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Capítulo 1
Conceitos de Saúde
Esse modelo foi definido na década de 1970 e colocou a qualidade de vida como um
dos principais fundamentos (Batistella 2014)
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Patologia Ocular
Conceitos de Doença
NÃO
TRANSMISSÍVEIS TRANSMISSÍVEIS
CRÔNIC
AGUDAS CRÔNICAS AGUDAS AS
Cânceres
Alcoolism
Não Acidentes o
infecciosas
Abuso de Câncer
drogas
Homicídios Diabetes
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Patologia Ocular
Definição da doença
Diagnóstico da doença
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Patologia Ocular
1) Estágio de suscetibilidade
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Patologia Ocular
Medidas:
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Patologia Ocular
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Patologia Ocular
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Patologia Ocular
Capitulo 2
Patologia geral: Está envolvida com as reações básicas das células e tecidos a
estímulos anormais provocados pelas doenças. Por isso é denominada patologia geral,
doenças relacionadas a todos os processos patológicos, referentes às células.
Todas as doenças têm causa (ou causas) que age(m) por determinados mecanismos, os
quais produzem alterações morfológicas e/ou moleculares nos tecidos, que resultam em
alterações funcionais do organismo ou parte dele, produzindo alterações subjetivas
(sintomas) ou objetivas (sinais).
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Patologia Ocular
É inervação.
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Patologia Ocular
Lesão celular
Lesão celular letal: São representadas pela necrose (morte celular seguida de autólise)
e pela apoptose (morte celular não seguida de autólise).
Alteração da inervação
Alterações locais dessas estruturas são pouco conhecidas.
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Patologia Ocular
INFLAMAÇÃO
tumor (ferida);
dor.
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Patologia Ocular
Fases da inflamação
4. Quimiotaxia e fagocitose: combate aos agentes agressores, que pode levar à cura
ou gerar uma inflamação crônica dependendo do caso.
A inflamação pode ser aguda ou crônica e essa distinção tem relação com a
velocidade de instalação dos sintomas referentes ao processo inflamatório e não com a
sua gravidade. Pode-se dizer que uma inflamação tornou-se crônica quando ela persiste
por mais de três meses consecutivos. Um exemplo de resposta inflamatória aguda é um
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Patologia Ocular
Distúrbios Hemodinâmicos
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Patologia Ocular
HIPEREMIA
HEMORRAGIA
Indica, em geral, o extravasamento de sangue devido á ruptura do vaso para um
compartimento extra vascular ou para fora do organismo. O sangramento capilar pode
ocorrer sob condições de congestão crônica e uma tendência aumentada. A hemorragia
de lesão, geralmente insignificante, é vista numa grande variedade de disfunções
clínicas denominadas diáteses hemorrágicas. Todavia, a ruptura de uma grande artéria
ou veia é quase sempre devida á lesão vascular, incluindo trauma, aterosclerose ou lesão
inflamatória ou neoplásica da parede do vaso. A hemorragia pode ser manifestada em
uma variedade de padrões dependendo do tamanho, extensão e da localização do
sangramento.
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Patologia Ocular
TROMBOSE
Corresponde em uma não manutenção do sangue em estado líquido no vaso e a
formação de um tampão em caso de lesão endotelial. Três influências principais
predispõem a formação do trombo conhecido como tríade de Virchow:
Lesão endotelial: é a influência dominante; a lesão no endotélio por ela mesma leva á
trombose, já que esse endotélio vascular estando comprometido provoca uma ativação
dos fatores pro-coagulantes da cascata de coagulação. As possíveis causas de lesões ao
endotélio são: aumento da pressão arterial, toxinas bacterianas, fumaça e
hipercolesterolemia;
Evolução do trombo:
A partir do momento que se inicia a formação dos trombos, o mesmo passa por seis
estágios, os quais são enumerados abaixo:
Crescimento
Lise
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Patologia Ocular
Organização
Calcificação
Infecção
Embolização
EMBOLIA
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Patologia Ocular
Embolia líquida
É uma complicação grave, mas felizmente incomum, do período de parto e pós-parto
imediato e, por isso, tornou-se uma causa importante de mortalidade materna. A causa
base é a infusão de líquido amniótico na circulação materna (rico em PGF2, que é pró-
coagulante) via rasgo de membranas placentárias ou ruptura de veias uterinas. O início é
caracterizado por uma dispneia abrupta grave, cianose e choque hipotensivo, seguido
por convulsões e coma.
Estágios do choque:
O choque tende a desenvolver-se através de três fases:
Fase irreversível: estabelece-se após o corpo ter causado a si próprio lesão celular
e tecidual tão grave que mesmo se os defeitos hemodinâmicos fossem
corrigidos, a sobrevivência não seria possível.
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Patologia Ocular
Todas as doenças têm causa (ou causas) que age por determinados mecanismos, os
quais produzem alterações morfológicas e/ou moleculares nos tecidos, que resultam em
alterações funcionais no organismo ou em parte dele, produzindo manifestações
subjetivas (sintomas) ou objetivas (sinais). A Patologia engloba áreas diferentes, como
a Etiologia (estudo das causas), a Patogênese (estudo dos mecanismos), a Anatomia
Patológica (estudo das alterações morfológicas dos tecidos que, em conjunto, recebem o
nome de lesões) e a Fisiopatologia (estudo das alterações funcionais dos órgãos
afetados). O estudo dos sinais e sintomas das doenças é objeto da Propedêutica ou
Semiologia, cuja finalidade é fazer seu diagnóstico, a partir do qual se estabelecem o
prognóstico, a terapêutica e a prevenção.
