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ACADEMIA TEOLÓGICA

BIBLIOLOGIA - A DOUTRINA DAS ESCRITURAS

I. INTRODUÇÃO

É a parte da Teologia que estuda as Escrituras.

A Teologia Reformada está baseada somente nas Escrituras do Antigo e


do Novo Testamento.

A. TERMINOLOGIA

1. Bíblia

Derivado de biblion, “rolo” ou “livro” (Lc 4:17).

2. Escritura(s)

“As coisas escritas acerca de Deus”.

Termo usado no N.T. para os livros sagrados do A.T., que eram


considerados inspirados por Deus (2 Tm 3:16; Rm 3:2).

Também é usado no N.T. com referência a outras porções do N.T.


(2 Pe 3:16).

3. Palavra de Deus

“Aquilo que Deus falou”.

Usada em relação a ambos os testamentos em sua forma escrita


(Mt 15:6; Jo 10:35; Hb 4:12).

B. ATITUDES EM RELAÇÃO À BÍBLIA

1. Racionalismo

A Bíblia seria um produto da mente humana!

a. Em sua forma extrema nega a possibilidade de qualquer revelação


sobrenatural.
b. Em sua forma moderada admite a possibilidade de revelação
divina, mas essa revelação fica sujeita ao juízo final da razão
humana.

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expressa do autor Pr. Anor Afonso Serio [2006]…Pág. 1 de 40
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2. Romanismo

Para a Igreja Católica a Bíblia seria uma revelação desta igreja.


Por isso para eles a Bíblia não seria a autoridade única ou final.

3. Misticismo

A experiência pessoal teria a mesma autoridade da Bíblia.

4. Neo-ortodoxia

A Bíblia seria uma testemunha falível da revelação de Deus na Palavra,


Cristo.

5. Seitas

A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada seita possuiriam


igual autoridade.

6. Ortodoxia

A Bíblia é a nossa única base de autoridade. “Sola Scriptura”.

Precisamos lembrar que nem tudo na Bíblia é bíblico: Caim matou seu
irmão; Amnon cometeu incesto com sua irmã Tamar; Judas traiu a
Jesus; Demas abandonou a fé, por causa do mundanismo.

A Bíblia não produz vida. É semelhante à “árvore do conhecimento do


bem e do mal”.

O cristão evangélico precisa lembrar-se disso, caso contrário, pode cair


no laço da bibliolatria.

C. AS MARAVILHAS DA BÍBLIA

1. Sua formação
Levou cerca de 1.500 anos.
2. Sua unidade
Tem cerca de 40 autores diferentes inspirados por Deus, mas é
um só livro!
3. Sua preservação
4. Seu assunto
5. Sua influência

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II. REVELAÇÃO

Definição:

"Um desvendamento; especialmente a comunicação da mensagem


divina ao homem."

Deus é tão diferente (transcendência) de nós, que caso não se


revelasse, nunca iríamos conhecê-lO.

A. Meios de Revelação

1. Pela natureza (Rm 1:18-21; Sl 19).


2. Pela providência (Rm 8:28; At 14:15-17).
3. Pela preservação do universo (Cl 1:17).
4. Através de milagres (Jo 2:11).
5. Por comunicação direta (At 22:17-21).
6. Através de Cristo (Jo 1:14).
7. Através da Bíblia (1Jo 5:9-12).

III. INSPIRAÇÃO

A. Definição

Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores


humanos da Bíblia de modo a, usando suas próprias personalidades e
estilos, compor e registrar sem erro as palavras de Sua revelação ao
homem.

A inspiração se aplica apenas aos manuscritos originais (chamados de


autógrafos).

O grego “theopneustos” significa: divinamente soprado.

"Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para


redargüir, para corrigir, para instruir em justiça" (2 Tm 3.16).

B. Teorias sobre a Inspiração


1. Natural

Não há qualquer elemento sobrenatural envolvido.


A Bíblia foi apenas escrita por homens de grande talento.

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2. Mística ou iluminativa

Os autores bíblicos foram cheios do Espírito como qualquer crente


pode ser hoje.

3. Mecânica (ou teoria da ditação)

Os autores bíblicos foram apenas instrumentos passivos nas mãos de


Deus, como máquinas de escrever com as quais Ele teria escrito.

Deve-se admitir que algumas partes da Bíblia foram ditadas (ex.: os


Dez Mandamentos).

4. Parcial

Somente o não conhecível foi inspirado (e.g.,criação, conceitos


espirituais).

5. Conceitual

Os conceitos, não as palavras, foram inspirados.

6. Gradual

Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos.

7. Neo-ortodoxa

Autores humanos só poderiam produzir um registro falível.

8. Inspiração falível

Uma teoria que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é


inspirada, mas é não isenta de erros.

9. Verbal e plenária

Esta é a verdadeira doutrina, e significa que cada palavra


(verbal), e todas as palavras (plenária), foram inspiradas por Deus
no sentido da definição acima.

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C. Características da Inspiração Verbal e Plenária


1. A inspiração verbal e plenária é válida apenas para os
manuscritos originais.
2. Ela se estende às próprias palavras.
3. Vê Deus como o superintendente do processo, não ditando aos
escritores, mas guiando-os.

4. Inclui a inerrância.

D. Provas da Inspiração Verbal e Plenária.


1. 2 Timóteo 3:16

Theopneustos, “soprado por Deus”.

Afirma que Deus é o autor das Escrituras e que estas são o produto de
Seu sopro criador.

2. 2 Pedro 1:20-21

O "como” da inspiração: homens "movidos" (lit., “carregados") pelo


Espírito Santo.

3. Ordens específicas para escrever a Palavra do Senhor


(Ex 17:14; Jr 30:2).

4. O uso de citações (Mt 15:4; At 28:25).

5. O uso que Jesus fez do Antigo Testamento (Mt 5:17; Jo 10:35).

6. O N.T. afirma que outras partes do N.T são Escritura.


(1 Tm 5:18; 2 Pe 3:16).

7. Os escritores estavam conscientes de estar escrevendo a


Palavra de Deus (1 Co 2:13; 1 Pe 1:11-12).

E. Provas de Inerrância.

A fidedignidade do caráter de Deus (Jo 17:3; Rm 3:4).


O ensino de Cristo (Mt 5:17; Jo 10:3,5).
Os argumentos baseados em uma palavra ou na forma de uma palavra
(Gl 3:16, "descendente"; Mt 22:31-32, "sou").

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IV - CANONICIDADE

A. Considerações Fundamentais

A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram


(não atribuíram) a autoridade inerente dos próprios livros.
Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido.

B. O Cânon do A.T.

Alguns afirmam que todos os livros do cânon do A.T. foram reunidos e


reconhecidos sob a liderança de Esdras (quinto século a.C.).

O N.T. se refere ao A.T. como Escritura em Mt 23:35 a expressão de


Jesus equivaleria a dizer hoje “de Gênesis a Malaquias”.

O Sínodo de Jamnia (90 d.C.). Uma reunião de rabinos judeus que


reconheceu os livros do A.T., embora houvesse alguns que
questionassem Ester, Eclesiastes e Cantares de Salomão.

C. Os Princípios da Canonicidade dos Livros do N.T.

1. Apostolicidade

O livro foi escrito ou influenciado por algum apóstolo?

2. Conteúdo

O seu caráter espiritual é suficiente?

3. Universalidade ou Catolicidade

Foi amplamente aceito pela Igreja?

4. Inspiração.

O livro oferecia prova interna de inspiração?

D. A Formação do Cânon do N. T.

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expressa do autor Pr. Anor Afonso Serio [2006]…Pág. 6 de 40
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1. O período dos apóstolos

Eles reivindicaram autoridade para seus escritos (1 Ts 5:27; Cl 4:16).

2. O período pós-apostólico

Todos os livros foram reconhecidos exceto Hebreus, 2 Pedro, 2 e 3 João.

3. O Concílio de Cartago, 397 d.C., reconheceu como canônicos


os 27 livros do N.T.

E. Como a Bíblia chegou até nós

As questões de quaìs livros pertencem à Bíblia é chamada questão


canônica.

A palavra cânon significa régua, vara de medir, regra, e, em relação à


Bíblia, refere-se à coleção de livros que passaram pelo teste de
autenticidade e autoridade.

Significa ainda que esses livros são nossa regra de vida.

