é, posteriormente, considerado como uma relação proporcional ou
espacial, ou um método de apresentação de um detalhe apropriado
incomuns.
Dimensão do detalhe. Detalhes uni e bidimensionais (Figura 8a-c)
tendem a indicar baixa capacidade mental ou lesão cerebral. A exceção
para este caso é a “figura palito” da árvore ou da pessoa.
Sombreamento do detalhe. Sombreamentos saudáveis são produzidos
de forma rápida, leve e com poucos rabiscos casuais. São saudáveis
porque envolvem abstração e uma certa quantidade de sensibilidade ao
ambiente. O indivíduo não volta a sombrear ou a reforçar.
Sombreamentos que indicam patologia na forma de ansiedade e conflito
são produzidos lentamente com atenção e força excessivas ou sem
respeitar os contornos.
Seqüência do detalhe. Qualquer desvio em relação à seqüência do
desenho, como uma ordem de apresentação pouco comum, um retorno
compulsivo para algo que foi previamente desenhado, apagar e
redesenhar algo previamente desenhado ou repetição de um detalhe
indicam patologia potencial. A dificuldade pode ser de concentração e
de organização, ou do conflito relacionado ao detalhe em questão. Como
regra, não se retorna aos detalhes que já foram completados. Se vários
detalhes parecidos forem desenhados como uma série de janelas eles
— —
serão finalizados antes que algum outro tipo de detalhe seja introduzido.
Ênfase no detalhe. A ênfase em um detalhe é mostrada por
comentários ou expressões emocionais claras, por seqüências pouco
comuns em volta daquele detalhe, pelo excesso de rasuras, pela lentidão
ao desenhar o detalhe, por combinações bizarras e por lesões
desenhadas, tais como cicatrizes. A omissão ou não completamento de
um detalhe ou a recusa em comentar sobre ele também pode ser
interpretada como ênfase naquele detalhe. Essas ênfases implicam
ansiedade ou conflito relacionados ao detalhe em questão.
Qualidade da linha. Uma pessoa média tem pouca de dificuldade para
desenhar linhas relativamente retas. Os ângulos são geralmente bem
definidos e as linhas curvas fluem livremente e de modo controlado.
Falhas na coordenação motora sugerem
Valência “Propriedade de um objeto ou região no espaço vital pela qual
—
39
Interpretação
(Figura 1 3d). Indivíduos fortemente emotivos usam muitas cores;
as crianças usam mais cores do que os adultos. Isso está de
acordo com a crença de que as respostas emocionais precedem
as respostas intelectuais no processo de desenvolvimento.
Indivíduos regredidos usam cores mais livremente e com menos
crítica do que os indivíduos não regredidos, o que é acompanhado
da perda de interesse na forma por si (Figura 1 4d). Se mais de
três quartos da área da página do desenho for colorida, esta é uma
indicação de que o indivíduo não tem controle adequado da
expressão emocional. Se as cores ultrapassarem as linhas
periféricas é provável que o indivíduo tenha uma tendência a
responder impulsivamente a estímulos adicionais. O
sombreamento é usado mais freqüentemente nos desenhos
coloridos do que nos acromáticos e geralmente são usadas mais
cores no desenho da pessoa do que nos da casa e da árvore.
Adequação. Os contornos são geralmente executados em preto ou
marrom. A coloração de certos detalhes irrelevantes é tão
estabelecida que qualquer violação na convenção de sua
apresentação pode ser considerada significativa. Por exemplo, o
sol é amarelo; o céu é azul; a grama é verde ou marrom; as
sombras são indicadas por sombreamento preto ou azul. Um
indivíduo que se torna tão ligado a cor, que a casa consiste apenas
de uma parede de duas fileiras de retângulos azuis, sobre duas
fileiras de retângulos violetas, mostra sério desajustamento. Do
mesmo modo, um indivíduo que desenha uma árvore com um
tronco bidimensional e galhos unidimensionais que se estendem
lateralmente da base para a ponta, todos em azul; ou uma pessoa
com corpo e cabeça azuis, braços amarelos e pernas marrons
revela um rompimento significativo com a adequação da cor.
Inquérito Posterior ao Desenho
O Inquérito Posterior ao Desenho pretende esclarecer aspectos
obscuros dos desenhos e proporcionar ao indivíduo toda
oportunidade de projetar sentimentos, necessidades, objetivos e
atitudes através da descrição verbal e de comentários sobre seus
desenhos acromáticos e coloridos. Uma pessoa média, bem
ajustada vê a casa ocupada por um ser vivo e vê a árvore e a
pessoa vivas. Respostas ao inquérito que descrevem a casa
temporariamente desocupada ou deserta, a árvore morrendo ou
morta e a pessoa doente, morrendo ou morta parecem revelar
desajustamento.
As respostas dadas durante o inquérito devem ser avaliadas de
acordo com diversas dimensões. O volume de respostas é
importante: A recusa do indivíduo de fazer qualquer comentário é
patológica. “Eu não sei” não deve ser interpretado como falta de
resposta, nem é uma resposta satisfatória. Pelo fato de algumas
questões serem específicas e restritas, uma resposta curta pode
não ser sempre considerada como concisa, enquanto que uma
resposta longa também não deve ser sempre considerada
eloqüente. Por exemplo, pode-se ser surpreendido ao receber uma
resposta mais fonga do que “homem” ou “mulher” para a pergunta
“Esta pessoa é um homem ou uma mulher?” Por outro lado, seria
estranho receber menos do que várias palavras
41
42
1 nterpretaço
dimensão vertical for superenfatizada, sua satisfação provavelmente é
obtida na fantasia e evita, o máximo possível, o contato com a realidade.
Interpretação
Detalhes
Detalhes essenciais. A casa deve ter, no mínimo, uma porta (a menos
que somente a lateral da casa seja desenhada o que sugere patologia).
—
Ela deve ter uma porta, uma janela, uma parede e um telhado (a menos
que seja identificada como uma casa tropical ou outra habitação sem
telhado) e deve ter uma chaminé ou um meio de saída para a fumaça.
O telhado e as paredes da casa parecem representar, de uma forma
rudimentar, o ego do indivíduo: Os limites periféricos da personalidade
são representados pelos limites periféricos da parede e do telhado.
