Вы находитесь на странице: 1из 22

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

PLANEJAMENTO E GESTÃO DO LAYOUT:


ESTUDO DE CASO NA BIBLIOTECA DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

Felipe Vieira Camargo (UESC)


fe_vieirac@hotmail.com
Rodrigo Barros Correia Brandao (UESC)
rodrigoep2011.2@gmail.com
Geovana Pires Araujo Lima (UESC)
geovanapires1907@hotmail.com
Carina de Souza Ramos (UESC)
carina_ramos@hotmail.com.br
Juliano Zaffalon Gerber (UESC)
juliano_zg@hotmail.com

Obter uma melhor movimentação das pessoas e um transporte mais eficiente


de materiais nas organizações são premissas básicas do planejamento e
gestão do arranjo físico. No caso de uma biblioteca os benefícios se
expandem para a diminuição de ruídos e facilidade de busca e reposição dos
livros. Neste contexto este estudo visa, por intermédio de abordagens
teóricas e ferramentas de planejamento e gestão do arranjo físico, avaliar a
situação atual da Biblioteca da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e
propor melhorias no seu layout.

Palavras-chave: Otimização de layout, biblioteca universitária e


planejamento de arranjo físico
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

1. Introdução

Um sistema eficiente de manufatura combina quatro variáveis básicas: tecnologia de


fabricação utilizada; um layout otimizado; mão de obra treinada e motivada; e gerenciamento
adequado (Gonçalves Filho, 2005). O desenvolvimento de um layout eficiente é primordial
para o bom andamento da produção, por isso é necessário acompanhá-lo para que os ajustes
sejam realizados, caso contrário, tal atividade não irá agregar valor ao produto. A otimização
do layout possibilita a eliminação de uma série de desperdícios, como por exemplo, os
referentes a movimentação e transporte de materiais e produtos.

O arranjo físico ou layout de uma organização esta relacionado com o posicionamento e


distribuição dos recursos físicos. De acordo com Slack et al. (2009) arranjo físico envolve o
posicionamento relativo dos recursos transformadores dentro da operação e dos processos e a
alocação de tarefas aos recursos, que juntos ditam o fluxo de recursos transformadores ao
longo da operação ou processo.

Segundo Corrêa e Corrêa (2004), um bom projeto de arranjo físico visa tanto a eliminação das
atividades que não agregam valor, como o destaque das atividades que agregam. Para tal
propósito, o projeto de arranjo físico deve:

 Minimizar os custos de manuseio e movimentação interna de materiais;


 Utilizar de forma eficiente o espaço físico;
 Fazer uso eficiente da mão de obra, evitando movimentos desnecessários;
 Facilitar a comunicação entre as pessoas envolvidas na operação;
 Reduzir tempos de ciclo dentro da operação, garantindo fluxos mais linearizados,
sempre que possível e coerente com a estratégia;
 Facilitar a entrada, saída e movimentação dos fluxos de pessoas e de materiais;
 Incorporar medidas de qualidade;
 Atender a exigências legais de segurança no trabalho;
 Facilitar manutenção dos recursos, garantindo fácil acesso;
 Facilitar acesso visual às operações, quando adequado.

2
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

O projeto de um arranjo físico vai depender dos objetivos estratégicos da operação da


organização, deve ser pensado de forma a eliminar os desperdícios e potencializar o fluxo das
atividades que agregam valor, dos produtos ou serviços oferecidos.

Para auxiliar no projeto e na gestão dos arranjos físicos têm-se um significativo conjunto de
métodos, técnicas e ferramentas. No que tange a ambientes produtivos com as características
de uma biblioteca, observa-se proposições como a de Tubino (2009) que sugere um método
de balanceamento do arranjo físico de processo ou por função com etapas a serem cumpridas
em prol da minimização dos custos de movimentação. Ações complementares, onde torna-se
necessário ordenar itens, como é o caso de uma biblioteca livros, para melhorar ainda mais o
arranjo físico a técnica da Curva ABC se destaca entre as demais (DIAS, 2010).

