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C E R T I F I C AÇ ÃO E M C O R R I D A D E R U A

VO2PRO

© Todos os direitos reservados à: VO2PRO


Proibida reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrôni-
co, mecânico, inclusive por meio de processos xerográficos, sem permissão expressa
do autor (Lei nº 9610/98).

i
PRÓLOGO

Os programas acadêmicos devem fortalecer e assegurar que no futuro, os


profissionais de Educação Física saibam não apenas como fazer, mas porquê fazer.

NETHERY, 1993

ii
AGRADECIMENTOS

Aos treinadores VO2 Pro e ao todos os alunos que treinam com a metodologia de
treinamento de corrida.

iii
METODOLOGIA VO2PRO

A metodologia VO2PRO não é um simples treino, e sim um programa de


treinamento com objetivo de melhorar o condicionamento através da corrida, com
bases fisiológicas, mecânicas, metodológica e mercadológica para corredores de
t o d o s o s n í v e i s ( i n i c i a n t e , i n t e r m e d i á r i o , a v a n ç a d o e a t l e t a ) .


Nossa metodologia nasce com uma proposta inovadora para melhoria do
condicionamento físico, seja com objetivo para uma melhor qualidade de vida ou
para performance esportiva. Tendo como base os princípios do treinamento
desportivo aliando ao Know-how de um dois dos maiores profissionais da corrida do
B r a s i l , o P r o f . M . S c . A l e x a n d r e F . M a c h a d o .


A metodologia de treinamento VO2PRO é o resultado do conhecimento acumulado
de anos de experiência e treinamento, tornando-se uma abordagem única em
treinamento de corrida, possibilitando uma melhora do condicionamento físico de
forma rápida, eficiente e segura. Sua proposta inteligente permite uma melhora do
condicionamento de forma integrada evitando dessa forma lesões por estresse. A
metodologia VO2PRO permite além da melhora do VO2 máximo, melhora da força,
coordenação, agilidade e flexibilidade desenvolvendo em seus praticantes um corpo
s a u d á v e l e e q u i l i b r a d o e s t e t i c a m e n t e .


Com a popularização da corrida surge a necessidade de um método com bases
cientificas e explicações fisiológicas, mecânicas, psicológicas e metodológicas para a
prescrição do treinamento a fim de acabar de vez com os absurdos e os treinamentos
b a s e a d o s a o a c a s o e s i m p l e s m e n t e n o e u a c h o .


iv
Hoje a qualidade de vida e a saúde tornam-se cada vez mais o objetivo dos milhares
de praticantes de corrida. O mercado de assessorias esportivas, clubes e academias
que vem oferecendo o serviço de treinamento de corrida indoor ou outdoor que
crescem de forma acelerada deixando a competição cada vez mais acirrada pela
b u s c a d e a l u n o s / c l i e n t e s .


Ser um TREINADOR credenciado VO2PRO é fazer parte de uma equipe que vem
formando verdadeiros campeões nas ruas e na vida. Por que correr é a nossa
paixão. Seja bem vindo ao time de credenciados VO2PRO, seja bem vindo a família
VO2PRO.
Por que aqui a vitória não é por acaso.
Nossos números em Janeiro de 2014.
223 Treinadores credenciados no Brasil ;
22 Assessorias credenciadas;
28 Cidades;
11 Estados;
8.250 Corredores que treinam com o método.

USO DA MARCA VO2PRO


A VO2PRO é uma marca registrada no Brasil através do INPI (instituto nacional de
Propriedade Industrial) nosso objetivo com o registro é proteger alunos, treinadores
e empresários de imitações e práticas indevidas da marca.
Estão autorizados a utilizar nossa marca os treinadores credenciados pela
metodologia, assessorias e academias credenciadas pela metodologia.
A academia e assessoria para ser credenciada deve encaminhar um pedido formal
de credenciamento (email: vo2pro@vo2pro.com.br) e também possuir todos os
treinadores da equipe de professores credenciados pela metodologia VO2Pro. O
professor se torna automaticamente credenciado após o envio dos seus dados. Todos
os professores, academias e assessorias credenciadas estão disponíveis no site para
consulta pública.

v
Para os credenciados é permitido explorar o uso da imagem da metodologia nas
campanhas de marketing de serviço para captação de clientes, assim como usar a
logo tipo no site, camisetas, tendas, cartões de visita.
Para o uso da nossa marca nas camisetas dos professores credenciados utilizamos
um padrão para esta ação. O uso da logo na frente da camisa é obrigatório e nas
costas opcional.
Não é obrigatório o uso da marca nas camisetas dos alunos da academia e ou
assessoria, ficando de livre escolha.
No site
No site da academia e ou assessoria deverá ter um link no menu referente a
metodologia VO2PRO, junto de nosso logotipo com um texto explicativo sobre a
metodologia padrão:
Texto Para o Site:
Veja modelo no site: www.kmesportes.com.br, click na logo da metodologia.

