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2003 • 2010
08 Prefácio
10 Introdução
A
o assumirmos o Governo do Estado do oportunidades de crescimento aos capixabas. Também trabalhamos para reanimar os correntistas. ras estrangeiras assumiram fatias importantes do
Espírito Santo, em 1º de janeiro de 2003, Para mudarmos radicalmente esse enredo, que Viabilizamos uma gestão técnica no Banco, sem mercado de intermediação financeira no País. Os
a situação do Banco do Estado do Espíri- vale tanto para o Banestes como para o restante interferências políticas ou instrumentalização. O bancos nacionais privados também cresceram mui-
to Santo (Banestes) ajudava a formar o cenário de das instituições governamentais de nosso Estado, Banestes passou a ser gerenciado com decisões au- to. Por isso, é desafiador manter-se de pé, lucrativo.
desgoverno, desordem política e desesperança en- o período entre 2003 e 2010 foi de muito trabalho, tônomas por profissionais especializados no setor. A sociedade não tem como financiar bancos públi-
tre os capixabas. constituindo uma caminhada de reconstrução po- Fazendo isso, além de garantir uma gestão profis- cos, como se fez, ao longo da história, com recursos
O Banco estava em ruínas, reunindo em si qua- lítico-institucional e de inauguração de um novo sional, focada em resultados, eliminamos qualquer que devem ser destinados prioritariamente à edu-
se todas as mazelas que foram vividas pelas insti- ciclo de nossa economia. chance de uso político do Banestes. cação, à saúde, à segurança e ao combate à pobre-
tuições capixabas nos anos próximos à virada do No caso específico do Banestes, pouco antes Também fizemos investimento em pessoal, za, entre outras áreas fundamentais aos cidadãos.
milênio. Da instrumentalização em favor de inte- de tomarmos posse, houve uma tentativa de ven- concursos, novas tecnologias, expansão e qualifi- Dessa forma, é preciso avançar no caminho tri-
resses particulares, passando pelo descalabro do da do Banco marcada por graves distorções e irre- cação do atendimento, lançamento de novos pro- lhado a partir de 2003, com investimento em qua-
tráfico de influência, até o descontrole organiza- gularidades. Com a mobilização da sociedade civil, dutos, entre outras medidas, como se verá neste lidade, eficácia e, sobretudo, na descoberta e fideli-
cional, entre outros males de um tempo em que o processo não andou. Ao tomarmos posse, como livro de prestação de contas que temos a honra de zação de nichos de mercado. Ou seja, o rumo a se-
os poderes públicos viviam sob a sombra nefasta uma primeira tentativa de resolver a questão da apresentar aos empregados do Banco e aos capi- guir está dado, testado e aprovado nesses últimos
do crime organizado e da corrupção. instituição, buscamos a federalização, por meio do xabas em geral. anos: melhorar sempre o atendimento, buscar no-
Ao encerrarmos nosso mandato à frente do Banco do Brasil, mas o Ministério da Fazenda não Nesses últimos anos, o Banestes se fortaleceu, vos clientes, além de ter claro que o Banestes per-
Governo do Estado do Espírito Santo, neste de- aceitou, alegando que o Banestes estava numa si- ganhou mais presença no dia a dia do capixaba, tence aos capixabas.
zembro de 2010, o Banestes ajuda a compor o tuação dificílima. tornou-se um novo Banco. Conquista importante Nesse sentido, a expectativa é que a história
cenário de credibilidade político-institucional, A alternativa foi a recuperação do Banco por para o presente, tendo em vista o papel que assu- iniciada em 2003 tenha ainda muitos capítulos e
confiança governamental, desenvolvimento com- nossos próprios meios, num movimento de muitos miu para o desenvolvimento capixaba, mas igual- acumule conquistas sucessivas em torno de um Ba-
partilhado e novos horizontes sustentados em desafios. Para reerguer esta instituição, que é vista mente fundamental para enfrentar os desafios de nestes forte, sólido, competitivo, em benefício das
bases concretas constituídas nos últimos oito como um patrimônio da identidade capixaba, con- um segmento da economia que, nessas últimas atuais e futuras gerações de capixabas.
anos. Resumindo: de Banco que só apresentava vocamos a sociedade, assinamos centenas de car- décadas, experimentou mudanças significativas.
dívidas e custos aos capixabas, o Banestes pas- tas enviadas ao empresariado e aos gestores públi- Houve forte processo de internacionalização, Paulo Hartung
sou a ser um banco que apresenta dividendos e cos, buscando a volta de suas operações no Banco. marcado por fusões e aquisições. Novas bandei- Governador do Estado do Espírito Santo
A
prosperidade que o Banestes alcançou vil organizada, enfim, toda a população capixaba. O Banestes avançou de forma extraordinária e, do Espírito Santo” –, consciente da necessidade
nos últimos oito anos é um dos fatos mais A volta por cima do Banestes começou no iní- hoje, exerce com plenitude os seus ideais de fomen- de disputar, ombro a ombro com grandes insti-
emblemáticos do novo ambiente admi- cio de 2003 e não demorou muito para que a ins- tador do desenvolvimento econômico e social do tuições bancárias públicas e privadas de atuação
nistrativo e econômico que se instalou no Esta- tituição passasse a retribuir, com sua exuberante Estado. Mas não apenas isso. Revelou-se uma ins- nacional, vantagens competitivas que lhe garan-
do a partir de 2003. performance, o voto de confiança dado pela popu- tituição inovadora e competitiva, destacando-se tam rentabilidade para sobreviver.
O Banco passou por um processo de reinvenção e, lação espírito-santense. também no mercado financeiro nacional. Como consta das orientações do Governo, o
tal qual a Fênix da mitologia grega, ressurgiu das cin- Para que se tenha uma real dimensão da cami- Da reestrutura organizacional promovida em Banestes deve fazer sentido para a população ca-
zas. Descreveu um caminho de sucesso, consagran- nhada percorrida entre a época das cinzas e o pa- 2003 ao pioneirismo do cartão Banescard em 2008, pixaba e demonstrar que o que é público pode e
do-se como uma instituição bancária sólida e rentável. tamar sobre o qual atualmente se move a institui- passando pelo ousado projeto de ampliação e refor- deve ser eficiente. Ao eleger tal premissa como
Em 2003, no início de seu primeiro mandato na ção, basta uma análise de seus números. ma da rede de atendimento e pelo ingresso do Ban- norte, a instituição consolidou a sua recuperação
condução dos destinos do Estado do Espírito San- A fim de ilustrar essa afirmação, citamos o Patri- co em cidades de Estados limítrofes, entre outros e descreveu uma história singular, construída sob
to, o governador Paulo Hartung assumiu o com- mônio Líquido (PL), um dos indicadores mais utili- feitos, o Banestes protagonizou muitas realizações. muitos desafios, sim, mas também salpicada de
promisso de recuperar o Banco. zados pelo mercado financeiro para dimensionar a Pela memorável história dos últimos oito anos, o superações, inovações e conquistas.
Para tal empreitada, articulou os recursos ne- grandeza de uma instituição bancária. Em dezem- Banestes está fadado a se manter em rota de cresci- Boa leitura!
cessários, envolvendo os mais diversos segmen- bro de 2002, o PL do Banestes era de R$ 56,67 mi- mento. Seguirá cumprindo a sua missão – “Garan-
tos – empregados da instituição, empresários, lhões. Em setembro de 2010, atingiu R$ 750,38 mi- tir a satisfação de clientes e acionistas, contribuin- Roberto da Cunha Penedo
prefeitos municipais, entidades da sociedade ci- lhões, um crescimento de 1.224,12%. do para o desenvolvimento sustentável do Estado Diretor-presidente do Banestes
D
a iminência da venda em 2002, em função indicadores da superação e do êxito do Banestes; tado. Essa data foi celebrada como merecia sê-lo. clam aos capítulos sobre os primórdios do Banco,
de prejuízos recorrentes, injunções políti- o apoio à cultura e ao esporte espírito-santense; a Para comemorar seus 70 anos, completados em os desafios enfrentados, sua franca recuperação a
co-administrativas e problemas gerenciais crise de 2008/2009; as negociações com o Banco 15 de outubro de 2007, o Banco instituiu algumas partir de 2003 e os avanços conquistados.
e estruturais, entre outras questões registradas pré- do Brasil; e o futuro do Banestes. ações: criou um selo, lançou um livro sobre a tra- Aproximadamente 30 mil pessoas estiveram
-gestão Paulo Hartung, ao lucro ininterrupto, ao su- O Banestes tem origem no Instituto de Crédi- jetória da instituição e ofereceu aos capixabas um presentes ao show de Lulu Santos. O evento foi
cesso da criação do Banescard e às conquistas de to Agrícola do Espírito Santo, durante o primeiro show aberto com Lulu Santos, um dos maiores íco- realizado no dia 20 de outubro de 2007, nas areias
prêmios e reconhecimentos Brasil afora, o Banes- governo do interventor João Punaro Bley. A ideia nes do pop rock brasileiro. da Praia da Costa, em Vila Velha. O público desta-
tes escreveu uma história de superação e sucesso era que a instituição pudesse se somar ao Banco Concebido pela MP Publicidade, o selo Banes- cou a organização primorosa do evento e endere-
ao longo desses últimos oito anos. do Brasil na assistência de crédito às atividades tes 70 anos foi aplicado aos produtos e serviços çou ao Banestes os melhores votos, manifestan-
Essa é uma história de superação institucional, econômicas da época, sobretudo às novas lavou- do Banco, ao lado da marca corporativa. O distin- do o carinho, o valor e a identificação que possui
no âmbito da estrutura e dos processos internos ras de café e à pecuária de corte e leite, consolida- tivo foi inserido em uma figura circular que suge- para com a instituição.
do Banco, e, certamente como reflexo desta, trata- das como as maiores fontes de receita do Estado. ria uma moeda e, ao mesmo tempo, transmitia va-
-se também de uma história de superação no mer- Além disso, o governo estadual se ressentia da fal- lores como rentabilidade, segurança e proximida- Trajetória
cado capixaba, alcançando correntistas, empresas ta de um estabelecimento bancário, sob seu con- de com os clientes. Ao longo das mais de sete décadas de existência,
públicas e privadas, além de poderes instituídos. A trole, que servisse como depositário de suas dis- A rica e extraordinária história de sete décadas o Banestes cumpriu um papel de agente do cres-
vitória e o êxito do Banestes são uma conquista al- ponibilidades financeiras, observou o historiador da instituição foi registrada no livro “O Banco da cimento do Espírito Santo, além de ter se tornado
cançada em várias frentes. Ormando Moraes (1992). Nova História Capixaba”, lançado em 30 de agosto um ícone da identidade capixaba. Vivenciou crises
Ou seja, essa é uma história de superação co- Dessa forma, Bley criou, pelo Decreto 6.639 de de 2007 no Cerimonial Le Buffet (Jardim Camburi, profundas e foi alvo de ações orientadas por inte-
letiva, de empregados e capixabas que apostaram 09 de agosto de 1935, o Instituto de Crédito Agrí- Vitória), em solenidade prestigiada pelo governa- resses que passavam ao largo do bem comum, mas
no Banestes – e mantêm-se dedicados em seus in- cola do Espírito Santo. Dois anos após a sua cria- dor Paulo Hartung. Na ocasião, foi também realiza- manteve-se, principalmente, nesses momentos,
vestimentos e energias para o fortalecimento de ção, o Instituto de Crédito Agrícola se transformou da a entrega da Comenda João Punaro Bley 2007. em função do esforço e dedicação de seus empre-
um genuíno sucesso capixaba. É em função dessas em Banco de Crédito Agrícola do Estado do Espírito A festa foi embalada por Emílio Santiago, um dos gados e da crença que o povo capixaba nele sem-
marcas que propomos o conceito do livro, bem ex- Santo (Ruralbank). A escritura pública da criação é medalhões da música popular brasileira. pre depositou e continua depositando. Prova dis-
presso no título BANESTES 2003-2010 – Você faz datada de 30 de abril de 1937. No mesmo ato, Bley Com apresentação do governador Paulo Har- so é que depois de uma grave crise, em 2003 o Ba-
parte desta história de sucesso. decretou a extinção do Instituto de Crédito Agrí- tung e prefácio assinado pelo diretor-presidente do nestes iniciou um novo tempo em sua trajetória,
Para contar a história dos últimos oito anos do cola do Espírito Santo. A nova instituição foi auto- Banestes, Roberto da Cunha Penedo, “O Banco da como se verá nesta história de sucesso.
Banestes, o livro foi estruturado em 12 capítulos rizada a funcionar pela Diretoria de Rendas Inter- Nova História Capixaba” estende-se por 154 páginas. A trajetória do Banestes nesses últimos oito
que relatam a aposta feita pelo Governo do Esta- nas do Ministério da Fazenda e iniciou, de fato, as A trajetória do Banco capixaba foi descrita em anos integra o movimento de reconstrução po-
do, que até pensou em vender o Banco em 2003, suas operações em 15 de outubro de 1937. três tempos: a história da criação, sua reestrutura- lítico-institucional e socioeconômica capixaba e,
como solução para a crise encontrada; a gestão ção e os planos da instituição para a evolução con- por isso, além de ser evidência do sucesso des-
administrativa; a reestruturação organizacional; 70 anos tinuada. É por esse mosaico temporal que transi- se processo, também seguiu o mesmo caminho
a política de pessoal; a política comercial; a rede O Banestes nasceu em um momento decisivo tam o passado, o presente e o futuro do Banestes. de trabalho e ação em mutirão em favor do novo
de atendimento e serviços; os investimentos em para a história capixaba e renasceu em um tem- Fotos antigas e depoimentos de ex e atuais em- Espírito Santo. Daí, que a história de superação
Tecnologia da Informação (TI); a criação do Banes- po também determinante, em meio ao proces- pregados sobre os “causos” pitorescos que tam- e sucesso seja uma obra coletiva. Você faz par-
card; a ação para o desenvolvimento capixaba; os so de reconstrução político-institucional do Es- bém compõem a história da instituição se mes- te desta história.
O
ano de 2003 foi decisivo para Banestes, em primeiro de janeiro de 2003, em si- ação cadastral e financeira de milhares de servido- derem o emprego. Eram mais de 2.000 profissio-
o futuro do povo e das ins- tuação pré-falimentar. Tal cenário foi decorrência res. Além disso, obviamente, comprometeu tam- nais. Consequentemente, muitas famílias seriam
tituições capixabas. Depois de prejuízos no exercício de 2002 e anteriores”. bém a saúde financeira do Banco”. afetadas com uma decisão de venda. Quem com-
de anos e anos de desgo- De acordo com o ex-secretário, a recuperação Além da quitação dessa e de outras pendências, prasse o Banestes naquelas condições, evidente-
verno, com o Estado che- do Banestes foi definida por duas razões principais: Teófilo Oliveira credita a recuperação “a uma polí- mente, iria fechar muitas agências. Mandaria mui-
gando a uma situação crí- “Primeiro, porque o Banco, na situação em que se tica deliberada e determinada pelo governador de ta gente embora, principalmente da administração
tica quanto à prestação e encontrava, colocava em risco o emprego de vários profissionalizar o Banco e de torná-lo imune aos do Banco. Quem comprasse, já teria uma estrutu-
gestão de serviços e obras chefes de família e também porque a sua quebra con- efeitos da (má) política. Nomeamos sempre dire- ra central, não precisaria de toda aquela estrutu-
públicas, era hora de mudar taminaria as contas do próprio Governo do Estado”. torias profissionais com uma incumbência muito ra que tinha ali. Foi nessa ambiência que eu assu-
o rumo da história. Teófilo Oliveira afirma que o processo de recu- simples – zelem pelos recursos do Banco aplican- mi o Banco. Mas assumi com muita garra mesmo,
A decisão de mudança havia peração do Banestes foi complexo e gradual. “Na- do-os de modo seguro, sem favorecimento. Nes- com muita vontade, como se fosse o meu primei-
sido decretada nas urnas de 2002, a quela ocasião, o Banco Central (Bacen) tinha uma se processo também muito contribuíram os pro- ro emprego”, recorda Scárdua.
partir de uma intensa mobilização de or- postura inflexível com respeito à solução do pro- fissionais do Banco que vestiram a camisa banes- A experiência anterior na presidência do Banco
ganizações da sociedade civil e de lideranças polí- blema do Banestes. Na visão do Bacen, o Banestes teana e foram à luta junto com o quadro dirigen- foi vista como fator importante no trabalho inicia-
ticas que enfrentavam a assunção do crime orga- só tinha dois caminhos a seguir: a privatização ou te da instituição”. do em 2003. “Foi muito bom porque os gerentes, os
nizado sobre as estruturas de governo, a corrup- sua capitalização imediata pelo Governo Estadual. O ex-secretário relata ainda que o governador técnicos administrativos do Banestes me apoiaram.
ção endêmica e desvios de toda espécie. A via da privatização já havia sido buscada em 2002 fez o intenso trabalho de mobilização da socieda- Eles vieram comigo. Nós tínhamos a mesma bandei-
Como parte importante da estrutura governa- e acabou em um retumbante fracasso”. de e dos poderes públicos para atrair clientes e mo- ra e o governador nos ajudou muito, porque todas as
tiva capixaba, o Banestes não passou incólume à A capitalização do Banco também já havia sido vimentação para a instituição, transformando-se ações que eu levei a ele, que necessitavam de uma in-
crise. Pelo contrário, foi bastante atingido por esse tentada, com recursos estaduais e federais, mas no maior “gerente do Banco”. “O governador fez tervenção dele, ele realizou prontamente. Vamos ao
ambiente de gestão estadual. Um exemplo é a cria- não funcionou. Diante de tanto problema, o Go- um trabalho magnífico para trazer novos clientes Tesouro Nacional, vamos ao Banco Central, isso, aqui-
ção da linha de crédito rotativo, com juros abaixo verno Estadual conversou com o Ministério da Fa- para o Banco, bem como para preservar os que tí- lo, conversa com os prefeitos... Ele realmente operou
do mercado, para empréstimos a servidores públi- zenda. “O nosso governador escolheu conversar nhamos. Em particular, o governador ajudou mui- muito bem isso aí. Acho que conseguimos trazer de
cos que viviam com salários atrasados – uma so- com o ministro Antônio Palocci, recém-empossa- to na preservação das contas das prefeituras e de volta todas as prefeituras, com exceção de uma par-
lução que não ajudou os trabalhadores e ainda im- do, propondo uma terceira alternativa, a federali- algumas grandes empresas que, na ocasião, esta- te de Vila Velha. Vitória também tinha uma parcela no
pôs desafios financeiros e gerenciais à instituição. zação do Banestes. Muito educadamente, foi-nos vam sendo assediadas pela concorrência”, relembra. Banco do Brasil, mas outra parte ficou no Banestes”.
O Banco também foi envolvido em escândalos dito que o Governo Federal já era proprietário de Segundo José Teófilo Oliveira, o trabalho de re- O contato com o empresariado também foi
acerca de empréstimos marcados por acusações diversos bancos estaduais falidos e que não queria cuperação do Banco, que incluiu a quitação de dé- intensificado. “Um número muito grande de em-
de favorecimento e improbidades diversas. O Ba- mais um. Dada a difícil situação financeira do Te- bitos junto à Fundação Banestes, “custou mais de presários me ligou quando cheguei ao Banco . Eles
nestes, ainda, quase foi privatizado numa história souro Estadual naquele momento, buscamos uma R$ 300 milhões, mas acabou sendo um grande ne- perguntaram o seguinte: o que eu faço? O Banco
tumultuada, plena de denúncias de irregularida- outra via, que foi a recuperação gradual da institui- gócio para o Estado e para a sociedade capixaba. vai falir? Eu tiro o dinheiro do Banco? Eu posso co-
des, de troca de acusações na Assembleia Legisla- ção por meio de um conjunto de ações de médio e Desde 2003, o Banco vem produzindo resultados locar no Banco? Eu falei: vocês confiam em mim,
tiva e de embates na Justiça. longo prazos, com nossos próprios meios, por nossa positivos e, nos últimos anos, tem apresentado lu- não confiam? Então deixa o dinheiro aí, pode vir
Enfim, o Banco, cujas origens remontam aos anos conta e risco. Uma decisão corajosa, sem dúvida.” cros anuais em torno de R$ 160 milhões. Desta fei- realmente que nós vamos resolver o problema do
de 1930, passou por momentos muito sérios, que O ex-secretário conta que o “Estado tinha algo ta, os recursos aplicados já retornaram aos cofres Banestes. Fui um caixeiro-viajante, visitava gerên-
ameaçavam a sua existência. Mas, se o Banestes como R$ 100 milhões em dívidas com o Banco, con- do Estado pela condição de acionista majoritário cias e até quatro municípios por dia. Nas agências,
fazia parte do cenário de crise que se estabeleceu traídas de diversas formas. A mais famosa delas era da instituição (92,14% das ações)”. me reunia com funcionários, visitava os principais
no Estado na virada no milênio, ele também passou conhecida como crédito rotativo dos servidores pú- Para o primeiro presidente do Banco a assu- clientes. Visitava prefeito com o secretariado. E as-
a integrar o processo de reconstrução capixaba. blicos. Tratava-se de dívidas feitas pelos servidores mir a partir da mudança de governo em janeiro de sim foi que o pessoal todo voltou para dentro do
A recuperação do Banco foi definida como um estaduais correspondentes a salários devidos e não 2003, João Felício Scárdua, a instituição estava vi- Banco”, conta Scárdua.
ponto estratégico do Governo do Estado, inician- pagos pelo Governo, com o aval do Tesouro Esta- vendo um clima de muita insegurança quanto ao Outra questão apontada pelo ex-presidente
do-se, em janeiro de 2003, um novo capítulo da his- dual para posterior quitação. Como o Estado não futuro. “O Banco, se fosse uma empresa privada, foi a troca de papéis, de “moeda podre” do Siste-
tória do Banestes. O secretário da Fazenda à épo- cumpriu com sua obrigação, esses valores cresce- estaria falido, estaria em liquidação. Os emprega- ma Financeiro de Habitação. “Fomos ao Tesouro
ca, José Teófilo Oliveira, recorda: “Encontramos o ram exponencialmente e comprometeram a situ- dos estavam muito tensos pela iminência de per- Nacional com o governador e conseguimos tro-
A
estrutura organizacional e funcio- tubro de 2004. O economista buscou imprimir Em 2004, o Banestes alcançou uma economia nho a ser trilhado, de acordo com as orientações
nal de uma instituição deve ser à instituição um ritmo de gestão com foco em de R$ 10 milhões e, somente com a extinção sis- de sua gestão de resultados e redução de custos.
dinâmica, ágil e eficaz no cum- resultados e criar uma força-tarefa para a redu- temática de horas extras, a redução de despesa Nessas visitas, o diretor-presidente pediu que
primento de seus objetivos es- ção de despesas e para a recuperação de crédi- foi da ordem de R$ 300 mil por mês. Para 2005, cada empregado desse a sua contribuição para a
tratégicos. tos do Banco. o Banco trabalhou com a expectativa de reduzir saúde financeira do Banco.
Assim, buscando adequar o Para Penedo, os esforços empreendidos nes- suas despesas em cifras que oscilavam entre R$ Ele abriu espaço para que os empregados te-
Banestes às necessidades sas áreas dariam ao Banestes uma nova dinâmi- 5 milhões e R$ 10 milhões. cessem considerações a respeito dos assuntos
do mercado, fortalecer a ca. Com mais sustentação e um PL maior, o Ban- A recuperação de créditos, à época, em valores abordados e admitiu que não faltaria à Diretoria
área comercial para acom- co cresceria na oferta de linhas de crédito, am- contábeis avaliados em cerca de R$ 225 milhões, coragem para a tomada das decisões necessárias.
panhar a concorrência e pliando também suas operações de âmbito social. também foi alvo das ações do Banestes em 2005. Na intranet, foi aberta uma seção para envio de
atender com agilidade Outra meta de Penedo foi crescer na parceria No ano anterior, a instituição havia recuperado sugestões pelos empregados do Banco.
às demandas de produ- com o Banco de Desenvolvimento do Estado do R$ 20 milhões de posições levadas a prejuízo. Acompanhado de diretores, superintenden-
tos e serviços, foi necessário adequar a estrutura Espírito Santo (Bandes), bem como voltar a cre- Os esforços foram concentrados também nes- tes e gerentes, Penedo iniciou também um pro-
organizacional e funcional do Banco. denciar a instituição junto ao Banco de Desenvol- sa questão e uma das primeiras providências foi grama de visitas às agências do Banestes por
No período de 2003 a 2010, a administração vimento Econômico e Social (BNDES), para repas- a constituição de uma gerência voltada especifi- todo o Estado.
do Banco implementou diversas alterações na se de linhas de financiamento. camente para esse fim. O objetivo dos encontros foi apresentar o or-
estrutura organizacional, visando a ajustá-la às Como metas para 2005, Penedo apontou maior Ao chegar ao Banco, Penedo deixou claro seu çamento e a meta global do Banco e das unida-
necessidades do mercado no que diz respeito a foco à Carteira Comercial e, com esse objetivo, pensamento de que, como todo e qualquer banco des, além de contemplar outros assuntos. Entre
novos produtos e serviços, bem como a deman- foi criada a Superintendência de Produtos (Su- comercial, o Banestes precisava apresentar resul- eles, o novo modelo de classificação das Agências
das de ordem legal. pro), bem como gerências específicas para cui- tado positivo para remunerar seus acionistas, no e dos Postos de Atendimento Avançados (PAAs);
A partir da decisão e dos primeiros e funda- dar de determinados produtos, entre eles lea- mínimo na relação do custo alternativo do capital. as principais funções do Sistema Gerentes de Re-
mentais passos para a reestruturação do Banco, a sing e cartões. Caso contrário, o Banco estaria sendo subsi- lacionamento (Gerrel) e o gerenciamento da Pro-
instituição pôde caminhar para consolidar a mu- A Gerência de Leasing (Gerel) e a Gerência de diado indiretamente pelo controlador e, conse- visão de Devedores Duvidosos (PDD). Também foi
dança e avançar rumo à conquista de novos pata- Cartões (Gecar) resultaram da incorporação de quentemente, por toda a sociedade que o man- discutida a implantação do Sistema de Ponto Ele-
mares de projetos e ações, com retorno garanti- duas empresas do Sistema Financeiro Banestes tém por meio do pagamento de seus tributos. trônico, com abordagens de natureza informati-
do para o desenvolvimento capixaba. (SFB) – Banestes Leasing e Banestes Administra- A instituição não deve atuar, necessariamen- va e de sensibilização.
