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Conceito e definição: é o nome da empresa pela qual é conhecida, e pela qual pode demandar ou ser demandada.
Firma ou razão: sempre formada à base do nome e/ou patronímico.
Firma / razão: pode ser individual ou social.
Individual: quando a empresa for individual. Não tem quadro social.
Social: quando a empresa for coletiva (sociedade). tem quadro social.
Firma: é o nome sob o qual a empresa negocia, ou seja, é sua assinatura.
Não é, como popularmente significa, o local onde se trabalha.
Empresas mercantis: individuais e coletivas.
A expressão firma e a expressão razão são sinônimas. Tem gente que considera razão como gênero de firma, mas são
sinônimas. Quando se fala em firma ou razão quer dizer que tem um nome comercial da empresa formado a base do nome
ou patronímico dos sócios. Se for empresa individual, pode ter o nome do sócio – tipo João Bastos Sapataria – nome da
pessoa individual, incluindo o nome sapataria, para diferenciar a pessoa física da pessoa jurídica. Quando usa o nome ou
patronímico, mais a expressão da empresa individual, se diz que isso é uma firma ou razão. Será razão social ou firma social
somente quando a empresa for coletiva (quando for uma sociedade mercantil). Se é empresa individual não se chama firma
ou razão social, mas firma individual ou razão individual, mas nunca social. Isso se for individual, vai ser firma ou razão
individual.
Se for coletiva, vai ter dois ou mais sócios no quadro social da empresa, e aí se pode falar em razão ou firma social, tipo
João Bastos e José Santos Ltda. Agora se tem uma firma coletiva, por que se tem uma empresa coletiva, que é uma
sociedade, e tem o nome dos dois sócios compondo a firma social da empresa, a firma ou razão social da empresa. Agora,
sim, se fala em firma social ou razão social.
Aquisição de firma: art. 7º, D. 916/1890: é proibida aquisição de firma sem a do estabelecimento a que estiver ligada.
O nome comercial é inalienável, pois é um atributo da personalidade.
Denominação: só em dois modelos societários: sociedades limitadas e sociedades anônimas, por que a firma ou razão
normalmente se utiliza em empresas mercantis de pessoas ou sociedades mercantis de pessoas. a denominação é utilizada
somente em empresas coletivas, nas limitadas ou nas S.A’s. a denominação é vedada em empresas individuais. Ex. de
denominação na limitada: pode ser qualquer tipo de expressão, desde que não seja vedada e não seja contrária ao objeto da
empresa. Nas sociedades anônimas também. Pode colocar, p. ex., Companhia Paranaense de Energia. Sempre que a
expressão “companhia” antecede o nome da empresa, tem-se uma S.A. ou Wallmart, S.A. Também tem S.A. quando o
nome é sucedido pela expressão “S.A.”. nos nomes comerciais compostos a base do nome ou patronímico dos sócios nas
empresas coletivas, pode usar a expressão companhia também, mas de outro modo. Ex.: João Bastos e Companhia Ltda. –
a expressão “companhia”, quando antecede o nome da empresa, é uma S.A. (sociedade anônima). Quando a expressão
“companhia” sucede o nome escolhido para a empresa, não é S.A., mas pode ser uma comandita, uma limitada, conforme
o caso etc.
Firma ou razão pode ser individual ou social, conforme seja de empresa individual ou empresa coletiva. Onde se fala
empresa coletiva, se fala também em sociedades mercantis.
Denominação: não há problema. Ex.: Padaria São José Ltda. É um nome de caráter impessoal, atribuído às sociedades
anônimas, comandita por ações e limitadas, pois não há ligação à pessoa. Por isso a denominação pode ser negociada, pelo
caráter impessoal a ela atribuído.
O art. 7º, do D. 916/1890: impõe que o nome não pode ser vendido sem o estabelecimento, porque isso pode causar confusão
aos consumidores.
Direito ao registro de firma: art. 5º, decreto 916: nome comercial não dá direito à propriedade.
O registro na junta comercial, do nome comercial, não assegura a propriedade. Não pode ser dono do nome comercial
utilizado pela empresa. No entanto, o registro dá direito de uso exclusivo do nome enquanto a empresa estiver em vigor. O
nome comercial não pode ser apropriado. Não pode ser dono do nome comercial. A proteção esperada é a do 61, do 5º, dec.
916, a do 33 (lei 8934), mas é proteção que assegura exclusividade do uso do nome, se e quando a empresa estiver
funcionando. E tem uma regra no 60 e no 68 dizendo que se em 10 anos não fizer qualquer alteração na empresa,
automaticamente o registro cai. Não aumentou capital, não aumentou os sócios etc., embora esteja funcionando, se
formalmente não for registrada nenhuma atividade, vai para o diretor da junta, que manda baixar o nome da empresa. Então
alguma outra empresa vai poder se apropriar daquele nome. As marcas dão direito a royalties. Lei 9239/96. Para os nomes
comerciais, não (decreto 916/1890 e lei 8934/94). A marca da lei 9329 dá direito à propriedade de marcas. E os nomes
comerciais, do dec. e da lei dão direito ao uso da firma, mas não é possível apropriar-se do nome comercial.
Mas é possível, em certas ocasiões, adquirir o nome comercial da empresa. Isso por que pode ser que a fama da empresa
dependa do seu nome comercial. O problema é que sempre que deixa o nome na formação do nome comercial da empresa
continua solidário das obrigações assumidas. Ex.: um dos sócios quer sair da empresa. Sai, e entra outra pessoa. Mas o
nome da pessoa que saiu, que constituía o nome da empesa, fazia o social da empresa e a fama da empresa. por isso, a
pessoa que entrou na empresa não quer que o nome da pessoa que saiu deixe a empresa. mas se a pessoa que saiu deixar
seu nome, se solidariza, ainda que não seja mais sócio. Então se deixa seu nome ou patronímico no nome da empresa, ainda
que não seja mais sócio, os negócios estão sendo feitos também em seu nome. Mas tem o art. 7º (aquisição da firma), p.
único, onde dá para tirar isso, colocando o nome atual, sucessor do nome anterior, tipo: Ana Terra e José Santos Ltda.
Sucessores de João Bastos e José Santos Ltda. Indica-se explicitamente que Ana Terra e José Santos sucedem a João Bastos
e José Santos. Para João Bastos, provavelmente vai ser remunerado para essa manutenção e o João Bastos não se solidariza
se o nome está dessa maneira. O nome dele continua na empresa, ainda que não seja mais sócio, mas não se solidariza.
Feito o nome dessa maneira, pode utilizar só essa expressão nos papéis, do que vem depois do “sucessores”, para não ficar
um nome tão grande. Fica o nome de antes para que a boa fama da natureza se mantenha. O nome do comerciante é
fundamental para a manutenção dos negócios. Preocupação de que a substituição das pessoas, que pode alterar o nome, não
provoque prejuízo ao faturamento, pois provoca dúvidas no mercado. Aí a utilização dessa técnica, de colocar o termo
“sucessores”, permite que utilizem o nome anterior nos negócios mercantis.