Considerando esse aspecto, a Patologia pode ser dividida em dois grandes ramos:
Patologia Geral e Patologia Especial. A Patologia Geral estuda os aspectos comuns às
diferentes doenças no que se refere às suas causas, mecanismos patogenéticos, lesões
estruturais e alterações da função. Por isso mesmo, ela faz parte do currículo de todos os
cursos das áreas de Ciências Biológicas e da Saúde. Já a Patologia especial se ocupa das
doenças de um determinado órgão ou sistema (Patologia do Sistema Respiratório,
Patologia da Cavidade Bucal, etc.) ou estuda as doenças agrupadas por suas causas
(Patologia das doenças produzidas por fungos, Patologia das doenças causadas por
radiações, etc.).
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Patologia Ocular
Muitos agentes lesivos agem por reduzir o fluxo sanguíneo, o que diminui o
fornecimento de oxigênio para as células e reduz a produção de energia; redução da
síntese de ATP também é provocada por agentes que inibem enzimas da cadeia
respiratória; outros diminuem a produção de ATP; há ainda agressões que aumentam as
exigências de ATP sem induzir aumento proporcional do fornecimento de oxigênio.
Stress excessivo
O stress é inevitável enquanto vivemos, sendo uma consequência do ritmo de vida
atual. É difícil definir com exatidão o stress porque os fatores diferem de pessoa para
pessoa. No entanto, a sensação de descontrolo é sempre prejudicial e pode ser um sinal
para abrandar o ritmo de vida. É possível reduzir o risco de doenças cardiovasculares
através da adopção de um estilo de vida mais saudável:
Deixe de fumar;
A partir de uma determinada idade (50 anos para as mulheres e 40 anos para os
homens) é aconselhável à realização de exames periódicos de saúde;
A prevenção deve começar mais cedo para os indivíduos com história familiar
de doença cardiovascular precoce ou morte súbita.
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Patologia Ocular
É uma doença lenta e progressiva e pode iniciar-se ainda durante a infância. Contudo,
regra geral, não causa qualquer sintomatologia até aos 50/70 anos, embora possa atingir
adultos jovens (30/40 anos), principalmente se forem fumadores intensivos;
Mediante o quadro clínico apresentado pelo doente, as suas queixas, o seu historial
médico, bem como os fatores de risco a ele associados, o médico de família pedirá os
exames médicos complementares/auxiliares, que lhe permitam fazer o diagnóstico e/ou
enviar o doente para um especialista (cardiologista). Contudo, há alguns sintomas que
podem constituir sinais de alerta, principalmente em pessoas mais idosas:
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Patologia Ocular
REFERÊNCIAS
KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N.; ROBBINS & COTRAN Patologia
humana. Es, Elsevier Google livros, 2011
http://patofisio.wordpress.com/2010/08/06/neoplasias/
http://labpath.blogspot.com.br/2012/02/disturbios-hemodinamicos.html (Laboratório
Virtual de Patologia)
http://www.labtestsonline.org.br/understanding/conditions/heart/start/4
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Patologia Ocular
CAPITULO 3
Semiologia básica
EXAME CLÍNICO
Conceitos importantes
1 - Sinais. Sinal vem do latim “signalis”, que significa manifestação, indício ou vestígio.
Os sinais são manifestações clínicas visíveis e perceptíveis pelo profissional, através de
seus sentidos naturais. Exs.: Mobilidade dental, tumefação na face (abcesso, tumor),
úlceras na mucosa bucal (aftas), mal hálito, etc.
2 - Sintomas. Sintoma origina-se do grego “sympitien”, que significa acontecer. São
manifestações subjetivas percebidas pelo paciente e relatadas ao profissional. Ex.: dor,
náusea, cansaço, prurido, dormência, etc.
3 - Sintomatologia ou quadro clínico. Representa um conjunto de sinais e sintomas
presentes em uma determinada doença. Ex.: disfunção temporomandibular. -
Sistemática do Exame Clínico. O objetivo do exame clínico é a colheita de dados que
constituirão a base do diagnóstico. Para um bom exame clínico exige-se: apuro dos
sentidos, capacidade de observação, bom senso, critério e discernimento, além do
conhecimento básico sobre a doença. O exame clínico divide-se em :
I - Anamnese ou exame subjetivo.
II - Exame físico ou exame objetivo.
I - Anamnese ou exame subjetivo : O termo anamnese vem do grego “anamnésis”, que
significa recordação, reminiscência e indica tudo o que se refere à manifestação dos
sintomas da doença, desde suas manifestações prodrômicas (do início da doença) até o
momento do exame. * É importante ao profissional durante a anamnese :
a) o diálogo franco entre examinador e o doente;
b) a disposição para ouvir, deixando o paciente falar a vontade, interrompendo-o
mínimo possível;
c) demonstrar interesse não só pelos problemas do paciente, mas por ele, como pessoa;
d) possuir conhecimento científico, controle emocional, dignidade, bondade, afabilidade
e boas maneiras, a fim de obter um relato completo e poder chegar a um diagnóstico.
