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Interpretação de exames laboratoriais

Implantação do Cuidado Farmacêutico


na Atenção Primária da SES-DF
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Profa. Fabiana Nunes - UCB
Caso 1
MSS, mulher, 43 anos, dois filhos, obesa, atendida por um Clínico no Posto de
Saúde próximo a sua residência. Na anamnese, o médico fez as seguintes
observações:
• Fadiga,
• Histórico familiar de diabetes mellitus,
• O segundo filho pesou 4,2kg ao nascimento,
• Menstruação normal,
• Estilo de vida sedentário,
• Desde a segunda gestação apresenta dificuldades em emagrecer,
• Peso atual: 97kg, altura de 165cm,
• Circunferência abdominal de 99 cm,
• PA de 170/95 usando Captopril 25 mg, duas vezes ao dia,
• Desconforto no hipocôndrio direito.
Caso 1
O clínico solicitou os seguintes exames:
• Hemograma
• EAS
• Glicemia de jejum,
• Hemoglobina glicada,
• Perfil lipídico,
• AST/TGO,
• ALT/TGP,
• FAL,
• GGT,
• Ácido úrico.

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Glicemia de jejum

Glicemia de Jejum 180mg/dL

Método: enzimático

VR: 70 a 99mg/dL – valores normais

100 a 126mg/dL – pré-diabéticos

> 126mg/dL – Diabetes mellitus

Glicemia de jejum em gestantes: normal até 92 mg/dL em qualquer fase da gestação. Valores entre 92 e 126 mg/dL são diagnósticos de DMG em qualquer fase da gestação. Diretrizes da
Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 / Organização José Egídio Paulo de Oliveira, Renan Magalhães Montenegro Junior, Sérgio Vencio. -- São Paulo : Editora Clannad, 2017.

Valores críticos em adultos adultos: < 45 mg/dL (2,5 mmol/L) Sintomas neurológicos de hipoglicemia, que podem estender-se desde uma diminuição da função cognitiva até a inconsciência.
> 450 mg/dL (25 mmol/L) Coma diabético devido à falta de Insulina. Desenvolvimento de uma diurese osmótica com desidratação grave e cetoacidose diabética (Ácido B-hidroxibutírico > 5).
Valores críticos de exames laboratoriais que necessitam de imediata tomada de decisão, em atendimento à RDC 302:2005 da Anvisa. PNQC.
Hemoglobina glicada – HbA1c
Hemoglobina glicada 7,2%
Método: HPLC

Diagnóstico Normoglicemia <5,7%


Risco aumentado para DM ou 5,7 a 6,5%
Pré-diabético
Diabetes >6,5%

Monitoramento Alvo terapêutico <7%


Modificar terapia >8%

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 / Organização José Egídio Paulo de Oliveira, Renan Magalhães Montenegro Junior, Sérgio Vencio. -- São Paulo : Editora Clannad, 2017.
Glicemia Média Estimada - GME
Glicemia média estimada 159,94mg/dL

Método: cálculo matemático

GME = 28,7 × A1c – 46,7

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech...[et. al.]; organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016.
Colesterol total
Colesterol total 272mg/dL

Método: Esterase/oxidase

VR com jejum <190mg/dL - desejável

VR sem jejum <190mg/dL - desejável

Obs.: Novos valores de referência

Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico. 12/2016.


Triglicerídeos
Triglicerídeos 370mg/dL

Método: Oxidase/preroxidase

VR com jejum <150mg/dL - desejável

VR sem jejum <175mg/dL - desejável

Obs.: Novos valores de referência. Quando os níveis de triglicerídeos estiverem maior


do que 440mg/dL (sem jejum) o médico assistente deve fazer uma nova solicitação de
TG com jejum de 12 horas e será considerado um novo exame de TG pelo laboratório.

Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico. 12/2016.


Colesterol - HDL
Colesterol HDL 30mg/dL

Método: direto

VR com jejum >40mg/dL - desejável

VR sem jejum >40mg/dL - desejável

Obs.: Novos valores de referência.

Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico. 12/2016.


Colesterol - LDL
Colesterol LDL 168 mg/dL

Método: calculado pela fórmula de Friedewald

Com jejum (mg/dL) Sem jejum (mg/dL)


VR com jejum >40mg/dL - desejável

VR sem jejum >40mg/dL - desejável

Obs.: Novos valores de referência.

Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico. 12/2016.


TGP / ALT
Transaminase pirúvica - TGP (ALT) 220U/L

Método: Cinético optimizado UV

VR: 10 a 49U/L

Valores críticos: > 1.000 U/L Dependendo da população que é atendida no consultório, deve ser feita a comunicação. Valores críticos de exames laboratoriais que
necessitam de imediata tomada de decisão, em atendimento à RDC 302:2005 da Anvisa. PNQC.
TGO / AST
Transaminase oxalacética - TGO (AST) 115U/L

Método: Cinético optimizado UV

VR: 13 a 35U/L

Valores críticos: > 1.000 U/L Dependendo da população que é atendida no consultório, deve ser feita a comunicação. Valores críticos de exames laboratoriais que
necessitam de imediata tomada de decisão, em atendimento à RDC 302:2005 da Anvisa. PNQC.
Fosfatase alcalina
Fosfatase alcalina 115U/L

Método: Cinético optimizado UV

VR: 27 a 100U/L
Gama glutamiltransferase - GGT
Gama glutamiltransferase - GGT 47U/L

Método: Cinético colorimétrico

VR: menor 38U/L


Ácido úrico
Ácido úrico 7,2mg/dL

Método: Colorimétrico

VR mulher: 2,3 a 6,6mg/dL

Valores críticos: Ácido úrico - > 13 mg/dL (0,773 mmol/L) - Nefropatia aguda por Ácido úrico, com bloqueio tubular à insuficiência renal. Em tal circunstância, o
quociente Ácido úrico/Creatinina na urina (de uma micção) é > 1,0 mg/mg. Valores críticos de exames laboratoriais que necessitam de imediata tomada de decisão,
em atendimento à RDC 302:2005 da Anvisa. PNQC.
Qual é a interpretação?
Categorias de tolerância à glicose
Glicemia de jejum detecta o nível de glicose sanguínea após jejum de 8 a 12 horas.
• Anticoagulantes: oxalato de potássio ou fluoreto de sódio;
• Soro: a separação tem que ocorrer no prazo máximo de 1 horas após a coleta.

Teste Oral de Tolerância à Glicose - ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água - coleta-se


uma amostra de sangue em jejum para determinação da glicemia; coleta-se outra, então, após 2
horas da sobrecarga oral.
• Permite avaliação da glicemia após sobrecarga, que pode ser a única alteração detectável no início do DM,
refletindo a perda de primeira fase da secreção de insulina.

Hemoglobina glicada (HbA1c): oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4
meses e ao sofrer menor variabilidade dia a dia e independer do estado de jejum para sua
determinação. Medida indireta da glicemia.

Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018


Critérios para o diagnóstico DM

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 / Organização José Egídio Paulo de Oliveira, Renan Magalhães Montenegro Junior, Sérgio Vencio. -- São Paulo : Editora Clannad, 2017.
Critérios para o diagnóstico DM
• A confirmação do diagnóstico de DM requer repetição dos exames
alterados, idealmente o mesmo exame alterado em segunda
amostra de sangue, na ausência de sintomas inequívocos de
hiperglicemia.

• Pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia, tais como


poliúria, polidipsia, polifagia e emagrecimento, devem ser submetidos
à dosagem de glicemia ao acaso e independente do jejum, não
havendo necessidade de confirmação por meio de segunda dosagem
caso se verifique glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL.
Hemoglobina glicada – HbA1c

.
Posicionamento Oficial SBD, SBPC-ML, SBEM e FENAD 2017/2018. ATUALIZAÇÃO SOBRE HEMOGLOBINA GLICADA (A1C) PARA AVALIAÇÃO DO CONTROLE
GLICÊMICO E PARA O DIAGNÓSTICO DO DIABETES: ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS
Hemoglobina glicada – HbA1c
Sofre interferência de algumas situações:
• anemias, hemoglobinopatias e uremia, nas quais é preferível diagnosticar o
estado de tolerância à glicose com base na dosagem glicêmica direta.

• outros fatores, como idade e etnia, também podem interferir no resultado da


HbA1c.

• diminuição dos níveis HbA1c - vitaminas C e E em altas doses (por exemplo,


vitamina C acima de 20 g/dia), pois podem inibir a glicação da hemoglobina.

Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018


Hemoglobina glicada – HbA1c
Podem elevar os níveis de HbA1c os seguintes interferentes:
• hipertrigliceridemia grave (níveis acima de 2.000 mg/dL podem afetar a turbidez da
amostra),
• hiperbilirrubinemia (em níveis muito elevados, acima de 50 mg/dL),
• alcoolismo crônico (pela ligação do acetaldeído à hemoglobina, o que pode elevar o nível
de HbA1),
• ingestão crônica de salicilatos (3 a 6 g/dia),
• anemia ferropriva,
• fenobarbital (elevando a reatividade da glicose à hemoglobina) e
• insuficiência renal (por meio da hemoglobina carbamilada).

Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018


Glicemia média estimada - GME
• A glicemia média estimada é um novo conceito na avaliação do controle glicêmico e sua
utilização, em conjunto com os resultados da HbA1c, está sendo recomendada por entidades
médicas internacionais relacionadas com o diabetes;

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech...[et. al.]; organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016.
HbA1c e GME

Posicionamento Oficial SBD no 01/2019 CONDUTA TERAPÊUTICA NO DIABETES TIPO 2: ALGORITMO SBD 2019
Hemoglobina glicada – HbA1c

.
Posicionamento Oficial SBD, SBPC-ML, SBEM e FENAD 2017/2018. ATUALIZAÇÃO SOBRE HEMOGLOBINA GLICADA (A1C) PARA AVALIAÇÃO DO CONTROLE
GLICÊMICO E PARA O DIAGNÓSTICO DO DIABETES: ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS
Hemoglobina glicada – HbA1c

.
Posicionamento Oficial SBD, SBPC-ML, SBEM e FENAD 2017/2018. ATUALIZAÇÃO SOBRE HEMOGLOBINA GLICADA (A1C) PARA AVALIAÇÃO DO CONTROLE
GLICÊMICO E PARA O DIAGNÓSTICO DO DIABETES: ASPECTOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS
Glicemia Média Estimada - GME

Posicionamento Oficial SBD, SBPC-ML, SBEM e FENAD 2017/2018. Atualização Sobre Hemoglobina Glicada (A1c) Para Avaliação do Controle Glicêmico e para O Diagnóstico do Diabetes: Aspectos
Clínicos e Laboratoriais
Avaliação do controle glicêmico

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech...[et. al.]; organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016.
Índice HOMA IR
• Marcador de resistência à insulina,

• O modelo matemático de avaliação da homeostase para resistência à


insulina (homeostasis model assessment of insulin resistance, HOMA IR),

• O índice HOMA IR baseia-se na relação de retroalimentação que existe


entre produção hepática de glicose e produção de insulina pelas células β
para manutenção da homeostase glicêmica no estado de jejum,

• Níveis elevados de glicose ou insulina sugerem resistência à insulina,

Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018


Índice HOMA IR
• O cálculo requer a mensuração da glicemia e da insulinemia obtidas
em uma mesma amostra de sangue, após jejum de 8 a 12 horas,

Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018


Índice HOMA IR

Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018


Exames de bioquímica

Tempo jejum para os exames laboratoriais


1. A análise do perfil lipídico pode ser realizada na ausência de jejum e o laudo laboratorial deve
informar o estado de jejum do paciente, no momento da coleta da amostra;
2. Se a solicitação médica discriminar um tempo específico de jejum, o laboratório deve seguir
tal recomendação;
3. Quando, no estado pós-prandial, os níveis de triglicérides - TG estiverem acima de 440mg/dL
ou em pacientes em recuperação de pancreatite por hipertrigliceridemia ou no início de
tratamento com drogas que causam hipertrigliceridemia severa, será recomendado ao médico
solicitante a prescrição de uma nova avaliação de TG com jejum de 12h;
4. Se na mesma solicitação médica existirem outros exames que requeiram jejum, o Laboratório
poderá definir que o perfil lipídico seja coletado com o tempo de jejum necessário para a
realização de todos os exames;

Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico. 12/2016.


Perfil lipídio

Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico. 12/2016.


Perfil lipídio

Consenso Brasileiro para a Normatização da Determinação Laboratorial do Perfil Lipídico. 12/2016.


Perfil lipídico
Quatro grandes classes de lipoproteínas separadas em dois grupos:
(1) as ricas em TG, maiores e menos densas, representadas pelos quilomícrons, de origem
intestinal, e pelas lipoproteínas de densidade muito baixa ou very low density lipoprotein
(VLDL), de origem hepática; e
(2) as ricas em colesterol, incluindo as de densidade baixa ou low density lipoprotein (LDL) e as de
densidade alta ou high density lipoprotein (HDL).
Existe ainda uma classe de lipoproteínas de densidade intermediária ou intermediary density
lipoprotein (IDL) e a lipoproteína (a) [Lp(a)], que resulta da ligação covalente de uma partícula de
LDL à apo (a). A função fisiológica da Lp(a) não é conhecida, mas, em estudos mecanísticos e
observacionais, ela tem sido associada a formação e progressão da placa aterosclerótica.

Xavier H. T., Izar M. C., Faria Neto J. R., Assad M. H., Rocha V. Z., Sposito A. C., Fonseca F. A., dos Santos J. E., Santos R. D., Bertolami M. C., Faludi A. A., Martinez T. L. R., Diament J., Guimarães A.,
Forti N. A., Moriguchi E., Chagas A. C. P., Coelho O. R., Ramires J. A. F.; Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol
2013
Triglicerídeos
• Os TG provenientes da dieta são cindidos na luz intestinal – lipase pancreática e intestinal
– absorvidos pelos enterócitos;
• Jejum para TG;
• Manutenção dos hábitos alimentares,
• Não ingestão de bebidas alcoólicas – 3 dias antes do exame,
• Níveis elevados de TG se associam frequentemente a baixos níveis de HDL-C e altos
níveis de partículas de LDL pequenas e densas.
• Recentemente foram publicados estudos sugerindo que a análise da trigliceridemia sem
jejum poderia fornecer informações importantes sobre lipoproteínas remanescentes
associadas a risco aumentado de doença coronariana. Como isso deve ser utilizado na
prática clínica ainda está sob investigação.

Xavier H. T., Izar M. C., Faria Neto J. R., Assad M. H., Rocha V. Z., Sposito A. C., Fonseca F. A., dos Santos J. E., Santos R. D., Bertolami M. C., Faludi A. A., Martinez T. L. R., Diament J., Guimarães A.,
Forti N. A., Moriguchi E., Chagas A. C. P., Coelho O. R., Ramires J. A. F.; Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol
2013
Colesterol total
• A avaliação do CT com a finalidade de mensurar o risco CV;
• É recomendada pelos programas de rastreamento populacional;
• todavia este método pode fornecer dados enganosos em algumas situações. Isto ocorre
especialmente em mulheres que frequentemente apresentam níveis elevados de HDL-C e
indivíduos com diabetes ou síndrome metabólica, que muitas vezes evoluem com níveis
baixos de HDL-C.
• Para avaliação adequada do risco CV são imperativas as análises do HDL-C e do LDL-C.

Xavier H. T., Izar M. C., Faria Neto J. R., Assad M. H., Rocha V. Z., Sposito A. C., Fonseca F. A., dos Santos J. E., Santos R. D., Bertolami M. C., Faludi A. A., Martinez T. L. R., Diament J., Guimarães A.,
Forti N. A., Moriguchi E., Chagas A. C. P., Coelho O. R., Ramires J. A. F.; Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol
2013
Colesterol – HDL
• Lipoproteína que transporta o colesterol residual da periferia para o fígado;
• Esta liproteína é de síntese hepática e intestinal;
• Seu conteúdo proteico chega a ser mais de 50% da sua massa.

Xavier H. T., Izar M. C., Faria Neto J. R., Assad M. H., Rocha V. Z., Sposito A. C., Fonseca F. A., dos Santos J. E., Santos R. D., Bertolami M. C., Faludi A. A., Martinez T. L. R., Diament J., Guimarães A.,
Forti N. A., Moriguchi E., Chagas A. C. P., Coelho O. R., Ramires J. A. F.; Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol
2013
Colesterol – não HDL
• A fração colesterol não-HDL é usada como estimativa do número total de
partículas aterogênicas no plasma (VLDL + IDL + LDL) e refere-se também a níveis
de apo B. O colesterol não-HDL é calculado facilmente pela subtração do HDL-C
do CT: Colesterol não-HDL = CT – HDL-C.

• O colesterol não-HDL pode fornecer melhor estimativa do risco em comparação


com o LDL-C, principalmente nos casos de hipertrigliceridemia associada ao
diabetes, à síndrome metabólica ou à doença renal.

Xavier H. T., Izar M. C., Faria Neto J. R., Assad M. H., Rocha V. Z., Sposito A. C., Fonseca F. A., dos Santos J. E., Santos R. D., Bertolami M. C., Faludi A. A., Martinez T. L. R., Diament J., Guimarães A.,
Forti N. A., Moriguchi E., Chagas A. C. P., Coelho O. R., Ramires J. A. F.; Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol
2013
Colesterol - LDL
• Na maioria dos estudos clínicos o LDL-C tem sido calculado pela fórmula de Friedewald: LDL-C =
CT – (HDL-C + TG/5); onde TG/5 representa o colesterol ligado à VLDL ou VLDL-C;
(1) erros metodológicos podem se acumular, pois a fórmula exige três análises separadas, ou
seja, CT, TG e HDL-C;
(2) presume-se proporção constante de colesterol e triglicérides nas partículas de VLDL − com
valores de TG > 400 mg/dl a fórmula não pode ser usada;
(3) o uso da fórmula de Friedewald não é indicado quando o sangue é obtido sem jejum
(recomendação III, evidência C) − nestas condições, o colesterol não-HDL pode ser
determinado. Apesar dessas limitações, o LDL-C calculado pela fórmula de Friedewald é
ainda amplamente utilizado na prática clínica.
• Existem vários métodos comercialmente disponíveis para a determinação direta do LDL-C -
métodos diretos para determinação de LDL-C poderão ser usados quando o cálculo pela fórmula
de Friedewald não for possível.