Problema: o nome quando se tenta negociar é quando o nome é a base de firma ou razão. Ex.: João Bastos & Cia Ltda.
O nome comercial (firma / razão) deve ser alterado se o sócio cujo nome o compõe sair da sociedade, sob pena de o sócio
retirante continuar responsável pelas obrigações da empresa.
Solução: declaração “sucessor de”: afasta a solidariedade do sócio retirante.
Art. 7º, p. único – o adquirente por ato inter vivos ou mortis causa poderá continuar a usar da firma, antecedendo-a da de
que usar, com a declaração – “sucessor de”.
Tem a finalidade de manter o nome empresarial, que pode ter uma boa fama no mercado, inalterado.
O sócio retirante pode ser remunerado por dispor de seu nome, ou não, se assim preferir. Ex.: Jacó Santos e José Vieira
Ltda. Sucessor de João Bastos & Cia Ltda.
Uso ilegal da firma: art. 10, dec. 916/1890:
§2º: a propriedade da firma é imprescritível e só deixará de subsistir no caso do art. 9º.
Art. 33, lei 8934 e dec. 1800/96:
Crítica: a propriedade da firma. A firma (nome social) não pode se apropriar.
Enquanto a empresa estiver em funcionamento, o nome fica preso, vinculado à empresa, por isso “a firma é imprescritível”.
Por isso que a proteção se dá não pelo direito de propriedade sobre o nome, mas do arquivamento na Junta Comercial.
A proteção ao uso do nome decorre do arquivamento na Junta Comercial.
Por isso o nome comercial fica nacionalmente vinculado ao NIRE.
Órgãos registrais:
Estaduais: cartório / tabelionato;
Federais: para marca, desenho industrial etc. – lei 9279 (?).
Para as coisas de comercio, a junta comercial é o órgão responsável pelo registro.
Sistema registral do comércio:
DNRC (departamento nacional de registro do comércio) – órgão principal.
Aí tem as estaduais:
JCPR (junta comercial do Estado do Paraná).
As juntas são estaduais.
As juntas fazem a coleta de dados, informações, documentos e alimentam essa base de dados que alimenta a base do DNRC.
Projeto de unificação dessa base de dados. Para que se veja se não tem nome similar ao que se quer registrar.
De qualquer maneira, a proteção é de uso – enquanto estiver usando aquele nome comercial da empresa, tem direito à
exclusividade do nome, mas não é possível tornar-se dono do nome comercial da empresa. o nome comercial da empresa
não dá direito a royalties, não pode ser apropriado.
Pode acontecer de o nome comercial confundir-se com a marca.
Antes do prazo do 48 e do 60, de 10 anos, pode juntar uma nota fiscal e encaminha para a junta comercial, informando que
a empresa está aberta e em funcionamento. Mesmo por que, para este ato, a lei não prevê um recurso. Se passa o prazo sem
isso, a empresa é baixada e deixa de existir. O prazo existe por que parte-se da presunção de que a empresa não está
funcionando, aí o comerciante que tem que provar que a empresa está em funcionamento.
Princípio da veracidade: principio pelo qual só podem constar no nome comercial da empresa as pessoas que integram a
empresa. isso quer dizer que se tem empresa formada a base de duas pessoas, por exemplo, o nome comercial só pode ser
formado à base do nome dessas duas pessoas. essa regra não ocorre em relação às denominações, só em relação às firmas
ou razões. Não ocorre nas denominações, por conta de sua impessoalidade, pois podem ser compostas por qualquer
expressão, desde que não seja vedada por lei nem em desacordo com a atividade da empresa.
Cada modelo social ou de empresa pode ter um nome:
Empresas individuais:
Pode ser o nome do empresário e a lei não diz necessariamente que o nome da empresa deve ser absolutamente distinto do
nome da pessoa natural, o que gera a impressão de que a empresa poderia se chamar exatamente como se chama a pessoa
natural, mas isso gera problemas. Por isso a regra é que o nome ou patronímico do empresário seja sempre acompanhado
de uma expressão que indique a natureza da atividade desenvolvida, tipo João Bastos Sapataria, p. ex. Para individualizar,
separar da pessoa natural. Se tem outro João Bastos que quer abrir uma sapataria, pode colocar, p. ex., João Bastos Comércio
de Calçados. Questão de homônimos.
Nomes comerciais das sociedades mercantis – próxima aula.
Escrita mercantil
Semelhante a
Livros comerciais
Semelhante a
Contabilidade do comerciante
Mas diferentes.
Mista:
Sociedade por cotas de responsabilidade limitada – Decreto 3708/19, art. 1052, CC.
Sociedade anônima por ações – lei 6404/76.
Sociedade em comandita por ações – lei 6404/76
ARQUIVAMENTO:
Pela Lei de Registros Públicos (LRP), o registro compreende a matrícula, o cancelamento e o arquivamento.
Podem ser arquivados: docs. de constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades
mercantis e cooperativas... – art. 32, I, II e III, lei 8934/94.
Art. 35: é vedado o arquivamento de.
Não podem ainda ser arquivados os contratos ou estatutos de sociedades mercantis, ainda não aprovados pelo governo, nos
casos em que for necessária essa aprovação, bem como as posteriores alterações, antes de igualmente aprovadas. Será
também obstado o andamento de qualquer documento de alteração de firmas individuais ou sociedades, sem que dos
respectivos requerimentos e instrumentos conste o nº de identificação de registro de empresas – NIRE.
Os pedidos de arquivamento apresentados obedecerão ao prazo de 30 dias contados de sua assinatura para apresenta-los a
registro.
Os efeitos do arquivamento retroagirão à data em que for apresentado o documento.
Se excedido o limite de 30 dias, o arquivamento só terá eficácia a partir do despacho que o conceder.
Arts. 37 e 38, LRP: O pedido de arquivamento deve ser instruído com o doc. original de constituição, modificação ou
extinção de empresas mercantis, assinado por...
Embora a lei confirme o fato de que nenhum outro doc., além daqueles arrolados, pode ser exigido, dependendo da atividade,
poderá a junta comercial solicitar outros docs. E cada empresa deverá montar um dossiê completo, mesmo que sejam do
mesmo grupo empresarial, e desde que constituam empresas mercantis fisicamente distintas.
O requerimento em si deve vir instruído com: art. 37, lei.
Segundo Fran Martins, “não mais subsiste o regime sumario para registro e arquivamento no registro de comércio, como
instituído pela lei 6939/81, em razão da entrada em vigor da lei 8934/94, revogando, expressamente, em seu art. 67, a lei
anterior.
LIVROS MERCANTIS
Os livros comerciais têm formalidades.
Não podem ter rasuras, p. ex. Se for físico tem que ser autenticado mecanicamente. A gráfica tem que ter autorização da
receita estadual e da receita federal. Tem que ter termo de abertura, termo de encerramento.
Os livros comerciais não podem ser movidos de dentro da empresa.
A proteção à integridade ainda é só sobre livros físicos.