Nesse processo, sob a liderança do professor dora de Cartões de Crédito e Serviços – à estru- te, no limite da maximização dos resultados, mas Roberto Penedo afirmou que os negócios do
e economista Roberto da Cunha Penedo, foram tura do Banco. tem o compromisso de apresentar bons e cres- Banco são gerados nas agências e que os respon-
tomadas medidas de redução de custos, racio- Também estava na pauta do Banestes a aber- centes resultados. sáveis por essas unidades deveriam refletir sobre
nalização de despesas, modernização gerencial tura de novas agências, a remodelação de unida- O Banco disputa espaço com as instituições a produtividade de seu trabalho, aí incluindo a re-
e eficiência e controle operacional. des existentes e a ampliação da rede de Corres- financeiras públicas e privadas, o que é positivo, dução de custos e a racionalização de despesas.
Como ocorreu no restante das esferas de pondentes Não Bancários (nova denominação ins- pois o leva a trabalhar com eficiência e respon- Os encontros marcaram também a abertura
atuação do Executivo Estadual, o Planejamen- tituída pela Federação Brasileira de Bancos - Fe- sabilidade social. de um canal de comunicação permanente entre a
to Estratégico passou a fazer parte do cotidia- braban - para esse tipo de ponto de atendimen- Diretoria, gerentes e superintendentes, para tro-
no do Banestes. to). Para centrar foco na Carteira Comercial do Visitas ca de ideias e sugestões focadas na melhoria do
Banco, foi também aprovada a criação das gerên- Em dezembro de 2004, Penedo deu início a uma desempenho operacional do Banestes.
cias de Cobrança, de Desconto e de Consignação. série de visitas a setores do Banco, com o objeti- O diretor-presidente frisou: “Somos um Ban-
2.1 A chegada de Penedo O Banco passou a trabalhar em duas linhas: na vo de conhecer todos os empregados das unida- co regional e temos que ser bons no Estado do
agregação de valor às receitas, qualificando-as, e des que funcionam no Edifício Palas Center, sede Espírito Santo”.
Dobrar, em um ano, e triplicar, em dois anos, o Pa- na otimização de racionalização de custos e re- administrativa da instituição. Prefeitos eleitos e reeleitos do Estado também
trimônio Líquido (PL) do Banestes, então na casa dução de despesas. Foi criado um Comitê com o Além de conhecer pessoalmente cada um dos foram alvo de encontros promovidos pelo Ban-
dos R$ 99,6 milhões. Essas foram as grandes me- objetivo de formular estratégias e políticas vol- empregados, a “cruzada pelo Banco”, como defi- co com o objetivo de estreitar o relacionamen-
tas anunciadas por Roberto da Cunha Penedo ao tadas para a racionalização de custos e redução niu Penedo, teve como objetivo dialogar com o to desse público com a instituição e, consequen-
assumir a presidência do Banestes em 05 de ou- de despesas. pessoal sobre a realidade da instituição e o cami- temente, buscar o fortalecimento do Banestes.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
CONSE
GERÊNCIA DE
AUDITORIA INTERNA
GEAUD
91,95% ON 8,05 ON
BANESTES DISTRIBUIDORA
BANESTES SEGUROS S. A. DE TÍTULOS E VALORES
MOBILIÁRIOS S. A.
DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO
99,84% 99,80% DIRETORIA JURÍDICA DIRETORIA FINANCEIRA DIRETORIA COMERCIAL
E TECNOLOGIA
DIJUR DIFIN DIRAD DICOM
Participação DTVM Participação indireta Banestes ON = ação ordinária GERÊNCIA JURÍDICA GERÊNCIA FINANCEIRA E DE MERCADO GERÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS GERÊNCIA DE CÂMBIO
DIJUR GEFIN GEREH GECAM
99,997% TOTAL 99,80% PN = ação preferencial
GERÊNCIA PATRIMÔNIO E
DIRETORIA JURÍDICA GERÊNCIA DE CONTABILIDADE GE. DE CONTROLE DE CRÉDITO
ADMINISTRAÇÃO DE CONTRATOS
DIJUR GECON GCRED
GEPAT
GERÊNCIA DE ORGANIZAÇÃO
GERÊNCIA DE ANÁLISE DE RISCO GERÊNCIA DE CONTAS DE DEPÓSITOS
E PROCESSOS
GEARI GEORP GECOD
2.2 Estrutura 2003-2010 A estruturação organizacional do Banestes foi GERÊNCIA DE REESTRUTURAÇÃO GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO GERÊNCIA DE ARRECADAÇÃO
DE ATIVOS DE SISTEMAS E COBRANÇA BANCÁRIA
modernizada e atualizada de acordo com as no- GERAT GESIS GEARC
Como parte desse processo de mudança, e também vas bases de funcionamento da instituição e em
como evidência da mudança, podem-se destacar as função das demandas do mercado, tendo em vis- GERÊNCIA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO
GERÊNCIA DE INFRAESTRUTURA
TECNOLÓGICA
GERÊNCIA DE FORMALIZAÇÃO
DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO
GECRI GEINF GEFOR
transformações na estrutura organizacional do Banco ta os objetivos de ação de vanguarda em favor do
e a adoção de novas práticas de gestão corporativa. desenvolvimento capixaba. GERÊNCIA DE CRÉDITO DIRETO
GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO GERÊNCIA DE CANAIS ELETRÔNICOS
AO CONSUMIDOR - cdc
GEPLA GECEL GEDIC
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL
NORTE - LINHARES
SUREN
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL
CENTRO - VITÓRIA REDE DE AGÊNCIAS
SUREC
DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO
diretoria de RELAÇÕES COM diretoria jurídica e diretoria de riscos
E GESTÃO DE RECURSOS DE diretoria de tecnologia diretoria comercial
INVESTIDORES E DE FINANÇAS administrativa e controle
TERCEIROS ditec dicom
diriF dijua diric
diART
SUPERINTENDÊNCIA
GERÊNCIA DE SUPERINTENDÊNCIA DE SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL
GERÊNCIA DE GESTÃO DE GERÊNCIA DE RECURSOS GERÊNCIA DE RISCO REGIONAL SUL - CACHOEIRO
GERÊNCIA DE CONTABILIDADE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS NORTE - SÃO MATEUS CENTRO - VITÓRIA
RECURSOS DE TERCEIROS HUMANOS DE CRÉDITO E MERCADO DE ITAPEMIRIM
GECON SISTEMAS SUPRO SUREN SUREC
GEGER GEREH GERIC SURES
GESIS
GERÊNCIA DE SEGURANÇA
GESEG
GERÊNCIA DE AQUISIÇÃO
E CONTRATOS
GEACO
rar, mitigar e gerir todos os riscos do Banco, de for- acumuladas pela então Diretoria Administrativa e a vulgação das informações, bem como acom- 2.7 Gerência de Gestão de
ma a preservar e aumentar o valor da instituição e gestão dos ativos das carteiras dos Fundos Banes- panhar a elaboração do design eletrônico e/ Recursos de Terceiros
promover a transparência, fortalecendo o proces- tes era desempenhada pela Banestes DTVM, em que ou impresso;
so de governança corporativa por meio da imple- um diretor exclusivo respondia pela área de recursos Acompanhar a elaboração e publicação das Criada em 30 de abril de 2010, a Gerência de Ges-
mentação de controles internos. de terceiros, em atendimento às normas vigentes. demonstrações contábeis; tão de Recursos de Terceiros (Geger) está vinculada
gestoras, procedendo à alteração das Tabelas de Tari- Informar os reclamantes o prazo previsto te por cento) são conselheiros independentes;
fas e publicação de acordo com as normas do Banco para resposta final, o qual não pode ultrapas- obrigação de realizar ofertas públicas de aquisi-
2.8 Superintendência de Produtos Central do Brasil (Bacen)/Comissão de Valores Mobili- sar quinze dias, contados da data da proto- ção de ações sob determinadas circunstâncias;
ários (CVM), prezando pela transparência na divulga- colização da ocorrência; e extensão para todos os acionistas das mes-
A Superintendência de Produtos (Supro), subor- ção de seus serviços; participa do Grupo de Trabalho Encaminhar resposta conclusiva para a de- mas condições obtidas pelo acionista con-
dinada à Diretoria Comercial (Dicom), foi criada (GT) Tarifas da Federação Brasileira de Bancos (Febra- manda dos reclamantes até o prazo infor- trolador quando da alienação de controle
em 17 de março 2005, diante da necessidade de ban) e divulga suas tarifas no Sistema de Divulgação mado no inciso acima. do Banco; e
desvincular a gestão dos produtos das atividades de Tarifas de Serviços Financeiros da Febraban-STAR necessária submissão do Banco, seus acionis-
de operacionalização, bem como dar mais foco à e junto ao Bacen; faz um acompanhamento das ren- As atividades da Ouvid, além de manter um im- tas controladores, administradores e mem-
área de produtos. das geradas e propõe alteração/criação de novos ser- portante elo com o público da instituição, geram bros do Conselho Fiscal ao Regulamento
Seu objetivo é acompanhar a concorrência, an- viços a partir de análises do mercado. informações relevantes para a melhoria dos servi- da Câmara de Arbitragem do Mercado da
Com a criação e modernização de Diretorias, gerências e outros órgãos da gestão e administração, alia-
das a um conjunto de enfrentamentos e realizações, e com a adoção do planejamento estratégico, o Ba-
nestes, a partir de 2003, foi avançando ano após ano no alcance das metas propostas de ampliação do
Patrimônio Líquido (PL), retorno aos acionistas e fomento do crescimento capixaba. A reestruturação ad-
ministrativa e ético-gerencial deu capacidade para o Banco trabalhar mais, com maior eficácia e transpa-
rência, permitindo superações em todos os seus campos de atuação, conforme se verá a partir de agora.
C
compensação e tesouraria, visando a minimizar as Extinção do Núcleo de Caixa Ativo
despesas, proporcionando uma redução de custos Talvez a melhor comprovação da importância da quebra
anuais de R$ 2,76 milhões. de paradigmas na administração tenha sido a decisão
Foram alterados os procedimentos de contabili- da Diretoria do Banestes de extinguir o Núcleo de Cai-
zação dos saques em autoatendimento para a mes- xa Ativo (Nucat), serviço conhecido como malotinho.
om o objetivo de dar um grande im- subordinadas à Diretoria Comercial (Dicom), medi- ma data, independentemente da hora. Antes, o cor- Havia, na prestação desse serviço (em verdade
pulso ao Banestes, dobrar o Patri- da que dispensou a necessidade de áreas específi- te para contabilização era o fechamento da unida- um grande desserviço), uma irracionalidade enorme
mônio Líquido (PL) em um ano e cas para contabilidade e administrativo-financeira. de, o que causava uma dissonância entre o saque quando se analisava o serviço que o Banco prestava
triplicá-lo em dois anos, a Diretoria O quadro de pessoal das empresas incorpora- e seu efetivo lançamento. e o que ele recebia de benefício com essa prestação.
do Banco, em novembro de 2004, das foi absorvido para as áreas de gerenciamento Isso porque os equipamentos de autoatendi- Era, todavia, uma cultura antiga do Banco, e a grande
tomou algumas importantes de- e de execução das atividades sob a responsabilida- mento continuavam realizando pagamentos até maioria dos empregados, principalmente os gestores
cisões. Tais iniciativas formaram de das novas carteiras. as 22 horas, trazendo prejuízos financeiros ao Ban- de agências, tinham “medo” de sua extinção e esse te-
um tripé para renovação do Banco, A medida proporcionou uma economia finan- co em função da elevação de encaixe virtual, visto mor era desproporcional à sua razão custo-benefício.
composto por Redução de Custos e ceira anual de ordem de R$ 893 mil, no caso da Ba- que o numerário já havia sido sacado pelos clien- O Nucat foi extinto em fins de 2004, ou seja,
Racionalização de Despesas; Recupe- nestes Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, e de R$ tes e o lançamento no sistema de contas-corren- nessa data foi decretado o fim do processamen-
ração de Créditos; e Ampliação e Cres- 1,242 milhão, no caso da Banestes Administradora tes ocorria no dia seguinte ao saque. Essa decisão to dos malotes caixa ativo pela ATP (empresa es-
cimento da Carteira Comercial. de Cartões de Crédito e Serviços Ltda., referente à proporcionou uma economia de R$ 80 mil mensais. pecializada em soluções de tecnologia bancária),
No processo de reorganização comercial redução de despesas tributárias e administrativas, Houve internalização do suprimento dos termi- com redução de custos da ordem de R$ 180 mil
do Banco, vale ressaltar, ainda, o incremento na totalizando R$ 2,135 milhões por ano. nais de autoatendimento instalados nas unidades, mensais. Esse valor, somado ao obtido com a re-
oferta de novos produtos ao segmento corporativo Para assessorar e executar todo o processo de possibilitando uma redução de custos da ordem dução de horas extras diretamente ligadas a tal
(linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco- incorporação nos seus aspectos jurídicos e contá- de R$ 150 mil mensais. Foi feita uma série de ajus- decisão, resultou numa economia mensal de R$
nômico e Social –BNDES, Compror e Vendor, Car- beis, o Banestes contratou a Boaventura & Consul- tes do encaixe das unidades, representando redu- 20 mil, totalizando R$ 2,4 milhões ao ano.
tões Pessoa Jurídica e Banes Auto), a captação de re- tores Associados (BCA), empresa especializada nes- ção de despesas com transporte de valores, além de Para confirmar a importância não só financeira,
cursos no exterior para ampliar a capacidade de cré- sa área e que iniciou o trabalho no final de 2004. melhoria na gestão do encaixe, redução de custos mas também de clima de trabalho da extinção do
dito; a criação da Poupança Premiada Banestes; e a O processo de incorporação contou, ainda, com com conferência de numerário e melhoria da dispo- malotinho, estão, abaixo, depoimentos de alguns
implantação de modelos de escoragem de créditos. a participação de profissionais do Banestes – técni- nibilidade dos equipamentos de autoatendimento. empregados do Banestes.
Como parte do sucesso desse movimento, além cos das gerências de Contabilidade (Gecon), Jurídi-
do alcance das metas de índices de PL, cita-se o iní- ca Consultiva (Gejur), Organização e Processos (Ge-
cio do pagamento de dividendos ao Governo do Es- orp) e de Desenvolvimento de Sistemas (Gesis); das
tado e demais acionistas do Banestes. empresas Banestes Administradora de Cartões de
Crédito e Serviços e Banestes Leasing; e da Secreta- No início, fui contra porque achei que, com a medida, Com a eliminação dos malotes,
ria Executiva (Secre). Eles integraram um Grupo de perderíamos clientes. Depois, percebi que não era vantagem reduziu-se a jornada de trabalho, que
3.1 Redução de Custos e Trabalho (GT) instituído para esse fim. para o Banco manter o 'malotinho', que não trazia nenhum era exaustiva.” Márcia Facini Bueno
Racionalização de Despesas A incorporação não visou apenas ao alcance de be- resultado positivo para a instituição. Com sua extinção ficou
nefícios fiscais, financeiros e econômicos. Teve tam- tudo bem melhor.” Flávio Gonçalves Réboli Melhorou, hoje podemos dar um
Reduzir rápida e efetivamente os custos operacio- bém como foco a racionalização das atividades, evi- tratamento igualitário a todos.”
nais do Banco. Para alcançar essa meta, uma série tando o retrabalho no processo de atendimento ao Para nós, o fim do 'malotinho' foi muito bom. A demanda era muito Francisco Godoes Sobrinho
de medidas foi tomada, com destaque para algu- cliente, com a eliminação de ações em duplicidade. grande, havia um acúmulo dos malotes. Nós atendíamos as filas até
mas delas, que resultaram em uma redução anual Com a incorporação, foi eliminada uma série de as 16h30 e só depois podíamos realizar os pagamentos do malote. Eliminou o tratamento diferenciado para os
de gastos superior a R$ 17 milhões. formalidades a serem cumpridas e vários documen- Isso gerava hora-extra, o que era ruim para o Banco. Conversamos clientes que não ofereciam reciprocidade ao
tos que são encaminhados para órgãos regulado- com os clientes sobre a extinção do 'malotinho' e, em quatro dias, Banco.” Eliete Andréa Vieira Singui
Leasing e Cartões res - Banco Central do Brasil (Bacen) e Comissão de conseguimos diminuir as filas. Alguns clientes reclamaram, mas, no
A partir de março de 2005, foi efetivada a incorpora- Valores Mobiliários (CVM), entre outros. Ficou, ain- geral, a notícia foi bem aceita.” Maria Estela Pompermayer Lima Houve redução da jornada de trabalho e,
ção da Banestes Leasing S.A. Arrendamento Mercantil da, extinta uma gama de procedimentos internos, consequentemente, redução das horas
e da Banestes Administradora de Cartões de Crédito propiciando ao Banco maior produtividade. O fim do 'malotinho', com certeza, foi favorável a nós, empregados. Isso extras.” Orência Cecília Borlot Mascarello
e Serviços Ltda. à estrutura do Banestes. melhorou nosso atendimento aos clientes. A maioria das pessoas que
As atividades e os produtos das empresas (lea- Compensação e tesouraria ficava nas filas era usuária e não correntista do Banco, o que gerava Reduziu o fluxo de clientes, possibilitou o
sing e cartão de crédito e cartão alimentação/vale- Em final de 2004, o Banco realizou um processo de atraso e demora no atendimento. Essa decisão nos beneficiou, já que atendimento com mais segurança para pessoas
-refeição) passaram a constituir carteiras do Banco, revisão de todas as rotinas relativas aos serviços de diminuiu a demanda de serviços.” Luiz Sérgio Valente Gomes da Silva jurídicas.” Renato Magalhães Zerbone
Divisão do estoque de crédito concedido Produtos 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*
pelo Banco a pessoas físicas e jurídicas Crédito Rural 24,4 42,8 61,4 101,2 102,1 149,4 256,3 375,2 346,3
Nossocrédito 0 0,1 1,0 4,6 15,4 21,7 22,0 25,7 21,4
Microcrédito 0 0 0,9 2,0 1,9 2,5 2,7 10,4 7,1
23% 27% 35% 49% 54% 47% 58% 43% 55% 47% Crédito Industrial 8,6 4,3 2,2 1,0 5,9 34,4 111,7 127,3 138,4
Câmbio 23,7 32,8 67,6 81,6 158,0 182,8 242,7 249,2 218,5
Consignação 29,4 29,1 108,9 151,8 177,8 218,2 272,0 376,2 576,5
Crédito Imobiliário 177,9 173,1 170,0 155,1 130,1 117,7 94,9 86,1 77,4
Crédito Pessoal 114,3 145,0 120,0 136,2 150,3 153,7 152,7 151,6 144,8
Capital de Giro 25,6 26,1 35,5 53,5 138,0 186,2 277,7 451,2 518,4
Financiamento de Bens 3,3 7,8 11,8 12,9 11,6 21,8 37,0 52,7 57,7
Conta Garantida 30,4 34,4 39,1 86,8 140,3 187,2 305,9 291,5 260,7
Títulos Descontados 29,7 37,1 51,3 98,1 119,6 124,1 159,7 101,5 103,1
Compror/Vendor 0 0 0 0 3,1 59,5 77,3 54,9 34,5
Cheque Confiança 34,1 28,7 29,0 28,6 30,1 32,4 36,2 37,4 36,0
77% 73% 65% 51% 46% 53% 42% 57% 45% 53%
Empréstimo/cartão 10,9 13,2 17,9 11,9 11,7 11,8 19,3 24,1 25,5
Banestes Financeira 1,6 3,7 4,0 4,9 4,0 3,2 53,2 40,5 31,4
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2008** 2009 2009** 2010* Leasing/Banes Auto 24,1 19,9 22,3 34,9 73,1 102,6 147,5 166,3 194,6
* Até setembro
Pessoa física Pessoa jurídica
Esse gráfico refere-se à divisão do estoque de outros bancos). Quando agregamos as carteiras de Crédito Rural
crédito concedido pelo Banco a pessoas físicas e crédito adquiridas de outros bancos, o percentual O Banestes aplicou no Crédito Rural, de janeiro se R$ 1 bilhão de financiamento ao agronegócio.
jurídicas, com percentuais sobre os valores em real. de pessoa jurídica atinge 58% em 2008 e 55% em de 2003 a setembro de 2010, R$ 934,52 milhões, O resultado representa uma média anual maior
Observa-se que houve grande aumento da partici- 2009. A partir de 2008, com a crise financeira in- beneficiando 49.592 produtores rurais. Com a ex- que R$ 125 milhões, bastante superior aos R$ 24,4
pação de pessoa jurídica no decorrer desses anos, ternacional, intensificou-se a taxa de crescimen- pectativa de fechar o ano de 2010 com um sal- milhões aplicados em 2002, último ano do gover-
partindo de 23% em 2003 para 47% em setembro to devido à aquisição de carteiras de crédito con- do de Crédito Rural de cerca de R$ 376,3 milhões, no anterior, conforme pode ser observado na ta-
de 2010 (descontando-se as cessões de crédito de signado de outros bancos. o Banco encerra o período 2003/2010 com qua- bela já apresentada.
428
370
226
* Até setembro
* Até setembro
A conta de poupança é a aplicação em Cader- sobre esses recursos. Ainda neste capítulo, confi- Folhas de pagamento
neta de Poupança e possui um rendimento pa- ra as promoções do Banco para ampliar a capta- No serviço de folha de pagamento, o público-al- Em relação a 2002, houve um incremento de
drão definido pelo Bacen de TR + 0,5% ao mês. Es- ção em poupança. De dezembro de 2002 a setem- vo são as empresas privadas e os órgãos públicos 158,14% na quantidade de contratos ativos que
ses recursos são classificados como Depósitos a bro de 2010, houve um incremento de 78,84% na municipais e estaduais. O serviço contribui para utilizam o serviço e de 75,23% no volume total
Prazo, que, dentre outras aplicações de crédito, é quantidade de contas de poupança e de 263,89% a arrecadação de tarifas e prospecção de novos movimentado até setembro de 2010, o que pode
funding para a carteira de Crédito Imobiliário. O no saldo dos depósitos, o que pode ser verificado correntistas. ser conferido na tabela a seguir.
recolhimento de compulsório ao Bacen é de 20% na tabela a seguir.
Folhas de Pagamento
Contas de Poupança 1.260,0 4.507
Quantidade de Contratos Ativos Volume total (R$ milhões)
Quantidade Saldo (R$ milhões)
1.086,5 1.754 1.918
313.259 975,9
3.636 3.990
292.486 3.608
262.577 802,5 2.943
1.204 1.384
647,5 3.195
1.063
218.927 2.582
231.553 2.725
201.175 833 1.116
467,8 525,1
201.511 743 926
175.157 346,2 2.059
184.094 390,9
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*
* Até setembro
* Até setembro
quinho cor-de-rosa que fez o papel de garoto- lação capixaba, uma vez que o Governo do Estado é denominada Risco de Crédito. Impessoalidade;
-propaganda. do Espírito Santo é o acionista majoritário do Banco. Os escores de crédito têm a finalidade única de Agilidade nas decisões para deferimento
A promoção levou o Banestes a participar, Nesse sentido, objetivando oferecer aos clien- quantificar o risco de crédito. Para operacionalizar do crédito;
em 2007, do Prêmio Felaban de Comunicação de tes linhas de crédito aprovadas de forma automá- um processo de concessão e gestão de crédito faz- Aprovação automática de limite de crédito,
Marketing Financeiro, entregue por ocasião do tica e proporcionando agilidade no processo de -se necessária, além do modelo de cálculo dos esco- gerando crescimento na Carteira Comercial;
VI Congresso Estratégico de Tecnologia (CLAB) e concessão sem perder de vista a análise do risco res, uma política de crédito bem definida, que tam- Contratação de negócios amparada por li-
Marketing Financeiro, evento realizado de 22 a 24 de crédito, o Banco constituiu, no ano de 2003, um bém foi implementada pelo Banestes. mite de crédito disponível;
de agosto, em Miami, Estados Unidos. Grupo de Trabalho (GT) específico. Mediante atribuição de pesos em informações Decisões adequadas em função do risco
Multidisciplinar, o GT foi formado por represen- cadastrais, restritivas e comportamentais de crédi- quantificado, permitindo precificar as ope-
Campanha interna tantes das mais diversas áreas do Banco – agên- to do cliente, também denominadas de variáveis, é rações de forma adequada;
Em 1° de outubro de 2010, o Banestes lançou uma cias, Gerência de Crédito (Gcred), Gerência de Aná- calculada a pontuação do cliente (score), indicando a Decisões a distância e uniformes em todas
campanha interna para incremento das contas lise de Risco (Geari) e Gerência de Política de Cré- classificação do nível de risco. Esse risco varia de AA, as unidades da rede; e
de poupança. O objetivo principal da instituição dito (Gepoc) – e teve como foco principal reava- melhor classificação, até H, pior posicionamento, de Definição de níveis de alçada para conces-
foi alavancar os negócios da Carteira de Crédito liar a Política de Crédito do SFB e desenvolver no- acordo com a Resolução 2.682 de 21/12/1999 do Bacen. são de crédito.