Neste contexto, o objetivo deste artigo é, por intermédio de abordagens teóricas e ferramentas
de planejamento e gestão do arranjo físico, avaliar a situação atual do arranjo físico da
Biblioteca da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) considerando as variáveis (1)
disposição dos livros nas prateleiras e (2) fluxo de pessoas através dos corredores, para então
elaborar uma proposta que auxilie na melhoria do layout, de forma a redistribuir os livros nas
prateleiras e rearranjar os corredores, melhorando o fluxo de movimento dos servidores,
professores e alunos, além de eliminar movimentos desnecessários, diminuir ruídos e facilitar
a busca e reposição dos livros.

2. Planejamento e gestão dos arranjos físicos

Segundo Slack, Johnston e Chambers (2002), o planejamento dos arranjos físicos, também
conhecidos como layout, preocupa-se com o posicionamento e localização dos recursos de
transformação e os recursos a serem transformados. As instalações prediais, materiais, fluxo
de informações e clientes são diretamente afetados pela forma na qual o arranjo físico é
disposto.

Para Gaither e Frazier (2004) o planejamento do layout está estritamente atrelado com a
redução de custos, pois o foco está em evitar desperdícios e aproveitar melhor os recursos
produtivos e de processamento.

Segundo Neuman e Scalice (2015), o projeto do layout determina de forma detalhada o


posicionamento relativo dos recursos transformadores dentro da operação e dos processos e a

3
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

alocação de tarefas aos recursos. Este projeto está dividido em 4 etapas, sendo estas:
planejamento do projeto, que envolve a adequação do modelo às necessidades o novo layout;
projeto informacional, cujo foco está no levantamento e análise das informações necessárias
para realização do projeto; projeto conceitual, relacionado com a definição e escolha de
alternativas de projeto de layout; projeto detalhado, que objetiva o detalhamento e
melhoramento da alternativa selecionada, que é analisada e otimizada, para que proporcione
maiores ganhos e a eliminação de desperdícios. Um planejamento bem feito para se mudar um
arranjo físico pode impactar diretamente nos resultados de uma organização.

Além dos benefícios supracitados, o planejamento de layout pode melhorar a comunicação,


aumentar a moral dos funcionários, evitar acidentes de trabalho, melhorar o acesso dos
clientes, aumentar a eficiência da mão-de-obra e de máquinas (NEUMAN e SCALICE, 2015).

Para Slack (2009), um arranjo físico consiste no posicionamento dos recursos a serem
transformados, e como as várias tarefas de operações serão alocadas para que ocorra esta
transformação. Os objetivos do arranjo físico estão intimamente ligados aos objetivos
estratégicos da operação. O autor apresenta alguns objetivos gerais relevantes a todas as
operações: segurança inerente, extensão do fluxo, clareza do fluxo, conforto para os
funcionários, coordenação gerencial, acessibilidade, uso do espaço, flexibilidade de longo
prazo.

Segundo Russo (2009), diferentes alternativas de layout influem também de modo diverso na
movimentação de materiais. Entretanto, em qualquer alternativa adotada, duas variáveis se
destacam por seu poder de influência: intensidade de fluxo e distância percorrida. Conforme
BALLOU (2006) alguns fatores tais como disposição das mercadorias, a intensidade de uso
dos equipamentos e o nível de automação, influenciam diretamente no custo. O
posicionamento de cada departamento em uma organização, sua localização geográfica, é uma
importante decisão estratégica (RUSSO, 2009). A tabela 1 apresenta os tipos de arranjos
físicos mais básicos.

4
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

Tabela 1 - Tipos de arranjo físico

Fonte: adaptada de TUBINO (2009)

O arranjo físico da biblioteca universitária se adequa ao tipo de arranjo físico processo/por


função, pois as prateleiras comportam os livros de áreas iguais ou semelhantes e esta
disposição otimiza sua posição relativa.

