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Durante a Baixa Idade Média, a população européia cresceu de 35 para 80 milhões, com 90% vivendo em áreas rurais. As cidades também cresceram, embora nunca tenham ultrapassado 10% da população total. A estrutura social era feudal, com a nobreza controlando a maioria das terras agrícolas e castelos em troca de lealdade e tributos. Melhorias agrícolas e comércio levaram a um aumento da produtividade e trocas comerciais.
Durante a Baixa Idade Média, a população européia cresceu de 35 para 80 milhões, com 90% vivendo em áreas rurais. As cidades também cresceram, embora nunca tenham ultrapassado 10% da população total. A estrutura social era feudal, com a nobreza controlando a maioria das terras agrícolas e castelos em troca de lealdade e tributos. Melhorias agrícolas e comércio levaram a um aumento da produtividade e trocas comerciais.
Durante a Baixa Idade Média, a população européia cresceu de 35 para 80 milhões, com 90% vivendo em áreas rurais. As cidades também cresceram, embora nunca tenham ultrapassado 10% da população total. A estrutura social era feudal, com a nobreza controlando a maioria das terras agrícolas e castelos em troca de lealdade e tributos. Melhorias agrícolas e comércio levaram a um aumento da produtividade e trocas comerciais.
Durante toda a Baixa Idade média, e até ao surto epidémico do século XIV, a população
Europeia cresceu a um ritmo sem precedentes. As estimativas apontam para um
crescimento de 35 para 80 milhões entre os anos 1000 e 1347. Têm sido identificadas como causas prováveis a melhoria nas técnicas agrícolas, a relativa paz e ausência de invasões, o declínio da escravatura e um extenso período de clima moderado e aumento da temperatura média.[131] Apesar deste crescimento, cerca de 90% da população era ainda eminentemente rural embora, de forma progressiva, as quintas isoladas tenham dado lugar a pequenas comunidades como aldeias ou vilas, e tenha sido comum a agregação em volta de propriedades senhoriais.[132] A população urbana, ainda muito escassa durante a Alta Idade Média, cresce assinalavelmente durante os séculos XII e XIII, a par da expansão urbana e da fundação de imensos centros populacionais,[133] embora ao longo de todo o período seja provável que nunca tenha excedido os 10% da população total.[134] A estrutura social e económica tinha por base as relações feudais. Embora não fosse proprietária, a nobreza detinha os direitos de exploração e tributação de grande parte dos terrenos agrícolas. Os servos obtinham o direito a cultivar e habitar as terras de determinada família nobre mediante o pagamento de uma renda na forma de trabalho, géneros ou moeda. Em troca, recebiam proteção económica e militar.[135] Ao longo dos séculos XI e XII, estas terras, ou feudos, tornam-se hereditárias. Em muitas regiões, ao contrário do que acontecia na Alta Idade Média, a dificuldade em dividi-las pelos herdeiros faz com que passem a ser herdadas apenas pelo primogénito.[136] Dentro da própria nobreza, verifica-se a existência de uma hierarquia de vassalagem através da suserania, onde são concedidas terras ou estruturas de importância económica para exploração a um nobre menor, em troca da sua vassalagem e fidelidade.[136] O domínio da nobreza durante este período deve-se em grande parte ao controlo das terras agrícolas e dos castelos, ao serviço militar na cavalaria pesada e às várias isenções de impostos ou obrigações de que desfrutavam. A introdução da cavalaria pesada na Europa teve origem nos catafractários persas dos séculos V e VI, mas será a introdução do estribo no século VII que virá permitir fazer uso de todo o potencial de combate destas unidades. Em resposta aos vários tumultos dos séculos IX e X, assiste-se a um surto construtivo de castelos, local de refúgio da população em tempos de ataque.[137] O clero dividia-se entre o secular, parte da comunidade local, e o regular, que vivia numa comunidade fechada segundo uma ordem religiosa e era normalmente constituído por monges.[138] A maior parte dos membros do clero regular, assim como as hierarquias de topo do clero secular, era de origem nobre. Os párocos locais provinham na maior parte das vezes do povo.[139] Na Flandres e no Norte e Centro de Itália, o crescimento de cidades que eram, até certo ponto, autónomas, proporcionou um significativo desenvolvimento económico e criou uma situação favorável ao aparecimento de novos modelos comerciais. As potências económicas ao longo do Báltico estabeleceram uma série de acordos que deram origem à Liga Hanseática, e as cidades-Estado italianas como Veneza, Génova e Pisa criaram uma imensa rede de rotas comerciais por todo o Mediterrâneo.[140] Para além do desenvolvimento comercial, as inovações agrícolas e tecnológicas deste período vieram permitir o aumento da produtividade das explorações agrícolas, levando à criação de excedentes em abundância para trocas comerciais.[141] Surgem também novos processos financeiros. Procede-se novamente à cunhagem de moeda em ouro, inicialmente em Itália e mais tarde em França e no resto da Europa. Surgem novas formas de contratos comerciais, permitindo a gestão de risco entre os mercadores. São aperfeiçoados os métodos de contabilidade e introduzidas as cartas de crédito que vieram permitir a rápida transação monetária nas redes comerciais.[142]