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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA

ENTORPECENTES DA CAPITAL.

PROCESSO N. 0043130-72.2012.8.17.0001

DEFESA PREVIA

ZILEIDE SANTIAGO CARVALHO DA SI, já qualificada nos autos do processo


penal supra, vem perante vossa excelência, por seu advogado (mandato
incluso), com fundamento no artigo 395 do CPP, em ALEGAÇÕES
PRELIMINARES, dizer que a instrução criminal demonstrará a improcedência
da acusação, evidenciando ser a ABSOLVIÇÃO um imperativo de JUSTIÇA!

Conspícuo Magistrado,

“Sob a ponte da Justiça passam todas as dores, todas as misérias,


todas as aberrações, todas as opiniões políticas, todos os
interesses sociais. E seria de desejar fosse o Juiz capaz de reviver
em si, para os compreender, cada um desses sentimentos.”( M.P.
Pimentel, in Revista do Direito Penal, v. 24, p. 91) .

O Juiz SOUSA NETO entre 1946-1947, publicou o primeiro livro:

“A mentira e o delinqüente”. Nesse ensaio de criminologia e de


processo penal, ele se revela o juiz justo e corajoso que sempre foi.
Traça, logo, uma regra fundamental, de moralidade e de justiça, que
adotará em toda a sua vida, advertindo, com elevação que não pode
condenar em dúvida:
“Não há um princípio de filosofia, um dogma de moral, um cânone
de religião, um postulado de bom senso, uma regra jurídica, que
autorize um pronunciamento condenatório na dúvida. Justifica-se,
pois, a assertiva de João Ramalho: “Sem prova plena e verdadeira, a
condenação será sempre uma injustiça e a execução da sentença
uma violência”.
Páá giná8

“A justiça só vive da prova. Só o arbítrio se alimenta do monstro da


presunção. A dúvida é a certeza dos loucos. Estes são julgados, não
julgam”.
O PAPEL DA JUSTIÇA

“O juiz precisa, antes de tudo, de uma calma completa, de uma


serenidade inalterável, porque os acusados apresentam-se diante dele sob a
paixão violenta e apaixonada da opinião”.
“Os jornais, com uma indiscrição que a lei devia reprimir, divulgaram o
fato nas cem trombetas da fama e crivaram o réu dos adjetivos mais
furibundos. O crime repelente e abjeto desperta em toda alma delicada um
natural sentimento de indignação e revolta. O espírito insensivelmente se
previne e por essa elaboração lenta de que fala PAULA LOMBROSO, digna filha
do eminente antropologista criminal, que resiste a todos os argumentos e
provas em contrário”.
Vossa Excelência, ilustre e culto magistrado que honra a toga
Pernambucana, notadamente pelo seu saber jurídico e possuidor de um dos
requisitos essencialíssimo para ser julgador de homens como afirma
CALAMANDREI, “julgar o semelhante deve-se, antes de tudo ter a compreensão
dos fatos e decidir de forma humana e justa”. Essas qualidades Vossa
Excelência as tem e este modesto advogado é testemunha ocular de todas
essas afirmações que coloco na defesa do acusado.

PRELIMINARES

A denúncia oferecida pelo Representante do Ministério Público encontra-


se em desrespeito aos preceitos do nosso sistema processual penal, devendo,
pois, ser rejeitada, conforme o artigo 395, I, do Código de Processo Penal, por
ser INEPTA.
Tal afirmação se faz verdade porque na peça inaugural, o denunciado
fora acusado por fatos descritos genericamente e preenchida de evasividade,
sem qualquer respaldo fático, o que inviabiliza a sua defesa, restringindo seu
direito constitucionalmente garantido da ampla defesa.
Neste Passo a importância essencial da defesa preliminar é decotar os
excessos da denúncia e ainda, permitir que o magistrado receba ou não a peça
acusatório de pormenorizada se o conteúdo da denúncia tem admissibilidade
ou lhe falta justa causa para o prosseguimento da ação.
Na defesa preliminar, como se vê, é bem distinta da antiga defesa
“prévia” (que ocorria depois do interrogatório). Na preliminar, a defesa deve
invocar tudo que possa interferir na decisão do juiz de receber ou rejeitar a
peça acusatória.