Imobiliário – reaberta pelo Banco em setembro vos modelos de escoragem de clientes. O Banestes, por meio da política de crédito es-
– uma vez que parte dos recursos depositados Para assessorar o processo, foi contratado o tabelecida, aplica, para cada nível de risco do clien-
em poupança são voltados para o financiamen- serviço de consultoria da Fundação Getulio Var- te, um percentual sobre o valor da renda cadastra- 3.4.4 Pagamento de dividendos
to habitacional. A campanha estendeu-se até de- gas (FGV), que resultou na formulação dos mode- da na Base Geral. Esse percentual é denominado Li- ao Governo do Estado
zembro de 2010 e foi dirigida aos empregados los de escoragem de clientes vigentes e dos mo- mite de Crédito, que representa o valor máximo de
que atuam em agências. delos de análise de risco modernos. Os modelos risco que a instituição está disposta a assumir com O Banestes inicia uma nova era em 2003. Isso não ape-
O Banco considerou também que a aplicação estatísticos foram elaborados sobre a base cadas- determinado cliente, segundo seu perfil. nas do ponto de vista de sua política administrativa.
em poupança estava, no momento, atrativa em tral do próprio Banco. Sua aplicação viabiliza a criação de um padrão para Mudou também sua relação financeira com o Gover-
comparação aos outros tipos de investimentos, Modelos de Credit Scoring é a denominação ge- deferimento de Limite de Crédito aos clientes com no do Estado do Espírito Santo, seu acionista majori-
principalmente para pessoas físicas, que são isen- nérica dada pelo mercado para as fórmulas de cál- perfil similar, além de permitir maior agilidade na con- tário, detentor de 92,14% da totalidade de suas ações.
tas do IOF e do IR. culo dos escores de crédito. O objetivo dos mode- cessão do crédito. Isso é determinante para alavanca- Até o ano de 2005, o Banestes jamais havia
2004 1.207.879.330 92,14 7.787 1.280 103.005.197 7,86 664 109 1.310.884.527 8.451 1.389
2005 1.207.879.330 92,14 11.315 5.509 103.005.197 7,86 965 470 1.310.884.527 12.280 5.979
2006 1.395.849.649 92,14 13.795 16.628 119.034.878 7,86 1.177 1.415 1.514.884.527 14.972 18.043
2007 1.395.849.649 92,14 18.343 17.237 119.034.878 7,86 1.564 1.470 1.514.884.527 19.907 18.707
2008 139.584.964 92,14 24.609 10.949 11.903.489 7,86 2.098 934 151.488.453 26.707 11.883
2009 139.584.964 92,14 28.998 559 11.903.489 7,86 2.473 48 151.488.453 31.471 607
* Até setembro
C
Juliana Rodrigues
omo se vem salientando até aqui, o lizado com a parceria da Fundação Conesul de De- n A expansão em
processo de renovação do Banes- senvolvimento, trouxe uma novidade: para o cargo direção a outros
tes tem um personagem funda- de técnico bancário, o concurso foi municipalizado mercados foi um dos
mental – seus empregados. Des- e, no ato da inscrição, o candidato pôde optar pelo temas do curso de
de o início de 2003, foi dada aten- município capixaba no qual desejasse trabalhar. Formação Gerencial
ção especial ao papel que os pro- Como o Banestes está presente em todas as
fissionais do Banco exerciam ou cidades capixabas, os candidatos tiveram 78 mu-
tinham a potencialidade de cum- nicípios à sua escolha. Para efeitos do concurso, o
prir, caso tivessem o reconheci- Banestes dividiu o Estado em microrregiões, que
mento e o apoio necessário para isso. agrupavam municípios da mesma área.
Nos últimos anos, além de investir O concurso ofereceu, além de oportunidades
em qualificação e melhoria de condições para os cargos de técnico bancário, vagas para as-
de trabalho, o Banestes dedicou-se a reor- sistente securitário, assistente securitário especia-
ganizar a sua área de pessoal, com concursos lidade técnico em Mecânica, analista econômico-
e mudanças na estrutura organizacional da insti- -financeiro, analista de tecnologia da informação
tuição. Veja, a seguir, os principais movimentos. e comunicação e médico do trabalho. Foram ins-
critos 35.768 candidatos. Os convocados após as
provas somaram, até setembro de 2010, mais de
4.1 Concursos 1.050, tendo sido contratados 870 candidatos apro-
vados no concurso de 2008.
Após 15 anos sem realizar concurso público para
preenchimento de seu quadro de pessoal, o Banes-
tes firmou, em 2004, contrato com a Fundação Ce- 4.2 Treinamento e
ciliano Abel de Almeida (FCAA) para a contratação Desenvolvimento de Pessoas sas do Banco, o curso teve como objetivo prepa- que exige das empresas se reposicionar com agili-
de novos profissionais. rar profissionais para o desempenho de funções dade frente à dinâmica do ambiente mercadológi-
Para o Banco, foram selecionados profissionais para O Banestes investiu, entre 2003 e 2010, mais de R$ relacionadas à gestão comercial na rede de agên- co”, assinala o diretor-presidente do Banestes, Ro-
os cargos de técnico bancário, analista de sistemas 7,5 milhões em ações de Treinamento e Desenvol- cias da instituição. berto da Cunha Penedo.
e analista econômico-financeiro. Já para a Banestes vimento (T&D) para seu pessoal. A aprendizagem Para oferecer o curso, o Banestes, por meio da
Seguros e para a Banestes Administradora e Corre- continuada é uma das exigências do mundo cor- Gerência de Recursos Humanos (Gereh), buscou Centro de Treinamento
tora de Seguros, Previdência e Capitalização, a sele- porativo. O investimento no capital humano per- uma das mais tradicionais instituições de ensino e Para dar sustentação à sua política de desenvolvi-
ção destinou-se ao cargo de assistente securitário. mite que as empresas atinjam melhores resulta- pesquisa do País – a Fundação Getulio Vargas (FGV). mento de pessoal, o Banestes inaugurou, no dia 02
O concurso do Sistema Financeiro Banestes dos, além de possibilitar que atendam a sua mis- O curso foi realizado na M.Murad (conveniada da de fevereiro de 2006, o seu Centro de Treinamen-
(SFB) atraiu um total de 73.514 inscritos. Os can- são principal, que é contribuir para o desenvolvi- FGV) e teve, ainda, a contribuição das áreas gesto- to. Espaço projetado para oferecer aos usuários
didatos aprovados somaram 5.414 pessoas. No dia mento social. ras do Banco, para apresentação de seus produtos ambientação e acomodações propícias ao apren-
02 de julho de 2004, conforme edital publicado em Entre 2003 e 2010, as ações nessa área resulta- e serviços, além de outras instituições de renome. dizado e ao debate de ideias, o Centro de Treina-
jornais locais, foi convocada a primeira turma (140) ram em 2.063 eventos e 28.067 horas, com 44.931 O curso atendeu a dois eixos estratégicos da mento está instalado no 10º andar do Bloco B do
de candidatos aprovados para o cargo de técnico mil participações. Abrangeram, entre outros, cur- instituição: a sucessão de profissionais e o projeto Edifício Palas Center. Com esse investimento, o
bancário. Ao todo, foram convocados 1.335 e con- sos, seminários, palestras e treinamentos. Alguns do Banco de se expandir em direção a outros mer- Banestes também pôde reduzir custos, como lo-
tratados 593 candidatos aprovados no concurso destaques a seguir. cados, o que exige um quadro de empregados mu- cação de espaços fora do Banco para a realização
público realizado em 2004. niciados de conhecimentos, habilidades e ferramen- de treinamentos.
Em 2008, o Banestes promoveu mais um con- Curso de Formação Gerencial tas específicas para uma atuação bem-sucedida. Distribuído por 542 metros quadrados (m2), o
curso público com o objetivo de selecionar candi- Um total de 96 empregados teve a oportunidade “A necessidade de aperfeiçoar conhecimentos Centro de Treinamento abriga, além do auditó-
datos para a formação de quadros de reserva em de participar, entre 2009 e 2010, do curso de ex- deve ser contínua e se faz mais ainda premente em rio com capacidade para 150 pessoas, duas salas
diversos cargos para a instituição. Esse evento, rea- tensão Formação Gerencial. Realizado às expen- um cenário competitivo em constante mutação, o (com capacidade para 40 e 50 pessoas, respec-
Juliana Rodrigues
as mais diversas áreas, tais como finanças, econo- ca de previsão de desligamento do empre-
mia, relações interpessoais, vendas, atendimento, gado com longo tempo de serviços presta-
marketing, administração e motivação, entre ou- dos ao Banestes;
n Leonardo Rizzi, a exemplo de outros empregados tros. Um dos destaques são as monografias ela- A condição do empregado de aposentado ou
do Banco, busca manter-se atualizado com o boradas por empregados do SFB em projetos de de elegibilidade ao benefício de aposentadoria
acervo do Projeto Querer Aprender graduação e pós-graduação. proporcional ou integral pela Previdência Social;
pregados e do grupo Falamansa, atração nacional ciativa Verde. As emissões de gás carbônico (CO2) envolvidos estarão com as estratégias da empresa, temas educativos, de humor e passatempo bem
do evento. Foram também computados gastos causadas pela festa foram compensadas com o com sua missão e com o seu negócio. como atividades do Clubinho, que reúne filhos de
com papel, plásticos e embalagens. plantio, pelo Banco, de 202 árvores. Foi por assim entender que, em 2007, por meio empregados do SFB.
As 174 mudas de árvores foram plantadas, en- Segundo cálculos da Iniciativa Verde, durante a de licitação, o Banestes contratou a W Comunica- O Banestes Notícias Informativo, disponível
tre janeiro e fevereiro de 2009, em áreas de pre- festa de confraternização desse ano foram emiti- ção Empresarial para prestar serviço de Comuni- em versão on-line, tem como grande objetivo
servação permanente de matas ciliares no muni- das 31,92 toneladas de gás carbônico (CO2), o maior cação Interna à instituição. O trabalho teve início agilizar a informação. Caracteriza-se por ma-
cípio de Patrocínio Paulista, que abrange 0,9 hec- causador do efeito estufa do planeta. em julho daquele ano, com a publicação, a partir de térias curtas, referentes a resultados operacio-
tare (aproximadamente nove mil metros quadra- Em 2010, a celebração de mais um ano de tra- outubro, de dois veículos: Banestes Notícias Jornal nais, premiações, movimentação de pessoal, mu-
dos) e fica no norte do Estado de São Paulo, distan- balho e de boa colheita teve como palco, pelo quin- e Banestes Notícias Informativo. Até então, o Ban- danças nas instalações e alterações na rotina da
te 400 km da capital paulista. to ano consecutivo, o Multiplace Mais, em Meaí- co não contava com serviço sistematizado de Co- empresa. Possui, ainda, caráter de agenda, com
A área total de reflorestamento de mata nativa pe, Guarapari. municação Interna, embora publicasse um jornal a divulgação de eventos futuros. Traz uma se-
implementada pela Iniciativa Verde em Patrocínio Sob o tema “Rodeio”, a Festa de Fim de Ano 2010 interno mensal denominado Banco de Notícias. ção denominada Fala Banestes, espaço no qual
Paulista abriga um total de 1.500 árvores, contendo transformou o espaço de eventos no Rancho Banes- O Banestes Notícias Jornal é uma publicação dúvidas, queixas e sugestões dos empregados
espécies como ipê, jatobá, louro pardo, maria-mo- tão. O tema escolhido foi uma metáfora que tra- mensal de perfil normativo e motivacional. Carac- são respondidas pelos gestores. A coluna cum-
le, paineira-rosa, pau d’alho e pau marfim. A ONG duziu a força e a persistência dos empregados do teriza-se pelo aprofundamento de temas relevan- pre função de Ouvidoria e imprime à publicação
fez o monitoramento das mudas pelo período de Banestes, características percebidas também nos tes para o Banco, notadamente na matéria princi- caráter de interatividade.
dois anos, com eventual reposição, caso necessário. homens e mulheres de rodeio, que não se curvam pal de cada edição. A linha editorial abrange a vei-
O local escolhido para o plantio das 174 árvores diante dos desafios. O principal ritmo musical da culação de opiniões, cobertura de eventos, lança- O Desafio Banestes de Beach Soccer
do projeto do Banestes deve-se à atuação da ONG festa foi sertanejo e o outro, de acordo com vota- mento de produtos e campanhas, aborda as estra- No final de julho de 2006, os empregados do SFB fo-
Iniciativa Verde, que prioriza áreas de preservação ção dos empregados, foi música de baile. tégias para as diferentes áreas da organização, as- ram contemplados com a criação de um projeto de
permanente nas quais o reflorestamento é uma sinalando o desempenho do Banco no mercado. caráter lúdico, esportivo e de integração envolven-
necessidade urgente. Comunicação Interna Contempla em especial a área de recursos huma- do seus familiares. Idealizado pela Gemak, o Desa-
Em 2009, a Festa foi realizada sob o tema “Ba- A Comunicação Interna é uma ferramenta impres- nos, por meio de seções voltadas para a promo- fio Banestes de Beach Soccer é realizado anualmen-
nestes de Chuteiras” em alusão à Copa do Mun- cindível para a obtenção de resultados de uma em- ção e o reconhecimento de funcionários e equipes. te, associado ao Dia dos Pais, nas areias da praia de
do 2010 e contou com 1.670 participantes. A pro- presa. Faz circular as informações novas, promo- O veículo possui um suplemento denominado Camburi ou na Praça dos Desejos, ambas em Vitória.
gramação do evento incluiu a apresentação dos vendo a melhoria no ambiente de trabalho, a inte- Família, dirigido aos familiares dos empregados e O Desafio Banestes de Beach Soccer consiste
bailarinos do projeto Pequenos Talentos, desen- gração do quadro funcional e a valorização e reco- tem como objetivo contemplar a família dos pro- em um torneio de futebol de areia e tem a parceria
volvido pela Ação Comunitária do Espírito San- nhecimento dos profissionais. fissionais do Banco com informações de seu inte- da Federação Capixaba de Beach Soccer (Febses),
to (que recebe o apoio do Banco), e do cantor Ivo Há ainda que se considerar que os emprega- resse. Para o público adulto, seu caráter é, basica- que é patrocinada pelo Banco e oferece ao even-
Meirelles. O evento recebeu a aprovação de 94% dos são os melhores porta-vozes da organização mente, de prestação de serviços, com temas rela- to a estrutura usada em suas competições oficiais.
dos entrevistados. em que trabalham e têm um papel fundamental tivos a saúde, alimentação, esporte, economia do- Além dos benefícios da integração e da prática
Novamente, em 2009, a Festa de Fim de Ano re- na construção da imagem e da reputação da em- méstica, cultura e lazer. A segunda página do en- esportiva, os empregados participantes do Desafio
cebeu o selo Carbon Free, emitido pela Oscip Ini- presa. Por isso, quanto mais bem informados, mais carte é voltada para o público infantil e divulga têm outros motivos para entrar em campo. Nos
A
catarina carneiro
s tecnologias, que, se não determinam, Global porque as principais atividades produtivas, o con- zou um trabalho que envolveu todo o corpo ges-
influenciam indelevelmente a trajetó- sumo e a circulação, assim como seus componentes (ca- tor e o Comitê de Tecnologia.
ria da humanidade, são fundadoras pital, trabalho, matéria-prima, administração, informa- Com a racionalização promovida, o volume de
do processo produtivo capitalista e ção, tecnologia e mercado) estão organizados em esca- pedidos de implementações que permaneceram
viabilizadoras de sua permanência la global. Informacional e global porque, sob novas con- no rol de demandas da TI foi reduzido a menos de
sempre renovada. Do vapor ao sa- dições históricas, a produtividade é gerada e a concor- 25%. Os Projetos de Negócios ganharam relevân-
télite, propiciam sucessivas “re- rência é feita em uma rede global de informação (p. 87). cia, e a premissa das rodadas de priorização de aten-
voluções” que se seguem na ex- dimento de solicitações era identificar os projetos
periência de produzir, vender, No caso do sistema bancário, as novas tecno- com maior potencial de geração de resultados.
fazer negócio, gerar lucro, logias são um fator decisivo para a competitivida- A TI passou a ser, essencialmente, ferramen-
condicionar sociabilidades. de, alcançando do atendimento ao cliente, como se ta de suporte para a geração de negócios e teve
O processo de avanço verá no próximo capítulo, até a segurança dos ser- que lançar mão dos conhecimentos mais moder-
tecnológico alcançou, nos últimos anos do sécu- viços prestados. Atento a essa necessidade, o Ba- nos de gerenciamento de projetos e de gestão de
lo XX, um nível extraordinário, especialmente no nestes investe sistematicamente na área e uma das demandas, para evidenciar e minimizar os garga-
âmbito da comunicação, telecomunicações e infor- realizações de maior vulto foi a instalação do Site los que se formavam face à forte dinâmica de ala-
mação. Esse conjunto de tecnologias passou a dar de Contingência. A estrutura garante a continui- vancagem das atividades que se instalou no Banco. n Site de Contingência: investimentos em
respostas altamente positivas ao modo de produ- dade dos serviços da instituição em caso de falha Além disso, como parte do planejamento, uma tecnologia garantem segurança e continuidade
ção capitalista. de seu Centro de Processamento de Dados (CPD). das diretrizes definidas voltava-se para o apoio ao dos serviços em casos de desastres ou incidentes
Dentre as tecnologias da informação estão a mi- O Banestes foi o primeiro banco a imprimir o Có- Governo Estadual no programa de Inclusão Digi-
croeletrônica, a computação (software e hardware) digo 2D nas folhas de cheque e, entre outras medi- tal, do qual resultaram diversas doações de equi-
e as telecomunicações. Desde as duas últimas déca- das na área de Tecnologia da Informação (TI), reali- pamentos e suporte na instalação de laboratórios lançamentos está diretamente associada ao pro-
das do século passado, vive-se um processo de trans- zou o Planejamento Estratégico de Tecnologia da de informática nas comunidades. jeto de backup e recuperação adotado como po-
formação tecnológica, tendo-se criado uma inter- Informação (Peti); instalou o Módulo de Segurança A Diretoria de Tecnologia (Ditec) criou uma se- lítica de contingenciamento. Muitas empresas só
face entre campos tecnológicos a partir da lingua- nas transações feitas por meio do Internet Banking ção específica na intranet, onde era possível acom- despertam para a seriedade do problema quando
gem digital comum. e o sistema de Telefonia IP (Internet Protocol); subs- panhar os desenvolvimentos previstos e realizados já estão em situação emergencial, porém pode ser
Enquanto as tecnologias da Revolução Indus- tituiu o parque tecnológico; dotou a rede de agên- mensalmente, provendo informação aos gestores tarde demais e os danos, incalculáveis.
trial demandaram dois séculos para alcançar o pla- cias de uma infraestrutura tecnológica mais moder- para monitoramento dos projetos. No passado, o Banco dependia de um único CPD
neta, as tecnologias digitais da informação e da na e eficiente; e implantou sistemas de gestão de Buscando o equilíbrio na alocação dos recursos para tocar processos críticos. Os backups estavam
comunicação difundiram-se em menos de duas identidade e de contratação por Ponto de Função. disponíveis entre as soluções de suporte aos negó- em fitas de segurança guardadas em uma sala-co-
décadas. Por terem o condão de articular e cen- Confira os detalhes da inovação no Banco. cios e ao grande volume de novos desenvolvimen- fre e uma cópia dos dados era armazenada em ou-
tralizar o planejamento, a produção e o comércio, tos demandados, compulsoriamente, pelos órgãos tro ponto geográfico.
além de viabilizar o sistema financeiro ao redor reguladores, o Peti permitiu repensar a qualidade Em 2008, o Banestes investiu R$ 14 milhões em
do mundo, as Tecnologias da Informação e Co- 5.1 Planejamento Estratégico das demandas, administrar prioridades e identificar uma solução para garantir confiabilidade à operação
municação (TICs) possibilitaram enxergar e tra- necessidades no ambiente computacional. As ne- de seus negócios. Os cerca de um milhão de clientes
tar o planeta como um lugar plenamente inte- Com a retomada do crescimento das carteiras do cessidades foram, posteriormente, objeto de for- ganharam um motivo a mais para ficar tranquilos: o
grado e articulado. Banco, as demandas por tecnologia cresceram ex- tes investimentos do Banestes. Banco implantou o seu Site de Contingência, uma es-
Castells (2001) define a nova economia como in- ponencialmente. Era preciso organizar e priorizar trutura criada com o objetivo de prover a continui-
formacional e global, cujos pressupostos são a pro- as solicitações em um modelo de gestão que per- dade dos serviços da instituição em caso de desastre
dutividade, a concorrência e as interações: mitisse maximizar os recursos existentes com foco 5.2 Site de Contingência de seu CPD ou em falhas de seus ambientes digitais.
Informacional porque a produtividade e a competitivi- de agregação de valor aos negócios da instituição. A grande vantagem de contar com sistemas de
dade das unidades ou agentes nessa economia (sejam Foi criado, assim, em 2005, o Peti. O documento O Banestes movimenta, aproximadamente, um mi- alta disponibilidade é diminuir o tempo de parada,
empresas, regiões ou nações) dependem basicamente foi um marco para a TI no Banestes. Definiu a mis- lhão de contas, ocasionando fluxo superior a um seja voluntária ou involuntariamente. Sua imple-
de sua capacidade de gerar, processar e aplicar de for- são, visão, valores, macropolíticas e diretrizes es- milhão de lançamentos por dia. A disponibilidade mentação requer altos investimentos, proporcio-
ma eficiente informações baseadas em conhecimentos. tratégicas nos âmbitos tático e operacional. Reali- dos sistemas computacionais que processam esses nais à necessidade de seus negócios.
T
odas as mudanças efetivadas nos A transformação de Postos de Atendimento Bancá-
3. PAB Divino de São Lourenço 22/09/2005 PAB para agência
últimos oito anos fundamenta- rio (PABs) em agências foi também uma das ações
ram uma transformação básica no processo desenvolvidas pelo Projeto. 4. PAB Ibitirama 22/09/2005 PAB para agência
de recuperação e de lucratividade do Banco: O Projeto visa, ainda, a elevar a presença do 5. PAB Ponto Belo 22/09/2005 PAB para agência
melhorar a qualidade e ampliar a capacida- Banco no Estado do Espírito Santo, de modo a pro- 6. PAB Vila Pavão 21/10/2005 PAB para agência
de de atendimento do Banestes. Isso signifi- porcionar à população maior facilidade de acesso 7. PAB Vitória 08/08/2005 PAB para agência
ca agências recuperadas, unidades constru- aos serviços bancários. Outra meta foi a incursão 8. PAB Sooretama 19/10/2005 PAB para agência
ídas, atendimento especializado a pessoas do Banco em cidades vizinhas de outros estados,
9. Agência Praia do Canto (Vitória) 20/07/2005 Modernização – novo local
jurídicas, postos de atendimento e serviços como forma de buscar ganho de escala. São cida-
10. Agência Vitória 08/08/2005 Modernização
via internet, entre tantas outras novidades, des que, além de próximas do ponto de vista geo-
conforme se pode conferir neste capítulo. gráfico, mantêm com o território espírito-santense 11. Agência Vila Rubim (Vitória) 26/09/2005 Nova unidade
grande afinidade, pois abrigam capixabas que ne- 12. Agência Dores do Rio Preto 06/10/2005 Modernização
las residem ou têm negócios. Basta dizer que estão 13. Agência Brejetuba 07/10/2005 Modernização
6.1 Expansão e Melhoria da mais próximas e ligadas à capital do Estado, Vitó- 14. Agência Sooretama 19/10/2005 Modernização – novo local
Rede de Atendimento ria, do que à capital dos estados a que pertencem. 15. Agência Água Doce do Norte 19/10/2005 Modernização
O Projeto de Expansão e Melhoria da Rede de
16. Agência Alto Rio Novo 20/10/2005 Modernização
Em 2005, o Banestes deflagrou o Projeto de Expan- Atendimento do Banestes beneficiou, até 2010,
17. Agência Vila Pavão 21/10/2005 Modernização
são e Melhoria da Rede de Atendimento, o maior 108 unidades, entre modernizadas (mantidas no
do gênero já experimentado pela instituição. O mesmo local ou abrigadas em outro imóvel) e no- 18. PAB Cariacica 23/11/2005 Modernização – novo local
projeto, ratificado pelo Planejamento Estratégico vas unidades instaladas. Fora do Estado, o Banco 19. Agência São Domingos do Norte 20/12/2005 Modernização
2008-2010, tem como principal objetivo dotar as aportou nas cidades de Nanuque e Mantena (MG),
unidades de um padrão visual moderno e funcio- Teixeira de Freitas (BA) e Itaperuna (RJ). Em 2011, o Unidade Data Especificação serviço
nal, capaz de oferecer maior comodidade e bem- Banco estará em outra cidade fluminense: Bom Je-
2006
-estar aos profissionais e clientes do Banco. sus de Itabapoana.
Ampliação
1. Agência Graciano Neves (Vitória) 10/2006
autoatendimento
Expansão e Melhoria da Rede de Atendimento 2. PAB Cariacica (Cariacica-sede) 16/05/2006 PAB para agência
Unidades novas e modernizadas 3. PAB Codesa (Vitória) 16/05/2006 PAB para agência
4. PAB Ibes (Vila Velha) 16/05/2006 PAB para agência
Unidade Data Especificação serviço 5. PAB Itapoã (Vila Velha) 16/05/2006 PAB para agência
2004 6. PAB Muquiçaba (Guarapari) 16/05/2006 PAB para agência
1. PAB BNH (Cachoeiro de Itapemirim) 26/01/2004 PAB para agência 7. PAB Nova Almeida (Serra) 16/05/2006 PAB para agência
2. PAB São Domingos do Norte 15/03/2004 PAB para agência 8. PAB Planalto Carapina (Serra) 16/05/2006 PAB para agência
3. PAB Governador Lindenberg 15/03/2004 PAB para agência 9. PAB Porto Canoa (Serra) 16/05/2006 PAB para agência
4. PAB Laranjeiras (Serra) 05/04/2004 PAB para agência 10. PAB Santo Antônio (Vitória) 28/02/2006 PAB para agência
5. PAB Pedra Azul (Domingos Martins) 05/04/2004 PAB para agência 11. PAB São Pedro (Vitória) 28/08/2006 PAB para agência
6. PAB Irupi 01/09/2004 PAB para agência 12. PAB HPM (Vitória) 23/01/2006 Modernização
13. PAB Fórum Vitória 23/08/2006 Modernização
14. Agência Itapoã (Vila Velha) 09/2006 Modernização
Unidade Data Especificação serviço
15. Agência Ibes (Vila Velha) 07/2006 Modernização
2005 n19/06/2006 - instalação
1. PAB Água Doce do Norte 19/10/2005 PAB para agência 16. Agência Terra Vermelha * (Vila Velha) n
19/09/2008 - transferência Nova unidade
2. PAB Alto Rio Novo 20/10/2005 PAB para agência para o local ocupado pelo PAB
n A Banestes Empresarial
Agência Civit foi a
primeira unidade
n As agências Castelo e Cachoeiro de Itapemirim n Os painéis em frente aos caixas trouxeram especializada no
são exemplos das melhorias na infraestrutura privacidade, segurança e um novo canal de atendimento a
de atendimento comunicação com os clientes pessoas jurídicas
Bancários, implantado pelo Banestes também em siva participação no volume de depósitos e saques.
parceria com a ATP. O equipamento foi configu- A instalação dessa rede foi mais uma iniciativa
rado apenas para recebimento de contas com có- do Banestes com viés social, pois a estratégia so-
digo de barras, tanto de arrecadação quanto de cializa o acesso aos serviços bancários, levando-os
contas de cobrança bancária do Banestes e outros a comunidades não servidas por agências ou pos-
bancos. As transações são efetuadas com cartões tos bancários. Isso evita que o cliente se desloque
emitidos pelo Banestes, a exemplo do Banescard. de seu bairro ou distrito para ir ao Banco. Poupa des-
Pela máquina não circula numerário em espécie. pesas com transporte e, mais ainda, contribui para
Esse ponto de atendimento é gerido por um fomentar a economia regional, já que a tendência é
Correspondente Não Bancário designado pelo Ban- que os clientes façam as suas compras onde residem.
co, que observa a performance da máquina, provi- Os Correspondentes Não Bancários são unidades
dencia a substituição de materiais (bobinas, fitas, por meio das quais o cliente pode realizar operações
etc.) e atende os usuários que porventura tiverem bancárias diversas, tais como pagamento de contas
dúvidas quanto ao seu uso. de água, luz, telefone, cobrança bancária e impostos
municipais e estaduais, além de saques com cartão.
