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AO ILMO(A). SR(A).

GERENTE EXECUTIVO(A) DA AGEÊ NCIA DA PREVIDEÊ NCIA SOCIAL DE


XXXXX

XXXXX, residente e domiciliado neste


municíípio, vem, por meio de seus procuradores,
requerer a concessaã o de APOSENTADORIA POR
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E CONVERSÃO DE
TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM pelos
seguintes fundamentos faí ticos e juríídicos:

I – DOS FATOS

O Requerente, Sr. XXXX, nascido em XX/XX/XXXX, contando atualmente com 58


anos de idade, possui diversos anos de tempo de contribuiçaã o. EÉ importante assinalar
que durante a maior parte da sua vida laborativa esteve submetido a agentes nocivos. A
tabela abaixo demonstra de forma objetiva as profissoã es desenvolvidas em condiçoã es
especiais e o tempo de duraçaã o de cada contrato:

Tempo de
Admissão Saída Empregador Cargo Fator
contribuição
Técnico em
3 anos, 8 meses e
01/03/197910/11/1982 XXXXX Agropecuária (aluno 1,0
10 dias
aprendiz)
16/05/198301/10/1985 XXXXX Guarda de Endemias 3 anos, 3 meses e
1,4
28 dias
02/10/1985 03/08/1987 XXXXX Instrutor Agríícola 1 ano, 10 meses e 2
1,0
dias
22/08/1988 30/04/1989 XXXXX Agente de Sauí de Puí blica 1,0 8 meses e 9 dias
Regime de
01/01/199031/12/1999 Economia Agricultor 1,0 10 anos
Familiar

01/04/2000 31/12/2000 XXXXX Agente de Sauí de 1,0 9 meses


15/02/2001 31/08/2002 XXXXX Agente Comunitaí rio de 1,0 1 ano, 6 meses e 17
Sauí de dias
Agente Comunitaí rio de
01/09/2002 16/05/2007 XXXXX 4 anos, 8 meses e
Sauí de 1,0
16 dias
Agente Comunitaí rio de
02/07/2008 01/03/2011 XXXXX 1,0 2 anos, 8 meses
Sauí de

02/03/201115/03/2018 XXXXX Técnico Agrícola 9 anos, 10 meses


1,4
e 8 dias
39 anos e 01
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
mês

428
CARÊNCIA
contribuições

PONTOS (fórmula 85/95) 97,25 pontos

II – DO DIREITO

A nova aposentadoria por tempo de contribuiçaã o, ainda naã o disciplinada em


legislaçaã o infraconstitucional, encontra-se estabelecida no art. 201, § 7 o, I, da
Constituiçaã o Federal e nos arts. 52 a 56 da Lei 8.213/91, exceto naquilo em que forem
incompatííveis com o novo regramento constitucional.

O fato gerador da aposentadoria em apreço eí o tempo de contribuiçaã o, o qual, na


regra permanente da nova legislaçaã o eí de 35 anos para os homens. Trata-se do perííodo
de víínculo previdenciaí rio, sendo tambeí m consideradas as situaçoã es previstas no art. 55
da Lei 8.213/91. No presente caso, o Requerente, Sr. XXXXX, possui um total de 39 anos
e 01 mês, tornando o requisito preenchido.

Quanto aà careê ncia, verifica-se que foram realizadas 428 contribuições, nuí mero
superior aos 180 meses exigidos, conforme determina o art. 25, II, da lei 8.213/91.

DA AVERBAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO NA FUNÇÃO DE ALUNO APRENDIZ


A figura do aluno-aprendiz foi estabelecida a partir da vigeê ncia do Decreto-Lei
4.073/42, que instituiu as bases de organizaçaã o e do regime do ensino industrial, que eí
definido como ramo do ensino, de grau secundaí rio, destinado aà preparaçaã o profissional
dos trabalhadores da induí stria e das atividades artesanais. O aluno-aprendiz eí o
estudante de escola puí blica profissional ou de ensino federal (escola teí cnica federal)
que, por ter recebido remuneraçaã o, mesmo indiretamente, aà conta do orçamento da
Uniaã o Federal, tem direito aà averbaçaã o do perííodo como tempo de serviço.

Cabe destacar que art. 66 do referido decreto reconheceu a atividade como uma
relaçaã o de emprego, a saber:

Art. 67. O ensino industrial das escolas de aprendizagem seraí


organizado e funcionaraí , em todo o paíís, com observaê ncia das
seguintes prescriçoã es:
I – o ensino dos ofíícios, cuja execuçaã o exija formaçaã o profissional,
constitui obrigaçaã o dos empregadores para com os aprendizes, seus
empregados.

Dessa forma, o STJ possui entendimento pacificado de que a Lei 3.552/59,


mesmo com as sucessivas alteraçoã es produzidas pela Lei 6.225/79 e 6.864/80, naã o
desenvolveu oí bice ao reconhecimento do tempo de serviço nos moldes preconizados
no Decreto-Lei 4.073/42, justificando que naã o houve alteraçaã o quanto aà natureza dos
cursos de aprendizagem, nem no conceito de aprendiz. Nesse sentido, vale conferir o
seguinte julgado:

PREVIDENCIAÉ RIO. ALUNO-APRENDIZ. ESCOLA TEÉ CNICA FEDERAL.