Quando o constituinte brasileiro incluiu esta exigência no art. 93, IX, da


Magna Carta republicana, evidentemente, pretendeu criar um padrão para
toda e qualquer manifestação judicial que apresente uma carga decisória, por
menor que esta seja, só estando excluídos os denominados despachos de
expediente, coisa que a decisão inaugural da relação processual penal, nem de
longe, pode ser confundida. Nesse teor, explicita ANTONIO MAGALHÃES
GOMES FILHO: “Ao dizer que serão fundamentadas ‘todas’ as decisões, a
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Constituição brasileira não expressa apenas a extensão do dever de motivar,


mais do que isso, prescreve um único modelo de decisão judicial – a decisão
fundamentada -, em que tal exigência deve condicionar o próprio raciocínio
decisório”. (Revista Magister de Direito Penal e Processual Penal, nº. 30 –
Jun/Jul 2009).

Ainda nesse diapasão, vibrando e alertando contra o peso e as agruras


de um processo criminal inaugurado por esta decisão, CARLOS EDUARDO
SHEID adverte que “observando-se o processo penal através da lente
constitucional, pensa-se ser exigível que a decisão de recebimento da denuncia
seja motivada”. (A motivação das decisões penais – a partir da teoria
garantista, Livraria do Advogado,2009.p.151).

Entre nós, é categórico BARBOZA MOREIRA: “Last but not least”, trata-
se de garantir o direito que tem as partes de ser ouvidas e de ver examinadas
pelo órgão julgador as questões que houveram suscitado. De reclamar do órgão
judicial a consideração atenta dos argumentos e provas trazidos aos autos”.( A
motivação das decisões judiciais como garantia inerente ao estado de direito –
Temas de Direito Processual – 2º serie. São Paulo, 1980.p.88).

Com TORNAGHI, aprendemos que: “A lei do processo é o prolongamento


e a efetivação do capitulo constitucional sobre os direitos e as garantias
individuais” (Tornaghi, Hélio.Ob.,v.I,p.75). Diante de dispositivo processual que
cria este espaço de debate a ser analisado pelo juiz no momento de receber ou
não a denuncia, observa-se que ao fraudar-se a análise, fraudados estão os
princípios constituídos do contraditório, da Ampla defesa, do Devido Processo
Legal e da Motivação das decisões penais.

Exigência a motivação no recebimento da denuncia é a garantia entre a


eficiência da sanção e o respeito para com os direitos fundamentais, sendo
todo este equilíbrio um permear constante dentro de um processo penal
democrático. Sobre o tema da sanção de nulidade face ao desrespeito a
garantia constitucional da motivação, o mestre das Arcadas ANTÔNIO
MAGALHÃES GOMES FILHO encerra o assunto:

Sobre o tema, era o que tínhamos a expor. Acreditamos, com IHERING,


que: “A forma é inimiga jurada do arbítrio e irmã gêmea da liberdade”.
Acreditamos, com ELIÉZER ROSA, que: “Num mundo democrático o Estado
não tem o direito de sofismar com a liberdade do homem”. Por conseguinte, o
juiz moderno o qual se enquadra Vossa Excelência, como afirmava o saudoso
RUI BARBOSA:

“A toga do magistrado não se deslustra, retratando-se dos seus


despachos e sentenças, antes se relustra, desdizendo-se do
sentenciado ou resolvido, quando se lhe antolha claro o engano,
em que laborava, ou a injustiça, que cometeu”

Nesse ponto vale a pena a advertência que fez o Conselho de Dom


Quixote a Sancho Pança às vésperas de ser governador:
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“Quando se puder atender à equidade, não carregues com todo o
rigor da lei do delinqüente, que não é melhor a fama do juiz
rigoroso que do compassivo”.

Isto posto, e com fulcro no acima exposto requer a revogação do


recebimento da denúncia e de imediato, o tracamento da Ação Penal.

NO MÉRITO

Como na fábula, abandonando a sensatez do cordeiro, tomou o


Representante do Ministério Público as atitudes de lobo e declarou guerra à
todos os princípios de lógica judiciária, que arrazoou com a força atômica das
suas conjecturas e das suas reticências.
Porquanto, não conseguiu o Representante do MP, demonstrar a
culpabilidade do acusado, mas, não quer acreditar na INOCÊNCIA dele.