Xavier H. T., Izar M. C., Faria Neto J. R., Assad M. H., Rocha V. Z., Sposito A. C., Fonseca F. A., dos Santos J. E., Santos R. D., Bertolami M. C., Faludi A. A., Martinez T. L. R., Diament J., Guimarães A.,
Forti N. A., Moriguchi E., Chagas A. C. P., Coelho O. R., Ramires J. A. F.; Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol
2013
Avaliação Laboratorial dos Parâmetros
Lipídicos e das Apolipoproteínas

Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017- Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76
Classificação bioquímica das dislipidemias
CT, LDL-C, TG e HDL-C
1. Hipercolesterolemia isolada: elevação isolada do LDL-C (≥ 160 mg/dL);
2. Hipertrigliceridemia isolada: elevação isolada dos TGs (≥ 150 mg/dL) que
reflete o aumento do número e/ou do volume de partículas ricas em TG,
como VLDL, IDL e quilomícrons. Como observado, a estimativa do
volume das lipoproteínas aterogênicas pelo LDL-C torna-se menos
precisa à medida que aumentam os níveis plasmáticos de lipoproteínas
ricas em TG. Portanto, nestas situações, o valor do colesterol não-HDL
pode ser usado como indicador de diagnóstico e meta terapêutica;

Xavier H. T., Izar M. C., Faria Neto J. R., Assad M. H., Rocha V. Z., Sposito A. C., Fonseca F. A., dos Santos J. E., Santos R. D., Bertolami M. C., Faludi A. A., Martinez T. L. R., Diament J., Guimarães A.,
Forti N. A., Moriguchi E., Chagas A. C. P., Coelho O. R., Ramires J. A. F.; Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol
2013
Classificação bioquímica das dislipidemias
CT, LDL-C, TG e HDL-C
3. Hiperlipidemia mista: valores aumentados de LDL-C (≥ 160 mg/dL) e TG (≥
150 mg/dl). Nesta situação, o colesterol não-HDL também poderá ser usado
como indicador e meta terapêutica. Nos casos em que TGs ≥ 400 mg/dl, o
cálculo do LDL-C pela fórmula de Friedewald é inadequado, devendo-se,
então, considerar a hiperlipidemia mista quando CT ≥ 200 mg/dL;
4. HDL-C baixo: redução do HDL-C (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50
mg/dL) isolada ou em associação a aumento de LDL-C ou de TG.

Xavier H. T., Izar M. C., Faria Neto J. R., Assad M. H., Rocha V. Z., Sposito A. C., Fonseca F. A., dos Santos J. E., Santos R. D., Bertolami M. C., Faludi A. A., Martinez T. L. R., Diament J., Guimarães A.,
Forti N. A., Moriguchi E., Chagas A. C. P., Coelho O. R., Ramires J. A. F.; Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol
2013
Síndrome metabólica

4.ed. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica Diretrizes brasileiras de obesidade 2016 / ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. – 4.ed. - São Paulo, SP
http://aps.bvs.br/apps/calculadoras/
Manejo da Hipertensão Arterial Sistêmica e
Diabetes Mellitus na Atenção Primária à Saúde

Portaria SES-DF Nº 161 de 21 de fevereiro de 2018 , publicada no DODF Nº 37 de 23.02.2018 .


Manejo da Hipertensão Arterial Sistêmica e
Diabetes Mellitus na Atenção Primária à Saúde

Portaria SES-DF Nº 161 de 21 de fevereiro de 2018 , publicada no DODF Nº 37 de 23.02.2018 .


Albuminúria
Relação Albumina/Creatinina
Quando solicitar - Pacientes hipertenso diabéticos, com síndrome
metabólica ou com dois ou mais fatores de risco (FR) para doença
cardiovascular (DCV).

Portaria SES-DF Nº 161 de 21 de fevereiro de 2018 , publicada no DODF Nº 37 de 23.02.2018 .


Exames de bioquímica
Avaliação renal

1. Ureia
2. Creatinina
3. Depuração da creatinina
4. Ácido úrico

https://www.google.com.br/search?q=função+renal+imagem&source
Exames de bioquímica

Nitrogênio não protéico


• São excretados pelos rins após filtração glomerular;
• Dosagens das concentrações no plasma ou soro;
• Indicadores da função renal e outras condições;
• Metabolismo de proteínas endógenas (tecidos) como exógenas (dieta).

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
Exames de bioquímica
Metabólitos nitrogenados na urina

Metabólito Origem bioquímica Utilidade clínica de % de nitrogênio na urina


medida
Ureia Amônia Enfermidade hepática; 55 a 90
Enfermidade renal
Creatinina Creatina Função renal 2a3

Ácido úrico Nucleotídeos purínicos Desordens da síntese 1 a 1,5


purínica; marcador do
turnover celular

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
Avaliação renal
Ureia
Características
• Aminoácidos do catabolismo protéico são desaminados com a produção
de amônia;
• A amônia é convertida em ureia no fígado (exclusivamente).
• A ureia é transportada no plasma e filtrada pelos glomérulos.
• A [ ] de ureia no plasma é afetada pela função renal, pela dieta, pelo
teor do catabolismo proteico, pelo estado de hidratação e pela presença
de sangramento intestinal.
• Índice preditivo da insuficiência renal sintomática e no diagnóstico da
distinção entre várias causas de IR.

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
Avaliação renal
Ureia
Utilizada
• Teste de triagem mais amplamente usado para avaliação da função renal;
• Juntamente com a creatinina sérica, ajudam no diagnóstico diferencial da
hiperuricemia pré-renal, renal e pós-renal;
• Diagnóstico de insuficiência renal: livremente filtrada no glomérulo; ≤ 50% são
reabsorvidos;
• Avaliação da função glomerular: um nível de ureia sanguínea de 10 a 20 mg/dL
sempre indica uma função glomerular normal;
• Na doença renal crônica, a ureia sanguínea correlaciona-se melhor com os
sinais/sintomas de uremia do que a creatinina sérica;
• Fornece evidências de hemorragia digestiva alta;
• Avaliação de pacientes que necessitam de suporte nutricional para o catabolismo
excessivo, como, por exemplo, queimaduras, câncer.

.
WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Avaliação renal
Ureia
Interpretação
Valores elevados
• Comprometimento da função renal. Um nível sanguíneo de ureia de 50 a 150 mg/dℓ
indica grave comprometimento da função renal. Uma elevação acentuada da ureia
sanguínea (150 a 250 mg/dℓ) praticamente fornece uma evidência conclusiva de grave
comprometimento da função glomerular.
• Azotemia pré-renal – qualquer causa de redução do fluxo sanguíneo renal:
• ICC,
• Depleção de sal e de água (vômitos, diarreia, diurese, sudorese),
• Choque;
• Azotemia pós-renal – qualquer obstrução do trato urinário (aumento da razão ureia
sanguínea:creatinina);
• Aumento do catabolismo proteico (o nível sérico de creatinina permanece normal)
• Hemorragia no trato GI,
• IAM,
• Estresse.

.
WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Avaliação renal
Ureia
Interpretação
Valores diminuídos
• Diurese (p. ex., com hiper-hidratação, frequentemente associada a baixo catabolismo
proteico);
• Lesão hepática grave (p. ex., fármacos, intoxicação, hepatite). Um baixo nível de ureia no
sangue de 6 a 8 mg/dℓ está frequentemente associado a estados de hiper-hidratação ou
doença hepática
• Utilização aumentada de proteína para síntese (p. ex., final da gravidez, lactância,
acromegalia, desnutrição, hormônios anabolizantes);
• Dieta (p. ex., hipoproteica e rica em carboidratos, alimentação IV apenas,
comprometimento da absorção [doença celíaca], desnutrição);
• Síndrome nefrótica (alguns pacientes);
• SIHAD;
• Hiperamonemias hereditárias (a ureia está praticamente ausente no sangue)..

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WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Avaliação renal
Ureia
Limitações
• Os níveis de ureia aumentam com a idade e o teor de proteína da dieta;
• Os corticosteroides, as tetraciclinas e os fármacos que causam nefrotoxicidade
frequentemente aumentam a ureia sanguínea;
• A presença de íons amônio em anticoagulantes pode produzir resultados falsamente
elevados.

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WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Avaliação renal
Ureia

Valores de referência para ureia

Adultos 7,0 a 23 mg/dL

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WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Avaliação renal
Creatinina
Características
• A creatinina é produzida como resultado da desidratação não enzimática da creatina
muscular;
• A creatina é sintetizada no fígado, nos rins e no pâncreas e transportada para órgãos como
musculo e o cérebro, onde é fosforilada a creatina-fosfato (composto de alta energia).
• 1 a 2% da creatina livre no músculo é convertida no anidrido e produto final de excreção a
creatinina.
• A creatinina não é reutilizada no metabolismo corporal;
• Ela difunde do musculo para o plasma e é removida por filtração glomerular;
• Mulher excreta menos creatinina do que o homem – menor massa muscular;
• Excelente medida para avaliar a função renal;
• A [ ] de creatinina sérica é mais sensível e específica do que [ ] de ureia plasmática no estudo
da taxa de filtração glomerular.
• É pouco influenciada pela dieta – sobrecarga de proteína aumento 10 a 20% nos níveis
plasmáticos.

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
Avaliação renal
Creatinina
Utilizada
• Avaliação renal
• Monitoramento após transplante renal - o aumento pode indicar rejeição.

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WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Creatinina
Interpretação
Valores elevados
• Na formação ou excreção reduzida de urina independente da causa ser pré-renal, renal ou
pós-renal.
• Deterioração da função renal com o nível sérico acompanhando a gravidade da enfermidade.
• Causas pré-renais ( necrose muscular esquelética, traumatismos, poliomiosite, esclerose
amiotrófica, dermatomiosite, miastenia grave e fome.
• Causas renais (lesão do glomérulo, dos túbulos, dos vasos sanguíneos ou do tecido intersticial
renal.
• Causas pós-renais (hipertrofia prostática, nos cálculos, anormalidades congênitas que
comprimem ou bloqueiam os ureteres).
• Terapia com testosterona.
• AR ativa.
• Hipertireidismo.

