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ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA I: (CRIAÇÃO) – Pe.

Miguel Alon

A Antropologia Teológica tem três tratados:

Antropologia Teológica 1: Criação (ato ou ação de criar/fundante e o resultado do ato)


Antropologia Teológica 2: Graça (graça, vontade e liberdade; e os dons do Espírito Santo)
Antropologia Teológica 3: Escatologia (fundamentos da escatologia antropológicos, o estado
da plenitude da humanidade, novíssimos, as últimas coisas, juízo particular e morte e morte da
alma)

ESQUEMA DO CURSO
I- QUESTÕES INTRODUTÓRIAS
1.1- Antropologia Teológica
1.2- Divisão
1.3 – Importância – Teologia da Criação

II – TEOLOGIA DA CRIAÇÃO
2.1- Criação no Antigo Testamento
2.2 - Criação no Novo Testamento. A criação em cristo
2.3- Relação entre Criação e salvação

III- “CRIADOR DO CÉU...”


3.1- A existência dos Anjos
3.2- A criação dos anjos
3.3- A natureza dos anjos
3.4- O número e a hierarquia dos anjos
3.5- A elevação dos Anjos
3.6- Os anjos da guarda

IV- “... E DA TERRA...”


4.1- Criação do nada
4.2- A criação com o tempo
4.3- A liberdade do criador
4.4- Unidade e bondade da criação
4.5- A racionalidade da Criação

V- “DEUS CRIOU O HOMEM À SUA IMAGEM...”


5.1- “Homem e mulher os criou...”
5.1.1- “Imago Dei”
5.2- Uno de alma e corpo
5.3- O Estado original da pessoa humana
5.4- A beleza do cosmo

VI- A CRIAÇÃO E A PROVIDÊNCIA


6.1- Deus mantém e sustenta a criação
6.2- Providência e as causas segundas
6.3- A providência soberana de Deus
6.4- A legitima autonomia na ordem da Criação

VII- O MISTÉRIO DA INIQÜIDADE: A QUEDA


7.1- Nas Escrituras (Gn 3)
7.2- O pecado original
Pecado dos anjos: os demônios
Demônios: Natureza e ação
7.2.1- A queda do homem e da mulher
7.2.2-Os efeitos da Queda
7.2.3- A transmissão do pecado original

VIII- RELAÇÃO ENTRE FÉ E CIÊNCIA

IX- A NOVA CRIAÇÃO


9.1- O fim do cosmo na Escritura e na Tradição
9.2- Os novos céus e a nova Terra

X- REFLEXÕES FINAIS

Teologia da Criação

Dois métodos de fazer teologia: positiva (fazer afirmações sobre Deus) e especulativa (levantar
especulações sobre Deus). O método especulativo permite o diálogo entre outras formas de
teologias. Nem tudo da teologia está resolvida, por exemplo a questão entre a graça e a
liberdade.

A síntese teológica da antropologia teológica, em três palavras: Criação, Homem e Pecado


Original.

Método: prova oral, prova escrita e trabalho (apresentação oral e escrito – página no máximo
10).

O homem e a mulher – São João Paulo II

1. O princípio – 23 itens
2. A redenção do coração - + 40 itens
3. A ressurreição da carne – 9 itens

O objeto da teologia é Deus, que é o centro da revelação. Pode falar de antropologia teológica
porque Deus se revela ao homem e porque Deus se fez homem.
Método teológico: SE, padres da Igreja, Santos e doutores, magistério,

09/08/19

Criação, homem e pecado. O homem é criatura de Deus, imagem de Deus e pecador (afeta a
relação com Deus). Logo, a AnT vai analisar o homem a partir de Deus, ou seja, da sua relação
com Deus. Apesar do pecado não fazer parte da natureza humana, o pecado está inserido em
sua natureza.

AnT - Trata o homem na sua relação com Deus uno e trino, revelado em JC. Entende quem o
homem é a luz de Cristo, ou seja, a luz da revelação. Deus que se dá a conhecer aos homens,
Ele se revela a Deus sobre o homem, mas também revela o homem quem ele é. A revelação é
para os homens e quem é o homem. Deus se revela ao homem por meio da linguagem
humana. Essa linguagem se dá através do Verbo porque essa é a linguagem compreensível ao
homem. Deus se torna conhecível ao homem pela nossa linguagem, que é a linguagem
Sacramental (Sinal da Graça). Só é possível conhecer pelos sentidos e Deus se faz sensível para
que o homem possa conhece-Lo e assim amá-lo.

Matéria e Forma são princípios fundamentais para se ter um Sacramento. A Forma determina
a coisa e Matéria é a palavra. O motivo da matéria e forma é porque o próprio homem é
formado por matéria e forma. Logo, tudo aquilo que o homem percebe é pela matéria e
forma. Assim, os Sacramentos representam aquilo que nós somos, matéria e forma. Sinal
visível de uma realidade invisível faz parte da nossa estrutura humana. Não pode ser só a
forma porque o homem não é só forma ou só matéria.

Toda a AnT é pautada na estrutura daquilo que o homem é: matéria e forma. A encarnação é
sinal sacramental, pois é a forma que se materializa, Deus que se faz homem. A liturgia é
antropológica, foi feita para o homem e eleva-lo ser e compreender quem o próprio homem é.
O rito vai ocorrer na sua matéria e forma, pois essa é a maneira do homem ser e entender.

Deus que se revela o seu filho ao homem. O mistério do Verbo Encarnado é a estrutura da
AnT. Conhecendo o mistério de Cristo conhecemos o próprio homem. Ser cristão é assumir a
nossa humanidade, pois Cristo não negou a nossa humanidade, mas assumiu e a elevou. Logo,
precisamos assumir a nossa humanidade com Cristo, elevamos a nossa humanidade para
salvação. Se Cristo não tivesse assumido a nossa humanidade não teríamos acesso a salvação.
AnT vai estudar o homem na sua relação com Deus, logo a AnT se dá em Cristo mesmo, pois
homem e Deus estão unidos, apesar da diferença fazer parte da unidade. A Cristologia vai
estudar Cristo na sua relação com homem e com Deus.

Deus é Uno e Trino: unidade na diversidade. Toda atividade teológica move-se assim: eclesial,
matrimonial, o homem. No homem existia essa unidade entre o corpo e a alma, mas o pecado
dividiu essa realidade harmônica entre alma e corpo. onde o corpo nega o espírito (1 Cor. “não
faço o bem que quero, mas faço o bem que não quero”). A ideologia de gênero vai utilizar essa
relação de divisão (sexualidade e gênero) do homem. O pecado gera divisão, a salvação gera a
verdadeira unidade.

Diferença entre da AnT das demais antropologias: porque a AnT não está falando de uma
teoria, mas de uma pessoa que é Cristo. Enquanto destinatário o homem é objeto dessa
revelação. O homem entra em contato com o próprio e descobre quem ele é. A revelação
mostra para aquilo que o homem é chamado.

O homem todo é imagem de Deus, na sua essência. Deus se comunica ao homem através da
História por meio de sinal gradua e progressivo aos homens. Deus assume a nossa natureza
para .

Para se ter uma visão completo da AnT, são necessários 3 pontos fundamental para se
compreender do homem por completo da nossa referência com Deus: criação (criatura),
homem (imagem de Deus) e pecador (onde o homem não perde a imagem, mas a sua
semelhança. A humanidade foi ferida pelo pecado). Deus criou o homem para que ele
participe da sua Vida. Não temos o direito de sermos filhos de Deus, mas o dom e a graça de
sermos Filho de Deus. O homem é chamado a filiação divina, por meio da sua imagem; e perde
a sua semelhança é perdida no pecado.

Para que possamos participar da graça de Deus é a criação; o mais importante é a graça, mas
para chegar a ela é necessário existir. A recepção de uma graça é necessária a Igreja. Quanto
mais unido maior a relação. O que une o homem a Adão e Eva vai afetar a nossa natureza. O
pecado de Adão e Eva perpassa na natureza humana. Apesar do pecado ser pessoal (não tem
como tirar a responsabilidade do pecado) o pecado de nossos antepassados pode nos afetar.