São instalados em supermercados, farmácias, lojas e
6.2 Correspondentes outros estabelecimentos, como alternativa para le-
Não Bancários var atendimento à população das localidades que não
dispõem de nenhum tipo de serviço bancário, além
O advento dos Correspondentes Não Bancários do de se tornarem também outra opção para morado-
Banestes (rede de atendimento Banestes Mais Fá- res de todos os municípios capixabas.
cil) foi a culminância da implantação de serviços de Para o comerciante, a parceria com o Banestes
n Em lojas da EDP Escelsa e unidades do Detran|ES, os totens do Banestes facilitam recebimento de contas (arrecadação e cobrança), é vantajosa porque o serviço de Correspondente
a vida do cliente, oferecendo condições para o pagamento de taxas e de contas tais como sistema de débito automático, Trans- Não Bancário, além de lhe render tarifas, aumenta
ferência Eletrônica de Fundos (TEF) e pagamento o fluxo de pessoas em seu estabelecimento, o que
a fornecedores via troca de arquivos eletrônicos. proporciona o incremento das vendas.
Consolidada, a rede fecha o ano de 2010 com 470
6. Bom Jesus do Norte conceito de autoatendimento. A partir da instala- pontos de atendimento. Produz média superior a 2,2 Início da história da rede
7. Divino de São Lourenço ção de equipamentos denominados totens, os ci- milhões de transações por mês, o que representa Banestes Mais Fácil
8. Dores do Rio Preto dadãos podem fazer, nos próprios locais onde os mais de 70% de todo o recebimento de contas (arre- Por ser um banco público e com abrangência regio-
9. Governador Lindenberg serviços são oferecidos, pagamentos referentes a cadação e cobrança) do Banco e, ainda, uma expres- nal, o Banestes sempre teve uma atuação muito for-
10. Ibitirama taxas e impostos.
11. Irupi O projeto piloto foi inaugurado em junho de
12. Jerônimo Monteiro 2009 na Circunscrição Regional de Trânsito (Ci- catarina carneiro
13. Laranja da Terra retran) de Vitória e, por ter apresentado boa per- n A rede Banestes
14. Mantenópolis formance, foi estendido a outras Ciretrans e lo- Mais Fácil garante
15. Mucurici jas da EDP Escelsa. atendimento a
16. Ponto Belo Alguns serviços do Detran necessitam do pa- comunidades que
17. Rio Bananal gamento de taxas em bancos. Isso requer que o não têm acesso a
18. São Domingos do Norte cidadão saia da Ciretran, pague a taxa em agên- agências ou postos
19. Vila Pavão cia bancária e, em alguns casos, tenha de voltar à bancários, além
Ciretran para concluir o processo. Com o totem, de estar próximo
esses pagamentos podem ser realizados no local. da população em
6.1.4 Totens de autoatendimento O mesmo acontece com as lojas da EDP Escelsa, diversos tipos de
onde os clientes poderão resolver, no próprio es- estabelecimentos
Com o objetivo de oferecer maior agilidade, segu- tabelecimento, as questões relativas a pagamen-
rança e comodidade aos clientes do Banestes que to de contas e taxas.
são usuários de alguns serviços públicos, o Ban- O totem utiliza sistema similar ao modelo do
co desenvolveu, em parceria com a ATP, um novo equipamento da rede de Correspondentes Não
Desenvolvido pela Gerência de Relações de In- mento do Banestes para acessar informações so- qualquer momento, imprimir o extrato con-
Atendimento cartões vestidores (Gerin) e Gecel, o Site RI prima por uma bre seus financiamentos. tábil do seu contrato com lançamentos dos
O Banestes implantou, em novembro de 2008, interface amigável com o investidor internauta. O Por meio dos caixas eletrônicos do Banestes últimos três meses;
um canal de atendimento específico para assun- ambiente está dividido em sete seções: A Compa- distribuídos por todo o Estado, o cliente do Ban- Consulta saldo devedor – o cliente consul-
tos referentes aos cartões do Banco – Banescard nhia, Informações Corporativas, Governança Cor- des conta com serviços de consultas e emissão de ta a situação financeira do contrato (débi-
e Cartões de Débito Pessoa Física/Cartões Pessoa porativa, Informações Financeiras, Ações, Serviços extratos que tornam o atendimento mais direto e to vencido, número de parcelas em atraso,
Jurídica Visa Electron. aos Investidores e Fale com o RI. rápido, reduzindo o número de ligações com dúvi- parcelas pagas ou a vencer e saldo a vencer);
Pelo telefone 0800 727 0474, os clientes po- Nessa última seção, o usuário poderá enca- das sobre contratos. Consulta contrato/pagamento – ao aces-
100 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 101
sar um contrato, o cliente poderá indicar rência nas relações de consumo de bens e serviços.
em quantas parcelas deseja pagar; Focado na melhoria da prestação de serviços
Fases do processo – o cliente poderá con- cada vez mais qualificados e competitivos, com
sultar as fases do processo, desde a análise a essencial satisfação de clientes, o Banestes
até a liberação. fez investimentos de vulto e vanguarda, como
se relatou até aqui. Mas o Banco fez ainda mais:
Segurança na Web incluiu em seu rol de prioridades a moderniza-
Em 17 de novembro de 2009, o Banco instituiu novo ção do serviço de atendimento às demandas dos
dispositivo para oferecer ao cliente maior tranqui- seus clientes.
lidade durante as transações bancárias realizadas Em 25 de outubro de 2002, a Gecel passou a ge-
no meio virtual: o Módulo de Segurança. renciar, por meio de sua Coordenadoria de Atendi-
A ferramenta destina-se ao cliente que usa o In- mento Remoto a Clientes (Coarc), a Central de Aten-
ternet Banking. Desenvolvido pela empresa GAS Tec- dimento Banestes, que era composta pelas ilhas
nologia, o Módulo de Segurança conta com a chan- Help Desk; Suporte Técnico ao Banesfácil; Atendi-
cela do mercado bancário nacional e internacional, mento a clientes externos/Hot Line, hoje ilha do
que testou e aprovou o sistema. O dispositivo cria SAC; Ouvidoria; e Backoffice.
uma proteção no computador do cliente, geran- Conforme salientado no início desta seção, o
do uma blindagem segura e impedindo que códi- SAC surgiu da necessidade de atender ao Decreto
gos mal-intencionados capturem os dados digita- 6.523/80, que fixa normas referentes ao atendimen-
dos durante o acesso ao domínio banestes.com.br. to ao consumidor sobre informações, dúvidas, recla-
Com o Módulo de Segurança, o Banestes ofe- mações e suspensão de serviços e produtos contra-
rece aos seus clientes a última palavra em termos tados. Prevê, ainda, a possibilidade de cancelamen-
de tecnologia no âmbito da segurança bancária to de serviços contratados por telefone. O Decreto
eletrônica. A instalação do dispositivo foi desen- regulamenta a Lei nº 8.078 de 11 de setembro de
volvida para ocorrer de forma rápida e fácil, com 1990 e está em vigor desde 1º de dezembro de 2008.
telas autoexplicativas orientando o passo a passo. Importantes aprimoramentos foram implanta-
Com os dois dispositivos (Certificação Digital e dos usando a melhoria do atendimento prestado
Módulo de Segurança), o Banestes reforça o padrão pelo SAC, em que o telefone é o principal canal de
de segurança e de tranquilidade oferecido aos seus comunicação. O SAC Banestes é um serviço gratui-
clientes nas transações feitas via Internet Banking. to e está disponível 24 horas por dia, sete dias por
semana, por meio do telefone 0800-727-0474. Fo-
ram, em média, 56.293 ligações mensais recebidas
6.4 Serviço de Atendimento em abril, maio e junho de 2010.
ao Consumidor (SAC) O Banestes possui atendimento humano, opor-
tunizando aos clientes manifestarem suas insatis-
A ascensão do consumidor à condição de sujeito de fações para com a instituição, com o objetivo de
direitos foi um dos principais avanços da cidadania tratá-las e resolvê-las de forma direta, célere e não
brasileira no pós-ditadura militar (1964-1985). Toda onerosa, evitando, assim, que elas sejam levadas di-
uma legislação foi desenvolvida de forma a garantir retamente a instâncias externas tais como Bacen,
direitos, estabelecer deveres e incentivar a concor- Procon, Judiciário etc.
Com uma rede de agências, postos de atendimento, representantes autorizados e muito investimento em
tecnologia, o Banestes, a partir de 2003, virou uma página na sua história de atendimento ao público. Passou
a cobrir todo o Estado, extrapolou as fronteiras espírito-santenses e foi além do tradicional na oferta de servi-
ços de elevada base tecnológica. Tudo isso para fazer, cada dia mais, diferença na vida de todos os capixabas.
104 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 105
7 Banescard - Uma Ousadia
E
m meio a um mercado dominado operações (saque, débito e crédito), um avanço de a perspectiva de crescimento da base de
por gigantes e numa ação de van- 39,4% em relação a igual período do ano de 2009. clientes pessoa jurídica, mediante creden-
guarda, o Banestes desenvolveu o Já no que se refere à quantidade, setembro de 2010 ciamento do estabelecimento comercial;
Banescard, tornando-se o primeiro registrou 641.619 transações com o Banescard – o fomento ao comércio do Estado; e
banco comercial do País a dispor de uma evolução de 36,25% ante o realizado no mes- a agregação de valor à instituição com a in-
um cartão de débito e crédito ban- mo mês do ano passado. clusão do produto em seu portfólio, tendo
deira própria. O produto revelou-se em vista o uso cada vez mais crescente do
um instrumento de crédito que re- Características “dinheiro de plástico”.
volucionou os negócios do Banco, Sem taxa de anuidade nem de inatividade, o Banes-
colocando a instituição num lugar card propiciou aos clientes do Banco mais cidada- Em 2005, representantes do Banco do Estado Em maio de 2006, o Banestes começou a desen-
ainda mais destacado no mercado nia e conforto. Basta citar o caso dos beneficiários de Sergipe (Banese) estiveram no Banestes falan- volver, em parceria com empresa terceirizada, um
financeiro capixaba. do INSS e dos clientes da Conta Meu Salário, até do do seu modelo de cartão bandeira própria, o Ba- sistema próprio para processamento de cartões (in
A viabilização do cartão trouxe grande satisfação então portadores de cartões que permitiam ape- neseCard. Posteriormente, técnicos do Banestes fi- house), inclusive aplicativos de POS. O Banco ha-
para o Banco. Além do pioneirismo, o advento do Ba- nas saques nos caixas ou nas máquinas de autoa- zeram uma visita ao Banco do Estado do Rio Gran- via recebido propostas de processamento do car-
nescard representou o coroamento dos esforços dos tendimento. Com o Banescard, puderam, além de de do Sul (Banrisul), instituição com experiência na tão por parte de empresas, mas o alto custo pro-
profissionais do Banestes que, para o seu desenvolvi- saques, realizar compras e pagamentos em esta- gestão de cartão de bandeira própria com o seu vocaria uma redução drástica da rentabilidade do
mento, dedicaram-se com vigor às diversas etapas do belecimentos comerciais e de serviços. Banricompras, que possuía apenas a função débito. produto, principalmente porque estava definido,
processo. Com investimentos superiores a R$ 3 mi- Para os lojistas, o cartão do Banestes oferece, A Diretoria do Banestes definiu que o seu car- pela Diretoria, que não haveria cobrança de anui-
lhões, o projeto Banescard foi longo e extremamen- além de antecipação de recebíveis, as menores ta- tão de bandeira própria seria um cartão múltiplo, dade dos clientes.
te complexo. Nessa empreitada, o Banco teve a par- xas de operação, preço de aluguel menor e prazo ou seja, de débito e crédito – pioneiro no merca- No mesmo ano, a Diretoria designou emprega-
ceria da Set Informática, empresa também capixaba. de franquia maior que os praticados pelo mercado. do – e que não cobrasse taxas de anuidade e de dos do Banco para trabalharem exclusivamente na
O lançamento do Banescard foi um grande mo- A capilaridade do Banestes, que está presente nos inatividade, o que permitiria atingir, praticamen- formatação do projeto de cartão de bandeira pró-
mento para o Banestes e ocorreu no dia 27 de mar- 78 municípios do Estado com pelo menos uma agên- te, todos os clientes do Banco. pria. O Grupo de Trabalho (GT) foi formado por Nil-
ço de 2008, em cerimônia que contou com a pre- cia em cada uma das cidades, é outra vantagem para Por outro lado, ciente das dificuldades para a for- ma Belineli Manhães da Silva, Pedro Paulo de Mattos
sença do governador Paulo Hartung e do então se- os clientes, que passaram a dispor de uma ampla e di- mação de rede própria de captura de transações, Coutinho, Cleres Luis Medici Bermudes, Yara Cristina
cretário da Fazenda e presidente do Conselho de versificada rede de estabelecimentos credenciados. o Banestes definiu que iria cobrar, dos estabeleci- Bonesi Santos e o consultor da Presidência Fernan-
Administração do Banco, José Teófilo Oliveira, bem mentos comerciais, uma taxa de administração so- do Wagner Muritiba, auxiliados por três estagiários.
como de outras lideranças políticas e empresariais. Concepção bre as suas vendas menor do que a praticada pela Junto ao então superintendente de Produtos,
“O Banestes vai se reestruturando como sem- Em 2005, o Banestes começou a estudar a criação concorrência. Iria, ainda, conceder aos lojistas um Ivalino Andreão, e o gerente da Gecar, Carlos Ro-
pre defendi: em torno de nichos de mercado. Pa- de um cartão com bandeira própria, visualizando, prazo mínimo de seis meses de carência no paga- berto Coimbra de Oliveira, o grupo iniciou o es-
rabéns aos empregados, à Diretoria do Banco, ao com a concepção do produto, a alavancagem de mento do aluguel (o menor do mercado) do POS boço do projeto para criação do cartão Banescard.
presidente Roberto Penedo e às empresas que se aplicação de crédito. Além disso, o cartão repre- (Point of Sale), equipamento de captura das transa- Posteriormente, o desenvolvimento do trabalho
envolveram neste projeto”, afirmou o governador sentaria uma ótima perspectiva de sucesso, ten- ções com cartões. Haveria a possibilidade de o lojis- teve a importante participação dos profissionais
Paulo Hartung, durante a solenidade de lançamen- do em vista os seguintes aspectos: ta devolver o aparelho sem nenhum custo adicio- da área de Tecnologia da Informação (TI) do Banco
to do Banescard. O governador também fez alu- a grande base de clientes que não possuía nal ou multa ao final do período de carência, caso e da empresa capixaba Set Informática.
são aos desafios tecnológicos que o Banco preci- cartão de crédito; não mais desejasse ser afiliado à rede Banescard. Inicialmente, o grupo se instalou na antessala
sou superar para conceber o produto. a força da marca Banestes no mercado fi- Uma empresa de marketing realizou estudos da Supro e, posteriormente, em uma sala da Ge-
Com uma base de 900 mil cartões e uma rede cre- nanceiro do Espírito Santo, inclusive com para a criação do logotipo e do nome do novo car- car. Quando as demandas acerca do cartão come-
denciada de mais de 22 mil estabelecimentos (dados presença em todos os municípios; tão. Foi definido que o cartão com bandeira própria çaram a crescer, o GT se dividiu em três. Um para
de setembro de 2010), o Banescard é a maior bandeira a oportunidade de fidelizar o cliente e de in- se chamaria Banescard. O cartão teve outro dife- trabalhar na homologação e correções dos pro-
de cartões em operação no mercado do Espírito Santo. crementar as receitas provenientes de ta- rencial importante na sua concepção: seria o pri- cessos decorrentes dos sistemas; e os outros dois
Crescem também, vertiginosamente, o volume xas de administração, financiamento rota- meiro cartão de tarja magnética que exigiria o uso formaram, respectivamente, duas coordenadorias:
e o número de transações com o cartão Banescard. tivo e aluguel de equipamento para captu- de senha para as compras no débito e também no uma para operacionalizar o produto cartão e outra
Em setembro de 2010, foram R$ 38,2 milhões em ra das transações com os cartões; crédito, agregando mais segurança para o cliente. para atendimento aos estabelecimentos comer-
106 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 107
ciais credenciados, que formavam a Rede Banes- Múltiplo Débito e Crédito. Um novo treinamento tos credenciados estava começando a ganhar cor- Central de Atendimento Banescard da Gerência de
card, todos ligados à Gecar. foi realizado pela Gecar, voltado para os gerentes po e a base de cartões Banescard ainda era forma- Canais Eletrônicos (Gecel).
Em 2007, iniciou-se, com a contratação de uma da rede de agências, para que conhecessem e dis- da, predominantemente, pelos profissionais do Sis- Os instrutores da Gecar, Micheli Soares Moulin
empresa terceirizada, o trabalho de afiliação dos seminassem, junto aos seus profissionais, o novo tema Financeiro Banestes (SFB). e José Alípio Mont'Alvão Campos, realizaram o pri-
estabelecimentos comerciais para aceitarem os sistema de cartão Banescard que seria utilizado nas Era preciso ampliar a ativação dos cartões que meiro treinamento. O material foi o conteúdo ini-
cartões Banescard. Essa foi, no princípio, uma ta- unidades em seu dia a dia de trabalho. Em agosto estavam nas mãos dos clientes e diversificar os ra- cial de um banco de informações, que é constante-
refa muito árdua, já que os lojistas não conheciam do mesmo ano teve início a emissão de cartões mos dos estabelecimentos comerciais credenciados mente atualizado, desenvolvido para reciclagem e
o cartão e não queriam ter mais um gasto com o para os clientes do Banco. ao Banescard e, ainda, promover uma boa distribui- treinamento dos operadores da Central 0800, bem
aluguel da “maquininha” para passar os cartões. Com o objetivo de divulgar aos clientes e não ção em toda a extensão territorial do Espírito Santo. como para eventuais consultas.
Como a Diretoria desejava fazer com que a rede clientes do Banestes o cartão Banescard, a Gecar Se as ações fossem canalizadas somente para Os treinamentos sobre o Banescard tiveram
afiliada ao Banescard crescesse rapidamente e em realizou visitas e eventos organizados em parceria a afiliação dos estabelecimentos, o Banco não te- continuidade ao longo do tempo e sempre foi dis-
todo o Espírito Santo, decidiu-se por conceder um com administradores de agências. Entre abril e no- ria uma base de cartões consistente para utilizar ciplina obrigatória nos cursos internos do Banes-
estímulo aos empregados do Banco, que recebe- vembro de 2008, a equipe fez apresentações sobre a rede afiliada e mantê-la aquecida. Da mesma for- tes, como as turmas de Formação Gerencial e o
riam comissão pela efetivação do credenciamen- o Banescard para a Associação Comercial de Vitória ma, se o Banestes convergisse esforços somente Curso de Integração (destinado aos técnicos ban-
to de estabelecimentos comerciais. (ACV); Associação Comercial de Barra de São Fran- para a ampliação da base de cartões, haveria pro- cários recém-admitidos em concursos públicos).
Para atender a essa iniciativa, no primeiro se- cisco; empresários dos segmentos moveleiro, su- blema devido à falta de rede afiliada. Em pouco tempo, o volume de demandas cres-
mestre de 2008, os coordenadores da Gecar Nilma permercadista e farmacêutico; Sindibares de Co- O maior desafio era, portanto, fazer com que ceu tanto que a coordenadoria que cuidava de ins-
Belineli Manhães da Silva e José Alípio Mont'Alvão latina; e Federação dos Artesãos do Espírito Santo. as duas pontas, a base de cartões e a rede afiliada, talação de POS e do atendimento aos estabeleci-
Campos realizaram um treinamento com mais de A Diretoria deu todo o apoio necessário para crescessem juntas, dando sustentação e credibili- mentos comerciais já não cabia na Gecar. Assim,
cem empregados de agências, divididos em gru- a promoção do cartão Banescard. dade uma à outra, garantindo o equilíbrio do pro- em outubro de 2008, foi criada Gerência de Rede
pos de 20, sobre o Sistema Ba- O Banestes realizou quatro se- duto Banescard. O crescimento da quantidade de (Gered). Tendo como titular Antônio Carlos Sam-
nescard de Credenciamento. manas de encontros regionais cartões Banescard em uso no mercado foi impul- paio, a área passou a cuidar do gerenciamento da
Na sala de treinamento do para todas as agências do Es- sionado por ações como: rede de captura dos cartões Banescard. A Gecar fi-
Centro de Processamento de pírito Santo, informando so- conversão da base de cartões antigos do cou com a responsabilidade de cuidar da adminis-
Dados (CPD), os participantes bre a importância do Banes- Banco para o novo cartão Banescard; tração do cartão Banescard e do lançamento de
recebiam suas senhas de acesso, card para o Banco, não só em concessão de limite de crédito (median- novos produtos ligados à bandeira.
e, formando duplas em cada com- relação à receita que pode- te regras de avaliação cadastral) ao cliente No final de 2008, assumiram, respectivamente,
putador para navegar no Sistema Ba- ria gerar, mas, principalmen- que nunca havia portado um cartão com a a Diretoria Comercial (Dicom) e a Superintendência
nescard Web, conheciam e interagiam com as te, quanto à oportunidade de novos negócios função crédito; de Produtos (Supro), os empregados Ronaldo Hoff-
telas da seção de Afiliação do Sistema. Ao retorna- com clientes pessoa jurídica, que abririam suas isenção de anuidade e de taxa de inatividade; mann e João Carlos Bussular. Continuando as ações
rem às suas respectivas agências, multiplicavam o contas no Banestes para recebimento de vendas oferta de menores taxas de rotativo e en- dos seus antecessores, dedicaram-se com afinco às
conhecimento adquirido aos demais profissionais com o Banescard. cargos do mercado; e ações de estímulo voltadas para o corpo funcional
de suas unidades. A participação dos empregados do Banestes lançamento das campanhas promocionais com vistas ao sucesso do Banescard, promoven-
No final do segundo semestre de 2008, foi ne- foi maciça. As palestras, duas por dia, uma pela Compra Premiada Banescard e Supercom- do campanhas, encontros e palestras para toda a
cessário realizar novo treinamento, capacitando manhã, antes da abertura das unidades, e outra pra Premiada Banescard. rede de agências.
mais profissionais para a afiliação, em face da gran- à noite, após o expediente bancário, eram orga- A partir de outubro de 2008, as transações com
de demanda de estabelecimentos comerciais que nizadas em núcleos regionais, o que permitia a O aumento na ativação dos cartões Banescard os cartões Banescard só fizeram aumentar e os lo-
solicitavam afiliação. participação de empregados de várias agências provocou um estímulo nos lojistas e acarretou ele- jistas que antes não queriam alugar as máquinas
Inicialmente, havia muitas reclamações de que próximas, considerando os deslocamentos en- vação do número dos estabelecimentos comer- POS passaram a procurar o Banestes, surpresos
o Banescard era aceito em poucos estabelecimen- tre os municípios, a maioria por meio de trans- ciais que passaram a receber o Banescard. As lojas com a elevada procura para compras.
tos. Mas, aos poucos, essa situação foi mudando, à porte solidário. foram estimuladas também pelas baixas taxas de Com menos de 24 meses de lançamento, os nú-
medida que aumentava a procura pelo cartão nos Os encontros regionais contaram com pales- administração cobradas, pelo preço acessível do meros do Banescard já superavam as expectativas
estabelecimentos comerciais. Também contribuiu tras do diretor-presidente do Banestes, Roberto da aluguel dos POS, pelo período de carência ofereci- dos mais otimistas, chegando a mais de 22 mil pon-
o fato de o Banco ter oferecido ao lojista um pre- Cunha Penedo, e do coordenador da Gecar, José Alí- do e pela ação de credenciamento realizada pelos tos de aceitação em setembro de 2010, tornando-se
ço de aluguel do POS muito menor do que os co- pio Mont'Alvão Campos, acompanhados pelos su- empregados do Banestes. a maior rede em número de estabelecimentos co-
brados por outras bandeiras, além de um prazo de perintendentes regionais José Francisco da Silva, O Banescard estava se tornando grande e a merciais credenciados para recebimento de uma ban-
franquia maior do que se praticava no mercado. Ronaldo Hoffmann (atualmente diretor Comercial) curiosidade e as dúvidas sobre o novo produto deira de cartão no Estado, principalmente no interior.