Presunção de que o livro é feito pelo comerciante.
Se o livro for tirado das vistas do comerciante contra a sua vontade, os fatos elencados no livro, se estiverem em desacordo
com a realidade da empresa, não podem ser utilizados como prova contra o comerciante. Por que se os livros saem das
vistas do comerciante contra sua vontade, não se presume mais a força probante dos livros. Isso significa que só pode tirar
os livros se o comerciante autorizar.
Improvável que aconteça por ordem judicial.
Verificação dos livros e os livros são devolvidos ao comerciante. Se o comerciante não entregar os livros poderá ser
processado por desobediência.
Depois de nomeado o administrador judicial é que o administrador judicial vai até a empresa, arresta os livros, leva até o
local do fórum, o juiz faz o encerramento e os livros são devolvidos para o comerciante. Ninguém pode pôr a mão nos livros
se não for o próprio comerciante, a suas vistas ou com sua autorização.
Livros eletrônico e físico não se diferenciam quanto ao conteúdo. Mas o que é regulamentado é o livro físico. Nas leis e
decretos não teve a atualização considerando essa mudança tecnológica.
O comerciante, por isso, hoje, é obrigado a imprimir, levar na junta para assinar e fazer o registro do livro, que é guardado.
Para posterior consulta. Tem que imprimir ao final de cada período.
Lei 10406/01, art. 1179: todo empresário / comerciante é obrigado a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou
não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar
anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. Dispensa a lei desta exigência somente o pequeno
empresário da feitura dos livros mercantis, mas a regulamentação não decorre do CC, mas de lei especial (dec. Lei 486/69)
que garante ao pequeno empresário / comerciante a isenção da obrigação de ter escrituração mercantil quando for pessoa
natural e estiver inscrita no registro do comércio, exercendo em um só recinto comercial atividade artesanal ou outra
atividade de predominância de trabalho próprio ou familiar, com ganho máximo estipulado por lei (dec. 64567/69).
Para aqueles que devem cumprir as obrigações relativas à escrita mercantil devem atender a elementos que garantem a
válida escrituração (lei 10406):
Ordem uniforme de contabilidade e de escrituração e a ter os livros para esse fim necessários;
Registrar no registro de comércio todos os docs. Cujo registro for expressamente exigido pelo Código, dentro de 30 dias
úteis da data dos mesmos documentos, se maior ou menor prazo não for marcado (lei 8934, art. 36);
A conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e papéis pertencentes ao giro comercial, enquanto não
prescreverem as ações que lhes possam ser relativas;
Formar anualmente um balanço geral do seu ativo e passivo, o qual deverá compreender todos os bens de raiz, móveis e
semoventes, mercadorias, dinheiro, papéis de crédito, valores, dívidas. O balanço será datado e assinado pelo comerciante.
E o comerciante deve ter o livro diário e demais exigidos por lei pela função da empresa (dec. Lei 486/69, art. 5º), o diário
pode ser substituído por fichas, quando a escrituração for mecanizada. Ressalva-se a necessidade de, mesmo no caso de
adoção de fichas, ter o comerciante / empresário livros apropriados para o lançamento de balanço patrimonial e resultado
econômico. Em caso de adoção do sistema de fichas, as formalidades serão as mesmas do preenchimento dos livros.
O livro diário é obrigatório, devendo sobre ele ser lançados diariamente todos os atos ou operações do comerciante /
empresário, sempre no limite temporal de 1 mês. Devem ser registradas as operações que forem ligadas à atividade e se
realizarem fora do recinto comercial respectivo, admitindo-se livros auxiliares.
Deve-se autenticar os livros mercantis no registro de comércio.
A responsabilidade pela manutenção dos livros é do comerciante / empresário, que não se exime da escrita mercantil se no
local não tiver contabilista habilitado.
Responsabilidade sobre a estruturação: o livro é do comerciante. Tem que fazer a escrita, independente da situação.
Ainda que não exista na circunscrição um contabilista, advogado, técnico de contabilidade, o comerciante não se desonera
dessa responsabilidade. O registro constante dos livros comerciais deve estar de acordo com a realidade da empresa, daí a
importância dos livros.
A regra é que o conteúdo da contabilidade da empresa, dos livros comerciais, deve estar em acordo com a realidade da
empresa. senão alguma irregularidade foi cometida. E aí os livros fazem prova contra o comerciante, desde que não sejam
retirados de suas vistas sem a sua autorização.
Espécies de livros comerciais:
Dois grandes grupos:
Obrigatórios
Facultativos
Obrigatórios:
Art. 5º, Decreto 486 e art. x do CC – têm a mesma redação.
O livro deve ser um espelho para a atividade do comerciante.
Alguns livros são obrigatórios em razão da natureza da atividade da empresa. ex.: farmácias que vendem remédios de uso
controlado. Registro de entrada tem que bater com o registro de saídas. Os livros se tornam obrigatórios em razão da
natureza da atividade da empresa as vezes.
Toda a empresa tem que ter livro de registro de empregados? Só empresas que têm empregados.
Lei de S.A.: lei 6404/76: sociedades por ações. Existem algumas peculiaridades que não existem nas empresas que não são
S.A. por que as S.A.`s emitem ações (nominativas, ao portador, preferenciais e ordinárias), debêntores, partes beneficiárias.
As sociedades por ações devem ter os livros para registro de ações, para registro debêntores e de partes beneficiárias. Em
razão da natureza da sociedade.
Livros facultativos:
Livro-razão: índice dos outros livros. Por isso que até 1980 era tão presente a figura do escriturário. Responsável por entrada
e saída.
Livro-caixa: para entradas e saídas de conta corrente.
Livro-borrador: livro rascunho. Único livro em que se podia fazer rasuras.
Livro-memorial
Livro de obrigações
Livro de entradas e saídas
Livro de obrigações de receber.
O livro se estiver de acordo com a realidade da empresa, faz prova a favor do comerciante. Se estiver em desacordo, faz
prova contra o comerciante. Desde que não seja retirado das mãos do comerciante sem a sua autorização e desde que não
saia de suas vistas.
Importância do ponto de vista processual:
Os livros são uma prova escrita, documental.
Estando em acordo com a realidade da empresa ou em desacordo com a realidade da empresa, os livros têm fé pelo conteúdo
que eles lançaram, mas em desacordo. Por que se os livros estão em desacordo com a realidade da empresa e se presume
que foram feitos pelo comerciante, serve como prova inconteste. Ainda que contra ele. Não tem como o comerciante dizer
que não foi ele. Ele que assina o balanço.
Os livros comerciais, do ponto de vista processual, são provas documentais, que dão fé pública. Embora os comerciantes
não sejam agentes públicos, cartorários, tabeliães, os dados lançados nos livros e devidamente autenticados têm fé pública.
Vão ser responsáveis pelos atos praticados pela empresa, a não ser que se manifeste publicamente sobre isso.
Tudo que diga respeito à vida do comerciante tem que ser arquivado na Junta. Ou pelo Cartório de Títulos e Documentos.