O pecado original é uma demonstração da relação da consequência da humanidade. A


comunhão dos santos, os méritos ajudam uns aos outros. O homem com a sua relação com
Deus é objeto fundamental da AnT.

Antropologia Teológica na Criação ato de criar/fundante (a criação livre) e o resultado do ato


(o homem).

16/08/19

Antropologia Teológica 1: Criação (ato ou ação de criar/fundante e o resultado do ato)

O tratado de Antropologia Teológica é novo como o tratado em si, pois antigamente não era
sistematizado, porém isso não quer dizer que os padres da Igreja não tratavam sobre o
conteúdo da Antropologia Teológica, como a criação do homem, criação dos anjos, o pecado
original.

Origenes escreve De Principio como uma obra marcante da Antropologia Teológica, referentes
a criação; De natura e gracia, de santo Agostinho (o termo “pecado original” vem de Santo
Agostinho). Hugo de São Vitor vai falar sobre os sacramentos cristão da fé, na primeira parte
da obra vai explicar como o homem foi criado e como o homem caiu. Na segunda obra trata
como o homem foi reerguido, a redenção de Cristo. STA vai falar do tema da criação,
principalmente da criação dos anjos. São Boa Ventura, criação em geral (homem, anjos, corpo
e espírito, pecado dos 1º pais, ressureição). No CTrento alguns temas vao ganhar destaque,
como é o caso graça (devido a reforma protestante). Deposis do Ctrento vai tratar sobre os
temas de modo dividido: a criação (vida natural), elevação (vida sobrenatural, a graça não faz
parte da natureza) e pecado. Em seguida a graça (antes, durante e depois), a visão filosófica
sobre a graça (a nossa fonte é a revelação), mariologia.
Nota-se que esse tema sempre foi tratado apesar der esquematizado recentemente. Assim,
surge a necessidade de se dividir em duas partes o tratado: criação natural do homem e a
outra parte da elevação e do pecado (sai a mariologia). Dentro da elevação e do pecado surge
assim duas necessidades nesse tratado: dividir o que era filosófico e o que é de necessidade
teológico. Em seguida surgiu outra necessidade de dar uma explicação histórico-salvífico aos
problemas relacionados a criação, ou seja, falar do homem na sua história da salvação de
modo concreto, não de modo abstrato. Depois falar desse aspecto da criação diante da
elevação, ou seja, não se pode separar dizendo que Deus criou e o homem pecou e não precisa
mais conhecer a criação, mas só se preocupar com a elevação. Mas deve saber que o mesmo
Deus que criou é o mesmo que vai salvar. Deus assume a natureza para salvar, Deus não
abandona a criação e nem o homem. A ideia é relacionar cada vez mais a criação com a
plenitude. Levando pela ideia de que o atual é o melhor.

Em 1997 se constata o artigo denominado de Antropologia Teológica, de Kall Hanner. A


Antropologia Teológica estava espalhada sem nenhuma sistematização desses temas. Ele
notou que existiam vários temas que giravam em torno do homem, daí ele propôs um centro
que servisse como ponto de partida para fundamentar toda o tratado: a consciência que o
homem tem por ser interpelado por Deus, ou seja, o homem em relação com Deus. Esse é o
centro da Antropologia Teológica: o homem em relação com Deus, na Sagrada Escritura o
homem é visto assim, como imagem de Deus (nas duas tradições Javista e Sacerdotal).

Onde se dar particularmente a relação do homem com Deus é plenamente em Cristo (o


homem Deus). Pode-se tirar dois pontos fundamentais: o homem é chamado por Deus e
assume de modo pleno em Cristo. Gaudium et Spes é no mistério de Cristo que o homem se
revela. Só pela cristologia que se compreende as questões fundamentais do homem. Santa
Clara: Cristo como espelho, pois ele revela quem é o homem. O Antropologia Teológica vai
reagrupar a necessidade de comunhão do homem com Deus, a Antropologia Teológica tem
como fonte principal o mistério do homem (antropologia) e o mistério de Cristo (cristologia):
entender a cristologia é entender a antropologia.

No Concílio Vaticano II vai dar uma grande contribuição sobre a Antropologia Teológica é a
Gaudium et Spes. No número 3 na fala diretamente sobre a Antropologia Teológica, mas
revela o sentido do tratado. A exposição central da GE é o homem na sua integralidade. No nº
12 vai falar a respeito do homem como imagem de Deus e como ser relacional. A GS não vai
dar um conteúdo para a Antropologia Teológica, mas vai dar um princípio que só se pode
entender o homem deve-se olhar para Cristo. O pecado foi o abuso da liberdade do homem,
levando a buscar seu fim fora de Deus. Com isso o homem ficou dividido em si mesmo. A
constituição do homem: de corpo e alma não deve ser divido ou separado, ambos devem estar
integrados a Deus. nº Cristo restitui a semelhança não a imagem que é a natureza.

A contribuição do Concílio Vaticano II para a Antropologia Teológica é o princípio cristológico,


o homem só é possível ser compreendido a partir de Cristo. Surge assim duas caracteríscas
mais importante da Antropologia Teológica, que a o Concílio Vaticano II vai contribuir: relação
do homem com Deus - o princípio cristologio (cristocentrismo) e a historicidade (o homem é
revelado a partir da caminhada histórica com Deus, o homem nas suas etapas sucessivas).

O homem ideial já está na história de modo concreto que é Cristo.


O eixo principal da Antropologia Teológica é o homem com sua relação com Deus. Combate
diretamente contra o ateísmo, ou seja, da existência de Deus ou qualquer contato do homem
com Deus. A Antropologia Teológica é o fundamento da teologia, por exemplo vai contra o
maniqueísmo, separa a humanidade de Cristo, pois deve ser olhado o homem em sua
totalidade. Não ter uma visão pessimista da matéria, mas sendo participação do ser de Deus
na sua ontologia. Relação do homem com a fé também envolve a Antropologia Teológica, por
envolver todas as formas de saber e da ciência. A Antropologia Teológica ressalta a bondade
da criação e do homem; essencialmente e ontologicamente é boa.

O martírio é amar a Deus pelo corpo, assim, como o celibato.

19/08/19

Parte 2: [Cada tópico é uma passagem da Sagrada Escritura e do Catecismo]

A fonte da teologia é a revelação, mesmo podendo usar alguma definição voltada para filosofia
ou teologia partilhada. Antropologia Teológica é dentro de um contexto de fé, na qual somos
chamados a compreender a profissão da nossa fé.

O QUE NÃO É A CRIAÇÃO

Antes de entender a criação de modo positivo, deve-se entender a criação de modo negativo,
aquilo que não é a criação. Não é uma procissão (quando ocorre sem divisão de substancia a
doação de uma natureza imutável) e não é uma emanação de Deus (o mundo não é da mesma
matéria que Deus, pois Deus não tira nada de si para criar O mundo não é Deus) e nem uma
transformação (quando uma ação externa produz um outro a partir de si).

O QUE É A CRIAÇÃO

A criação requer um poder absoluto, que leva a criar algo que não existia. Antes do mundo a
única coisa que existia era Deus. O mundo foi criado do nada (poder absoluto de Deus) sem
nenhuma matéria prima. Há uma existência fora de si de algo que ainda não existia.

O céu e a terra foram criados do nada. Essa expressão tem vários significados: as realidades
visíveis e invisíveis, espirituais e materiais, divisão entre o firmamento. O que caracteriza a
criação ocorre no princípio, ela acontece do nada.

DZ 302. Deus nos criou para aumentar a sua felicidade ou adquiri-la, mas seu ato criador se dá
pela sua livre vontade e bondade, manifestando o seu bem. A criação foi do nada, sem
nenhuma matéria-prima, antes da criação nada existia e não aconteceu de modo literal a
Sagrada Escritura. DZ 3025. Sua criação foi absolutamente do nada sem matéria prima
existente, a criação foi de sua inteira liberdade.

