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PAD nº 9763/2019

Assunto: Licença para Capacitação

Senhor Diretor-Geral,

Trata o presente expediente de requerimento encaminhado


pela servidora TATIANA KOLLY WASILEWSKI RODRIGUES, lotada junto ao cartório
da 60ª Zona Eleitoral de Mandaguari/PR, visando a concessão de licença para
capacitação profissional, nos períodos de 02/09/2019 a 27/09/2019 e de
04/11/2019 a 20/12/2019, a fim de realizar pesquisa e levantamento de dados
para elaboração de sua dissertação de mestrado em “Direito Negocial”,
ministrado pela instituição Universidade Estadual de Londrina (Documentos nº
149496/2019 e nº 150558/2019).

O requerimento conta com a anuência da MM. Juíza Eleitoral


da 60ª Zona Eleitoral, bem como do Sr. Chefe do respectivo cartório, chefe
imediato da servidora (Documentos nº 149496/2019 e nº 150689/2019).

A servidora instruiu devidamente seu requerimento


(Documentos nº 150400/2019 e nº 150424/2019).

A pleiteante justifica sua participação no mestrado pelos


seguintes motivos (Documento nº 149496/2019):

Diante das grandes transformações pelas quais vem passando a


sociedade brasileira, cada vez mais é exigida da Justiça Eleitoral,
uma melhor prestação de serviços, com eficiência e eficácia. Assim,
torna-se imprescindível o aprimoramento das competências técnicas
dos servidores e aquisição de novas aprendizagens. Neste sentido, a
dissertação da servidora em Direito Negocial, acerca do Estado
Contemporâneo, na linha de pesquisa: a compreensão da decisão
judicial e da decisão política em geral com base nas teorias liberal e
republicana, contribuirá para o aumento de seu desempenho
funcional, possibilitando majorar sua produtividade, em razão do
aprofundamento nos estudos da relação do Direito Processual Civil
com o Direito Eleitoral, abarcando conhecimentos relevantes de
interesse da Justiça Eleitoral. Cabe ressaltar, que a servidora vem
buscando nestes anos de serviços prestados ao TRE-PR, aprofundar-
se em temas substanciais do Direito Eleitoral, sendo coautora das
obras Direito Eleitoral Teoria e Prática, publicada pela Editora Ponto
Vital; Temas Eleitorais Contemporâneos, publicada pela Editora
Espaço Acadêmico; Organizadora do livro Aspectos Modernos do
Direito Eleitoral Brasileiro e coordenadora da obra Direito Eleitoral e
Ciência Política publicadas pela Editora Espaço Acadêmico. Deste
modo, a referida licença capacitação contribuirá sobremaneira na
qualificação técnica da servidora e verterá em diversas colaborações
laborais aos autores da Justiça Eleitoral, sendo de suma importância
a sua concessão para a elaboração da pesquisa. Assim, considerando
que o ano de 2020, será ano eleitoral, e a impossibilidade de licença
naquele período, demonstra-se a plausibilidade do pedido para o
período solicitado, que não ocasionará qualquer prejuízo ao trabalho
desenvolvido pela 60ª Zona Eleitoral.

Assinado eletronicamente conforme Lei 11.419/2006


TRE/PR

Em: 27/08/2019 14:52:42


Por: LUCIANNA MARIA DE ARAUJO SAMPAIO
No Documento nº 159128/2019, a Seção de Registros
Funcionais declara que a servidora é ocupante do cargo de Técnico Judiciário,
Área de Atividade Administrativa, Classe C, Padrão 12, do Quadro de Pessoal
deste Tribunal, e em comissão, Assistente I do cartório da 60ª Zona Eleitoral de
Mandaguari. Tomou posse e entrou em exercício em 08/01/2008 e cumpriu o
estágio probatório em 08/01/2011. Completou o segundo quinquênio para fins de
Licença Capacitação em 04/01/2018, cujo prazo para fruição expira em
03/01/2023.

A Seção de Capacitação, por sua vez, presta informações no


Documento nº 170236/2019, ressaltando a legislação que rege a matéria e
destacando os requisitos necessários à concessão de licença capacitação.

No Documento nº 171971/2019, a Seção de Registros


Funcionais informa que a servidora já usufruiu por completo as férias referente
ao Exercício 2018, conforme relatório anexo (Documento nº 171959/2019).