CONTAGEM. TEMPO DE SERVIÇO. POSSIBILIDADE. REMUNERAÇAÃ O.
EXISTEÊ NCIA. SUÉ MULA N.º 96 DO TCU. PRECEDENTES DESTA CORTE.
RECURSO NAÃ O CONHECIDO. 1. O tempo de estudante como aluno-
aprendiz em escola técnica pode ser computado para fins de
complementação de tempo de serviço, objetivando fins
previdenciários, em face da remuneração percebida e da
existência do vínculo empregatício. 2. O reconhecimento do tempo
de serviço prestado em época posterior ao período de vigência do
Decreto-Lei nº 4.073/42, é possível, pois suas legislações
subsequentes, quais sejam, Lei nº 3.552/59, 6.225/79 e 6.864/80,
não trouxeram nenhuma alteração no tocante à natureza dos
cursos de aprendizagem, nem no conceito de aprendiz. 3. Restou
comprovado o atendimento da Suí mula 96/TCU, que determina que nas
instituiçoã es puí blicas de ensino, necessaí rio se faz a comprovaçaã o da
retribuiçaã o pecuniaí ria aà conta do Orçamento, admitindo-se, como tal, o
recebimento de alimentaçaã o, fardamento, material escolar e parcela de
renda auferida com a execuçaã o de encomendas para terceiros. 4.
Recurso especial naã o provido. (REsp 494.141/RN, Rel. Ministra MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 20/09/2007,
DJ 08/10/2007 p. 376).

Destarte, cumpre destacar que o Sr. XXXXX laborou como ALUNO APRENDIZ no
perííodo compreendido entre 01/03/1979 a 10/11/1982 no XXXXX.

Na certidaã o de tempo de contribuiçaã o emitida consta a expressa mençaã o de que


o Segurado realizou o curso de TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA, com instruçaã o
profissional e praí tica de ensino nos seguintes setores de produçaã o: AGRICULTURA,
ZOOTECNIA E AGROINDÚSTRIA.

Outrossim, restou certificado que a entidade mantenedora (XXXXX) cedia


moradia estudantil e alimentação integral, À CONTA DO ORÇAMENTO DA UNIÃO,
sendo que as produções geradas por estas atividades retornavam como suporte
da alimentação dos alunos. O excedente era comercializado, compondo o
orçamento da instituição.

Naã o bastasse, perceba-se que a presente mateí ria jaí foi sumulada pela Turma
Nacional de Uniformizaçaã o dos Juizados Especiais Federais e pelo Tribunal de Contas
da Uniaã o, nos seguintes termos:

Suí mula 18 da TNU - Provado que o aluno aprendiz de Escola Teí cnica
Federal recebia remuneraçaã o, mesmo que indireta, aà conta do
orçamento da Uniaã o, o respectivo tempo de serviço pode ser computado
para fins de aposentadoria previdenciaí ria.

SUÉ MULA Nº 96 DO TCU: Conta-se, para todos os efeitos, como tempo de


serviço puí blico, o perííodo de trabalho prestado, na qualidade de aluno-
aprendiz, em Escola Puí blica Profissional, desde que comprovada a
retribuiçaã o pecuniaí ria aà conta do orçamento, admitindo-se, como tal, o
recebimento de alimentaçaã o, fardamento, material escolar e parcela de
renda auferida com a execuçaã o de encomenda para terceiros.

De fato, a proí pria Autarquia Previdenciaí ria vem reconhecendo o tempo de serviço
desempenhado por estes profissionais, independentemente do preenchimento de
qualquer outro requisito. EÉ este o teor da Instruçaã o Normativa INSS/PRES nº 77/2015.
Veja-se (grifos acrescidos):

Art. 76. Os perííodos de aprendizado profissional realizados ateí 16 de


dezembro de 1998, data da vigeê ncia da Emenda Constitucional nº 20, de
1998, seraã o considerados como tempo de serviço/contribuiçaã o
independentemente do momento em que o segurado venha a
implementar os demais requisitos para a concessaã o de aposentadoria no
RGPS, podendo ser contados:
I - os períodos de frequência às aulas dos aprendizes matriculados
em escolas profissionais mantidas por empresas ferroviárias;
(...)

Tal entendimento se mostra acordo com o Decreto 2.172/97, que estabelecia:

Art. 58. Saã o contados como tempo de serviço, entre outros:


(...)
XVII - o perííodo de frequü eê ncia aà s aulas dos aprendizes matriculados em
escolas profissionais mantidas por empresas ferroviaí rias;

Deste modo, tendo em vista que a certidaã o apresentada deixa claro o caraí ter
remuneratoí rio da atividade desenvolvida pelo Requerente, estaã o preenchidos todos os
requisitos necessaí rios para a averbaçaã o do tempo de serviço desenvolvido no lapso de
01/03/1979 a 10/11/1982.

DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE RURAL NO PERÍODO DE 01/01/1990 a 31/12/1999

Para fins de comprovaçaã o do tempo de serviço rural o Sr. XXXXX apresenta os


seguintes documentos:

ROL DE DOCUMENTOS APRESENTADOS

Assim, diante do iníício de prova material em anexo, verifica-se que o conjunto


probatório demonstra o efetivo desempenho do labor rurícola pelo Sr. XXXXX em
mútua e recíproca colaboração com a sua família.

Por oportuno, destaca-se que a atividade rural desempenhada pelo Requerente e


sua famíília está em estrita consonância com o conceito de “atividade desenvolvida
em regime de economia familiar” constante no § 1 º do art. 39 da Instrução
Normativa INSS/PRES Nº 77, de 21 de janeiro de 2015:

Art. 39. Saã o considerados segurados especiais o produtor rural e o


pescador artesanal ou a este assemelhado, desde que exerçam a
atividade rural individualmente ou em regime de economia familiar,
ainda que com o auxíílio eventual de terceiros.

§ 1º A atividade eí desenvolvida em regime de economia familiar


quando o trabalho dos membros do grupo familiar é indispensável
à sua subsistência e desenvolvimento socioeconômico, sendo
exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a
utilizaçaã o de empregados permanentes, independentemente do valor
auferido pelo segurado especial com a comercializaçaã o da sua produçaã o,
quando houver, observado que: (...)

Saliente-se, ainda, que para o reconhecimento do tempo de serviço do


trabalhador rural, naã o haí exigeê ncia legal de que o documento apresentado como iníício
de prova material abranja todo o perííodo que se quer comprovar. EÉ preciso, no entanto,
que o início de prova material seja contemporâneo aos fatos alegados e referir-se,
pelo menos, a uma fração daquele período (STJ – AgRg no Resp. 1.320.089/PI
2012/0082 553-9, Rel. Min. Castro Meira, DJ 09/10/2012, T2 – Segunda Turma, Dje
18/10/2012).

Ademais, destaca-se que o conjunto probatoí rio preenche os requisitos da Suí mula
34 da TNU, no sentido de que o iníício de prova material apresentado deve ser
contemporaê neo aà eí poca dos fatos a provar.

AÀ vista do exposto, considerando a prova da comercializaçaã o no perííodo pleiteado


e do efetivo exercíício da atividade ruríícola pelo Sr. XXXXX, em regime de economia
familiar, faz-se imprescindível o reconhecimento de atividade rural no período de
01/01/1990 a 31/12/1999 para fins de concessão de aposentadoria por tempo de
contribuição.

DA REALIZAÇÃO DE JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA

Subsidiariamente, e somente na remota hipoí tese de naã o reconhecimento do labor


ruríícola com base nas provas materiais apresentadas, para que naã o pairem duí vidas a
respeito do tempo de serviço rural, requer seja designada Justificação Administrativa
para que seja procedida a colheita de prova testemunhal, nos termos dos arts. 116,
inciso III, e 574 da IN 77/2015.
Ademais, a instruçaã o normativa nº 77 INSS/PRES evidencia a possibilidade de
realizaçaã o de Justificaçaã o Administrativa para comprovaçaã o atividade rural, em caso de
necessidade (grifos nossos):

Art. 579. Para a comprovação de atividade rural em qualquer


categoria, caso os documentos apresentados não sejam suficientes,
por si só, para a prova pretendida, mas se constituam como início
de prova material, a pedido do interessado, poderá ser processada
JA, observando que:
I - servem como prova material, dentre outros, no que couber, os
documentos citados nos arts. 47 e 54;
II - deveraí ser observado o ano de expediçaã o, de ediçaã o, de emissaã o ou
de assentamento dos documentos referidos no inciso I deste artigo; e
III - os documentos dos incisos I e III a X do artigo 47, quando em nome
do proí prio requerente dispensam a realizaçaã o de JA para contagem de
tempo rural em benefíício urbano e certidaã o de contagem recííproca.
§ 1º Tratando-se de comprovaçaã o na categoria de segurado especial, o
documento existente em nome de um dos componentes do grupo
familiar poderaí ser utilizado como iníício de prova material, por
qualquer dos integrantes deste grupo, assim entendidos os pais, os
coê njuges, companheiros, inclusive os homoafetivos e filhos solteiros ou a
estes equiparados.
§ 2º Caso os documentos apresentados naã o sejam suficientes para a
comprovaçaã o da aí rea, contíínua ou descontíínua, ou da embarcaçaã o
utilizada, para o desenvolvimento da atividade, assim como a
comprovaçaã o da identificaçaã o do proprietaí rio por meio do nome e CPF,
deveraí ser apresentada a declaraçaã o do segurado constante do Anexo
XLIV.

Nesse aspecto, considerando que a justificaçaã o administrativa constitui recurso


utilizado para suprir a falta ou insuficiência de documento, prudente a realizaçaã o do
referido procedimento, sobretudo porque seraí fundamentado em iníício de prova
material, em obedieê ncia ao disposto nos arts. 142 e 143 do Decreto 3.048/99.