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MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
Creatinina
Interpretação
Valores diminuídos
• Não são clinicamente significativos,
• Fármacos (p. ex., SMX/TMP, cimetidina, cefoxitina).

Valores inalterados
• Não implicam necessariamente em função renal normal.

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MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
Avaliação renal
Creatinina

Valores de referência para creatinina sérica

Até 6 anos 0,3 a 0,7 mg/dL

7 a 12 anos 0,4 a 0,8 mg/dL

Mulheres 0,6 a 1,0 mg/dL

Homens 0,8 a 1,2 mg/dL

Obs.: Os níveis de creatinina muitas vezes não ultrapassam os limites de referência


até que 50 a 70% da função renal estejam comprometidos.
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ANDRIOLO. A. Medicina Laboratorial. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina. Ed. Manole. 2005
Creatinina com estimativa da Taxa de Filtração
Glomerular - eTFG
Definição de eTFG
• A eTFG é o resultado de um cálculo obtido a partir da dosagem da creatinina sérica, da idade
do paciente, de seu gênero(sexo) e da sua etnia (raça);
• A eTFG deve ser relatada em todos os resultados de creatinina sérica, conjuntamente com a
dosagem da creatinina sérica;
• Desde 2014 este relato é recomendado pelo Ministério da Saúde para todos os laboratórios
clínicos;
• Embora a eTFG seja apenas uma estimativa da TFG, ela fornece ao clínico uma avaliação
melhor da função renal que a creatinina sérica, isoladamente.
• A medida formal/real da TFG (usando marcadores radioativos, contrastes radiológicos ou
inulina) é um teste caro, demorado e restrito a poucos centros hospitalares.

www.sbpc.org.br/upload/conteudo/padronizacao_eTFG_4nov2015.pdf
Creatinina com Estimativa da Taxa de Filtração
Glomerular - eTFG
Utilizada
• Para estabelecer o diagnóstico de insuficiência renal; indicador mais específico e sensível de
doença renal do que a ureia sanguínea. O uso das determinações simultâneas da ureia e da
creatinina fornece mais informações;
• Ajustar a dose de medicamentos excretados pelos rins;
• Monitoramento de receptores de transplante renal;
• Os níveis séricos de creatinina constituem um indicador de redução da massa muscular
esquelética;
• eTFG: a determinação da creatinina sérica é utilizada para calcular a TFG em indivíduos com
doença renal crônica (DRC) e naqueles com fatores de risco para DRC (DM, hipertensão
arterial, doença cardiovascular e história familiar de doença renal).

WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Creatinina com Estimativa da Taxa de Filtração
Glomerular - eTFG
eTFG
• > 16 anos: > 60 ml/min/1,73 m2
• Três equações são atualmente empregadas para o cálculo da TFG:

1- IDMS-Traceable MDRD Study Equation para o cálculo da TFG:


• TFG (ml/min/1,73 m2) = 175 × (SCr)–1,154 × (Idade)–0,203 × (no caso de mulher 0,742)
× (no caso de afrodescendente 1,212) (unidades convencionais); onde SCr é a creatinina
sérica.
• (A equação não foi validada em crianças e só é efetuada para pacientes com > 16 anos
de idade. A equação é normalizada para uma área de superfície corporal média de
adulto de 1,73 m2; não há necessidade de ajuste para o peso e a altura.)

WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Creatinina com Estimativa da Taxa de Filtração
Glomerular - eTFG
2- Fórmula de Cockcroft-Gault
• CrCl = {((140 – idade) × peso)/(72 SCr)} × 0,85 no caso de mulher;
• Onde CrCl é expressa em mililitros por minuto, idade em anos, peso em quilogramas e
creatinina sérica (SCr) em miligramas por decilitro.

WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Creatinina com Estimativa da Taxa de Filtração
Glomerular - eTFG
3- A fórmula da creatinina da colaboração de epidemiologia da doença renal
crônica (CKD-EPI) baseia-se nas mesmas quatro variáveis do que a equação do
estudo para modificação da dieta na doença renal (MDDR),
• Utiliza um estriado com duas inclinações para apresentar a relação entre a estimativa da TFG
e a creatinina sérica, e uma relação diferente para idade, sexo e raça.
• A fórmula tem melhor desempenho e menos viés do que a equação do estudo de MDDR,
especialmente em pacientes com valores mais altos de TFG. Isso resulta em redução da
classificação incorreta da DRC.
• TFG = 141 × mín.(SCr/κ,1)α × máx.(SCr/κ,1) – 1,209 × 0,993 Idade × 1,018 [no caso de
mulher] × 1,159 [no caso de indivíduo negro];
• Quando SCr é a creatinina sérica (mg/dL), κ é de 0,7 para mulheres e 0,9 para homens, α
é –0,329 para mulheres e –0,411 para homens, mín. indica o valor mínimo de SCr/κ ou 1, e
máx. indica o valor máximo de SCr/κ ou 1.

WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Creatinina com Estimativa da Taxa de Filtração
Glomerular - eTFG
• A fórmula CKD-EPI produz valores mais exatos e precisos que as fórmulas MDRD (Modification of
Diet in Renal Disease) e Cockcroft-Gault.
• O uso da eTFG também se mostrou superior ao clearance (depuração) de creatinina em amostras
de urina de 24 horas, quando comparado ao método de referência (clearance da inulina).

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Creatinina com Estimativa da Taxa de Filtração
Glomerular - eTFG
Interpretação
Valores elevados
• Dieta: ingestão de creatinina (carne assada);
• Doença muscular: gigantismo, acromegalia;
• Azotemia pré e pós-renal;
• Comprometimento da função renal; é necessária uma perda de 50% da função renal
para aumentar o nível sérico de creatinina de 1,0 a 2,0 mg/dℓ. Por conseguinte, o teste
não é sensível para lesão renal leve a moderada;
• Ocorre elevação do nível sérico de creatinina em 10 a 20% dos pacientes em uso de
aminoglicosídios e em ≤ 20% dos pacientes tratados com penicilinas (especialmente
meticilina).

WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Creatinina com Estimativa da Taxa de Filtração
Glomerular - eTFG
Interpretação
Valores diminuídos
• Gravidez: o valor normal é de 0,4 a 0,6 mg/dL. A obtenção de um valor de > 0,8 mg/dL é
anormal e deve alertar o médico quanto à necessidade de avaliação diagnóstica
adicional;
• A secreção de creatinina é inibida por determinados fármacos (p. ex., cimetidina,
trimetoprima);
• Indicador de redução da massa muscular esquelética.

WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Creatinina com Estimativa da Taxa de Filtração
Glomerular - eTFG
Valores de referência para eTFG obtida pela fórmula CKD-EPI
(Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration)
Normal maior que 90 mL/min/1,73m2 Estágio G1
Redução discreta 89 a 60 mL/min/1,73m2 Estágio G2
Redução discreta 59 a 45 mL/min/1,73m2 Estágio G3a
- moderada
Redução 44 a 30 mL/min/1,73m2 Estágio G3b
moderada -
severa
Redução severa 29 a 15 mL/min/1,73m2 Estágio G4

Falência renal menor que 15 mL/min/1,73m2 Estágio G5

www.sbpc.org.br/upload/conteudo/padronizacao_eTFG_4nov2015.pdf
Paciente: Masculino
Branco
Idade: 71 anos
Ambulatorial – Examede
Rotina
Creatinina com Estimativa da Taxa de Filtração
Glomerular - eTFG
Fórmula CKD-EPI
• Resultado de eTGF acima de 90mL/min/1,73m2 são liberados como maior ou igual a
90mL/min/1,73m2.

• Há uma diminuição fisiológica da TFG com a idade.


• Pacientes com mais de 40 anos perdem, em geral, perto de 1 mL/min da TFG por ano, devido
a perdas de néfrons, como parte do processo de envelhecimento. Portanto, não se pode
assumir sempre que uma eTFG menor do que 60 mL/min/1,73 m2 seja indicativo de doença
renal crônica para pacientes com mais de 70 anos. Um idoso de 80 anos pode-se esperar uma
eTFG de 45-50 mL/min/1,73 m2.

• Reportar a eTGF é recomendado:


• Ministério da Saúde,
• Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial,
• Sociedade Brasileira de Nefrologia.

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Creatinina com Estimativa da Taxa de Filtração
Glomerular - eTFG
O resultado da eTFG não é aplicado:
• A pacientes com extremo de tamanho corporal,
• Desnutrição grave,
• Doença do aparelho musculoesquelético,
• Extremos de massa muscular (amputados; malnutridos; paraplegia; fisiculturistas),
• Indivíduos com dieta vegetariana ou em dieta com suplementos de creatina,
• Pacientes hospitalizados,
• Insuficiência renal aguda e
• Gravidez.

www.sbpc.org.br/upload/conteudo/padronizacao_eTFG_4nov2015.pdf
Doença Renal Crônica - DRC
É considerado portador de DRC qualquer indivíduo que, independente
da causa, apresente, por pelo menos três meses consecutivos:

• TFG < 60ml/min/1,73m² ou

• TFG ≥ 60ml/mim/1,73m² associada a pelo menos um marcador de dano renal


parenquimatoso ou alteração no exame de imagem.

Portaria SES-DF Nº 161 de 21 de fevereiro de 2018 , publicada no DODF Nº 37 de 23.02.2018 .


Doença Renal Crônica - DRC
São considerados marcadores de dano renal parenquimatoso:
• Albuminúria > 30 mg/24 horas ou Relação Albuminúria/Creatininúria (RAC) >
30 mg/g;

• Hematúria de origem glomerular, definida pela presença de cilindros


hemáticos ou dismorfismo eritrocitário no exame de urina (EAS);

• Alterações eletrolíticas ou outras anormalidades tubulares – alterações


persistentes dos níveis séricos de potássio, alterações na dosagem de
eletrólitos urinários, não justificadas por outras causas.