Se é um sócio que não tem poder, atribuições dentro da sociedade, pode se manifestar publicamente a respeito. Não quer
dizer que não vá se solidarizar pelo ato. Mas previne sua responsabilidade em razão dos outros sócios. Vai ter que pagar,
mas vai ter que ir contra o sócio que praticou o ato irregular.
Prepostos
Corretores:
Podem ser:
Do CC (722);
Oficial (CCom);
Fundos públicos (8º, lei 4728/65);
Seguros (lei 4594/64).
Corretagem:
Só o leiloeiro oficial pode cobrar a taxa de leiloagem. Mas qualquer um pode fazer leilão, mas sem essa taxa.
722 – contrato de corretagem. O que caracteriza o contrato de corretagem:
Contrato realizado entre duas pessoas em que:
Não é mandato
Não é prestação de serviços
Não guarda qualquer relação de dependência.
Natureza jurídica do contrato de corretagem em razão da função desempenhada pelo contrato: é um contrato para
transmissão de conhecimento.
Função desempenhada pelo corretor: conseguir negócios. ≠ do contrato de comissão mercantil, quando percebe uma
comissão pelo negócio realizado. Corretor não recebe comissão, é o comissário que recebe comissão. O corretor recebe
corretagem.
Só são liberados para atuar os corretores assim cadastrados.
Corretores de seguros:
Art. 1º da lei 4594.
As sociedades seguradoras serão sempre S. A.`S.
A sociedade seguradora é a pessoa jurídica autorizada a emitir apólices de seguros. Só por ela.
Os vendedores de seguros não podem emitir apólices. Só fazem a intermediação entre as sociedades seguradores e os
usuários correspondentes, por isso recebem comissão, atuam como comissários mercantis.
Concursos para agentes de leiloes, intérprete e tradutor.
Depende da validação, para o corretor livre (722) – tipo corretor de imóveis – CRECI.
Para corretor de fundos públicos e seguros é pela SUSEP.
Para todos os corretores a corretagem é livre. Mas para o corretor livre do 722 também.
A corretagem deve ser paga meio a meio pelo corretor e pelo vendedor. A não ser que se estipule diferente.
AGENTES DE LEILÕES
Leiloeiro:
Oficial (D. 21.981/32);
Rural (L. 4021/62)
Ingresso na carreira
Remuneração
Vedações
Natureza jurídica da leiloagem
Livros obrigatórios
Despachante aduaneiro
Intérprete comercial e tradutor público (D. 13.609/43)
Trapicheiros e administradores de armazéns gerais (D. 1102/1903)
Despachante aduaneiro:
Hoje existe uma portaria da Receita Federal com o mesmo texto do decreto 646 que foi revogado.
Ingresso: através de uma seleção feita pelo próprio delegado regional da receita federal. Sem concurso público.
CEADI – local para desembaraço aduaneiro. O produto mais difícil de exportar é madeira.
Desembaraço aduaneiro: processos de legalização do processo de importação ou de exportação. Trabalho realizado pelo
despachante aduaneiro.
O despachante aduaneiro atua no desembaraço aduaneiro. Mas juntos aos órgãos fazendários e fiscais, de importação e
exportação. Agência fiscal estadual, federal, portos, aeroportos e estacoes aduaneiros de interior.
27.08.2019
PREPOSIÇÃO
Natureza da preposição
Prepostos:
a. dependentes:
a.1. gerente
a.2. contabilista
a.3. caixeiro
b. não dependentes:
b.2. representantes comerciais
Preposição: consiste em uma mera autorização. A relação de emprego tem as características da CLT. E um mandato
consiste na transferência de poderes. Transferência da própria qualidade ao mandatário. Mandato, preposição, são
diferentes. Preposição é mera delegação, autorização para realização de um ato.
A preposição pode ser dada a quem não é empregado.
A preposição é em caráter eventual, normalmente para realização de um ato somente, sem contrato, sem mandato. Pode
fazer uma carta de preposição a um empregado. Mas a natureza da relação criada em razão da preposição, do mandato e da
relação de trabalho não se misturam.
Preposição é mera autorização.
Preposição é ampliada. Doutrinariamente se consideram prepostas as pessoas em razão de sua função.
Gerentes: atuam normalmente através de mandato. A gerencia em si se dá por conta do mandato. No âmbito societário nem
sempre os gerentes vão ser empregados. Por que no âmbito societário tem o gerente empregado (integra o quadro de
empregados da empresa. Mantém simultaneamente a qualidade de empregado e a qualidade de mandatário. Então tem dois
contratos, um decorrente da relação de mandato e outro da relação de trabalho) e o sócio-gerente (sempre sócio e recebe
poderes para tanto. É sócio, mas o exercício da gerencia decorre do contrato social. Parte de seus direitos é de atuar como
sócio, tem essa qualidade de sócio).
Para o gerente empregado tem dois contratos, o de emprego e o de mandato, que têm naturezas distintas. O contrato de
mandato pode deixar de existir e manter-se a relação de emprego.
Sócio-gerente: a relação com os demais sócios é de mandatário, tem direitos societário e tem o direito de gerir a sociedade.
Cláusula contida no mandato que assegura a gerencia para realização de contratos:
Cláusulas inseridas nos mandatos:
Ad judicia;
Ad negotia;
Et extra.
A ad negotia é inserida no contrato para gerir negócios.
A ad judicia é para atuar em processos criminais;
Ad negotia é para atuar em negócios;
Et extra é para tudo, nos limites do mandato.
Art. 1173, CC – quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos
necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados. 1173 amplia o instrumento do mandato para que o
mandatário possa praticar atos que não estão vedados no instrumento do mandato, tornando a liberdade do mandato muito
maior. Diz os poderes que outorga, mas se for necessária a prática de um ato que não está previsto no mandato e não vai
trazer prejuízo ao mandante, pode fazer. Mas a prática tem que ser diligente, com a perícia que se espera. Se praticar ou se
não praticar, trazendo prejuízo a terceiros ou ao mandante, o gerente se responsabiliza. Se aplica a atos descritos e a atos
não descritos.
Deve praticar os atos descritos no mandato, são inescusáveis, pois foram outorgados. Pode praticar atos que não estão
previstos no mandato e não tragam prejuízo ao mandante. Não pode trazer prejuízo ao mandante, seja pela ação ou pela
omissão.
Outra inovação: solidariedade entre gerentes: 1173, p. único: Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os
poderes conferidos a dois ou mais gerentes.
Os gerentes são solidários pelos prejuízos causados a terceiros por atos de outro gerente. Os gerentes se reúnem sempre ao
final de cada dia para aprovar as ações. Antes quem praticou o ato respondia pelo prejuízo causado ao mandante. Hoje se
solidariza.
Esses contratos devem ser registrados na junta comercial para terem efeito.
Mandato: contrato feito entre as partes. Pode ser por instrumento público ou particular. E registrado na junta
correspondente. Arquiva na matrícula do outorgante / mandante.