Como foi formada esta coleção?

1. Os Testes de Canonicidade

Em primeiro lugar é importante lembrarmos de que certos livros já eram


canônicos antes de qualquer teste lhes ser-lhes aplicado.

Isto é como dizer que alguns alunos são inteligentes antes mesmo de se
lhes ministrar uma prova. Os testes apenas provam aquilo que
intrinsecamente já existe.

Do mesmo modo, nem a igreja nem os concílios eclesiásticos jamais


concederam canonicidade ou autoridade a qualquer livro; o livro era
autêntico ou não no momento em que foi escrito.

A Igreja ou seus concílios reconheceram certos livros como Palavra de


Deus e, com o passar do tempo, aqueles assim reconhecidos foram
colecionados para formar o que hoje chamamos Bíblia.
Que testes a Igreja aplicou?

(1) Havia o teste da autoridade do escritor

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Em relação ao Antigo Testamento, isto significava a autoridade do


legislador, ou do profeta, ou do líder em Israel.

No caso do Novo Testamento, o livro deveria ter sido escrito ou


influenciado por um apóstolo para ser reconhecido.

Em outras palavras, deveria ter a assinatura ou a aprovação de um


apóstolo. Pedro, por exemplo, apoiou a Marcos, a Paulo e a Lucas.

(2) Os próprios livros deveriam dar alguma prova intrínseca de


seu caráter peculiar, inspirado e autorizado por Deus.

Seu conteúdo deveria demonstrar-se ao leitor como algo diferente de


qualquer outro livro, por comunicar a revelação de Deus.

(3) O veredicto das igrejas quanto à natureza canônica dos livros


era importante.

Na verdade, houve uma surpreendente unanimidade entre as primeiras


igrejas quanto aos livros que mereciam lugar entre os inspirados.

Embora seja fato que alguns livros bíblicos tenham sido recusados ou
questionados por uma minoria, nenhum livro cuja autenticidade foi
questionada por um número grande de igrejas veio a ser aceito
posteriormente como parte do cânon.

2. A Formação do Cânon

O cânon da Escritura estava-se formando, é claro, à medida que cada


livro era escrito, e completou-se quando o último livro foi terminado.

Quando falamos da "formação" do cânon estamos realmente falando do


reconhecimento dos livros canônicos pela Igreja. Esse processo levou
algum tempo.

Alguns afirmam que todos os livros do Antigo Testamento já haviam


sido colecionados e reconhecidos por Esdras, no quinto século a.C.
Referências nos escritos de Flavio Josefo (95 d.C.) indicam a
extensão do cânon do Antigo Testamento como os 39 livros que
hoje aceitamos.

A discussão do chamado Sínodo de Jamnia (70-100 d.C.) parece ter


partido desse cânon.

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Nosso Senhor delimitou a extensão dos livros canônicos do Antigo


Testamento quando acusou os escribas de serem culpados da morte de
todos os profetas que Deus enviara a Israel, de Abel a Zacarias (Lc
11:51).

O relato da morte de Abel está, é claro, em Gênesis; o de Zacarias se


acha em 2 Crônicas 24:20-21, que é o último livro na disposição da
Bíblia hebraica (em lugar do nosso Malaquias).

Para nós, é como se Jesus tivesse dito: "Sua culpa está registrada em
toda a Bíblia - de Gênesis a Malaquias'".

Ele não incluiu qualquer dos livros apócrifos que já existiam em Seu
tempo a que continham relatos das mortes de outros mártires israelitas.

O primeiro concílio eclesiástico a reconhecer todos os 27 livros


do Novo Testamento foi o Concílio de Cartago, em 397 A.D.

Alguns livros do Novo Testamento, individualmente, já haviam sido


reconhecidos como canônicos muito antes disso (2 Pe 3:16; 1 Tm 5:18),
e a maioria deles foi aceita como canônica no século posterior ao dos
apóstolos (Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João 3 João e Judas foram
debatidos por algum tempo).

A seleção do cânon foi um processo que continuou até que cada livro
provasse o seu valor, passando pelos testes de canonicidade.

Os doze livros apócrifos do Antigo Testamento jamais foram aceitos


pelos judeus ou por nosso Senhor no mesmo nível de autoridade dos
livros canônicos. Eles eram respeitados, mas não foram considerados
como Escritura.

A Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento produzida entre o


terceiro e o segundo séculos a.C.) incluiu os apócrifos como Antigo
Testamento canônico.

Jerônimo (340-420 a.D.), ao traduzir a Vulgata, distinguiu entre os


livros canônicos e os eclesiásticos (que eram os apócrifos), e essa
distinção acabou por conceder-lhes uma condição de canonicidade
secundária.

O Concílio de Trento (1548 a.D.) reconheceu-os como canônicos,


embora os Reformadores tenham rejeitado tal decreto. Em algumas

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versões protestantes dos séculos XVI a XVII, os apócrifos foram


colocados à parte.

3. Livros Apócrifos

Na realidade, os sentidos da palavra "apocrypha" refletem o problema


que se manifesta nas duas concepções de sua canonicidade. No grego
clássico, a palavra apocrypha significava "oculto" ou "difícil de
entender".

Posteriormente, tomou o sentido de "esotérico" ou algo que só os


iniciados podem entender; não os de fora. Na época de Irineu e de
Jerônimo (séculos III e IV), o termo "apocrypha" veio a ser aplicado aos
livros não-canônicos do Antigo Testamento, mesmo aos que foram
classificados previamente como "pseudo-epígrafos".

Desde a era da Reforma, essa palavra tem sido usada para denotar os
escritos judaicos não-canônicos originários do período
intertestamentário. A questão diante de nós é a seguinte: verificar se os
livros eram escondidos a fim de serem preservados, porque sua
mensagem era profunda e espiritual ou porque eram espúrios e de
confiabilidade duvidosa.

Há quinze livros chamados apócrifos (catorze se a Epístola de Jeremias


se unir a Baruque, como ocorre nas versões católicas de Douai). Esses
livros preenchem a lacuna existente entre Malaquias e Mateus, no
tempo conhecido “Período Interbíblico”, com cerca de 400 anos de
silêncio profético até a vinda do último profeta do A.T., João Batista.

Livros Apócrifos inseridos na LXX - Septuaginta (versão do A.T.


em grego), e adotados pela igreja católica na Vulgata (versão do
A.T. em Latim)

1 - 3º. Esdras
2 - 4º. Esdras
3 - Oração de Azarias
4 - Tobias
5 - Adições a Ester
6 - Sabedoria de Salomão
7 - Eclesiástico (ou Sabedoria de Jesus, filho de Siraque)
8 – Baruque
9 - Carta de Jeremias
10 – Os acréscimos no Livro de Daniel
11 - Oração de Manassés

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12 - I Macabeus
13 - II Macabeus
14 - Judite
15 – Epístola de Jeremias (unido a Baruque)

Diferenças entre as Bíblias Hebraicas, Protestantes e Católicas


a. Bíblia Hebraica - a Bíblia dos judeus
a) Contém somente os 39 livros do A.T.
b) Rejeita os 27 do N.T. como inspirados, assim como rejeitou Cristo.
c) Não aceita os livros apócrifos incluídos na Bíblia Católica (baseada
na Vulgata)
b. Bíblia Protestante
a) Aceita os 39 livros do A.T. e também os 27 do N.T.
b) Rejeita, como não canônicos, os livros apócrifos incluídos na Bíblia
Católica (baseada na Vulgata)

c. Bíblia Católica
a) Contém os 39 livros do A.T. e os 27 do N.T.
b) Inclui na versão Vulgata, os livros apócrifos ou não canônicos que
são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, 1º e 2º de
Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de
Ester e dois capítulos de Daniel.

Porque os Apócrifos foram aprovados pela Igreja Católica


A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 8 de Abril de 1546 como meio
de combater a Reforma protestante (Contra-Reforma). Nessa época os
protestantes combatiam violentamente as doutrinas católicas do
purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras, etc.

Os romanistas viam nos apócrifos base para tais doutrinas, e apelaram


para eles aprovando-os como canônicos.

4. O Texto de que dispomos hoje é confiável?

Os manuscritos originais do Antigo Testamento e suas primeiras cópias


foram escritos em pergaminho ou papiro, desde o tempo de Moisés
(1450 a.C) até o tempo de Malaquias (400 d.C).