* Técnicas de anamnese Basicamente são duas as técnicas utilizadas na anamnese:
a) técnica do interrogatório cruzado. O examinador conduz as perguntas: sente dor?
onde? há quanto tempo?, etc. Esta técnica procura identificar os sintomas.
b) técnica de escuta. O paciente tem a capacidade de relatar com as próprias palavras
suas preocupações pessoais.
Estas duas técnicas não são de todo independentes; freqüentemente se juntam e
se justapõem. As diversas fases do interrogatório que constitui a anamnese são as
seguintes:
1 - Identificação. A identificação do paciente pode ser realizada tanto pelo profissional,
como por pessoal auxiliar. É recomendado, sempre que possível, que os elementos de
identificação sejam tomados por um auxiliar antes que o paciente entre em contato com
o profissional. Tal prática permite que se tenha uma primeira noção de quem atenderá,
facilitando entabular aquela conversa inicial tão importante para o relacionamento
profissional/paciente. Na identificação, os seguintes elementos devem ser considerados:
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Patologia Ocular
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Patologia Ocular
atual. São estes alguns exemplos de perguntas bastante comuns que se fazem aos
pacientes.
4 - História buco-dental-ocular
Deve investigar todo antecedente estomatológico do paciente, compondo um completo
histórico das ocorrências buco-dentárias e oculares.
5 - História médica. Visa à obtenção de informações detalhadas sobre todas as doenças
de caráter sistêmico que acometeram o paciente desde o nascimento até a data atual.
6 - Antecedentes familiares. Têm por objetivo a obtenção de informações sobre o estado
de saúde, principalmente, de pais, irmãos, avós, esposa (o) e filhos, na busca de uma
eventual doença herdada ou com tendência familiar. Esta fase da anamnese é importante
frente à suspeita de diabetes, doença cardiovascular, tuberculose, distúrbios
hemorrágicos, doenças alérgicas e nervosas.
7 - Hábitos. O conhecimento de hábitos adquiridos pelo paciente, freqüentemente, se
constitui em elemento chave para elaborar o diagnóstico e fundamentar o prognóstico.
Hábitos nocivos, como tabaco, ingestão de bebidas alcoólicas e drogas, devem ser
minuciosamente determinados quanto ao tipo, tempo de uso, quantidade, variações ou
interrupções.
II - Exame físico ou exame objetivo : Geralmente sucede a anamnese e objetiva a
pesquisa de sinais presentes. No exame físico, utiliza-se fundamentalmente os sentidos
naturais do profissional na exploração dos sinais.
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Patologia Ocular
CAPÍTULO 4
EXAME OFTALMOLÓGICO
Angiografia
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Patologia Ocular
Tonometria
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Patologia Ocular
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Patologia Ocular
Se conseguir ler até à última linha com os dois olhos a capacidade visual está a 100%,
mas se não conseguir ler até à última linha com ambos os olhos, pode ser necessário
corrigir a visão. Para isso, o recomendado é consultar um oftalmologista para confirmar
o grau de visão e fazer a correção necessária.
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Patologia Ocular
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Patologia Ocular
CAPÍTULO 5
Podemos classificar as causas mais frequentes para a perda aguda de visão da seguinte
forma:
Opacidades de meio
Qualquer opacidade de meio que surge de uma forma repentina pode levar à redução
rápida da visão. Iniciando pelo segmento anterior, o edema de córnea,
independentemente de sua causa, deve sempre ser considerado. A depen-der da
intensidade e da posição anatômica do edema, a perda visual será maior ou menor. Em
geral, a queda da visão ocorre em algumas ho-ras, de maneira progressiva (durante a
formação do edema), afetando a visão em toda sua ex-tensão. Descartando-se as causas
traumáticas, deve-se lembrar das hipóxias, das infecções, das inflamações e dos
aumentos súbitos da pressão intra-ocular como causas do edema corneano. O tratamento
na maioria das vezes é clínico (colí-rios), dependendo de sua causa primária. Alguns
colírios hiperosmolares ajudam a reduzir o ede-ma corneano por simples difusão,
melhorando, assim, sua transparência.
Doenças da retina
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Patologia Ocular
a. Descolamento da retina
Traumas
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Patologia Ocular
Capítulo 6
Entre as principais causas de diminuição crônica da visão , podem ser citadas a catarata,
o glau-coma e doenças retinianas, como a degeneração Macular Relacionada a Idade
(DMRI), retinopatia diabética, além da seqüela de oclusões de vas-culares. De acordo
com dados da Organização Mundial de Saúde, a catarata é a principal causa de cegueira
do mundo, seguida pelo glaucoma. Entretanto, sendo a catarata uma causa passível de
tratamento eficaz, o glaucoma torna-se uma doença de preocupação em saúde pública
por ser uma causa prevalente e, infelizmente, sem cura, sendo a primeira causa de
cegueira irrever-sível do mundo. A DMRI tem tido grande importância epidemiológica,
devido ao aumento da expectativa de vida, já que é uma doença a qual acomete idosos.