Para este tipo de arranjo físico, TUBINO (2009) desenvolveu um método no qual devem ser
seguidas as seguintes etapas:

 Avaliar as instalações prediais;


 Realizar a matriz dos fluxos de cargas e movimentos;
 Especificar relação sequencial;
 Matriz dos custos das cargas e movimentos;
 Avaliar e revisar fluxos e custos.

Seguindo as etapas propostas por TUBINO (2009), primeiramente avaliadas as dimensões


prediais, onde pode-se verificar que estas não podiam ser alteradas de forma simples,
necessitando de mudanças estruturais, o que não seria viável. Com as observações feitas e os
dados disponibilizados pela gerência da biblioteca foi realizado o mapeamento do local e o
levantamento do fluxo nos corredores, foi também considerado a relação sequencial para
retirar o livro da biblioteca, no qual o indivíduo parte do hall em direção ao corredor,

5
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

necessitando passar pela recepção e voltar para o hall. Considerando esta movimentação foi
calculado o tempo para cada corredor, por fim, foi analisado e revisado o fluxo dos
corredores.

Como complemento ao método de balanceamento do Arranjo Físico por Processo/Por


Função, foi utilizada também a ferramenta Curva ABC, com o intuito de classificar os livros
mais solicitados e concentrar nestes um maior esforço para que não se tenha falta e para que
possam ser melhor alocados. Segundo Slack et. all (2007), a ferramenta Curva ABC tem sido
utilizada para atender três aspectos básicos de gestão dos estoques e produtos: assegurar que
os itens de maior valor sejam analisados em menores intervalos de tempo; assegurar que os
itens de menor valor sejam comprados ou fabricados em menor frequência e; identificar em
ordem de importância os itens estocados, pelo pressuposto de que se eles são de alto valor
também o são em termos de importância.

Os dados são organizados e separados em classes A,B ou C, dessa forma:

 Classe A: Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção
especial pela administração;
 Classe B: Grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C;
 Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da
administração.

Em geral são colocados, no máximo, 20% dos itens na classe A, 30% na classe B e os
restantes 50% na classe C. Como afirma Dias (2009), essas porcentagens poderão variar de
caso para caso, segundo as diferentes necessidades de tratamentos administrativos a serem
aplicados.

Tubino (2009) apresenta os seguintes passos para desenvolver a classificação ABC dos itens.

 Calcula-se a demanda valorizada de cada item, multiplicando-se o valor da demanda


pelo custo unitário do item;
 Colocam-se os itens em ordem decrescente de valor de demanda valorizada;
 Calcula-se a demanda valorizada total dos itens;
 Calculam-se as percentagens da demanda valorizada de cada item em relação à
demanda valorizada total, podendo-se calcular também as percentagens acumuladas;

6
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

 Em função dos critérios de decisões, estabelecem-se as classes A, B e C.

3. Metodologia

Para desenvolver o trabalho, primeiramente foi feita a categorização da pesquisa, sendo esta
um estudo de caso. A partir disto foi utilizada a técnica de pesquisa bibliográfica, na qual foi
realizada consulta em materiais já elaborados, dados de fontes secundárias, como artigos,
livros; também foram obtidos dados primários, através de observações realizadas na
biblioteca universitária, além dos dados fornecidos pela gerência, no qual embasaram o estudo
de caso.

Segundo Yin, um estudo de caso se caracteriza por ser uma investigação científica que
investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, e beneficia-se do
desenvolvimento de métodos já estabelecidos para conduzir a coleta e análise dos dados.
(YIN, 2001, p. 32-33).