Em abril de 2008, o Banestes lançou, para seus e Luiz Carlos Doná (atualmente consultor). também cresciam. Mais um treinamento tornou- O número de transações realizadas nas lojas
empregados, o projeto piloto do cartão Banescard Em meados de 2008, a rede de estabelecimen- -se necessário. Desta feita, para os operadores da passou de 214 mil/mês em outubro de 2008 para
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641 mil/mês em setembro de 2010. O volume fi- e outras atitudes do corpo de empregados do Ba- ainda não trabalham com o Banescard, o cartão de Banestes iniciou, em outubro de 2009, a substitui-
nanceiro de vendas bateu recorde atrás de recor- nestes se avolumaram e fizeram com que cente- débito e crédito de bandeira própria da instituição? ção do Cartão de Benefício do INSS pelo Cartão de
de nos meses subsequentes, passando de R$ 13 nas de lojas aderissem ao novo cartão que surgia Para responder à pergunta, os internautas de- Benefício do INSS com a bandeira Banescard. Para
milhões em outubro de 2008 para mais de R$ 38,2 com força no mercado capixaba. veriam se dirigir ao site do Banco (www.banestes. a parceria firmada entre o Banestes e o Ministério
milhões em setembro de 2010. Na busca pela expansão e consolidação da rede com.br) e preencher formulário com nome/endere- da Previdência Social (MPS), muito pesou a credi-
O cartão Banescard se tornou, para muitos clien- de estabelecimentos comerciais filiados ao Banes- ço do estabelecimento e nome/telefone da pessoa bilidade do Banco capixaba.
tes, o primeiro cartão de crédito, mudando o perfil card, o Banestes também proporcionou treinamen- de contato. Os estabelecimentos indicados passa-
de compras em muitos municípios do interior. Nes- to a gerentes de Agência para atuarem na afiliação ram a ter prioridade no programa de visitas de repre-
sa região, os clientes, que antes utilizavam o dinhei- de lojistas ao cartão. Divididos em equipes – para sentantes do Banco com vistas ao credenciamento. 7.1.2 Antecipação de Recebíveis
ro em espécie, passaram a realizar compras com o trabalhar, respectivamente, nas regiões Norte, Sul
cartão. Com isso, possibilitaram a muitos estabe- e na Grande Vitória –, eles estiveram na ativa en- Lojistas credenciados ao cartão de débito e crédi-
lecimentos comerciais a instalação de sua primeira tre outubro e dezembro de 2008. 7.1.1 Cartão Benefício do INSS to com bandeira própria do Banestes passaram a
maquininha para recebimento com cartões, em vir- Outra estratégia do Banco para a formação da dispor, em dezembro de 2008, de mais uma linha
tude do baixo preço cobrado pelo aluguel dos POS. rede Banescard foi realizada por meio de releases O Banescard é a única bandeira de cartão de dé- de crédito: a Antecipação de Recebíveis Banescard.
à imprensa e anúncios em veículos impressos, em bito inserida nos cartões Pagamento de Benefí- Trata-se de uma linha de Capital de Giro rápi-
que os lojistas foram chamados a efetuar seu cre- cio e Seguro Social do INSS. Com isso, os 125 mil do, em que o crédito referente às compras a pra-
7.1 Formação da Rede Banescard denciamento. As peças destacavam os benefícios aposentados e pensionistas do INSS que recebem zo feitas pelo cliente é pago pelo Banco ao lojista,
e as vantagens do produto como potencial para seus benefícios no Banco contam com a comodi- na forma de à vista. Com taxas bastante competi-
Com o produto no mercado, o Banestes concen- incremento de negócios do estabelecimento co- dade e a segurança que proporciona o uso do di- tivas, o produto está disponível em todas as agên-
trou esforços na formação da rede credenciada. mercial; a credibilidade e a segurança financeira nheiro de plástico. cias Banestes e a empresa pode antecipar até 100%
Em setembro de 2010 estavam afiliados mais de 22 da marca Banestes; e a ampla base de clientes. Os Além de saques nos caixas das agências Banes- do valor que tem a receber.
mil estabelecimentos, mas chegar a esse volume empresários foram orientados a procurar a agên- tes, nos caixas automáticos das salas de autoatendi-
foi um grande desafio. Exigiu grande mobilização, cia Banestes mais próxima ou solicitar a visita de mento e nos Correspondentes Não Bancários (rede
da qual participaram, com louvor, quase todos os um agente credenciador por meio do site do Ban- Banestes Mais Fácil), os beneficiários podem reali- 7.2 Campanhas e promoções
empregados da instituição. Afinal, era preciso ofe- co, no canal Fale Conosco. zar compras no débito nos mais de 22 mil estabe-
recer aos clientes, em breve tempo, o maior leque Com o número de afiliações aumentando, o Ban- lecimentos credenciados do Banescard. O sucesso do Banescard, ancorado em ousadia mer-
possível de opções em estabelecimentos afiliados. co, conforme já salientado, resolveu desmembrar a Antes, eles precisavam ir a uma agência ou cai- cadológica, arrojo comercial e investimento tecno-
Os empregados do Banco atuaram como agen- Gecar e criar a Gered para cuidar exclusivamente xa eletrônico e sacar todo o dinheiro, colocando lógico, também se deve à criatividade e a um inten-
tes credenciadores empenhados e qualificados e fo- dos assuntos relacionados à Rede Banescard, como em risco a sua segurança. A iniciativa revelou-se so trabalho de comunicação e marketing. Desde a
ram o público-alvo de uma campanha interna pro- afiliação de estabelecimentos comerciais e instala- um instrumento de cidadania, pois, para muitos sua criação, foram várias as campanhas e promo-
movida pelo Banestes com o objetivo de formar a ção, manutenção, aluguel e acompanhamento dos beneficiários do INSS, o Banescard foi o primeiro ções realizadas com o intuito de ampliar a base de
rede Banescard. Essa campanha, ainda vigente, con- sistemas de comunicação de dados dos Pontos de cartão de suas vidas. clientes e fixar a marca junto ao mercado capixaba.
siste na premiação pecuniária tanto para o empre- Vendas (PDV) e POS – máquinas leitoras do cartão. Para agregar a marca de seu cartão de bandei-
gado que indicar um estabelecimento para afilia- Uma das iniciativas da Gered foi estabelecer, em ra própria aos cartões de beneficiários do INSS, o Compra Premiada Banescard
ção como para o que fechar a instalação de POS parceria com a Supro, as chamadas duplas de pros- Em outubro de 2008, o Banestes lançou uma am-
em determinada loja. pecção, com a finalidade de intensificar os trabalhos pla promoção para incentivar o uso do cartão: a
A equipe do Banestes vestiu, literalmente, a ca- de ampliação da base de estabelecimentos creden- Compra Premiada Banescard, que vigorou entre
misa do Banescard e foi às ruas. Houve inúmeros ciados ao Banescard. Esse trabalho foi realizado pela 1º de novembro de 2008 a 30 de outubro de 2009.
casos em que os empregados sabiam que a loja não rede de agências em todos os municípios capixabas. A promoção sorteou um total de 11 carros zero
aceitava Banescard, mas juntavam algumas mer- Em outubro de 2008, o Banestes disponibilizou, km da marca Fiat, tipo Uno Mille 1.0 Flex – um ve-
cadorias no carrinho de compras e iam para o cai- em sua Central de Atendimento, o número 0800 ículo por mês – no período de dezembro de 2008
xa da loja. Na hora de pagar, perguntavam ao cai- 727 0474, para que os usuários do Banescard e os a outubro de 2009. Os automóveis sorteados, no
xa se ele aceitava o cartão Banescard. Como a res- lojistas pudessem tirar dúvidas sobre o cartão. O modelo 2009, foram entregues na residência do ga-
posta era negativa, eles, então, devolviam as mer- serviço está disponível 24 horas por dia, todos os nhador com o primeiro licenciamento, IPVA, segu-
cadorias e diziam ao lojista que deveria se afiliar dias da semana, e aceita ligações do Brasil inteiro. ro obrigatório e frete pagos pelo Banco.
ao Banescard, que era o novo cartão do Banestes Outra ação do Banco, lançada em outubro de A promoção teve como público-alvo os clien-
e se ele não aceitasse esse cartão iria perder mui- 2008, foi dirigida a internautas. O Banestes desejava tes pessoa física que efetuaram compras com o
tas vendas. Logo esse comerciante procurava o ouvir os seus clientes e, para isso, fez uma consulta. Banescard, tanto na função débito quanto na fun-
Banco para colocar o Banescard em sua loja. Essas Que estabelecimentos comerciais de sua preferência ção crédito. A cada R$ 50,00 em compras acumu-
110 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 111
nescard pelos clientes que já o usavam frequente- Banescard Day Em 2010, o Banescard Day teve como tema a
mente. Por isso, a Supercompra contou com um Com o advento do Banescard Day em setembro Copa do Mundo e tornou o ambiente de trabalho
apelo a mais: o carro Fiat Linea. de 2008, os empregados do Banco vestiram, lite- no Banestes mais verde e amarelo. A campanha co-
Três dos 11 sorteios mensais foram realizados ralmente, a camisa do Banescard. A campanha foi meçou em junho e durou até o fim da participação
em datas especiais (Natal/Ano Novo, Dia das Mães desenvolvida pela Gerência de Marketing do Ban- da seleção canarinho na competição. Empregados
e Dia dos Pais) e tiveram o prêmio principal diferen- co (Gemak) e teve como principais objetivos fixar e estagiários do Banco usaram uma camisa perso-
ciado: um veículo marca Fiat Linea LX Flex, 1.9, 16 a marca e dar maior visibilidade ao produto. Du- nalizada, escolhida por votação na intranet. Ao con-
V, zero km, cinco portas, prata, ano e modelo 2010. rante quase dois meses, todas as sextas-feiras, era trário dos anos anteriores, quando a peça foi usada
Nos outros oito sorteios mensais, o automóvel com a camisa do cartão de bandeira própria do Ba- apenas às sextas-feiras, a camisa Banescard Day foi
foi um Fiat Uno Mille Fire Flex, 1.0, zero km, três por- nestes que os empregados iam para o trabalho. usada também nos dias de jogo da Seleção Brasileira.
tas, branco, ano e modelo 2010, com IPVA, seguro
cacá lima
obrigatório e frete pagos pelo Banestes.
Os demais prêmios foram os mesmos dos sor-
teios especiais: dois aparelhos de TV em LCD (42” e
32”) e sete vale-compras no valor de R$ 1 mil cada,
ladas, o cliente ganhava direito a um número para para aquisição de produtos no site www.webpre-
concorrer aos sorteios. mios.com.br.
O cliente participante teve acesso à numeração Também criada pela Danza Estratégia & Comu-
com a qual concorreria aos prêmios nas agências nicação, a campanha publicitária da Supercompra
Banestes, em seu extrato ou acessando o site do Premiada Banescard abrangeu um composto de
Banco (www.banestes.com.br), onde também esteve comunicação formado por filme, jingle, anúncio,
disponível o regulamento completo da promoção. busdoor, empenas, hot site, cartaz, folder e divisó-
Os números premiados da Compra Premiada ria de caixa eletrônico, além de peças para as áreas
Banescard eram conhecidos a cada mês, com base internas do Banco.
na extração da Loteria Federal, e divulgados nas As promoções para estímulo do uso do Banes-
agências, Postos de Atendimento Bancário (PABs) card se mostraram bem-sucedidas, já que coincidi-
e no site do Banco. ram com os bons resultados do cartão. Dessa ma-
Para divulgar a Compra Premiada Banescard, neira, o Banestes prorrogou por mais 11 meses a
foi criada uma campanha de comunicação alegre, Supercompra Premiada Banescard. Ela funciona
com alguns elementos animados típicos de car- nos mesmos moldes da anterior: sorteios de dez
n Para dar visibilidade ao cartão,
toon. Idealizada pela Danza Estratégia & Comu- prêmios por mês. Porém, com o desenvolvimento os funcionários do Banestes
nicação, a campanha estreou em novembro de do Programa de Fidelidade, não terá mais o sorteio vestiram, literalmente, a camisa
2008, sob o conceito “Quanto mais você comprar, especial do Fiat Linea. Em compensação, o prêmio do Banescard
mais chances tem de ganhar”. A campanha tinha principal será o Novo Uno (modelo Vivace, 1.0, Evo,
um mix composto por 25 peças – filmes para TV, Flex, quatro portas). 7.3 Banescard, cultura e esporte daquele ano, trouxe ao Estado três espetáculos:
jingle, busdoor, mídia in bus, empena, panfleto, o stand up comedy “Tamo Junto”, com Marco Lu-
wobbler e adesivos, entre outros – e foi ancorada Com o objetivo de prosseguir sua estratégia de que; a comédia romântica “Enfim, Nós”, com Bru-
por um garoto-propaganda presente em todas as dar visibilidade ao seu cartão bandeira própria e, no Mazzeo e Fernanda Souza; e a peça “Dois per-
peças, tanto eletrônicas quanto gráficas. ao mesmo tempo, estabelecer um vínculo entre o didos numa noite suja”, com André Gonçalves e
produto e acontecimentos que agregam grande Freddy Ribeiro.
Supercompra Premiada Banescard público, o Banestes associou a marca Banescard a As peças foram exibidas nas cidades de Vitó-
Depois da Compra Premiada Banescard, foi a vez uma série de eventos culturais e gastronômicos ria (Teatro Universitário da Ufes e Teatro Sesi), Ca-
da Supercompra Premiada Banescard, promoção realizados no Estado. Ao levar entretenimento e choeiro de Itapemirim (Teatro Rubem Braga), Li-
com a distribuição de prêmios mensais, alguns de- emoção às pessoas, o produto diversificou o seu nhares (Teatro Pitágoras) e Colatina (Teatro Maris-
les em sorteios especiais. mix de comunicação com a sociedade capixaba. ta), perfazendo um total de dez apresentações. A
O principal objetivo dessa promoção foi incen- produção local foi da WB Produções. Clientes Ba-
tivar os clientes que, mesmo possuindo o Banes- Circuito Banescard de Teatro nescard tiveram descontos na compra de entra-
card, não utilizavam o cartão em suas compras. Ao Em 2009, o Banescard inaugurou o Circuito Ba- das inteiras (duas por pessoa).
mesmo tempo, destinou-se a reforçar o uso do Ba- nescard de Teatro que, entre agosto e outubro Em 2010, foi realizado o II Circuito Banescard
112 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 113
tes Empresarial Agência Orla (Avenida Dante Mi- não inscritas, que se juntaram aos competido-
cheline, nº 575, Jardim da Penha, Vitória). res durante o percurso. A premiação total nesta
Das 1.500 vagas oficiais, 200 foram reservadas segunda corrida chegou a R$ 43 mil.
para os empregados do Sistema Financeiro Banes-
tes (SFB). As 1.300 vagas restantes não foram sufi- Circuito de Verão Banescard
cientes para atender à demanda de muitos corre- Em tempo de clima quente e balneários lotados, o
dores que, afinal, participaram extraoficialmente. Banescard também foi à praia nos verões 2009 e
Foi uma grande festa. A premiação total foi de R$ 2010. O produto seguiu junto com o Projeto Verão
38 mil, valor distribuído entre os atletas que che- Banestes, ação desenvolvida pela Gemak em diver-
garam até o quinto lugar nas categorias “Geral” e sos balneários capixabas e que incluiu a divulgação
“Empregado Banestes”, masculino e feminino. To- do Banescard entre seus objetivos.
dos os competidores que completaram a prova Windbanners (material de divulgação geralmen-
no prazo oficial (duas horas) receberam medalha. te utilizado em praias), caiaques, balões de gás hélio
A idade mínima para participação foi de 18 anos. e pipas foram algumas das ferramentas utilizadas
A competição marcou, além do primeiro ano para incrementar as ações promocionais, que tam-
de operação do cartão de débito e crédito bandei- bém contaram com promotores de venda unifor-
ra própria do Banco, o aniversário da instituição. O mizados com camisas, bermudas e bandanas per-
Banestes completou, em 15 de outubro de 2009, 72 sonalizados para interagir com o público por meio
anos de criação. de brincadeiras e distribuição de brindes.
A segunda edição da Corrida 10 km Banescard Em 2009, o projeto passou a denominar-se Cir-
foi realizada em 24 de outubro de 2010, manti- cuito de Verão Banescard e também movimentou
dos os pontos de largada e de chegada do even- os fins de semana dos banhistas com diversas ativi-
to em 2009. As vagas oficiais foram ampliadas dades recreativas, como corrida de saco, vôlei ma-
para dois mil participantes. A Corrida revestiu- luco, aulas de ginástica e alongamento com profis-
de Teatro, temporada que contou com a apresen- Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo (17 e 18 -se de grande sucesso e atraiu muitas pessoas sionais de Educação Física.
tação de cinco espetáculos teatrais, também com de maio, no Centro de Convenções de Vitória); e o
produção local da WB Produções. Festival Country Music (24 de julho de 2009, em Li- weverson rocio
114 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 115
Para desenvolver a ação, a Gemak utilizou um ho- Market System, o Programa vai pontuar não ape-
mem blimp, promotor de vendas que carrega um ba- nas compras no crédito, como também operações
lão inflável com a marca Banescard e distribui panfle- feitas no débito, o que o distingue entre os progra-
tos sobre o cartão. Os participantes ganharam brindes mas de fidelidade instituídos por outros cartões.
como batecos, travesseirinhos infláveis, bonés, sque-
ezers, porta-níqueis e mochilas. Clientes do cartão ti- Rede nacional
veram direito a uma foto, que receberam impressa. Por intermédio de um edital de credenciamento,
realizado no fim de 2010, o Banestes selecionou
uma empresa para capturar transações para o Ba-
7.4 Novos projetos Banescard nescard em todo o Brasil. Assim, o Banco pode
oferecer a seus clientes a opção de utilizar o car-
O Banestes não para de inovar para manter o su- tão em mais de 500 mil estabelecimentos comer-
cesso do cartão Banescard. Seguindo a linha de van- ciais e de serviços fora do Estado do Espírito Santo.
guarda inaugurada com o lançamento do cartão
em 2008, o Banco empreendeu novas frentes de Novo layout e chip
ação com vistas a garantir as conquistas e também O Banescard passará por uma mudança em seu
a abrir novas fronteiras. Confira alguns projetos. layout, ganhando duas novas versões. Ambas con-
templam os ícones capixabas, contidos dentro de
Programa de fidelização um mapa do Espírito Santo.
Para aumentar ainda mais o sucesso do Banescard, Um dos layouts foi desenvolvido pela artista plásti-
o Banestes concebeu um Programa de Vantagens ca Ana Paula Castro e o outro pela agência Ampla Co-
para os clientes que utilizam o seu cartão. municação. Os novos modelos terão dois diferenciais:
Desenvolvido em parceria com a empresa CSU serão cartões verticais e dotados de chip de segurança.
Como se pode ver neste capítulo especial sobre o Banescard, o Banestes foi além da necessária e estraté-
gica reestruturação de seus processos rotineiros de agente financeiro. A partir de sua recuperação, iniciada
em 2003, a instituição investiu em projetos e ações ousadas com vistas a dar solidez e sustentação a um Ba-
nestes que saiu renovado e fortalecido de um dos mais críticos períodos de sua história de sete décadas. Nes-
se sentido, a um só tempo, o Banescard é símbolo de renascimento e de renovação – um capítulo especial da
história de sucesso que o Banestes escreveu, coletivamente, nos últimos anos, em favor de todos os capixabas.
118 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 119
8 Parceiro do Desenvolvimento Capixaba
E
m 2003, o Espírito Santo iniciou a tividade do agronegócio capixaba, contribui para desenvolvimento regional. A ação propicia, ainda, trabalha com 90% de recursos próprios, transcen-
construção de um novo tempo em a contenção do êxodo rural e para a geração de ri- maior geração de emprego e renda em toda a ca- de o caráter estritamente comercial. Trata-se de
sua história. Reconstruiu-se políti- queza e renda no campo. deia produtiva. De 2003 a 2010, o Banestes desti- um crédito de extrema relevância, principalmen-
co-administrativamente e, partir da A instituição procura incentivar projetos agro- nou mais de R$ 24 milhões para aquisição de cer- te para o Espírito Santo, onde o agronegócio repre-
credibilidade institucional e de seus pecuários que diversifiquem a renda do produ- ca de 470 tratores e microtratores. senta 30% do PIB, emprega cerca de 40% da mão
potenciais de produção, iniciou o tor e melhorem a produtividade das explorações O financiamento para compra de animais em lei- de obra economicamente ativa e é a principal fon-
terceiro ciclo econômico em seus existentes, seguindo um dos eixos do Planeja- lão é outro investimento do Banco que muito contri- te de renda em 84% dos municípios.
quase cinco séculos de trajetória. mento Estratégico Espírito Santo 2025 – Inte- bui para o desenvolvimento de atividades no campo, Entre 2003 e 2010, o volume de financiamento
Um dos objetivos do processo riorização do Desenvolvimento. especialmente para o aumento da produtividade de do Banestes ao segmento rural atingiu quase R$ 1 bi-
de reestruturação do Banestes foi No que diz respeito ao custeio agropecuário, a leite nas propriedades e, consequentemente, para lhão, contemplando mais de 51 mil produtores rurais.
exatamente colocá-lo como o Ban- instituição financia todas as despesas das ativida- a criação de mais emprego e renda no setor rural. Entre outros empreendimentos, o Crédito Rural
co da nova história capixaba. E nes- des agrícolas e pecuárias, tais como adubação do A linha de crédito possibilita também melhoria Banestes, até setembro de 2010, aplicou no cus-
se movimento, além dos passos dados na questão solo, capina, mão de obra, plantio de culturas tem- da eficiência, da produtividade e da genética do re- teio do café (R$ 40 milhões); na bovinocultura (R$
de crescimento da Carteira Comercial e conces- porárias (arroz, milho, feijão, mandioca, olerícolas banho capixaba. O Banco tornou-se grande aplicador 7 milhões); em pastagens (R$ 6 milhões); na reno-
são de crédito aos empreendedores capixabas, ci- etc.), limpeza de pastos e aquisição de sal mineral, da pecuária bovina e, de 2003 a setembro de 2010, vação do parque cafeeiro (R$ 7,9 milhões); na aqui-
tados em capítulo anterior, o Banco avançou de fertilizantes e defensivos agrícolas, entre outras. destinou R$ 10.163.443,00 para financiamento de sição de tratores e microtratores (R$ 370 mil); ve-
forma especial no setor agropecuário, um susten- Os valores de financiamento até R$ 12 mil são compra de animais em leilões. ículos utilitários (R$ 1,9 milhão); e na fruticultura
táculo da economia capixaba. Além disso, como concedidos diretamente nas agências, sem exigên- A importância da Carteira de Crédito Rural, que (R$ 4,6 milhões).
parte do investimento estadual de inclusão social cia de projeto técnico. Já para os créditos de valo-
produtiva, passou a operar com dois programas res superiores a esse montante, há necessidade de
de microcrédito. apresentação de projeto técnico elaborado por pro-
fissionais do Instituto Capixaba de Assistência Téc-
Desempenho do Crédito Rural
nica, Pesquisa e Extensão Rural (Incaper) e da Se- 235,64
8.1 Crédito Rural cretaria de Agricultura do município onde está si- 208,37
Quantidade de produtores 8.891
tuada a propriedade rural. O projeto pode também Investimentos
no campo rurais beneficiados 8.257
A concessão de Crédito Rural pelo Banestes con- ser elaborado por outro órgão técnico particular, (R$ milhões) 160,00 6.691 6.582
funde-se com a própria história do Banco. Basta desde que conveniado com o Banestes.
127,24 6.500
dizer que os empréstimos rurais foram um dos Com recursos do Fundo de Defesa da Economia 982,21
principais motivos que deram origem à fundação Cafeeeira (Funcafé), oriundos do Ministério da Agri- 92,00 51.327
3.736 5.148
da instituição, então sob a denominação Banco de cultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Banes- 4.669
71,20
Crédito Agrícola do Espírito Santo. Por isso, a esse tes financia todas as despesas relativas ao custeio, co- 46,42
campo, o Banestes, que vem semeando importan- lheita e estocagem dos cafés tipos arábica e conilon. 853
te participação desde a sua criação, dedicou espe- O Banestes também trabalha com os recursos 7,17 34,17
cial atenção nos últimos oito anos. destinados ao Programa Nacional de Fortaleci-
O financiamento do Banco ao setor rural to- mento da Agricultura Familiar (Pronaf). Vale ressal- 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*
mou novo fôlego a partir de 2003, com a reativa- tar que o Pronaf é considerado um eficiente meio
ção da Gerência de Crédito Rural (Gecru). A medi- de redução da migração do campo para a cidade. * Estimativa
da foi fundamental para o crescimento da oferta Produz 38% do Valor Bruto da Produção (VBP) na-
do crédito rural, que passou a dispor de uma área cional e ocupa 77% do total de pessoas que traba- 8.2 Programas de microcrédito como parte de uma política de inclusão social pro-
com total expertise na administração desse tipo lham na agricultura. dutiva. O Banestes faz parte dessa história, seja ofe-
de financiamento. O Banco financia, ainda, tratores para os agri- Nos últimos anos, o Espírito Santo esteve à frente recendo crédito de forma tradicional, como visto
Dessa forma, o Banestes resgatou o seu papel cultores, linha que possibilita maior lucratividade da média nacional de redução de pobreza e indi- até aqui, seja abrindo oportunidades na área de mi-
de parceiro do homem do campo. Ao favorecer a e competitividade das atividades agropecuárias, gência. Milhares de capixabas foram inseridos no crocrédito. São duas modalidades, uma das quais
melhoria da produção, produtividade e competi- ao mesmo tempo que reforça o papel do Banco no mundo da produção de modo ativo e sustentável, em parceria com outras instituições.
120 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 121
Microcrédito Banestes natureza profissional, comercial ou industrial de Atividades financiadas pelo Nossocrédito
Uma das linhas que traduzem o papel social exer- pequeno porte, o Microcrédito Banestes contem-
n Indústria n Comércio n Serviços
cido pelo Banco estadual, o Microcrédito Banestes pla tanto pessoas físicas quanto pessoas jurídicas.
possui uma das menores taxas de juros do Brasil Desde a sua criação, em março de 2004, até se- Marcenaria, sapataria, carpintaria, Vendedores em geral, mercadinhos, papelarias, Salões de beleza,
artesanato, alfaiataria, gráfica, padaria, armarinhos, bazares, farmácias, armazéns, restaurantes, oficinas mecânicas,
para linhas de crédito dessa natureza: 0,9% ao mês. tembro de 2010, foram aplicados R$ 27,7 milhões e produção de alimentos, fabricante de uma lanchonetes, ambulantes, feirantes, pequenos lojistas, borracharias etc.