• Alterações detectadas por histologia, através de biópsia renal.

Portaria SES-DF Nº 161 de 21 de fevereiro de 2018 , publicada no DODF Nº 37 de 23.02.2018 .


Avaliação renal
Depuração da creatinina
Características
• Clearence de creatinina renal;
• Avaliar a taxa de filtração glomerular – TFG – em relação a superfície corporal do indivíduo
(1,73m2);
• A creatinina é uma substância endógena – não precisa ser infundida;
• A [ ] plasmática é relativamente constante;
• Possui boa estabilidade plasmática e urinária;
• Metodologia, praticidade, custo e eficiência – adequadas;
• O nível plasmático de creatinina e a sua excreção total são proporcionais à massa muscular;
• A depuração é calculada pela fórmula C = UV/P;
• U= [ ] da substância na urina,
• V= volume urinário por unidade de tempo em mL por minuto,
• P= [ ] plasmática da substância,
• C= depuração em mL/min.

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
ANDRIOLO. A. Medicina Laboratorial. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina. Ed. Manole. 2005
Avaliação renal
Depuração da creatinina
Utilizada
• Avaliar a função glomerular,
• TFG,
• Monitorar a eficiência do tratamento na doença renal.

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
ANDRIOLO. A. Medicina Laboratorial. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina. Ed. Manole. 2005
Depuração da creatinina
Interpretação
Valores diminuídos – Redução da TFG
• GN aguda ou crônica
• Anemia
• Pielonefrite bilateral crônica
• Hipertireoidismo
• Leucemia
• Doenças de debilitação muscular
• Paralisia
• Doença renal policística
• Choque
• Obstrução do trato urinário (p. ex., devido a cálculos)
• Dietas vegetarianas

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WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Avaliação renal
Ácido úrico
Características
• Nitrogênio não proteico;
• Produto final do catabolismo das purinas (adenina e guanina);
• Formado principalmente no fígado;
• É marcador de várias anormalidades metabólicas e hemodinâmicas;

Utilizado
• Monitoramento do tratamento da gota;
• Monitoramento do tratamento quimioterápico de neoplasias, para evitar o depósito
renal de uratos com possível insuficiência renal (síndrome de lise tumoral).

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Ácido úrico
Interpretação
Valores elevados
• Insuficiência renal (não se correlaciona com a gravidade da lesão renal; devem-se utilizar a
ureia e a creatinina);
• Gota;
• 25% dos parentes de pacientes com gota;
• Hiperuricemia assintomática;
• Destruição aumentada de nucleoproteínas (leucemia, mieloma múltiplo, quimioterapia do
câncer, etc.);
• Fármacos (barbitúricos, tiazídicos, furosemida; levodopa, mitomicina C, etc.);
• Acidose metabólica;
• Dieta (consumo de álcool, hiperprotéica, vísceras);
• Outras doenças.
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MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
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Ácido úrico
Ácido úrico
Interpretação
Valores diminuídos
• Fármacos (ACTH, altas doses de salicilatos, probenecida, cortisona, alopurinol, cumarínicos, meios
de contraste radiográficos, glicerila guaiacolato, estrogênios, fenotiazinas, indometacina);
• Doença de Wilson;
• Síndrome de Fanconi;
• Acromegalia (alguns pacientes);
• Doença celíaca (levemente);
• Amenia perniciosa em recidiva (alguns pacientes);
• Xantinúria;
• Neoplasias (casos esporádicos) (p. ex., carcinomas, doença de Hodgkin);
• Adultos saudáveis com defeito isolado no transporte tubular de ácido úrico;
• Níveis diminuídos em aproximadamente 5% dos pacientes hospitalizados; as causas mais comuns
incluem estado pós-operatório (cirurgia GI, bypass de artéria coronária), DM, diversos fármacos e
SIHAD em associação à hiponatremia.

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Ácido úrico
Ácido úrico
Interpretação
Valores inalterados
• Administração de colchicina.

Limitações
• Ácido ascórbico, levodopa, metildopa;
• Dieta rica em purinas;
• Prática de exercícios;
• Cuidado com plasma de pacientes com síndrome da lise tumoral – degradação do ácido úrico
em T.A. – usar tubo resfriado com heparina, centrífuga refrigerada e analisar até quatro após
a coleta.

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
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Avaliação renal
Ácido úrico

Valores de referência para ácido úrico

Homens Mulheres

Soro sanguíneo 2,5 a 8,0 mg/dL 1,9 a 7,5 mg/dL

Urina de 24 horas 250 a 750 mg/dia

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WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Exames de bioquímica
Avaliação hepática

1. AST ou TGO
2. ALT ou TGP
3. Fosfatase alcalina
4. GGT

http://dicassobresaude.com/5-maneiras-eficazes-de-melhorar-a-funcao-do-figado-naturalmente
Avaliação hepática
Testes para avaliação da lesão hepatocelular
1. Aminotransferases – Transaminases
Características
• Reações catalisadas pelas aminotransferases exercem papeis centrais tanto na síntese como
na degradação de aminoácidos;
• Ponte entre o metabolismo dos aminoácidos e o dos carboidratos;
• As aminotransferases são amplamente distribuídas nos tecidos;
• O paciente raramente é assintomático com níveis de ALT e de AST de > 1.000 U/L;
• Aumentos de ≤ 8 vezes o limite superior da normalidade são inespecíficos, podendo ser
observados em qualquer distúrbio hepático.

Utilizado
• Testes mais sensíveis para lesão hepatocelular aguda (p. ex., viral, por fármacos); precedem a
elevação da bilirrubina sérica em aproximadamente 1 semana.

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
Avaliação hepática
Testes para avaliação da lesão hepatocelular
1.1. Aspartato aminotransferase – AST
Transaminase glutâmico oxalacética – TGO
Características
• As atividades mais elevadas de AST (TGO) encontram-se no miocárdio , no fígado, e no
músculo esquelético e em pequenas quantidades nos rins, no pâncreas, baço, no
cérebro, nos pulmões e nos eritrócitos.
• A AST além da fração citoplasmáticas possuem também uma fração em mitocôndrias,
elevando-se em geral após a ALT em respostas as agressões mais intensas.
• A meia-vida da AST é de 18 horas;
• Um nível de AST > 10 vezes o normal indica lesão hepatocelular aguda;

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
Avaliação hepática
Testes para avaliação da lesão hepatocelular
1.2. Alanino aminotransferase – ALT
Transaminase glutâmico pirúvica – TGP
Características
• É uma enzima exclusivamente citoplasmática e eleva-se mais precocemente na presença
de lesão hepática.
• A ALT está presente quase que exclusivamente no tecido hepático e renal – elevada
especificidade.
• A meia-vida da ALT é de 48 horas.

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
Avaliação hepática
Aminotransferase – AST e ALT
Valores elevados
• Lesão hepatocelular, necrose dos hepatócitos ou lesão de qualquer causa;
• Hepatite alcoólica (AST > ALT);
• Hepatite viral e crônica (AST > ALT);
• Hepatite aguda no estágio inicial: a AST está habitualmente mais elevada no
início; entretanto, dentro de 48 h, a ALT está, em geral, mais elevada;
• Níveis de AST de 500 U/ℓ sugerem lesão hepatocelular aguda; raramente > 500
U/ℓ na icterícia obstrutiva, cirrose, hepatite viral, AIDS e doença hepática
alcoólica;
• Hepatite viral fulminante aguda: Pode-se observar uma elevação abrupta da AST
(raramente > 4.000 UI/ℓ), que declina mais lentamente; testes sorológicos
positivos e lesão química aguda;

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WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Avaliação hepática
Aminotransferase – AST e ALT
Valores elevados
• Na insuficiência cardíaca congestiva, nas arritmias, na sepse e na hemorragia GI, os
níveis de AST alcançam um pico de 1.000 a 9.000 U/ℓ, com declínio de 50% dentro de 3
dias e para < 100 U/ℓ em 1 semana, sugerindo fígado de choque com necrose
centrolobular. Os níveis séricos de bilirrubina e de ALP refletem a doença subjacente;
• Traumatismo do músculo esquelético ou cardíaco;
• Insuficiência cardíaca aguda (AST > ALT);
• Exercício intenso, queimaduras, intermação;
• Hipotireoidismo;
• Lesão hepática induzida por fármacos ou drogas;
• Obstrução aguda do ducto biliar devido a cálculo. A rápida elevação da AST e da ALT para
níveis muito altos (p. ex., > 600 U/ℓ e, com frequência, > 2.000 U/ℓ), seguida de queda
aguda em 12 a 72 h, é considerada típica.

.
WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Avaliação hepática
Aminotransferase – AST e ALT
Valores diminuídos
• Azotemia - presença de ureia ou de outros compostos nitrogenados no
sangue;
• Diálise renal crônica;
• Estados de deficiência de fosfato de piridoxal (p. ex., desnutrição, gravidez,
doença hepática alcoólica).