A partir da caracterização da pesquisa foi desenvolvido um conjunto de etapas baseado em


Tubino 2009, que auxiliaram a realização do estudo. Foram realizadas também as atividades
de revisão bibliográfica, a fim de conhecer o estado da arte acerca dos assuntos de estudos de
caso, arranjo físico e otimização de layout; mapeamento do layout atual da biblioteca fazendo
o uso o software AutoCAD® para desenho; mapeamento do fluxo de movimento;
planejamento do projeto do novo layout, visando atender o objetivo do trabalho; além do uso
de Excel para construção de tabelas e gráficos. O diagrama de blocos 1 ilustra os métodos
para a execução o trabalho.

Diagrama de blocos 1: Ilustração da metodologia empregada

7
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

Fonte: autoria própria

Para a realização deste trabalho, primeiramente foi feita a caracterização da pesquisa,


posteriormente a revisão bibliográfica para embasar os conceitos, em seguida a definição das
atividades, mapeando o layout da biblioteca universitária, avaliando as dimensões prediais,
em seguida o desenho técnico foi realizado no software AutoCAD®. Através de observações
na biblioteca foram registrados os fluxos, e cronometrado o tempo necessário para chegar em
cada corredor, tendo como referência o hall.

A partir desses dados quantitativos, planejou-se o que poderia ser melhorado no layout da
biblioteca cruzando com os dados disponibilizados pela gerência da biblioteca, utilizando o
modelo proposto por Tubino(2009) e a ferramenta Curva ABC de forma complementar. Para
apresentação de resultados obtidos foram utilizados gráficos e tabelas, com o auxilio da
ferramenta do Office, Excel. Posteriormente foi feito o planejamento e desenvolvimento do
novo layout, com o intuito de otimizar o arranjo de forma estratégica, aproximando os livros
mais solicitados do hall, visando a eliminação de movimentos desnecessários e redução dos
ruídos oriundos destas movimentações dentro da biblioteca universitária.

8
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

4. Arranjo físico da biblioteca universitária da UESC: estudo de caso

A Biblioteca Universitária da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) conta com um


acervo de mais de 5 mil livros dos mais variados assuntos, distribuídos em 18 corredores.
Com o auxílio do software AutoCad®, desenhou-se a planta e a disposição atual das
prateleiras e corredores na biblioteca, conforme a imagem a seguir:

Figura 1- Atual layout da biblioteca da UESC.

Fonte: autoria própria

O fluxo de estudantes na biblioteca é constante e alguns corredores são mais frequentados que
outros. Através de observações no turno vespertino entre as 15:30h até as 16:30h, do dia 27 de
agosto de 2014. A tabela 1 apresenta o resultado da leitura do fluxo de pessoas em cada
corredor neste período.

Tabela 1: Fluxo de movimentos de pessoas na biblioteca no turno vespertino.

9
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

Fluxo de Movimento de Pessoas na Biblioteca/ Por corredor

Corredores Fluxo de Pessoas Tempo Médio


1 0 15 seg
2 0 14 seg
3 0 13 seg
4 0 12 seg
5 0 11 seg
6 0 10 seg
7 6 9 seg
8 4 8 seg
9 2 8 seg
10 1 9 seg
11 1 10 seg
12 4 11 seg
13 0 12 seg
14 0 13 seg
15 1 8 seg
16 1 7 seg
17 1 6 seg
18 0 5 seg

Fonte: autoria própria

Nos corredores 1, 2, 3, 4, 5, 6, 13, 14, e 18 não foi observado nenhum movimento, porém nos
outros corredores houve fluxo de pessoas, conforme o gráfico 1:

Gráfico 1- Fluxo de pessoas na biblioteca no turno vespertino

Fonte: autoria própria


Pode-se observar que o corredor mais visitado foi o 7. Esta é a seção mais procurada,
geralmente frequentada por estudante das engenharias e ciências exatas pois os livros de
cálculo ficam nesse corredor. Além disso, estudantes de LEA e letras também possuem livros

10
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

neste corredor. O corredor 8 já é mais direcionado aos discentes dos cursos de Engenharia e
Ciências Exatas. O corredor 10 é mais usado por estudantes de Enfermagem e Educação
física. Já a seção 11, os estudantes de Medicina utilizam mais. O corredor 12 foi muito
procurado, sendo 4 o número de pessoas que adentraram neste caminho. Esta seção é mais
procurada por estudantes por estudantes de Medicina Veterinária. Já os corredores 15, 16 e 17
possuem livros relacionados a Literatura Brasileira.