A Seção de Diárias e Controle de Frequência informa que o


saldo em banco de horas da servidora é de 44:18h (quarenta e quatro horas e
dezoito minutos) (Documentos nº 172456/2019 e nº 172484/2019).

No Documento nº 173827/2019, a servidora informa, ainda,


que o prazo máximo para entrega de seu trabalho de conclusão de curso é de 20
(vinte) meses a contar da data da matrícula (13/07/2019), ou seja, se encerrará
em 12/03/2021. E que o pedido de usufruto da licença capacitação ainda neste
ano se faz necessário em razão do próximo ano ser de eleições municipais, o que
inviabilizaria a concessão, em razão do volume de demanda de trabalho na zona
eleitoral.

Informa, ainda, que o saldo de banco de horas apresentado no


Documento nº 172484/2019 está atualizado até o mês de julho de 2019 e que no
mês de agosto utilizou 10:11h (dez horas e onze minutos) de banco de horas,
conforme espelho do ponto que junta ao processo (Documento nº 173812/2019),
pelo que seu saldo atual em banco de horas seria de apenas 34:07h (trinta e
quatro horas e sete minutos).

É o breve relato. Passamos à análise.

Inicialmente, cabe transcrever alguns dos dispositivos legais


acerca do tema em comento.

A licença para capacitação vem disciplinada no art. 87 da Lei


n.º 8.112, de 11/12/1990, com redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997, in
verbis:

Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá,


no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo
efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para
participar de curso de capacitação profissional.
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são
acumuláveis. (grifo nosso)

O Tribunal Superior Eleitoral regulamentou a matéria no


âmbito da Justiça Eleitoral, por meio da Resolução nº 23.507, de 14/02/2017,
fixando requisitos necessários à concessão de referida licença, conforme segue:

Assinado eletronicamente conforme Lei 11.419/2006


TRE/PR

Em: 27/08/2019 14:52:42


Por: LUCIANNA MARIA DE ARAUJO SAMPAIO
Art. 2º Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá,
no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo
efetivo com a respectiva remuneração, por até três meses, para
participar de ações de capacitação profissional.
§ 1º Para efeitos desta resolução, consideram-se ação de capacitação
profissional:
I - cursos de formação, aperfeiçoamento e desenvolvimento em
áreas de interesse da Justiça Eleitoral;
II - pesquisa e levantamento de dados para a elaboração de trabalho
de conclusão de curso de graduação ou pós-graduação lato sensu, de
dissertação ou tese de pós-graduação stricto sensu e para as
respectivas produções textuais.
§ 2º O interesse da Administração é definido em razão das
possibilidades de aproveitamento do conteúdo do curso para a
melhoria do desempenho funcional do servidor ou incremento de sua
produtividade nas áreas de interesse da Justiça Eleitoral, alinhado ao
planejamento estratégico vigente.
§ 3º Os cursos pleiteados poderão ser realizados na metodologia
presencial ou a distância (EaD) e deverão possuir conteúdo
programático com carga horária semanal mínima de 12 horas/aula.
Art. 3º O Tribunal Superior Eleitoral e cada Tribunal Regional Eleitoral
disponibilizarão catálogo específico dos cursos a distância (EaD)
credenciados que poderão ser utilizados para fins de licença para
capacitação.
§ 1º Para pleitear o curso, o servidor poderá consultar o catálogo
disponibilizado pelo órgão de exercício.
§ 2º Caso o curso a distância requerido não esteja credenciado, será
feita análise quanto à possibilidade de sua inclusão no catálogo do
respectivo Tribunal.
§ 3º O curso pleiteado pelo servidor na modalidade a distância
deverá ser ofertado, preferencialmente, por escolas de governo e
instituições públicas.
§ 4º Para os cursos a distância não constantes do catálogo do
Tribunal, o servidor deverá apresentar declaração da entidade
promotora do evento, na qual especificado e assegurado que o
curso:
a) é realizado em ambiente virtual;
b) possui tutoria durante todo o período de realização da
capacitação;
c) possui eventos síncronos ao longo do curso.
Art. 4º É vedada a concessão da licença para:
I - cursos de graduação e pós-graduação;
II - eventos de capacitação custeados integral ou parcialmente pela
Justiça Eleitoral;
III - cursos preparatórios para concurso público;
IV - cursos que se desenvolvam exclusivamente em finais de
semana.
Art. 5º O pedido de licença será realizado em formulário próprio,
instruído com:
I - identificação do evento pleiteado;
II - conteúdo programático, acompanhado de tradução para a língua
portuguesa, quando for o caso;
III - declaração da instituição promotora do evento que mencione o
período de realização e carga horária do curso;
IV - justificativa do servidor, demonstrando como o curso contribuirá
para o seu desempenho funcional ou aumentará sua produtividade
nas áreas de interesse do Tribunal;
V - manifestação favorável da chefia imediata, acompanhada da
anuência do(s) gestor(es) da unidade a que está subordinado.