Criado em março de 2004, o Microcrédito Banes- beneficiados 12.719 micro e pequenos empreende- infinidade de produtos de consumo etc. açougueiros, vendedores de cosméticos etc.
tes destina-se à população de baixa renda e a micro dores. O Microcrédito Banestes é liberado automati-
e pequenos empreendedores. Graças a uma taxa de camente na conta do tomador do empréstimo ou do
juros bastante acessível, esse segmento pode dis- fornecedor do bem. Para ter acesso ao Microcrédito, Condições para obter o crédito
por de recursos para instalação e para melhoria de é preciso, entre outros requisitos, que o cliente não
n Estar produzindo n Residir há mais de dois anos n Ter o nome n Ter renda bruta menor que n Apresentar
seu negócio. Tem como objetivos o aumento da ca- possua financiamento do gênero em outro banco. no município há mais no município, em endereço fixo, limpo no Serasa R$ 240 mil nos últimos 12 avalista.
pacidade produtiva da economia e a formação de Embora o candidato ao financiamento deva pos- de seis meses, no setor ou ter seu negócio estabelecido e no SPC; meses anteriores à data da
capital social básico para a geração de emprego e suir, também, cadastro e conta-corrente no Banes- formal ou informal; há mais de dois anos no local; solicitação do empréstimo;
renda e para a redução das desigualdades sociais. tes, não há exigência de tempo de movimentação
Voltado para viabilizar empreendimentos de da conta para a concessão do crédito.
Itens financiáveis
n Capital de giro: compra n Investimento fixo: aquisição de máquinas, equipamentos e ferramentas, novas ou
Atividades financiadas pelo Microcrédito Banestes de mercadorias e matérias- usadas; reforma e ampliação de instalações físicas ligadas à atividade; móveis e utensílios;
primas industrializáveis; motocicletas, bicicletas de carga e trailer; reparos em veículos utilitários que objetivem a
INdústria Comércio Serviços consertos de máquinas e sua manutenção, adaptação ou adequação a atividades produtivas específicas; aquisição de
equipamentos. aparelhos de fax e computadores (inclusive impressoras, periféricos e software que sejam
Marcenaria, sapataria, carpintaria, Vendas em geral, mercadinhos, Salão de beleza, oficina mecânica, essenciais ao desempenho da atividade).
artesanato, alfaiataria, gráfica, pa- papelarias, armarinhos, bazares, borracharia
daria e produção de alimentos e farmácias, armazéns, restaurantes,
de mudas para flores lanchonetes, ambulantes, feiran-
tes, pequenos lojistas, açouguei-
ros, vendedores de cosméticos De 2003 a setembro 2010, o Nossocrédito regis- tadual. Basta que ele se dirija a uma das mais de 80
trou um total de 31.564 clientes beneficiados e va- agências do Nossocrédito e adiantar essa operação.
lores aplicados da ordem de R$ 112 milhões. São re- Com a pré-abertura da Conta Mais Fácil feita nas
cursos que chegam à parcela de empreendedores agências do Nossocrédito, o cliente só precisa, tão
que mais precisam de apoio para transformar seus logo receba comunicado do Banco, passar na agên-
sonhos em realidade. cia Banestes de sua escolha e confirmar a operação.
Programa Nossocrédito pios. Cabe ao Banco arcar com os custos mensais fi- Sobre esse programa, é importante dizer que as Essa parceria, além estreitar o relacionamento
Junto ao Banco de Desenvolvimento do Espírito xos com a manutenção do sistema; abertura de con- agências do Nossocrédito são uma referência nas entre as duas instituições – Bandes e Banestes –
Santo (Bandes) e a Secretaria de Trabalho, Assistên- ta-corrente sem cobrança de tarifas; não cobrança de comunidades. Trabalham com uma ficha cadastral fomentadoras do desenvolvimento socioeconômi-
cia e Desenvolvimento Social (Setades), Sebrae/ES taxa de confecção de ficha cadastral e de Comissão de crédito que contém os mesmos dados solicita- co do Estado, é importante para incrementar a base
e prefeituras municipais, o Banestes é parceiro do de Abertura de Crédito; liberação do crédito em dois dos para a abertura de conta-corrente no Banestes. de correntistas da instituição.
Nossocrédito, programa de microcrédito orienta- dias úteis a partir da assinatura do contrato e dispo- Assim como o Banco, as agências do Nossocrédito A iniciativa é um exemplo do reconhecimento
do do Governo do Estado, também com taxas de nibilização de empregado para integrar o Comitê de estão em todos os municípios capixabas. do trabalho que os agentes de crédito vêm fazen-
juros de 0,9% ao mês. Crédito Municipal – no caso, o gerente da agência. Por isso, mais uma parceria foi firmada entre o do em todas as unidades de microcrédito do Estado.
O Nossocrédito tem características especiais; é O Nossocrédito destina-se a empreendedores Bandes e o Banestes, desta feita com a finalidade Os parceiros do Programa Nossocrédito percebem
uma das portas de entrada para o mundo da cida- que exerçam atividades formais ou informais, ru- de oferecer mais facilidade e agilidade ao cliente que os agentes podem atuar com outros produtos,
dania, pois se trata de ação inserida em uma polí- rais ou urbanas, trabalhadores e trabalhadoras que que deseja abrir uma conta-corrente no Banco es- já que conhecem as comunidades em que atuam.
tica pública cujo foco é a inclusão social. concluíram cursos promovidos pelos Programas de
O programa promove a geração e a ampliação de Qualificação Profissional municipais e/ou estaduais,
emprego, renda e cidadania, resultando, por meio de já inseridos no mercado de produção de bens ou ser-
um trabalho efetivo e bem organizado, em desen- viços ou que atuam na economia sob forma de coo- No campo e na cidade, o Banestes se firmou como o Banco do novo Espírito Santo, ampliando sua pre-
volvimento econômico e social para o Espírito Santo. perativas ou associações, legalizadas, de produção de sença, melhorando serviços, ofertando crédito nas mais diversas modalidades e para os mais diferentes
O papel do Banestes no Nossocrédito é funda- bens ou serviços. Endereços das agências podem ser segmentos da economia capixaba. Ao cumprir essa trajetória, além de incrementar sua participação na
mental, pois, como cobre 100% do território capixa- acessados no site do Bandes (www.bandes.com.br) vida produtiva do Estado, o Banestes acumulou uma série inédita de feitos e reconhecimentos Brasil afo-
ba, pode atender ao programa em todos os municí- ou pelo Bandes Atende pelo telefone 0800 283 4202. ra. Confira mais esse item desta história de sucesso no capítulo a seguir.
122 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 123
9
Resultados, Premiações e Rankings
124 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 125
9 Resultados, Premiações e Rankings
G
Lucro líquido
raças à decisão do novo Governo do fronteiras do Espírito Santo e a obter reconheci- O Lucro Líquido consolidado do Sistema Financeiro números de 2008, fechando, assim, o período 2003
Estado do Espírito Santo, empossa- mento no mercado financeiro do País. Banestes (SFB), de 2003 a outubro de 2010, foi de R$ a 2010 com uma somatória de Lucro Líquido aproxi-
do em janeiro de 2003, de apostar no 864,73 milhões. Dadas as circunstâncias do ambien- mado de R$ 900 milhões. O resultado com um Lucro
soerguimento do Banestes, a insti- te econômico e financeiro em 2008 e em 2009, o re- Líquido médio anual de R$ 112 milhões já seria um re-
tuição entra em processo de recu- 9.1 Resultados sultado alcançado foi satisfatório, isto é, foi manti- sultado extraordinário. Contudo, observando-se que
peração de seu equilíbrio institucio- do em 2008 o resultado de 2007, com ligeira queda o Banco renasceu das cinzas e saiu de um prejuízo
nal e financeiro. Em pouco tempo, A trajetória da evolução iniciada pelo Banestes em em 2009. Contudo, espera-se uma recuperação em de R$ 34,5 milhões em 2002 para um lucro de R$ 160
os números do Banco já descreviam 2003 teve continuidade em todos os anos até 2010, 2010, com uma expectativa de alcançar os mesmos milhões, o indicador fica ainda mais extraordinário.
trajetória ascendente e, mesmo em apesar das particularidades que marcaram o exer-
épocas de crise, alguns indicadores cício de 2008 (último trimestre) e todo o exercício Lucro Líquido (R$ milhões)
apresentaram bom desempenho. de 2009, que se refletiram no exercício de 2010. A
Ainda em pleno processo de rees- crise financeira que atingiu a economia mundial e 160,65 161,29
truturação, o Banco passou a conquistar resultados o período de negociações de aquisição do controle
positivos e a figurar em rankings e premiações de acionário da instituição pelo Banco do Brasil com- 133,83 131,16
127,61
âmbitos local e nacional. Com a reorganização con- prometeram o ritmo de crescimento do Banco.
solidada, as conquistas só fizeram se acumular, junta- Apesar de todos esses fatores adversos, seus efei-
mente com o seu reconhecimento em todo o Brasil. tos não abalaram os bens posicionados fundamen-
76,71
As posições e distinções descritas a seguir são tos do Banestes, conforme pode ser demonstrado
fruto de uma gestão profissional e voltada para re- nos números da tabela abaixo. Uma análise sobre o
sultados, política que levou o Banco a romper as momento da crise pode ser conferida no capítulo 11. 41,42
32,06
2002
A evolução do SISTEMA FINANCEIRO Banestes - 2003-2010* 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*
R$ milhões % -34,58 * Até outubro
7.142,21
Rentabilidade do PL (%)
65,61
5.182,63 63,61
4.018,37 56,57
2.759,36 49,69
2.230,64 48,04
1.995,69
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 36,23
* Até outubro
23,12
19,19
Carteira de Crédito
A Carteira de Crédito do Banestes – incluindo Ar- bro de 2002 para expressivos R$ 3,6 bilhões em ou- 2002
rendamento Mercantil, Adiantamentos sobre Con- tubro de 2010, uma elevação de 621%. Vale regis- 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*
tratos de Câmbio –, base de sustentação do cres- trar que grande parte desse crescimento deve-se
cimento do resultado do Banco, avançou de forma ao arrojo da forte entrada do Banestes no segmen- * Até outubro
-36,99
Carteira de Crédito (R$ milhões)
3.605,44
3.417,35
2.774,40
Eficiência Operacional
1.597,03 O Índice de Eficiência Operacional define o percen- No caso do Banestes, os números mostram que,
1.271,51 tual que a instituição gasta com sua estrutura admi- nos três anos que antecederam o Governo Paulo
960,37 nistrativa para produzir o resultado da intermedia- Hartung (2000 a 2002), a média do Índice de Efici-
681,92 ção financeira (principal fonte de receita), adicionadas ência Operacional do Banestes foi de 111,56%, de-
499,45 552,35 as receitas de prestação de serviços. Esse é um índi- monstrando que todas as receitas operacionais e
ce inverso, ou seja, quanto menor for, mais eficiente de serviços da instituição não eram suficientes para
é a instituição, pois demonstra um menor compro- cobrir as despesas administrativas, razão pela qual
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* metimento de despesas fixas em relação às receitas. o Banco apresentava prejuízo.
* Até outubro
128 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 129
A partir de 2003, o índice passa a apresentar va- que desde o fim de 2008 e de 2009, bem como par- 9.2 Premiações O prêmio é uma iniciativa da revista Relató-
lores menores que 100 e declinantes, gerando, por- te de 2010, os resultados foram contaminados pela rio Bancário que, anualmente, premia as persona-
tanto, os constantes resultados positivos registra- crise financeira internacional. O fenômeno, apesar de A trajetória evolutiva do Banco se refletiu nas mais lidades do meio bancário nacional, bem como as
dos nos balanços do Banco. É sempre bom lembrar elevar o índice, fez isso de maneira bastante suave. diversas áreas e algumas iniciativas obtiveram reco- instituições que desenvolvem ações de destaque.
nhecimento local e nacional. Além de vencer a etapa Denominado “Solução Tecnológica do Banestes
regional do Prêmio Aberje nos anos de 2005, 2006 e Mais Fácil”, o case apresentado pela ATP tratou da
Índice de Eficiência Operacional (%) 2008, a instituição recebeu distinções como os prê- implantação de pontos de atendimento Correspon-
mios Marketing Best, Colibri e Efinance, entre outros. dentes Não Bancários, por meio dos quais podem
110,64 ser realizadas as mais diversas operações bancárias.
Prêmio Efinance
O Banestes foi vencedor da oitava edição do Prê- Colibri de Ouro 2008
84,06
78,03 mio Efinance 2009 na categoria Gestão de Risco, Anúncio alusivo ao Dia do Motociclista (27 de ju-
com o case "Gerenciamento de Controles Internos, lho) rendeu à MP Publicidade o Colibri de Ouro
63,19 60,29 61,23 62,13 Compliance, Risco Operacional e Plano de Conti- 2008 na categoria “Jornal Anúncio até 75 cm”. O
57,22 58,55
nuidade de Negócios". anúncio foi publicado no Informativo Banestes,
Criado pela revista Executivos Financeiros, o 2ª quinzena de julho de 2008, na margem direi-
prêmio tem como objetivo destacar as implemen- ta da página 1 da publicação, em sentido vertical.
tações de projetos mais robustos e inovadores e Dizia o seguinte: “Motociclista, percebeu como
que contribuíram para elevar a qualidade dos ser- no corredor é mais difícil alguém te ver? 27 de ju-
viços prestados pelas instituições financeiras que lho – Dia do Motociclista. Comemore essa data
operam no País. A conquista do prêmio pelo Ban- em segurança”.
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* co capixaba evidencia a inserção do Banestes no O Prêmio Colibri, além de representar o ícone
contexto das instituições que adotam as melho- da criatividade da propaganda capixaba, é tam-
* Até outubro res práticas de gerenciamento de risco. bém um evento que trouxe para o mercado o res-
O projeto do Banestes começou a ser desenha- peito às normas éticas da publicidade e importan-
Índice de Basileia do em dezembro de 2007 e envolveu 18 colabora- tes contribuições para a profissionalização e cres-
O indicador trabalhado pelo Índice de Basileia de- em outubro de 2010, o índice foi de 16,51%, supe- dores diretos e indiretos. O objetivo foi gerenciar cimento das agências de publicidade e propagan-
monstra que o Banestes vem se mantendo dentro rando o mínimo de 11,00% exigido pelo Bacen. Em o SFB de forma sistemática e eficaz, criando con- da. É a premiação do talento e da criatividade da
dos padrões praticados pelo mercado, equilibrando dezembro de 2010, esse índice deverá estar em tor- troles capazes de mitigar os riscos até o nível ide- propaganda no Estado.
rentabilidade e qualidade de seus ativos. Em confor- no dos 16%, definindo que ainda há um bom espa- al para o Banco, atendendo às normas legais do Ba-
midade com o Banco Central do Brasil (Bacen), o índi- ço no Banestes para crescer sua Carteira Comercial cen e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Prêmio Marketing Best 2006
ce contempla o capital necessário para suportar os antes de pensar na realização de um processo de ca- A Diretoria de Riscos e Controle do Banestes (Di- O Banestes e a Associação Nacional de Bancos (As-
riscos de crédito, de mercado e operacional. Assim, pitalização externo à incorporação de seus lucros. ric) buscou, na aderência às normas dos órgãos re- bace) receberam, em 1º de dezembro de 2006 em
guladores do sistema financeiro nacional, desenvol- São Paulo, o prêmio Marketing Best, que distin-
ver metodologia própria para agregar valor na im- gue as empresas que mais se destacam no plane-
Índice de BasilEia (%) plantação da melhoria da gestão de riscos da ins- jamento e execução das estratégias de marketing
tituição. Para o desenvolvimento do projeto, o Ba- de seus produtos e/ou serviços.
21,17 nestes contou com parceria de empresa para de- O Marketing Best é um prêmio da Editora Re-
20,21 20,86 19,80
19,23 senvolvimento de software que automatiza e in- ferência, da Escola de Administração de Empresas
17,17 16,46 16,51 tegra os processos de Governança, Gestão de Ris- de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EA-
14,43 cos e Conformidade. ESP) e da MadiaMundoMarketing.
O case Banestes/Asbace que conquistou o prê-
11,00* Prêmio revista Relatório Bancário mio Marketing Best intitula-se “Aliança de suces-
A solução para ampliar e democratizar o acesso so que aprimora os canais de atendimento” e con-
aos serviços bancários, implantada pelo Banestes siste na implantação da rede de Correspondentes
por meio de pontos de atendimento denominados Não Bancários, por meio de projeto desenvolvido
Correspondentes Não Bancários, rendeu à ATP, par- em parceria com a Asbace.
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* ceira do Banco nesse empreendimento, o Prêmio Graças ao convênio de Cooperação Técnico-
Destaque Relatório Bancário 2009. -operacional firmado com a Asbace, o Banestes
* O percentual mínimo exigido pelo Bacen é de 11,00% * Até outubro
130 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 131
pôde investir na melhoria da rede de Correspon- xabas”, que teve como objetivo consolidar a marca tema "Valores Capixabas", trabalho desenvolvido com Líquido, entre todos os Bancos Públicos; e
dentes Não Bancários criando, assim, maior proxi- do Banco no mercado. A campanha mostra o quan- o objetivo de reforçar a marca Banestes, divulgar as 3ª instituição financeira do País na catego-
midade com seus clientes e aperfeiçoando a qua- to os valores capixabas se entrelaçam com os do belezas do Estado do Espírito Santo e firmar o Banes- ria “Os maiores por Rentabilidade do Patri-
lidade de atendimento. Banco, que estão assentados no trinômio empre- tes como um banco que valoriza e reconhece os va- mônio Líquido”.
gados, clientes e a gente da terra espírito-santense. lores da terra nas suas mais diversas manifestações.
Banestes é Brasil em Miami Construída pela Gemak, pela Superintendência A valorização da cultura capixaba pelo Banco ga- No Valor Grandes Grupos 2004, jornal Valor
O Banestes participou do Prêmio Felaban de Co- Estadual de Comunicação (Secom) e pela MP Publi- nhou maior compleição a partir de 2005. Formada por Econômico:
municação de Marketing Financeiro, promovido cidade, a campanha abrangeu comerciais de 30 e um mix de comunicação, a campanha abrangeu diver- 1° lugar no subgrupo “Os 20 melhores em
pela Federação Latino-Americana de Bancos (Fela- de 60 segundos e anúncios para veículos impressos. sas mídias e ações como painéis de agências, taloná- rentabilidade patrimonial”;
ban), evento ocorrido durante o VI Congresso Es- A campanha valorizou a imagem do Banco ca- rios de cheques, Vic Cards, cartão de Natal e obras de 6° lugar na lista “Os 20 que mais cresceram
tratégico de Tecnologia (CLAB) e Marketing Finan- pixaba como o instrumento do desenvolvimen- artistas capixabas instaladas em agências, entre outros. por receita bruta”; e
ceiro, em Miami, Estados Unidos. to do Estado que conta com um importante dife- “Valores Capixabas” foi também o tom empre- 2° lugar entre os que mais cresceram de to-
A iniciativa tem como objetivo destacar, in- rencial: os recursos do Banestes são aqui gerados gado na concepção de brindes, entre os quais, ár- dos os Bancos Públicos.
centivar e premiar as campanhas publicitárias que e aqui aplicados. vore com ícones capixabas, porta-copos, marcador
demonstrem maior efetividade no cumprimento de livros, sacolas de papel e mousepad. Ano fiscal 2004
dos objetivos de comunicação do setor financeiro. Prêmio Aberje Regional 2006 Entre as peças publicitárias que marcaram o es- Na revista 150 Maiores Empresas no Espírito Santo
O Banestes participou na categoria “Produtos”, O Banestes conquistou, com a peça institucional treito vínculo histórico-afetivo do Banestes com a 2005, do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e da Federação
com a campanha Poupança Premiada II, única ação denominada "Coisas Boas", o Prêmio Aberje 2006 terra capixaba e sua população destaca-se a cam- das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes):
publicitária que representou o Brasil no evento. O Região Centro-Oeste/Leste na categoria Campa- panha “Avenida Paulista”, veiculada por ocasião 3° lugar entre as maiores empresas estatais;
trabalho foi escolhido por um júri nacional cons- nha de Comunicação de Marketing. dos festejos de 70 anos do Banco, completados 4° lugar entre as 15 maiores empregadoras; e
tituído pela Federação Brasileira de Bancos (Fe- A campanha vitoriosa teve como mote a “na- em 15 de outubro de 2007. 12° lugar entre as 15 mais rentáveis.
braban), numa disputa que contou com peças das turalidade” do Banestes. Nascido no Estado do Es- A campanha “Coisas Boas”, realizada entre 2006
mais importantes instituições financeiras do Brasil. pírito Santo, é aqui que o Banco atua e reinveste e 2007, também reforçou esse laço, destacando al- No Centro de Informações da Gazeta Mercantil –
A campanha, desenvolvida pela MP Publicidade suas receitas, beneficiando os mais diversos seto- guns produtos e a presença do Banco em todo o Balanço Anual 2005/Os 300 Maiores Grupos do País:
em parceria com a Gerência de Marketing do Ban- res da atividade econômica. A premiação é um or- território capixaba, aspecto que remete ao slogan 2° lugar entre os bancos do País em renta-
co (Gemak), foi realizada entre outubro de 2006 e gulho para os profissionais da instituição e ratifica “Sempre perto de você”. bilidade sobre o Patrimônio Líquido. (18° lu-
outubro de 2007. Teve como garoto-propaganda um dos propósitos do Banestes, que é estar sem- gar entre as 20 companhias brasileiras me-
o simpático porquinho Dindin®, personagem que pre perto dos capixabas. lhor classificadas);
conquistou as pessoas e esteve presente em diver- "Coisas Boas" foi lançada em junho de 2005, com 9.3 Rankings 2° lugar entre as empresas sediadas no Es-
sas peças publicitárias criadas para a promoção – o objetivo de mostrar os resultados da recupera- pírito Santo em rentabilidade sobre o Patri-
VTs, anúncios e spots, entre outros itens. ção financeira da instituição e, ao mesmo tempo, Entre 2003 e 2010, o Banestes frequentou os mais mônio Líquido; e
destacar o seu papel de fomentador do desenvol- importantes rankings financeiros regionais e nacio- 18° lugar entre as 20 companhias brasileiras
Prêmio Aberje Regional 2005 vimento do Espírito Santo. nais. Veja, ano a ano, os principais destaques obti- melhor classificadas em rentabilidade sobre
O Banestes foi vencedor da etapa regional (Região Concebida pela Gemak, pela Secom e pela MP Pu- dos pelo Banestes. o Patrimônio Líquido.
Centro-Oeste/Leste) do Prêmio Aberje 2005 nas ca- blicidade, a campanha foi veiculada nas formas VTs,
tegorias: Internet e Campanha de Comunicação de spots e anúncios. Destacou os produtos Microcrédi- Ano fiscal 2003 No Valor Financeiro, do jornal Valor Econômico:
Marketing. O objetivo do Prêmio Aberje é reconhe- to, Crédito Rural e Correspondentes Não Bancários. Na revista 150 Maiores Empresas no Espírito Santo 4° lugar entre os 20 com melhor rentabilida-
cer a excelência da comunicação organizacional e Um dos pontos altos da campanha nas versões 2004, do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e da Federação de operacional, sem a equivalência patrimo-
das relações públicas no Brasil por meio do incen- para TV e rádio foi o jingle, entoado pela voz de con- das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes): nial, entre os pequenos e médios; e
tivo e da difusão das melhores práticas do setor. tralto da cantora Alessandra Rangel. Daquelas que 3º lugar na lista das maiores empresas estatais; 6° lugar entre os 20 mais rentáveis sobre o
Na categoria Internet, foi inscrito o site do Ban- a gente de repente se pega cantando, a canção – 4° lugar entre as 46 maiores empresas de patrimônio, entre pequenos e médios.
co, reformulado em outubro de 2004 para oferecer “Você vai ver/vou lhe contar/temos coisas boas/ serviços;
ao internauta melhores condições de usabilidade. para lhe mostrar (...)” – caiu no gosto das pessoas. 2° lugar entre as 150 maiores empresas por No Recall Ledger Contadores & Consultores, do
Um dos destaques da área de informações do Ba- atividade; e jornal Gazeta Mercantil:
nestes no ciberespaço é o atendimento segmen- Prêmio Aberje Regional 2008 12° lugar entre as 15 mais rentáveis. 2° lugar entre os três bancos que obtive-
tado, com páginas destinadas a pessoas físicas, Com o case “Valores Capixabas”, o Banestes conquis- ram, em 2004, rentabilidade patrimonial
jurídicas, público jovem e administração pública. tou o Prêmio Aberje Regional 2008, que abrange os Na análise da Austin Rating - Balanço Financei- acima de 30%; e
Na categoria Comunicação de Marketing, o Ba- Estados Espírito Santo e Rio de Janeiro. O Banco con- ro Gazeta Mercantil 2004: 19° lugar entre as 96 empresas que tiveram
nestes concorreu com a campanha “Valores Capi- correu na categoria “Comunicação de Marca” com o 1º lugar quesito Rentabilidade do Patrimônio seus balanços analisados.
132 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 133
Ano fiscal 2005 8º lugar entre as 230 mais rentáveis; e Ano fiscal 2008 9.4 Oferta de crédito
No Balanço Financeiro - Gazeta Mercantil, elabora- 19º lugar entre os 20 maiores lucros. Na revista Conjuntura Econômica da Fundação Ge- no Espírito Santo
do em parceria com a Austin Ratings: tulio Vargas, junho/2009:
3° melhor banco de varejo do País. Ano fiscal 2006 Banco que mais cresceu no País em opera- O Banestes nasceu com a vocação de agente fo-
Na revista Isto É Dinheiro - As Melhores da Dinhei- ções de crédito; mentador do crescimento capixaba. Nos últimos
Na revista Conjuntura Econômica, do Instituto Bra- ro, outubro/2006: 3° lugar entre os bancos públicos e privados tempos, no processo de reestruturação do Banco, a
sileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas - 2º banco do País em gestão financeira. do País com o maior retorno sobre o Patri- recuperação desse papel tornou-se uma prioridade.