Gerente: executivo. Seja o empregado seja o sócio. Os executivos são o segundo escalão da empresa. O primeiro escalão
são os donos.
Na sociedade de comandita simples, o executivo em regra é o sócio não capitalista. Na sociedade de comandita simples
pode ter gerente-empregado. Se tem gerente empregado isso não desonera o sócio capitalista da solidariedade, pois o sócio
não capitalista não pode exercer atos de execução.
Na sociedade de comandita simples, tem um sócio capitalista, e tem um sócio não capitalista. O executivo é o sócio não
capitalista, pois o capitalista faz investimento em capital, mas não administra. Manda, mas quem executa mesmo, leva a
efeito, é o sócio não capitalista. O sócio não capitalista se solidariza por que não investe em capital e é responsável pelos
atos de gerencia e execução da empresa. E se nomear um gerente empregado? Quem pratica atos de execução agora é o
gerente empregado, mas isso não desonera o sócio não capitalista da solidariedade prevista no CC, pois a solidariedade é
inerente ao sócio não capitalista. Sejam os atos praticados diretamente por ele ou pelo gerente empregado a solidariedade
não se desfaz. O ônus vem pois é sócio não capitalista.
O sócio capitalista não pode assinar o instrumento de mandato, outorgando poderes ao gerente empregado, pois se assinar
todos os atos que o empregado praticar e gerar prejuízo também gerarão solidariedade para o sócio capitalista, pois também
participou da realização do ato. O sócio capitalista manda na empresa, mas não pode praticar qualquer ato de negocio ou
execução e se outorgar o mandato ao gerente empregado, vai se responsabilizar pelos prejuízos e danos que o gerente
empregado realizar dentro da empresa.
Contabilista: Guarda livros. Faz a escrita mercantil. Guarda livros é uma das funções desempenhadas pelo contabilista, de
guardar livros mesmo. As grandes empresas normalmente têm contabilista empregado. O contabilista pode ser empregado
ou contabilista autônomo. O empregado é contratado e o autônomo é através de uma prestação de serviços ou algo assim.
O empregado atua dentro da empresa, em uma sala onde os livros são guardados. Responsável pela guarda, manutenção e
organização desses livros.
O autônomo tem o escritório de contabilidade e tem uma sala onde mantém todos os livros do comerciante, por ordem,
número, série, data, com o livro razão, que é o primeiro livro para consulta dos demais.
Necessário que ao final de cada mês os livros sejam impressos, arquivados junto aos demais livros anteriores. Livro físico
ainda é uma exigência, embora a contabilidade possa ser feita por meios informáticos.
O contabilista desempenha atividades de levantar e organizar as contas do comerciante. O comerciante deve se dedicar
exclusivamente à prática de comércio. Não pode perder tempo organizando as próprias contas. Por isso que tem o
contabilista. Regularidade das contas, organização dos livros etc.
O contabilista responde pelos prejuízos que causar e por condutas típicas criminais – art. 342, CP. E no 343 a pena ocorre
também. No 342 é a conduta praticada pelo contabilista. E no 343 é a pena para pessoas que se relacionam com o contabilista
em suas atividades.
Caixeiro: pode ser:
Sedentário;
Viajante;
Aprendiz.
Sedentário: vendedor de balcão – normal, de lojas;
Viajante: vendedor ambulante – ex.: sorveteiro;
Aprendiz: estagiário.
Para ser caixeiro não pode ser dono dos meios de capital, tem que ser empregado.
Então o caixeiro ambulante não é o comerciante ambulante (ex.: feirante, foodtruck). Comerciante ambulante é dono dos
meios de produção. O caixeiro viajante ou vendedor ambulante é empregado sempre.
Elementos que caracterizam os caixeiros:
Não são donos dos meios de capital;
Negociam sempre em nome de terceiros;
Não negociam os próprios bens (o sorveteiro vende sorvete que pertence ao dono da sorveteria);
Pelas vendas realizadas, percebem salário. Além de salário podem ter a parte não fixa do salario, que não descaracteriza a
relação de emprego.
Autônomo: duas coisas: o regime previdenciário de contribuição é feito pela própria pessoa. No âmbito mercantil, só indica
que não é empregado, que a atividade comercial é desenvolvida de forma livre, é dono dos meios de capital. Expressões
com significados distintos em diferentes ramos do direito.
O mandatário é autônomo? Não. é considerado contrato unilateral, por que as disposições emanam diretamente do
mandante.
O mandato é necessariamente sem vínculo de emprego? Depende a natureza do mandato. Normalmente os mandatos com
cláusula ab negotia guardam vínculo de emprego, mas não é regra.
Contrato de mandato é por conta de terceiro.
Os contratos de mandato são para agenciação: não, são para que o mandatário atue como o próprio mandante. E tem o
gerente, que atua como o próprio dono atuaria.
Relação de emprego:
Pessoalidade
Onerosidade
Subordinação
Habitualidade
Aqui não tem subordinação: interempresarial. Pode ter controla das atividades diárias, tal, por que pode ter ganhos em uma
parte fixa e uma variável (despesas). É razoável que o representante faça um controle dessas atividades.
Se as despesas se tornam corriqueiras, aí tem a descaracterização do contrato e a competência se desloca para a justiça do
trabalho.
Similitude entre controle de jornada e a constância com que a parte variável integra.
Concessão mercantil:
Autorização para utilização de marca, produto ou tecnologia do concedente. Ex.: concessionarias de veículos, postos de
gasolina etc.
No contrato de concessão o concedente concede autorização para usar a marca, p. ex. E métodos para fazer coisas etc.
O concessionário comprou o direito de usar aquela marca, os estilos. Para segurar a confiança do cliente. Nada a ver com a
representação.
Franquia empresarial:
Lei 8955/94.
Pode confundir com a concessão, mas é mais completo. Compra tudo, uniformes, tudo. Instalam e começa a vender. Não
tem a ver com representação comercial, pois aqui vai atuar como empresário mesmo, amplitude maior.
03.09.2019
TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO
Problemática
Atos de empresa e atos de comércio
Conceito de ato de comércio
Definição de ato de comércio
Atos de comércio:
Por natureza ou subjetivos;
Por dependência, conexão ou acessórios;
Por força legal ou objetivos;
Em relação a uma só das partes.
Se desenvolveu no Brasil na tentativa de unificação do direito privado. Questão da dicotomia do direito privado.
Vivante abriu mão, deixou de ser unificador e se declarou autonomista. Então a teoria da unificação não foi adiante.
Então a unificação seria através da teoria da empresa, por que significa que todas as atividades econômicas empreendedoras
deveriam existir sob um mesmo teto.
Parte do problema a esse respeito começa na falta de compreensão dos limites estabelecidos dentro da teoria da empresa.
Ao contrário dos unificadores, onde se excluía a autonomia do direito comercial, na teoria da empresa inclui todas as
atividades econômicas. O direito é patrimonial, não pessoal. Direito de cunho econômico, patrimonial. A teoria da empresa
oferece uma perspectiva exclusivamente econômica – 966, caput – empresário é todo aquele que desempenha uma atividade
econômica... a teoria da empresa quase que se confunde com o direito econômico.