vi
APRESENTAÇÃO DO AUTOR

Alexandre F. Machado, natural do Rio de Janeiro, é profissional de Educa-


ção Física graduado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e
com Mestrado em ciência da motricidade humana pela Universidade Castelo Branco
(UCB).
Ministra palestras, cursos e treinamentos nas áreas de periodização, treina-
mento de corrida e avaliação física em todo o Brasil.
É autor de 4 livros de treinamento de corrida. Foi docente do ensino superi-
or de 2003 a 2011 (UNESA e UNIBAN), na cadeira de treinamento esportivo, foi coor-
denador do laboratório de pesquisa em fisiologia do exercício de 2005 a 2007 (LA-
FIEX - UNESA/Petrópolis).
Consultor e preparador físico de atletas de elite no Brasil tendo conquistado
como preparador físico o Tri campeonato Brasileiro de corrida de montanha (2008,
09 e 10) e o Bi campeonato paulista de corrida de montanha (2009 e 2010).
Sócio proprietário da assessoria esportiva KM Esportes, Idealizador da meto-
dologia VO2PRO de treinamento de corrida. Um apaixonado pela corrida, um Runa-
holic assumido.
Em 2012 ganha o prêmio de profissional do ano pela Federação Internacional de
Educação Física (FIEP).

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SUMÁRIO
Capitulo 1 - PILARES Pagina 09
Geração R
Pilar Fisiológico
Pilar mecânico
Pilar metodológico

Capitulo 2 - TREINE MENOS É CORRA MAIS Pagina 29


Postura
Treinamento técnico
Educativos
Método 3A

Capitulo 3 - A MATEMÁTICA DO TREINAMENTO Pagina 40


Se é correr por correr. Então correr para que?
Periodização
Carga de treino
Tipo de treino / distribuição dos treinos
Estrutura do treino
Montando planilhas

Capitulo 4 - MODELOS DE PLANILHAS Pagina 58


5 Km - superação / evolução
10 km - superação / evolução
15 km - superação / evolução
21 km - superação / evolução
42 km - superação / evolução

Capitulo 4 - Referências bibliográfica Pagina 72

viii
C A P Í T U LO 1

PILARES

A corrida se torna o segundo esporte mais popular nas metrópoles brasileiras,


esta foi a chamada na capa de revista Isto É de março de 2009. E no interior da revis-
ta na sessão de medicina e bem estar temos uma matéria com 9 paginas falando sobre
corrida. Entre várias informações bem relevantes da matéria uma me chamou a aten-
ção, pois, segundo a reportagem a explosão ou como dizem o boom pelo esporte tem
haver com a preocupação por um estilo de vida mais saudável e também pela crescen-
te profissionalização do esporte.
Podemos afirmar que isto esta diretamente ligado as empresas que prestam
serviços de prescrição de treinamento as chamadas assessorias esportivas. Na mesma
reportagem é publicada também um pesquisa feita em 7.731 corredores de ambos os
sexos com idades entre 19 e 77 anos.
Discutindo os números constatamos que dos 7.731 corredores entrevistados
4.793 correm sem nenhum tipo de orientação profissional. E claro se formos mais a
fundo vamos observar que este número é bem maior na verdade, na minha opinião me-
nos de 10% dos praticantes de corrida hoje tem algum tipo de orientação profissional,
ou seja, estamos falando de um universo de 4 milhões de praticantes de corrida no Bra-
sil hoje aproximadamente e que menos de 400 mil correm com uma orientação de um
profissional de educação física.
Mesmo uma parte significativa dos entrevistados (2551 corredores) tendo
uma experiência de mais de 5 anos de corrida o número de lesões foi bem expressivo
nos corredores, onde observou-se que 4097 corredores já tiveram algum tipo de lesão.
E neste ponto que nossa discussão tem início. Que correr é uma condição bá-
sica do ser humano este é um fato inquestionável, agora que correr é bem diferente de
sair correndo ainda é uma informação que temos que trabalhar com um certo cuidado,