CRIAÇÃO DA SAGRADA ESCRITURA


Deve-se evitar o concordismo (querer concordar a Sagrada Escritura com uma teoria científica,
pois a teoria muda colocando a Sagrada Escritura em conformidade com as teorias que
mudam. A Sagrada Escritura não pode se adequar as teorias científicas, pois elas não são
plenas e imutáveis, por sua contínua evolução, isso faz com que a Sagrada Escritura perca sua
credibilidade); evitar o fundamentalismo (uma leitura fundamentalista, ao pé da letra, de
modo literal, parte do princípio que a Sagrada Escritura deve ser lida em todos os seus
detalhes, tudo do jeito que está ali. O fundamentalismo rejeita qualquer relação entre a
evolução e a Sagrada Escritura; deixando de lado qualquer ajuda da ciência. Rejeita o método
histórico-crítico) e liberalismo/modernismo/racionalismo (é o oposto do fundamentalismo,
pois vai supervalorizar as técnicas das formas de análise da Sagrada Escritura, na qual vai
relativizando a Sagrada Escritura e somente considera o método histórico-crítico, desprezando
a visão espiritual da Sagrada Escritura. Entende de modo racionalista a daquilo que é a
experiência com Deus, reduzindo a Sagrada Escritura a uma visão mitológica).

AUTORES DA SAGRADA ESCRITURA

Os hagiógrafos são diversos e tudo influencia na experiência de vida dele, o Sitz in Lebem do
autor, o contexto vital. O autor sagrado é Deus, que inspirando os homens a escreverem e
narrarem os fatos da Sagrada Escritura. A forma literária são diversas somada mais com os
diferentes estilos literários, na qual são formados por quatro tradições/escolas (Javista, Eloista,
Sacerdotal e Deuteronomista).

Será usado a tradição Javista (Sec X a.C ) e Sacerdotal (Sec VI a.C), do Gn 1 -11. São os dois
relatos da criação. Para analisar esses capítulos deve ser entendido a cultura desses capítulos.

SEMELHANÇAS COM A MITOLOGIA GREGA

Há inúmeros mitos relatando a criação do mundo e do homem e a sua queda, como o relato
de Ptolomeu. A semelhança da Sagrada Escritura com a mitologia grega e outras mitologias
orientais sobre a criação do mundo e do homem. É evidente a semelhança dessas mitologias
com o relato do gênesis da criação e é baseado nessa semelhança que vao afirmar que o relato
do gênesis é apenas mito qualquer. A grande diferença entre a Sagrada Escritura e as demais
mitologias é que o monoteísmo. A Sagrada Escritura é a única que vai relatar a criação por um
único Deus. Outra diferença é que os relatos mitológicos colocam os deuses como elementos
da natureza, sendo que esses elementos são criaturas de um único Deus, ou seja, uma
deitização dos elementos. A própria numeração/tempo da criação de 7 dias, revela uma
intenção do autor ao escrever assim, é para que seja guardado o dia de sábado, pois assim
Deus o fez. Deus guardou o sábado e assim manter a Aliança. Deus cria através da Palavra,
onde todas as coisas são criaturas de Deus. Na mitologia tenta explicar a realidade existente,
querem encontrar um motivo para entender as coisas no mundo. A partir disso muitos vao
afirmar que a Sagrada Escritura é uma fábula e que não é uma verdade. Deve-se separar a a
interpretação da metáfora e o estilo que é usado. Não seria possível explicar literalmente a
criação do universo com os olhos de hoje. Assim, o texto do gênesis segue um estilo literário
semelhante a ao que é utilizado na mitologia, porém não é uma mitologia simplesmente. E
mesmo que fosse existe diferenças desse relato mitológico com ao do gênesis: a unidade de
Deus (um só aquele que criou); as forças da natureza são criaturas do Criador; a importância
do sábado (revela o conhecimento do autor sobre a Alainça).
26/08/2019

Etiologia Histórica = busca das causas do passado. O relato da criação deve ser vista a partir da
etiologia histórica, buscando a base daquela narração. Por isso, pode-se notar a importância
de guardar a Lei. E devemos guardar a Lei/sábado/Aliança porque Deus guardou/manteve a Lei
e a Aliança. Eles estão indo ao passado para explicar o que está acontecendo agora. Deus vai
inspirando no contexto, nos fatos, dentro da linguagem própria e na vida do autor sagrado.

O Gênesis quer dizer que Deus criou todas as coisas. Assim, o relato da criação não é uma
recordação do povo, mas uma criação narrativa sobre que o autor usou para explicar os fatos
presentes. De modo que a etiologia vai ao passado para explicar o presente. É a vivência da
Aliança que vai dar consciência da criação (essa é uma experiência de Deus – entender o
chamado/vocação presente através da criação no passado, pois Deus sempre chamou desde o
passado até agora). Há uma tentativa de sustentar a fidelidade de Deus diante do Exílio do
povo, com uma Aliança mais antiga.

O relato do gênesis não é uma lenda, pois não é notado somente as semelhanças, mas há
também diferenças que sustentam a posição da Igreja. Esse relato vai contar de acordo com o
vocabulário próprio. Não é uma historicidade literal, como uma descrição dos fatos de modo
literal. Deve-se entender as intenções dos autores, pois não querem narrar uma criação
cronologicamente, mas de afirmar que Deus é um criador do universo.

Qual é a verdade?

Os autores usam metáforas por dois motivos: por não ter nenhuma testemunha para
descrever os fatos e narração acompanhado de uma linguagem simbólica (tradução dos fatos
para uma linguagem mais simples, para todo povo). A forma exterior não prejudica a
historicidade dos fatos nem o conteúdo da doutrina.

Gênero literário: o gênesis é um mito, pois é uma tentativa de explicar a realidade presente a
partir de uma linguagem simbólica e metafórica. Até mesmo a forma usada é semelhante
entre as narrações. Além de existir uma coerência histórica entre o texto em si e com toda a
Sagrada Escritura, de tal modo que a Sagrada Escritura vai dar continuidade ao relato da
criação. Próprio Cristo usada o relato da criação, recorrendo ao princípio da Sagrada Escritura.
Cada narração está de acordo entre si dando continuidade. A compreensão dos fatos
históricos está para o homem pelo sentido temporal.

Deus tem que falar em todos os tempos e no tempo. A temporalidade particular do homem e a
infinitude divina são meios de comunicação de Deus. Assim, Deus está no presente e no agora.
O tempo é a duração da mudança, Deus é o agora que se move e anda. Teria como fazer um
relato mais perfeito da criação, do ponto de vista de Deus?

RELATO DA CRIAÇÃO

Cada relato vai destacar um dos aspectos de Deus e do seu modo de criar: a primeira é
cosmogonia e a segunda é antropogonia.
Gn 1-2,4a – relato sacerdotal (P) é cosmogônico, regular e precisa. Tem preferência por textos
legislativo, ou seja, o fundo desse relato está o decálogo e o seu 3º mandamento – a Aliança.
Usa de genealogias e redundâncias e tem o estilo mais abstrato. Todas essas características
são próprias da tradição sacerdotal. O cume da criação é o sábado, pois o sábado é a
santificação do sétimo, na qual Deus descansou. As coisas são criadas pela palavra de Deus,
pela ordem e a vontade de Deus. Tudo isso mostra o poder e a transcendência de Deus.

Esse relato é dividido em dois momentos:

 distinção (é momento em que separa a luz - o dia da noite; as águas firmamento– terra
e céu = vai do primeiro e terceiro dia);
 ornamentação (momento em que Deus vai colocando os ornamentos = vai do quarto
ao sexto dia) e
 conclusão (o cumprimento do trabalho e a bênção de toda a obra = sétimo dia)

A repetição de “Deus fez” enfatiza a obra inteira e única de Deus sem a participação de
ninguém. A demonstração da transcendência de Deus é que Ele não precisa de gesto para
criar, pois Deus cria apenas com a sua palavra (bara). Esse verbo expressa: a conotação divina,
a ideia de novidade (é algo que não existia e que agora existe – caráter extraordinário de fé) e
a facilidade da ação divina (que dá algo a sua existência sem nenhuma matéria prima, apesar
de não está implícita essa ideia da criação de tudo a partir do nada).