Repise-se que a realizaçaã o de justificaçaã o administrativa eí indispensaí vel para a


complementação do início de prova material, por meio de prova testemunhal
idônea (art. 47, IN 77/2015).

Segue o rol de testemunhas indicadas pelo Requerente:

ROL DE TESTEMUNHAS

DA CONVERSÃO DO TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM


Para aqueles trabalhadores que sucessivamente se submeteram a atividades
sujeitas ao regime de aposentadoria especial e comum, o § 1º do art. 201 da Constituiçaã o
Federal estabelece a contagem diferenciada do perííodo de atividade especial.

A conversão do tempo de serviço especial em tempo de serviço comum é feita utilizando-se um fator de
conversão, pertinente à relação que existe entre o tempo de serviço especial exigido para gozo de uma
aposentadoria especial (15, 20 ou 25 anos) e o tempo de serviço comum. O Decreto 3.048/99 e o anexo XXVIII
da IN 77/2015 trazem a tabela com os multiplicadores:

MULTIPLICADORES
TEMPO A CONVERTER
MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)
DE 15 ANOS 2,00 2,33
DE 20 ANOS 1,50 1,75
DE 25 ANOS 1,20 1,40

EÉ importante ressaltar que a comprovaçaã o da atividade especial ateí 28 de abril de


1995 era feita com o enquadramento por atividade profissional (situaçaã o em que havia
presunçaã o de submissaã o a agentes nocivos) ou por agente nocivo, cuja comprovaçaã o
demandava preenchimento pela empresa de formulaí rios SB40 ou DSS8030, indicando
qual o agente nocivo a que estava submetido.

Todavia, a partir de 05 março de 1997, com a vigeê ncia do Decreto nº 2.172/97,


passou-se a exigir, para fins de reconhecimento de tempo de serviço especial, a
comprovaçaã o da efetiva sujeiçaã o da segurada a agentes agressivos por meio de laudo
teí cnico, ou por meio de períícia teí cnica.

Quanto ao pedido de conversaã o de atividade especial em comum do


Enquadramento por Categoria Profissional tambeí m imposta na IN 77/2015 INSS/PRES:

Art. 269. Para enquadramento de atividade exercida em condiçaã o


especial por categoria profissional o segurado deveraí comprovar o
exercíício de funçaã o ou atividade profissional ateí 28 de abril de 1995,
veí spera da publicaçaã o da Lei nº 9.032, de 28 de abril de 1995, arroladas
nos seguintes anexos legais:
I - quadro anexo ao Decretos nº 53.831, de 25 de março de 1964, a
partir do coí digo 2.0.0 (Ocupaçoã es); e
II - Anexo II do Decreto nº 83.080, de 1979.
Paraí grafo uí nico. Seraã o consideradas as atividades e os agentes
arrolados em outros atos administrativos, decretos ou leis
previdenciaí rias que determinem o enquadramento por atividade para
fins de caracterizaçaã o de atividades exercida em condiçoã es especiais.
No caso em comento, faz-se indispensável a conversão de alguns períodos de
atividade especial em comum considerando que o Sr. XXXXX desempenhou atividades
laborativas com exposiçaã o a agentes nocivos aà sua sauí de e integridade fíísica durante
boa parte da sua carreira profissional.

DA COMPROVAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AOS AGENTES NOCIVOS – CASO CONCRETO

Considerando a evoluçaã o a respeito do conjunto probatoí rio para o


reconhecimento das atividades especiais, passa-se aà anaí lise da comprovaçaã o dos
agentes nocivos presentes em todos os perííodos contributivos requeridos.

Períodos: de 16/05/1983 a 01/10/1985


Empresa: XXXXX
Cargo: Guarda de Endemias

Consoante as informaçoã es extraíídas da CTPS do Sr. XXXXX (em anexo), verifica-se


que o Requerente foi admitido na Superintendeê ncia de Campanhas de Sauí de Puí blica
(apoí s foi criada a Fundaçaã o Nacional de Sauí de), vinculada ao Ministeí rio da Sauí de, para
exercer a funçaã o de GUARDA DE ENDEMIAS, considerada especial para fins
previdenciaí rios, conforme mençaã o expressa no PPP apresentado pela FUNASA.

Vale mencionar que o Sr. XXXXX trabalhava no combate de insetos vetores de


endemias, por meio da borrifação de pesticidas organoclorados, organofosforafos
e piretróides, altamente nocivos à saúde humana.

Para o desempenho dessas atividades o Sr. XXXXX naã o teve treinamento adequado
para manipulação e borrifação desses inseticidas altamente tóxicos, tampouco lhe
foi fornecido Equipamento de Proteçaã o Individual. Aliaí s, diversas patologias saã o
causadas pela exposiçaã o a pesticidas, os quais podem gerar INTOXICAÇOÃ ES GRAVES.