9
e neste ponto que temos que começar a conscientizar os corredores, que corrida como
esporte é diferente daquela corridinha para pegar o ônibus ou atravessar a rua.
O correr exige todo um conhecimento científico aplicado para que o aluno/a-
tleta como nós vamos chamar nosso corredor, possa ter um pleno desenvolvimento de
sua condição física para que atinja seus objetivos de forma eficiente e segura.
Em 2011 o Ibope divulga um pesquisa onde mais de seis milhões de brasileiros
praticam a corrida como forma preferida de atividade física. Para termos uma dimen-
são de como o esporte vem crescendo no mesmo ano em São Paulo foram 297 corridas
supervisionadas pela Federação Paulista de Atletismo (FPA), uma média de 5 provas
por final de semana. Foi observado também o número de mulheres que cruzaram a li-
nha de chegada. Em 2007 foram 69.070 e em 2011 foram 139.427, caracterizando um
aumento de 101% (Revista EF Confef, Dezembro de 2012).
Fazendo uma busca pela internet e também em alguns artigos, sobre o perfil do
corredor brasileiro, ou como eu gosto de chamar a geração R pude observar muitas in-
formações mas, nenhuma daquelas que eu buscava.
Com relação a artigos científicos, divulgação de comportamento do número
de participantes em provas, divididos por sexo e faixa etária. E com relação a revistas
tipo magazine eu destaquei duas, sendo elas:
• (1) A corrida dos lucros (Isto É Dinheiro 28/10/09)
Principais pontos destacados: Quatro milhões de pessoas praticam o esporte no
Brasil, segundo esporte mais praticado no brasil, Estima-se que o mercado de corrida
movimente R$ 3 Bilhões por ano e os valores tendem a crescer, Gasto médio de um
corredor por prova R$ 518, Renda familiar mensal pelos menos 60% tem salário supe-
rior a R$ 5 mil, Faixa etária 70% dos praticantes na faixa entre 35 e 59 anos, 75% têm
nível superior, 70% participam de corridas de rua há pelo menos 3 anos, 61% já partici-
param de corridas fora de SP, 15% já participaram de corridas no exterior, 81% são ho-
mens e 19% são mulheres.
• (2) Perfil de corredor de rua brasileiro (Máquina do esporte 29/07/2010).
Principais pontos destacados: 81% dos corredores são do sexo masculino, o
que demonstra um potencial de crescimento sobre o sexo feminino, pois no Brasil
51% da população é do sexo feminino. 60% dos corredores tem salário superior a R$ 5

10
mil, 75% dos corredores tem nível superior, 70% dos praticantes se encontram na fai-
xa etária de 35 a 59 anos de idade.
O segmento esportivo movimentou em 2009 mais de R$ 50 bilhões, cerca de 1,8
do PIB nacional. Na indústria do esporte a corrida representa 7% desse montante que
representa em números R$ 3,5 bilhões. Com um crescimento de 30% nos últimos qua-
tro anos e um crescimento esperado de pelo menos 10% ao ano. Em 2012 estima-se
que o mercado da corrida tenha movimentado R$ 5 bilhões.
Bom todas estas informações são muito importantes, porém ainda não me deixa-
ram satisfeito, pois, eu ainda não descobri o que leva uma corredor a percorrer KM e
mais KM dia a pós dia e o que o mantém correndo.
Este capitulo é destinado a conhecer os pilares da corrida onde dividimos em 4,
sendo eles: Geração R, bases fisiológicas, bases mecânicas e bases metodológicas.

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C A P Í T U LO 1

GERAÇÃO R

A pergunta correta seria: O que te inspira a correr ? E a partir desta pergunta eu fui
buscar respostas com os corredores, pois a necessidade de saber o que leva estas pesso-
as a correr é de vital importância para que possamos elaborar um treinamento de acor-
do com seus objetivos. Na verdade como se diz no meio da acadêmico eu fui a campo
buscar respostas para minhas hipóteses.
Foram abordados 328 corredores em duas cidades (São Paulo e Rio de Janei-
ro), por dois motivos básicos. 1º motivo, ter um número de praticantes da modalidade
bem expressivo, 2º motivo, por eu conhecer muitos corredores nestas cidades e ter
muita facilidade de acesso a eles também.
Como foi a abordagem: A princípio pensei numa coisa direta, tipo pergunta e
resposta, porém durante o piloto realizado em amigos percebi que eu não obtinha a in-
formação desejada que é aquele motivo que posso dizer que vem da alma. Então par-
tir para uma abordagem mais qualitativa e que me daria muito mais trabalho e tam-
bém me faria gastar muito mais tempo por participante, porém com a certeza de obter
aquela resposta que vem de dentro.
Tudo aconteceu através de um bate papo bem informal, e neste contexto eu
pude extrair os sentimentos e valores dos corredores e a partir deste ponto consegui
traçar o perfil de corredores e o que eles querem da corrida. Inicialmente pude classifi-
car em três perfis de corredores sendo eles: Social (diversão, bem estar), Fit (bem es-
tar, saúde) e Perfomance (desafio, perfeição).
E conseguindo captar os sentimentos que tem por trás de cada um dos pro-
pósitos dos corredores fica mais fácil entende-los e prescrever treinamentos que causa-
rão satisfação, prazer e consciência e com isso um treinamento com maior aderência.
O corredor Social (figura 1.1a) – Utiliza a corrida como um meio para diversão
e sociabilização no ambiente de trabalho ou academia. A prova que mais gosta é a de 5
km, pois pode completar com tranquilidade e curtir os momentos pré prova e pós pro-
va. No treinamento prefere os com intensidade moderada e fácil e com distância não
tão grandes, os longos preferidos são os com distâncias inferiores a 10 km e superior a
7 km. Gostam do fartlek como método para variar nos treinos. Este grupo tem um per-
fil de faixa etária menor que os outros com idades de 25 a 35 anos.