Assinado eletronicamente conforme Lei 11.419/2006


TRE/PR

Em: 27/08/2019 14:52:42


Por: LUCIANNA MARIA DE ARAUJO SAMPAIO
[...]
Art. 6º O pedido de licença será liminarmente indeferido caso:
I - não seja protocolado com antecedência mínima de 20 dias do
início do evento, no caso de escolas ou cursos credenciados
constantes do catálogo, e de 40 dias do início do evento, no caso de
escolas ou cursos não constantes do catálogo;
II - o servidor não consiga sanar as pendências identificadas na
documentação listada no art. 5º, no prazo de cinco dias corridos da
data da sua comunicação;
III - a licença seja requerida para cursos que já tenham sido
realizados pelo servidor nos 24 meses anteriores à data do novo
requerimento.
Art. 7º A Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) de cada órgão
instruirá seus respectivos pedidos, considerando o número de
servidores em gozo simultâneo de licença para capacitação, que não
poderá exceder a 10% dos servidores da unidade de lotação,
incluindo-se neste quantitativo os requisitados e os lotados
provisoriamente.
§ 1º Para fins desta resolução, entende-se por unidade de lotação:
seção, assessoria, gabinete e zona eleitoral.
§ 2º Nos casos em que o cálculo do percentual a que se refere o caput
for uma fração, arredondar-se-á para o primeiro número inteiro
imediatamente superior, assegurando-se a participação de pelo
menos um servidor por vez.
§ 3º Não haverá reposição de servidor em gozo de licença para
capacitação.
[...]
Art. 10. Os custos decorrentes da participação nos eventos objeto de
licença para capacitação serão de exclusiva responsabilidade do
servidor.
[...]
Art. 12. A licença poderá ser integral ou parcelada, em período não
inferior a 10 dias e não superior ao período de duração do evento.
[...]
Art. 15. O servidor deverá apresentar ao órgão de exercício, no prazo
de 30 dias contados da data de encerramento da licença, o(s)
certificado(s) de conclusão do(s) curso(s) realizado(s), bem como
plano de trabalho de aplicabilidade do que foi ministrado na
capacitação.
§ 1º No caso de cursos que terminem depois do fim da licença, o
prazo será contado da data do fim do curso.
§ 2º Nos casos previstos no inciso II do § 1º do art. 2º, o servidor deverá
apresentar, em até 90 dias contados do término da licença, cópia
digital do trabalho de conclusão de curso, monografia, dissertação ou
tese e ainda deverá, como contrapartida:
a) estar disponível para apresentação oral do trabalho concluído, a ser
agendada pela SGP; ou
b) apresentar relatório de correlação do conteúdo trabalhado com as
áreas de interesse da Justiça Eleitoral.
§ 3º Os prazos de que tratam este artigo poderão ser prorrogados
mediante justificativa formal do servidor, a critério da Administração.
(grifo nosso)

Analisados os autos, verifica-se, inicialmente, que o pedido foi


encaminhado dentro do prazo previsto na Resolução supracitada, considerando
a retificação do período inicial pretendido (Documento nº 150558/2019).

No que diz respeito ao período aquisitivo, nota-se que a


servidora implementou o lapso temporal exigido pela legislação para aquisição

Assinado eletronicamente conforme Lei 11.419/2006


TRE/PR

Em: 27/08/2019 14:52:42


Por: LUCIANNA MARIA DE ARAUJO SAMPAIO
do direito, isto é, 05 (cinco) anos de efetivo exercício, possuindo, assim, direito à
fruição de licença capacitação no quinquênio subsequente ao de sua aquisição.

De acordo com o que consta informado nos autos, a servidora


completou o segundo quinquênio em 04/01/2018, pelo que o prazo para fruição
da licença para capacitação se encerrará em 03/01/2023. E até o momento a
servidora não usufruiu nenhum período referente a tal licença.

