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I – DOS FATOS
Tempo de
Admissão Saída Empregador Cargo Fator
contribuição
Técnico em
3 anos, 8 meses e
01/03/197910/11/1982 XXXXX Agropecuária (aluno 1,0
10 dias
aprendiz)
16/05/198301/10/1985 XXXXX Guarda de Endemias 3 anos, 3 meses e
1,4
28 dias
02/10/1985 03/08/1987 XXXXX Instrutor Agríícola 1 ano, 10 meses e 2
1,0
dias
22/08/1988 30/04/1989 XXXXX Agente de Sauí de Puí blica 1,0 8 meses e 9 dias
Regime de
01/01/199031/12/1999 Economia Agricultor 1,0 10 anos
Familiar
428
CARÊNCIA
contribuições
II – DO DIREITO
Quanto aà careê ncia, verifica-se que foram realizadas 428 contribuições, nuí mero
superior aos 180 meses exigidos, conforme determina o art. 25, II, da lei 8.213/91.
Cabe destacar que art. 66 do referido decreto reconheceu a atividade como uma
relaçaã o de emprego, a saber:
Destarte, cumpre destacar que o Sr. XXXXX laborou como ALUNO APRENDIZ no
perííodo compreendido entre 01/03/1979 a 10/11/1982 no XXXXX.
Naã o bastasse, perceba-se que a presente mateí ria jaí foi sumulada pela Turma
Nacional de Uniformizaçaã o dos Juizados Especiais Federais e pelo Tribunal de Contas
da Uniaã o, nos seguintes termos:
Suí mula 18 da TNU - Provado que o aluno aprendiz de Escola Teí cnica
Federal recebia remuneraçaã o, mesmo que indireta, aà conta do
orçamento da Uniaã o, o respectivo tempo de serviço pode ser computado
para fins de aposentadoria previdenciaí ria.
De fato, a proí pria Autarquia Previdenciaí ria vem reconhecendo o tempo de serviço
desempenhado por estes profissionais, independentemente do preenchimento de
qualquer outro requisito. EÉ este o teor da Instruçaã o Normativa INSS/PRES nº 77/2015.
Veja-se (grifos acrescidos):
Deste modo, tendo em vista que a certidaã o apresentada deixa claro o caraí ter
remuneratoí rio da atividade desenvolvida pelo Requerente, estaã o preenchidos todos os
requisitos necessaí rios para a averbaçaã o do tempo de serviço desenvolvido no lapso de
01/03/1979 a 10/11/1982.
Ademais, destaca-se que o conjunto probatoí rio preenche os requisitos da Suí mula
34 da TNU, no sentido de que o iníício de prova material apresentado deve ser
contemporaê neo aà eí poca dos fatos a provar.
ROL DE TESTEMUNHAS
A conversão do tempo de serviço especial em tempo de serviço comum é feita utilizando-se um fator de
conversão, pertinente à relação que existe entre o tempo de serviço especial exigido para gozo de uma
aposentadoria especial (15, 20 ou 25 anos) e o tempo de serviço comum. O Decreto 3.048/99 e o anexo XXVIII
da IN 77/2015 trazem a tabela com os multiplicadores:
MULTIPLICADORES
TEMPO A CONVERTER
MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)
DE 15 ANOS 2,00 2,33
DE 20 ANOS 1,50 1,75
DE 25 ANOS 1,20 1,40
Para o desempenho dessas atividades o Sr. XXXXX naã o teve treinamento adequado
para manipulação e borrifação desses inseticidas altamente tóxicos, tampouco lhe
foi fornecido Equipamento de Proteçaã o Individual. Aliaí s, diversas patologias saã o
causadas pela exposiçaã o a pesticidas, os quais podem gerar INTOXICAÇOÃ ES GRAVES.
Em anaí lise da CTPS em anexo, verifica-se que o Sr. XXXXX laborou como
TÉCNICO AGRÍCOLA/AGROPECUÁRIO, tendo a empregadora Associação Sulina de
Crédito e Assistência Rural fornecido o respectivo formulaí rio PPP, anexado ao presente
requerimento.
TRECHO PERTINENTE
Veja-se que o Sr. XXXXX esteve exposto a AGENTES FÍSICOS (ruído de até 93
dB(A), AGENTES BIOLÓGICOS (advindos do contato com zoonoses, fungos,
bactérias, vírus, protozoários) e AGENTES QUÍMICOS (agrotóxicos –
organofosforados, piretróides, carbamatos, enxofre, glifosato, sulfeto de cobre)
1
Disponíível em: <https://www.folhadelondrina.com.br/folha-rural/bhc-pode-provocar-ate-cancer-
686157.html> Acesso em: 27 abr. 2018
Trata-se de regra que deve ser interpretada extensivamente para concluir-se que
eí omissa a decisaã o que se furte em considerar qualquer um dos precedentes obrigatoí rios
nos termos do art. 927 do CPC.3
No mais, exatamente por ser obrigatoí ria a observaê ncia dos precedentes
vinculantes, os conselheiros(as), independentemente de provocaçaã o, deveraã o conheceê -
los de ofíício, sob pena de omissaã o e denegaçaã o de justiça.
2
Didier Jr., Fredie. Curso de direito processual civil: teoria da prova, direito probatoí rio, açoã es
probatoí rias, decisaã o, precedente, coisa julgada e antecipaçaã o dos efeitos da tutela. Salvador: Jus Podivm,
2015. v. 2. p. 455.
3
Ibid. p. 456.
SUÉ MULA Nº 09: O uso de Equipamento de Proteçaã o Individual (EPI),
ainda que ELIMINE a insalubridade, no caso de exposiçaã o a ruíído, naã o
descaracteriza o tempo de serviço especial prestado. (Sem grifos na
redaçaã o original).
Desse modo, evidente que EPI eficaz, no que se refere à exposição ao ruído
acima dos limites de tolerância É UMA FALÁCIA, sendo inequívoco o
enquadramento da atividade especial, independentemente do fornecimento ou
não de EPI.
Ressalto, ainda, que o rol de agentes nocivos trazidos pelo Decreto 3.048/99 naã o eí
taxativo, consoante reiterada jurisprudeê ncia, naã o havendo oí bice a que outros agentes
que naã o os expressamente elencados sejam reconhecidos, desde que verificada a
nocividade da exposiçaã o no caso concreto.
TRECHO PERTINENTE
4
Disponíível em: < http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-
digital/publicacao/detalhe/2013/3/aspectos-de-prevencao-e-controle-de-acidentes-no-trabalho-com-
agrotoxicos> Acesso em: 27 abr. 2018
Aliaí s, a exposiçaã o do Sr. XXXXX ao BHC e ao MALATHION, AGENTES
RECONHECIDAMENTE CANCERÍGENOS, torna IMPERATIVO o reconhecimento da
especialidade do perííodo em questaã o, conforme explanado no toí pico anterior.
III – DO PEDIDO
Pede Deferimento.
Local e data.
Advogado XXXXX
OAB nº XXXXX