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Figura 1.1a - corredor social

O corredor Fit (figura 1.1b) – Utiliza a corrida como um meio para atingir a
boa forma, ou manutenção da mesma. Não são fieis a corrida porém, sabem que ela
pode fazer com que cheguem mais rápido ao seu objetivo principal (perda de peso).
Este corredor já pratica a corrida há pelo menos 2 ou 3 meses, sua prova preferida são
as de 10 km, por serem rápidas e bem prazerosas. São dedicados aso treinos e fieis as
planilhas, gostam de variar os locais de treinos e tipos de percursos, gostam também
experimentar alguns treinos com mais intensidade mas, sem compromisso. Os interva-
lados são uma boa opção para este grupo, porém priorizem os com recuperação ativa e
com intensidades moderadas, pois este grupo não gosta de sentir desconforto durante
e após os treinos. Este grupo tem um perfil de idades variadas e com um destaque o pu-
blico feminino vem crescendo cada vez mais. Este publico é bem critico e gosta de sa-
ber o por que faz cada tipo de treino e como este treino vai ajuda-lo a chegar no seu ob-
jetivo final.

Figura 1.1b - corredor fit

13
Figura 1.1c - corredor performance

O corredor Performance (figura 1.1c) – Este é o verdadeiro Runaholic, ou seja o


corredor viciado. Seu perfil de prova é a partir de 21 km, sendo que gostam das provas
de 10 km para controle da performance. O interessante deste perfil é que ele foi um
dia um corredor social ou fit e com o tempo e a paixão pela corrida se transformou no
corredor performance. Este consome tudo sobre corrida desde revistas, roupas a ali-
mentação. É extremamente competitivo consigo mesmo sobre os resultados, gosta de
se superar sempre e esta em uma luta constante contra as suas marcas anteriores. São
extremamente críticos com os treinamentos porém, fieis quando acham o treinador
que faz com que suas marcas sejam batidas. São extremamente resistentes a dor e a
todo o tipo de treinamento, para este tipo de corredor quanto pior melhor é o treino.
Gostam de ir além de seus limites e com isso cometem muitos excessos e com isso as
lesões.
Uma boa parte deste grupo são auto ditadas e com isso treinam sozinhos com
base em planilhas de revistas ou simplesmente ao acaso. Treinam muito volume e com
isso não conseguem melhorar suas marcas e paces médios de provas. Para conquistar
um corredor com este perfil, 1º ele deve confiar em você e depois você deve mostrar
seu Know How e por último uma experimentação dos treinos.

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C A P Í T U LO 1

BASES FISIOLÓGICAS

VO2 máximo

Em 1884, um italiano chamado Mosso observou os efeitos de se exercitar um mús-


culo em um tipo de ergômetro. Ele foi um dos primeiros fisiologistas a levantar a hipó-
tese de que a eficiência muscular era dependente de fatores do sistema circulatório.
Archibold Hill em 1921 ganhou o prêmio Nobel por seus estudos realizados
sobre o metabolismo energético, desde então vários pesquisadores têm investido mui-
to tempo em estudos sobre o consumo máximo de oxigênio ( VO2 máx.).
A mais alta captação de oxigênio que o indivíduo pode alcançar durante um
trabalho físico, respirando ar ao nível do mar é denominada de capacidade aeróbica,
potência aeróbica máxima, consumo de oxigênio máximo ou simplesmente máximo.
No pulmão ocorre da seguinte forma: 1) por difusão, o oxigênio passa para o san-
gue arterial; 2) os eritrócitos (células vermelhas) transportam-no até a membrana celu-
lar do músculo; 3) por meio desta, o oxigênio é transportado até as mitocôndrias e 4)
nestas, o oxigênio exerce sua função através das reações químicas associadas ao meta-
bolismo aeróbico.
O transporte de oxigênio do meio externo para o interior das mitocôndrias
da célula muscular contrátil requer a interação do fluxo sanguíneo e a ventilação no
metabolismo celular. Uma alta capacidade aeróbica requer a resposta integrada e de
alto nível de diversos sistemas fisiológicos. Podendo suportar níveis metabólicos de 10
a 12 vezes maiores do que os de repouso.
Quando a interação entre os sistemas não é suficiente a ponto de atender aos rá-
pidos aumentos da atividade muscular, o metabolismo anaeróbico compensa transito-
riamente essas demandas energéticas. Levando a uma acidose metabólica o que acarre-
tará em uma fadiga precoce.
A informação fornecida pela avaliação da captação máxima de oxigênio represen-
ta uma medida de (1) a maior produção de energia por processos aeróbicos e (2) a ca-

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pacidade funcional da circulação. Com isso o máx. têm recebido a atenção de vários
pesquisadores, pois tem sido aceito como parâmetro fisiológico para classificar o nível
de aptidão de um indivíduo.
O VO2 máximo é um dos mais importantes parâmetros fisiológicos, onde reflete
a interação de vários sistemas que servem de suporte ao desenvolvimento das capaci-
dades físicas (figura 1.2).