Nota-se, também, que o período de afastamento requerido se


encontra dentro do limite máximo previsto na legislação, ou seja, 03 (três) meses,
bem como está de acordo com os critérios previstos para parcelamento, previstos
no art. 12 da Resolução TSE nº 23.507/2017.

No que tange ao requerimento e documentos que devem


instruí-lo, verifica-se que foi realizado em formulário próprio e que a requerente
realizou a devida instrução, ao longo do processo, com a juntada de todos os
documentos previstos no art. 5º da resolução supracitada.

Quanto à finalidade a que se destina a licença pleiteada,


constata-se que se enquadra no disposto no art. 2º, § 1º, inc. II, da multicitada
Resolução TSE nº 23.507/2017, uma vez que tem por objetivo realizar pesquisa
e levantamento de dados para elaboração da dissertação do mestrado em que
está matriculada.

Em análise do conteúdo programático do curso, juntado ao


processo, considera-se que será atendido o § 2º do art. 2º da Resolução TSE nº
23.507/2017, ressaltando-se que o tema abordado está relacionado às áreas de
interesse da Justiça Eleitoral1.

Ademais, o requerimento conta com a anuência de seus


superiores hierárquicos, bem como com a ciência quanto ao disposto no art. 7º
da Resolução TSE nº 23.507/2017, além da manifestação favorável de sua chefia
imediata, considerando a oportunidade e conveniência do afastamento e a
pertinência do conteúdo programático com as atividades da unidade em que a
servidora está lotada (Documentos nº 149496/2019 e nº 150689/2019).

Insta observar, ainda, que a servidora não é beneficiária do


programa auxílio bolsa de estudos deste Tribunal, pelo que não se enquadra na
vedação prevista no inc. II do art. 4º da Resolução TSE nº 23.507/2017.

Vale destacar, também, que, conforme informações prestadas


no processo, a servidora não se enquadra nas vedações previstas nos arts. 1º e
2º da recente Portaria TSE nº 378, de 23/05/2019, anexada ao processo pela
Seção de Capacitação, no Documento nº 170232/2019.

Conclui-se, assim, que foram preenchidos os requisitos


previstos na legislação que rege a matéria, bem como observados os critérios de
conveniência e oportunidade.

Outrossim, cabe lembrar que, no caso de concessão da licença


requerida, a servidora deverá cumprir, após o término do período de
afastamento, o disposto no §2º do art. 15 da Resolução TSE nº 23.507/2017.

1
Vide parágrafo único do art. 2º da Resolução TSE nº 23.380/2012, que dispõe sobre o Adicional de
Qualificação no âmbito da Justiça Eleitoral.

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Em: 27/08/2019 14:52:42


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Pelos motivos expostos, entendemos que não há óbice à
concessão de licença capacitação em favor da servidora TATIANA KOLLY
WASILEWSKI RODRIGUES, nos períodos requeridos, isto é, de 02/09/2019 a
27/09/2019 e de 04/11/2019 a 20/12/2019.

Contudo, uma vez que a servidora é ocupante da função


comissionada de Assistente I do cartório da 60ª Zona Eleitoral de Mandaguari,
insta destacar o disposto no art. 17 da Resolução TSE nº 23.507/2017, in verbis:

Art. 17. Ao servidor em licença para capacitação fica assegurada a


remuneração integral, inclusive a correspondente ao exercício da
função comissionada ou do cargo em comissão ocupado, desde que
nele permaneça investido durante a licença. (grifo nosso)

Dessa forma, tendo em vista as restrições orçamentárias


impostas a este Regional e em face de determinação da Alta Administração deste
órgão, o usufruto de licença para capacitação só será cabível no caso de prévia
destituição da função comissionada ocupada, durante o período de fruição da
licença.

Sendo assim, considerando a condição ora


imposta, preliminarmente ao deferimento do pedido e continuidade dos trâmites,
deverá o presente retornar à servidora para ratificar seu pedido, bem como o
período ora pleiteado.

É o parecer.

À consideração superior.

Curitiba, 27 de agosto de 2019.

Lucianna Maria de Araújo Sampaio


Assessora Jurídica da Diretoria-Geral

Assinado eletronicamente conforme Lei 11.419/2006


TRE/PR

Em: 27/08/2019 14:52:42


Por: LUCIANNA MARIA DE ARAUJO SAMPAIO

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