Cabe referir que o Sr. XXXXX manipulava inclusive alguns DEFENSIVOS

AGRIÉCOLAS OBSOLETOS como BHC e o MALATHION os quais foram


reconhecidos como potencialmente cancerígenos para
humanos pela IARC da OMS 1

A despeito da funçaã o GUARDA DE ENDEMIAS naã o se encontrar expressamente


no rol dos anexos aos Decretos nº 53.831/64 e 83.080/79, as atividades desenvolvidas
por tais agentes estaã o submetidas, aà toda evideê ncia, a condiçoã es insalubres/perigosas,
devendo ocorrer a conversaã o do perííodo em questaã o (fator 1,4), laborado sob o regime
celetista.

Períodos: de 02/03/2011 a 15/03/2018


Empresa: XXXXX
Cargo: Técnico Agrícola

Em anaí lise da CTPS em anexo, verifica-se que o Sr. XXXXX laborou como
TÉCNICO AGRÍCOLA/AGROPECUÁRIO, tendo a empregadora Associação Sulina de
Crédito e Assistência Rural fornecido o respectivo formulaí rio PPP, anexado ao presente
requerimento.

O PPP emitido pela empregadora demonstra que as atividades desenvolvidas


pelo Sr. XXXXX e aponta a exposiçaã o a agentes nocivos, perceba-se:

TRECHO PERTINENTE

Veja-se que o Sr. XXXXX esteve exposto a AGENTES FÍSICOS (ruído de até 93
dB(A), AGENTES BIOLÓGICOS (advindos do contato com zoonoses, fungos,
bactérias, vírus, protozoários) e AGENTES QUÍMICOS (agrotóxicos –
organofosforados, piretróides, carbamatos, enxofre, glifosato, sulfeto de cobre)

A fim de verificar se a exposiçaã o ocupacional a RUÍDO daraí ensejo a


caracterizaçaã o de atividade exercida em condiçoã es especiais, necessaí ria a anaí lise da
“evoluçaã o” dos limites de toleraê ncia para ruíído no tempo, pois os níveis de pressão

1
Disponíível em: <https://www.folhadelondrina.com.br/folha-rural/bhc-pode-provocar-ate-cancer-
686157.html> Acesso em: 27 abr. 2018

Disponíível em: <https://www.abrasco.org.br/site/noticias/institucional/nota-tecnica-sobre-microcefalia-


e-doencas-vetoriais-relacionadas-ao-aedes-aegypti-os-perigos-das-abordagens-com-larvicidas-e-
nebulizacoes-quimicas-fumace/15929/#_ftn12> Acesso em: 27 abr. 2018
sonora deverão ultrapassar 80 dB (A), 90 dB (A) ou 85 dB (A), conforme o período
laborado. Veja-se o disposto na Instruçaã o Normativa nº 77/2015 (grifos acrescidos):

Art. 280. A exposiçaã o ocupacional a ruíído daraí ensejo a caracterizaçaã o


de atividade exercida em condiçoã es especiais quando os nííveis de
pressaã o sonora estiverem acima de oitenta dB (A), noventa dB (A) ou 85
(oitenta e cinco) dB (A), conforme o caso, observado o seguinte:
I - até 5 de março de 1997, veí spera da publicaçaã o do Decreto nº 2.172,
de 5 de março de 1997, seraí efetuado o enquadramento quando a
exposiçaã o for superior a oitenta dB (A), devendo ser informados os
valores medidos;
II - de 6 de março de 1997, data da publicaçaã o do Decreto nº 2.172, de
5 de março de 1997, até 10 de outubro de 2001, veí spera da publicaçaã o
da Instruçaã o Normativa INSS/DC nº 57, de 10 de outubro de 2001, seraí
efetuado o enquadramento quando a exposiçaã o for superior a noventa
dB (A), devendo ser informados os valores medidos;
III - de 11 de outubro de 2001, data da publicaçaã o da Instruçaã o
Normativa INSS/DC nº 57, de 10 de outubro de 2001, veí spera da
publicaçaã o do Decreto nº 4.882, de 18 de novembro de 2003, seraí
efetuado o enquadramento quando a exposiçaã o for superior a noventa
dB (A), devendo ser anexado o histograma ou memoí ria de caí lculos; e
IV - a partir de 01 de janeiro de 2004, seraí efetuado o enquadramento
quando o Níível de Exposiçaã o Normalizado - NEN se situar acima de 85
(oitenta e cinco) dB (A) ou for ultrapassada a dose unitaí ria, conforme
NHO 1 da FUNDACENTRO, sendo facultado aà empresa a sua utilizaçaã o a
partir de 19 de novembro de 2003, data da publicaçaã o do Decreto nº
4.882, de 2003, aplicando:
a) os limites de toleraê ncia definidos no Quadro do Anexo I da NR-15 do
MTE; e
b) as metodologias e os procedimentos definidos nas NHO-01 da
FUNDACENTRO.

Dessa forma, considerando que o níível de ruíído encontrado durante o


desempenho da atividade pelo Sr. XXXXX alcançava 93 dB (A), eí evidente que a
atividade do Requerente enquadra-se como especial em razaã o da exposiçaã o a ruíído
excessivo durante todo o perííodo pleiteado, conforme previsaã o dos itens 1.1.6 do
Decreto 53.831/64, 1.1.5 do Decreto nº 83.080/79 e 2.0.1 do Decreto 3.048/99.