Secularização é dar aos elementos da natureza o mesmo poder de Deus. Logo, o relato é
contra secularização, pois vai colocar os elementos da natureza como obra/criatura de Deus
criador. Na mitologia, os deuses colocam os seres celestes e elementos da natureza como
capricho deles, nisso há uma divinização, demitização, secularização. Assim, as características
dos deuses são puramente humanas.

Concepção do homem: “façamos o homem a nossa imagem e semelhança” – o plural é


deliberativo, pois refere-se uma obra de toda a corte celeste, mas a tradição da Igreja e os
padres da Igerja vão afirmar ao mistério da Trindade. Semelhança está como imagem, mas não
a igualdade, ou seja, uma similitude física que aproxima o homem de Deus. Essa semelhança e
imagem também difere do modo como Deus criou o homem. O homem é diferente de todos
os outros relatos da criação. Mesmo com a queda o homem não perdeu a sua imagem com
Deus, mas sua imagem foi manchada pelo pecado. Os padres da Igreja: imagem e semelhança
na situação moral, na qual o homem perde a imagem e não a semelhança.

Gn 2,4b-25 – relato javista (J) é antropogônico

30/08/19

A imagem (natureza) é essencial e a semelhança é a graça, assim, com o pecado o homem


perdeu a semelhança e não a imagem. Deus criou todos os seres e distinguiu o homem dos
demais por meio da imagem (uma pessoa que contém a natureza boa; inteligência e vontade).
Na criação, pela fonte sacerdotal, é compara com uma construção, pois primeiro se constroem
as coisas para depois povoar a terra, coroando a criação com o homem. Assim, a humanidade
é o ápice da criação, pois é nesse contexto que a tradição sacerdotal vai usar a linguagem da
imagem e semelhança. Isso não impede que seja afirmado que Cristo é o centro da criação,
pois Ele é verdadeiramente homem e Deus.

A imagem (tselem) é representado por uma estátua por ser algo estável e concreto, pois é a
melhor maneira de definir algo estático no homem. A semelhança sempre está relacionado
com uma obra de comparação. Asism, por ser parecido os termos imagem e semelhança, mas
não o são. Imagem é uma constituição ontológica do homem (inteligência, liberdade, vontade,
relação entre corpo e alma). A semelhança é algo que pode ser levado a plenitude, um termo
de comparação, algo que são diferentes. Isso significa que por ser diferente, pode ter uma
possibilidade de crescimento moral. Não é existencial, mas moral. Assim, pode dizer que o
homem é essÊncial e as suas características, ou seja, a natureza humana e a graça. A graça
sobrenatural não faz parte da natureza humana.

A criação é boa e para o homem é muito boa. Afirmar que o homem é muito bom favorece a
dignidade do homem. Assim, o Deus criou um interlocutor para escutar e responder
livremente. A liberdade consiste em poder escolher o bem, dentre o mal. Deus criou o homem
relacional, versículo 27 cap 1 Gn. Existem duas formas de ser Homem: homem e mulher.

O segundo relato da criação tem seu sentido ao fazer uma introdução ao capítlo 3 (a queda).
Assim, não vai relatar a origem do mundo, mas da origem do mal. A cap. 2 é narrado para o
cap. 3. Mas vale notar que esses elementos da criação devem ser levados em consideração. O
contexto é diferente, pois narra de modo a tradicão javista. Na criação, Deus tem uma feição
mais humana (antropormofismo). O verbo utilizado para criar não é pelo Bara, mas o
fazer/plasmar a criação do mundo e o homem. Deus é um oleiro e plantador

Tanto a fonte javista e sacerdotal não pretende oferecer uma narração cientifica e cronológica
da criação. Os rios nascem do jardim do Éden, e com isso demosntra sinal de que o rio veio de
Deus, o useja, o paraiso. Se o objetivo fosse fazer uma narração/descrição cientifica não se
teria dois relatos da criação, pois uma versão é totalmente diferente uma da outra. Não é uma
continuidade entre o primeiro relato com o segundo, mas são textos diferentes com narrações
diferentes. A finalidade dos dois relatos é de centrar em conteúdos teológicos.

Personalidade corporativa: adao quer dizer toda a humanidade sem negar a indidualidade da
pessoa de Adão, pois faz referência aquilo que está no homem, mas com isso não é negar a
personalidade de Adão e nem dizer que ele não existiu. Pois essa visão vai negar a proliferação
do pecado original.

O texto quer transmitir esse ensinamento, que Deus é criador de toda a humanidade. Porém, a
fonte javista quer reforçar a participação concreta dos indivíduos na criação. Esse relato javista
significa o termo Adão como individuo e a humanidade.

Gn 2,7 tem dois princípios da criação do homem: material (barro/ argila do solo) e espiritual
(hálito de vida). O mesmo acontece com a mulher: material (costela) e espiritual (trabalho de
Deus). A graça de Deus é ter colocado o homem no jardim (lugar da presença de Deus = Ez
28,13; 31,9 e Is 51,3) = semelhante ao relato da ressurreição, na qual confunde Cristo com
jardineiro. O objetivo é falar do lugar teológico e não um lugar geográfico: lugar de Deus/graça
de Deus. Existem duas fases: Deus que cria o homem e depois o coloca no jardim. Esse
homem antes do jardim não se sabe, pois ele não pecou e não tem a graça. Uma coisa é criar,
dando existência natural e uma outra coisa é dar a vida sobrenatural. A graça significa uma
qualidade sobrenatural de participar formalmente da vida divina, assim a graça não pertence a
natureza, mas é um dom gratuito de Deus. O jardim é sinal da graça e a criação foi um outro
momento. Quando nossos primeiros pais pecaram caíram no pecado original e não na justiça
original.

02/09/19

O lugar da criação não há localização exata, mas a ideia do autor era relatar a criação de Deus
com o foco no homem. O ato da graça é gratuito de Deus, pois o homem não fez nada para
merecer a graça de Deus. Não é necessário a graça para a natureza humana para ser pessoa,
pois fomos criados por Deus inicialmente sem a graça. Deus coloca o homem em contato com
as demais criaturas e em lugar distinto e com a presença de Deus. O fato de Deus colocar no
jardim (graça) não anula a sua natureza, mas pressupõe a sua criação, de modo que a graça é
sobrenatural. A vocação/finalidade é participar da vida divina, desse modo Deus nos criou para
manifestar a sua glória que é o homem vivo. Por esse gesto o homem tem uma relação
profunda com Deus, relação de pai e filho (não só criador e criatura). Agora não é só criador de
Adão, mas seu pai. É vivendo a filiação que manifestamos a glória de Deus. Juntamente com a
eleição e a filiação de Deus, (há no jardim: árvore conhecimento do bem e do mal e a árvore
da vida) essas duas árvores são os dons que Deus faz. Deus nos coloca no jardim para
multiplicar e cultivar os dons que recebemos de Deus e não para comer para si o dom. Deus dá
um mandamento: “não comer da árvore” isso significa que Deus dá a liberdade para escolher.
Deus poderia nos fazer como robôs para não fazer algo, mas nos permitiu a liberdade, a
capacidade de escolha, pois ele pode desfrutar de todas as árvores, menos de duas árvores. O
homem não é Deus (por isso não pode fazer o que é de Deus), por isso tem permissão como
colaborador de Deus na criação. Quanto mais aumenta a relação com Deus, mais participamos
da vida divina, mais seremos felizes, mais o homem cresce e se aperfeiçoa (e mais vive como
filho). Essas árvores são metáforas de Deus, pois quer dizer que Deus é o autor do
conhecimento e da vida. Sem pecado o homem não morreria e teria o dom preternatural:
imortalidade (imiscibilidade – sem doenças) = sem morte também não haveria as causas da
morte.