Todo o nosso direito tem conteúdo econômico ou patrimonial em alguma instancia.
O direito de empresa estabelece um novo parâmetro, que abrange os outros ramos do direito, todos os ramos do direito que
desempenham, de alguma maneira, atividade econômica organizada. Basta que tenha conteúdo econômico, não importa se
tem lucro. Nesse ramo entram todas as atividades patrimoniais.
Associações sem fins lucrativos: seu estatuto é a base de uma associação.
Atos de empresa têm que ter conteúdo econômico e ser organizada a atividade, para produção de bens e serviços. Três
elementos que demarcam os atos de empresa. Quais atividades econômicas não contêm pelo menos dois desses elementos?
A teoria da empresa não se confunde com a teoria dos atos de comércio, a teoria da empresa abrange todas as outras
atividades econômicas, é um grande ramo do direito, onde estão incluídos direito do trabalho, direito empresarial, direito
constitucional etc., pois nosso direito tem caráter essencialmente patrimonial.
Não se confundem direito de empresa e direito comercial, pois o direito de empresa está um patamar acima e o direito
comercial está incluído. Distinção entre os diversos ramos patrimoniais que dependem da atividade do empresário e de
como ele a pratica. A ideia de empresa não equivale à ideia de comerciante, pois a ideia de empresa é um conceito geral,
que abrange os demais.
Atos de comércio como elemento distintivo e essencial para identificação da empresa mercantil, que é aquela para
produção de bens e serviços, com conteúdo econômico, com atividade organizada, e na prática mercantil.
Empresa mercantil faz referencia à atividade comercial mercantil.
Tem ainda os atos fundacionais, atos autárquicos, atos associativos, atos por concessão ou delegação, e assim por diante,
dentro dos atos de empresa, ao lado dos atos de comércio.
Muitos comerciantes diziam que o ato de comércio tinha se extinguido com a chegada dos atos de empresa, e que não era
mais um elemento identificador do comerciante. Mas esse raciocínio só é válido se equivaler a ideia de empresa à ideia de
comércio e não é assim. A ideia de empresa é mais ampla e subjetiva, pois abrange todas as outras atividades mercantis.
Daí tem o empresário mercantil, que é o comerciante, o empresário rural, o empresário público, o empresário fundacional
etc. Todas as atividades com caráter econômico, para bens e serviços, sendo organizada a atividade.
Conceito de atos de comércio: é o ato praticado pelo empresário mercantil, de caráter econômico, e na busca do sucesso
empresarial.
Definição de atos de comércio: consiste em ato jurídico praticado exclusivamente pelo empresário mercantil, na produção
de bens e serviços, podendo ser direto ou indireto o ato.
Distinção entre conceito e definição: conceito é “o que é?”; a definição é “como é?”. Por isso a definição em regra é mais
consistente e mais profunda.
O problema é que o ato de comércio era muito variado. Subjetividade maior dos atos de comércio.
Atos mercantis estão ligados a pagamento, que está ligado a um serviço prestado, que está ligado a outro comerciante, que
está ligado a fazer os livros. Existe toda uma gama de atos que envolvem uma série de comerciantes, de várias naturezas e
que todos consistem também em atos de comércio.
Ato que deve ser praticado exclusivamente pelo comerciante, na busca pelo sucesso empresarial.
Modalidades de atos de comércio:
A maioria separa nessas 4 modalidades.
1. Por natureza / subjetivos: atos que só podem se praticados por comerciantes, são inerentes à prática de comércio. Ex.:
fazer escrita mercantil, emitir duplicatas, pedir decretação de falência, ocorrem só em razão do comerciante. Por
comerciantes em razão de sua qualidade.
2. Por dependência: se realizados, ajudam no incremento da atividade mercantil. Ex.: panfletagem. Mas não são essenciais.
Não são praticados pelo comerciante, mas incrementam sua atividade mercantil. São acessórios.
3. Por força legal / objetivos: decorrem da lei. caráter estritamente legal. O ato por si só é considerado mercantil por que a
lei assim discrimina. Art. 3º da lei da S.A. fala que será sempre mercantil, é ato de comércio por força de lei. tudo que o
empresário praticar terá natureza mercantil. Ato de comércio por força de lei.
Profissionais liberais de maneira geral como trabalham com conhecimento, estão incluídos no âmbito das atividades
intelectuais, portanto, fora do comércio, a não ser que a atividade profissional constitua elemento de empresa.
Lei de condomínios: cria as chamadas incorporações imobiliárias. Procede à legalização da edificação – engenheiros em
dúplice função: pode ser engenheiro simplesmente e só edifica, ou atua só como incorporador e só incorpora. o engenheiro
levanta o prédio. O incorporador procede a legalização. Aí a atividade de incorporação imobiliária é sempre mercantil. Pela
primeira vez entre as leis brasileiras se dava aplicação prática à parte final do p. único do 966. A incorporação imobiliária
é emprestar a qualidade do engenheiro à empresa. Ato de comércio objetivo. O ato praticado pelo engenheiro na atividade
de incorporação será sempre mercantil. É assim com cédulas de crédito comercial, que só podem ser emitidas por
comerciante etc.
4. Ato de comércio em relação a uma só das partes: teoria francesa. Pressuposto de que ambas as partes estão sujeitas a um
mesmo ato, a um mesmo direito. Teoria desenvolvida inicialmente por Vivante que dizia que a comercialidade do ato se
dá... Os negócios podem se dar entre dois comerciantes (trapicheiro e comerciante p. ex.), pode se dar entre dois não
comerciantes (compra e venda comum entre dois não comerciantes) e pode se dar entre um comerciante e um não
comerciante (negócios corriqueiros do dia a dia do comércio). Mas no nosso direito temos na relação dois ou mais ramos
do direito estabelecidos aqui. Por que no nosso direito tem uma parte hipossuficiente e uma parte predisponente. Na compra
e venda mercantil onde existe comerciante e não comerciante tem no mesmo contrato uma relação de natureza mercantil e
uma relação de natureza consumerista, também com base no comerciante, mas formada a base das duas pessoas. por que o
direito do consumidor é de natureza mercantil. o CDC não defende o consumidor, mas as regras são para restrição e
limitação da conduta do comerciante. Então tem natureza mercantil.
São os atos em que o sistema jurídico que abrange a solução de controvérsias, seja em relação ao comerciante ou ao não
comerciante é sempre o mesmo. A solução é a base de um sistema jurídico só. Então não existe distinção entre comerciante
e não comerciante. O contrato é de natureza essencialmente mercantil. o que quer dizer que em relação a uma só das partes
é que quem define a relação é o comerciante, por que é um ato de comércio. O não comerciante poderá se defender usando
as regras do direito mercantil. não se usa essa distinção. A existência do direito de consumo ocorre pela hipossuficiência de
um e predisponência de outro.
O REGISTRO PÚBLICO
D 64567/69
Registro público do comércio: Lei 8934/94; D. 1800/96; DL 486/65
Composição
Natureza jurídica e função.