Neste norte, é velho princípio de lógica judiciária:


“A acusação não tem nada de provado se não conseguiu
estabelecer a certeza da criminalidade, ao passo que a defesa tem
tudo provado se conseguiu abalar aquela certeza, estabelecendo a
simples e racional credibilidade, por mínima que seja, da
inocência”.
As obrigações de quem quer provar a inocência são muito mais restritas
que as obrigações de quem quer provar a criminalidade” (F. MALATESTA – A
lógica das Provas – Trad. De Alves de Sá – 2ª Edição, págs. 123 e 124).
O ministro CELSO DE MELO, um dos mais importantes juristas da
atualidade, quando em um dos seus votos em acórdãos da sua lavra definiu
que o ônus da prova recai EXCLUSIVAMENTE ao MP:
É sempre importante reiterar – na linha do magistério
jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal consagrou na
matéria – que nenhuma acusação penal se presume provada. Não
compete, ao réu, demonstrar a sua inocência. Cabe ao contrário,
ao Ministério Público, comprovar, de forma inequívoca, para além
de qualquer dúvida razoável, a culpabilidade do acusado. Já não
mais prevalecem em nosso sistema de direito positivo, a regra, que,
em dado momento histórico do processo político brasileiro (Estado
novo), criou, para o réu, com a falta de pudor que caracteriza os
regimes autoritários, a obrigação de o acusado provar a sua
própria inocência (Decreto-lei nº. 88, de 20/12/37, art. 20, nº. 5).
Precedentes. (HC 83.947/AM, Rel. Min. Celso de Mello).

Convém assinalar, neste ponto, que, “embora aludido ao preso, a


interpretação da regra constitucional deve ser no sentido de que a garantia
abrange toda e qualquer pessoa, pois, diante da presunção de inocência, que
também constitui garantia fundamental do cidadão [...], a prova da
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culpabilidade incumbe exclusivamente à acusação” (ANTÔNIO MAGALHÃES


GOMES FILHO, Direito À Prova no Processo Penal, p. 113, item nº. 7, 1997,
São Paulo: Revista dos Tribunais).
De igual modo a doutrina de maneira uníssona ampara o acusado:

“O processo criminal é o que há de mais sério neste mundo. Tudo


nele deve ser claro como a luz, certo como a evidência, positivo
como qualquer grandeza algébrica. Nada de ampliável, de
pressuposto, de anfibológico.

Assente o processo na precisão morfológico legal e nesta outra precisão


mais salutar ainda. A VERDADE SEMPRE DEVE SER DESATAVIADA DE
DÚVIDAS. (CARRARA). Por isso é que o Eminente e culto e inesquecível Min.
ALCIDES CARNEIRO quando integrava o STM assentou:

“A prova, para autorizar uma condenação, deve ser plena e


indiscutível, merecendo dos julgadores o maior rigor na sua
apreciação, mormente quando se trata de testemunhas marcadas
pela dúvida e pela suspeição, geradas pelo interesse em resguardar
situações de comprometimento pessoal”.

Portanto, o ônus da prova cabe ao MP e pelos depoimentos


jurisdicionalizados não traduz a certeza real que deve ter o julgador carreado
para os autos para poder julgar com certeza o seu semelhante. Não se pode
olvidar que, se a prova demonstra dúvida quanto aos fatos a eles atribuídos,
embora plausíveis, a absolvição é imperativa, pois a condenação exige certeza
absoluta, fundada em dados objetivos indiscutíveis e que evidenciem a
materialidade e a autoria.

Assim, existindo dúvida, deve-se aplicar o princípio do IN DÚBIO PRO


REO para absolvê-los.
Trago a colação alguns arestos:

“No processo criminal, máxime para condenar, tudo deve ser claro
como a luz, certo como a evidência, positivo como qualquer
expressão algébrica. Condenação exige certeza absoluta, fundada
em dados objetivos indiscutíveis, de caráter geral, que evidenciem o
delito e a autoria, não bastando à alta probabilidade desta ou
daquela. E não pode, portanto, ser a certeza subjetiva, formada na
consciência do julgador, sob pena de se transformar o princípio do
livre convencimento em arbítrio.” (TJSP – RT, 619/267).
“Inadmissível a prolatação de decreto condenatório se suficientes
os elementos probatórios apenas para fundar suspeitas contra o
réu. É que a simples probabilidade de autoria, tratando-se de mera
etapa da verdade, não constitui, por si só, certeza” (TACRIMSP – in
JUTACRIM 45/218).
Prova precária. Absolvição decretada. (TJSP, Ap. Crim. 213.603-3,
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2ª Câm. Crim., j. 30-9-1996, rel. Des. Renato Talli, JTJ 184/313).