DUAS METÁFORAS DAS ÁRVORES QUE SÃO OS ATRIBUTOS DE DEUS:

Para uns, a árvore do conhecimento do bem e do mal significa uma sabedoria que proporciona
sucesso (o bem e mal são os efeitos do fruto). Para outros essas árvores descrevem a imagem
de Deus, como o originador da vida (sopro da vida) e do conhecimento (Deus é o único capaz
de legislar tudo o que se procede). As duas árvores demonstram a impossibilidade do homem
ser como Deus e a tentação do homem ser como Deus. Um dos significados das árvores é que
Deus é o único capaz de regular o bem e o mal (o agir segue o ser) e Deus deu o ser a tudo e
por isso ele legisla o agir. Comer uma das árvores é querer ser como Deus. Deus como criador
das árvores é ele
Quando o homem come da árvore do bem e do mal ele toma para si como o detentor daquilo
que é certo e é errado. O conhecimento do bem em si mesmo e o que não é o bem de modo a
aperfeiçoar o homem = significado da árvore do bem do mal. A principal característica que o
homem teve ao comer do fruto da árvore é a perda da graça que significa a morte. Por isso a
morte não é só uma morte física (que é consequência do pecado original), mas a quebra da
relação com Deus. Nesse sentido, que o batismo é o livramento da morte espiritual. É uma
morte teológica.

O homem é livre para comer das árvores (não se refere a onisciência e nem o discernimento
moral, pois essas faculdades são próprias do homem). O primeiro pecado foi contra a
soberania de Deus, quando o homem traz para si o que é o bem ou não. A autonomia moral é
impossível e imoral, pois a norama concreta da moralidade é um dom de Deus (assim, como
matar é um discernimento de Deus e não do homem). O homem pode comer somente a
bondade de todas as arvores do jardim tendo a vida, por isso não é uma obediência cega, já
que o homem tinha sua escolha e escolheu não obedecer. O homem ser criatura e limitado
não é desprezo da natureza humana, mas um reconhecimento da nossa condição. Deus
sustenta o ser, por isso Deus cria e sustenta o ser e mantém o fundamento ético.

RELATO DA CRIAÇÃO DA MULHER

A plenitude do homem. Dividido em quatro partes:

 v.18 = não é bom que o homem esteja só


 v. 19-20 = criação dos animais
 v. 21-23 = criação da mulher
 v.24 = plenitude do homem: a mulher

A mulher tem a mesma dignidade metafísica do homem, pois Deus delibera para criar a
mulher. A mulher está para ajudar o homem, de mesmo valor ontológico. O homem é
diferente de tudo, pois o homem não se reconhece nos outros seres. Logico, que são
diferentes (homem e mulher) e isso não implica ser melhor ou pior, mas são semelhantes.
Assim, como o homem vai ter plenitude com a mulher, a mulher só encontra plenitude com o
homem. Em nenhum dos animais o homem encontrou uma auxiliar que a correspondesse. O
homem se identifica com a mulher (ossos dos meus ossos e carne da minha carne), ou seja, é
um outro eu. O fato que o homem dá nome a mulher revela a autoridade ao amor de entrega
total. Ausência de vergonha quando estavam nus, que é um reflexo da situação edêmica, pois
havia uma harmonia entre corpo e alma, assim a relação entre mulher e homem estavam em
harmonia (não viam o outro como objeto, mas como um outro).

FUNDAMENTAÇÃO DA CRIAÇÃO NAS SAGRADA ESCRITURA

Os salmos fazem referência a criação são frequentes. Sl 136, 4-9/ Sl 148/ Sl 33 = referência
sacerdotal (criação pela palavra) Sl 8 (reconhece a grandeza do homem, suscita a piedade). Sl
104 (sabedoria fio criado tudo).

A literatura sapiencial tem muita influencia na maneira da criação de Deus, pois teve grande
influência pela cultura e filosofia grega. Logo, a criação não é imediata e não suscita a piedade,
mas suscita um agir de Deus e como uma teodiceia elementar. Usa referência dos mitos gregos
para relatar a criação, assim seu contexto vai está no problema criação em seu relato. Havia
uma preocupação da práxis (e não com a ortodoxia = doutrina). Pr 3,19-21 devo agir com
sabedoria porque Deus fez tudo com sabedoria. O modo como Deus faz as coisas deve ser
usado como modo do homem agir. Deus é sábio porque a criação mostra isso (ordem, beleza).
Pr 8,22-33 sabedoria estava presente na criação (logo, o mundo não foi criado ao acaso e nem
pelo caos), mas por ordem. A criação é feita com sabedoria, ela estava presente na criação, por
isso devemos ser sábios.

06/09/19

Pr 22,2/ Pr 29,13 ricos e pobres – significa que todos são iguais e Deus quem ilumina e nos fez
iguais com sabedoria. Aqui o autor quer demonstrar o status essencial do homem, pois o
status solcial está depois daquilo que é essencial. O outro é meu irmão. Ser criatura implica
depender de alguém que é superior e nos fez todos iguais.

Sb 11,17/ 1,14/ 9,1-2.9: matéria informe/ para que subsista / tudo criaste com tua palavra –
utilizado termos filosóficos para explicar a criação e a criatura. Deus cria, mantém e governa a
criação. E a partir da criatura pode chegar-se ao Criador, chegando ao conhecimento de Deus
por analogia. Sb 13,1ss/ Sb14, 3: Deus cria e sustenta com a sua providência.

2Mac 7,28 não foi de coisas existente que Deus criou, mas tudo (o mundo e o homem) foi
criado do nada. A criação é fonte e é reflexo de Deus.

A sabedoria encarnada é Jesus Cristo. A revelação natural se dá através da criação, mas Jesus
Cristo eleva a revelação de modo sobrenatural. A última palavra da criação de Deus é o próprio
Cristo, pois nela é que tem a revelação, salvação e criação. São três processos que estão
implicados mutuamente, pois cada um deles é uma doação de Deus. Nenhum desses
processos anula o outro, mas há uma complementariedade entre ambos. O homem chega a
consciência da criação só é possível ter através da Aliança (porque Deus é bom e fiel, por isso
ele cria). Cristo é o único salvador e único mediador da salvação e por isso é ele o único
mediador da criação. É pela Aliança que o povo tem consciência de Deus como criador. Cristo
já estava presente na criação desde sempre, mas só tivemos consciência disso com a Mistério
Pascal.

Qual a contribuição do Novo Testamento para a criação. A criação tem uma grande novidade,
pois a criação se deu por meio de Cristo, ou seja, Cristo que salvou também é criador. Logo, a
perspectiva da do Antigo Testamento e Novo Testamento é sempre a mesma, pois ambos
contemplam a conexão do fato salvador iniciado na criação. Cristo não é uma descontinuação
da criação (não é porque o plano de Deus deu errado e teve que enviar Cristo), mas há uma
plenitude. Cristo é o ápice da criação. A criação está indissolúvel com a salvação, pois toda a
história da salvação é compreendida a partir do seu elemento salvífico, que é Cristo.

SINÓTICOS (MATEUS, MARCOS E LUCAS) E A CRIAÇÃO


Os sinóticos vão tratar a criação como algo já resolvido. Mc 10,6 (criação já é algo resolvido),
Mt 13,35/25,39 fundação do mundo. Em Jo também tem a Ef 1,4; 1Pd 1,20

Mc 7,14-20: só existe um princpio

Mt 4, 1-11: só existe um Deus e única fonte de adoração verdadeira

1Cor 11,12/ 10,26/ 2 Cor / Rm 4,17 criação do nada

Rm 8, 21-22 aqui mostra que a criação está submetida e afetada pelo pecado do homem

1Cor 8, 6 Cristo é foi feita por Ele o fim e a meta da criação é o próprio Cristo.

Col 1,15-20: imagem de Deus invisível

Hb 1, 1-13 Deus fez o mundo através pelos séculos, na qual Cristo recapitula toda a criação

Ef 1,3-14 antes da criação do mundo. Por Ele, Nele e para Cristo. Tem destino, princípio
cristocêntrico.

Jo 1,1 no princípio da eternidade (diferente do princípio do gênesis que era um princíoio no


tempo)

LUGAR TEOLÓGICO DA FÉ NA CRIAÇÃO

Criação e salvação – a protologia está junta e unida com a escatologia

Perguntas para dia 16/09:

1- O que é a criação?
2- Quais são os dois relatos da criação e explique?
3- Qual a importância da Antropologia Teológica?
4- Fale da relação entre criação e salvação
5- Qual a contribuição do Concílio Vaticano II para Antropologia Teológica
6- Que postura devemos evitar ao aproximar da Sagrada Escritura?
7- Qual o conceito de homem/pessoa?
8- Qual a contribuição do Novo Testamento para a doutrina da criação?
9- Como o homem/povo chegou a noção de criação?
16/09/19

III- “CRIADOR DO CÉU...”