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expressa do autor Pr. Anor Afonso Serio [2006]…Pág. 11 de 40
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Até a sensacional descoberta dos Rolos do Mar Morto em 1947, não


possuíamos cópias do Antigo Testamento anteriores a 895 d.C.

A razão de isso acontecer era a veneração quase supersticiosa que os


judeus tinham pelo texto, é o que os levava a enterrar as cópias, à
medida que ficavam gastas demais para uso regular.

Na verdade, os massoretas (tradicionalistas), que acrescentaram os


acentos e transcreveram a vocalização entre 600 a 950 d.C.,
padronizando em geral o texto do Antigo Testamento, engendraram
maneiras sutis de preservar a exatidão das cópias que faziam.

Verificavam cada cópia cuidadosamente, contando o número de letras


cada página, livro e divisão. Alguém já disse que qualquer coisa
numerável era numerada. O alfabeto hebraico possibilita isto porque
cada letra do alfabeto é representada também por um número.

Quando os Rolos do Mar Morto ou Manuscritos do Mar Morto foram


descobertos, trouxeram a lume um texto hebraico datado do século 2
a.C. contendo todos os livros do Antigo Testamento, à exceção de Ester.

Essa descoberta foi extremamente importante, pois forneceu um


instrumento muito mais antigo para verificarmos a exatidão do Texto
Massorético, que se provou extremamente exato.

Outros instrumentos antigos de verificação do texto hebraico incluem a


Septuaginta (tradução grega preparada em meados do século 3 a.C.),
os targuns aramaicos (paráfrases e citações do Antigo Testamento),
citações em autores cristãos da antiguidade, e a tradução latina de
Jerônimo (a Vulgata Latina, 400 d.C.), feita diretamente do texto
hebraico corrente em sua época.

Todas essas fontes nos oferecem dados que asseguram um texto


extremamente exato do Antigo Testamento.
Mais de 5.000 manuscritos do Novo Testamento existem ainda hoje, o
que o torna o mais bem documentado dos escritos antigos. O contraste
é surpreendente.

Além de existirem muitas cópias do Novo Testamento, muitas delas


pertencem a uma data bem próxima à dos originais.

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Há aproximadamente setenta e cinco fragmentos de papiros datados


desde 135 d.C. até século 8 d.C, possuindo partes de 25 dos 27 livros,
num total de 40% do texto.

As muitas centenas de cópias feitas em pergaminho incluem o grande


Códice Sinaítico (século 4 d.C), o Códice Vaticano (também do século 4
d.C) e o Códice Alexandrino (século 5 d.C).

Além disso, há cerca de 2.000 lecionárìos (livretos de uso litúrgico que


contêm porções das Escrituras), mais de 86.000 citações do Novo
Testamento nos escritos dos Pais da Igreja, antigas traduções latina
(Ítala), siríaca e egípcia (Copta), datadas do século 3 d.C, e a versão
latina de Jerônimo.

Todos esses dados, mais o trabalho feito pelos estudiosos da


paleografia, arqueologia e crítica textual, asseguram-nos possuirmos
um texto exato e fidedigno do Novo Testamento.

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V – ALGUNS MOTIVOS DA REFORMA PROTESTANTE... A Biblía

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VI . ILUMINAÇÃO

a) Definição:

Entendimento espiritual concedido pelo Espírito Santo ao homem, para


assimilar a verdade revelada. (Jo 14:16, 17, 25, 26).

Diferença entre Iluminação, Revelação e Inspiração

Revelação = Processo de Deus manifestar a Si próprio (sua mensagem


e vontade) a mensageiros humanos.

Inspiração = É a unção do Espírito Santo, infundindo poder ao homem


na entrega da mensagem de Jesus.

b) Em Relação aos Não-Salvos

1. Sua necessidade (1 Co 2:14; 2 Co 4:4).


2. O ministério de convencimento do Espírito (Jo 16:7-11).

c) Em Relação ao Crente

1. Sua necessidade (1 Co 2:10-12; 3:2).


2. O ministério de ensino do Espírito (Jo 16:13-15).

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VII. INTERPRETAÇÃO

a) Definição:

O principal objetivo da hermenêutica bíblica é o de descobrir a intenção


original do autor bíblico.

No caso dos textos da Bíblia o leitor não tem acesso direto ao autor
original.

Por isso é necessário aplicar princípios da hermenêutica (a ciência da


interpretação) ao texto bíblico.

b) Princípios de Interpretação bíblica1

1. A Regra Fundamental

A Escritura é explicada pela Escritura. A Bíblia interpreta a própria


Bíblia.

2. Primeira Regra

Enquanto for possível, é necessário tomar as palavras no seu sentido


usual e ordinário.

3. Segunda Regra

É absolutamente necessário tomar as palavras no sentido que indica o


conjunto da frase.

Esta regra tem importância especial quando se trata de determinar se


as palavras devem ser tomadas em sentido literal ou figurado.

Para não incorrer em erros, convém, também, deixar-se guiar pelo


pensamento do escritor, e tomar as palavras no sentido que o conjunto
do versículo indica.

4. Terceira Regra

1
Indicação: Livro “Entendes o Que Lês?” Fee e Stuart - Edições Vida Nova

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expressa do autor Pr. Anor Afonso Serio [2006]…Pág. 16 de 40
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É necessário tomar as palavras no sentido que indica o contexto, isto é,


os versos que precedem e seguem o texto que se estuda.

5. Quarta Regra

É preciso tomar em consideração o objetivo do livro ou passagem


em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras.

6. Quinta Regra

É indispensável consultar as passagens paralelas explicando as


coisas espirituais pelas espirituais (I Co 2:13).

7. Sexta Regra

Um texto não pode significar aquilo que nunca poderia ter significado
para seu autor ou seus leitores.

8. Sétima Regra

Sempre quando compartilhamos de circunstâncias comparáveis (isto


é, situações de vida específicas semelhantes) com o período quando
foi escrita, a Palavra de Deus para nós é a mesma que Sua Palavra
para eles.

c) Exegese

É o estudo cuidadoso e sistemático da Escritura para descobrir o


significado original que foi pretendido.
É a tentativa de “escutar” a Palavra conforme os destinatários originais
devem tê-la ouvido; descobrir qual era a intenção original das palavras
da Bíblia.
1. Contexto histórico: a época e a cultura do autor e dos seus
leitores: fatores geográficos, topográficos e políticos, a ocasião da
produção do livro. A questão mais importante do contexto
histórico tem a ver com a ocasião e o propósito de cada livro.
2. Contexto literário: as palavras somente fazem sentido dentro das
frases, e estas em relação às frases anteriores e posteriores.
Devemos procurar descobrir a linha de pensamento do autor. O que o
autor está dizendo e por que o diz exatamente aqui?

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expressa do autor Pr. Anor Afonso Serio [2006]…Pág. 17 de 40
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VIII. DIVISÕES GERAIS DA BÍBLIA

1. Antigo Testamento

a. Pentateuco – de Gênesis a Deuteronômio

b. Livros Históricos - de Josué a Ester

c. Livros Poéticos (Sabedoria)- de Jó a Cantares de Salomão

d. Livros Proféticos - de Isaias a Malaquias.

 Dividem-se em: 2
 Profetas Maiores (Isaias a Lamentações de Jeremias);
 Profetas Menores (Oséias a Malaquias)

2. Novo Testamento

a. Evangelhos - de Mateus a João.

b. História da Igreja - Atos dos Apóstolos

c. Epístolas Paulinas – de Romanos a Filemon

d. Epístolas Gerais – de Hebreus a Judas

e. Profecia - Apocalipse

2
Classificação dada não pela menor ou maior importância da profecia, mas pelo
tamanho do livro.

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expressa do autor Pr. Anor Afonso Serio [2006]…Pág. 18 de 40
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IX. ALIANÇAS BÍBLICAS

a) Definição:

Aliança, Concerto ou Pacto. Era um contrato, ou convenção que


solenemente se realizava entre homem e homem, ou entre homem e
Deus. Exemplos do primeiro caso ocorrem em Gn 21:27, e 31:44, 45; Js
9:6 a 15.

O concerto entre Deus e o homem de tal modo predomina nas Escrituras


que definitivamente se deu ao Cânon já completo os títulos do Antigo
Testamento (isto é, a antiga aliança), e Novo Testamento.