Muita ênfase nessas linhas periféricas ou de “contenção” indicam um
esforço consciente para manter o controle. Linhas periféricas fracas e
inadequadas sugerem um sentimento de colapso iminente e fraco
controle do ego. Quando a casa é considerada um auto-retrato do
indivíduo, o telhado representa as áreas do pensamento e da fantasia. O
telhado pode se estender até o chão e tornar-se, na verdade, tanto uma
parede como um telhado. Esse tipo de casa é produzido por
esquizofrênicos que parecem estar simbolicamente enfatizando o fato de
que seu mundo é em grande parte fantasia (Figura 14a). Enfase no beiral
do telhado por reforçamento ou extensão para além das paredes implica
uma atitude de desconfiança usual excessivamente defensiva (Figura
7a).
A porta e janelas usualmente representam acessibilidade; as portas dos
fundos e laterais parecem enfatizar evasão. A ênfase no revestimento,
fechadura e/ou dobradiça da porta sugerem uma sensibilidade defensiva.
A ênfase na maçaneta sugere excesso de consciência da função da
porta e/ou preocupação fálica. As janelas da casa constituem formas
menos diretas e imediatas de interação com o ambiente do que a porta.
Uma janela sem vidraças, grades ou indicação de materiais de vidro é
geralmente desenhada por indivíduos com tendências negativistas que
dizem: “Eu tornarei impossível você ver dentro” (Figura 8a). Um grande
número de grades pode expressar um sentimento de que o quarto atrás
da janela é uma prisão; fechaduras nas janelas indicam uma atitude
manifestamente defensiva. Um grande número de janelas descobertas
implicam que o indivíduo tende a comportar-se de modo áspero e direto.
Indivíduos sexualmente desajustados mostram a tendência para ver
portas e janelas como substitutos oral, vaginal ou retal. As janelas do
andar térreo são mais freqüentemente omitidas ou distorcidas no
tamanho ou na localização do que as janelas dos andares superiores.
Ocasionalmente, as janelas ou portas da casa são desenhadas abertas.
Uma casa descrita como ocupada indica um alto grau de acessibilidade
tranqüila. Se for dito que a casa está desocupada pode-se supor que
existe uma extraordinária falta de defesa do ego. Em cada caso, a
interpretação estará sujeita a modificações pela descrição do indivíduo
sobre o tempo no desenho.
Quando a chaminé é desenhada com facilidade e sem distorções ou
ênfases, implica que o indivíduo tem uma maturidade e equilíbrio
sensual satisfatórios. A omissão da chaminé não representa um sério
desajustamento, bem como a ênfase excessiva na chaminé. Indivíduos
desajustados sexualmente tendem a tratar a chaminé como um símbolo
fálico. Abundância de fumaça da chaminé indica considerável tensão
interna, presumivelmente ocasionada por relações insatisfatórias com
aqueles com quem o sujeito vive. Crianças pequenas comumente
desenham a chaminé em ângulo reto com um telhado triangular.
45
H-T-P — Manual e Guia de Interpre1ação
Crianças pequenas e indivíduos regredidos podem organizar os detalhes
essenciais da casa de modo antropomórfico, de modo que eles lembrem
uma pessoa (Figura 8a).
Detalhes não essenciais. Cortinas e indicadores de materiais de
construção são detalhes não essenciais comuns para a casa.
Venezianas, sombreamento e cortinas que não estiverem
completamente fechadas indicam uma interação com o ambiente
conscientemente controlada, que é acompanhada por alguma ansiedade
(Figura 1 2a). Se os três forem usados, o indivíduo é provavelmente muito
defensivo. Se algumas janelas forem mostradas com sombras, cortinas
ou vidraças, enquanto outras não, o Inquérito Posterior ao Desenho deve
incluir investigação referente ao quarto a que pertence a janela que
difere, tal como quem ocupa o cômodo e que tipo de cômodo é este. A
atitude do indivíduo em relação ao ocupante ou à função do cômodo
pode explicar o desvio. Um grande número de janelas sombreadas ou
com cortinas, por outro lado, indica preocupação excessiva relativa à
interação com o ambiente.
Materiais do telhado são freqüentemente representados por métodos
que variam desde contorno meticuloso de cada telha até rabiscos
dispersos sugerindo a presença do material. Materiais fácil e não
compulsivamente desenhados parecem indicar uma consciência
moderada de diferenciação da superfície e uma boa capacidade para
interação equilibrada com o ambiente. Detalhes meticulosos dos
materiais implicam tendências obsessivo-compulsivas. Os materiais são
menos freqüentemente desenhados para as paredes do que de qualquer
outra parte da casa, e mais freqüentemente para a chaminé do que para
qualquer outra parte da casa. Canos para escoamento da água no
telhado e calhas representam atitude defensiva (e normalmente
suspeita), com um esforço concomitante para canalizar estímulos
desagradáveis.
Detalhes irrelevantes. Arbustos e caminho são detalhes irrelevantes
comuns para a casa. Arbustos desenhados perto da casa representam
uma necessidade de erguer barreiras defensivas do ego ou de
estabelecer contato com os outros de uma maneira mais formal.
Arbustos também podem representar pessoas do ambiente do indivíduo.
Árvores muitas vezes representam pessoas que possuem fortes
valências positivas ou negativas para o indivíduo. O examinador deve
identificar essas pessoas durante o Inquérito Posterior ao Desenho. Uma
árvore irrelevante desenhada próximo à casa geralmente representa o
indivíduo e pode retratar seus fortes sentimentos de rejeição pelos pais
e grande necessidade de sua afeição. A localização da árvore perto da
casa e na proximidade imediata dos arbustos (mais tarde identificados
como irmãos) pode expressar uma necessidade de aceitação do
indivíduo por parte de seus irmãos e/ou irmãs. Tulipas ou flores
semelhantes a margaridas são, às vezes, desenhadas nas proximidades
da casa, geralmente por indivíduos esquizóides ou crianças muito
pequenas. Um caminho facilmente desenhado e bem proporcional parece
implicar que o indivíduo exerce controle e tato no seu contato com os
outros. Um longo caminho sugere acessibilidade diminuída.
Às vezes, uma linha no meio da parede é desenhada para enfatizar o fato
da casa ter dois andares. Isso sugere uma compartimentalização
indesejável da personalidade com ênfase somática. Quando são
desenhados degraus, eles, às vezes, conduzem a uma parede vazia,
indicando uma forte ambivalência em fazer contato com pessoas muito
próximas. Detalhes degradantes, tais como um banheiro externo ou
46
Interpretação
uma grande lata de lixo que são desenhados perto da casa que é,
por outro lado, uma mansão, indicando sentimentos de hostilidade
agressiva. Se não houver linha de solo ou a casa estiver suspensa
acima da linha do solo, o contato do indivíduo com a realidade
pode ser tênue.