No dia 1 de setembro de 2014, foi realizada outra observação, dessa vez na parte noturna,
entre os horários de 19:30h até as 20:30h. A tabela 2 apresenta os resultados desta leitura.

Tabela 2: Fluxo de movimentos de pessoas na biblioteca no turno noturno (01/09/2015 das 19:30h as
20:30h).

Fluxo de Movimento de Pessoas na Biblioteca/ Por Estante

Corredores Fluxo de Pessoas Tempo Médio


1 4 15 seg
2 2 14 seg
3 0 13 seg
4 2 12 seg
5 0 11 seg
6 2 10 seg
7 3 9 seg
8 3 8 seg
9 3 8 seg
10 0 9 seg
11 0 10 seg
12 0 11 seg
13 0 12 seg
14 0 13 seg
15 0 8 seg
16 0 7 seg
17 0 6 seg
18 0 5 seg

Fonte: autoria própria

Nos corredores 3, ,5, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17 e 18 não foi observado nenhum
movimento, porém nos outros corredores houve fluxo de pessoas, conforme ilustrado no
gráfico 2.

11
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

Gráfico 2: Fluxo de pessoas na biblioteca no turno noturno (01/09/2015 das 19:30h as 20:30h).

Fonte: autoria própria

Pode-se observar que o corredor mais visitado foi o 1. Esta é a seção mais procurada no
período noturno. Seguido dos corredores 7, 8 e 9 que tiveram o fluxo de 3 alunos cada. E dos
corredores 2, 4 e 6 fora registrado o fluxo de 2 alunos cada.

No dia 25 de março de 2015, no horário de 9:10h às 10:10h, fora realizada outra observação
no fluxo de movimentação de pessoas na biblioteca afim de coletar mais dados para
incrementar no estudo. A tabela 3 apresenta os resultados.

12
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

Tabela 3 – Fluxo de movimento de pessoas na biblioteca por estante (25/03/2015, das 9:10h as 10:10h).

Fluxo de Movimento de Pessoas na Biblioteca Por Estante

Corredores Fluxo de Pessoas Tempo Médio


1 0 15 seg
2 2 14 seg
3 0 13 seg
4 1 12 seg
5 0 11 seg
6 1 10 seg
7 8 9 seg
8 4 8 seg
9 2 8 seg
10 1 9 seg
11 1 10 seg
12 3 11 seg
13 0 12 seg
14 0 13 seg
15 1 8 seg
16 1 7 seg
17 2 6 seg
18 0 5 seg

Fonte: autoria própria

Pode-se observar que o corredor mais visitado foi o 7, igualmente para o turno vespertino
apresentado no gráfico 1. Seguido no corredor 8 e 12. Nos corredores 1, 3, 5, 13, 14 e 18 não
ocorreram fluxo de pessoas durante o período observado. O gráfico 3 ilustra os resultados.

Gráfico 3: Fluxo de pessoas no turno matutino (25/03/2015, das 9:10h as 10:10h).

Fonte: autoria própria

13
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

O mesmo procedimento fora aplicado para uma series de mais 6 observações realizadas em
turnos e dias diferentes, no período de 02 de abril de 2015 a 09 de abril de 2015, com duração
aproximada de 1:00 h, foi possível analisar o fluxo de pessoas nos corredores, a tabela 4
apresenta os resultados.