“Se a prova dos autos não gera a certeza de que a substância
entorpecente apreendida pela polícia realmente pertencia ao
acusado da prática do crime de posse, impõe-se a absolvição do
mesmo com adoção do princípio do in dúbio pro reo” (TJMG, Proc.
1002401099985-2, 3º Câm. Rel. Des. Paulo Cezar Dias, DJMG de
5-11-2004, Revista Magister de Direito Penal e Processo Penal, n.
2, p. 115).

No caso concreto, não se vislumbra menor indicio de participação do


acusado nos delitos a ele imputados. A prova carreada aos autos é
extremamente frágil,” Notadamente o depoimento dos familiares, pois o
depoimento da suposta vitima, que é genitora do acusado, que viveu mais de
30 (trinta) anos em sua companhia, após a morte de seu marido,em nada obsta
ao acusado, pelo contrario, garanti-lhe que: “é um bom filho e que nunca a
maltratou” quanto aos outros depoimentos colhidos na fase inquisitorial , que
se contradizem de maneira manifesta ao ponto de cada um dos depoentes
afirmarem coisa dispara não dando nenhuma sustentação para que o
magistrado mais rigoroso que seja, possa proferir a sentença condenatória,
porquanto a autoria não ficou demonstrada a saciedade.

A culpabilidade deve resultar apurada, estreme de duvida, dentro do


devido processo legal (CF/88, art. 5º, LIV). É a regra do ID QUOD NON EST IN
ACTIS NON EST IN MUNDO ( o que não está nos autos não esta no mundo).
O direito penal moderno e liberal é “direito penal do fato, não do autor”;
o juízo de culpabilidade recai sobre o fato do agente, não sobre o caráter ou
modo de pensar do agente do fato”(JESCHECK, “Tratado”,p.581); FIANDACA-
MUSCO – “Diritto Penalle” , p. 155, citado por LUIZ FLAVIO GOMES, in “ Erro
de Tipo e Erro de Proibição”, RT, PP. 110/111).

O juiz de primeiro (1º) grau, único que é nomeado em virtude de


concurso público e provas e de títulos, não tem razões para ser subserviente e
decidir fazendo média, como se político fosse, mas tão-somente decidir
cumprindo e fazendo cumprir a lei e a Constituição. Se a lei e a constituição
são iníquas, anacrônicas e conduzem a injustiça e a impunidade, aqueles que
as elaboram (o legislador e o constituinte) que cuidem de revogá-las.

“É melhor absorver um culpado do que condenar um inocente”(ROBERTO


LYRA)
“Condenar um possível delinqüente e condenar um possível inocente (NELSON
HUNGRIA)
“A condenação exige certeza, não basta sequer a alta probabilidade”.

Não é possível, observa FRAGOSO, fundar sentença condenatória em


prova que não conduz a certeza... Como ensina o grande mestre EBERHARDT
SCHIMDT (“Deutsches Strafprozessrecht”, 1967, p.48). constitui princípio
fundamental do processo o de que o acusado somente deve ser condenado
quando o Juízo, na forma legal, tenha estabelecido os fatos que fundamentam
Páá giná8

a sua autoria e culpabilidade, com completa certeza... Se subsiste ainda que


apenas a menor dúvida, deve o acusado ser absolvido... A condenação exige
certeza e não basta, sequer, a alta probabilidade... (“Jurisprudência
Criminal”,III, Borsoi, 1973, p. 405/406).