Nuvens indicam ansíedade generalizada (Figura lia). Montanhas
são, às vezes, desenhadas nos fundos e indicam uma atitude
defensiva e necessidades de dependência. Chuva e neve, embora
raras, implicam uma forte necessidade do indivíduo em expressar
seus sentimentos de estar sendo submetido a pressões ambientais
fortes e opressivas. A neve tem mais implicações patológicas do
que a chuva.
Dimensão do detalhe. A casa quase nunca inclui características
unidimensionais. Lesões orgânicas são fortemente indicadas se o
indivíduo começa a casa como se fosse fazer um desenho
convencional em três dimensões, mas termina produzindo o
equivalente a um esquema.
Sombreamento do detalhe. O sombreamento normal da casa inclui
a representação do material da parede e linhas cruzando a janela
para representar vidro. Sombras desenhadas espontaneamente e
antes que o sol seja desenhado representam uma situação de
conflito na qual a ansiedade é vivida no nível consciente.
Seqüência do detalhe. Muitos indivíduos começam a casa
desenhando o telhado, as paredes, uma porta e uma janela; ou
desenhando a linha de solo, paredes e um telhado. Indivíduos
inseguros desenham, às vezes, simetricamente (duas chaminés,
duas janelas, duas portas etc.) (Figura 1 5a); indivíduos
gravemente desajustados às vezes desenham de forma
segmentada (detalhe por detalhe sem considerarem as relações
dos detalhes entre si ou com o todo).
Adequação da cor
A casa pode ser produzida em qualquer cor sem violar a realidade
do ponto de vista cromático. Tipicamente, a chaminé é vermelha,
preta ou marrom; a fumaça é preta ou marrom; o telhado é preto,
verde, vermelho ou marrom; as paredes são pretas, marrons,
verdes, vermelhas, amarelas ou azuis; as portas e as molduras das
janelas são pretas, marrons, verdes, vermelhas ou azuis; e as
venezianas são pretas, verdes, marrons, azuis ou vermelhas.
Inquérito Posterior ao Desenho
As questões listadas nesta seção para cada desenho estão
numeradas de acordo com o Protocolo de Interpretação do H-T-P.
1. Quantos andares tem esta casa? Esta é uma pergunta que testa
a realidade. Também mede a atenção, já que indivíduos altamente
perturbados ou retraídos respondem sem olhar para os desenhos.
2. De que esta casa é feita? E uma boa prática determinar o que o
material da casa significa para o sujeito. Tijolos, por exemplo,
podem representar estabilidade para um indivíduo e economia de
manutenção para outro.
3. Esta casa é a sua própria casa? De quem é ela? Muito
freqüentemente, os indivíduos costumam desenhar suas próprias
casas, mas eles raramente as reproduzem corretamente por—
os ao r indivíduo dó desenb
20.Aç
rir patolc aspectos c
21. 1r nomes, lá?) A plant de apres€ ocupantes
- - --
48
Interpreta çio
10. Em que esta casa faz você pensar ou lembrar? A qualidade da
associação é importante, bem como sua valência para o indivíduo.
11. Em que mais? E importante dar ao indivíduo a oportunidade de
expandir suas associações em cada desenho. Aqui, mais uma vez, a
qualidade das relações entre as idéias é tão interessante como o seu
tom positivo ou negativo para o cliente.
12. É um tipo de casa feliz, amigável? O tom emocional que
acompanha uma resposta negativa pode dizer muito sobre o ponto de
vista do indivíduo em relação ao lar e aos que o habitam. Respostas
altamente evasivas podem indicar valências fortemente negativas.
13. O que nela lhe dá essa impressão? Ocasionalmente um indivíduo
tentará justificar uma resposta descrevendo detalhes físicos superficiais
da casa, descrevendo-a como uma casa feliz porque ela tem cortinas,
fumaça saindo da chaminé, etc. Respostas a esta questão serão uma
expressão direta dos sentimentos do indivíduo referentes às pessoas
que ocupam a casa desenhada e sua opinião ou seus sentimentos em
relação a eles.
14. A maioria das casa é assim? Por que você acha isso? Esta
pergunta tenta determinar em que extensão têm sido generalizados os
sentimentos hostis ou amigáveis do indivíduo em relação à casa e a
seus ocupantes.
15. Como está o tempo neste desenho? (período do ano e do dia,
céu, temperatura).
16. De que tipo de tempo você gosta? Esta pergunta mostra o nível de
estresse ou calor humano no lar.
17. De quem esta casa faz você lembrar? Porque? Muitas vezes a
pessoa nomeada é um membro íntimo da família do indivíduo.
18. Do que esta casa mais precisa? Por que? Respostas definidas
expressam, normalmente, a necessidade do indivíduo de afeto, abrigo,
segurança e boa saúde.
19. Se “isto” fosse uma pessoa ao invés de (qualquer objeto
desenhado separado da casa), quem seria? Freqüentemente objetos
aparentemente irrelevantes desenhados ao redor da casa representam
membros da família ou pessoas com as quais o indivíduo está
intimamente associado. A distância deles em relação à casa na folha do
desenho pode caracterizar estas relações pessoais.
20. A que parte da casa esta chaminé está llgada?Se a chaminé
desenhada sugerir patologia, esta pergunta pode ajudar a identificar
relações familiares relevantes ou aspectos da vida no lar.
21. Inquérito da planta dos andares. (Desenhe uma planta dos
andares com os nomes, ex., Que cômodo é representado por cada
janela? Quem geralmente está lá?) A planta da casa pode expressar
através de ctorções de proporção, dificuldade de apresentação ou
omissão de um ou mais quartos, a presença de conflitos entre os
ocupantes da casa ou a função costumeira de um ou mais cômodos.
1 ÁRVORE
50
Interpretação
Movimento. A árvore é mais desenhada em movimento do que a casa.
Quando é óbvio que um forte vento está soprando, como quando a árvore
está curvada para um lado, o indivíduo pode estar sujeito a fortes
pressões ambientais, mas ainda resiste e luta para manter o equilíbrio. A
árvore desenhada com suas folhas caindo pode expressar a impressão
do indivíduo de que está sendo psicologicamente despido, perdendo a
capacidade para ocultar pensamentos, emoções e fortes sentimentos de
culpa. O indivíduo que produz este tipo de árvore também pode sentir
uma perda da capacidade de fazer ajustamentos mais refinados e
delicados ao ambiente. Crianças dependentes ireqüentemente
desenham macieiras e mostram seu sentimento de rejeição ao
desenharem as maçãs caídas ou caindo. Galhos caídos ou caindo
expressam a certeza do indivíduo de que ele está perdendo a
capacidade para lidar com as pressões ambientais.