Tabela 4 – Fluxo de movimento de pessoas na biblioteca por corredor (de 02/04/2015 a 09/04/2015)

Fluxo de Movimento de Pessoas na Biblioteca/ Por corredor


Corredores Fluxo de Pessoas Tempo Médio
1 10 15 seg
2 4 14 seg
3 7 13 seg
4 8 12 seg
5 7 11 seg
6 6 10 seg
7 43 9 seg
8 42 8 seg
9 37 8 seg
10 26 9 seg
11 9 10 seg
12 18 11 seg
13 8 12 seg
14 2 13 seg
15 1 8 seg
16 0 7 seg
17 0 6 seg
18 2 5 seg

Fonte: autoria própria

Nos dias de observação foram verificados um grande fluxo de pessoas nos corredores, 7, 8,
10,9 respectivamente, considerando as todas as observações feitas e somando-os, a fim de
verificar de forma geral o maior fluxo de pessoas pelos corredores da biblioteca, obtém-se o
que os três corredores de maior fluxo são os 7, 8,9 respectivamente. Conforme ilustrado no
gráfico 4.

14
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

Gráfico 4: Fluxo de movimento da biblioteca somando os dois dias de observação (de 02/04/2015 a 09/04/2015).

Fonte: autoria própria

De acordo as 9 observações registradas em dias e turnos distinto, observa-se que os corredores


7, 8, 9,10 e 12 respectivamente possui um maior fluxo de pessoas. Por existir alguns
corredores mais frequentados que outros, há necessidade de criar um novo layout para os
estudantes economizarem tempo ao se deslocar até o corredor desejado e também para
facilitar aos funcionários na reposição das prateleiras. Um estudo relacionando o fluxo dos
livros com os conceitos de Pareto, ou curva ABC, também foram aplicados. Com o objetivo
de conseguir uma fácil visualização e identificação os livros mais solicitados da biblioteca.

Com o intuito de agregar maior confiabilidade as observações feitas, fora solicitado os dados
à diretoria da biblioteca, dos 55 títulos de maior saída da biblioteca, o equivalente 16.735
empréstimos de livros no período registrado foi de 01 de junho de 2014 até 30 de março de
2015, pode-se verificar que os corredores onde estão os 55 livros mais solicitados são
respectivamente 7,8, 9, 10 e 12. O gráfico 5 apresenta esses resultados.

Gráfico 5: Fluxo nos


corredores dos 55 livros mais

15
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

solicitados na biblioteca.

Fonte: autoria própria

Considerando o gráfico 4, dados observados, verificou-se que os corredores de maior fluxo


são respectivamente os corredores 7, 8, 9, 10 e 12, e observando o gráfico 5, que foram dados
concedido pela diretoria da biblioteca, os corredores de maior fluxo foram respectivamente os
corredores 7,8,9,10 e 12, igualmente os dados oriundos de observações. Visando aproximar os
corredores mais solicitados da entrada da biblioteca, foi proposto a realocação dos corredores,
baseado nas informações extraídas dos dados fornecidos, e das observações realizadas, a
partir das tendências ilustradas nos gráficos 4 e 5, e os tempos necessários para realizar o
percurso do hall de entrada até o corredor desejado.A tabela 5 apresenta a proposta de
substituições dos corredores.

Tabela 5: Proposta de substituição dos corredores


Corredor atual Tempos Corredor ideal
1 15 seg 7
2 14 seg 8
3 13 seg 9
4 12 seg 10
5 11 seg 12
6 10 seg 1
7 9 seg 4
8 8 seg 11
9 8 seg 6
10 9 seg 2
11 10 seg 13
12 11 seg 3
13 12 seg 5
14 13 seg 15
15 8 seg 17
16 7 seg 14
17 6 seg 16
18 5 seg 18

16
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

Fonte: autoria própria

Com base na proposta de mudança apresentada na tabela 5, pode-se propor a otimização


ilustrada na figura 2 explicada em detalhes logo a seguir.