A palavra "aliança" é usada, primeiramente, falando-se das promessas


de Deus a Noé (Gn 6:18;9:9 a 16), e por isso algumas listas das
alianças bíblicas citam que são 6 e não 8, não aceitando as alianças do
Éden ou da Inocência e a Adâmica.

Porém o fato característico dum pacto entre Deus e o Seu povo


escolhido, Israel, principia em Abraão, com as promessas feitas a este
nos caps. 12 a 15 do Gênesis, ratificadas por solene concerto ritual,
sempre repetidas e ampliadas (Gn 17:19 e 22:16). Da parte de Abraão
se manifestava a fé (15:6) e a obediência (17:1,9 e 22:16).

b) Lista das Alianças Bíblicas:

1) Edênica (Éden) ou da Inocência (Gn 2:15-17): Condiciona a vida


do homem na inocência.
2) Adâmica (Gn 3:15): Condiciona a vida do homem caído e dá
promessa de um Redentor.
3) Noética (Gn 8:20-22): Estabelece o princípio do governo humano.
4) Abraâmica (Gn 12:1-3): Inaugura a nação de Israel e confirma,
com acréscimos específicos (... todas as famílias da terra), a promessa
adâmica da redenção.
5) Mosaica (Ex 19:5-6 - 40:38): A desobediência condena todos os
homens, "pois todos pecaram" (Rm 3:23, 5:12).
6) Palestiniana (Dt 30:1-3): Garante a restauração final e conversão
de Israel.
7) Davídica (2 Sm 7:16): Estabelece a perpetuidade da família davídica
(cumprida em Cristo, Mt 1:1; Lc 1:31-33; Rm 1:3), e do reino davídico
sobre Israel e sobre a terra, a ser cumprida em e por Cristo (II Sm 7:8-
17; Zc 12:8; Lc 1:31-33; At 15:14-17; I Co 15:24).

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8) Nova Aliança (Jr 31:31-34 x Hb 8:8; Mt 26:28): Repousa sobre o


sacrifício de Cristo e garante a bênção eterna, sob a Aliança Abraâmica
(Gl 3.13-29), de todo aquele que crê.

É absolutamente incondicional e, considerando que nenhuma


responsabilidade é por ela consignada ao homem, ela é final e
irreversível.

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X - Livros Apócrifos, suas heresias e Refutação

a) Do Antigo Testamento

Apocalipse de Adão
Apocalipse de Baruque
Apocalipse de Moisés
Apocalipse de Sidraque
As Três Estelas de Seth
Ascensão de Isaías
Assunção de Moisés
Caverna dos Tesouros
Epístola de Aristéas
Livro dos Jubileus
Martírio de Isaías
Oráculos Sibilinos
Prece de Manassés
Primeiro Livro de Adão e Eva
Primeiro Livro de Enoque
Primeiro Livro de Esdras
Quarto Livro dos Macabeus
Revelação de Esdras
Salmo 151
Salmos de Salomão (ou Odes de Salomão)
Segundo Livro de Adão e Eva
Segundo Livro de Enoque (ou Livro dos Segredos de Enoque)
Segundo Livro de Esdras (ou Quarto Livro de Esdras)
Segundo Tratado do Grande Seth
Terceiro Livro dos Macabeus
Testamento de Abraão
Testamento dos Doze Patriarcas
Vida de Adão e Eva

b) Do Novo Testamento

Apocalipse da Virgem
Apocalipse de João, o Teólogo
Apocalipse de Paulo
Apocalipse de Pedro
Apocalipse de Tomé
Atos de André
Atos de André e Mateus
Atos de Barnabé

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Atos de Filipe
Atos de João
Atos de João, o Teólogo
Atos de Paulo
Atos de Paulo e Tecla
Atos de Pedro
Atos de Pedro e André
Atos de Pedro e Paulo
Atos de Pedro e os Doze Apóstolos
Atos de Tadeu
Atos de Tomé
Consumação de Tomé
Correspondência entre Paulo e Sêneca
Declaração de José de Arimatéia
Descida de Cristo ao Inferno
Discurso de Domingo
Ditos de Jesus ao rei Abgaro
Ensinamentos de Silvano
Ensinamentos do Apóstolo Tadeu
Ensinamentos dos Apóstolos
Epístola aos Laodicenses
Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos
Epístola de Jesus ao rei Abgaro (2a versão)
Epístola de Pedro a Filipe
Epístola de Pôncio Pilatos a Herodes
Epístola de Pôncio Pilatos ao Imperador
Epístola de Tibério a Pôncio Pilatos
Epístola do rei Abgaro a Jesus
Epístola dos Apóstolos
Eugnostos, o Bem-Aventurado
Evangelho Apócrifo de João
Evangelho Apócrifo de Tiago
Evangelho Árabe de Infância
Evangelho Armênio de Infância (fragmentos)
Evangelho da Verdade
Evangelho de Bartolomeu
Evangelho de Filipe
Evangelho de Marcião
Evangelho de Maria Madalena (ou Evangelho de Maria de Betânia)
Evangelho de Matias (ou Tradições de Matias)
Evangelho de Nicodemos (ou Atos de Pilatos)
Evangelho de Pedro
Evangelho de Tomé, o Gêmeo (Dídimo)
Evangelho do Pseudo-Mateus

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Evangelho do Pseudo-Tomé
Evangelho dos Ebionitas (ou Evangelho dos Doze Apóstolos)
Evangelho dos Egípcios
Evangelho dos Hebreus
Evangelho Secreto de Marcos
Exegese sobre a Alma
Exposições Valentinianas
- Fragmentos Evangélicos Conservados em Papiros - Fragmentos
Evangélicos de Textos Coptas (a igreja cristã mais antiga, no Egito)

História de José o Carpinteiro


Infância do Salvador
Julgamento de Pôncio Pilatos
Livro de João, o Teólogo, sobre a Assunção da Virgem Maria
Martírio de André
Martírio de Bartolomeu
Martírio de Mateus
Morte de Pôncio Pilatos
Natividade de Maria
O Pensamento de Norea
O Testemunho da Verdade
O Trovão, Mente Perfeita
Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria
"Pistris Sophia" (fragmentos)
Prece de Ação de Graças
Prece do Apóstolo Paulo
Primeiro Apocalipse de Tiago
Proto-Evangelho de Tiago
Retrato de Jesus
Retrato do Salvador
Revelação de Estevão
Revelação de Paulo
Revelação de Pedro
Sabedoria de Jesus Cristo
Segundo Apocalipse de Tiago
Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus
Sobre a Origem do Mundo
Testemunho sobre o Oitavo e o Nono
Tratado sobre a Ressurreição
Vingança do Salvador
Visão de Paulo

- Escritos de Qumran (cavernas próximas ao Mar Morto)

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A Nova Jerusalém (5Q15)


A Sedutora (4Q184)
Antologia Messiânica (4Q175)
Bênção de Jacó (4QPBl)
Bênçãos (1QSb)
Cânticos do Sábio (4Q510-4Q511)
Cânticos para o Holocausto do Sábado (4Q400-4Q407/11Q5-11Q6)
Comentários sobre a Lei (4Q159/4Q513-4Q514)
Comentários sobre Habacuque (1QpHab)
Comentários sobre Isaías (4Q161-4Q164)
Comentários sobre Miquéias (1Q14)
Comentários sobre Naum (4Q169)
Comentários sobre Oséias (4Q166-4Q167)
Comentários sobre Salmos (4Q171/4Q173)
Consolações (4Q176)
Eras da Criação (4Q180)
Escritos do Pseudo-Daniel (4QpsDan/4Q246)
Exortação para Busca da Sabedoria (4Q185)
Gênese Apócrifo (1QapGen)
Hinos de Ação de Graças (1QH)
Horóscopos (4Q186/4QMessAr)
Lamentações (4Q179/4Q501)
Maldições de Satanás e seus Partidários (4Q286-4Q287/4Q280-4Q282)
Melquisedeque, o Príncipe Celeste (11QMelq)
O Triunfo da Retidão (1Q27)
Oração Litúrgica (1Q34/1Q34bis)
Orações Diárias (4Q503)
Orações para as Festividades (4Q507-4Q509)
Os Iníquos e os Santos (4Q181)
Os Últimos Dias (4Q174)
Palavras das Luzes Celestes (4Q504)
Palavras de Moisés (1Q22)
Pergaminho de Cobre (3Q15)
Pergaminho do Templo (11QT)
Prece de Nabonidus (4QprNab)
Preceito da Guerra (1QM/4QM)
Preceito de Damasco (CD)
Preceito do Messianismo (1QSa)
Regra da Comunidade (1QS)
Rito de Purificação (4Q512)
Salmos Apócrifos (11QPsa)
Samuel Apócrifo (4Q160)
Testamento de Amran (4QAm)

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Outros Escritos

História do Sábio Ahicar


Livro do Pseudo-Filon
Evangelho de Judas

As Heresias dos Apócrifos do A.T.