Nesse ponto destaca-se que nenhum documento apresentado pelo empregador


logrou comprovar o fornecimento e a efetiva utilizaçaã o de EPI para amenizar o ruíído
existente no ambiente de trabalho. Desde jaí , eí oportuno mencionar que a IN nº 77/2015
exige a comprovaçaã o da eliminação ou neutralização da exposiçaã o aos agentes nocivos
pelo uso de EPI, naã o bastando a mera refereê ncia de utilizaçaã o de equipamentos no
formulaí rio PPP para a descaracterizaçaã o da atividade especial desenvolvida. Nesse
sentido, vale conferir a disposiçaã o contida no § 6º do art. 276 da referida Instruçaã o
Normativa:
§ 6º Somente seraí considerada a adoçaã o de Equipamento de Proteçaã o
Individual - EPI em demonstraçoã es ambientais emitidas a partir de 3 de
dezembro de 1998, data da publicaçaã o da MP nº 1.729, de 2 de
dezembro de 1998, convertida na Lei nº 9.732, de 11 de dezembro de
1998, e desde que comprovadamente elimine ou neutralize a
nocividade e seja respeitado o disposto na NR-06 do MTE, havendo
ainda necessidade de que seja assegurada e devidamente registrada pela
empresa, no PPP, a observaê ncia:
I - da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE, ou seja,
medidas de proteçaã o coletiva, medidas de caraí ter administrativo ou de
organizaçaã o do trabalho e utilizaçaã o de EPI, nesta ordem, admitindo-se a
utilizaçaã o de EPI somente em situaçoã es de inviabilidade teí cnica,
insuficieê ncia ou interinidade aà implementaçaã o do EPC ou, ainda, em
caraí ter complementar ou emergencial;
II - das condiçoã es de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao
longo do tempo, conforme especificaçaã o teí cnica do fabricante, ajustada
aà s condiçoã es de campo;
III - do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovaçaã o do MTE;
IV - da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais,
comprovada mediante recibo assinado pelo usuaí rio em eí poca proí pria; e
V - da higienizaçaã o.
§ 7º Entende-se como prova incontestaí vel de eliminaçaã o dos riscos pelo
uso de EPI, citado no Parecer CONJUR/MPS/Nº 616/2010, de 23 de
dezembro de 2010, o cumprimento do disposto no § 6º deste artigo.

No caso em comento, não há qualquer elemento que indique que os EPI


foram fornecidos e eficazes em eliminar ou neutralizar os efeitos nocivos do
RUÍDO a que esteve exposto o Requerente!

Ademais, destaca-se que o Supremo Tribunal Federal, ao julgar o ARE 664.335,


com repercussaã o geral reconhecida (Tema 555), reconheceu a ineficácia da utilizaçaã o de
equipamentos de proteçaã o individual para fins de eliminação do agente nocivo ruído
(ARE 664335, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 04/12/2014, ACOÉ RDAÃ O
ELETROÊ NICO REPERCUSSAÃ O GERAL - MEÉ RITO DJe-029 DIVULG 11-02-2015 PUBLIC 12-02-
2015).

Outrossim, registre-se que esse julgado passou a ser PRECEDENTE VINCULANTE


com o advento com Coí digo de Processo Civil de 2015, conforme dicçaã o do artigo 927.
Destarte, inaplicaí vel o disposto no artigo 57, § 8º, da Lei 8.213/91.

A respeito do tema Fredie Didier Jr. assim leciona:

Ao falar em efeito vinculante do precedente, deve-se ter em mente que,


em certas situaçoã es, a norma juríídica geral (tese juríídica, ratio
decidendi) estabelecida na fundamentaçaã o de determinadas decisões
judiciais tem o condão de vincular decisões posteriores [...]
No Brasil, haí precedentes com força vinculante – eí dizer, em que a ratio
decidendi contida a fundamentaçaã o de um julgada tem força vinculante.
Estaã o eles enumerados no art. 927, CPC.
Para adequada compreensaã o desse dispositivo, eí necessaí rio observar
que o efeito vinculante do precedente abrange os demais efeitos,
sendo o mais intenso de todos eles. Por isso, o precedente que tem efeito
vinculante por determinaçaã o legal deve ter reconhecida sua aptidaã o
para produzir efeitos persuasivos, obstativos, autorizantes etc.2

Ademais, nos termos do art. 15 do códex referido, as disposiçoã es do CPC seraã o


aplicadas supletiva e subsidiariamente nos processos administrativos. Aliado a isso, a IN
77/2015 traz a seguinte previsaã o normativa:

Art. 659. Nos processos administrativos previdenciários seraã o


observados, entre outros, os seguintes preceitos:
[...]
II - atuação conforme a lei e o Direito; (grifos acrescidos)

Desta forma, verifica-se que os precedentes judiciais deverão ser fielmente


observados pelos tribunais administrativos, sobretudo porque a interpretaçaã o
sistemaí tica do ordenamento juríídico paí trio naã o deixa qualquer duí vida a respeito da
ilegalidade/inconstitucionalidade da inserçaã o de norma que tenha por objetivo deixar de
observar os precedentes supramencionados.