Neste capítulo serão abordados a catarata, o glaucoma e a degeneração macular
relacionada a idade.
Catarata
Epidemiologia
A catarata é a principal causa de cegueira no mundo. Entretanto, devido ao
sucesso do tratamento cirúrgico, tornou-se um dos procedimen-tos oftalmológicos
mais freqüentemente realizados, responsável por significativo benefício na qualidade
de vida de idosos de todo o mundo.
Definição
“Catarata” é a denominação dada para a perda da transparência do cristalino, impedindo
que os feixes de luz cheguem à retina, onde será percebido pelos fotorreceptores de
opacificação, o cristalino diminui progressivamente sua elasticidade e sua capacidade de
acomodar.
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Patologia Ocular
Fatores de risco
Sinais e Sintomas:
O principal sintoma da catarata é a diminuição progressiva da visão, para longe
e para perto, não melhorando com a correção refracional adequada. Além de uma
perda quantitativa, o paciente pode ter perda qualitativa, caracterizada por
embaçamento e distorção dos objetos, freqüentemente referida pelo paciente como
uma “nuvem” cobrindo a visão; além da diminuição da percepção de brilho, contraste
e cores. No caso de cataratas avançadas, o paciente pode ter a impressão de que os
objetos estão mais amarelados.
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Patologia Ocular
Glaucoma
O glaucoma é a segunda causa de cegueira irre-versível no mundo e a principal causa
de ceguei-ra em negros. Aproximadamente 7.6 milhões de pessoas estão bilateralmente
cegas por essa do-ença.
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Patologia Ocular
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Patologia Ocular
Capítulo 7
Olho vermelho
O olho vermelho é o distúrbio ocular mais freqüentemente encontrado em um serviço
de pronto-atendimento não oftalmológico. Embora suas causas mais comuns sejam
relativamente benignas, existem situações graves com elevado risco de perda de visão.
Nesse contexto, cabe ao médico generalista reconhecer os principais diferenciais dessa
síndrome, bem como iniciar o tratamento adequado ou encaminhar o paciente para uma
avaliação especializada quando necessário.
Embora um leve desconforto ocular, muitas ve-zes referido como sensação de “areia
nos olhos”, esteja normalmente associado a condições me-nos graves, a presença de dor
em olho vermelho sugere uma situação de alerta devido à maior gravidade dos
diferenciais relacionados a esse sintoma. Da mesma forma, uma queda súbita de
acuidade visual também é um sinal de maior gravidade.
Hiposfagma
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Patologia Ocular
Pinguécula
Pterígio
Crescimento fibrovascular subepitelial em formato triangular que avança
sobre a córnea. Tem como fator causal principal a exposição solar crônica
(irradiação UV). O pterígio muitas vezes está associado a quadro de irritação
crônica, a distri-buição irregular do filme lacrimal na superfície corneana e a
quadro intermitente de inflamação e de hiperemia.
Blefarite
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Patologia Ocular
Episclerite
Forma mais comum de inflamação escleral. Comumente apresenta-se como uma
inflamação circunscrita, geralmente segmentar e nodular da episclera, podendo ser
unilateral ou bilateral. As veias episclerais tornam-se dilatadas, com dis-posição radial,
associada à hiperemia conjuntival nesse setor. A etiologia freqüentemente não pode ser
identificada e, em alguns raros casos, pode-se relacioná-la a doenças sistêmicas (artri-te
reumatóide, polimiosite, dermatomiosite, sífilis, por exemplo).
Durante a investigação, pode ser instilada uma gota de colírio de fenilefrina a 10%
com o intuito de se obter vasoconstrição dos vasos conjuntivais. No caso da episclerite,
os vasos conjuntivais se tornam constritos e os episclerais não, diferen-ciando esta de
uma conjuntivite.
Ectrópio
Triquíase
Afecção caracterizada pela alteração da direção do cílio que, emergindo normalmente
do folhe-to palpebral anterior, encurva-se e toca o bulbo ocular
Entrópio
Afecção na qual ocorre inversão da borda pal-pebral causando atrito dos cílios
contra o bulbo ocular. O atrito constante dos cílios na córnea em pacientes com entrópio
de longa duração pode causar irritação, erosões corneanas epite-liais ponteadas e, nos
casos graves, ulceração e formação de pannus.
Ceratites superficiais
Podem fazer parte do quadro clínico de diversas afecções oftalmológicas: síndrome de
olho seco, blefarite, trauma, ceratite de exposição, toxicidade por drogas de uso tópico,
queimaduras, distúrbios relacionados ao uso de lentes de contato, ceratite ponteada
superficial de Thygeson, corpo estranho, conjuntivite, triquíase, entrópio, ectrópio,
síndrome de pálpebras frouxas, ceratite fotoelétrica, entre outras.
Conjuntivite
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Patologia Ocular
Bacteriana
Viral
Clamídea
Alérgica
Irritativa
Tóxica
Considerando-se a lateralidade:
Unilateral
Bilateral
Prurido
Queimação
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Patologia Ocular
Hiperemia conjuntival
Os pacientes com conjuntivite têm mais descon-forto e ardor do que propriamente dor.
A dor não é um sintoma freqüente. Além disso, deve-mos pensar em outras causas de
olho vermelho que não a conjuntivite.