.
WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Avaliação hepática
Aminotransferase – AST e ALT
1.3. Relação AST/ALT
• Além das características individuais, a relação entre o aumento das enzimas tem
valor diagnóstico;
• Tanto a AST quanto a ALT costumam subir e descer mais ou menos na mesma
proporção em doenças hepáticas;
• Elevações pequenas de ambas, ou apenas de ALT em pequena proporção, são
encontradas na hepatite crônica (especialmente hepatite C e esteato-hepatite não
alcoólica);
• Como na hepatite alcoólica há maior lesão mitocondrial, proporcionalmente, do que
nas outras hepatopatias, observa-se tipicamente elevação mais acentuada (o dobro
ou mais) de AST (que é encontrada nas mitocôndrias) do que de ALT, ambas
geralmente abaixo de 300 U/L;
• Elevações de ambas acima de 1.000 U/L são observadas em hepatites agudas virais
ou por drogas.

http://www.hepcentro.com.br/exames.htm
Avaliação hepática
Aminotransferase – AST e ALT

Valores de referência para as Aminotransferases

Mulheres até 32 U/L

AST Homens até 38 U/L

Mulheres até 31U/L


ALT
Homens até 41U/L

http://www.hepcentro.com.br/exames.htm
Avaliação hepática
Testes para avaliação fluxo biliar e lesão das vias
biliares
2.1. Fosfatase alcalina
Características
• Enzina relativamente inespecífica;
• Amplamente distribuída nos tecidos humanos – na mucosa do intestino delgado, no
fígado, nos túbulos renais, no baço, nos ossos, nos leucócitos e na placenta;
• No adulto origina-se principalmente no fígado e no esqueleto;
• A exata função metabólica da enzima é desconhecida – transpõe de lipídico no intestino
e na calcificação óssea.
• No fígado a enzima está localizada na membrana celular que une a borda sinusoidal das
células parenquimatosas aos canalículos biliares.
• Nos ossos a enzima está confinada aos osteoblastos onde ocorre a formação óssea.
Avaliação hepática
Fosfatase alcalina
Utilizada
• Diagnóstico e tratamento de doenças hepáticas, ósseas, intestinais e das paratireoides.

Valores elevados
• Doenças hepatobiliares – obstrução extra-hepática das vias biliares, hepatite viral,
cirrose.
• Doenças ósseas – câncer ósseo, fraturas ósseas, osteoporose, raquitismo.
• Gravidez – aumento de 2 a 3x no terceiro trimestre de gestação. Podem predizer
complicações na gravidez.
• Outras causas – pancreatites aguda e crônica, insuficiência renal crônica, neoplasias, e
etc.

.
WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Avaliação hepática
Fosfatase alcalina
Valores diminuídos
• Hipotireoidismo;
• Anemia franca;
• Hipofosfatemia;
• Deficiência de vitaminaB12;
• Deficiência nutricional de zinco ou magnésio;
• Ingestão excessiva de vitamina D;
• Anemia perniciosa (um terço dos pacientes);
• Doença celíaca;
• Desnutrição;
• Mulheres pós-menopausa com osteoporose em uso de terapia de reposição com
estrogênio;

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WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Avaliação hepática
Fosfatase alcalina

Valores de referência para fosfatase alcalina

Mulheres 42 a 98U/L

Homens 53 a 128U/L

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
Avaliação hepática
Testes para avaliação fluxo biliar e lesão das vias
biliares
2.2. Gama Glutamiltransferase - GGT
Características
• Transporte de aminoácidos e peptídeos através das membranas celulares, na síntese proteica
e na regulação dos níveis de glutadiona tecidual;
• GGT é encontrada no fígado, nas vias biliares, nos rins, nos intestinos, na próstata, no
pâncreas, nos pulmões, no cérebro e no coração.

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
Avaliação hepática
Gama Glutamiltransferase - GGT
Utilizada
• Avaliação do uso de álcool em pacientes em programas de recuperação;
• Para diagnóstico e monitoramento da doença hepatobiliar; indicador enzimático mais
sensível de doença hepática;
• Para verificar se as elevações observadas da fosfatase alcalina são devidas a doença
esquelética (GGT normal), ou se refletem a presença de doença hepatobiliar (elevação
da GGT);
• Para ajudar no diagnóstico de doença hepática quando houver doença óssea, gravidez ou
infância, que aumentam os níveis séricos de fosfatase alcalina - ALP e de fosfatase
alcalina leucocitária - LAP, mas não de GGT.

.
ANDRIOLO. A. Medicina Laboratorial. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina. Ed. Manole. 2005.
Avaliação hepática
Gama Glutamiltransferase - GGT
Interpretação
Valores elevados
• DM, hipertireoidismo, AR, DPOC
• Obstrução biliar;
• Consumo de bebidas alcoólicas;
• Esteatose hepática;
• Hepatite infecciosa – 2 a 5x o valor de referência – referir aminotransferases;
• Neoplasisas – é mais intensa e mais precoce que outras enzimas hepáticas;
• Fármacos – fenitoína e fenobarbital – induzem a síntese;
• Doenças colestáticas intra e extra-hepática – GGT e fosfatase alcalina aumentam na
mesma proporção;
• Fibrose cística – em função das complicações hepáticas;
• Câncer prostático e outros tipos de câncer com metástase hepática.

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MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
ANDRIOLO. A. Medicina Laboratorial. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP/ Escola Paulista de Medicina. Ed. Manole. 2005.
Gama Glutamiltransferase - GGT
Interpretação
Valores diminuídos
• Hipotireoidismo.

Valores normais
• Gravidez (em contraste com os níveis séricos de ALP e LAP) e crianças com mais de 3
meses de idade; por conseguinte, pode ajudar no diagnóstico diferencial da doença
hepatobiliar que ocorre durante a gravidez e na infância;
• Doença óssea ou pacientes com maior crescimento ósseo (crianças e adolescentes); por
conseguinte, mostra-se útil para diferenciar a doença óssea da doença hepática como
causa de aumento dos níveis séricos de ALP;
• Insuficiência renal;
• Exercício intenso.

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WILLIAMSON, Mary A. Wallach interpretação de exames laboratoriais. 10. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2015 1 recurso online ISBN 9788527728652.
Avaliação hepática
Gama Glutamiltransferase - GGT

Valores de referência para Gama Glutamiltransferase

Mulheres 8 a 55U/L

Homens 5 a 38U/L

MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. São Paulo, SP: MedBook, c2009. xv, 382 p. ISBN 9788599977354.
EAS

Material: Urina (jato médio – primeira da manhã)

Exame bioquímico Valores de referência

Densidade: 1030 1005 - 1030

pH: 5.5 5.0 – 7.0

Proteína: Ausente Ausente

Glicose: 30mg/dL Ausente

Corpos Ausente Ausente


cetônicos:
Bilirrubinas Ausente Ausente

Hemoglobinas Ausente Ausente

Urobilinogênio Normal Normal

Nitrito Negativo Negativo

Exame microscópico Valores de referência

Células epiteliais 05 por campo Até 05 por campo

Leucócitos 05 por campo Até 05 por campo

Hemácias 01 por campo Até 03 por campo

Flora bacteriana + Escassa

Filamento de + Raro
muco Valores críticos: Urina Reação fortemente positiva para glicose e cetona, nas
tiras reativas; Presença de cilindros eritrocitários ou > 50% de eritrócitos
Cristais Ausente Ausente
deformados; Hemoglobinúria sem eritrócitos no exame microscópico;
Cilindros Ausente Ausente Detecção de drogas. Valores críticos de exames laboratoriais que necessitam
de imediata tomada de decisão, em atendimento à RDC 302:2005 da Anvisa.
Observação: Presença de leveduras e pseudo-hifas PNQC.
Exame Físico-químico
Cor
A cor da urina depende do estado de hidratação do indivíduo,
normalmente apresentando-se em variados tons de amarelo. Tanto em
situações fisiológicas quanto patológicas a urina pode apresentar uma
coloração atípica. Dentre as condições fisiológicas, destacam-se a
ingesta de alimentos com coloração forte (p. ex., beterrabas) ou
consumo de grande quantidade de corantes alimentícios. Alterações
metabólicas, metabólitos de drogas utilizadas pelo indivíduo e diversas
condições patológicas (p. ex., alterações hepáticas, hemólise, infecção
urinária entre outras) também provocam alteração na cor da urina.

Recomendações da sociedade brasileira de patologia clínica/medicina laboratorial (SBPC/ML) : fatores pré-analíticos e interferentes em ensaios laboratoriais / Adagmar Andriolo ... [et al.] ;
organização Nairo Massakazu Sumita ... [et al.] - 1. ed. - Barueri [SP] : Manole, 2018.
Cor Causa Correlação Clínica/Laboratorial
Incolor Ingestão recente de líquidos Observado em amostras aleatórias

Amarelo pálido Poliúria (Diabetes insipidus) Volume de 24h elevado

Diabetes mellitus Densidade alta e glicose


Amostra aleatória diluída Ingestão recente de líquidos
Âmbar Desidratação pela febre ou queimadura
Laranja Bilirrubina Espuma amarela e bilirrubina no sangue
Pyridium Medicamento para infecções do trato
urinário
Antibióticos e anticoagulantes Características específicas

Amarela-verde Bilirrubina oxidada em biliverdina Espuma colorida e falso-negativo no


Amarela-castanha sangue (Bilirrubina)
Verde Infecção por Pseudomonas sp. Urocultura positiva
Cor Causa Correlação Clínica/Laboratorial
Azul-verde Medicamentos Infecções bacterianas
Rosa Hemácias Urina turva com Hb e sangue na tira
reativa
Vermelha Hemoglobina Urina límpida com Hb na tira reativa
Mioglobina Urina límpida com Hb na tira reativa
Contaminação menstrual Urina turva com hemácias, muco e
coágulos
Marrom Hemoglobina oxidada a Demora na análise
metemoglobina
Preta Metemoglobina Hemoglobina desnaturada
Ácido homogentísico (alcaptonúria) Erro metabólico

Melanina Melanoma maligno


Medicamentos Reação com cloreto férrico
Aspecto
A urina normal e recém-emitida é límpida ou discretamente
opalescente, alterando-se em virtude da presença de numerosas
células epiteliais, leucócitos, hemácias, bactérias e leveduras,
filamentos de muco e cristais. Diversos contaminantes interferem no
aspecto da urina, como talco, cremes vaginais e contrastes
radiográficos.