Figura 1.2

Limiar anaeróbio

Os mecanismos do metabolismo do ácido lático durante o exercício têm sido obje-


to de várias pesquisas nos últimos anos, contudo, existem ainda muitas controvérsias.
Basicamente existem duas correntes de pensamentos sobre a sua produção: a primeira
que propõem que a produção de ac.láctico está relacionada com a hipóxia tecidual, e a
segunda que aponta outros fatores que não este (DENADAI, 1995).

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O efeito inotrópico negativo que ocorre no músculo em função do aumento da
produção de ácido lático tem sido atribuído ao acúmulo intracelular de H+. (CHASE &
KUSHMERICK, 1988). Estudos mais recentes têm verificado que o acúmulo de ácido
lático, independente das variações do pH muscular e sanguíneo, pode diminuir tam-
bém a tensão que é gerada pelo músculo se contraindo in situ, em intensidades submá-
ximas (DENADAI, DENADAI & GUGLIELMO, 1996).
A influência do ácido lático sobre a performance parece não ficar restrita apenas
ao período que este metabólito é produzido e acumulado. Vários estudos mostram que
exercícios de alta intensidade, realizados durante alguns segundos ou poucos minutos,
tem sua performance diminuída quando a concentração de ac. láctico encontra-se pre-
viamente elevada (YATES, GLADDEN & CRESANTA, 1983; HOGAN & WELCH, 1984;
KARLSSON, BONDE-PETERSEN, HENRIKSSON & KUNUTTGEN, 1975; KLAUSEN,
KNUTTGEN & FORSTER, 1972).
A produção de ácido lático durante exercício submáximo ocorre em função da di-
minuição da oferta de O2 para a atividade mitocondrial. Quando ocorre a diminuição
de oferta de O2, a respiração mitocondrial é estimulada pelo aumento do ADP, do Pi e
pelo NADH mitocondrial. Estes estimulam a glicólise, que por sua vez, aumenta a for-
mação do NADH extramitocondrial (AUNOLA & RUSKO, 1988; DENADAI, 1995).
Tais modificações, combinadas com o aumento do NADH mitocondrial, resultam em
aumento ainda maior do NADH citoplasmático, o que desvia a ação da lactato-desidro-
genase (LDH) em direção à formação do ac. láctico.
Outros estudos (BROOKS, 1991) sustentam que a produção de ácido lático não
está associada à hipoxia mitocondrial. Os mesmos autores observaram que a liberação
tecidual de ácido lático é um pobre indicador de deficiência de O2, visto que a produ-
ção de ácido lático ocorre por outros motivos, e não pela queda da tensão do O2. Ocor-
re produção e liberação de ácido lático mesmo em repouso, mas durante o exercício
sua liberação aumenta exponencialmente em relação à intensidade do esforço. Para os
exercícios com intensidades de leve a moderada, a lactacidemia tende a se manter
constante até um determinado ponto, assume uma trajetória exponencial (SANTOS,
1999).

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A concentração intra-muscular e sanguínea de ácido láctico é menor em indivídu-
os treinados, quando comparados aos sedentários, para a mesma intensidade submáxi-
ma de exercício (absoluta ou relativa). Durante exercícios máximos, os indivíduos trei-
nados podem apresentar uma maior concentração de ácido lático que os sedentários
(GOMES, 1989; DENADAI, 1996).
Mesmo existindo controvérsias sobre os mecanismos que controlam sua produ-
ção, existe um consenso na literatura que a concentração de ácido lático no sangue va-
ria muito pouco em relação aos valores de repouso, quando se realiza esforços a inten-
sidade moderada entre 50 e 75 % do máximo (DENADAI, 1995). Dados na literatura
mostram que é um erro interpretar que o acúmulo de ácido lático no sangue reflete
apenas uma maior produção muscular. Sua concentração sanguínea depende do balan-
ço entre a liberação e sua remoção (BROOKS, 1991). Outros órgãos, como intestino e
fígado podem também produzir e liberar ácido lático.
Durante o exercício em humanos, aproximadamente 75% do ácido lático é remo-
vido através da oxidação e cerca de 10-15% é convertida em glicose via ciclo de Cori-Co-
ri (DENADAI, 1995). Observou-se que indivíduos treinados apresentam uma maior
velocidade de remoção de ácido lático durante a recuperação passiva em comparação
ao indivíduos destreinados (DENADAI, 1996). O aumento gradual do ácido lático san-
guíneo, que ocorre em uma determinada intensidade de trabalho submáxima, pode re-
fletir um aumento exponencial da liberação do ac. Láctico pelo músculo, ou ainda uma
diminuição da capacidade de remoção. Esta diminuição na remoção do ácido lático
pode ocorrer pela diminuição do fluxo sanguíneo para o fígado e os rins, aumento da
intensidade de trabalho e também por uma incapacidade dos músculos em extrair e
oxidar o ac. láctico na mesma taxa que é liberado (BROOKS, 1985).
Um dos maiores problemas relacionados com a determinação e utilização do limi-
ar anaeróbico é, sem dúvida, o grande número de terminologias empregado pelos pes-
quisadores para a identificação de fenômenos iguais ou semelhantes (DENADAI,
1995). Em função deste grande número de terminologias e referências utilizadas para
se determinar o limiar, pode-se dividido em duas fases: limiares que identificam o iní-
cio do acúmulo do ac. láctico no sangue e limiares que identificam a máxima fase está-
vel de ac. láctico no sangue (DENADAI, 2000).