Ibre/FGV, junho/2006: mônio Líquido; e O conjunto de ações tomadas pela Diretoria
1° lugar entre os Bancos Públicos em renta- No estudo feito pela Economática, entre as empre- 4° lugar entre os bancos públicos do País do Banco com o objetivo de impulsionar a ins-
bilidade sobre o Patrimônio Líquido; sas negociadas na Bolsa de Valores: por crescimento do Ativo. tituição de volta a uma posição de destaque no
4° lugar entre todos os bancos do País em 6º lugar na lista das 20 melhores empre- cenário financeiro estadual e, assim, se consoli-
rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido; sas em retorno sobre o Patrimônio Líquido. Ano fiscal 2009 dar como importante agente fomentador do de-
1° lugar entre os Bancos Públicos em cres- No Estudo da consultoria Economática, publicado senvolvimento econômico e social capixaba, tem
cimento do Patrimônio Líquido; No Anuário Valor Grande Grupos 2007, do jornal em maio de 2009 no site G1: seus efeitos muito bem demonstrados na tabe-
3° lugar entre os Bancos Públicos em crescimen- Valor Econômico: 6º lugar entre os dez bancos brasileiros de la abaixo, com os dados absolutos e relativos da
to de receitas oriundas da prestação de serviços; 1º lugar em “rentabilidade patrimonial” en- pequeno porte que tiveram suas ações mais posição do Banestes nas operações de crédito no
4° lugar entre os Bancos Públicos no cresci- tre todos os bancos públicos na lista das 20 valorizadas no ano nas Américas. Espírito Santo.
mento do volume de operações de crédito; melhores instituições financeiras do País;
5° lugar entre os Bancos Públicos no cresci- 2º lugar em rentabilidade entre todas as empre- Na revista As Melhores da Dinheiro 500 – As 500
mento do volume de depósitos. sas do segmento financeiro do País (consideran- melhores empresas do Brasil: 9.4.1 Participação relativa nas
do que a primeira posição foi ocupada por um 365° lugar entre as 500 melhores da Dinheiro. operações de crédito
No Valor Financeiro, do jornal Valor Econômico, banco privado, o Banestes ficou em 1º lugar);
em junho/2006: 12° lugar entre “Os 20 que mais cresceram No Valor 1000, edição 2010: O Banco multiplicou por seis o volume de crédito
5° lugar entre todos os bancos do País em por receita bruta”; e 24° lugar na lista dos 100 maiores bancos oferecido no Estado e, assim, cresceu sua posição
rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido; e 18° lugar entre “Os 20 maiores em lucro lí- do País segundo Ativo Total; relativa em 40%, saindo de 20% em dezembro de
5° lugar entre os 50 maiores bancos em maior quido”. 11º lugar dos 20 bancos com a melhor ren- 2002 para 28% em junho de 2010, um ganho de
elevação relativa de Ativo Total. tabilidade operacional (sem a equivalência posição relativa de 45%.
Na análise divulgada pela revista Valor Financei- patrimonial), entre os pequenos e médios; Nesse mesmo período, o Banco do Brasil pas-
No Balanço Anual 2006 - Gazeta Mercantil: ro 2007: 14º lugar dos 20 bancos mais rentáveis sobre sou de um percentual de 23,7% para 28,9%, en-
18° lugar entre as 20 empresas de maior 6º lugar em “rentabilidade sobre o Patrimô- o patrimônio, entre os pequenos e médios; e quanto a Caixa Econômica Federal (Caixa), que
rentabilidade; nio Líquido” entre todos os bancos do País. 17º lugar entre os 20 maiores bancos em ocupa a terceira posição nesse ranking, saltou
176° lugar entre os 300 maiores grupos empre- depósitos totais. de 20,9% para 25,6%.
sariais do País em rentabilidade sobre o Patri- No Anuário Análise – Companhias Abertas 2007:
mônio Líquido (em 2004 estava no 255° lugar) 6° lugar entre as empresas mais rentáveis
do País; e Operações de crédito
Na revista As Melhores da Dinheiro/Isto É Dinheiro: 2º lugar na lista das estatais mais rentáveis. no Espírito Santo
Participação (%)
2° lugar em gestão financeira entre todos
os bancos do País. Ano fiscal 2007 Exercício Valor (R$ milhões) Banestes Banco do Brasil Caixa
Na revista Valor Grandes Grupos – 200 Maiores
2002 571,3 20,05 23,71 20,91
Na revista 200 Maiores Empresas do Espírito San- edição 2008:
2003 648,7 22,36 25,78 20,61
to, do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e da Federação 6º lugar na lista das 20 melhores empresas
2004 782,0 21,49 24,97 25,01
das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes): da área de finanças no quesito rentabilida-
2005 990,6 21,58 22,94 20,92
1º lugar entre as instituições de crédito, se- de patrimonial.
2006 1.263,5 22,11 28,47 21,52
guro e capitalização no Espírito Santo;
2007 1.714,9 23,71 28,46 19,36
2º lugar entre as 20 maiores empresas es- Na revista Anuário 2008 Análise Companhias
2008 2.859,5 29,78 27,44 19,89
tatais e de economia mista, segundo a re- Abertas:
2009 3.330,3 29,33 27,43 22,93
ceita operacional bruta; 1º lugar entre as ações de todas as empre-
2010* 3.450,1 28,02 28,96 25,60
4º lugar entre as 65 maiores empresas sas estatais do País que mais renderam em
de serviços; 36 meses. * Até junho
134 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 135
9.4.2 Participação relativa na milhões em junho de 2010 registrando, assim, Depósitos a Prazo – setor privado flete aspectos ligados ao suporte, à gestão, à estra-
concessão de empréstimos e um crescimento de 444% no período. A partici- Exercício Valor (R$ Milhões) Participação (%) tégia e à solidez financeira. As instituições classifi-
nos títulos descontados pação do Banestes no mercado de Depósitos à 2002 563,5 30,24 cadas nessa faixa oferecem moderada segurança
Vista do setor privado passou de 16% em dezem- para honrar compromissos financeiros regulares.
2003 545,1 29,80
Quando se analisa o total dos empréstimos conce- bro de 2002 para 28,52% em junho de 2010, um O rating BBB indica que as instituições possuem
didos (na estatística do Banco Central do Brasil – Ba- crescimento relativo de 77% no período. Nes- 2004 862,0 36,22 algumas áreas importantes apresentando fragilida-
cen – estão incluídos os valores de títulos descon- se mesmo período, o Banco do Brasil passou de 2005 1.116,5 32,47 des. No entanto, são consideradas capazes de su-
tados) no Estado, verifica-se que o Banestes, nova- 34,56% para 30,96%, enquanto a Caixa saiu de 2006 1.460,0 34,52 perá-las no médio prazo, embora mudanças adver-
mente, alcançou importante colocação nesse quesi- 17,99% para 17,56%. 2007 1.982,4 40,31 sas nas condições econômicas e regulatórias pos-
to de crédito, ganhando posição relativa. Passou de 2008 2.496,3 32,74 sam prejudicar sua capacidade de honrar compro-
24,59% em dezembro de 2002 para mais de 36,46% missos financeiros.
Depósitos à Vista – setor privado 2009 2.935,5 39,10
em junho de 2010, um crescimento relativo de 48% A segunda avaliação realizada pelo Comitê
no período. Nesse mesmo período, o Banco do Bra- 2010* 2.909,3 39,17 de Risco da LFRating, no ano de 2007, atribuiu ao
Exercício Valor (R$ Milhões) Participação (%)
sil passou de 25,95% para 23,49%, enquanto a Caixa 2002 137,0 16,07 * Até junho Banestes a nota BBB+, representando um upgrade
saiu de 12,47% para 12,05%. Em valores absolutos, em relação à nota BBB do ano anterior. Essa melhora
2003 161,4 17,93
o Banestes saltou de R$ 284 milhões em dezembro pode ser atribuída a vários fatores, entre eles o
de 2002 para mais de R$ 2,36 bilhões em 2010, um 2004 221,9 19,44 9.5 Evolução da classificação vigor da recuperação dos resultados do Banco,
crescimento de 732%. 2005 261,1 20,41 de risco LFRating a disseminação da cultura de controle interno,
2006 320,1 20,03 compliance e prevenção à lavagem de dinheiro.
2007 399,5 19,25 Em dezembro de 2005, o Banestes contratou a Ações explícitas como a contratação da em-
2008 785,0 31,98 empresa Lopes Filho & Associados Consultoria de presa Módulo para mapeamento de processos in-
empréstimos e títulos descontados Investimentos Ltda. para proceder à avaliação do dicando alternativas para mitigação de riscos fo-
2009 769,2 29,59
risco de crédito da instituição. O rating da LFRa- ram fundamentais para o atingimento desse obje-
Exercício Valor (R$ Milhões) Participação (%) 2010* 746,1 28,52 ting para instituições financeiras é formado de tivo. Desde então, o trabalho vem sendo continua-
2002 284,1 24,59
* Até junho duas partes. A mais importante é derivada da in- mente ampliado por uma equipe do Banco. Outra
2003 316,8 24,43 terpretação de indicadores objetivos e subjetivos, ação importante foi a elaboração do Plano Estraté-
2004 393,2 24,28 que abrangem todas as áreas e aspectos relevan- gico de Tecnologia da Informação (Peti) e a monta-
2005 559,8 26,31 tes do funcionamento de um banco. A outra par- gem do Site de Contingência no Edifício Palas Cen-
2006 717,3 28,26 9.4.4 Participação relativa nos te é oriunda da avaliação de um comitê de rating ter, sede administrativa do Banco.
136 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 137
10
Apoios Sociais, Esportivos e Culturais
138 BANESTES 2003-2010 Você faz parte desta história de sucesso 139
10 Apoios Sociais, Esportivos e Culturais
F
oi-se o tempo em que uma orga- tivo primordial oferecer a crianças e a adolescen- março de 1970 seu braço executivo, o Hospital cia social, educacional e de capacitação a grupos
nização produtiva podia focar-se tes vítimas de câncer, bem como às suas famílias, Santa Rita de Cássia. O estabelecimento de saú- familiares em situação de risco social.
apenas no seu ramo de atividade, um programa de assistência integral, suprindo a au- de é referência no tratamento oncológico no Es-
sem prestar atenção ao conjunto da sência de uma política social voltada para esse fim. pírito Santo e realiza, também, atendimento a pa- Casa de Acolhimento e Orientação às
população afetada por sua atuação, Visa, ainda, à humanização no atendimento aos cientes usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Crianças e Adolescentes - CAOCA*
seja nos limites de um bairro, uma pacientes por meio de atividades recreativas, artís- Fundada em junho de 1995 por meio da iniciativa
cidade, um Estado, um país, seja em ticas e pedagógicas que, aliadas à oferta de hospe- Centro de Apoio ao Cidadão (CAC) das irmãs da Congregação Filhas do Coração de
razão do planeta Terra. dagem em Casa de Apoio, contribuem para mini- Desenvolve trabalho voluntário e presta serviços Maria, a instituição fica localizada no bairro Ma-
O avanço da cidadania, cujos mizar o impacto social decorrente da doença e seu na área de HIV/Aids por meio de cinco programas, ria Ortiz, Vitória.
direitos e deveres estão cada vez tratamento. Com isso, a instituição busca garantir atendendo pacientes e familiares carentes com be- Tem por objetivo colaborar no resgate e/ou
mais difusos e, com isso, pautan- a continuidade do tratamento, a redução da hospi- nefícios como alimentação, fraldas, medicação e construção da cidadania de crianças e adolescen-
do o modo de vida atual; a consci- talização causada por fatores sociais e a elevação internação para recuperação e restabelecimento. tes que se encontram em situação de vulnerabili-
ência de que a produção tem de dar um retorno a dos índices de cura. Oferece, ainda, oficinas de artesanato, no intui- dade social, buscando, principalmente, a preven-
quem dela participa, direta ou indiretamente, tam- A Acacci também se preocupa em articular es- to de gerar emprego e renda, proporcionando, por ção e o acompanhamento junto às famílias, desen-
bém promovendo a inclusão social; a consolidação forços públicos e privados para o fortalecimento de meio de cuidados biopsicossociais, a reinserção fa- volvendo ações voltadas para a perspectiva socio-
do movimento em defesa de um sistema produti- uma política pública voltada para o atendimento miliar, a promoção humana e a cidadania. Com in- educacional e psicossocial, tendo como valores o
vo sustentável; e o fato de as organizações terem aos pacientes, além de implementar ações que pro- tervenções e palestras, pretende educar e prevenir, respeito, a transparência, a solidariedade, a disci-
de investir em imagem junto a seus públicos-alvo piciem o desenvolvimento e a melhoria das com- contribuindo para uma mudança comportamen- plina, a ética e a espiritualidade.
em busca de atenção e preferência, entre outros, petências dos profissionais de saúde, dos funcio- tal, lutando contra o preconceito e a discriminação. * Em fase de renovação da parceria com o Banco.
acabam colocando na pauta institucional ativida- nários e dos voluntários da instituição.
des e programas de responsabilidade social. Cidade do Garoto/Sociedade Associação Salvamar
O Banestes, cumprindo o seu ideal de indutor do Ação Comunitária do Brasileira de Cultura Popular Fundada em dezembro de 2002 e tem como obje-
desenvolvimento socioeconômico capixaba, tem Espírito Santo (Aces) Entidade de Utilidade Pública estadual e federal sem tivo o atendimento a crianças e adolescentes ca-
bem clara a parte que lhe cabe realizar nesse pro- Atua com o objetivo de promover o desenvolvi- fins lucrativos, busca oferecer a crianças e a adoles- rentes de apoio educacional, de cultura e lazer na
cesso. E seu papel vai além do fomento de negócios mento cultural, econômico e psicossocial de co- centes as condições necessárias para promover a vida. comunidade de Perocão, zona norte do município
financeiros, da democratização do acesso ao crédito munidades em situação de risco social, por meio Visa à formação de cidadãos críticos e cons- de Guarapari. As crianças são oriundas de famílias
e da interiorização dos serviços bancários. O Banco de programas e projetos. cientes de seus direitos e deveres, capazes de in- cujos pais possuem profissões tais como pedreiro,
exerce sua função de utilidade pública também por As ações desenvolvidas pela Aces e apoiadas pelo tervir em sua realidade. Desenvolve, com desta- pescador, ajudante de obras e lavrador. São pesso-
meio do apoio a ações sociais, esportivas e culturais. Banestes incluem os projetos Pequenos Talentos e que, quatro ações: Projeto Informática Solidária, as de reduzido nível socioeconômico e de pouca
Movimento. O primeiro utiliza a dança como meio Projeto Capoeirando, Projeto Show de Bola e Pro- ou nenhuma escolaridade. A instituição tem o pro-
para desenvolvimento da arte, elevação da autoesti- jeto Artes nas Mãos dos Garotos. pósito de integrar as crianças e adolescentes, além
10.1 Promoção social ma e valorização da vida de crianças e adolescentes. de seus familiares, à comunidade em que vivem por
O outro projeto proporciona, por meio da música Serviço de Engajamento meio de ações que promovem a valorização pessoal.
A promoção social acontece por intermédio de par- e da dança, o desenvolvimento de habilidades e po- Comunitário (Secri)
cerias com instituições que investem em projetos de tencialidades de percepção, criatividade, inteligên- Nasceu em setembro de 1988, com a finalidade Junior Achievement (Jaes)
assistência social, educacionais, culturais e esporti- cia e imaginação. É voltado para crianças e adoles- de contribuir para a promoção social das famílias Organização mundial financiada por empresas, fun-
vos, alcançando, entre outros, crianças e adolescen- centes em risco pessoal e social de Vale Encantado economicamente desfavorecidas de comunidades dações e pessoas físicas com o objetivo de desen-
tes em estado de risco social. O Banestes contribui (Vila Velha), Bela Aurora e Vista Dourada (Cariacica). próximas à Paróquia Santa Rita de Cássia, Praia do volver programas que estimulem o espírito de li-
para a sustentabilidade de várias instituições. Confira. Canto, Vitória, com especial atenção às crianças e derança e o empreendedorismo jovem. Conquis-
Associação Feminina de Educação jovens de 4 a 24 anos, despertando nelas a consci- tou o título de Utilidade Pública, concedido pelo
Associação Capixaba Contra e Combate ao Câncer (Afecc) ência crítica cidadã. Apoia e desenvolve ações para Governo Federal para organizações que se desta-
o Câncer Infantil (Acacci) Visa à promoção do bem-estar do paciente, con- a defesa, elevação e manutenção da qualidade de cam pelo trabalho feito com a sociedade.
Organização de Utilidade Pública municipal, esta- siderando aspectos físicos, sociais, psíquicos e es- vida das pessoas e de proteção ao meio ambien- O Banestes incentiva o voluntariado, estimu-
dual e federal sem fins lucrativos, tem como obje- pirituais. Fundada em 1952, a Afecc inaugurou em te, por meio da prestação de serviços de assistên- lando seus profissionais a atuar em escolas de en-
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sinos fundamental e médio. Em parceria com a Ju- necessitam. A intenção do Banco, com tais inicia- Cadastramento de doadores Aproximadamente 470 mil copos deixaram de
nior Achievement, treinou o corpo funcional para tivas, é cumprir sua função social e contribuir para de medula óssea ser consumidos por ano com a distribuição das ca-
despertar nos jovens o espírito empreendedor. minorar as carências sociais. Entre maio e junho de 2010, o Banestes, também por necas, o que demonstra a preocupação do Banes-
Merece destaque o Projeto Empresário Som- Algumas ações beneficentes são realizadas meio da Cipa com o apoio da Gereh, realizou campa- tes com a preservação ambiental, tendo em vista
bra, por meio do qual estudantes do ensino médio pela Comissão Interna de Prevenção de Aciden- nha de cadastramento de doadores de medula óssea. que o projeto não visa à questão financeira, mas
acompanham a jornada diária de alguns emprega- tes (Cipa), com apoio da Gerência de Recursos Hu- A iniciativa, que rendeu um total de 457 cadas- sim à redução dos resíduos no meio ambiente.
dos do Banestes. A iniciativa busca oferecer aos jo- manos (Gereh) e mobilização do quadro de pesso- tramentos, teve também parceria do Hemoes. Foi
vens uma visão realista do mundo do trabalho e a al da instituição. Há campanhas que são desenvol- dirigida aos empregados da instituição que traba-
compreensão de como aplicar, na carreira profissio- vidas por ocasião da realização da Semana Inter- lham no Edifício Palas Center, no Centro de Vitória, 10.3 Promoção esportiva
nal, os conhecimentos adquiridos em sala de aula. na de Prevenção de Acidente de Trabalho (Sipat), e no Edifício Bressan, localizado na Avenida Mare-
evento que envolve muitos profissionais. chal Campos, Bairro de Lourdes, Vitória. Ação Social e Esportiva Banestes
Associação Lar Semente do Amor Crianças e adolescentes receberam especial aten-
Fundada em novembro de 1994, tem como obje- Vítimas de enchentes no Espírito Santo Meio Ambiente ção do Banco por meio do evento Ação Social e Es-
tivo contribuir para o desenvolvimento integral O Banestes mostra também sua solidariedade à A mensagem publicitária de um banner pode já ter portiva Banestes, desenvolvido com o principal ob-
das crianças e adolescentes em estado de vulne- população capixaba em momentos de desastres cumprido o seu papel de divulgação, mas o material jetivo de proporcionar a jovens beneficiados por
rabilidade, risco social e pessoal do município de naturais e um exemplo são as iniciativas voltadas que serviu de instrumento para dar visibilidade ao pro- projetos sociais a prática e o gosto pelo esporte.
Serra. A Associação abriga, nas chamadas casas la- para auxiliar desabrigados e desalojados de enchen- duto ou serviço ainda pode servir, e muito. Foi com Para desenvolver a Ação, o Banestes conta com
res, crianças e adolescentes encaminhados pelo tes, bem como para a reconstrução de casas e ne- esse “ecopensamento” que o Banestes, por meio da a participação da Febses. A entidade leva os seus
Juizado da Infância e Juventude do município. gócios, entre outros, destruídos por fortes chuvas. Gerência de Marketing (Gemak), concebeu um novo atletas para a realização de atividades esportivas
Desenvolve atividades sociopedagógicas com Vítimas das chuvas que atingiram o Estado no destino para o tecido usado na confecção de banners. e recreativas com os jovens. Além do bate-bola na
a finalidade de trabalhar questões ligadas à cida- início de 2009, por exemplo, foram alvo de uma Do resultado desse aproveitamento surgiram areia, a iniciativa abrange brincadeiras, distribui-
dania, à cultura e ao esporte. Para isso, utiliza ofici- ação conjunta entre o Banestes e o Banco de De- práticas e charmosas sacolas, que são distribuídas ção de lanches e medalhas e sorteio de brindes. A
nas de informática, apoio lúdico-escolar, artesana- senvolvimento do Espírito Santo (Bandes). como brindes aos clientes do Banco. Ideal para com- primeira Ação Social e Esportiva ocorreu em maio
to, capoeira, dança, judô, coral e ginástica olímpi- Cinco linhas de crédito operadas pelas duas ins- pras, as sacolas substituem uma quantidade signi- de 2006 e, até outubro de 2010, havia completa-
ca. A Associação realiza, ainda, atividades de inicia- tituições foram disponibilizadas para apoiar os em- ficativa de sacolinhas plásticas não biodegradáveis, do dez edições.
ção profissional e cursos profissionalizantes, com preendedores e as famílias afetadas. Com uma do- que levam em torno de 100 anos para se decompor. Outra iniciativa nessa área é o Circuito Social
o objetivo de qualificar e capacitar jovens e adul- tação de R$ 10 milhões, o Programa de Solidarieda- A ideia é estimular a reciclagem, mostrando que Banestes, voltado para beneficiários de projetos so-
tos para o mercado de trabalho. de (Prosol) ajudou a financiar empreendedores, for- é possível promover o aproveitamento de materiais ciais apoiados pelo Banco. Em 2009, o evento foi
mais e informais, que comprovadamente tiveram que antes teriam como fim o descarte. A bolsa, além realizado no Sesi Jardim da Penha, em Vitória, e a
Municípios prejuízos e danos materiais com as chuvas e cheias, de resistente, consiste em um convite a novos olhares edição 2010 na Fazenda Rico Caipira, em Vila Ve-
Com a modernização do seu parque tecnológico, o como perdas de estoque, máquinas e equipamen- sobre os materiais que são descartados diariamente. lha. O Circuito Social Banestes reúne, de uma só
Banestes contribuiu para a inclusão digital ao pro- tos ou avarias em estruturas físicas dos empreendi- O Banco adotou também a utilização de cane- vez, crianças e adolescentes em torno de ativida-
mover a entrega de 597 microcomputadores para mentos, bem como pessoas gravemente atingidas cas de polipropileno atóxico para seus emprega- des que vão do lazer a noções de cidadania.
53 prefeituras capixabas. Os equipamentos desti- que sofreram perdas em decorrência do fenômeno. dos, reduzindo, entre setembro de 2009 e julho de Com esses projetos, o Banco mostra as várias for-
naram-se à implantação de salas de informática em 2010, um total de 90% do consumo de copos des- mas de aproveitamento de um patrocínio, que vai além
áreas consideradas carentes, bem como a prover Doação de sangue cartáveis nas suas unidades. Os 10% ainda consu- de visibilidade da marca, para atingir valores mais pro-
as secretarias que necessitavam de computadores. Desde 2001, o Banestes realiza campanhas de doa- midos são utilizados por visitantes. fundos como cidadania, integração, inserção social.
Alguns municípios montaram, com os equipa- ção de sangue por meio da Cipa em parceria com
mentos recebidos, telecentros para atender os ci- o Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espíri- Edson Francisco
n Esporte,
dadãos com acesso gratuito à internet e cursos de to Santo (Hemoes). A iniciativa tem como objetivo
cidadania e
informática. Outros instalaram os equipamentos estimular e envolver empregados, clientes e comu-
inclusão se
em escolas e bibliotecas, para auxiliar na educação nidade para a doação de sangue, colaborando para o
somam na Ação
dos moradores, bem como para projetos sociais. aumento do estoque no Banco de Sangue do Estado.
Social e Esportiva
Visa, ainda, a despertar o espírito de voluntaria-
do Banestes
do, bem como a contribuir para o fortalecimento
10.2 Campanhas solidárias das ações de responsabilidade social da empresa.
O sangue coletado é utilizado pelo Hemoes para
O Banestes promove, sistematicamente, campa- suprir as necessidades de transfusão das urgências
nhas em benefício de instituições e pessoas que e emergências dos hospitais públicos do Estado.