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ASPECTO DESCRIÇÃO

Límpido Partículas invisíveis transparentes

Opalescente Poucas partículas

Ligeiramente turvo Muitas partículas

Turvo Muitas partículas*

Leitoso Coágulos ou precipitados

* Utilizar um papel com texto


Causas não Patológicas de turvação Causas Patológicas de turvação

Células epiteliais Hemácias

Muco Leucócitos

Fosfatos e uratos Bactérias

Espermatozóides* Fungos

Contaminação fecal Células não pavimentosas

Contraste radiográfico Cristais anormais

Talco e cremes vaginais Linfa e lipídeos

* Exceto mulheres, adolescentes pós masturbação, adultos após coito.


Densidade
Reflete o estado de hidratação do paciente e a capacidade dos rins de
concentrarem a urina. Quando avaliada por meio de refratometria,
sofre interferência da glicosúria e/ou da proteinúria. As tiras reagentes
avaliam a concentração iônica e não sofrem interferência de
componentes não iônicos da urina, como a glicose, embora proteinúria
e cetonúria significativas possam ocasionar resultados falsamente
elevados.

Recomendações da sociedade brasileira de patologia clínica/medicina laboratorial (SBPC/ML) : fatores pré-analíticos e interferentes em ensaios laboratoriais / Adagmar Andriolo ... [et al.] ;
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Odor
• Sui Generis = Normal.
• Odor amoniacal: hidrólise bacteriana da ureia – produz amônia
• Fétido: decomposição bacteriana
• Doce ou frutado: Diabetes mellitus, inanição ou vômitos (corpos cetônicos)
• Urina de rato: Fenilcetonúria
• Xarope de bordo: doença que causa
• odor forte de açúcar queimado na urina.
pH
O pH urinário varia de acordo com o tipo de alimentação: dietas ricas
em proteínas, por exemplo, são responsáveis por urinas ácidas,
enquanto, na dieta vegetariana, a urina é mais alcalina.

Desconhece-se a presença de interferentes na medida do pH na urina.


Entretanto, erros na manipulação da tira reagente que provoquem um
excesso de urina na tira fornecem resultados de pH mais ácidos por
contaminação dessa área reagente pelo tampão ácido do teste da
proteína.

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Significado clínico do pH urinário
1. Respiratório ou metabólico acidose/cetose
2. Respiratório ou metabólico alcalose
3. Defeitos na secreção tubular renal e reabsorção de ácido e bases – acidose tubular renal
4. Formação de cálculos renais
5. Tratamento de infecções do trato urinário
6. Precipitação / identificação de cristais
7. Determinação de amostra insatisfatória
Obs.: Correlacionar com nitrito, leucócitos e com o exame microscópico
Proteína
Proteínas na urina representam um dos principais indicadores de doença
renal. Esse teste é mais sensível à presença de albumina, não detectando
outras proteínas, como a de Tamm-Horsfall, a principal matriz dos cilindros.
Reações falso-negativas são observadas com a excreção de outras proteínas
que não a albumina, como o caso do mieloma múltiplo (excreção de cadeias
leves livres).
O uso de frascos descartáveis para coleta reduziu drasticamente a
possibilidade de resultados falso-positivos, raros e resultados da presença de
resíduos de detergentes não iônicos e aniônicos no recipiente de coleta da
urina

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Significado clínico da proteína urinária
Pré-renal
Hemólise intravascular
Lesão muscular
Proteína reativa de fase aguda
Mieloma múltiplo

Renal
Doenças glomerulares
Doença do complexo imune
Amiloidose
Agentes tóxicos
Nefropatia diabéticas
Exercício extenuante
Desidratação
Hipertensão
Pré-eclanpsia
Significado clínico da proteína urinária
Renal continuação
Proteinúria postural
Doença tubular
Síndrome de Fanconi
Agentes tóxicos /metais pesados
Infecções virais graves

Pós-renal
Infeções /inflamações do trato urinário inferior
Lesões /traumas
Contaminação menstrual
Fluido prostático / espermatozoides
Secreção vaginal

Obs.: Correlacionar com sangue, nitrito, leucócitos e o exame microscópico


Glicose
Aparece na urina quando a quantidade de glicose que entra na luz dos
túbulos excede sua capacidade de reabsorção. A pesquisa pelas tiras
reagentes é específica para glicose e não detecta outros açúcares,
como frutose, lactose ou galactose.

Observam-se resultados falso-negativos na presença de níveis muito


elevados de ácido ascórbico, especialmente nas amostras com baixas
concentrações de glicose.

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Significado clínico da glicose urinária

Associados à hiperglicemia Associados aos Rins


Diabetes melittus Síndrome de Fanconi*
Pancreatite Doenças renal avançada
Câncer pancreático Osteomalacia
Acromegalia Gravidez
Síndrome de Cushing
Estresse
* A síndrome de Fanconi consiste em múltiplos defeitos na reabsorção proximal
Diabetes gestacional renal, que causam glicosúria, fosfatúria, aminoacidúria generalizada e perda de
bicarbonato. Pode ser hereditária ou adquirida. Os sintomas em crianças incluem
Hipertireoidismo falha do crescimento, retardo do crescimento e raquitismo. Sintomas em adultos
incluem osteomalacia e fraqueza muscular. O diagnóstico é feito pela
Lesão do Sistema Nervoso Central demonstração de glicosúria, fosfatúria e aminoacidúria. O tratamento inclui, às
vezes, reposição de bicarbonato e potássio, remoção das nefrotoxinas ofensivas e
Obs.: Correlacionar com cetonas e proteínas medidas direcionadas para a insuficiência renal.
Cetonas
Normalmente, não se observa a presença de cetonas na urina. Resultados
positivos estão associados a cetoacidose diabética, jejum prolongado,
algumas dietas para emagrecimento, febre e exercícios intensos, surgindo
em decorrência do metabolismo de ácidos graxos. Não se conhecem
interferentes que causem reações falso-negativas para cetonas.

Resultados falso-positivos são observados quando de altas concentrações


de metabólitos de alguns medicamentos, como levodopa e captopril,
substâncias contendo grupos sulfidrila ou em amostras de urina muito
pigmentadas.

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Significado clínico de cetonas na Urina
1. Acidose diabética
2. Acompanhamento da dosagem de insulina
3. Jejum
4. Má-absorção/doença pancreáticas
5. Exercício extenuante
6. Vômitos
7. Erros inatos do metabolismo de aminoácidos
Obs.: Correlacionar com glicose
Monitorização de cetonas na urina e no
sangue
Sangue
O teste é mais sensível à hemoglobina livre do que aos eritrócitos
intactos, sendo a sensibilidade do teste reduzida em urinas alcalinas.
Uma das maiores dificuldades na sua interpretação é a alta
sensibilidade da área reagente.

Reações falso-positivas ocorrem quando na presença de mioglobina,


outras peroxidases, como a peroxidase bacteriana, e quando há
contaminação com hipoclorito e/ou formol.

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Sangue
Densidade aumentada, metabólitos de captopril, presença de
proteína, nitrito e ácido ascórbico em altas concentrações são causas
de resultados falso-negativos.

A grande sensibilidade da área reagente tornou sua aplicação prática


bastante reduzida. Na prática clínica, valorizam-se apenas os resultados
negativos, que tornam possível excluir com boa margem de segurança
a presença de hematúria ou hemoglobinúria.

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Significado clínico de sangue na Urina
Hematúria Hemoglobinúria Mioglobinúria
Cálculo renal Reações transfusionais Trauma muscular
Glomerulonefrite Anemias hemolíticas Coma prolongado
Pielonefrite Queimaduras graves Convulsões
Tumores Infecções /malária Doenças musculares consumptivas
Trauma Exercício intenso/ trauma Alcoolismo/embriaguez
Exposição a agentes químicos Venenos de insetos (aranha) Abuso de drogas
tóxicos
Anticoagulantes Exercício intenso

Exercício intenso Medicação redutora de colesterol,


estatina
Obs.: Correlacionar com proteínas e com o exame microscópico
Bilirrubina
Apenas a bilirrubina direta (conjugada) é encontrada em amostras de urina,
estando relacionada às icterícias obstrutivas e às hepatocelulares (hepatites,
cirrose hepática). Trata-se de uma das reações mais sujeitas à ação de
interferentes.

O principal interferente refere-se à presença de substâncias que provocam


alterações na cor normal da urina. Outras causas de resultados falso-
positivos incluem urobilinogênio elevado, fenotiazina e clorpromazina.
Resultados falso-negativos são originados por exposição prolongada da
amostra à luz ultravioleta (luz solar), presença de nitrito ou grandes
quantidades de ácido ascórbico.

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Significado clínico de bilirrubina na Urina
1. Hepatite
2. Cirrose
3. Outros distúrbios hepáticos
4. Obstrução biliar (litíase biliar, carcinoma)
Obs.: Correlacionar com urobilinogênio
Urobilinogênio
Urobilinogênio na urina correlaciona-se a excesso de produção de
bilirrubina (hemólise) ou nas lesões hepáticas (redução da reabsorção).
Resultados falso-negativos decorrem da exposição prolongada da
amostra à luz ultravioleta (luz solar), da presença de nitrito, da
formalina ou de grandes quantidades de ácido ascórbico.