Figura 2 - Layout atual da biblioteca

Fonte: autoria própria

Considerando o rearranjo dos corredores mais solicitados, a mudança mais significativa


ocorreu no corredor 1, onde o mesmo foi alocado para o lugar do corredor 8, sendo assim o
tempo de caminhada do hall de entrada até o corredor que era de 15 segundos, com o novo
arranjo de layout passa a ser de 8 segundos. Por uma simples mudança de prateleira é
possível economizar 7 segundos, praticamente a metade do tempo, e melhorar o fluxo de
movimento da área da biblioteca da UESC.

5. Diagrama de Pareto, curva ABC: análise do posicionamento dos livros mais


solicitados.

17
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

Dias (2010) afirma que a Curva ABC permite identificar aqueles itens que justificam atenção
e tratamento adequado quanto à sua administração. Para elaboração do estudo, a ferramenta
ABC foi imprescindível para analisar e classificar os livros de maior saída por corredor da
biblioteca da UESC, a fim de verificar se a sua posição na prateleira está otimizada.

A tabela 4 apresenta o fluxo de saída dos 10 primeiros livros nas prateleiras, apresentando
respectivamente a colocação, autor, título, quantidade de livros saídos, corredores onde os
livros se encontram, posição atual dos livros e a proposta de mudança nos livros na prateleira.

Tabela 6 - Análise da disposição dos livros nas estantes da biblioteca


Colocação Autor Título Qtde. Corredor Posição atual Mudança
na prateleira proposta na
prateleira
1° STEINBUCH Geometria analítica 647 8 1 1
2° GUIDORIZZI Calculo 1 642 7 2 1
3° HALLIDAY Fundamento de física 1 547 8 6 1
4° LEITHOLD Calculo com geometria 538 7 1 1
analítica
5° ZILL Equações diferenciais 522 8 1 1

6° LEITHOLD Calculo com geometria 473 7 1 1


analítica 2V
7° RUSSEL Química geral 463 9 8 1
8° HALLIDAY Fundamento de física 3 460 7 6 1
9° SWOKOWSKI Calculo com geometria 456 8 1 1
analítica 2V
10° HIBBELER Resistência dos materiais 434 12 8 1
Fonte: autoria própria

A partir da tabela 4 pode-se perceber que os livros Fundamentos de física 1, Química


Geral, Fundamentos de Física 3 e Resistência dos Materiais, ocupam posições razoavelmente
distante, por serem livro altamente solicitados, desta forma é recomendado que estes livros
fiquem na primeira sessão das suas respectivas prateleiras, os livros Geometria Analítica,
Cálculo 1, Cálculo com geometria analítica, Equações diferenciais, Calculo com geometria
analítica 2V, por serem livros altamente requisitado, estão ocupando um posicionamento
adequado nas suas respectivas prateleiras.

Fazendo a relação com a curva ABC, para os 20 livros de maior fluxo da biblioteca, pode-se
perceber, que 80% do fluxo corresponde a 20% do livros, que são: Geometria analítica,
Cálculo 1, Fundamento de física 1, Cálculo com geometria analítica, destacados na cor verde
na tabela 5, que corresponde a classe A, os livros Equações diferenciais, Cálculo com

18
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

geometria analítica 2, Química geral, Fundamento de física 3, Cálculo com geometria


analítica 2V, Resistência dos materiais destacados na cor azul, são 30 % dos livros
responsáveis por 15% do fluxo na biblioteca, sendo estes de classe B, os livros que compõe a
classe C são: Histologia básica, Cálculo numérico, Cálculo v2, Cálculo A, Evolução, Curso de
física básica, Curso de física básica 4, Epistemologia, Um curso de calculo, Física para
cientistas e engenheiros, estes são 50% dos livros observados, que corresponde a 5% do fluxo
de livros na biblioteca.

Tabela 7 – Análise do fluxo de livros para construção da curva ABC

Fonte: autoria própria

Com o auxílio da tabela 5, foi engendrada a curva ABC para o fluxo dos livros na biblioteca,
que é ilustrada no gráfico 5.