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Para os limiares que identificam o início do acúmulo do lactato no sangue, um
dos termos propostos foi o OPLA (onset of plasma lactate accumulation) como sendo
a intensidade de exercício anterior ao aumento exponencial do lactato no sangue (FAR-
REL et alii 1979; DENADAI, 2000). Outros autores utilizam basicamente o mesmo re-
ferencial, mas definem esta intensidade do exercício como Limiar de Lactato (LL)
(IVY et alii 1980; TANAKA et alii 1984). Durante a determinação do OPLA e do LL nos
métodos anteriores, foram utilizado concentrações variáveis de lactato sanguíneo para
determinar o fenômeno, encontrando-se geralmente intensidades de exercício que cor-
respondem a uma concentração de lactato entre 1,5-3,0 mM. Diferentemente do que
se verificou, foi proposto o termo limiar aeróbico (LAer). Para sua determinação, foi
utilizada uma concentração fixa que corresponde a 2 mM de lactato no sangue (KIN-
DERMANN et alii 1979 apud DENADAI, 1995b; DENADAI, 2000).
Já para os limiares que identificam a máxima fase estável de lactato no sangue,
alguns pesquisadores têm utilizado concentrações fixas de lactato de 4mM. A escolha
desta concentração fixa se dá porque a maioria dos indivíduos apresenta, nesta intensi-
dade do exercício, um balanço entre produção e remoção do ácido lático (DENADAI,
1995). Kindermann et al. (1979) propuseram o termo limiar anaeróbico, enquanto que
Mader et alii (1976), limiar aeróbico-anaeróbico. Já Sjodin & Jacobs (1981) utilizam o
termo OBLA (onset of blood lactae accumulation); todos estes termos referentes a
uma concentração fixa de 4mM (DENADAI, 2000).
Apesar da concentração de ácido lático correspondente à máxima fase estável do
exercício (MSSLAC) seja de aproximadamente 4mM, no estudo de Stegmann et al
(1981), foi encontrada uma variação individual muito grande de 1,5-7,0 mM (DENA-
DAI, 2000).
Existe uma diminuição do ácido lático até que se atinja um valor mínimo, a par-
tir do qual começa a existir um novo aumento do ácido lático, denominado de (LAC-
min). Ele corresponde à intensidade de exercício onde ocorre um equilíbrio entre pro-
dução e remoção do ac. láctico (DENADAI, 2000). Vários autores relatam que esta in-
tensidade corresponde à velocidade de MSSLAC para a maioria dos indivíduos (DENA-
DAI, 1995).

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Entre os fatores que influenciam o metabolismo do ácido lático no exercício:
pode-se ressaltar a idade, a tipologia das fibras musculares e a disponibilidade do subs-
trato energético. Verificou-se que as crianças apresentavam uma menor concentração
de lactato sanguíneo e muscular, quando comparadas aos adultos, durante exercícios
submáximos com mesma carga relativa (ASTRAND, 1984). Tanaka & Shindo (1985
apud DENADAI, 1995) observaram uma correlação negativa entre o LAn e o grau de
maturação óssea e que meninos pré-puberes (<15 anos) tinham um LAn maior do que
indivíduos adultos (>18 anos) e semelhante aos jovens treinados de 16 anos.
Ivy et alii (1980) observaram que o percentual de fibras vermelhas correlaciona-
se com a intensidade relativa ao LL, tanto expresso de maneira relativa como absolu-
ta. Em um outro estudo (TESCH et alii 1981), observou-se que 92% da variação da ve-
locidade de corrida, equivalente ao OBLA, poderia ser explicado pelo percentual de fi-
bras vermelhas e pela densidade capilar (DENADAI, 1995).
Na figura 1.3, observa-se a relação entre VO2 máximo e limiar de lactato de for-
ma prática na corrida. O indivíduo B com um limiar maior que o indivíduo A, conse-
gue manter um padrão de velocidade média maior.

Figura 1.3

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C A P Í T U LO 1

BASES MECÂNICAS

A mecânica é uma ciência utilizada por engenheiros e matemáticos para desenvol-


verem estruturas como: prédios, carros, aviões e etc. Não se sabe bem ao certo a data
exata, mas sabemos que foi uma transição muito natural quando os pesquisadores do
movimento humano passaram a utilizar as ferramentas da mecânica para estudar o
movimento humano e assim nasceu a biomecânica, ciência que estuda o movimento
humano e os efeitos das forças exercidas sobre ele (DURWARD,BAER, ROWE, 2001).

