PROCEDIMENTO OPERACIONAL Código: PO-018

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(Fabricação, Montagem, Inspeção e Teste Hidrostático)

1. FABRICAÇÃO E MONTAGEM:

1.1 NORMA DE REFERÊNCIA:

API 650 EDIÇÃO 1998, adenda 3, 2003.

1.2 BASE:
As referências de nível e posição deverão ser fornecidas pelo cliente.
No relatório de recebimento da base, deverão constar no mínimo as seguintes verificações:

a) Diâmetro (Ø) da base;

b) Cota de elevação da base;
c) Declividade da base (quando houver);
d) Locação.

1.3 FUNDO:
• Posicionar as chapas do fundo conforme disposição do projeto.
• Executar a soldagem em conformidade com a Fig.01, iniciando as soldas do centro para fora.
a) Primeiro executar as soldas “A”;
b) Executar a solda “B”, iniciando do centro do tanque, longitudinalmente para fora.

FIG.01

1.4 ANÉIS:
• Marcar o centro e traçar a circunferência correspondente ao diâmetro (Ø) interno do tanque.
• A montagem do costado poderá ser feita de duas formas, a saber:

a) ANEL SOBRE ANEL:

As chapas componentes do anel sobre o fundo, deverão se unidas entre si, por meio dos dispositivos de
atracação (obedecer ao posicionamento das verticais).
Conferir a verticalidade das chapas do 1º anel com uso de prumo. O desaprumo máximo permitido entre o
fundo e o topo do costado será de 1/200 da altura do costado, mas preferencialmente o especificado no
projeto.

NOTA: Após a ajustagem final das chapas do anel montado, inspecionado e liberado pelo inspetor ou
responsável, deverá se proceder a soldagem das verticais, utilizando a “especificação do procedimento
de soldagem – EPS” ou IEIS ou ainda o plano de soldagem / inspeção.
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As chapas do próximo anel do costado deverão ser unidas por meio de dispositivos auxiliares. Conferir a
verticalidade, após a ajustagem final das chapas deverá ser executada a soldagem vertical, utilizar a mesma
seqüência do anel anterior.

NOTA: A circularidade da junta horizontal, bem como sua ajustagem principalmente nos
cruzamentos.
A junta deverá ser verificada com gabarito de 1m, na posição horizontal, de modo a controlar o
embicamento entre os anéis. Após a verificação, a junta deverá ser liberada para soldagem.

Para a montagem dos demais anéis, a seqüência deverá ser:

a) Montagem do próximo anel;

b) Soldagem das juntas verticais do anel;
c) Soldagem da junta horizontal entre o anel montado e o anterior.

1.5 TETO:

• Montar e soldar o teto, conforme orientado na FIG 03 e FIG 04 (executar as soldas do centro para fora):
a) Primeiro executar as soldas “A” (quando houver);
b) Executar as soldas “B”, iniciando do centro do tanque longitudinalmente para fora;
c) Executar, por último, a solda “C”, circunferência.

FIG 04
FIG 03
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1.6 SOLDA ENTRE O COSTADO E O FUNDO:

• Somente deverá ser executada a soldagem do costado com o fundo, quando as chapas do fundo
estiverem totalmente soldadas e o 1º anel sobre o fundo com as verticais soldadas.
• Após o término da solda deverá ser executado ensaio de “Líquido Penetrante” (LP) em todo o comprimento
da junta, ou teste de capilaridade, para segurar a estanqueidade.

1.7 ANÉIS DE REFORÇO (CASO APLICÁVEL):

• Os anéis de reforço do costado deverão ser soldados à medida que forem soldados e montados os anéis,
ou ao término do costado.

1.8 MONTAGEM DOS BOCAIS:

• A montagem dos bocais poderá ser executada durante a montagem dos anéis ou após a conclusão.

• A fabricação / montagem obedecerão as dimensões de projeto, porém, deverão ser verificadas as cotas
apresentadas na figura abaixo.

λ
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1.9 MONTAGEM DE TANQUES FABRICADOS (RECEBIDOS MONTADOS):

• As referências deverão ser obedecidas conforme item 1.1 (base).

• Posicionar o tanque sobre a base, conferindo sua verticalidade. O desaprumo máximo permitido deverá
ser de 1/200 mm da altura total do costado.

- TESTES:

• Deverão ser executados testes que garantam a estanqueidade do costado e teto antes da pintura final. Após
o teste, proceder a liberação para pintura.
• Após conclusão de toda a montagem e dos ensaios não destrutivos, deverá ser procedido o teste
hidrostático conforme especificação do projeto.

2. PLANO DE INSPEÇÃO/TESTE:

2.1- CONTROLE DIMENSIONAL

2.1.2-BASE:

• Verificar a base quanto a localização, orientação, dimensão e elevação. As mesmas encontradas deverão
estar de acordo com o projeto, dentro dos critérios de aceitação estabelecidos na norma aplicável ou
especificação do cliente.

NOTA: As tolerâncias estão contidas nos projetos de fabricação.

Tabela 01

Diâmetro do equipamento (m) Tolerância do raio (mm)

< 12 ± 15,0
12 < D < 45 ± 19,0
45 < D < 75 ± 25,0
> 75 ± 32,0
Fonte: API-650, item 5.5.3

2.1.3-FUNDO:

• Para tanques com chapas sobrepostas, as chapas centrais (miolo), montadas da periferia para o centro,
deverão ter remonte de no mínimo 5 vezes a espessura nominal.
• Para tanques com chapas soldadas de topo, proceder a verificação do embicamento que deve estar de
acordo com código do projeto.
• Todas as juntas soldadas deverão receber exame visual e, em adição, ensaiadas pelo método de caixa de
vácuo. No caso de acordo entre o comprador e o fabricante, o ensaio de caixa de vácuo poderá ser
substituído por outro equivalente.