Uma das grandes razões, talvez a principal delas, porque nós


evangélicos rejeitamos os Apócrifos, é devida à grande quantidade de
heresias que tais livros apresentam.

Além disso, existem também lendas absurdas e fictícias e graves erros


históricos e geográficos, o que faz os Apócrifos serem desqualificados
como palavra de Deus. A seguir daremos um resumo de cada livro e
logo a seguir mostraremos seus graves erros.

Resumo das heresias:

Tobias - (200 a.C.) - É uma história novelística sobre a bondade de


Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael.
Heresias:
· justificação pelas obras - 4:7-11; 12:8
· mediação dos Santos - 12:12
· superstições - 6:5, 7-9, 19
· um anjo engana Tobias e o ensina a mentir 5:16 a 19

Judite - (150 a.C.) É a história de uma heroína viúva e formosa que


salva sua cidade enganando um general inimigo e decapitando-o.
Heresia:
É a própria história, onde os fins justificam os meios.

Baruque - (100 a.C.) - Apresenta-se como sendo escrito por Baruque,


o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da
destruição de Jerusalém. Porém, é de data muito posterior, quando da
segunda destruição de Jerusalém, no pós-Cristo.
Heresia:
Traz, entre outras coisas, a intercessão pelos mortos - 3:4.

Eclesiástico - (180 a.C.) - É muito semelhante ao livro de Provérbios,


porém contendo:
Heresias:
· justificação pelas obras - 3:33,34
· trato cruel aos escravos - 33:26 e 30; 42:1 e 5

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· incentiva o ódio aos Samaritanos - 50:27 e 28

Sabedoria de Salomão - (40 a.C.) - Livro escrito com finalidade


exclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo
(filosofia grega na era Cristã).
Heresias:
· o corpo como prisão da alma - 9:15
· doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma 8:19 e 20
· salvação pela sabedoria - 9:19

I Macabeus - (100 a.C.) - Descreve a história de 3 irmãos da família


"Macabeus", que no chamado período Interbíblico (400 a.C. 3 a.D),
lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e
terra.

II Macabeus - (100 a.C.) - Não é a continuação do I Macabeus, mas


um relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu.
Heresias:
· a oração pelos mortos - 12:44 - 46
· culto e missa pelos mortos - 12:43
· o próprio autor não se julga inspirado -15:38-40; 2:25-27
· intercessão pelos Santos - 7:28 e 15:14

Adições Ao Livro De Daniel:


Capítulo 13 - A história de Suzana - segundo esta lenda Daniel salva
Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.
Capítulo 14 - Bel e o Dragão - Contém histórias sobre a necessidade
da idolatria.
Capítulo 3:24-90 - O cântico dos 3 jovens na fornalha.

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Outras Lendas, Erros e Heresias dos Apócrifos

1. Histórias fictícias, lendárias e absurdas

Tobias 6.1-4 - "Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiu, e parou na


primeira pousada junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu
da água um peixe monstruoso para o devorar. À sua vista, Tobias,
espavorido, clamou em alta voz, dizendo: Senhor, ele lançou-se a mim.
E o anjo disse-lhe: Pega-lhe pelas guelras, e puxa-o para ti. Tendo
assim feito, puxou-o para terra, e começou a palpitar a seus pés”.

2. Erros Históricos e Geográficos

Os Apócrifos solapam a doutrina da inerrância porque esses


livros incluem erros históricos e de outra natureza.

Assim, se os Apócrifos são considerados parte das Escrituras,


isso identifica erros na Palavra de Deus. Esses livros contêm
erros históricos, geográficos e cronológicos, além de doutrinas
obviamente heréticas; eles até aconselham atos imorais (Judite
9.10,13). Os erros dos Apócrifos são freqüentemente apontados em
obras de autoridade reconhecida. Por exemplo:

O erudito bíblico D.L. René Paehe comenta: “Exceto no caso de


determinada informação histórica interessante (especialmente em I
Macabeus) e alguns belos pensamentos morais (p.ex. Sabedoria de
Salomão), contém certos erros históricos e geográficos, como em Tobias
como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1:15)
em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomada por Nabucodonosor e por
Assuero (14:15), em vez de Nabopalasar e por Ciáxares”.

Judite não pode ser histórico porque contém erros evidentes... Em II


Macabeus há também numerosas desordens e discrepâncias em
assuntos cronológicos, históricos e numéricos, os quais refletem
ignorância ou confusão.

3. Ensinam Artes Mágicas ou de Feitiçaria como método de


exorcismo

Tobias 6.5-9 - "Então disse o anjo: Tira as entranhas a esse peixe, e


guarda, porque estas coisas te serão úteis. Feito isto, assou Tobias parte
de sua carne, e levaram-na consigo para o caminho; salgaram o resto,
para que lhes bastassem até que chegassem a Ragés, cidade dos

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Medos. Então Tobias perguntou ao anjo e disse-lhe: Irmão Azarias,


suplico-lhe que me digas de que remédio servirão estas partes do peixe,
que tu me mandaste guardar: E o anjo, respondendo, disse-lhe: Se tu
puseres um pedacinho do seu coração sobre brasas acesas, o seu fumo
afugentará toda a casta de demônios, tanto do homem como da mulher,
de sorte que não torna mais a chegar a eles. E o fel é bom para untar os
olhos que têm algumas névoas, e sararão"
Refutação: Este ensino que o coração de um peixe tem o poder para
expulsar toda espécie de demônios contradiz tudo o que a Bíblia diz
sobre como enfrentar o demônio. Deus jamais iria mandar um anjo seu
ensinar a um servo seu como usar os métodos da macumba e da
bruxaria para expulsar demônios. Satanás não pode ser expelido pelos
métodos enganosos da feitiçaria e bruxaria, e de fato ele não tem
interesse nenhum em expelir demônios (Mt 12.26). Um dos sinais
apostólicos era a expulsão de demônios, e a única coisa que tiveram de
usar foi o nome de Jesus (Mc 16.17; At 16.18)

4. Ensinam que esmolas e boas obras limpam os pecados e


salvam a alma

Tobias 12.8, 9 - "É boa a oração acompanhada do jejum, dar esmola


vale mais do que juntar tesouros de ouro; porque a esmola livra da
morte (eterna), e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a
misericórdia e a vida eterna".
Eclesiástico 3.33 - "A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos
pecados"

Refutação: Este é o primeiro ensino de Satanás, o mais terrível, e se


encontra basicamente em todas a seitas heréticas. A salvação por obras
destrói todo o valor da obra vicária de Cristo em favor do pecador. Se
caridade e boas obras limpam nossos pecados, nós não precisamos do
sangue de Cristo. Porém, a Bíblia não deixa dúvidas quanto ao valor
exclusivo do sangue como um único meio de remissão e perdão de
pecados:
- Hb 9:11, 12, 22 - "Mas Cristo... por seu próprio sangue, entrou uma
vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção
...sem derramamento de sangue não há remissão."
- I Pe 1:18, 19 - "sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como
prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que
por tradição recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue,
como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo,"

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Além disso, contradiz a Bíblia toda. Ela declara que somente pela graça
de Deus e o sangue de Cristo o homem pode alcançar justificação e
completa redenção:
- Romanos 3.20, 24, 24 e 29 - "Ninguém será justificado diante dele
pelas obras da lei.. sendo justificados gratuitamente por sua graça,
mediante a redenção que há em Cristo Jesus. A quem Deus propôs no
seu sangue.... Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé,
independentemente das obras da lei".

5. Ensinam o Perdão dos pecados através das orações


Eclesiástico 3.4 - "O que ama a Deus implorará o perdão dos seus
pecados, e se absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua
oração de todos os dias".