Detalhes
Detalhes essenciais. A árvore deve ter um tronco e pelo menos um galho.
O tronco parece representar o sentimento básico de poder do indivíduo.
Os galhos, por seu tamanho e posição em relação ao tronco e à página,
parecem indicar os recursos de obtenção de satisfação do indivíduo.
Galhos parcialmente bidimensionais e sombreados e galhos
apresentados com sombreamento desenhado fácil e rapidamente
parecem representar o ajustamento mais maduro. Galhos que se dirigem
para o centro da árvore, em vez de convencionalmente se dirigirem para
fora, implicam fortes tendências ruminativas e são vistos em desenhos
de obsessivo-compulsivos. Galhos grossos e curtos, como se fossem
cortados perto do tronco podem indicar tendências suicidas; galhos
quebrados ou mortos parecem representar eventos traumáticos vividos
pelo indivíduo. Galhos reforçados sugerem um sentimento de
inadequação na busca de satisfação. Quanto maior a flexibilidade da
estrutura e melhor a organização dos galhos da árvore, maior é a
capacidade presumida do indivíduo para obter satisfação de seu
ambiente, se todas as outras condições se mantém iguais. A árvore,
particularmente seu tronco, é prontamente vista como um substituto
fálico para indivíduos desajustados sexualmente.
Detalhes não essenciais. A folhagem é freqüentemente desenhada
empregando sombreamento e, às vezes, com detalhe cuidadoso; um
sistema de galhos e a casca
da árvore são comuns. Quando a casca é desenhada facilmente uma
interação bem equilibrada está implicada, enquanto que a casca
desenhada com linhas muito pesadas e consistentes refletem a
presença de ansiedade. A casca que é desenhada meticulosa e
cuidadosamente sugere que o indivíduo possa estar compulsivamente
muito preocupado com sua relação com o ambiente presente (Figura 7b).
Cicatrizes desenhadas no tronco devem ser investigadas durante o
Inquérito Posterior ao Desenho (Figura 12b).
As folhas podem ser cosméticas ou funcionais. Como enfeites
(cosméticas), elas decoram e cobrem o esqueleto da árvore.
Funcionalmente, elas servem para estabelecer o contato mais imediato e
direto com o ambiente. Folhas desenhadas meticulosa e cuidadosamente
são sinais de características obsessivo-compulsivas.
51
Interpretação
53
Adequação da Cor
Os troncos das árvores tendem a ser desenhados em marrom ou preto.
Os galhos são geralmente desenhados em marrom e preto; a folhagem
em verde, amarelo, vermelho, marrom e preto; as frutas em vermelho,
amarelo e verde; e as flores em vermelho, laranja, azul e violeta.
Inquérito Posterior ao Desenho
22. Que tipo de árvore é esta? Os indivíduos normalmente desenham
as árvores mais comuns da vizinhança de suas casas.
23. Onde esta árvore realmente está localizada? Muito
freqüentemente, os indivíduos desenham a árvore perto de uma casa do
passado ou da atual, ou de um lugar associado a uma experiência de alta
valência negativa ou positiva. Se a árvore está em uma floresta, a
definição do indivíduo de uma floresta pode ser reveladora. Para a!guns,
é um lugar de paz, tranqüilo e de solidão; para outros, um lugar de medo
e ameaçador. A resposta “em um grupo de árvores” sugere que o
indivíduo precisa e gosta de companhia.
24. Mais ou menos qual a idade desta árvore? Muito freqüentemente,
a idade é a idade cronológica ou idade sentida pelo indivíduo. As vezes, é
o número de anos que o indivíduo viveu após a puberdade, o número de
anos que o ambiente tem sido sentido como insatisfatório ou a idade da
pessoa representada pela árvore.
25. Esta árvore está viva? Nenhum indivíduo bem ajustado já
respondeu “não”. Uma resposta negativa usualmente indica que o
indivíduo sente-se tisiologicamente inferior ou psícologicamente
inadequado, culpado, profundamente deprimido ou alguma combinação
desses sentimentos. Ocasionalmente, perguntas adicionais revelarão
que o indivíduo vê a árvore mais adormecida do que morta, o que é um
sinal de esperança.
26. O que nela lhe dá a impressão de que ela está viva?A resposta a
esta questão pode ser a primeira indicação de que o indivíduo vê a
árvore em movimento, variando desde um pequeno tremor das folhas, até
um clara oscilação do tronco. Outras respostas indicam que tais
qualidades como força, vigor, etc., criam a impressão de vida na árvore.
A resposta mais óbvia é a de que a árvore deve estar viva porque tem
folhagem.
27. O que provocou a sua morte? (se não estiver viva) Quando
vermes, insetos, parasitas, ferrugem, relâmpago, vento ou,
ocasionalmente, ações malignamente agressivas de crianças ou adultos
são apontados como a causa da morte, o indivíduo expressa a convicção
de que alguma coisa extrapessoal é a culpada. Se, entretanto, for dito
que a causa é o apodrecimento de alguma parte ou da árvore inteira, um
sentimento de que alguma coisa dentro do “self’ é culpada é indicado.
28. Ela voltará a viver? As vezes, o indivíduo dirá que a árvore está
morta, quando quer realmente dizer que ela perdeu suas folhas no
inverno. Perguntar se a árvore vIveruuL1 duirIr a determinar se é este o
caso.
29. Alguma parte da árvore está morta? Qualparte:fcTque
VUCT”.5.LLC.ØU a sua morte? Há quanto tempo ela está morta? Folhas
Interpretação
comumente, os galhos ou as raízes são vistas como mortas ou
partes mortas. Galhos mortos parecem expressar a crença do
indivíduo de que muita frustração foi produzida apenas por fatores
extrapessoais do ambiente. Às vezes, um galho morto representa
um trauma físico ou psicológico, e a localização do galho ao longo
do tronco pode indicar a idade relativa em que o trauma ocorreu.
Raízes mortas implicam desequilíbrio ou desintegração
intrapessoal com o início de uma séria perda de contato com a
realidade. Um indivíduo que desenha a árvore com um tronco
morto revela uma severa perda de controle do ego.