Envolvimento da córnea:
c. Úlcera dendrítica
Esclerite
Pode ser anterior ou posterior ao equador do bulbo ocular, necrotizante ou não. É
bem menos freqüente que a episclerite e acomete mais o sexo feminino e idades mais
avançadas. Aproximadamente 50% dos casos de esclerite anterior estão associados com
doenças sistêmicas autoimunes ou reumatológicas. Já a esclerite posterior normalmente
não apresenta associações com outras patologias.
O tratamento consiste em instilação de colírios antiinflamatórios não esteroidais
ou esteroidais e, em casos severos, corticoterapia sistêmica.
Olho Seco
Doença multifatorial da lágrima e da superfície ocular que resulta em sintomas de
desconforto, distúrbios visuais e instabilidade do filme lacrimal com potencial lesão da
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Patologia Ocular
Uveíte
Inflamação do trato uveal cuja principal classifi-cação baseia-se em sua
localização anatômica: uveíte anterior (envolvendo íris e/ou corpo ci-liar); intermediária
(pars plana e extrema perife-ria da retina), posterior (atrás da borda posterior da base
vítrea) e panuveíte (comprometimento de todo o trato uveal). A uveíte também é classi-
ficada de acordo com a fase de estabelecimento e com o tempo de evolução em aguda
ou crôni-ca. Ainda com base nas características fisiopato-lógicas, a uveíte pode ser
dividida em granulo-matosa e não-granulomatosa.
Celulite Orbitária
Trata-se de um processo infeccioso dos tecidos moles posteriores ao septo orbitário. A
forma bacteriana é a mais comum e pode ser secundária a sinusite etmoidal, decorrente
de infecção de estruturas adjacentes, pós-traumática e pós-cirúrgica. Apresenta-se com
rápido desenvolvimento unilateral de quemose, hiperemia conjuntival, proptose e
diplopia. Existe um risco de evolução para complicações intracranianas (meningite,
abscesso cerebral, trombose do seio cavernoso) em cerca de 4% dos casos.
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Patologia Ocular
Capítulo 9
Oftalmopediatria
Estrabismo e ambliopia
A acuidade visual (AV) mede a visão do centro do campo visual, o que corresponde à
parte mais central da retina, chamada “fovéola”, localizada dentro da área central,
chamada “mácula”. Quando a criança nasce, a AV é muito baixa, ao redor de 0.03,
porque a área macular não está desenvolvida e ainda não houve nenhuma estimulação
das funções visuais. Ao nascimento, a fovéola se assemelha em função à retina
periférica, a qual, no adulto, tem AV muito mais baixa.
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Patologia Ocular
estão conectadas com as vias visuais dos dois olhos. A informação da metade
direita da retina dos dois olhos é transmitida para a me-tade direita do córtex, e as
esquerdas para a me-tade esquerda. Esse fenômeno de visão fundida chama-se
“fusão”, e quando há fusão dizemos que há “visão binocular”. A fusão é uma
função que se inicia no final do primeiro mês de vida e deve estar completa no
final do sexto mês. As fases mais rápidas do desenvolvimento visual ocorrem no
1o ano, e os ajustes mais finos se es-tendem pelo período pré-escolar. A criança
com um ano de idade já pode ter AV normal, sendo porém difícil medi-la. Diz-se
então que existe um “período crítico” para o desenvolvimento de to-das as
funções visuais, que é desde o nascimento até 5 anos de idade, aproximadamente.
Portan-to, qualquer obstáculo à formação de imagem nítida na retina de um olho
ou dos dois, pode prejudicar esse desenvolvimento. Se o obstáculo estiver
presente já ao nascimento, o desenvolvi-mento nem sequer se inicia. Se surgir
mais tarde, porém nesse período crítico, antes dos 5 anos, pode haver deterioração
do que já havia sido conseguido. Assim, quanto mais cedo se instalar o obstáculo,
mais profunda será a alteração, por-que mais imaturo estará o sistema visual.
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Patologia Ocular
Ptose palpebral
Na posição normal da pálpebra superior, a mar-gem cobre 2 mm da córnea na
posição de 12 horas. A ptose, ou blefaroptose, ocorre quando a pálpebra superior se
encontra em posição mais baixa que a habitual. Pode ser de etiologia congênita ou
adquirida. O paciente muitas vezes assume um olhar com o mento elevado, aparentando
sono.
Blefarofimose
A síndrome da blefarofimose tem herança do-minante e apresenta as seguintes
características principais: blefarofimose (encurtamento vertical e horizontal das
pálpebras); ptose; epicanto in-verso e telecanto
Epicanto
É uma prega no canto medial da pálpebra. Normalmente ocorre pelo
desenvolvimento incompleto dos ossos faciais, principalmente do dorso do nariz.
Geralmente é bilateral e pode simular estrabismo
Coloboma
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Patologia Ocular
Anquilobléfaro
É a fusão de parte ou de toda margem palpebral. Uma variante é o anquilobléfaro
filiforme adna-tum, em que as margens palpebrais são conecta-das por filetes de pele
O tratamento é cirúrgico, sendo feitas ressecção das “pontes” e sutura das margens.