Refutação: O perdão dos pecados não está baseado na oração que se


faz pedindo o perdão, não é fé na oração, e sim fé naquele que perdoa o
pecado. A oração, por si só, é uma boa obra que a ninguém pode salvar.
Somente a oração de confissão e arrependimento baseadas na fé no
sacrifício vicário de Cristo traz o perdão (Pv. 28.13; I Jo 1.9; I Jo 2.1,2)

6. Ensinam a oração pelos mortos

2 Macabeus 12:43-46 - "e tendo feito uma coleta, mandou 12 mil


dracmas de prata a Jerusalém, para serem oferecidas em sacrifícios
pelos pecados dos mortos, sentindo bem e religiosamente a
ressurreição, (porque, se ele não esperasse que os que tinham sido
mortos, haviam um dia de ressuscitar, teria por uma coisa supérflua e
vã orar pelos defuntos); e porque ele considerava que aos que tinham
falecido na piedade estava reservada uma grandíssima misericórdia. É,
pois, um santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam
livres dos seus pecados".

Refutação: É neste texto falso, de um livro não canônico, que contradiz


toda a Bíblia, que a Igreja Católica Romana baseia sua falsa e
herege doutrina do purgatório.
Este é novamente um ensino Satânico para desviar o homem da
redenção exclusiva pelo sangue de Cristo, e não por orações que livram
as almas do fogo de um lugar inventado pela mente doentia e apostata
dos teólogos católicos romanos.
Após a morte o destino de todos os homens é selado, uns para perdição
eterna e outros para a Salvação eterna - não existe meio de mudar o
destino de alguém após a sua morte. Veja Mt. 7:13,13; Lc 16.26.

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7. Ensinam a existência de um Lugar chamado PURGATÓRIO

Este é o ensino herético e satânico inventado pela Igreja Católica


Romana, de que o homem, mesmo morrendo perdido, pode ter uma
segunda chance de salvação.
Sabedoria 3.1-4 - "As almas dos justos estão na mão de Deus, e não os
tocará o tormento da morte. Pareceu aos olhos dos insensatos que
morriam; e a sua saída deste mundo foi considerada como uma aflição,
e a sua separação de nós como um extermínio; mas eles estão em paz
(no céu). E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua
esperança está cheia de imortalidade".

Refutação: A Igreja Católica baseia a doutrina do purgatório na ultima


parte deste texto, onde diz: " E, se eles sofreram tormentos diante dos
homens, a sua esperança está cheia de imortalidade".
- Eles ensinam que o tormento em que o justo está, é o purgatório que
o purifica para entrar na imortalidade.
- Isto é uma deturpação do próprio texto do livro apócrifo. De modo,
que a igreja Católica é capaz de qualquer desonestidade textual, para
manter suas heresias.
- Até porque, ganha muito dinheiro com as indulgências e missas
rezadas pelos mortos.
Leia atentamente os seguintes textos das Escrituras, que mostram a
impossibilidade do purgatório: I Jo 1.7; Hb 9.22; Lc 23.40-43; I6:
19-31; I Co 15:55-58; I Ts 4:12-17; Ap 14:13; Ec 12:7; Fp 1:23; Sl
49:7-8; II Tm 2:11-13; At 10:43)

8. Nos livros Apócrifos os anjos mentem

Tobias 5.15-19 - "E o anjo disse-lhe: Eu o conduzirei e to reconduzirei.


Tobias respondeu: Peço-te que me digas de que família e de que tribo
és tu? O anjo Rafael disse-lhe: Procuras saber a família do mercenário,
ou o mesmo mercenário que vá com teu filho? Mas para que te não
ponhas em cuidados,, eu sou Azarias, filho do grande Ananias. E Tobias
respondeu-lhe: Tu és de uma ilustre família. Mas peço-te que te não
ofendas por eu desejar conhecer a tua geração.

Refutação: Um anjo de Deus não poderia mentir sobre a sua


identidade, sem violar a própria lei santa de Deus. Todos os anjos de
Deus foram verdadeiros quando lhes foi perguntada a sua identidade.
Veja Lc 1.19.

9. Mulher que jejuava todos os dias de sua vida

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Judite 8:5,6 - "e no andar superior de sua casa tinha feito para si um
quarto retirado, no qual se conservava recolhida com as suas criadas, e,
trazendo um cilício sobre os seus rins, jejuava todos os dias de sua vida,
exceto nos sábados, e nas neomênias, nas festas da casa de Israel"

Refutação: Este texto legendário tem sido usado pela igreja romana
relacionado com a canonização dos "santos" que impuseram sobre si
rigorosa rotina de jejum, principalmente os ermitões que viviam no
deserto. Em nenhuma parte da Bíblia jejuar todos os dias da vida é sinal
de santidade. Cristo jejuou 40 dias e 40 noites e depois não jejuou
mais.

O livro de Judite é claramente uma produção humana, uma lenda


inspirada pelo Diabo, para escravizar os homens aos ensinos da igreja
Católica Romana.

10. Ensinam atitudes anticristãs, como: vingança, crueldade e


egoísmo

a) Vingança - Judite 9:2


b) Crueldade e Egoísmo - Eclesiástico 12:6
c) Contraria o que a Bíblia diz sobre:
- Vingança (Rm 12.19, 17)
- Crueldade e Egoísmo ( Pv. 25:21,22; Rm 12:20; Jo 6:5; Mt 6:44-48)

A igreja Católica tenta defender a IMACULADA CONCEIÇÃO baseando-se


em uma deturpação dos apócrifos (Sabedoria 8:9,20).

Refutação: Mc 6:3; Lc. 1.30-35; Sl 51:5; Rm 3:23)

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XII. Manuscritos Originais da Bíblia


A história da Bíblia, como chegou até nós, é encontrada em seus
MANUSCRITOS. Manuscritos são rolos ou livros da antiga literatura,
escritos à mão. O texto da Bíblia foi preservado e transmitido mediante
os seus manuscritos. Nos tratados sobre a Bíblia, a palavra manuscrito é
sempre INDICADA PELA ABREVIATURA MS, no singular e Mss ou MSS no
plural. Há em nossos dias cerca de 4.000 manuscritos da Bíblia,
preparados entre os Séculos II e XV.

A.1 O Formato dos Manuscritos

Quanto ao formato, os manuscritos (MSS) podem ser CÓDICES ou


ROLOS. Códice é um manuscrito em formato de livro; feito de
PERGAMINHO. As folhas têm normalmente 65 centímetros de altura por
55 de largura. Este tipo de manuscrito começou a ser usado no século
II. O ROLO tanto podia ser de PAPIRO como de PERGAMINHO. Era preso
a dois cabos de madeira para facilitar o manuseio durante a leitura. Sua
extensão dependia da escrita a ser feita. Portanto, antigamente não era
fácil conduzir pessoalmente os 66 livros da Bíblia como fazemos hoje.

A.2 A Caligrafia dos Manuscritos

Há dois tipos de caligrafia ou forma gráfica nos manuscritos bíblicos, o


que os divide em UNCIAIS e Cursivos.
Cursivos UNCIAL é o manuscrito de letras
maiúsculas e sem separação entre as palavras. Cursivos é o de letras
minúsculas, tendo espaço entre as palavras.

Tal diferença na forma gráfica deu-se no Século X. PALIMPSESTO é um


manuscrito reescrito, isto é, a escrita primitiva foi raspada e novo texto
foi escrito por cima. Isso ocorria devido ao alto preço do pergaminho.
Inutilizava-se assim uma escrita para se usar o mesmo material. Os
manuscritos originais também não tinham sinais de pontuação. Estes
foram introduzidos na arte de escrever em época mais recente. É claro,
pois, que a pontuação moderna não é inspirada, e pode até dar sentido
diferente ao original.

A.3 Manuscritos Originais da Bíblia

Manuscritos originais saídos das mãos dos escritores bíblicos não há


nenhum conhecido. É provável que se houvesse algum, os homens o
adorassem mais do que ao divino Autor. Veja por exemplo a adoração
da serpente de metal pelos israelitas (2 Rs 18.4); da cruz de Cristo e da

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virgem Maria, pelos católicos romanos; e o caso de João querer adorar o


mensageiro celestial (Ap 22.8,9):

A falta de manuscritos originais provém do seguinte:

1) O costume dos judeus de enterrar todos os manuscritos estragados


pelo uso ou qualquer outra coisa; isto para evitar mutilação ou
interpolação espúria.