A criação do céu como firmamento, o céu mesmo, mas também o entendimento de céu
como as criaturas espirituais, ou seja, a ciação das realidades invisíveis. No número 325
o Símbolo dos Apóstolos professa que Deus é "o Criador do céu e da terra", e o Símbolo
niceno-constantinopolitano explicita: "... do universo visível e invisível"

Na Sagrada Escritura, a expressão "céu e terra" significa tudo aquilo que existe, a
criação inteira. Indica também o nexo no interior da criação, que ao mesmo tempo une e
distingue céu e terra: "a terra" e o mundo dos homens; "o céu” ou "os céus" pode
designar o firmamento, mas também o "lugar" próprio de Deus: "nosso Pai nos céus"
(Mt 5,16) e, por conseguinte, também o "céu" que e a glória escatológica. Finalmente, a
palavra "céu" indica o "lugar" das criaturas espirituais - os anjos - que estão ao redor de
Deus.

3.1- A existência dos Anjos


O nome “anjo” significa “mensageiro”. Na carta aos Hebreus 1,14 dá uma definição de
anjo: “espíritos servidores que devem enviados ao serviço dos que devem herdar a
salvação”. Não se deve ter uma superstição com os anjos, se faz isso quando se tira o
anjo da realidade salvífica de Deus. São chamados de servidores, santos, filhos de Deus.

Em Gn 16,7-16 e Gn 22,11 e Ex 3,2ss: nessas passagens o anjo e Deus se confundem


em suas falas e aparições. Isso identifica um recurso para falar de uma presença real de
Deus e ao mesmo tempo é uma presença como um recurso, pois Deus não pode ser
abarcado. Isso para evidenciar a sua presença e sua transcendência. Porém, isso não
significa que todo anjo não é Deus, mas uma certa presença de Deus. O autor utiliza
esse recurso como. Eles estão sempre em contexto salvífico: como enviados ou levando
anunciando a salvação. Relação ascendente (levar nossa oração a Deus) e descendente
().

O primeiro local dos anjos é Gn 3,


Eles tem várias missões: destruir cidades (anjo exterminador), os desenhos como
dependência em Deus (Gn 1Rs 6,23-28), eles estão louvando a Deus (Is 6,1-3). Eles
sempre em relação com Deus. Somente no período após o exilio que a noção de anjo
será enriquecido, isso porque o povo de Israel teve contato com o povo babilônico
(também com os persas e os gregos), que tinham uma teologia muito forte com os anjos.
Apesar dessa semelhança dos anjos com outras visões de anjos é que os anjos de outras
culturas é que eles são endeusados, um mito como deuses (com muita superstição), mas
para a Sagrada Escritura os anjos são criaturas e servidores de Deus. Essa é a principal
concepção e diferença da noção de anjos.
O principal trabalho é defender o monoteísmo já estava enraizado, por isso que somente
no período pós-exilio é que será desenvolvido melhor. Por isso os anjos não são vistos
como outros deuses, mas como servidores, para manter o monoteísmo, Deus é o único
criador.

De nome só são revelados esses nomes, mas isso não quer dizer que existam outros
anjos. São vários anjos, mas somente esses três são apresentados os nomes. O único
nome revelado dos anjos, são: Gabriel (anuncia e explicar os planos de Deus), Miguel
(defende o povo e Deus), Rafael (Deus cura, em Tobias 12, 11-15). É costume uma
nação ter um anjo da guarda como referência a guiar a um país, anjo da guarda da nação
e o anjo da guarda pessoal.

Dn 10,13-21/

Prefácio sobre os anjos

No Novo Testamento os anjos estão nos principais momentos da Sagrada Escritura: na


encarnação, mistério da ressurreição, na segunda vinda de Jesus Cristo, monte das
oliveiras, na tentação do deserto, os anjos que se alegram com a conversão (Lc 15, 10),
levam os defuntos para o seio de Abraão (Lc 16, 22), ajudando no julgamento final,
libertar Pedro do cárcere, a vida no reino do Céu (seremos como anjos no céu Mc
12,25), os anjos contemplam a face de Deus (Mt18,10), no apocalipse, os diversos graus
de anjos(Cl 2,9-15), (2Pd 2,11), a prova dos anjos caídos (Jd 8-9). Assim, é o anjo que
anuncia os principais mistérios da vida de Cristo e da vida no Reino dos Céus. É muito
claro diante das Sagrada Escritura a presença dos anjos.

O magistério em relação aos anjos: texto (são uma verdade de fé).

Os anjos tem uma personalidade, ou seja, tem sua pessoalidade, possuindo consciência,
liberdade e vontade; ainda se relacionam com Deus. Os anjos são criaturas pessoais.
Somente a partir da Sagrada Escritura e da revelação é que se pode chegar na existência
dos anjos, assim como os textos dos padres da Igreja.

3.2- A criação dos anjos


Os anjos foram criados de um único ato. Houve logo ap´´os a ciração dos anjos, a vida
na graça e a escolha fundamental. Os anjos são livres e tem uma consciência supeior a
nós. Se os anjos são livres e podem ser bons ou maus eles devem ter passado por
alguma prova.

3.3- A natureza dos anjos

Deus criou os anjos em um ato só e segundo as suas funções.


Seres racionais e livres: Os najos são seres intelectuais ou racionais, inferiores a Deus (
Mc 13,32 - “nem os anjos sabem a hora e o momento”) e mais perfeito que os homens,
são puro espírito, dotado de inteligência luminosa e vontade livre e possante. O anjo é
de uma natureza diferente da do homem, pois o anjos não é uma alma sem corpo.
também não são deuses inferiores, mas criaturas espirituais. Os anjos foram elevados a
ordem sobrenatural: criação dos anjos a, chamados a participar da vida na graça, para
levar o homem a visão beatífica (para ter a visão beatifica é necessário a graça de Deus).

O momento em que os anjos receberam a graça é distinta da natureza, pois houve o anjo
sem a graça. A graça não pertence a nenhuma natureza, mas a graça é a vida em Deus
dado gratuitamente por Deus. Para alguns há dois momentos: na graç e deposi com
visão beatifica. Os anjos bem-aventurados não podem pecar porque já escolheram
sabendo de tudo o que iria acontecer.

Conhecimento e comunicação angélica: A capacidade do anjo conhecer é limitado,


embora superior ao conhecimento dos homens. Os anjos não capazes de conhecer algo
que dependem da livre vontade do homem ou de Deus. Agora os anjos podem conhecer
o futuro necessário, aquilos que dependem na ordem da natureza. Porém não podem
conhecer um futuro livre ou contingente. Ou seja, os anjos não são oniscientes, mesmo
podendo intuir. Sabe-se do que os anjos são capazes de conhecer, mas o meio de se
chegar a isso só é possível fazer algumas conjecturas para esclarecer.
A comunicação dos anjos não é necessária o uso da verbalização oral, mas se
comunicam pelo verbo mental ou verbo interior. Eles podem iluminar os homens, dando
bons pensamentos.

Poder dos anjos sobre a matéria: os anjos movem a matéria, mesmo não tendo o corpo,
como em Dn 14,32-35. Não se dá pelo contato físico, mas pelo contato operativo, ou
seja, eles estão a onde estão atuando. Pelo fato de os anjos serem um ser superior pode
mover os seres inferiores, assim sua força de ação sobre a matéria com o contato
operativo.

Poder dos anjos sobre o homem: os anjos não podem fazer nada que esteja acima da
natureza, como ressuscitar pessoas mortas. Eles podem possuir um aspecto ou forma de
corpo, na qual os homens podem ver e tocar. Os anjos podem não fazer milagres, mas
coisas maravilhosas de acordo com ao seu conhecimento e poder extraordinário.

Os anjos são criaturas puramente espirituais, dotadas de inteligência e vontade; são


criaturas pessoais e imortais (Lc 20,36). São Tomás de Aquino é o principal santo a
falar sobre os anjos: 1) os anjos não são a causa da sua própria existência, foram
criados; 2) o anjo não foi criado desde toda a eternidade; 3) os anjos foram criados
simultaneamente com a natureza corpórea.

