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Os quatro elementos
Para os gregos e para a maior parte das tradições ocidentais, os elementos são em número de quatro:
água, ar, fogo e terra. Eles não são irredutíveis entre si; transformam-se uns nos outros.
Nos ensinamentos da tradição grega, os quatro elementos,
fogo, terra, água e ar, resultam da combinação
das quatro qualidade primordiais: quente, seco, frio e úmido.
No plano interior e espiritual, há também um atributo próprio a cada elemento. O fogo (e vale para
o naipe de Paus) é considerado como o elemento motor, que anima, transforma, que faz evoluir de
um para outro os três estados da matéria: sólido (terra), líquido (água) e gasoso (ar).
O ser de fogo, por exemplo, simboliza o agente de toda evolução. Em outros contextos simbólicos,
a imagem do ar (naipe de Espadas) está na base de uma psicologia ascensional, evolutiva, que tem
seu sentido no alçar vôo e na queda.
Cada elemento pode ainda ser associado a um conjunto de condições dadas à vida, numa visão
evolutiva, na qual o desenrolar do ciclo tem início com o primeiro elemento (Água, naipe de
Copas), para terminar com o último (Terra, naipe de Ouros), passando pelos termos intermediários
(Ar e Fogo, naipes de Espadas e Paus).
Tem-se, assim, uma ordem quaternária na:
Natureza: inverno, primavera, verão e outono; meia noite, nascer do dia, meio dia, pôr-do-sol;
Temperamentos: linfático, sangüíneo, bilioso, nervoso;
Tipos junguianos: sentimento, pensamento, sensação, intuição;
Etapas da vida humana: infância, juventude, maturidade e velhice, etc.
Na iniciação maçônica, começa-se por sair da Terra (naipe de Ouros), passando-se a seguir por
purificações pelo Ar (naipe de Espadas), pela Água (naipe de Copas) e pelo Fogo (naipe de Paus).
Liberta-se, passo a passo, da vida material, da Filosofia e da Religião para finalmente alcançar a
Iniciação pura.
Na mística sufi, as etapas de evolução são apresentadas numa relação exatamente oposta: deve-se
deixar a realidade ilusória (ar), queimar dentro de si as imagens (fogo), apreender a divina realidade
no que ela tem de mais fluido e impreciso (água) e finalmente fundir-se na total e única realidade,
divina, verdadeiramente sólida (terra).
Resumos
São apresentados, abaixo, alguns quadros que ajudam a dar uma visão de conjunto das relações do
quaternário em diferentes linguagens simbólicas.
Ar-Espadas: mundo das idéias arquetípicas e das relações. Pensamentos e teorias. Descobertas e
invenções. Racionalidade e imparcialidade. Cooperação, flexibilidade. Penetração, respiração,
"prana".
(-) excentricidade, instabilidade, superficialidade.
Tipo: pensamento. Temperamento: sangüíneo.
Gênios: os silfos e sílfides, que podem ser controlados pela constância.