A pergunta sobre há quanto tempo a árvore está morta permite
determinar a impressão do indivíduo da duração de seu
desajustamento, o que geralmente não coincide com a data
fornecida na história do paciente. Quando o indivíduo especifica
uma data deve-se determinar o evento que fixou a data tão
firmemente em sua memória. Como na questão 28, às vezes o
indivíduo irá dizer que uma parte da árvore está morta por ter
perdido suas folhas no inverno. Perguntar se a parte que esta
morta voltará a viver um dia pode ajudar a determinar se é este o
caso.
30. Para você esta árvore parece mais um homem ou uma mulher?
Em geral, pinheiros ou abetos são vistos como masculinas; bordos
e árvores frutíferas como femininas. Para crianças, esta questão
traz a identificação da árvore com o pai, a mãe ou outra pessoa
com quem a criança se identifica.
31. O que nela lhe dá esta impressão? O sexo atribuído à árvore
parece ser normalmente determinado por características, tais
como a forma, a força, a aspereza, a graciosidade, a fragilidade,
etc. Algumas vezes, entretanto, certos aspectos da árvore são
vistos como partes correspondentes específicas da figura
humana. Os longos galhos de uma sempre-viva lembraram a um
indivíduo o cabelo de sua mãe. Uma pequena garota desajustada
afirmou explosivamente que ela viu o punho de seu pai no meio da
estrutura dos galhos de uma árvore de bordo, “Exatamente como
ele costumava levantá-lo para bater em minha mãe!”
32. Se ela fosse uma pessoa ao invés de uma árvore para onde ela
estaria virada?
Como a árvore não tem frente, lado e nem costas, exceto como
vista pelo observador,
a resposta do indivíduo a esta pergunta é uma projeção de sua
relação com o ambiente.
A resposta pode também revelar a atitude de pessoa representada
pela árvore em
relação ao indivíduo.
33. Essa árvore está sozinha ou em um grupo de árvores?
Respostas a essa questão não são muito significantes, a não ser
que tenham forte carga emocional. Sentimentos de isolamento
e/ou uma necessidade de associação com outros são
freqüentemente estimulados aqui.
34. Quando você olha para esta árvore, você tem a impressão de
que ela está acima, abaixo ou no mesmo nível do que você? Para
alguns indivíduos, uma árvore desenhada crescendo no topo de
uma colina simboliza esforço tenso em relação a um objetivo
distante e talvez inatingível. Para outros, reflete necessidade de
autonomia e domínio. Para muitos, uma árvore desenhada
parcialmente protegida por um montanha indica uma necessidade
de proteção e auxílio. Uma árvore desenhada claramente abaixo
do observador quase invariavelmente conota depressão de humor,
bem como um sentimento de inferioridade.
55
Interpretação
J PESSOA
57
Proporção
Uma diferença acentuada de proporções entre o lado esquerdo e o
direito da pe soa sugere confusão no papel sexual, especificamente, e
desequilíbrio da persor dade, em geral.
Indivíduos desajustados que colocam ênfase indevida na inteligência ou
na f sia como uma fonte de satisfação geralmente desenham uma
cabeça muito gran Cabeças desproporcionalmente pequenas são
desenhadas por indivíduos compulsivos e podem representar uma
negação do lugar de pensamentos dobro e sentimentos de culpa. Olhos
pequenos conotam um desejo de ver o mínimo po vel. Uma boca muito
grande implica erotismo oral e/ou tendências agressivas ore Um pescoço
longo e fino sugere características esquizóides.
Um tronco desproporcionalmente grande implica a presença de muitos
impul insatisfeitos que o indivíduo pode sentir intensamente (Figura 1
9c). Um tronco dd proporcionalmente pequeno sugere uma negação de
impulsos do corpo e/ou e timentos de inferioridade. Um tronco comprido
e estreito carrega conotaçõ esquizóides. O tamanho do ombro é um
indicador do sentimento de força básica poder, tanto físico como
psicológico. Ombros desproporcionalmente grandes revel sentimentos
de força ou muita preocupação acerca da necessidade de força ou pc
(Figura 1 8c), enquanto que ombros muito pequenos implicam
sentimentos de inter ridade. Desigualdade no tamanho dos ombros
sugere desequilíbrio da person
Braços muito longos implicam esforço para ambição exagerada,
enquanto bra muito curtos conotam a ausência de esforço (Figura 1 9c).
Braços largos sugerem sentimento básico de força para luta; braços
finos retratam sentimentos de fraque Mãos grandes implicam
impulsividade e falta de capacidade nos aspectos mais nados do
convívio social (Figura 1 5c). Mãos pequenas sugerem uma relutância pa
estabelecer contatos mais íntimos e refinados na convivência
psicossocial.
Pernas desproporcionalmente longas conotam um forte esforço para
autonorr enquanto pernas muito curtas implicam sentimentos de
constrição. Disparidade tamanho das pernas sugere ambivalência
relacionada ao esforço para autonomia1 independência. Pés muito
grandes indicam necessidade de segurança e suger uma necessidade de
demostrar virilidade. Pés desproporcionalmente pequenos plicam
constrição e dependência (Figura 19c).
Perspectiva
Margens da página. Se as pernas forem cortadas pela margem inferior
da pági o sentimento de falta de autonomia do indivíduo é provavelmente
quase esmaç, Quando as pernas forem desenhadas cortadas pelo papel,
o clínico deve descol1 qual seria a extensão da perna para baixo da
borda [nferior da folha.
Relação com o observador. A pessoa é raramente desenhada como
acima
observador. Quando isto ocorrer, a significação parece ser a de que o
indivíduo C
ia manter-se afastado do convívio social ou sente-se oprimido e
dominado pela p
soa representada.
Posição. Uma pessoa desenhada totalmente de frente, sem sugestão de
pro didade e os braços completamente estendidos em ângulo reto com o
tronco, imr
58
Interpretação
59
60
Interpretação
61
62
Interpretação
víduo irá mais tarde identificar a pessoa durante o questionamento
direto. Muitas vezes a pessoa será identificada posteriormente
como alguém diferente e o desenho pode, na verdade, representar
uma combinação de pessoas diferentes.
48. Ele (ela) é um parente, um amigo ou o que? Esta pergunta pode
ajudar a estabelecer a valência positiva ou negativa que a pessoa
identificada apresenta para o indivíduo.