2.1.4.-COSTADO:

• A inspeção dimensional deverá levar em consideração as tolerâncias:

a) Ângulo do chanfro +5°.
b) Abertura da raiz, conforme descrito na instrução de soldagem (IEIS) – RQ-037, EPS ou plano de
soldagem / inspeção - RQ-040, com tolerância + 2mm.
c) Face da raiz, conforme definido no projeto, com tolerância + 1.5mm.
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• A medição do prumo deverá ser executada antes e após a soldagem do anel. O prumo tomado em relação
ao 1° anel, não deverá exceder ao especificado no projeto, ou na ausência deste, 1/200mm da altura total do
tanque.A medição deverá ser feita anel por anel, até completar o costado.

NOTA: O nivelamento deverá ser executado antes da soldagem do anel na parte superior da chapa.
• Verificar a circularidade, no costado. A medição deverá ser feita utilizando-se um gabarito com o raio do
costado do tanque, aplicado na direção horizontal, e régua, aplicada na direção vertical, ambos de
comprimento aproximado de 1000 mm.
• A circularidade do 1° anel será medida a “01 pé” (305mm) da solda de filete com o fundo, extensivo aos
demais anéis:
A circularidade de cada anel deverá apresentar valores compatíveis com os permitidos no projeto, ou na
ausência destes, de acordo com o item 2.5.

2.1.5-TETO:

• Proceder verificação das soldas de teto, por exame visual.

NOTA: Atenção para verificação da declividade do teto (do centro para a periferia), conforme
especificação do projeto.

• Se as chapas forem sobrepostas, a medida de “perna” ou ‘garganta” da solda de ângulo entre as partes
deverá estar conforme especificado no projeto.

2.2-INSPEÇÃO DURANTE MONTAGEM E SOLDAGEM DO COSTADO E BOCAIS:

• O desalinhamento interno entre duas superfícies paralelas a serem soldadas no costado, em soldas
verticais e horizontais, não poderá exceder aos limites especificados no código de projeto. Na norma de
referência (item 5.2.3) temos as seguintes informações:
- para juntas soldadas do costado, o máximo desalinhamento vertical, para chapas de espessura maior que
16 mm, não deverá exceder a 10% da espessura ou 3 mm.
Para chapas de espessura menor ou igual a 16 mm, o limite é de 1,5mm.
- para juntas soldadas do costado, o máximo desalinhamento horizontal, não deve exceder a 20% da
espessura da chapa, no entanto, para chapas com espessura menor ou igual a 3 mm, o limite é de 1,5mm.

• Verificar a abertura das juntas verticais que deverá ser conforme especificado na EPS (especificação de
procedimento de soldagem), IEIS (instrução de execução e inspeção de soldagem) ou plano de soldagem /
inspeção.

• Os desvios ou descontinuidades locais das juntas verticais soldadas não deverão exceder 13 mm. Este
“embicamento” deverá ser medido com um gabarito com 900 mm de comprimento e com uma face com o
raio nominal do tanque e a outra face plana, conforme figura abaixo (API 650, item 5.5.4):
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• Os desvios ou descontinuidades locais das juntas horizontais soldadas não deverão exceder 13 mm. Este
“embicamento” deverá ser medido com um gabarito com 900 mm de comprimento e face plana na
vertical, conforme figura abaixo.

3-ENSAIOS DE ESTANQUEIDADE.

3.1-Métodos de Ensaio de Estanqueidade.

A liberação do costado e fundo do tanque, quanto à estanqueidade, poderá ser feita conforme descrito
abaixo:
a) Pintando-se todas as juntas, pelo lado interno, com óleo de grande penetração ou líquido penetrante e
examinando-se o lado oposto (externo).
b) Aplicando-se vácuo, em qualquer lado das juntas, ou pressão de ar, internamente, examinando-se
cuidadosamente a ocorrência de vazamento – Ensaio de Formação de Bolhas Pressão Positiva / Negativa-
PO-010.
c) Qualquer combinação dos métodos estipulados nos itens acima.
d) Enchimento do tanque com água e inspeção visual do costado e fundo para observação de possíveis
vazamentos.
NOTA: Em caso de vazamento deve-se esvaziar o tanque até um nível que permita a execução do
reparo, e proceder novamente o teste, conforme descrito acima.

3.2-Teste Hidrostático.

Para tanques de teto fixo, a altura da coluna d´água deve ultrapassar de 50mm o topo da cantoneira de
reforço da borda superior do costado. Para tanques sem teto ou de teto flutuante, a altura da coluna d’água
não deve ultrapassar o topo da cantoneira de reforço da borda superior do costado, ou a parte inferior de
qualquer ladrão que limite a altura de enchimento.
O enchimento do tanque deverá ser feito de forma controlada, como descrito a seguir, para evitar que possa
ocorrer uma ruptura de enchimento.
Quando especificado, para o primeiro tanque testado em um determinado local, recomenda-se fazer o
recalque da fundação (conforme PO-015). Dependendo dos resultados que forem obtidos, nesse primeiro
teste, esses cuidados poderão ser diminuídos ou, pelo contrário, feitos com maior rigor.
No caso de se instalar mais tanques no mesmo local que o primeiro tanque, e desde que o comportamento da
base tenha sido satisfatório no teste de recalque, poderão ser dispensadas as medições de nível com 1/2 e 3/4
do enchimento.
Após a conclusão do teste de recalque, deverá se proceder a inspeção do teste hidrostático, registrando os
resultados em formulário específico.