2) Os reis idólatras é ímpios de ISRAEL podem ter destruído muitos


manuscritos ou ter contribuído para isso. Veja o episódio de Jeremias
36.20-26.

3) O monstro ANTÍOCO EPÍFANES, rei da Síria (175-164 a.C.) dominou


sobre a Palestina durante seu reinado. Foi extremamente cruel, sádico;
tinha prazer em aplicar torturas. Decidiu exterminar a religião judaica.
Assolou Jerusalém em 168, profanou o templo e destruiu todas as
copias que achou das Sagradas Escrituras.

4) Nos dias de DIOCLECIANO, feroz imperador romano (284-305 d.C.)


os perseguidores dos cristãos destruíram quantas cópias acharam das
Escrituras. Durante dez anos Diocleciano mandou vasculhar o império
para destruir todos os escritos sagrados. Ele chegou a julgar que tivesse
destruído tudo, pelo que mandou cunhar uma moeda comemorando tal
vitória.

A.4 Manuscritos do Antigo Testamento em Hebraico

Até a descoberta dos MANUSCRITOS DO MAR MORTO em 1947, os mais


antigos e mais importantes manuscritos do Antigo Testamento em
hebraico eram:

1) CÓDICE DOS PRIMEIROS E ÚLTIMOS PROFETAS. Está na


Sinagoga Caraíta do CAIRO. Foi escrito em Tiberíades em 895 d.C. por
MOSES BEN ASHER, erudito judeu de renome. (Caraítas são judeus que
rejeitam a doutrina ortodoxa dos rabinos e reclamam liberdade de
interpretação da Bíblia). Contém os Primeiros Profetas, segundo a
organização do Cânon hebraico do Antigo Testamento: Josué, Juízes, 1 e
2 Samuel, 1 e 2 Reis. Contém também os Últimos Profetas: Isaías,
Jeremias, Ezequiel, e os Doze.

2) CÓDICE DO PENTATEUCO. Escrito cerca de 900 d.C. Está no


MUSEU BRITÂNICO sob o número 4445. Foi escrito por Arão, um dos
filhos de Moses Ben Asher.

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3) CÓDICE PETROPOLITANO. Escrito em 916 d.C. Veio da Criméia.


Contém apenas os Últimos Profetas. Está na BIBLIOTECA DE
LENINGRADO, na Rússia (a antiga PETROGRADO, donde deriva o seu
nome)

4) CÓDICE ALEPPO. Contém todo o texto do Antigo Testamento.


Copiado por Shelomon Ben Bayaa. Seus sinais vocálicos foram
colocados por Moses Ben Asher, cerca do ano 930 d.C. Foi
contrabandeado em anos recentes da SÍRIA para ISRAEL. Será utilizado
como base da nova BÍBLIA HEBRAICA, em preparo pela Universidade
Hebraica, de Jerusalém.

5) CÓDICE 19A. Está na BIBLIOTECA DE LENINGRADO (Rússia). Faz


parte de uma série de manuscritos de Moses Ben Asher. Foi copiado no
ano 1.008 d.C., no CAIRO, por Samuel Ben Jacob. Quando a Rússia o
adquiriu, o comunismo ainda não imperava lá. Este é o mais antigo
manuscrito completo do Antigo Testamento (isto é, o mais antigo,
datado).

6) O ROLO DE ISAÍAS, MAR MORTO 1947. Nos rolos descobertos


próximos ao Mar Morto em 1947, foi encontrado um manuscrito de
Isaías, em hebraico, do ano 100 a.C., isto é, 1000 anos mais velho que
os mais antigos manuscritos até então existentes! Uma vez que o texto
de tal rolo concorda com os das nossas Bíblias atuais, temos assim uma
prova singular da autenticidade das Escrituras, considerando que esse
rolo de Isaías tem agora mais de 2.000 anos de existência.

A.5 Manuscritos do Antigo e Novo Testamento em Grego

É digno de nota que os manuscritos mais antigos da Bíblia estão em


GREGO. Tais manuscritos não são originais, são cópias. Os originais
saídos das mãos dos escritores, perderam-se. Pela ordem cronológica
vamos citar os mais antigos deles.

1) O CÓDICE VATICANO OU "B". Pertence à BIBLIOTECA DO


VATICANO. Data de 325 d.C. O Antigo Testamento é cópia da
Septuaginta. Contém os apócrifos em separado. Essa biblioteca foi
fundada em 1488, e no seu primeiro catálogo publicado em 1945
aparece esse manuscrito. É um manuscrito uncial.

2) O CÓDICE SINAÍTICO OU "ÁLEFE". Pertence ao MUSEU


BRITÂNICO. Data de 340 d.C. Foi descoberto pelo escritor cristão
TISCHENDORF, em 1844 no MOSTEIRO DE SANTA CATARINA, ao sopé
do Monte Sinai. A história de sua aquisição é muito impressionante. Foi

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o Czar da Rússia que o adquiriu em 1889. O Governo inglês comprou-o


dos russos em 1933 por 100.000 libras esterlinas, equivalentes a
aproximadamente 500.000 dólares. Um dos livros mais caros do mundo.

3) O CÓDICE ALEXANDRINO OU "A". Pertence ao MUSEU


BRITÂNICO. Data de 425 d.C. Tem este nome porque foi escrito em
ALEXANDRIA e também pertenceu à sua biblioteca. Em 1621 foi levado
à Constantinopla por CIRILO LÚCAR, patriarca da Alexandria. Em 1624
Cirilo presenteou-o ao rei Tiago I da Inglaterra, o mesmo que autorizou
a famosa versão inglesa de 1661. Em 1757 o rei Jorge II doou a
biblioteca da família real à nação e assim o famoso manuscrito chegou
ao Museu Britânico. É um manuscrito uncial.

4) O CÓDICE EFRÁEMI OU "C". Pertence ao MUSEU DO LOUVRE,


Paris. Data de 345 d.C. É um palimpsesto. Ao ser restaurada a primeira
escrita, constatou-se estarem ambos os Testamentos incompletos. O Dr.
Tischendorf publicou-o em 1845. É bilíngüe: grego e latim. É um
manuscrito uncial.

5) O CÓDICE BEZAE OU "D". Pertence à biblioteca da Universidade de


Cambridge, Inglaterra. Data do Século VI. Contém os Evangelhos, Atos
e parte das Epístolas. É do tipo uncial.

6) O CÓDICE CLAROMONTANUS OU "DZ". Pertence ao MUSEU DO


LOUVRE, Paris. Data do Século VI. Contém as epístolas paulinas.
Também é um manuscrito uncial.

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XIII. Idiomas da Bíblia


Os manuscritos mais antigos que temos da Bíblia hoje em dia, são os
que foram encontrados nas cavernas de Qumram, próximas do mar
Morto, entre 1947 e 1955.

O Antigo Testamento foi todo escrito em hebraico, exceção do livro de


Daniel onde parte dele é escrita em aramaico, língua falada na
Babilônia. O Novo Testamento foi escrito no grego popular ou "koiné".

Sempre houve um desejo de se ter a Bíblia traduzida para uma


linguagem comum, e desta forma foram feitas muitas traduções, mas
três delas têm valor especial.

A primeira, chamada SEPTUAGINTA ou VERSÃO DOS SETENTA, foi a


tradução do AT do hebraico para o grego, feita entre 280 e 130 A.C. O
rei Ptolomeu Filadelfo, do Egito, solicitou esse trabalho de 70 eruditos
hebreus, e esta versão foi muito usada nos dias dos apóstolos.

A segunda versão é a SIRÍACA PESHITO (peshito = simples),


traduzida para o idioma da Síria. É possível que tenha sido a primeira
tradução do N.T. Considera-se que foi iniciada no século III.

A terceira é a VULGATA LATINA, elaborada por Jerônimo, no final do


século IV. Desde o fim do século XVI esta tem sido a versão oficial da
igreja católica.

1. Crítica Textual

Ciência que investiga o texto original do Novo Testamento. Os Soferim e


os Massoretas realizaram este trabalho desde os tempos de Esdras (400
a.C), até o ano 950 d.C.