09.09.2019
PROPRIEDADE INTELECTUAL
Propriedade industrial (lei 9279/96):
Invento – art. 10 – carta patente
Modelo de utilidade – art. 9º - carta patente
Marca – certificado de propriedade
Desenho industrial – certificado de propriedade
10.09.2019
MARCA (122, LPI)
Características
Modalidades de marcas
Indicações geográficas (177, 178, LPI)
Indicação de procedências
Denominação de origem
Marcas são as propriedades industriais mais propagadas, com maior efeito no âmbito da empresa.
Sinais distintivos visualmente perceptíveis. Qualquer sinal que seja visualmente perceptível é considerado marca e gera
direito à propriedade industrial, relativamente à marca.
O registro da marca deverá ser feito sempre em preto e branco, por que se fizer colorido só terá direito à projeção nas cores
que estão registradas.
A lei 5772 falava das marcas, mas só definia de modo geral. Hoje se tem outros tipos de marcas, com efeitos diferentes.
Espécies de marcas: arts. 123 e incisos, 125 e 126.
1 – marca de produto ou serviço: ex.: ônibus executivo, leito, semileito – essas expressões vão gravadas na lateral do ônibus.
Quando faz a aquisição da passagem escolha qual quer. A marca impõe uma qualidade diferente ao produto ou serviço.
Chocolate amargo, ao leite etc. Elementos que, se ligados à qualidade do produto ou serviço, invocam a natureza da marca.
2 – marca de certificação: ISSO, p. ex., ABRINQ. Marcas que asseguram a qualidade do produto ou serviço;
3 – marca coletiva: usada para identificar produtos e serviços dentro de uma determinada entidade. Ex.: associação dos
produtores de champagne. Champagne é uma marca coletiva. Característica especial: podem ser registradas, mas não podem
ser apropriadas, não pode ser dono de uma marca coletiva. Os donos da marca coletiva são os produtores de champagne.
Vão usufruir dos benefícios dessa marca. Outro exemplo: queijo de minas. Características do lugar onde é produzido.
4 – marcas de alto renome: marcas conhecidas a nível mundial. Ex.: Coca-Cola, Ford, Samsung, HP. Marca: Apple; produto:
Macintosh. Emprestam qualidade ao produto principalmente – questão do preço diferente.
As marcas só podem ser registradas pelo titular original. No Brasil se for do Brasil. Aí não consegue fazer em outro lugar.
A marca está vinculada ao produto.
Indicações geográficas:
De procedência
De origem
Arts. 177 e 178, da lei.
Indicações de procedência: centro de extração, produção ou fabricação. Ex.: Águas de Lindoia.
Ex. de denominação de origem: pasteizinhos de Belém, queijo de Minas. Carneiro no buraco não é, por que para ser
denominação de origem tem que levar o nome da região onde é produzido.
Quem pode requerer o registro das denominações de origem e indicações de procedência: tem que ser um órgão coletivo,
como associação, p. ex.
16.09.2019
Vantagens e desvantagens do registro
Elementos registráveis
O que não pode ser registrado (124, LPI – em marca)
Prazos de proteção
17.09.2019
Vedações ao registro de marca (124, LPI)
Prazos de proteção:
Invento e modelo de utilidade (40 LPI)
Desenho industrial (108, LPI)
Marca (133, LPI)
Art. 124 estabeleceu uma série de incisos falando das vedações ao registro.
Elementos que se distinguem: marca, título de estabelecimento, nome comercial.
Ex.:
Marca: Wallmart, BIG;
Título de estabelecimento: BIG;
Nome comercial: Wallmart S.A.
23.09.2019
CULTIVARES (LEI 9456/97)
Definição (2º)
Melhorista e obstentor
Novidade (3º, V)
Originalidade (3º, VI)
Modalidades:
Cultivar (3º, IV);
Nova cultivar (3º, V);
Cultivar essencialmente derivada.
Estado da técnica (10, §1º, IV)
Prazos de proteção (11)
Teste de DHE
Licença compebria (28 e 29)
24.09.2019
PROPRIEDADE AUTORAL (LEI 9610/98)
Definição (art. 1º, 3º, 7º)
Direitos:
Morais
Patrimoniais (22)
Prazo de caducidade (29, 41, 43, 44)
Não recebeu proteção (8º)
Reprografias (46, II)
Cessão (49, 53)
Obra coletiva e obra em coautoria (15)
Obra futura (51)
Direitos conexos (89 a 96)
Criações de espirito: quando a obra é criada, representa o estado de espírito da pessoa que criou.
Direito a mais para o criador / autor – direitos morais. Mas o cerne é o mesmo: direito a exploração de forma exclusiva.
Quando o autor vende um livro, a verba correspondente aos royalties decorrentes da comercialização da obra é devida
exclusivamente ao autor. Acrescido da existência do direito.
Sonorização em ambientes públicos. Também é direito patrimonial do autor. Significa que se for utilizar uma música que
não está em domínio público ainda, que não tem o direito conexo correspondente, deve pagar os royalties correspondentes.
Fiscais do ECAD.
ECAD: contribuição para que cada vez que o local reproduz no seu ambiente uma musica que tem direito autoral, terá que
pagar o ECAD correspondente. De acordo com a veiculação da musica. Pagamento dos direitos autorais correspondentes.
Quando for para fins não mercantis (churrasco, festa), é possível. Não pode em clube, balada etc. Se houver cobrança para
acesso ao local, o ECAD deve ser recolhido.
30.09.2019
Propriedade autoral (lei 9610/98)
Prazos de proteção (29, 41, 43, 44)
Não recebem proteção
Reprografias (46, III)
Cessão (49, 53)
Obra coletiva e obra em coautoria (15)
Obra futura (51)
Direitos conexos (89 a 96).
Cessão:
Ocorre da mesma maneira que outros direitos.
Art. 49.
Três elementos:
Cessão, concessão e licenciamento.
Cessão: transmissão do direito da propriedade autoral. Então se se faz a cessão, transfere a propriedade e abre mão dos
direitos autorais. O autor fica só com os direitos morais e o cessionário com os direitos patrimoniais e direitos autorias.
Concessão:
Mesmo modelo da concessão mercantil, mas na qualidade para as obras. Ex.: concessionaria de automóveis. ≠ franquia. Na
franquia compra o negocio pronto, trabalha de acordo com as regras do franqueador. E na concessão trabalha de acordo
com as próprias regras, mas utiliza, cores, sinais símbolos, marcas do concedente.
Stan Lee fez contratos de concessão.
Licenciamento: não inclui a modificação da obra. É a produção ou reprodução da obra durante certo tempo. Não tem
contrato de aquisição. Por tempo determinado normalmente, ou no caso de revistas por número de edições ou quantia de
volumes publicados.
Enquanto existir uma obra do autor, os direitos morais persistem.
Mesmo que tenha caído em domínio público. A obra se mantém com o mesmo título, personagens, tudo, mesmo que
qualquer editora possa publicar por estar em domínio público. Pelos direitos morais do autor.
