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MECÂNICOS – LOCOMOTIVA GM
SD40 e GT´s
MARÇO
2008
1
Tomada de ar para os
radiadores
LOCOMOTIVA GM SD40-2
Tomada de ar para os
radiadores
LOCOMOTIVA GM SD40-T
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ÍNDICE
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DADOS DA LOCOMOTIVA SD40-2
Designação / Modelo SD4O-2
Tipo de locomotiva (truque) (C-C)
Potência da locomotiva 3000 HP
Peso carregado nos trilhos
Mínimo Básico 165 toneladas
Máximo Básico 168 toneladas
Motor Diesel
Modelo 645E3
Princípio de Funcionamento Dois tempos
Número de Cilindros 16
Arranjo dos Cilindros 45º - “V"
Relação de Compressão 14.5:1
Rotação Anti-horário
Diâmetro e curso do cilindro 9-1/16" x 10"
Rotação Mínima 315 RPM
Rotação Máxima 900 RPM
Gerador principal
Modelo AR10A7
Corrente Contínua Máxima 4000 A
Voltagem Máxima 1250 V
Alternador Auxiliar
Modelo D14
Voltagem Nominal AC 215 V
Número de Polos 16
Freqüência a 900 RPM 120 Hz
Gerador Auxiliar
Modelo - Básico A-7159
Voltagem DC 74 V
Potência 10 KW
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Motores de tração
Modelo D31 ou MDC570
Tipo Corrente Contínua
Abastecimento
Capacidade de Óleo Lubrificante
Cárter Básico 920 litros
Capacidade Acrescida no Cárter 1495 litros
Óleo Utilizável (volume entre “full” e “low” no medidor de óleo)
Cárter Básico 177,9 litros
Capacidade Acrescida no Cárter 696,5 litros
Capacidade de Óleo Combustível
Básico 12000 litros
Especial 15000 litros
13600 litros
Capacidade do sistema de resfriamento 1040 litros
Capacidade de areia 1585 litros
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E7 - MOTOR TURBINADO MARÍTIMO (COM CARCAÇA DO FILTRO)
E8 – EQUIPAMENTO DE BROCA SOPRADO
E9 - EQUIPAMENTO DE BROCA TURBINADO
E1O - MOTOR TURBINADO INDUSTRIAL
NOTA:
LOCOMOTIVA 9472 ESTÁ COM OS 16 CILINDROS E INJETORES DE GT
(MOTOR 645 E3B)
SISTEMA DE ARREFECIMENTO
A refrigeração do motor é feita através da água, a qual percorre o seguinte
circuito:
A água sai da caixa de expansão sugada pelas 2 bombas. Em seguida, passa pela
tubulação dos canos de selas do MD a fim de refrigerar os cilindros. A água continua no
circuito passando através dos after-coolers e resfriando o ar da admissão. Descarregando
para uma galeria dentro do MD (“V”) a água segue para as bancadas de radiadores onde
é feita a troca de calor, com auxílio de 3 ventiladores. Na seqüência, a água segue para o
resfriador de óleo (arrefecedor), onde tem a função de refrigerar o óleo lubrificante.
Encerra-se o circuito com o retorno da água para as bombas reiniciando o ciclo.
* Como parte do sistema auxiliar, a água que deixa o radiador segue para a bancada de
termostatos (TA, TB, TC, ETS) e refrigeração do compressor (WBO).
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Figura 3 – Diagrama do Sistema de Refrigeração (GT´s)
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Figura 5 – Caixa de expansão / tampa da caixa de expansão (7 psi)
OBS: Existem locomotivas com tampas de 7 e 11 psi. Tomar cuidado para não
inverter bocais com 3 ou 2 garras.
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Cano
de sela
Tubulação
principal
Figura 7 – Refrigeração dos cilindros
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Saída
Entrada da Entrada da água
água da água
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Figura 12 – Ventiladores do radiador
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ATENÇÃO:
Os ventiladores das locomotivas SD40 não são intercambiáveis com as
locomotivas GTs.
Algumas locomotivas, como a 9461 (figura abaixo) possuem apenas 2
ventiladores do radiador.
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Figura 14 – Termostatos TA, TB, TC, ETS
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
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Um diagrama do sistema de óleo combustível é mostrado na figura abaixo. O
óleo combustível é succionado do tanque de armazenamento por uma bomba de
combustível tipo engrenagem e passa pelo filtro de sucção.
Da bomba, o combustível é forçado por um filtro de combustível primário
seguindo para os filtros DUPLEX (SPIN-ON). Na seqüência, o combustível flui por
tubulações que se estendem ao longo de ambos os lados do motor.
Estas tubulações alimentam os injetores. O combustível em excesso não usado
pelos injetores retorna ao tanque pelo visor do copinho (válvula 5 PSI) montado no
cabeçote do filtro, mantendo uma pressão mínima nos injetores.