Hemangiomas
O hemangioma capilar é o tipo mais comum na criança. Pode variar entre uma
marca mínima a massas grandes pedunculadas. Caracteriza-se histologicamente por
capilares proliferados con-sistindo em células endoteliais e em pericitos. São as células
endoteliais, mais do que os vasos,
Linfangiomas
Neurofibromas
São tumores não-capsulados, formados por cé-lulas de Schwann, por
células perineurais e por axônios. Ocorrem em 13-30% dos pacientes com
neurofibromatose. Podem se apresentar como neuromas plexiformes. São mais
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Patologia Ocular
Alterações lacrimais
Catarata congênita
Glaucoma congênito
Glaucoma congênito é uma afecção rara, que tem como etiologia uma
malformação do ângulo da câmara anterior, que dificulta a drenagem do humor aquoso,
e assim, leva a um aumento da pressão intraocular. Ambos os olhos são acometidos em
75% dos casos, sendo que freqüentemente o envolvimento é assimétrico.
Através da ação direta do agente infectante que lesa o tecido. Através de um efeito
teratogênico, resultando em malformação. Através da reativação tardia do agente infec-
tante após o nascimento, gerando inflamação e dano tecidual
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Patologia Ocular
Embora apenas 10% das crianças infectadas apresentem alguma manifestação precoce,
após alguns anos, 50% das crianças vão apresentar surdez neurossensorial ou retardo
mental.
Retinopatia da prematuridade
A retinopatia da prematuridade (ROP) é uma do-ença que afeta a retina de crianças
prematuras. Tem etiologia multifatorial e ocorre em recém-nascidos com a retina
incompletamente vascu-larizada e imatura. Seus achados consistem num espectro que
varia de seqüelas mínimas que não afetam a visão, nos casos mais leves, até a cegueira
total, bilateral e irreversível, nos casos mais avançados. As práticas da neonatologia atu-
al aumentaram a sobrevida de crianças cada vez mais prematuras, as quais têm mais
risco de de-senvolver a retinopatia da prematuridade, e tal fato transformou essa doença
num grande desa-fio aos profissionais que lidam com prematuros.
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Patologia Ocular
Diabetes
Entre os distúrbios endócrinos, o diabetes é sem dúvida a mais importante
doença sistêmica com manifestações oculares.
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Patologia Ocular
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Patologia Ocular
previne esse mesmo grau de estreitamento visto nos indivíduos jovens. Em uma
hipertensão arterial sistêmica mantida, há ruptura da barreira hematorretiniana em
algumas áreas, resultando em permeabilidade vascular. As alterações fundoscópicas da
retinopatia hipertensiva são caracterizadas por: vasoconstricção, extravasamento e
arterioesclerose.
Síndrome de Reiter
Essa síndrome consiste de uma tríade que inclui uretrite, conjuntivite e artrite
soronegativa, a qual acomete com maior freqüência homens du-rante a terceira década
de vida. Entre as mani-festações oculares estão a conjuntivite bilateral e mucopurulenta,
a irite aguda (20% dos pacien-tes) e a ceratite.
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Patologia Ocular
Síndrome de Sjögren
Essa doença autoimune é caracterizada pela presença de
hipergamaglobulinemia (50% dos casos), artrite reumatóide (70-90% dos casos) e
anticorpo antinuclear (até 80% dos casos). O envolvimento das glândulas salivares
leva à boca seca (xerostomia). O comprometimento ocular
Doença de Behçet
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Patologia Ocular
Doenças infecciosas
Sífilis
A sífilis adquirida é uma infecção sexualmente transmitida pelo agente
Treponema pallidum. É uma doença sistêmica, a qual, quando não trata-da, evolui
através de três estágios.
Tuberculose
O comprometimento ocular ocorre em aproximadamente 1% a 2% dos
pacientes com tuberculose. Entre as alterações oculares estão formação de
tubérculos nas pálpebras, conjuntivite, ceratite intersticial, uveíte anterior,
esclerite, granuloma de coróide, uveíte posterior e vasculite retiniana. A uveíte
pela tuberculose é atualmente rara e sua possibilidade é sempre presuntiva. É
basea-da em evidências indiretas como, por exemplo, uma uveíte intratável não
responsiva a terapia com esteróides e achados negativos para outras causas de
uveíte e achados sistêmicos positivos para tuberculose e ocasionalmente uma
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Patologia Ocular
Toxoplasmose
O Toxoplasma gondii é um protozoário intra-celular obrigatório. O gato é
o hospedeiro defi-nitivo do parasita, e outros animais como ratos, bem como os
humanos, são hospedeiros inter-mediários. O parasita pode apresentar três for-
mas diferentes: esporocisto, bradizoíta, taquizo-íta. Os humanos podem se infectar
por ingestão de carnes mal cozidas contendo bradizoítas de um hospedeiro
intermediário, por ingestão de esporocistos devido a contaminação das mãos e da
comida a ser ingerida ao manusear dejetos de gato ou por via transplacentária de
parasitas (taquizoítas) para o feto quando a gestante apre-senta infecção aguda por
toxoplasmose.
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Patologia Ocular
AIDS
As alterações oculares desenvolvem-se em apro-ximadamente 75% dos
pacientes com AIDS. As quatro principais categorias são: microangiopa-tia retiniana,
infecções oportunísticas, tumores e lesões neurooftalmológicas associadas a tumo-res e
infecções intracranianos.