Não é fácil a uma pessoa responsável, condenar seu semelhante, a


propósito de bem julgar, assim leciona ROBERTO LYRA, em sua obra “Como
julgar, como defender e como acusar”, Editora Científica, RJ, PP. 12/13,
verbis:

“Nem manejar a lei como pedra ( a lei nasceu na pedra)


contundente e mortífera (lei hierática, fira, dura, objeto de
idolatria, fetichismo, culto), nem tratá-la como inimiga ou parceira.
O juiz não é condomínio e muito menos cabecel da lei. Esta não é
muro de lamentações e desabafo. A missão crítica (mais importante
é a auto-crítica) do magistrado tem por objetivo pedidos, razoes,
provas e jamais a lei que ele encarna.quem quer é a lei (lei
propriamente dita, é claro) e não o juiz. este não dispõe contra a
lei.
A aplicação da lei penal ao caso concreto, depois de contraditório
probatório, crítico e polêmico, não implica sutilezas e
transcendências. Mais do que altas indagações de direito valem
baixas indagações de fato. Juridicamente, não é preciso mais do
que extrair a síntese da tese da acusação ante a antítese da defesa
do contraditório elementar. As alternativas são inerentes a todo
litígio. As dificuldades do juiz, em matéria penal, não são
dogmáticas ou exegéticas, salvo inércia. O que preocupa e inquieta
ao magistrado de fundo e a responsabilidade de deliberar sobre o
destino de um semelhante. E isto nada tem a ver com a técnica. Há
magistrados capazes de auto-revisões espontâneas e há os que
estendem a lei do menor esforço ao campo moral ou entretêm a
frieza intima com prolações destinadas a publicidade.
O julgamento não é um ato de ciência, mas de consciência. O juiz
deve pensar e, sobretudo, sentir a causa para assegurar, propiciar,
acompanhar o futuro do condenado.
Julgando, o juiz concretizará o abstrato, objetivando o subjetivo,
socializará o individual, aprofundando-se para elevar-se,
projetando-se pelo social e, portanto, pelo humano. O juiz deve
preencher as áreas abertas para transfundir o Direito na lei e não
para fecundá-la artificialmente. Sua principal missão é reduzir os
limites do possível, as desigualdades da lei, reflexo das
desigualdades sociais”.

Para bem julgar, o magistrado precisa ter a visão cósmica da realidade


jurídica e também da realidade cultural. Não basta a informação, porque é
necessária formação. E esta, sem prejuízo daquela, exige cultura humanística e
uma visão global da humanidade”(VICENTE GRECO FILHO, in “Tutela
Constitucional da Liberdades”, Saraiva, 1989, p. 22).
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O admirável LIDIO MACHADO BANDEIRA DE MELLO, em cujas mãos o


Direito penal ganha uma beleza e uma grandeza extraordinárias, refere-se ao
fato de a ignorância da lei penal não eximir da pena, pois, do contrário, a
aplicação da penalidade, em grande numero de casos, seria impossível,
entretanto, pondera o mestre que, a rigor, para que a ignorância da lei pudesse
ser sempre repelida, impunha-se eu a lei penal fosse simples, clara, límpida, ao
alcance da compreensão de toda gente. Uma lei penal mal redigida, que exige
acurada interpretação, não pode, em sã justiça, ser obrigatória para todos os
homens.

Compete à acusação demonstrar o elemento subjetivo da culpa, que há de


ser plena e convincente, ao passo que para o Acusado basta a dúvida. É a
consagração do in dúbio pro reo ou actore non probante absolvitur réus; há
prevenção legal da inocência do Acusado. È o que o Código expressamente
consagra: “absolver-se o réu quando não existir prova suficiente para a
condenação”.

Por estas razões, e outras do convencimento de Vossa Excelência o


acusado, que foi apresentado como um criminoso compulsivo, e que segundo a
denuncia cometeu varia crimes, por isso não pode gozar dos benefícios da
suspensão condicional do processo, data venia deverá ser ABSOLVIDA
SUMARIAMENTE, do delito a ela imputada na denuncia, por falta de prova da
autoria, aplicando o principio universal in dúbio pro reo.

Como praxe:

APRESENTA O ROL DAS TESTEMUNHAS

Apresentará o Rol de testemunhas em momento oportuno, caso não seja


absolvida sumariamente.
Termos que,
pede deferimento.

Recife, 26 de setembro de 2012.

GILSON TENÓRIO DA SILVA ALMIR VASCONCELOS RAMOS


OAB-PE 26.229 OAB-PE 26.080
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