49. Em quem você estava pensando enquanto estava desenhando?
Em alguns casos, o indivíduo nomeado aqui não é aquele que foi
dito representar a figura. A resposta “Ninguém” não é
necessariamente evasão ou falsificação, uma vez que o indivíduo
pode não ter pensado conscientemente em alguém durante a
produção do desenho.
50. O que ele (a) está fazendo? Onde ele (a) está fazendo isso?
Esta pergunta tenta determinar o quanto a ação aparente da
pessoa desenhada se aproxima da descrição verbal do indivíduo. A
questão pode, também, estimular sentimentos de pressão ou
compulsão. As ações descritas pelo indivíduo, bem como a força e
o grau em que elas estão de acordo com a representação gráfica,
podem ser altamente significativas. A ausência de movimento não
indica necessariamente patologia; a menos que ela seja rígida,
excessivamente controlada e essencialmente defeituosa.
51. O que ele (a) está pensando? Esta pergunta pode estimular
evidências de pensamentos obsessivos e/ou alucinatórios do
indivíduo. Se o indivíduo vê a pessoa desenhada como um auto-
retrato, ele revelará muitas vezes neste ponto sentimentos bem
desenvolvidos de culpa, raiva, confusão ou ressentimento. Se o
indivíduo vê a pessoa desenhada como alguém mais, os
pensamentos expressos podem representar o que esta pessoa
pensa dele.
52. Como ele se sente? Por que? A resposta a esta pergunta
normalmente parece expressar os sentimentos do indivíduo em
relação à situação que envolve a pessoa desenhada. A pergunta
pode, também, fornecer estímulo suficiente para produzir
comentários diretos referentes aos sentimentos do indivíduo em
relação às condições do presente ou a assuntos que ele ainda não
foi capaz de discutir. As vezes, a resposta “feliz” é, simplesmente,
uma evasão.
53. Em que esta pessoa faz você pensar ou lembrar?
54. Em que mais? Essas perguntas provocam associações sobre a
pessoa desenhada e sobre relacionamentos interpessoais em
geral.
55. Esta pessoa está bem? Para indivíduos que usam doenças
como formas de fuga, esta pergunta costuma estimular descrições
detalhadas de queixas somáticas. Indivíduos com problemas
psicossomáticos dificilmente responderão afirmativamente a esta
questão; enquanto que aqueles que fingem ser doentes
responderão que sim. Em alguns casos, a questão libera
hostilidade anteriormente reprimida contra a pessoa representada
no desenho.
56. O que nele (a) lhe dá essa impressão? Indivíduos com
capacidade intelectual limitada costumam dizer que a figura
parece bem porque ela não parece doente.
57. Esta pessoa está feliz? Esta questão muitas vezes precipita
expressões de queixas, medos e ansiedades que tenham sido
parcial ou totalmente reprimidos. As vezes ela gera comentários
hostis sobre a pessoa representada no desenho. Uma resposta
afirmativa pode ser uma evasão.
63
64
Interpretação
Figura 5—Sara
(Uma discussão deste caso pode ser encontrada no
Apêndice.)
66
Interpretação
ÁRVORE
( —
b
Figura 5 (continuação)
Sara
67
PESSOA
1
68
Interpretação
\\\\
Figura 6— Marie
(Uma discussão deste caso pode ser encontrada no
Apêndice.)
1 nterpretação
Figura 7 Katherine
—
Figura 7 (continuação)
Katherine
1 nterpretaÇo
PESSOA
Figura 7 (continuação)
Katheri ne
/
H-T-P — Manual e Guia de Interpretação
£EZ
Figura 8— Gary
(Uma discussão deste caso pode ser encontrada no Apêndice.)
Interpretação
Figura 8 (continuação)
Gary
ÁRVORE
PESSOA
Figura 8 (continuação)
Gary
76
Interpretação
(1)
o
a
Figura 9 Marlene —
Figura 9 (continuação)
Marlene
Interpretação
Figura 9 (continuação)
Marlene
Interpretaçân
Figura 10 (continuação)
Morris
Figura 10 (continuação)
Morris
Interpretação
PESSOA
Figura 10 (continuação)
Morris
86
Interpretação
FiO. Quando você olha para esta Árvore, você tem a impressão de que eia está acima, abaixo
01’ no mesmo nível do que você? A. Acima de mim.
Til Como está o tempo neIe desenho? A. 7inqo bonito.
.
87
88
Interpretação
Figura 11 Curtis—
c.
Figura 11 (continuação)
Curtis
90
Interpretação
PESSOA
Figura 11 (continuação)
Curtis
91
Figura 12 (continuação)
Kevin
PESSOA
Figura 12 (continuação)
Kevin
94
Interpretação
ÁRVORE
Figura 13 (continuação)
Dennis
nterpretaçâo
PESSOA
Figura 13 (continuação)
Dennis
97
Figura 13 (continuação)
Dennis
98
Inlerpretação
ÁRVORE
Figura 13 (continuação) Dennis
99
Figura 13 (continuação)
Dennis
Interpretação
Caso D
Revisão de Joiles para Crianças do Inquérito Posterior ao Desenho
do H-T-P
P 1, Esta pessoa é um homem, uma mulher, um menino ou uma menina?
A. Uni menino.
P2. Quantos anos ele tem? A. Onze
P 3. Quem é de (a)? A. Eu não sei.
P4. Quem á este (a)? A. (sem resposta)
P5. O que ele (a) está Fazendo? A. Está de pé.
P6. Onde ele (a) está fazendo isto? A. No chão.
1’ 1. Que tipo de Árvore é esta? A. Bordo’
1 2. Onde esta Árvore está? A. Ela veio da minha imaginação.
1 3. Mais ou manos qual a idade anos desta Árvore? A. Quinze anos.
T 4. Esta Árvore está viva? A. Sim.
T 5. A (se o sujeito disser que a árvore estava viva:)
(a) O que na árvore lhe dá a impressão deque ela está viva?
A.Tem/blhas.
(b) Alguma parte da Árvore está morta? A, Sim.
Qual parte? A. A casca eterna
(c) O que você acha que provocou sua morte? A. O tempo.
H 1. Esta casa tem um andar superior? A. Sim.
H 2. Esta casa é a sua? A. Não.
(Se não:) De quem é ela? A. Apenas afiz.
H 3. Você gostaria que esta Casa fosse sua? A. Não.
Por que? A. Ela é mal cuidada.