A biomecânica pode ter dois tipos de abordagens, (1) qualitativa e (2) quantitati-
va. Na abordagem qualitativa o movimento é observado e descrito enquanto que na
abordagem quantitativa o movimento é medido através de variáveis físicas (KNUD-
SON, MORRISON, 2001)

Para corrida, as velocidades mínimas situam-se entre 7,5 Km/h e 8,5 Km/h
(MARGARIA, 1963; HARRIS, 2003). Em indivíduos não atletas, velocidades superio-
res a 8Km/h pode afetar a biomecânica da corrida o que acarretar novamente em alte-
rações no gasto energético (ARDIGO, 2003).

A MECÂNICA DA CORRIDA

A corrida é modelada biomecanicamente pelo sistema bouncing ball, diferente


da caminhada que é modelada pelo sistema rolling egg. O sistema bouncing ball é ca-
racterizado por grandes trocas de energia cinética e elástica dos músculos e tendões, já
o sistema rolling egg a troca de energia ocorre de forma mais suave (MONTEIRO,
ARAUJO, 2001).

O mecanismo elástico (bouncing ball) da corrida (figura 2), necessita de uma


ação muscular mais eficaz para manter o movimento no corpo do que o mecanismo
pendular invertido (rolling egg) da caminhada (figura 2), (CAVAGNA, 2006). Esta li-

21
77
nha de raciocínio nos permite pensar que em um dado momento o indivíduo deixa de
caminhar e passar a correr em razão do aumento da freqüência e amplitude da passa-
relação1.4).
da (figura ao meio ambiente, enquanto que na caminhada estas energias apresentam
comportamentos contrários.
Figura 1.4

Figura 3.2 Representação gráfica do modelo de segmento rígido da


caminhada (pêndulo-invertido) e de segmento complacente da corrida
Neste momento o pé não consegue permanece em contato com o solo, caracteri-
(massa-mola) e seus principais constituintes. Note que o tracejado
zando assim a fase aérea e conseqüentemente a corrida. A dificuldade de se determi-
indica a trajetória do corpo de massa m durante o contato. g é a
nar a velocidade exata da transição entre caminhada e corrida, pode ser em razão do
modelo deaceleração gravitacional,
análise, pois k écaminhada
a energia da a rigidez daémola, l0 é o comprimento
convertida no modelo dedopendulo in-
vertido e amembro
energiainferior
da corrida
e !0no modelo
é o ângulode daação de de
perna mola. Uma
apoio no alternativa
momento do seria a utili-
zação de modelos híbridos
contato com o solo.que apresentem ambos nos componentes de elasticidade e
pendular. O que implicaria em uma analise diferenciada em caminhada e corrida e
onde nós nos limitaremos em abordar aqui somente a corrida.
O somatório dos incrementos positivos de energia mecânica, também
Na corrida
conhecido existe
como uma fase
trabalho chamada
mecânico de aérea,
externo onde
é menor do não
que ocorre nenhum
a energia tipo de
metabólica
contato com o solo
despendida e uma
pelos outra fase
músculos chamada
durante de apoio ouenquanto
a caminhada, suporte, onde
que osomente
trabalhoum
pé esta em contato
mecânico comnao solo
externo (DURWARD,BAER,
corrida ROWE,
apresenta valor maior ao2001). A corrida
da energia de baixa
metabólica
velocidade é chamada de jogging e a corrida de velocidade é chamada de sprinting.
despendida pelos músculos. Este aparente paradoxo, demonstrava que a razão
entre potência mecânica gerada e a potência metabólica despendida ultrapassava a
Vamos aqui descrever a mecânica da corrida divida em duas etapas: fase aérea
eficiência
(figura máxima no
1.5), começa de momento
transformação de energia
em que uma das química
pernasem trabalho
deixa de termecânico
o contatoe,como
foi
considerado
o solo e termina como a primeira
no momento evidência
em que ela toca de quee aasfase
o solo unidades
terrestremúsculo-tendão
(figura 1.6), tam-
bémresponsáveis
conhecida como fase de apoio
pela frenagem ou suporte,
e propulsão começa
durante a fasenode
momento
apoio daque o péeram
corrida toca o
também responsáveis por absorção e re-utilização de energia elástica (CAVAGNA et
22
al., 1964) permitindo mais tarde a formulação do modelo massa-mola ou “bouncing”
da corrida (BLICKHAN, 1989; MCMAHON e CHENG, 1990, figura 3.2) e o posterior
solo. E esta fase é subdividida em duas fases, sendo elas a fase da aterrissagem (impac-
to) e a fase de decolagem (propulsão).

(figura 1.5)

(figura 1.6)

A extensão do passo tem uma tendência a atingir um platô em velocidades mais


altas (DILLMAN, 1975). Conforme a freqüência do passo aumenta, a duração do ciclo
diminui, como no período de suporte (figura 1.7).
A extensão do passo pode estar relacionada com à estatura e o sexo. A colocação
do pé para manter o equilíbrio é outro aspecto importante, a perna de suporte é aduzi-
da até que o pé seja colocado abaixo do corpo (nem sempre é colocado na linha de pro-
gressão), a distância entre os pés é conhecida como largura do pé (DURWARD; BAER;
ROWE, 2001).