Obra futura:
Art. 51.
Parte hipossuficiente e parte predisponente.
Por isso que no direito brasileiro, o prazo máximo é de 5 anos. Se for por prazo indeterminado, pode ser reduzido para 5
anos judicialmente. Se em 5 anos escreveu menos volumes, acaba o contrato quando deu 5 anos. Ou renegocia e faz por
mais 5 anos.
Direitos conexos:
Para produção de um fonograma (áudios) precisa de muitas pessoas. tem intérprete, produtor, orquestra, arranjador, letrista,
compositor. Cobrança por minuto.
Para filmes / vídeos é diferente, por que depende.
Tem a participação de todos.
Os direitos conexos caducam em 70 anos, do letrista, arranjador, maestro, orquestra, 70 anos da data da fixação do
fonograma. Fixação: quer dizer que o fonograma foi gravado, tem um suporte físico, como os CDs, ou LPs.
Televisões: a regra é a mesma.
SOCIEDADES MERCANTIS
Conceito
Natureza societária
Modelos:
Sociedade em nome coletivo (1039, CC)
Sociedade em conta de participação (991, CC)
Sociedade em comandita simples (1045, CC)
Sociedade por quotas de responsabilidade limitada (D 3708/19, art. 1052, CC)
Sociedade por ações ou autônoma (lei 6404/76)
Sociedade em comandita por ações (lei 6404/76)
Em 1850:
C Com:
Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples
Sociedade em C. P.
Sociedade C e I (capital e indústria).
D 3708/19 – Ltda.
Lei 6404/76:
S.A.
S.C. Ações
08.10.2019
ELEMENTOS DO CONTRATO SOCIETÁRIO
Agente capaz, objeto lícito, forma presente ou não defesa em lei (104 e 166 CC)
Contribuição dos sócios para formação do capital social (1004 CC)
Participação dos sócios nos lucros e prejuízos, sendo vedados cláusulas leoninas ou condições potestativas (1007, 1008 CC)
Affectio societatis
Distinção entre sociedade civil e sociedade mercantil
Ato constitutivo
Pluralidade de sócios (ou atos)
Elementos do contrato social (997 CC)
Personalidade jurídica (985 CC)
Prova dos contratos das sociedades mercantis
SOCIEDADES MERCANTIS
Os elementos do contrato diferenciam-se da contratação em si. Tem dois elementos que ocorrem e não se confundem.
Contrato social é uma coisa e instrumento do contrato social é outra.
Instrumento: folha de papel mesmo.
Momento em que a sociedade mercantil se consolida:
Arras penitenciais – pena pelo descumprimento, desistência, do contrato.
Elemento essencial ao contrato: acordo de vontades. A partir deste momento se consolida a contratação, contrato passa a
ocorrer.
A consolidação da sociedade mercantil se dá pela declaração de vontade entre os sócios que constituem a sociedade
mercantil.
Contrato em si: vontade consolidada para formar a sociedade.
Instrumento: a folha de papel em si.
Agente capaz: para fins mercantis, é diferente do direito civil. Elemento primordial no âmbito mercantil: maior de 21 anos
é maior, mas é capaz para todos os atos da vida civil? A capacidade ou incapacidade decorre da lei ou do estado da pessoa?
A capacidade ou incapacidade decorre da lei. a maioridade ou menoridade é questão de tempo somente. A capacidade
decorre da lei, ela que diz quando é capaz ou não para praticar determinados atos.
Alguém com 5 anos pode integrar uma sociedade mercantil e praticar os atos para sua administração? Pode incluir no quadro
social alguém com 5 anos? Pode. Não há vedação, em lugar nenhum, nem no ECA, à inclusão de menores impúberes no
quadro societário. Os direitos e obrigações que tem o pai dentro da sociedade são os mesmos direitos e obrigações que tem
o filho dentro da sociedade? os poderes do tutor decorrem da vara de infância. O tutor não está ligado ao menor. a tutela
decorre do juízo. Quando um menor rico fica órfão, quem é chamado para administrar seus bens? é o juízo da infância e da
juventude. Então o ônus de administrar os bens é do juízo da infância e da juventude. Então por isso nomeia o tutor, que é
de confiança do juízo, braço do judiciário da infância e juventude que fica com o menor cuidando de seu patrimônio.
Então os direitos e obrigações do menor são os mesmos do pai e serão exercidos por ele, através do tutor, que pode ser o
pai. Independentemente da capacidade ou da idade, a primordial condição para ser comerciante e ter capacidade é ser
capitalista.
Se não existisse um curatelado, não existiria a curatela. Independentemente de ser capaz ou incapaz, maior ou menor, sendo
capitalista, os atos vão ser praticados em nome do tutelado / curatelado, ainda que seja menor, púbere ou impúbere, ou
totalmente incapaz.
Os direitos e obrigações vão ser exercidos pela pessoa, mas executados pelo representante. Pois não deixa de ser dona da
empresa. As ações vão ser movidas contra o sujeito incapaz, curatelado por tal pessoa.
Vínculo ente tutor e curador é real apenas em relação ao juízo. Tutela e curatela são órgãos auxiliares da justiça, não foram
criados para o menor / incapaz.
Objeto lícito:
Todo e qualquer negócio mercantil será sempre lícito. Não existem negócios mercantis ilícitos.
Questão das formalidades legais. Quando as cumpre, fica mais caro. Quando não cumpre, pode ter um crime. Pode ser
conduta parecida com ato de comércio, mas se estiver descrita como crime, não é ato de comércio. Então não existe ato de
comércio de natureza ilícita. Todos são lícitos. Uma conduta que seja parecida, mas esteja descrita como tipicamente
criminal, não é ato de comércio.
Forma prescrita ou não defesa em lei:
Problema: se vive em um regime de liberdades pela CF/88. Então tudo que não está vedado é permitido. A lei vem para
vedar, limitar, proibir, ação negativa em relação ao direito da pessoa. Não precisa criar uma lei autorizando as pessoas a
fazerem coisas. Então, em direito comercial, essa coisa de forma prescrita ou não defesa em lei é nociva, pois limita a
atividade.
Prática legal que é contrária aos interesses da atividade comercial. Quem define os interesses da atividade comercial?
Normalmente, a própria clientela, fregueses, que pelo conhecimento de novas tecnologias e técnicas comerciais e serviços,
tem novos produtos e serviços. Questão do Uber, do patinete. Chance que as autoridades têm, que fazem isso, de estabelecer
ou prescrever uma regra que sujeite a atividade comercial aos comandos do Estado.
15.10.2019
Distinção entre sociedade civil e mercantil
Ato constitutivo:
Contrato social
Estatuto social ou regimento social
Por que só 5 modelos societários têm ato constitutivo. Por que a sociedade de participação existe sem firma.
Instrumento do contrato social: folha de papel.
Contrato social: intenção dos sócios de se tornarem sócios uns dos outros.
Diferencia do instrumento do contrato social, do regimento interno ou estatuto social.