H 4. Se esta Casa fosse sua e você pudesse fazer o que quisesse com ela:
(a) Qual quarto você escolheria para você? A. Eu não escolheria nenhum,
venderia o co,u,I to,
(Insistência) A. Nenhum em particular
(b) Quem você gostaHa que morasse nesta Casa com você? A. Ninguén.
(Jnsistênci a) 4. Mamãe e c,pai e meu irmão.
Em ing’ês: Maple’ árvore da família das aceráceas
—
Figura 13 (continuação)
Dennis
H-T-P Manual e Guia de Interpretação
—
Fi 5. Quando vocé oíha para esla Casa, ela parece estar perto ou longe?
A. Perto.
H 6. Ela parece estar acima, abaixo ou no mesmo nível do que você?
A. No mesmo nível que eu.
T 6. Para você esta Árvore parece mais um homem ou uma mulher?
A. Ninguém.
T T Se esta Árvore fosse unia pessoa, para onde eJa estaria virada?
A. Na minha (tire ÇÕO.
18. Esta Árvore está sozinha ou em um grupo de árvores? A. Sozinha, (Ela gostaria de estar com
outras árvores?) .4. Não exatnmeníe.
T O. Quando você olha para essa Árvore, ela parece estar acima, abaixo ou no
mesmo nível do que você? A. Abaixo.
P 7. Em que ele (a) está pensando? A. Em nada.
P8. Como ele (a) se sente? A. Para baixo, muito triste.
P 9. Em que esta Pessoa faz você pensar? A. Na aula de artes.
P 10. Esta Pessoa está bem? A. Sim.
1’ 11. Esta Pessoa está feliz? A. (sem resposta).
P 12. Corno esM o tempo neste desenho? A. Normal ensolarado.
—
T 10. Como esta o tempo neste desenho? A. Comum, como todo dia.
T LI. Deque tipo de tempo você gosta mais? ,4. De tempo quente.
T 12. 1-lá algum vento soprando neste desenho? A. Não.
H 7. Em que esta Casa faz você pensar? 4. Casas de Nova Iorque.
H 8. É um tipo de casa feliz, amigável? A. Não.
1-19. Como esta o tempo neste desenho? A. Como todo dia.
1-1 10. Em que pessoa esta casa faz você pensar? A. Em nenhuma.
H Ii. Alguma coisa ou alguém já danflcou esta Casa alguma vez?
A. Suponho que sim.
(Seja) Como’? A, Chutando e batendo nela.
g (continuação)
Figura 13 (continuação)
Derinís
102
Interpretação
H 12. (Se o sol no tiver sido desenhado, peça ao sujeito que o faça) Suponha que
este
sol fosse urna pessoa que você conhece quem ela seria?
—
g (continuação)
Figura 13 (continuação)
Dennis
103
7,
Interpretação
Figura 14 (continuação)
106
Interpretação
PRE
Figura 15 (continuação)
PhiIIip
PESSOA
Figura 15 (continuação)
PhiIIip
1-
108
Interpretaçân
Interpretação
Figura 17 (continuação)
Sherman
ÁRVORE
PESSOA
Figura 17 (continuação)
Sherman
112
Inteipretaçâo
Figura 18— Ted
Figura 18 (continuação)
Teci
Interpretaçào
Figura 18 (continuação)
Ted
Interpretação
ÁRVORE
Figura 19 (continuação)
Figura 19 (continuação)
Edith
118
Interpretação
Ilustrações de Casos
As três ilustrações de casos que seguem representam exemplos
de análises de materiais do H-T-R Os autores, John Buck, lsaac
Joiles e Emanuel Hammer são clínicos cuja especialidade no teste
é amplamente reconhecida. Cada um tem um estilo e foco
interpretativo. Para exemplos adicionais de materiais do H-T-P e
orientações para identificação das características do desenho que
sejam passíveis de indicar patologia, recomenda-se que o leitor
consulte o capítulo 4 e o Apêndice deste Manual, bem como: A
Cata!og for Qualitative Interpretation of the House-Tree-Person
(WPS Catalog No. W-1) e o House-Tree-Person Drawíngs:
Anilfustrated Diagnostic Handbook (WPS Catalog No. W-147).
Caso 1: Morris —14 anos de idade, Masculino (Buck)
Morris, o sétimo de oito filhos, nasceu de uma gestação completa.
O parto não teve complicações e não houve danos no nascimento.
A história de sua família eslá repleta de doenças mentais: seu pai
e um irmão são esquizofrênicos paranóicos; duas tias-avós
maternas, duas tias maternas, três primos maternos e dois
sobrinhos são, ou já foram, psicóticos. Aos 13 meses de idade,
Morris andava bem e tinha um vocabulário surpreendentemente
bom. Ele teve as doenças comuns da infância: nenhuma foi séria,
nenhuma deixou complicações. Ele nunca esteve gravemente
doente. Ele entrou na escola aos 7 anos de idade. De acordo com
seus professores, ele fazia progressos lentos, exceto em leitura;
tinha dificuldade em terminar as tarefas e raramente participava
das atividades em grupo, e só com muita relutância. Seu
ajustamento escolar se tornou menos satisfatório com o passar do
tempo. Logo após seu décimo primeiro aniversário, ele apresentou
queixas corporais vagas. De tempos em tempos ele tinha períodos
inexplicáveis de depressão. Sua mãe levou-o a um médico, mas ee
não permitiu que o doutor o examinasse. Finalmente ele parou de
rà escola aos 13 anos, porque não aturava mais os colegas que o
atormentavam. Morris foi conduzido à custódia do Departamento
do Estado do Bem-Estar Público como incorrigível depois de ter se
negado a morar na sua casa, ter jogado pedras da janela de sua
casa e ter brigado com um irmão mais velho, ameaçando-o de
morte. Morris adaptou-se mal a duas casas e, finalmente, foi
encaminhado a uma clínica para exame psicológico e psiquiátrico.
O psicólogo disse que, embora Morris parecesse ter pelo menos
uma inteligência limítrofe, ele não estava agindo neste nível em
virtude da interferência de um possível distúrbio esquizofrênico
com características obsessivas. Morris foi conduzido a uma
instituição como deficiente mental.
Na admissão aos 14 anos e 9 meses de idade os QIs obtidos no
Wechsler-Bellevue foram: verbal —69; execução —83; total— 73.Qs
resultados no Wide Range Achievenient foram: nível de leitura 50;
—
Tempo
O tempo de 8 minutos gasto por Morris no desenho acromático da
casa é excessivo, dada a qualidade do desenho. Houve uma pausa
de 40 segundos depois de completar a estrutura da casa e
produzir parcialmente as janelas do sótão na parede lateral. Então,
foram desenhados o telhado da varanda, as colunas e o chão.