3.4- O número e a hierarquia dos anjos

Os anjos aparecem sem nomes na maioria das vezes, mas na Sagrada Escritura só se
revela apenas 3 nomes: Gabriel, Miguel e Rafael.
No Gênesis e Ezequiel aparecem o termo querubim, para designar uma categoria de
anjos.
No Novo Testamento em São Paulo e São Judas, eles falam do termo arcanjo e que
Cristo está acima de todo Principado, Potestade, Virtude e Dominação.
Os anjos são dogmas de fé, mas a sua hierarquia não é dogma de fé, embora seja aceito
pela Igreja na sua existência e sua organização.
Segundo a Sagrada Escritura há nove ordens de anjos: anjos, arcanjos, Virtudes,
Potestades, principados, Dominações, tronos, Querubins e serafins
Há três ordens e cada uma das ordens possuem ter categorias. O grau de categoria é a
proximidade dos seres celestiais com Deus.
1º ordem: Serafins, Querubins e Tronos
2º ordem: dominações (soberanias), virtudes, potestades
3º ordem: principados,

São pessoais não por terem corpo e alma, mas por terem personalidade, cada anjo é
único.

3.5- A elevação dos Anjos

Para explicar a descrição dos anjos estão na presença de Deus e contemplam a sua face.
Os anjos foram criados no estado de graça. A discussão é quando os anjos receberam a
graça: foram criados na graça ou a graça foi dada somente depois da escolha. (a graça
não é o mesmo para todos). A graça é um ato gratuito, não é preciso nada a ser feito
para receber a graça. A graça não pertence a natureza angélica, mas de Deus. De modo
especulativo, cada anjo possue a sua graça determinada, sendo organizado de modo
hierárquico pela graça e sua função. Os anjos não estão na glória de Deus, mas somente
na graça. Os anjos devem passar por dois degraus para se ter a visão beatífica: a criação
(auto consciente), a graça e visão beatífica.

3.6- Os anjos da guarda

Os anjos da guarda é uma verdade de fé. Não se sabe se o anjo da guarda é exclusivo para
cada um não se sabe. Não só as pessoas, mas as nações possuem anjos da guarda. Deus confia
aos anjos o encargo de proteger os patriarcas, os seus servos e todo o povo eleito

30/09/19

IV- “... E DA TERRA...”

CIC 295. O mundo foi criado com sabedoria (verbo ou o Espírito Santo). A criação
procede da livre vontade de Deus, ou seja, ele poderia criar ou não as coisas. Deus não
criou por algum tipo de necessidade externa ou interna de Deus, mas Ele cria por sua
inteira liberdade, pois em Deus nada falta.

4.1- Criação do nada

A criação não é uma emanação de Deus, Ele não tira parte de si para criar algo. O nosso
modo de criar é sempre utilizando as coisas já criadas por Deus, o homem somente
remodela as coisas criadas. Deus criou tudo do nada. Em 2Mc 7,28 “Reconhece que
não foi de coisas existentes que Deus os fez, e que também o gênero humano surgiu da
mesma forma”.
Criar tudo do nada é uma promessa de esperança, pois ele pode dar vida aos pecadores e
ressuscitar os que morreram. O termo gerar não é utilizado (somente para Cristo), mas o
termo criar fica muita das vezes incompleto. O termo melhor é a criação do nada.
A criação do nada combate o materialismo, pois a matéria é sujeita a espírito, não existe
somente matéria. O panteísmo também é condenado ao afirmar que tudo é Deus, mas a
criação está fora de Deus, mas criado por Ele.
Gnosticismo combate o dualismo, pois a matéria não foi criada por um Deus ruim.
Combate o politeísmo, pois tudo vem de um único Deus.
A criação é obra da trindade, apesar de ser atribuída ao pai, mas estão presentes e é
único princípio: Pai, Filho e Espírito Santo. A passagem que fala que o Espírito Santo é
o Veni Creator/ o credo Niceno-constantinopolitano: o “Espírito Santo que dá a vida”.
A sabedoria personificada está presente no ato criador, ao comparar os frutos da
sabedoria semelhantes aos dons do Espírito Santo (Pr 8,12-14). A criação é obra da
trindade.
São Paulo fala criação como obra da trindade (1Cor 8,6). A obra apesar de ser externa a
Deus (ad extra), mas Deus cria a partir de si (ad intra). Todas as nossas ações são
voltadas para a trindade. Ao pai é atribuído o nome de criador, ao filho é a sabedoria
(mediante o filho), ao Espírito Santo é atribuído a bondade (voltar as coisas para o seu
próprio fim). As coisas foram criadas como reflexo íntimo da vida de Deus.

CIC 290- 292. "pelo Filho e pelo Espírito", que são como "mãos de Deus”.

4.2- A criação com o tempo

Deus concluiu a sua criação, a criação foi terminada. Mesmo assim Deus está livre para
criar novamente tudo do nada. Não é uma providência (pois Deus que sustém e mantém
a criação, nesse sentido há uma continuidade da criação (a providência). Deus continua
criando com as almas, mas da mesma natureza criada por Adão e Eva desde o início. A
criação está concluída, não há nada novo, nada mais é criado do nada, tudo o que Deus
ainda continua criando não é do nada, mas da mesma matéria que Deus criou desde a
criação.

Não se pode separar a eternidade e o tempo, pois se não criamos um universo paralelo a
Deus. É melhor dizer que o mundo foi criado com o tempo, e não no tempo, pois o
tempo surge junto com o mundo. Porém, fica a discussão é que o mundo foi criado
desde sempre ou junto com o tempo. Mas a ideia de que o mundo foi criado junto com o
tempo, o cosmos e o tempo são do mesmo ato criador. Ef 1,4 “antes da fundação do
mundo”/ Jo 17,4 “antes do mundo existisse”. Reagindo as concepções pagas da criação
do mundo, Santo Agostinho procura elucidar a visão do mundo com a temporalidade.
Santo Atanásio diz que o verbo é eterno e que não pode ser criado, diferente do tempo e
do mundo que podem ser criados. O mundo e o tempo são criaturas de Deus e não há
neles uma eternidade. Assim, tanto o tempo como o mundo foram criados do nada, logo
eles não existiam e passou a existir (são contingentes). Há uma diferença entre a criação
do nada e a criação de toda a eternidade. A temporalidade de mundo só pode ser
conhecida pela fé e não pela razão. Não tem como provar que o mundo teve início, pois
o mundo está aí. Não tem como conhecer a temporalidade porque ele está no mundo.

Summa Teológica 1, 46,2 conhecer a criação da temporalidade e do mundo se dá


somente pela fé. Pelo próprio mundo não tem como provar que ele teve um início. Deus
é criador desde sempre, logo a criação existe desde sempre. São Tomás de Aquino não
defende a eternidade do mundo, mas que o mundo não se pode provar filosoficamente,
mas é possível demonstrar convenientemente que o mundo foi criado no tempo: a
criação é o fundamento na qual se apoia todos os outros artigos do credo (pois sem a
criação não todas as outras relações de fé); todos os fatos da fé aconteceram ou
acontecerão no tempo, logo a criação do mundo também acontece no tempo. São Tomás
de Aquino defende que a criação da temporalidade e do mundo foi criado por Deus. E
isso só é possível conhecer pela fé e não pela razão (filosoficamente).

Portanto, a criação acontece no tempo (aqui parece que o mundo foi colocado) ou com o
tempo.
CIC 327 = IV Concílio de Latrão criação com o tempo

4.3- A liberdade do criador

Deus criou por sua livre vontade sem nenhuma necessidade. Esse mundo não é o melhor
dos mundos, pois isso é uma qualidade humana achar que é possível melhorar. A
criação já perfeita porque Deus criou. Isso refere a liberdade de Deus, pois não é
possível comparar o mundo com outro “mundo”. Deus criou o mundo porque ele quis e
sua liberdade é a melhor possível, por isso a criação do mundo é perfeita.