Trata-se de regra que deve ser interpretada extensivamente para concluir-se que
eí omissa a decisaã o que se furte em considerar qualquer um dos precedentes obrigatoí rios
nos termos do art. 927 do CPC.3

No mais, exatamente por ser obrigatoí ria a observaê ncia dos precedentes
vinculantes, os conselheiros(as), independentemente de provocaçaã o, deveraã o conheceê -
los de ofíício, sob pena de omissaã o e denegaçaã o de justiça.

Outrossim, no que se refere ao posicionamento do Supremo Tribunal Federal


acerca do tema, eí importante mencionar que o mesmo entendimento jaí era consolidado
na Turma Nacional de Uniformizaçaã o dos Juizados Especiais Federais, conforme
consubstanciado no enunciado nº 09, ainda em plena vigeê ncia:

2
Didier Jr., Fredie. Curso de direito processual civil: teoria da prova, direito probatoí rio, açoã es
probatoí rias, decisaã o, precedente, coisa julgada e antecipaçaã o dos efeitos da tutela. Salvador: Jus Podivm,
2015. v. 2. p. 455.
3
Ibid. p. 456.
SUÉ MULA Nº 09: O uso de Equipamento de Proteçaã o Individual (EPI),
ainda que ELIMINE a insalubridade, no caso de exposiçaã o a ruíído, naã o
descaracteriza o tempo de serviço especial prestado. (Sem grifos na
redaçaã o original).

Este entendimento estaí fundamentado no fato de que os proí prios trabalhadores


naã o costumam utilizar os EPI, mesmo quando postos a sua disposiçaã o. Isso ocorre por
diversos motivos, tais como a falta de informaçaã o acerca do correto funcionamento,
auseê ncia de fiscalizaçaã o, ou simplesmente em virtude de desconforto. Aleí m disso, os
níveis de redução decorrentes da utilização de EPI apenas consideram o ruído
proveniente do ar, desconsiderando a vibração acústica do ambiente, fator que
também pode ocasionar graves danos aos trabalhadores.

Desse modo, evidente que EPI eficaz, no que se refere à exposição ao ruído
acima dos limites de tolerância É UMA FALÁCIA, sendo inequívoco o
enquadramento da atividade especial, independentemente do fornecimento ou
não de EPI.

Em especial, no que tange a exposiçaã o a AGENTES BIOLÓGICOS, registre-se que a


NR-15 naã o estabelece limites de toleraê ncia para agentes bioloí gicos. Aleí m disso, o
Decreto 3.048/99 naã o considera, para a caracterizaçaã o da aposentadoria, a intensidade
ou concentraçaã o acima do limite de toleraê ncia.

Do ponto de vista legal, a NR-09 classifica os riscos ambientais em:

a) riscos fíísicos: ruíído, calor, frio, vibraçaã o, radiaçaã o ionizante, radiaçaã o


naã o ionizante, umidade excessiva e pressoã es anormais;
b) riscos quíímicos: poeiras, fumos, neí voas, neblinas, gases ou vapores;
c) agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas,
protozoários, vírus, entre outros. (grifos nossos)

Com efeito, registre-se que a Constituiçaã o Federal eí clara ao garantir a contagem


diferenciada de qualquer atividade exercida sob condiçoã es que prejudiquem a sauí de ou
a integridade fíísica do trabalhador (art. 201, § 1º).

Destarte, denota-se que em virtude das atividades desempenhadas o Requerente


esteve exposta a agentes BIOLÓGICOS durante toda a sua jornada de trabalho,
enquadrando o caso em tela categoricamente no item ‘b’ do anexo IV do Decreto
3.048/99: “trabalhos com animais infectados para tratamento ou para o preparo de
soro, vacinas e outros produtos” e na lista B referente aà s “doenças infecciosas e
parasitárias relacionadas com o trabalho” (Grupo I da CID – 10) do Decreto 3.028/99.
Na lista citada constam, entre outras, as doenças de CARBÚNCULO, BRUCELOSE
E LEPTOSPIROSE como doenças de risco de natureza ocupacional, com as seguintes
caracteríísticas:

Ressalto, ainda, que o rol de agentes nocivos trazidos pelo Decreto 3.048/99 naã o eí
taxativo, consoante reiterada jurisprudeê ncia, naã o havendo oí bice a que outros agentes
que naã o os expressamente elencados sejam reconhecidos, desde que verificada a
nocividade da exposiçaã o no caso concreto.

Quando se pondera especificamente sobre agentes biológicos, também é


entendimento pacificado que os conceitos de habitualidade e permanência são
diversos daquele utilizado para outros agentes nocivos, pois o que se protege não
é o tempo de exposição, mas, sim, o RISCO DE EXPOSIÇÃO!