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Artigo original: Loewy RS, Loewy EH, Fitzgerald FT. Ethical and social issues in
medicine. ACP Medicine. 2008;1-5.
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Patologia Ocular
O campo da ética biomédica tem crescido tão rapidamente que, ao realizar a busca
rápida do termo isolado na internet (biomedical ethics), serão encontrados quase 4,2
milhões de resultados. A nossa pequena tarefa, nesse espaço tão restrito, consiste em
tratar dos Aspectos éticos e sociais na medicina. É tarefa impossível apresentar mais do
que simples discussão superficial de qualquer um desses assuntos. Assim como a boa
medicina, a boa ética não pode ser praticada por meio de algoritmos. Dessa forma, em
vez de tentar o impossível – que representaria um desserviço para todos – optamos,
então, por fornecer um guia operacional para ajudar os clínicos a classificarem os
dilemas éticos e sociais com os quais se deparam diariamente. Para tanto, optamos por
dividir o presente capítulo nas seguintes seções:
Esse traço nos permite reconhecer não apenas que “estamos vivos” mas também, e
ainda mais significativamente, que nós – e os outros, semelhantes em maior ou menor
grau a nós mesmos – “temos vidas”. Ter uma vida implica ser dotado de consciência
suficiente (no mínimo, uma memória e senso rudimentar) para distinguir entre o próprio
e o ambiente, formular planos e metas, pensar em meios (caminhos) efetivos para
realizá-los e perceber que os outros indivíduos também podem ter planos, objetivos e
modos de alcançá-los bastante diferentes dos nossos.
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Patologia Ocular
Nossa capacidade de refletir também nos permite aprender tanto com nossas
próprias experiências como com as experiências das outras pessoas e, assim, nos
transforma em indivíduos prontos para desenvolver meios particulares de encarar o
mundo. A hierarquia particular de valores, perspectivas, princípios e papéis que sustenta
a visão de mundo de qualquer pessoa transmite a moralidade pessoal desse indivíduo,
ou seja, suas crenças quanto ao que é “certo”, “errado”, “bom”, “ruim”, “obrigação” e
assim por diante. Entretanto, a moralidade pessoal de alguém surge de fontes variadas,
que incluem pais, colegas, cultura, religião (ou falta dela) e grupos organizados seletos.
Assim, uma parte considerável dessa moralidade é (ou pode ser) adquirida de forma
relativamente passiva – na verdade, muitas vezes é adquirida e firmemente inculcada
bem antes de sermos maduros o suficiente para escrutiná-la de modo crítico; e quando
finalmente conseguimos fazê-lo, a moralidade já se tornou tão gravada em nossas
mentes que nos sentimos muito desconfortáveis se e quando ela é contrariada ou
desafiada diretamente.
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Patologia Ocular
A ética na assistência de saúde constitui um subgrupo geral da ética, que lida com
conflitos nessa área na medicina. Tais conflitos não surgem apenas entre médicos,
pacientes e indivíduos próximos aos pacientes. Esses conflitos também ocorrem nos
níveis profissional, institucional e social (p. ex., conflitos referentes às esferas de
autoridade ou hierarquia; natureza e distribuição do tratamento; saúde pública;
necessidades reais ou percebidas para racionamento da assistência de saúde; limites ou
demandas de intervenção aceitável, experimentação, pesquisa genética e suas
aplicações). Entretanto, considerando que comumente o paciente individual é afetado de
forma mais imediata e direta pelas consequências da(s) resolução(ões) proposta(s) para
tais conflitos, essa ética é, a princípio, centrada no paciente – ou seja, o pressuposto
padrão é o de que os valores e interesses do paciente (mantidos por ideais,
autodeterminados de modo reflexivo e estáveis) devem ser priorizados. Falando
eticamente, justificaríamos esse pressuposto com base no respeito pelas pessoas em
geral e nas obrigações profissionais de beneficência (procurar ou maximizar o bem
biomédico) e não maleficência (evitar ou minimizar danos) para com os pacientes, em
particular. Esse pressuposto prima facie de centralização no paciente às vezes pode ser
ignorado (como ocorre, por exemplo, diante de interesses de saúde pública, que são
essenciais, ao final das contas, para o bem-estar de cada indivíduo), contudo isso requer
obrigatoriamente tipos persuasivos de justificativas que, muitas vezes, são analisadas
em termos de justiça ou integridade.
Entretanto, esse papel tem sido ameaçado, sobretudo nos Estados Unidos, uma
vez que tem sido cada vez mais permitido às partes tradicionalmente tratadas como
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curiosidade;
honestidade;
paciência;
pensamento aberto;
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A essa altura, o leitor provavelmente deve estar pensando que, apesar disso tudo
ser bom e benéfico, simplesmemte não há tempo para acessar toda essa informação. E
estamos de acordo com isso. Contudo, você se lembra de um dito antigo que diz: “um
grama de prevenção vale um quilo de cura”? Assim como todos os demais aspectos da
medicina, as questões éticas são consideravelmente mais bem tratadas de modo
prospectivo. Assim como a “medicina de resgate” é onerosa (tanto em termos materiais
como não materiais), a ética “de regaste” ou post hoc também o é. Enquanto não
desenvolvermos sensibilidade para detectar aquilo que pode desencadear um aspecto,
nem fornecermos os requisitos de tempo e espaço para atendê-lo antes de sua
transformação em problemas plenamente estabelecidos, permaneceremos de mãos
atadas – seja na medicina, na ética ou em qualquer cenário – para lidar com as
consequências danosas e tentar remendar a relação médico-paciente, talvez sem jamais
conseguir restaurar os elos de confiança anteriormente forjados. E isso, de fato, é
oneroso e demorado.