Urinas muito pigmentadas e metabólitos de nitrofurantoína,


riboflavina, fenazopiridina, ácido p-aminobenzoico e medicamentos
que contêm corantes diazoicos provocam resultados falso-positivos.

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Significado clínico de urobilinogênio na Urina
1. Detecção precoce de doença hepática
2. Disfunção hepática, hepatite, cirrose carcinoma
3. Distúrbios hemolíticos

Obs.: Correlacionar com a bilirrubina

A ausência de urobilinogênio na urina e nas fezes representa a obstrução do ducto biliar que impede a passagem normal de
bilirrubina para o intestino.
Nitrito
Nitrito positivo é observado na urina em decorrência de bactérias
Gram-negativas fermentadoras com a propriedade de reduzir o
nitrato a nitrito (Escherichia coli, Klebsiella spp., Proteus spp., e
algumas cepas de Pseudomonas). Resultados negativos são observados
quando da presença de bactérias que não reduzem o nitrato, da falta
de nitrato na dieta (p. ex., nos lactentes e em dietas com baixa ingestão
de vegetais verdes) e de incubação da urina na bexiga insuficiente para
que haja a redução de nitrato a nitrito. São poucas as causas de
resultados falso-negativos (ácido ascórbico em altas concentrações,
urinas pouco concentradas) e falso-positivos (corantes na urina).

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Significado clínico de nitrito na Urina
1. Cistite
2. Pielonefrite
3. Avaliação da terapia antibiótica
4. Acompanhamento de pacientes com alto risco de infecção do trato urinário
5. Triagem de amostras para urocultura
Obs.: Correlacionar com proteínas, leucócitos, exame microscópico
Esterase leucocitária
Esterase leucocitária positiva (presente nos granulócitos intactos ou
lisados) está associada à infecção urinária ou a processos inflamatórios
das vias urinárias. Resultados negativos são observados quando de
leucócitos não granulócitos. Alguns antibióticos, como cefalexina,
cefalotina e tetraciclina, bem como altas concentrações
de ácido oxálico, ocasionam resultados falso-negativos.
Metabólitos de antibióticos à base de imipeném, meropeném ou
ácido clavulânico e agentes oxidantes (hipoclorito de sódio) e de
formaldeído promovem resultados falso-positivos.

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Significado clínico de esterase leucocitária na Urina
1. Infecção do trato urinário bacteriana e não bacteriana
2. Inflamação do trato urinário
3. Triagem de amostras para cultura de urina

Obs.: Correlacionar com proteínas, nitrito, exame microscópico


Exame microscópico

http://laboratorionossodecadadia.blogspot.com.br
Sedimento

• Hemácias • Bactérias
• Leucócitos • Leveduras
• Cilindros • Parasitas
• Cristais • Espermatozóides
• Células epiteliais • Possíveis artefatos
Hemácias Leucócitos Célula escamosa
Muco Leveduras Espermatozoides
Cristais urinários
Ácido úrico Oxalato de cálcio

Fosfato triplo Fosfato amorfo


Cistina Bilirrubina

Tirosina Leucina
Células epiteliais
Células Epiteliais Escamosas

Correlação com outros Turbidez


parâmetros:
Significado clínico: Não tem nenhum significado patológico (descamação celular normal)

Células Epiteliais Transicionais (Uroteliais)

Correlação com outros Turbidez e sangue associado à neoplasia


parâmetros:
Significado clínico: Pode estar presente após procedimentos urológicos invasivos – não tem
significado clínico
Aumentos das células de transição com morfologia anormal com vacúolos
e núcleos irregulares pode ser indicativo de malignidade ou infecção viral
Células Epiteliais Tubulares Renais (ETR)

Correlação com outros Esterase leucocitária e nitrito (pielonefrite)


parâmetros: Cor, turbidez, proteínas, bilirrubinas (hepatite), sangue
Significado clínico: Necrose dos túbulos renais com a possibilidade de afetar a função renal
global
Exposição a metais pesados, toxicidade induzida por drogas, pela
hemoglobina, infecções virais, pielonefrite, infiltrações malignas e etc.
Corpos ovais gordurosos

Correlação com outros Turbidez, sangue, proteínas e gotas de gordura livre/ cilindros lipóidicos
parâmetros:
Significado clínico: Lesão do glomérulo renal causada pela síndrome nefrótica, também
ocorre na necrose tubular grave e na Diabetes Mellitus, e em traumas que
causam a liberação de gorduras e outras causas.
Cilindro hialino Cilindro céreo Cilindro granuloso

Cilindro hemático Cilindro leucocitário Cilindro largo


Cilindros da Urina
Cilindro Hialino

Correlação com outros Proteínas, sangue (exercício), cor (exercício)


parâmetros:
Significado clínico: Glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica, insuficiência
cardíaca congestiva, estresse e exercício

Cilindro Hemático

Correlação com outros Hemácias, sangue e proteínas


parâmetros:
Significado clínico: Glomerulonefrite, exercício extenuante

Cilindro Leucocitário

Correlação com outros Leucócitos, proteínas e esterase leucocitária


parâmetros:

Significado clínico: Pielonefrite, Nefrite intersticial aguda

Cilindro Bacteriano

Correlação com outros Leucócitos, esterase leucocitária, nitrito, proteínas, bactérias


parâmetros:
Significado clínico: Pielonefrite
Cilindros da Urina
Cilindro Epiteliais

Correlação com outros Proteínas e células epiteliais tubulares renais (ETR)


parâmetros:
Significado clínico: Dano tubular renal

Cilindro Granulosos

Correlação com outros Proteínas, cilindro celular, leucócitos e hemácias


parâmetros:
Significado clínico: Glomerulonefrite, pielonefrite, estresse e exercício

Cilindro Céreos

Correlação com outros Proteínas, cilindros celulares, cilindro granulosos, leucócitos, hemácias
parâmetros:
Significado clínico: Estase do fluxo da urina e insuficiência renal crônica

Cilindro Lipoídicos

Correlação com outros Proteínas, gotículas de gordura livre, corpos ovais gordurosos,
parâmetros:
Significado clínico: Síndrome nefrótica, necrose tubular tóxica, Diabetes mellitus, lesões por
esmagamento
Cilindros da Urina
Cilindro Largos

Correlação com outros Hemácias, proteínas, leucócitos, cilindros granulosos e cilindro céreos
parâmetros:
Significado clínico: Extrema estase urinária, insuficiência renal.
Caso 2
Paciente do sexo masculino, 45 anos e obeso, em busca de prevenção
primária procura o clínico para uma avaliação cardiovascular. O paciente tem
pai falecido de infarto agudo do miocárdio e já está hipertenso e diabético.
Na avaliação, o médico solicitou o seu perfil lipídico e calculou o seu risco
cardiovascular na calculadora de risco da SBC. O paciente apresentou risco
intermediário. Nesse caso, o paciente deve ter como alvo terapêutico o LDL-
C inferior a 100 mg/dL ou o não HDL-C inferior a 130 mg/dL. Na Tabela 4,
estão descritos os resultados do perfil lipídico do paciente em questão
realizados em cinco diferentes laboratórios. A amostra foi processada em
dois ensaios diferentes para o LDL-C, dosados por método direto,
processados por ultracentrifugação e calculados pelas duas fórmulas – a de
Friedewald e a de Martin.

Recomendações da sociedade brasileira de patologia clínica/medicina laboratorial (SBPC/ML) : fatores pré-analíticos e interferentes em ensaios laboratoriais / Adagmar Andriolo ... [et al.] ; organização
Nairo Massakazu Sumita ... [et al.] - 1. ed. - Barueri [SP] : Manole, 2018.
Recomendações da sociedade brasileira de patologia clínica/medicina laboratorial (SBPC/ML) : fatores pré-analíticos e interferentes em ensaios laboratoriais / Adagmar Andriolo ... [et al.] ; organização
Nairo Massakazu Sumita ... [et al.] - 1. ed. - Barueri [SP] : Manole, 2018.
Os níveis de colesterol total, TG e HDL-C variam pouco entre os laboratórios.

1. Considerando o valor da dosagem de LDL-C por ultracentrifugação (122 mg/dL) o gold standard
(padrão de referência) para essa medida, comparam-se os resultados dos diferentes
laboratórios.
2. Na metodologia direta, entre fabricantes diferentes, os resultados variam muito entre si (88 a
120 mg/dL). Na avaliação pela fórmula de Friedewald, o valor foi em média de 103 mg/dL e,
pela fórmula de Martin, de 120 mg/dL. O valor do LDL-C estimado pela fórmula de Martin é o
que fica mais próximo ao valor dosado por ultracentrifugação.
3. Caso o médico avaliasse a dislipidemia desse paciente com os níveis de LDL-C e recebesse no
laudo o valor de 103 mg/dL, calculado pela fórmula de Friedewald, provavelmente o paciente
não receberia tratamento para dislipidemia, por estar muito próximo ao alvo. Caso o médico
recebesse o resultado do LDL-C de 120 mg/dL, calculado pela fórmula de Martin, ou avaliasse o
paciente pelo não HDL-C, provavelmente esse profissional iniciaria a terapia hipolipemiante.
4. A padronização pela fórmula de Martin é a mais adequada, pois os valores de LDL-C se
aproximam do LDL-C dosado por ultracentrifugação (o método de referência).

Recomendações da sociedade brasileira de patologia clínica/medicina laboratorial (SBPC/ML) : fatores pré-analíticos e interferentes em ensaios laboratoriais / Adagmar Andriolo ... [et al.] ; organização
Nairo Massakazu Sumita ... [et al.] - 1. ed. - Barueri [SP] : Manole, 2018.

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