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Desafios e Decisões
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11 Desafios e Decisões
J
á se tornou um lugar-comum a refle- para dentro. Cerca de 45% da Carteira Comercial te, houve encolhimento do mercado de crédito. O A partir desse Decreto, o Banco trabalhou forte-
xão poética de que a dor é inevitável, de exportação do Banco estavam concentrados no Banco Central do Brasil (Bacen), trabalhando numa mente no sentido de reforçar sua carteira própria de
mas que o sofrimento é opcional. De li- setor de rochas ornamentais e grande parte desse política anticíclica, solicitou dos bancos que esta- crédito consignado. No primeiro semestre de 2010,
vre adaptação, pode-se dizer que mui- mercado era fortemente dependente do mercado vam capitalizados que comprassem os créditos essa carteira cresceu em torno de R$ 170 milhões.
tas crises são inevitáveis, uma vez que norte-americano. Como um dos principais causa- dos bancos com dificuldade de captação. O Banco A segunda ação para o enfrentamento da crise
têm origem exterior às organizações. dores dessa crise foi a bolha imobiliária gerada no do Brasil comprou crédito, a Caixa Econômica Fe- foi buscar novas receitas extraordinárias e o Banco
Mas, seguindo a inspiração dos versos, mercado de hipotecas dos Estados Unidos da Amé- deral comprou crédito, o Banrisul comprou crédi- empreendeu uma política mais agressiva de alie-
pode-se chegar à conclusão de que os rica (EUA), os reflexos desse setor bateu forte nos to e vários outros bancos compraram crédito, in- nação de ativos. Foram, inicialmente, seleciona-
seus reflexos podem ser controlados, fornecedores de matéria-prima para a construção clusive o Banestes. dos os que não faziam parte dos ativos operacio-
contidos e até evitados, visto que cada civil, entre eles o de rochas ornamentais. O diferencial do Banestes é que a Diretoria do nais do Banco, como ações da Visanet e da Central
um experimenta a crise comum de for- Muitas empresas exportadoras capixabas, além Banco, após fazer uma solicitação e ter conseguido de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos
ma particular. de perderem faturamento, até então concentrado autorização do Conselho de Administração (Conse) (Cetip), que foram vendidos. Com isso, conseguiu-
Nos últimos anos, o Banestes enfrentou dois em um único mercado, não receberam pelas ven- para a compra de crédito de até R$ 750 milhões, foi -se fomentar um acréscimo de receita para ajudar
momentos desafiantes, que se acumulam a uma das já realizadas e embarcadas. Ou seja, a inadim- muito seletiva na operacionalidade dessa compra. a compensar o crescimento do volume de Provi-
série de obstáculos transpostos em sua história plência do setor cresceu significativamente e, con- Ou seja, o Banestes comprou apenas cessão de cré- são para Devedores Duvidosos (PDD).
recente, como bem se tem contado neste livro. A sequentemente, a inadimplência dos exportadores dito consignado de prefeituras e de órgãos federais. A terceira ação é bem mais óbvia. Passado o
origem dessas questões estava localizada nos am- para com o Banco também aumentou. Essa janela de oportunidade que surgiu para o Ba- primeiro grande período de turbulência, restou
bientes internacional e nacional, mas o enfrenta- Essa crise de inadimplência não ocorreu apenas nestes ajudou e muito na busca de resultados adi- ao Banco uma nova e majorada carteira de Provi-
mento foi local, com o know-how, a dedicação e a no setor de rochas. Outros setores exportadores, cionais alternativos para contrapor o peso crescen- são, fruto da elevação da inadimplência concentra-
decisão do Banestes e sua equipe. como o de frutas e o moveleiro, foram atingidos, bem te das provisões que precisou fazer em função das da na carteira de Câmbio, que, se de um lado é o
Enfrentaram-se os desafios apresentados ou como os fornecedores dessas cadeias produtivas, inadimplências. Então, essa foi uma chance que o Ban- símbolo de problema de passado recente, por ou-
oriundos da crise financeira internacional com a todos com fortes relações comerciais com o Banco. co soube usar muito bem, inclusive fazendo mudan- tro lado é, também, uma nova porta de oportuni-
capacidade, a racionalidade e a determinação que Como o Banestes (um banco de médio porte) se ças na sua sistemática de empréstimo consignado. dade. Isso, na medida em que, ao se colocar ênfase
em outras ocasiões alavancaram o Banco de situ- preparou para o enfrentamento dessa crise? Em pri- Nesse sentido, em dezembro de 2009, depois de e foco nas ações de recuperação dos créditos pro-
ações complexas. Mais histórias de sucesso possi- meiro lugar, o Banco teve de quebrar alguns para- um longo e exaustivo período de negociação com visionados e/ou levados a prejuízo, esses poderão
bilitadas por momentos de crise. digmas de seu processo operacional que, até então, o Governo do Estado do Espírito Santo, foi publica- ser transformados em resultados.
concentrava suas energias no vetor crescimento da do um decreto estabelecendo novas diretrizes para A partir de junho de 2010, essa ação de recupera-
Carteira Comercial, disputando o competitivo mer- operações referentes ao empréstimo consignado ção de crédito ficou reforçada com uma nova orien-
11.1 O enfrentamento cado financeiro brasileiro. Fruto da crise, o merca- para os funcionários públicos estaduais. tação de foco, para os meses seguintes (de julho até
da crise mundial do financeiro nacional sofreu também uma grande A partir do Decreto 2.415-R de 04 de dezem- outubro). A atenção do Banestes sai, momentane-
perda de liquidez. Felizmente, a situação do Banes- bro de 2009, assinado pelo Governo do Estado do amente, do comercial, e vai para a reversão de PDD
A crise financeira internacional que eclodiu em se- tes era bastante confortável quanto a esse aspecto. Espírito Santo, o empréstimo Consignação em Fo- e recuperação de prejuízos, tudo apoiado por uma
tembro de 2008 abalou fortemente o mercado fi- O Banco se preparou para a crise agindo em lha de Pagamento passou a ser concedido exclusi- política agressiva de renegociação de dívidas e co-
nanceiro internacional, com significativos reflexos três direções. Inicialmente, tirando proveito dessa vamente pelas instituições financeiras oficiais em brança. Em agosto de 2010, o Banestes começa a
sobre o mercado nacional. A turbulência, todavia, própria crise. Além disso, o Banestes buscou no- atuação no Estado: Banestes, Banco do Brasil e Cai- colher os frutos desse redirecionamento do foco.
não teve efeitos diretos sobre o Banestes, que, além vas receitas. Por último, o terceiro rumo tomado xa Econômica Federal.
de não possuir ativos tóxicos, tinha uma confortá- pelo Banco foi dar foco à recuperação de créditos. Entre outras justificativas, o Decreto considerou
vel posição de liquidez. Como reflexo da perda de liquidez no merca- a necessidade de atualizar as normas sobre consig- 11.2 As negociações com
A crise, no entanto, passou a afetar o Banco a do internacional, o mercado interno ficou desabas- nações em folha de pagamento dos servidores pú- o Banco do Brasil
partir do segundo trimestre de 2009, quando atin- tecido de moeda. Essa forte perda de liquidez no blicos estaduais civis e militares; a possibilidade de
giu de forma mais vigorosa os parceiros comerciais mercado interno financeiro nacional fez com que uma menor taxa e/ou alongamento do perfil da dí- Em 5 de fevereiro de 2009, o Banestes e o Banco do
do Banestes que tinham relações com o exterior, muitos bancos sem rede de captação que opera- vida do servidor; e a possibilidade de minimizar o Brasil publicaram um Fato Relevante assinado pe-
principalmente os setores exportadores. vam no mercado brasileiro ficassem sem recursos, impacto das dívidas no orçamento pessoal do ser- los diretores de Relações com Investidores de am-
Portanto, a crise chegou ao Banestes de fora gerando uma crise de liquidez. Consequentemen- vidor, com a redução do custo do endividamento. bas as instituições. O documento informava que o
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Banco do Brasil havia proposto e o Governo do Es- Iniciado o processo de análise de venda, o Go- Segundo enfatizou o governador, além das mu- O governador fez questão de agradecer o apoio
tado do Espírito Santo aceitado iniciar tratativas, verno do Estado, por meio do Banestes, contratou danças na Diretoria do Banco do Brasil, a crise eco- da população capixaba ao Governo do Estado du-
sem nenhum efeito vinculante, visando à aquisi- a KPMG, empresa internacional de auditoria com nômica mundial também pesou na hora de deci- rante o processo de negociação. “Tenho que agra-
ção do controle acionário do Banestes pelo Banco atuação no Brasil, para o processo de avaliação do dir pela suspensão das negociações. “A conjuntu- decer à população do Espírito Santo. Tratamos de
do Brasil, com sua posterior incorporação socie- Banco. A KPMG foi a responsável por estabelecer ra econômica permanece volátil. O cenário dessa uma questão delicada e contamos com o apoio e
tária, observadas a regulamentação vigente e as valores de venda do Banestes. Pelo lado do Banco crise não está claro e a avaliação de ativos em um com a confiança da população capixaba, que, mais
condições inerentes às operações dessa natureza. do Brasil foi contratada a empresa Price, que já ha- momento como esse fica muito difícil”. uma vez, ficou do nosso lado. Agimos com muito
O então presidente do Banco do Brasil, Antônio via trabalhado na precificação do banco Nossa Cai- Na ocasião, o governador ressaltou que o preço zelo, equilíbrio e responsabilidade, como temos fei-
Francisco de Lima Neto, foi enfático ao informar xa, de São Paulo. de venda do Banestes era importante, mas não era to desde 2003”, salientou o governador, lembrando
que, caso a oferta final fosse aceita pelo Governo A imprensa capixaba repercutiu de modo va- o principal ponto da negociação. “Os pontos prin- que encontrou um Banestes quebrado e que hoje
do Estado, não haveria demissões nem fechamen- riado o anúncio das negociações para a venda do cipais da negociação sempre foram aqueles liga- o Banco está saudável e dando lucro.
to de agências. A intenção do Banco do Brasil era Banestes ao Banco do Brasil. À época, um dos mais dos ao social: a garantia de manutenção dos em- O governador nomeou novamente o econo-
seguir o cronograma de expansão da instituição lúcidos depoimentos foi do professor Orlando Cali- pregos dos funcionários, da rede bancária e das li- mista Roberto Penedo, à época secretário de Es-
capixaba, que previa abertura de novos pontos de man, que assim se pronunciou: “O Banestes é hoje nhas de crédito. A segurança que tínhamos no iní- tado da Fazenda, para reassumir a presidência do
atendimento. “O Banco do Brasil passa por um pro- um ativo público precioso, com um alto valor de cio do processo de negociação não temos mais em Banestes. Penedo ocupou a presidência do Ban-
cesso de reorganização do seu sistema brasileiro, mercado. Continuará público ao ser incorporado virtude da crise econômica e da mudança da Dire- co de outubro de 2004 a fevereiro de 2009, quan-
buscando novas oportunidades. E é neste cenário ao Banco do Brasil. A operação, em si, é importan- toria do Banco do Brasil. A Diretoria anterior havia do tiveram início as negociações entre o Governo
que surge o Banestes, uma instituição bem gerida te que se esclareça, é parte de um processo mais vindo ao Estado e assumido o compromisso com do Estado e o Banco do Brasil. O subsecretário da
e que demonstrou uma rápida recuperação”, disse geral de concentração bancária, agora ainda mais a manutenção desses pontos”. Receita, Bruno Negris, assumiu a Secretaria da Fa-
Lima Neto na ocasião. intensificado em consequência da crise financeira O pedido de suspensão das negociações foi fei- zenda no lugar de Roberto Penedo e, consequen-
Em 2008, o banco federal iniciou um forte pro- internacional. Do ponto de vista do Governo Fede- to pelo governador Paulo Hartung durante reunião temente, a presidência do Conselho de Adminis-
cesso de compras, envolvendo Votorantim, Nossa ral, está clara a estratégia de fortalecimento do sis- no dia 22 de junho de 2009, em Vitória, com o en- tração do Banestes (Conse).
Caixa, Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e tema de bancos públicos, principalmente por meio tão recém-empossado presidente do Banco do Bra- Como se tem visto ao longo desta publicação,
Banco do Estado de Piauí (BEP). Ainda negociava a de ganho de escala operacional. Alguém poderia sil, Aldemir Bendine. “Não tenho qualquer crítica a os últimos anos foram decisivos para a história do
aquisição do Banco de Brasília (BRB). questionar o fato de o Banco estar sendo vendido fazer à atual Diretoria do Banco do Brasil. Nada im- Banco, como a própria reestruturação do Banes-
O então secretário de Desenvolvimento do Es- exatamente no momento em que ele apresenta pede que a negociação seja retomada no futuro. tes a partir de 2003. Neste capítulo, nota-se que
tado do Espírito Santo, Guilherme Dias, ressaltou, resultados – lucros – significativos. Podemos dis- No entanto, achamos mais prudente suspender o especialmente os anos de 2008 e 2009 impuse-
por ocasião da publicação do Fato Relevante, que as tinguir três fatores básicos que justificam a deci- processo neste momento”, frisou o governador. ram desafios extras a uma trajetória já marcada
primeiras conversas a respeito da possível oferta de são. O primeiro deles é representado pelos resul- De acordo com o secretário de Desenvolvimen- por muita superação.
compra da instituição capixaba partiram do presi- tados, que influenciam positivamente o preço do to Guilherme Dias, na ocasião, as negociações foram Mas também se pode observar que, a exemplo
dente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao dis- ativo. O segundo fator é resultante da conjuntu- encerradas de comum acordo, já que não houve en- de situações anteriores, o Banestes só fez se forta-
cutir o assunto com o governador Paulo Hartung. ra geral de tendência do setor. E, por último, o Go- tendimento em relação ao valor da transação que se- lecer para os novos embates que certamente virão
“Hoje em dia existe um movimento forte de con- verno Estadual, com o resultado da venda, poderá ria negociada. “Com a volatilidade do mercado, esta- – e, igualmente, serão vencidos.
centração bancária. No Brasil, apenas cinco perma- implementar um programa audacioso de investi- va havendo uma dificuldade de se chegar a um acor- Nesse sentido, um pouco do cenário que se pre-
necem com bancos estaduais. Entendemos a ne- mentos, num momento de crise e necessidade de do em relação ao preço e, dessa forma, o Governo de- vê para o Banco é o que traz o capítulo seguinte,
cessidade de estudar a proposta do Banco do Bra- políticas anticíclicas”. cidiu encerrar a negociação aberta em fevereiro do o último desta história de sucesso, que ainda tem
sil, que é a única instituição que tem condições de Na tarde do dia 22 de junho de 2009, um novo corrente ano”. Ainda segundo o secretário, “a decisão muitos outros capítulos a serem escritos pelo povo
garantir a manutenção e, ainda, a multiplicação da Fato Relevante confirmando a suspensão das ne- é definitiva, pelo menos no decorrer deste Governo”. capixaba e pelo Banestes.
atuação do Banestes em prol do desenvolvimento gociações foi enviado pelos bancos à Comissão
da agricultura capixaba, da pequena e média em- de Valores Mobiliários (CVM), obedecendo às re-
presa, da prestação dos serviços, dentre outros”, gras de mercado.
salientou o secretário. No dia 23 de junho de 2009, durante entrevis-
Quanto ao valor da negociação, Dias destacou ta coletiva concedida pelo governador Paulo Har-
que seria definido a partir de um estudo técnico es- tung no Palácio Anchieta, foi anunciada a suspen-
pecializado a ser contratado por cada instituição, são das negociações para a incorporação do Banes-
seguindo o método já utilizado em outras nego- tes ao Banco do Brasil. A crise econômica mundial
ciações bancárias. “Hoje há metodologia que ga- e o processo de mudança da Diretoria do Banco do
rante transparência e a valorização do patrimônio Brasil foram variáveis determinantes para a inter-
público”, explicou. rupção das negociações.
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O Futuro
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12 O Futuro
D
esde que foram criados, os ban- des credores dos entes federados. Esse endivida- 1.179, foi criado o Programa de Estímulo à Rees- cos se tornarem viáveis econômica e financeira-
cos estaduais sempre atende- mento dos Estados se tornou um problema a par- truturação (Proer) e ao Sistema Financeiro Nacio- mente e, em consequência, voltarem a atuar na
ram aos interesses de seus tir dos anos de 1980, tornando alguns desses ban- nal (SFN), que veio para assegurar a liquidez e a promoção do desenvolvimento regional.
respectivos Estados e sem- cos inviáveis econômica e financeiramente. solvência do SFN e resguardar os interesses dos Como banco estadual cujo maior acionista é o
pre contaram com algumas A primeira tentativa de recuperação foi o auxí- depositantes e dos investidores. Essa MP permi- Governo do Estado do Espírito Santo, o futuro do
vantagens que os bancos lio aos bancos estaduais representado pelo Progra- tiu que os bancos que não tivessem problemas Banestes depende de decisões político-adminis-
privados não tinham: a pro- ma de Apoio Creditício (PAC), que compreendia a re- de solvência comprassem os bancos com dificul- trativas de seu controlador. O Banestes de hoje é
teção do próprio Estado. negociação das dívidas dos bancos estaduais junto dades. Consequentemente, houve um grande nú- um banco sólido, com boa posição de liquidez e
Outro fato inerente aos ao Bacen, com prazo de dois anos de carência mais mero de fusões e liquidação de bancos. solvência e, principalmente, muito rentável, con-
bancos públicos é que estes quatro anos para pagar. Esse programa não apresen- Em 1996, paralelo ao Proer, o Governo criou, forme demonstrado pelos números do Banco em
são instituições de decisões limi- tou êxito devido aos poucos recursos disponíveis. por meio da Medida Provisória 1.514, o Programa capítulos anteriores.
tadas, ou seja, sujeitos às regras do O Governo Federal lançou, então, o Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual Todavia, como qualquer outro banco de seu
setor público, expondo-se, às vezes, a prá- de Recuperação Econômico-Financeiro (Proerf) que, na Atividade Bancária (Proes). A proposta do Pro- porte, o Banestes estará sujeito às tribulações
ticas administrativas obsoletas e descontinuadas. em verdade, era bem parecido com o primeiro, ou es baseava-se nas seguintes alternativas para os de mercado e conjunturais. Nos últimos anos, no
É grande a dificuldade de se administrar um ban- seja, era uma nova linha de crédito com menores bancos públicos com problema de solvência: ex- mercado financeiro internacional e nacional, é
co com as amarras da Lei 8.666 de junho de 1993, taxas e maiores prazos. tinção, privatização, transformação em agência forte a tendência à concentração das atividades
enquanto seus concorrentes privados estão livres Diante da continuação do problema, o Gover- de fomento e aquisição pelo Governo Federal. Os bancárias, decorrente de aquisições e fusões en-
para voar em suas tomadas de decisões. A descon- no Federal, em 1987, tomou uma medida mais ra- Estados poderiam ainda recorrer ao Programa re- tre instituições financeiras. Isso significa que um
tinuidade está diretamente relacionada à prática dical. Criou por decreto-lei o Regime de Adminis- financiando as dívidas de seus bancos com o Go- dos maiores desafios para o Banestes é enfrentar
de que os dirigentes dos bancos públicos são es- tração Especial Temporário (RAET), através do qual verno Federal, desde que o Estado bancasse par- a concorrência dos gigantes e manter seu ritmo
colhidos pelos governantes, podendo ser substi- a União passou a assumir as instituições financei- te delas (esse foi o caso do Banestes). de crescimento e lucratividade, mesmo sendo um
tuídos a cada novo mandato de quatro anos, ou a ras com problemas. Como consequência desses programas, 15 banco regional de médio porte.
qualquer tempo. Apesar de ter melhorado a situação por meio da bancos estaduais foram extintos ou liquidados; Dessa forma, fica muito difícil inferir sobre o
A administração política dos bancos estaduais implantação de vários ajustes como fechamento 12 foram privatizados (Banerj, Credireal, Bemge, seu futuro de maneira direta e objetiva, sem es-
foi uma constante durante o longo período de exis- de agências deficitárias, venda de ativos financei- Bandep, Baneb, Banestado, Banespa, Paraiban, BEG, tabelecer cenários e alternativas diferenciadas.
tência dessas instituições financeiras. Se for feito ros, ajuste do quadro de pessoal e profissionaliza- BEA, BEM e BEC); e oito permaneceram funcionan-
um retrospecto histórico da criação dos bancos es- ção administrativa, a situação dessas instituições do, sendo que três deles foram absorvidos mais Cenário 1
taduais, verificar-se-á que, no início, as administra- financeiras no País continuava crítica. recentemente pelo Banco do Brasil (Besc e BEP, fe- Decisão de não manter o Banco como instituição
ções foram, em sua maioria, profissionais. Posterior- O fim da inflação elevada, decorrente do pro- deralizados, e Nossa Caixa). Assim, permanecem estadual. Nesse caso, duas alternativas se apresen-
mente, adotou-se em larga escala a administração cesso de estabilidade da moeda brasileira, criou públicos os seguintes bancos estaduais: Banese, tam. A primeira, a venda por leilão, que, se por um
política, que resultou no uso dos bancos ora como sérios problemas para o sistema dos bancos es- Banestes, Banpará, Banrisul e BRB. lado pode representar sua privatização, por outro
instrumento de política partidária, ora como finan- taduais. Sem o ganho inflacionário tecnicamen- Paralelamente a essas reestruturações dos ban- lado, representaria, com certeza, o alcance de um
ciador de projetos privados sem viabilidade econô- te conhecido por “floating”, as instituições não cos estaduais, o Bacen incorporou às normas do maior valor de venda para o Estado. A segunda op-
mico-financeira. conseguiram estancar o crescimento de seus cus- SFN os acordos de Basileia, adotando seus princí- ção seria uma venda dirigida a algum outro ban-
Esses fatos tornaram-se ainda mais perniciosos tos operacionais, ao contrário do que ocorria nos pios e estabelecendo limites de exposição finan- co público de grande porte, no caso Banco do Bra-
quando, em novembro de 1975, o Conselho Mone- bancos privados. ceira que visam a garantir o funcionamento do sil ou Caixa Econômica Federal. Essa alternativa,
tário Nacional (CMN) aprovou uma resolução per- Essa incapacidade de controlar os custos ope- SFN dentro das normas e padrões internacionais. apesar de representar um valor menor de venda,
mitindo aos bancos estaduais realizarem emprés- racionais está diretamente ligada ao fato de que É importante destacar, ainda, que, com a pro- devido à sua menor sinergia, pode ter vantagens
timos aos seus Estados controladores, desde que os bancos estaduais dependiam de um complica- mulgação da Lei de Responsabilidade Fiscal no ano políticas e sociais como a manutenção de agên-
as operações fossem acompanhadas pelo Banco do processo de administração política, não conse- 2000, novos limites de endividamento aos Esta- cias e do emprego dos profissionais.
Central do Brasil (Bacen). guindo ajustar sua política de pessoal nem tam- dos foram criados, ao mesmo tempo que se re-
Os empréstimos realizados pelos Estados com pouco modernizar, na velocidade necessária, o forçou a proibição de empréstimo entre controla- Cenário 2
seus respectivos bancos, ao longo dos anos, fize- funcionamento de suas agências. dor (Estado) e controlado (banco estadual). Assim, Decisão de manter o Banco como instituição es-
ram com que muitos bancos se tornassem gran- Em 1995, por meio da Medida Provisória (MP) abriu-se novamente a possibilidade desses ban- tadual. Nesse caso, pelo menos três alternativas
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se apresentam como possíveis. A primeira seria ras através de seu instrumento garantidor, a alie-
a manutenção do Banco sob o controle do Esta- nação fiduciária.
do, como atualmente, capitalizando-o apenas O cartão Banescard também demonstra um vi-
pela retenção dos 75% de seu resultado opera- gor típico do setor de cartões e, assim, deverá justi-
cional líquido após os tributos. Essa possibilida- ficar a prioridade dos investimentos do Banco, para
de determina uma séria restrição ao seu cresci- que dê suporte e viabilidade à sua expansão quan-
mento, que hoje está estabelecida pelas regras titativa e qualitativa. Finalmente, mas sem ser de
de Basileia em função de seu Patrimônio Líqui- menor importância, será necessária toda a atenção
do (PL). A segunda alternativa seria o Estado uti- para com os acontecimentos futuros do mercado
lizar seu direito proporcional dos 25% da distri- financeiro, de tal maneira que o Banestes possa
buição dos dividendos para ampliar a capacidade estar não somente acompanhando esse desenvol-
intrínseca de capitalização do Banco. Considera- vimento, mas, principalmente, e sempre que pos-
-se que essa, hoje, é uma hipótese remota, pois sível, evoluindo à frente das tendências do setor.
representaria para o Estado a abdicação de seu Após todo trabalho de recuperação econômica
direito de fazer novos investimentos em infra- e financeira desses últimos oito anos, para que se
estrutura social, de que muito se necessita, para avance, será necessário intensificar os esforços no
investir em um banco comercial. A terceira op- desenvolvimento de pessoas. Elas são um diferen-
ção seria o processo de capitalização do Banco cial para o qual não se encontra substituto. Houve
por emissão de novas ações, como um IPO (Ini- uma ação de renovação dos quadros e isso preci-
tial Public Offering), cujo desenho final poderia, sa continuar acontecendo. Há, hoje, profissionais
inclusive, reforçar o caixa do Governo e o do Ban- novos, ainda inexperientes, mas que já demons-
co e, ainda, manter o controle acionário da insti- tram grande potencial. Os mais antigos precisam
tuição pelo Estado do Espírito Santo. receber reciclagem e motivação para continua-
Em qualquer uma das três alternativas, para rem contribuindo. Essa mescla de novos e anti-
um Banco de pequena escala como o Banestes, gos é bastante interessante e levá-los a atuar em
será fundamental que se mantenha a política de regime de apoio e cooperação é o que se deseja.
crescimento físico do Banco com a expansão/cria- Precisa-se, também, continuar perseguindo
ção de novas agências para fora dos limites ge- a meta de transformar custos fixos em custos
ográficos do Estado. Essa estratégia deve conti- variáveis. Encontrar formas de remuneração e
nuar contemplando municípios de estados vizi- de contratação de serviços que atendam a es-
nhos (Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia), onde ses propósitos permitirá uma melhor gestão dos
existam boas potencialidades econômicas e cujas custos da instituição.
distâncias e sinergias com a economia capixaba Por fim, considerar o futuro do Banestes en-
sejam evidentes. volve firmar e fortalecer seu papel como agente
Estima-se que existam, nos três Estados li- de desenvolvimento do Estado. Como banco pú-
mítrofes, algo em torno de 25 municípios com blico, tem a vocação de decidir, considerando as-
essas características. Também será necessário o pectos como interiorização do desenvolvimen-
acompanhamento do mercado corporativo, de- to, atendimento às necessidades de comunida-
senvolvendo e atualizando os produtos mais de- des menos favorecidas e fomento do ciclo eco-
mandados por esse setor, de forma que se pos- nômico das regiões mais necessitadas.
sa manter bastante ativo o Banco nesse impor- Esse é um importante papel do banco público,
tante segmento. que os bancos privados não se dedicam a cumprir
Outra atenção especial que o Banestes terá e que o Banestes tem desempenhado de forma
de manter diz respeito ao crédito para o seg- inequívoca. Hoje, o Espírito Santo é um Estado
mento de não clientes, com ênfase no crédito melhor e com planos estabelecidos para conti- Referências bibliográficas
pessoal e no financiamento de bens e de veícu- nuar avançando. O Banestes contribuiu para esse
los. A carteira de Crédito Imobiliário, recém-re- processo e continuará contribuindo, ao mesmo CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
aberta pelo Banco, é outra que possui um exce- tempo que será lucrativo, viável e excelente em MARTINUZZO, José Antonio. Banestes 70 anos – O banco da nova história capixaba. Vitória: Banestes, 2007.
lente potencial de crescimento em bases segu- sua prestação de serviços. Que venha o futuro! MORAES, Ormando. História dos Bancos no Espírito Santo. Vitória: IHGES, 1992.
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Banco do Estado do Espírito Santo - Banestes
Paulo Hartung
Governador do Estado do Espírito Santo
Ricardo Ferraço
Vice-governador do Estado do Espírito Santo
Bruno Negris
Secretário de Estado da Fazenda