CIC 337 = o mundo foi criado por Deus para manifestar a sua glória. Se Deus é o
criador do mundo, cuidar do mundo é um ato fé.

CIC 295 = Deus cria por bondade, liberdade, amor e sabedoria (com isso revela a total
gratuidade e graça de Deus) e não por necessidade.

LG 2 = Deus criou com libérrima vontade.

Sb 11,25 = a criação é da vontade Deus


Ef 1,11 = operam o mundo de acordo com a sua vontade

4.4- Unidade e bondade da criação

Há uma interdependência e unidade entre si na criação. Todos os seres criados há uma


unidade, pois nenhuma criatura se basta a si mesmo, mesmo com o pecado. O pecado
não destrói essa unidade e harmonia na criação, mas o pecado feriu a criação, deixando
a visão da criação deturpada a unidade. Quem é o vértice da hierarquia é o homem, o
ápice da criação.
Toda a criação é boa, pois ela manifesta a bondade de Deus Gn 1. Isso contrapõe o
dualismo e o pessimismo que se tem diante da matéria, pois tudo o que Deus criou foi
bom, até mesmo o demônio. Tudo reflete ao seu modo a bondade de Deus. A própria
encarnação reforça a bondade da criação, pois Deus vem ao mundo por sua bondade. As
heresias que se tinha sobre a dificuldade de conceber a encarnação era porque a matéria
é má e logo, Deus não poderia se encarnar no mau. Assim, a própria encarnação vai
reforçar a bondade de Deus na criação.

4.5- A racionalidade da Criação

Os transcendetais da criação: bondade, verdade, inteligibilidade, uno (unidade - uno e


unicidade - único) e beleza da criação. Os transcendentais refletem a realidade/verdade
e o ser de Deus. Uno quer dizer um só/único e há uma unidade na diversidade, assim
como a Igreja.

Sb 7,17-21 = existe uma racionalidade e inteligência na criação


Sb 11,20 = tudo e feito com medida, número e peso (a ciência origina a partir desse
texto, vai dizer em Construção Da Civilização Ocidental, pois tudo é feito
racionalmente e ordenadamente)

CIC 337 – 340 = interdependência da criatura. A hierarquia da criação, de modo


ordenado, assim, é possível notar a inteligência do criador pela criação inteligível.

04/10/19

V- “DEUS CRIOU O HOMEM À SUA IMAGEM...”

5.1- “Homem e mulher os criou...”

O homem é um ser espiritual ou um espírito encarnado. Isso reflete a dualidade do


homem: corpo e espírito. Essa união é substancial e não acidental (aqui cai no
dualismo), ou seja, são distintos, mas não são antagônicos. Quando se fala que o homem
é um ser espiritual isso quer dizer que o homem que a alma do homem é espírito e o
homem transcende a Deus (capaz de Deus). Homem psíquico (homem voltado para
Deus e ressuscitado/redimido) e homem espiritual (é o homem histórico que recebeu a
graça de Deus) e o homem escatológico é o homem que está na plena posse da
comunhão com Deus, na glória eterna).

A diferença entre o homem ser espiritual (o homem tem matéria e é capaz de Deus, pois
tem alma e inteligência – capaz de Deus) e o anjo é um ser espiritual (não tem matéria,
pois é puro espírito e é capaz de Deus, pois tem inteligência).
O homem é uma unidade que está contida na sua dualidade, sendo ele apenas uma única
substância. Ou seja, uma unidade na dualidade.
A tradição e a Sagrada Escritura estão a dualidade do homem: em Mt 10,28 (não temer
aquele que mata o corpo e a alma). A alma com forma do corpo, o corpo morre, mas a
alma é imortal, apesar de sofre, pois ela está sempre unida ao corpo.
O evolucionismo não é contra a fé, pois o homem vai evoluindo com o tempo, mas a
alma não evolui.

5.1.1- “Imago Dei”

Criados a imagem de Deus, os seres humanos são por natureza corpóreo e espirituais,
homens e mulheres feitos uns para os outros, pessoas orientadas para a comunhão. “Se a
alma, criada a imagem de Deus, forma a matéria para constituir o corpo humano, então
a pessoa humana em seu conjunto é portadora da imagem divina em uma dimensão
tanto espiritual como corporal”. Não é só a alma que é imagem de Deus, mas também
todo o corpo, o homem na sua totalidade é imagem de Deus. Isso está implícito nos
dogmas. Nem somente a alma é o homem todo e nem o seu próprio corpo.
GS 22 = “somente no mistério do verbo encarnado encontra verdadeira luz o mistério
do ser humano”. Ou seja, só na Cristologia é que a antropologia encontra sua verdadeira
luz.
A dualidade do ser humano: o corpo humano é corpo (corruptível) e alma (espiritual e
imortal), mas eles são distintos entre si. O dualismo é inapropriado pois afirma que
corpo e alma estão juntos de modo acidental e são antagônicos, assim o dualismo é só
alma, por isso precisa se livrar do corpo para ser livre. Para o dualismo a morte é a
plenitude do seu ser, pois não tem mais seu corpo.
Em São Paulo, “morrer é lucro” significa que a comunhão a Cristo, apesar de não ser
um desprezo ao corpo, é antes, uma elevação do corpo para uma maior comunhão com
Cristo. Além, disso São Paulo não é dualista pois ele vai falar da ressurreição do corpo.

Diferença entre o homem psíquico é o homem aqui na terra, e o homem


pneumático/espiritual/celeste é o homem ressuscitado segundo o Espírito Santo/ vida
eterna, que é a sua comunhão com Deus/ homem na glória com o corpo incorruptível,
imortal.

5.2- Uno de alma e corpo

Na antropologia bíblica: nefesh (vida/sopro) e basar (carne/matéria). O homem não


possui a alma e o corpo, mas o homem é o corpo e é a alma. No Novo Testamento
utiliza-se o termo sarx e soma para se referir ao corpo. a corporeidade é essencial para a
identidade da pessoa. Cristo é a fonte da ressurreição, pois o pecado foi do homem e era
preciso que o homem pagasse, Cristo também é Deus para pagar com a mesma
dignidade. O perdão tem que ser proporcional a dignidade da pessoa.
Distinção entre alma (homem psíquico – terrestre e o homem espiritual) e espírito
(homem escatológico). Coração = consciência.

Termos antropológicos:

No mundo moderno, os demais animais são humanizados e os homens são


desvalorizados. Os demais animais não possuem a mesma dignidade que o homem. O
Imago Dei (imagem de Deus) é resgatar a dignidade do homem como imagem de Deus.
Até na filosofia há uma inversão, onde não é o homem que é imagem de Deus, mas
Deus que é uma projeção do homem.
O Imago Dei ajuda a definir o homem e a sua importância ontológica (o homem é
imagem de Deus na sua integralidade, no seu ser). O verbo encarnado assume uma
condição humana e por isso pode-se utilizar a linguagem de “imagem”, pois a imagem é
um sacramental, uma encarnação do invisível. O universo é um lugar de comunhão
pessoal com Deus. Para entender a moral é necessário o entendimento a antropologia
cristã, pois a teologia moral não é independente do ser. A ética trata do “agir”, mas um
“agir” que está unido ao “ser”, por isso o “agir segue o ser”. O resgate da imago dei é
um resgate a dignidade do homem, e consequentemente, da ética e da moral. Não se
pode compreender o mistério do ser humano separado do mistério de Deus. O homem
na sua totalidade é criado a imagem de Deus.
Fugir do monismo (a alma e o corpo são de uma mesma substância; ou o homem é só
espírito e o homem é só matéria) e do dualismo. O homem é essencialmente relacional.

Há uma dinamicidade na Imago Dei, pois o homem pode crescer na imagem de Deus a
partir do verbo encarnado, ou seja, o crescimento do homem se dá a partir do Imago
Christi, como mediação sacramental. Essa relação tem dois caráteres que o homem vai
se configurando com Cristo e se conformando (da mesma essência) com Cristo:
cristológico e trinitário.

A configuração do homem a Cristo se dá através da história. O mistério da encarnação


mostra que o homem é imagem de Deus. Imago dei, imago Christi.

5.3- O Estado original da pessoa humana

5.4- A beleza do cosmo

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