A válvula de 60 libras tem como função indicar obstrução no sistema de
admissão de combustível, ou seja, podendo indicar que os filtros DUPLEX estejam
obstruídos;
A bomba de combustível entrega mais combustível ao motor da locomotiva do
que é queimado nos cilindros. O combustível circulando em excesso é usado para
resfriar e lubrificar as partes móveis do injetor e garantir um bom funcionamento.
Uma válvula bypass de 25 psi está conectada do outro lado do filtro primário.
Caso o filtro primário fique obstruído, combustível passará pela válvula bypass
eliminando o filtro do circuito.
5 psi 60
psi
25 psi
13
Figura 18 – Filtro primário
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Figura 20 – Medida de pressão de óleo diesel
Detalhe das
3 marcas
Tabela 2 – Regulagem
Num. Cilindro Graus
1 0
8 22,5
9 45
16 67,5
3 90
6 112,5
11 135
14 157,5
4 180
5 202,5
12 225
13 247,5
2 270
7 292,5
10 315
15 337,5
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SISTEMA DE ÓLEO LUBRIFICANTE
O sistema de óleo de lubrificação de todo o motor é uma combinação de três
sistemas separados: o sistema de lubrificação principal, o sistema de refrigeração do
pistão e o sistema de limpeza do óleo. Cada sistema possui sua própria bomba de óleo.
A bomba do óleo de lubrificação principal e a bomba de óleo de refrigeração dos
pistões, embora sendo bombas individuais, ambas se encontram num único alojamento e
são acionadas por um eixo comum (bomba de dupla-ação). A bomba da limpeza do
óleo é separada. Todas as bombas são acionadas pelo trem de engrenagens dos
acessórios, localizado na parte frontal do motor. Componentes do sistema completo do
óleo e um diagrama esquemático da circulação do óleo são mostrados nas figuras
abaixo.
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Tabela 3 – Limites de pressão do óleo lubrificante
Pressão de parada por baixa pressão de óleo
Marcha lenta 8 a 12 psi
Ponto 8 24 a 28 psi
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Filtro
Filtro de auxiliar de
óleo do lubrificação
turbo do turbo
Bomba de pré-
lubrificação do
turbo
Figura 24 – Componentes do sistema de lubrificação
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BOMBA DUPLA AÇÃO
FILTROS
MALHA BOMBA
GROSSA E LIMPEZA
MALHA
FINA
Figura 26 – Vista da frente do motor GM
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TROCA MÍNIMA DE CALOR NO RESFRIADOR DE ÓLEO: 6 ºC (NO ÓLEO
LUBRIFICANTE)
Entrada Sensor de
de óleo temperatura
do óleo (MP)
Saída
de óleo
EXECUÇÃO
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Existem engates rápidos macho instalados na parte superior do Michiana (Fig. 25), na
tampa do Michiana (Fig. 28) ou apenas bujão para medição.
Figura 31 – Turboalimentador
É requerida uma filtragem adicional para o ar usado pelo motor. Dois tipos de
filtro são disponíveis. Um deles utiliza elementos de papel (filtro picolé), o outro utiliza
um saco com elementos de fibra de vidro (filtro sacola). Filtros picolé e sacola não são
intercambiáveis devido a diferenças no alojamento do filtro. Entretanto, o alojamento
para os filtros picolé é intercambiável com o alojamento para os filtros sacola, e vice-
versa.
Ambos os tipos de montagem do filtro de ar do motor estão equipados com
interruptores de pressão, Fig.32, que pegam a diferença entre a pressão ambiente e a
pressão na entrada do turbo. Os interruptores estão localizados dentro do gabinete
elétrico, e conectados por tubulações a entrada do filtro de ar do motor (lado da entrada
do turbo) e ao ambiente.
- Quando a chave FVS atinge 14” diferencial a luz do filtro de ar do motor
acende no módulo AN, indicando pressão excessiva.
- Quando a chave EFS atinge 24” diferencial o relé EFL no gabinete elétrico é
acionado. Os contatos do relé operam para limitar a velocidade e potência do motor e
fornecem um sinal backup ao módulo AN. O relé deve ser resetado antes que o módulo
AN possa ser resetado.
Filtro
“sacola”
Soprador dos
motores de
Filtro tração
“picolé”
Válvula
OPS
Figura 43 – Governador
NOTA: Para fechar o setor d’água, o motor deve ser posto em funcionamento e o
sistema de refrigeração aberto.
Figura 46 - Condição Diferencial de Pressão D’Água
CUIDADO
Após uma parada do motor devido à atuação do detector de pressão, NÃO abra
qualquer tampa de inspeção ou tampas das bancadas no motor para fazer inspeção, até
que o motor tenha parado e que este se resfrie por um período de duas horas. NÃO tente
dar partida no motor até que a causa do problema tenha sido determinada e corrigida. A
ação do detector de pressão indica a possibilidade de uma condição dentro do motor,
tais como um superaquecimento de um mancal que pode por em ignição os vapores
aquecidos com uma força explosiva, se for permitido a entrada de ar na câmara. Na
eventualidade de não conseguir rearmar o detector de pressão no cárter, NÃO opere o
motor até que a pressão do detector se restabeleça, pois poderão ocorrer danos no
diafragma.