Soferim eram escribas versados nas leis de Deus e na tradição dos


judeus. Eles copiavam os textos das Escrituras, revisavam-nos e davam
a sua interpretação.

Os Massoretas criaram um sistema de acentos que fixavam o significado


de cada palavra, sua pronúncia, a cadência exata para a recitação nas
sinagogas, e as conexões entre as palavras.

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2. As Versões da Bíblia em Português

a. Versões Protestantes

Portugal infelizmente não teve muitos tradutores da Bíblia. O primeiro


passo para a divulgação das Escrituras em português, foi dado pela
rainha, dona Leonora, esposa de D. João II, rei de Portugal. Em 1495
mandou imprimir "A vida de Cristo", em que, por ordem e às custas da
mesma rainha, foram impressos os "Atos dos Apóstolos" e "Epístolas
Universais de São Tiago, São Pedro, São João e São Judas". Houve uma
segunda edição de "A Vida de Cristo" em 1554.

Além destas publicações por D. Leonora, apareceu em 1495 uma edição


litúrgica das Epístolas e Evangelhos traduzidos por Gonçalo Garcia.

JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA nasceu em Lisboa, no ano de 1628. Seus


pais eram católicos romanos. Aos treze anos, entre os holandeses na
Batávia, veio ele a conhecer e aceitar a fé da Igreja REFORMADA.

A sua conversão deu-se através de um folheto em espanhol, que citava


as diferenças entre a Igreja Reformada e a Romana. Começou bem
moço o seu trabalho de tradutor.

Aos 15 anos verteu do espanhol para o português um resumo dos


Evangelhos e Epístolas. Aos dezesseis anos (1644), traduziu o Novo
Testamento do Latim, consultando várias outras versões em espanhol,
italiano e francês.

Em 1656 foi ordenado ministro, e daí em diante, até sua morte em


1691, esteve ocupado em pregar o Evangelho entre as comunidades
cristãs de Java, Ceilão e na costa de Malabar. Escreveu várias obras
sobre assuntos religiosos, mas a sua obra mais importante foi a Bíblia
em português.

A primeira edição do Novo Testamento, de Almeida, foi impressa em


Amsterdã, em 1681, por ordem da ilustre Companhia das Índias
Orientais, e foi revista pelos ministros evangélicos Bartolomeu Heynen e
Joanes de Vaught.

A segunda edição do Novo Testamento, de Almeida, saiu de uma


tipografia modesta, na Batávia, dois anos depois de sua morte (1693).
Foi patrocinada também pela Companhia Holandesa das Índias
Orientais.

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Em 1705, sob a influência de Frederico IV, rei da Dinamarca, fundou-se


uma missão evangélica no sul da Índia, que estava sob seu domínio. Os
dois primeiros missionários escolhidos eram alemães. Um deles,
BARTOLOMEU ZIEGENBALG, comprometeu-se a evangelizar os que
falavam a língua portuguesa.

Disto resultou a impressão da terceira edição do Novo Testamento, de


Almeida, em Amsterdã, em 1711 / 1712. Tudo foi pago pela Sociedade
para Propagação da Fé Cristã, formada na Inglaterra. Mais tarde os
obreiros da missão trataram de traduzir as Escrituras do Velho
Testamento, na língua do povo. Em 1719, saiu a versão dos livros de
Moisés, traduzida do hebraico.

Outro obreiro, Benjamin Schultze, traduziu os Salmos em 1721. Foi a


terceira edição a ser publicada em português. Em 1713, os missionários
receberam, por meio do Conselho da Companhia das Índias, na Batávia,
os manuscritos da versão do Velho Testamento, de Gênesis até Ezequiel
48.21, feita por Almeida.

A primeira edição completa do Velho Testamento foi impressa de 1748 a


1753 em dois volumes. A tradução de Ezequiel 48.21 em diante foi obra
de Jacob Akkar, ministro da Palavra de Deus, na Batávia.

b. Versões da Igreja Romana e outras realizações

Após um século da edição completa de Almeida, apareceu em Lisboa,


em seis volumes, a versão do padre Figueiredo, do Novo Testamento.

A tradução do Antigo Testamento, de Antônio Pereira de Figueiredo, foi


publicada em 17 volumes de 1783 a 1790. A segunda edição do Antigo
Testamento foi em 1804, junto com dois volumes do Novo Testamento.

Nesta segunda edição, revista pelo mesmo autor, representou grandes


mudanças nas notas históricas que fazia. Na sua primeira edição, a
pedra fundamental da Igreja, em Mateus 16, era CRISTO; nesta
segunda edição, é PEDRO. É provável que tenha havido mudanças de
idéias ou então alguém alterou a obra.

Embora em 1842 a rainha D. Maria II houvesse aprovado a edição do


Padre Antonio Pereira de Figueiredo sobre a "Vulgata Latina", a
circulação de muitas Bíblias não agradou às autoridades da Igreja
Romana.

Era preciso fazer alguma coisa, a "santa inquisição" estava parada.


Resolveram fazer uma campanha de descrédito às Bíblias, e até mesmo

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à versão de Figueiredo, dizendo que estas eram falsas. Afirmaram que


ainda iriam aparecer as verdadeiras Escrituras.

Temos também a versão do Novo Testamento feita por D. Frei Joaquim


de Nossa Senhora de Nazaré, bispo de Coimbra, impressa no Maranhão,
em três volumes (1845). Esta obra possuía texto da Vulgata e notas de
muitos autores romanos. No início da obra os protestantes foram
atacados e as Bíblias falsificadas.

Em 1904 foram impressos, no RIO DE JANEIRO, "Os Santos Evangelhos


do Nosso Senhor Jesus Cristo", por um padre da missão. Encadernada
junto com os Evangelhos está a versão livre dos Atos dos Apóstolos,
feita em 1778, por Frei Francisco de Jesus Maria Sarmento. Parece que
a idéia de continuar as traduções foi abandonada, até que em 1923 saiu
o Novo Testamento, em dois volumes, trabalho começado pelos
Religiosos Franciscanos em 1902.

c. Realizações Recentes

As Sociedades Bíblica Britânica e Americana imprimiram numerosas


edições de Almeida e de Figueiredo nos últimos anos do século XIX.
Embora a linguagem usada por Figueiredo fosse superior à de Almeida,
estas sociedades reconheceram que a tradução de Figueiredo era pouco
satisfatória.

Em 1886 decidiram preparar uma nova tradução baseada na versão de


Figueiredo. Nomearam duas comissões, uma em Portugal e outra no
Brasil. A comissão brasileira traduziu uma parte do evangelho de Lucas
e deixou de funcionar. Então, a comissão de Portugal continuou o
trabalho até 1901, traduzindo o Novo Testamento até o fim da Epístola
de Hebreus.

Em 1902, as duas sociedades nomearam outra comissão tradutora,


desta vez composta de alguns ministros brasileiros e outros. A primeira
edição do Novo Testamento da Edição Brasileira saiu em 1910, e a Bíblia
completa, em 1917. Esta edição do Novo Testamento era muito fiel ao
original.

Foi feita sobre o texto grego editado em 1904, pelo Dr. Eberhard.
Infelizmente esta versão ainda está impressa em português muito
antigo, mas é de grande importância para estudo.

A tradução de João Ferreira de Almeida aparece no Brasil em três


formas. A primeira é a REVISTA E CORRIGIDA, a mais antiga.

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A Sociedade Bíblica do Brasil fez revisão da tradução de Almeida, e esta


é conhecida pelo nome de Edição REVISTA E ATUALIZADA.

A Imprensa Bíblica Brasileira edita uma revisão de Almeida, de acordo


com os melhores textos em hebraico e grego.

A BÍBLIA VIVA é uma paráfrase da Bíblia em linguagem moderna.

A BÍBLIA NA LINGUAGEM DE HOJE é uma tradução que visa a comunicar


a mensagem de Deus de tal maneira que todos os leitores entendam. A
linguagem é, tanto quanto possível, a que o povo fala.

Esta tradução procura ser fiel à linguagem do povo e, ao mesmo tempo,


ao sentido dos textos originais.

A Sociedade Bíblica Internacional edita a BIBLIA NVI (Nova Versão


Internacional), que utiliza um português hodierno, mas que perde em
qualidade por ser é uma versão da edição americana, e não dos
manuscritos das línguas originais.

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