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Vez ou outra, os três autores deste capítulo repetem aos estudantes e residentes de
medicina – e apenas parcialmente por brincadeira – para irem por outro caminho se em
algum momento forem confrontados por um bioeticista ou por comitês de ética
inclinados em lhes dizer qual é a “resposta” ou o que se “espera” que façam. Os
bioeticistas ou membros de comitês de ética muitas vezes são solicitados a manifestar
suas opiniões ou são cegamente indagados sobre o que deve ser feito. Argumentamos
que é quase eticamente inadequado para os bioeticistas e comitês de ética atuar desse
modo, pelos seguintes motivos: aquilo que é considerado apropriado em termos
biomédicos pode ser determinado apenas pelos especialistas biomédicos envolvidos no
caso em particular, naquele momento; mesmo que um membro do comitê de ética
também seja um biomédico especialista, seu papel como membro do comitê não é
biomédico e sim bioético; só o paciente (ou procurador do paciente e, se o paciente
desejar, seus entes próximos) pode aceitar ou rejeitar as alternativas biomédicas
oferecidas pelos especialistas.
Médicos não são máquinas de venda automática. Os médicos são indivíduos que
possuem suas próprias moralidades pessoais. Então, como esses profissionais
respondem quando suas próprias moralidades pessoais entram em conflito com as
solicitações ou demandas legalmente válidas de um paciente ou instituição? Sem
dúvida, nenhum profissional de assistência de saúde (exceto em circunstâncias
inusitadas) pode ser forçado a agir de modo conflitante com suas próprias convicções
morais. Entretanto, na situação em que um paciente solicita um procedimento legal,
porém conflitante com o código moral de um médico em particular, nenhum
profissional da saúde pode abandonar nem mentir – seja por concessão ou omissão –
para esse paciente. Como alternativa, esses profissionais podem fornecer aos pacientes
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uma lista de médicos competentes que podem ser mais receptivos às suas expectativas
ou interferir no sistema para garantir seu atendimento.
De certo modo, é claro, enviar os pacientes a esses médicos também pode ser
considerado uma medida conivente com aquilo que o código de moral do médico o
proíbe de fazer. Não obstante, assim como na maioria dos problemas éticos, não há uma
escolha que alguém possa considerar “boa” – existem apenas opções de escolha mais ou
menos problemáticas. Contudo, como é mais provável que a situação futura do paciente
seja a mais significativamente afetada, aprisionar esse paciente ao ponto de vista
idiossincrático de um único médico em particular é uma conduta sem dúvida eticamente
problemática.
Em termos gerais, existem duas razões principais para justificar uma objeção
conscienciosa: ética e política. A razão ética demanda apenas que o indivíduo evite
comportamentos contrários a sua moralidade pessoal. A razão política exige o
comportamento de fazer uma declaração pública. Em virtude do papel de confiança
único exercido pelos clínicos, uma objeção conscienciosa por motivos éticos exige o
respeito à privacidade do paciente e o alívio concomitante do clínico em relação às
atividades que lhe são moralmente custosas.
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Conclusões
Fonte: http://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp-
medicine/4413/aspectos_eticos_e_sociais_na_medicina.htm
EMENTA
A disciplina oferece ao aluno de optometria conhecimentos básicos sobre o assunto para
que faça a detecção e encaminhamento de patologias oculares. Prevenção das doenças
oculares e da cegueira. Patologias mais comuns de aparelho lacrimal, conjuntiva,
pálpebras, esclera, córnea, trato uveal, retina e nervo óptico. Fundoscopia. Aspectos
éticos e relação médico-paciente.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ANDRADE et al. Patologia Processos Gerais. 3 ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 1992.
BRASILEIRO FILHO, G. et al. Boglio Patologia Geral. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1998.
CHEVILLE, N. F. Patologia celular. Zaragoza: Acribia, 1989.
Bibliografia Complementar:
ROBBINS, ST. KUMAR; V. COTRAN R. Patologia Estrutural e Funcional. 4 ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
ARFFA, Robert C. Grayson: Enfermedades de la Córnea. 3.ed. Madrid-
Espanha:Editora Harcourt Brace de España, S.A., 1999.
BELFORT Jr, Rubens; KARA-JOSÉ, Newton. Córnea Clínica - Cirúrgica. São
Paulo:Editora Rocca, 1996.
DANTAS, Aldamir Morterá; MONTEIRO Mário Luiz Ribeiro. Doenças da órbita. Rio
de Janeiro: Cultura Médica, 2002.
GARCÍA, Luis Peña. Oftalmologia. Santiago – Chile: Editorial Mediterráneo, 2002.
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