Logo, vislumbra-se que o Sr. XXXXX estava diuturnamente exposto a víírus e


bacteí rias, com risco de contaí gios das mais diversas doenças, as quais configuram fatores
de riscos previstos nos códigos 1.3.2 do quadro anexo ao Decreto 53.831/64; 1.3.2
do anexo I ao Decreto 83.080/79; 3.0.1 do anexo IV ao Decreto 2.172/97; e 3.0.1
do anexo IV ao Decreto 3.048/99.

Quanto a exposiçaã o do Sr. XXXXX a AGROTÓXICOS, verifica-se o quanto saã o


nocivos a sauí de e ao meio ambiente, conforme denuncia a pesquisa realizada pela
Ministeí rio do Trabalho (FUNDACENTRO)4. Veja-se:

TRECHO PERTINENTE
4
Disponíível em: < http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-
digital/publicacao/detalhe/2013/3/aspectos-de-prevencao-e-controle-de-acidentes-no-trabalho-com-
agrotoxicos> Acesso em: 27 abr. 2018
Aliaí s, a exposiçaã o do Sr. XXXXX ao BHC e ao MALATHION, AGENTES
RECONHECIDAMENTE CANCERÍGENOS, torna IMPERATIVO o reconhecimento da
especialidade do perííodo em questaã o, conforme explanado no toí pico anterior.

Por todo o exposto, as atividades desenvolvidas nos perííodos de 02/03/2011 a


15/03/2018, deveraã o ser enquadradas como especiais em face da inequíívoca exposiçaã o
do Sr. XXXXX a agentes nocivos a sua sauí de

DA REAFIRMAÇÃO DA DER PARA DATA POSTERIOR AO REQUERIMENTO


ADMINISTRATIVO EM CASO DE NECESSIDADE

Na remota eventualidade de naã o serem reconhecidos todos os perííodos


postulados, desde jaí requer seja reafirmada a DER para o momento em que o segurado
requerente adquirir direito aà aposentadoria por tempo de contribuiçaã o, concedendo-se o
benefíício a partir da data da aquisiçaã o do direito, nos termos do art. 690 da IN 77/2015:
Art. 690. Se durante a anaí lise do requerimento for verificado que na
DER o segurado naã o satisfazia os requisitos para o reconhecimento do
direito, mas que os implementou em momento posterior, deverá o
servidor informar ao interessado sobre a possibilidade de
reafirmação da DER, exigindo-se para sua efetivaçaã o a expressa
concordaê ncia por escrito.
Paraí grafo uí nico. O disposto no caput aplica-se a todas as situaçoã es que
resultem em benefíício mais vantajoso ao interessado.

Por fim, cumpridos todos os requisitos exigidos em lei, tempo de contribuiçaã o e


careê ncia, o Sr. XXXXX adquiriu o direito aà aposentadoria por tempo de contribuiçaã o,
tornando-se imperiosa a sua concessaã o, devendo o INSS CONCEDER O MELHOR
BENEFIÉCIO A QUE FIZER JUS, com fulcro na IN 77/2015:

Art. 687. O INSS deve conceder o melhor benefício a que o segurado


fizer jus, cabendo ao servidor orientar nesse sentido.

III – DO PEDIDO

ISSO POSTO, requer:


a) O recebimento e o deferimento do requerimento;

b) A produçaã o de todos os meios de prova em direito admitidos. Em caso de


necessidade de dilaçaã o probatoí ria, requer seja aberto prazo para cumprimento das
exigeê ncias pertinentes;

c) O reconhecimento de todos os perííodos contributivos;

d) A averbaçaã o do tempo de serviço desenvolvido como ALUNO APRENDIZ no lapso de


01/03/1979 a 10/11/1982;

e) A averbaçaã o do tempo de serviço desenvolvido, EM REGIME DE ECONOMIA


FAMILIAR, no perííodo de 01/01/1990 a 31/12/1999;

f) O reconhecimento da ESPECIALIDADE dos seguintes perííodos contributivos: de


16/05/1983 a 01/10/1985 e de 02/03/2011 a 15/03/2018;

g) A conversaã o do tempo de serviço especial em comum dos perííodos em que o Sr.


XXXXX desenvolveu atividades consideradas especiais (fator 1,4), conforme autoriza
o art. 256 da IN 77/2015 INSS/PRES;

h) A concessaã o do benefíício de APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO, a


partir da data do agendamento do requerimento administrativo (13/04/2018);

i) Subsidiariamente, caso naã o seja reconhecido tempo de serviço especial suficiente


para a concessaã o do benefíício ateí a DER, requer o coê mputo dos perííodos
posteriores, e a concessaã o de aposentadoria por tempo de contribuiçaã o, com a
reafirmaçaã o da DER para a data em que o segurado preencheu os requisitos para a
concessaã o do benefíício, conforme art. 690 da IN 77/2015;

j) Naã o sendo reconhecido o direito de aposentadoria para o Sr. XXXXX, que


imediatamente seja agendada coí pia do processo administrativo deste benefíício,
devendo correr o prazo recursal somente apoí s a entrega da coí pia do processo.
Requer que agendamentos sejam informados para o procurador no momento do
indeferimento do pedido.
Nestes Termos;

Pede Deferimento.

Local e data.

Advogado XXXXX

OAB nº XXXXX

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