MANUTENÇÃO
O detector de diferença de pressão d’água e da pressão do carter deve ser testado
periodicamente, a fim de garantir a correta operação deste. A válvula de teste (figura
abaixo) está instalada na linha de descarga da bomba d’água ao setor de água do
detector, proporcionando um modo manual de vazar a pressão da água no diafragma e,
ao girar, este aciona o sistema de detecção no setor d’água. Pela rotação da manípula da
válvula de teste e o posicionamento em sentido horizontal, a descarga da água de
refrigeração pelo pequeno orifício da válvula deve possuir um fluxo estável. Devido a
contaminação da água de refrigeração, pequeno orifício na válvula pode vir a ser
plugado, reduzindo ou restringindo a pressão de sangramento do diafragma. Em muitos
casos, a abertura e o fechamento rápido da válvula por algum tempo vem a desobstruir e
permitir que o detector d’água acione. Plugar a válvula de teste não afeta o
funcionamento do dispositivo. Com o motor trabalhando em marcha lenta, abra a
válvula de teste e, obtendo um fluxo livre de água, o dispositivo deve acionar na
primeira ou na segunda tentativa. Se este não acionar o dispositivo deve ser alterado e
checado no painel de teste, para verificar a causa do mau funcionamento. Recomenda-se
que a inspeção do detector d’água seja feita mensalmente através da válvula de teste. A
manípula da válvula de teste deve ser posicionada na vertical, antes de novamente
acionar o motor.
Para testar o setor de pressão do cárter do dispositivo sem funcionar o motor,
utilize um tubo flexível e crie sucção no cotovelo de respiro. Isto irá armar a haste do
botão e simular uma pressão positiva como que se aplicada no lado oposto do
diafragma.
Figura 48 – Posições da válvula de Teste
CUIDADO: O diafragma poderá sofrer danos se for aplicada pressão positiva pelo
cotovelo de respiro.
Se o teste não for satisfatório, repita-o. Se este não ativar, substitua o detector. O
detector poderá também ser testado utilizando-se uma bomba de vácuo manual. Conecte
a bomba ao “T” e na linha, entre o cotovelo de respiro e o manômetro d’água. Acione a
bomba devagar até que o detector atue. Rearme o detector e repita o processo,
verificando no manômetro a pressão de acionamento.
DISPOSITIVO DE SOBRE-ROTAÇÃO
DESCRIÇÃO
O mecanismo de sobre-rotação é um dispositivo de segurança que corta a
injeção de combustível nos cilindros se o motor alcançar rotação excessiva.
A figura abaixo mostra o mecanismo de sobre-rotação. Se a rotação do motor
aumentar a um valor limite, o mecanismo irá parar o motor.
O eixo de acionamento está posicionado em todo o comprimento do motor, em
suas duas bancadas e abaixo dos eixos comando, com um carne para cada cilindro, o
qual ao girar entra em contato com a lingüeta de arraste com mola, montada em cada
cabeçote e localizada abaixo do balancim do injetor. O alojamento do mecanismo de
sobre-rotação está conectado aos anéis operados por mola e ao mecanismo de alavanca.
A alavanca de rearme, no eixo de trava do acionamento, quando puxado em direção a
bancada direta, acrescenta tensão na mola de acionamento, sendo esta a tensão que
manterá a lingüeta engatada ao entalhe da alavanca do eixo de acionamento. Esta é a
posição normal de marcha, no qual os carnes do eixo de acionamento são mantidos
distantes da lingüeta de acionamento dos balancins.
Figura 49 – Mecanismo de sobre-rotação
CUIDADO: Após ter sido determinado que óleo quente é a causa da parada do motor,
não faça mais nenhuma inspeção no motor até que este tenha resfriado o suficiente para
evitar a possibilidade que óleo quente possa entrar em combustão. Quando ocorrer baixa
pressão de óleo, sempre inspecione por um abastecimento adequado de água e óleo.
NÃO ADICIONE AGUA FRIA EM UM MOTOR SUPERAQUECIDO.
SUBSTITUIÇÃO DE CONJUNTO DE FORÇA
Devido ao arranjo da capota da locomotiva, onde estão instaladas as resistências
de grade, foi confeccionado um sacador próprio, conforme figura abaixo, para as
locomotivas SD40.
NOTA: Girar o motor até que o cilindro a ser substituído esteja no ponto morto superior.
Na seqüência, instalar a trava no furo de centro do pistão, através do alojamento do
injetor no cabeçote. Esse procedimento diminui o comprimento útil do cilindro
facilitando a sua remoção.
Figura 53 – Detalhes do CF
GT`s SD40
GT`s SD40
Elaborado por:
Renê Alves da Rocha
André Mayer Alves da Silva
ANEXOS
MOSTRADOR DA PRESSÃO E TEMPERATURA DA ÁGUA E ÓLEO (IHM)