Morris conforma-se com a rea!idade, mas só depois de fazer muito
esforço. Ele gostaria muito de manter-se inacessível, O tempo de
10 minutos e 50 segundos gasto para o desenho colorido da casa
também é excessivo, dada a qualidade do desenho.
Comentários
Quando Morris começou a desenhar sua casa colorida, ele
perguntou “Você quer que eu pinte isso também?” Quando ele
estava desenhando as janelas do andar térreo na parede frontal
(da direita) ele observou “Eu fiz as janelas bem maiores do que a
porta.” Durante o desenho acromático da pessoa, Morris comentou
‘As mãos não parecem certas’ e, logo depois, perguntou “Você
pode apagar isto?” Ele, então, usou a borracha intensamente nos
dois primeiros desenhos acromáticos, a pergunta sugere a
possibilidade de sério distúrbio.
Capacidade Crítica
Houve muito uso de borracha no desenho acromático da casa.
Alguma falha na função crítica é evidente, pelo fato de que, apesar
de Morris ter reconhecido a transparência do telhado da varanda
(a parede frontal na extremidade direita podia ser vista através do
telhado da varanda) e tentar corrigi-la, ele não notou que a base
esquerda do pilar da varanda estava encostada na casa. Falhas
adicionais nas função critica aparecem no desenho acromático da
árvore, em que Morris usou medidas corretivas inadequadas na
área esquerda da raiz.
Proporção
O desenho acromático da casa tem tamanho aproximadamente
médio. As janelas da parede conflituosa foram desenhadas
grandes inicialmente, depois apagadas e redesenhadas menores. A
casa colorida é maior do que a acromática, mas não em um grau
que seja patológico. Essa ampliação, entretanto, parece significar
o alto grau de sensibilidade que ele sente nas relações íntimas,
quando suas defesas do ego estão dificultadas pela pressão
adicional e pela fadiga. O desenho da árvore acromático é
bastante grande. Aparentemente ele expressa a consciência de
Morris das pressões desagradáveis, internas e externas. O
desenho colorido da árvore de Morris muito grande indica que ele
está penosamente consciente das pressões ambientais e que esse
distúrbio causa angústia em seu pensamento. Os braços e pernas
no desenho colorido da pessoa são desproporoionais em relação
ao tronco. O alongamento das pernas pode expressar seus
sentimentos profundos de uma neoessidade de autonomia; os
braços representam sua grande necessidade de se defender das
ameaças externas.
120
Interpretação
Perspectiva
A casa foi coíocada levemente à esquerda do centro no desenho
acromático. A coluna esquerda da varanda tem a sua base
encostada na parede e, apesar do fato da angulação da linha de
base ser boa, esta é de uma combinação incomum. Ainda mais
impressionante é a grande disparidade com relação aos andares
entre a parede lateral e a frontal. A qualidade muito inferior da
relação entre a parede frontal e a lateral, na presença de uma
apresentação excelente das paredes frontal e lateral leva a uma
forte suspeita de que um sério colapso da personalidade de tipo
esquizofrênico é iminente.
No desenho colorido, a casa está localizada à esquerda e abaixo
do centro, mostrando uma depressão leve no humor e uma
necessidade de expressão emocional franca e livre. A perspectiva
imperfeita da varanda dá a impressão de que a casa está tentando
deixar sua posição de perfil para ficar totalmente de frente. A
disparidade entre os andares nas duas paredes é notável e há
disparidade na localização entre as janelas de um andar para
outro em uma mesma parede. Tanto o desenho acromático como o
colorido da árvore estão quase perfeitamente centralizados,
indicando a rigidez de Morris nesta época.
O desenho acromático contém uma disparidade entre a qualidade
dos galhos superiores, com excelente impressão de profundidade,
e a base do tronco, a parte da árvore mais próxima da realidade.
Tais diferenças qualitativas extremas em um desenho levam à
suspeita da presença de um processo esquizofrênico. A impressão
de profundidade transmitida pela parte superior da árvore não é
consistente com o resultado de 01 limítrofe obtido na admissão. A
impressão de profundidade desaparece no desenho colorido da
árvore. Como nos desenhos da árvore, os dois desenhos da pessoa
são rigidamente centralizados. A posição da pessoa colorida é
menos flexível e a figura menos acessível do que no desenho
acromático.
Detalhes
Todos os detalhes essenciais estão presentes em todos os
desenhos. A seqüência dos detalhes foi, na maior parte, incomum.
No desenho acromático da casa, os primeiros detalhes
desenhados depois da estrutura da casa foram as janelas do sótão
do telhado da parede lateral. Cada janela foi desenhada com uma
estrutura triangular e não recebeu a forma de janela sótão até que
tudo mais, exceto a janela do térreo na parede frontal tivesse sido
desenhado. Nenhuma porta foi desenhada até que a varanda e as
colunas tivessem sido produzidas, indicando, quando muito, uma
relutância em estabelecer contato. Morris seguiu uma seqüência
similar nos desenhos coloridos. Além disso, o barracão de
ferramentas foi acrescentado ao desenho colorido antes que
quaisquer aberturas fossem feitas na parede lateral. A chaminé foi
adicionada tardiamente no desenho acromático e sem mostrar
profundidade em ambos os desenhos, sugerindo conflito sexual.
Morris achou todos os detalhes da parede lateral perturbadores e
difíceis de produzir. A ênfase nas linhas periféricas da parede e
janelas nos dois desenhos da casa indicam que ele sente uma
forte necessidade de manter o controle.
121
122
Interpretaçân
123
[24
Interpretação
125
HT-P — Manual e Guia de Interpretação
126
Interpretação
tolerância à frustração está perigosamente baixo e, se ele não receber
alívio imediato, suas defesas vão sucumbir. Entretanto vários pontos
indicam um prognóstico relativamente favorável: a inteligência básica de
Dennis é alta, e sua história indica que suas idéias paranóicas são
baseadas em fatos e não em ilusões. Ele está lutando bastante para
manter a integridade de sua personalidade e sua história indica que as
pressões da família e da escola podem contribuir para seu presente
desajustamento.
As informações de seguimento do caso revelaram que o estado de
Dennis melhorou consideravelmente quando entrou em outra escola, em
que foram feitas adaptações aos seus problemas de atenção e na qual
as pressões para tirar ótimas notas foram removidas.