Togum, veio do orun para fazer a ligação com o aiye
através do mistério do ferro. Desta forma, pode criar cidades na selva, a evolução com o desenvolvimento da tecnologia do metal. Há um estudo científico que diz que a oxidação do ferro no fundo do oceano, gerou bactérias de onde surgiram os primeiros seres no começo da evolução. Não se pode afirmar que tenha sido o ferro o gerador desse fenômeno, mas algum tipo de mineral simbolizado pelos pontos de ferro. Togum/Gum/Gu é um To-Vodum masculino guerreiro que usa um pó vermelho extraído de uma árvore que simboliza a procriação primordial para a sobrevivência e essa é uma das razões dele não gostar que, em seus assentamentos, haja ahuinhas. É dono de todos os metais, principalmente o ferro e o aço além de todos os objetos cortantes: akiriké, farim, magoge, etc. Por ser um guerreiro muito afoito, Togum não tem fronteira, entra em qualquer lugar em busca do inimigo e da vitória. Nessas investidas, Togum conta sempre com Legba, seu companheiro e amigo incansável, que o ajuda nos combates, mas que se diverte com a fúria de Togum. Ao mesmo tempo em que é gentil Togum é muito impaciente e quer tudo a tempo e à hora. Tem, em sua natureza, um sentido de competição, de vigor, de expansão e de agressividade, sempre pela sobrevivência. É muito severo com seus filhos no cumprimento de suas obrigações. Quando Togum chega, anda por todo o kwe e se encontrar alguma coisa fora do lugar, fica bravo e chama a atenção, exigindo que tudo esteja corretamente em seus lugares. Algumas vezes, ele mesmo faz tudo, colocando as coisas em ordem Togum toma para si a guarda do kwe onde mora, disputando com Legba a segurança. Em uma ahuan (guerra), Togum mostra toda a sua fúria e poder de luta. Dificilmente um kwe de Jeje perde uma ahuan, pois Togum, com todo o seu humpayme, garantem a vitória. Todos os narrunos são regidos por Togum. Na África, somente os vodunos de Togum podem oficiar o ritual de narruno. No Brasil, apenas algumas casas tradicionais seguem o modelo africano. O número três está intimamente ligado a Togum. É um número fundamental universalmente. Exprime uma ordem intelectual e espiritual, em AvieVodum, no cosmo ou no homem. Sintetiza a triunidade do ser vivo ou resulta da conjunção de um e de dois, produzindo, neste caso, a união do orun e do aiye. A cólera e a irritação de um guerreiro, no seio de uma guerra, manifestam-se através de três rugas que se formam na testa: então, ninguém ousa aproximar-se ou falar. Existem vários Voduns pertencentes à linhagem de Togum. O mais velho deles é o Vodum Guyugu que, como os demais Voduns, participou de várias batalhas, saindo-se sempre vitorioso. As cores das contas de Togum variam de acordo com o Vodum. Podem ser: azulão, azulão e branco, vermelho, verde e branco, podendo sofrer mudanças se o Vodum feito assim desejar. Suas vestimentas podem ser: branca, azul, dourada ou estampada, que é a sua preferência. Seus dias de culto são: segunda ou terça-feira, dependendo do Vodum. Sua folha predileta é o abre-caminho, sendo que existem muitas folhas para Togum. Togum é quem abre o portal para o desenvolvimento da nossa verdade.
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