19
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

Gráfico 5: Curva ABC do fluxo de livros da biblioteca

Fonte: autoria própria

Com a utilização da curva ABC facilita visualizar e identificar os livros mais solicitados,
possibilitando a concentração de esforços para melhor posiciona-los e encontra-los com maior
facilidade e menos esforço nas respectivas prateleiras. Além disso, o método auxilia na
analise quantitativa do acervo em atender o fluxo de empréstimos.

6. Considerações finais

Através das técnicas, ferramentas e métodos identificados na literatura este estudo procurou
desenvolver uma proposta de melhoria da movimentação das pessoas, transporte de livros e
diminuição de ruídos na biblioteca universitária da UESC. Para tal, foram eleitas como
principais instrumentos o método balanceamento de arranjos físicos de processo e a Curva
ABC.

Com os dados coletados e analisados, verificou-se que o layout não está disposto de forma
adequada, logo foi proposta a realocação dos corredores e livros de maior fluxo.

A conclusão é que demonstra ser possível realizar mudanças e rearranjos para conseguir
otimizar as tarefas realizadas na BU da UESC, eliminando movimentos desnecessários. Em
particular, obteve-se uma diminuição significativa no corredor 1, o qual foi alocado para o

20
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

lugar do corredor 8, dai o tempo de caminhada do hall de entrada até o corredor era de 15
segundos e com o novo arranjo de layout passou a ser de 8 segundos, conseguindo assim uma
economia de 7 segundos e consequentemente melhorando o fluxo de movimento da área da
biblioteca da UESC. Com a aplicação do diagrama de Pareto, ou curva ABC, foi possível
identificar a maior frequência de saída dos livros, possibilitando uma fácil visualização dos
exemplares mais solicitados, servindo de indicador para a necessidade de ampliar a
quantidade destes exemplares.

REFERÊNCIAS

BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. 5ªed. Porto Alegre:


Bookman, 2006.

CLOVIS, P.R. Armazenagem, controle e distribuição. Curitiba Ibpex, 2009.

CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações: manufatura e serviços – uma


abordagem estratégica. Editora Atlas, 2004.

DIAS P. M. A. Administração de materiais: Uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2010.

GAITHER, Norman; FRAZIER, Greg. Administração da Produção e Operações. 8. ed. São Paulo: Pioneira,
2004.

GARCIA, Carlos Alberto. Plant Layout. Unesp. São Paulo. 2002.

NEUMAN, C.; SCALICE, R.K. Projeto de Fábrica e Layout. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.

SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. ADIMINISTRA DA PRODUÇÃO. São Paulo,
Editora ATLAS S.A, 2009.

Slack, N., Chambers, S. & Johnston, R. Operations Management. Fith Edition, Harlow: Pearson Education.
2007.

Slack, N., Johnston, R., & Chambers, S. (2002). Administração da produção (2a Edição ed.). São Paulo:
Editora Atlas.

SILVA, Alessandro Lucas da; RENTES, Antonio Freitas. UM MODELO DE PROJETO DE LAYOUT PARA
AMBIENTES JOB SHOP COM ALTA VARIEDADE DE PEÇAS BASEADO NOS CONCEITOS DA
PRODUÇÃO ENXUTA. Gest. Prod. vol.19 no.3 São Carlos, 2012.

21
XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção

Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

SILVA, Alessandro Lucas da; RENTES, Antonio Freitas. TORNANDO O LAYOUT ENXUTO COM BASE
NO CONCEITO DE MINI-FÁBRICAS NUM AMVIENTE MULTIPRODUTOS: UM ESTUDO DE
CASO. XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002.

TUBINO, Dalvio F. Planejamento e Controle da Produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

YIN, Robert K. Estudo de caso – planejamento e métodos. (2Ed.). Porto Alegre: Bookman. 2001.

22

Вам также может понравиться