23
Cerca de 80% dos corredores tem o primeiro contato com o solo com a porção la-
teral do calcanhar, entretanto alguns corredores têm uma tendência à flexão plantar
durante a aterrissagem, gerando com isso o primeiro contato com a parte frontal do pé
(apoio frontal do pé).

Fatores: músculos do panturrilha encurtados, desequilíbrio da articulação do tor-


nozelo (flexão plantar mais pronunciada antes da aterrissagem) e o aumento da veloci-
dade (mecanismo de reflexo para proteger o corpo do impacto).

(Figura 1.7)

24
C A P Í T U LO 1

BASES METODOLÓGICAS

O aumento do condicionamento físico ocorre como resultado de uma série de re-


petidas sessões de exercícios físicos. As adaptações causadas no organismo pelo exercí-
cio serão planejadas de forma detalhada e estruturada, respeitando os princípios do
treinamento desportivo (VERKHOSHNSKY, 1996).
O treinamento resume-se principalmente em exercícios que influenciam, direta-
mente ou não, a modalidade esportiva.
A metodologia do condicionamento físico tem como característica métodos dife-
renciados, onde o exercício pode ser realizado de maneira ininterrupta, método conti-
nuo ( figura 1.8 ) ou com breve intervalo de recuperação, método intervalado (figura
1.9 ).

Figura (1.8) - Métodos contínuos Figura (1.9) - Métodos intervalados

Podendo ainda sofrer variações como características constantes ou variadas, de


maneira progressiva, regressiva e ou variável (MACHADO, 2009).

Na corrida de rua temos uma particularidade, pois, os tipos de treinos sofrem in-
fluência direta com relação a distância da prova alvo (figura 1.10 ). Entre os tipos de
treinos temos: Treino longo ou longão, treino de ritmo ou tempo run, treino de estabili-
dade, intervalado que pode ter várias aplicações e treino regenerativo.

25
Figura (1.10) - Tipos de treino aplicados a corrida de rua.

TIPOS DE TREINOS

Treino de Ritmo (TRT) – Este treino tem por objetivo fazer com que a corre-
dor melhore seu Ritmo de corrida. Geralmente tem volume igual a 50% da distância
da prova alvo.

Treino de estabilidade (TE) - Este treino tem por objetivo estabilizar a condi-
ção de treinabilidade do treino anterior, no caso o TRT. Geralmente tem volume igual
a 75% da distância da prova alvo.

Treino Longo (TL) – Este treino tem por objetivo otimizar o componente car-
diorrespiratório (VO2 Max). Geralmente tem volume igual a distância da prova alvo
ou superior, podendo chegar a 50% a mais que a distância da prova alvo.

Treino intervalado (TI) – Tem por objetivo melhorar a performance da corre-


dora. Com RA otimizar a remoção de lactato e com RP, otimizar a resistência ao Lacta-
to. A distância total na sessão deverá ter até 40% da distância da prova alvo.

26
• RA – regeneração ativa (em movimento)
• RP – regeneração passiva (parado)

Duração do intervalo de regeneração:


• Longos (800 a 1000 m), tempo de recuperação de 1:1 ou 1:1 ½. Exemplo: esti-
mulo foi de 8 minutos o intervalo de recuperação entre um estimulo e outro vai du-
rar de 8 a 12 minutos.
• Médios (400 a 600 m), relação de 1:2. Exemplo: estimulo foi de 4 minutos, o
intervalo de recuperação será de 8 minutos.
• Curtos e em função de sua alta intensidade os intervalos terão uma relação de
1:3. Exemplo: estimulo for de 1 minuto, o intervalo será de 3 minutos.

MODELOS DE TREINAMENTO INTERVALADO

INTERVALADO LENTO: 10 a 30 tiros, intensidades de 60 a 80% da máxima


e com distâncias que podem variar de 200 a 1000 m. É característico do período de
preparação básica do treinamento (vias anaeróbia lática e aeróbia). Intervalo ativo de
recuperação com intensidade até 50% da FC máxima.

INTERVALADO RÁPIDO: 20 a 40 tiros, intensidades de 80 a 95% da máxi-


ma e com distâncias que podem variar de 100 a 300 m., É característico do período de
preparação especifica do treinamento (vias anaeróbia alática e lática). Intervalo ativo
de recuperação com intensidade entre 60 e 65% da FC máxima.

SPRINT: 30 a 60 tiros, intensidades de 95 a 100% da máxima e com distâncias


que podem variar de 50 a 100 m. É característico do período de preparação especifica
do treinamento (vias anaeróbia alática e lática). Intervalo ativo de recuperação de 25 a
50 m.

27
ACELERAÇÃO: 30 a 60 tiros, intensidades de 95 a 100% da máxima e com dis-
tâncias que podem variar de 25 a 50 m, é característico do período de preparação espe-
cifica do treinamento (vias anaeróbia alática). Intervalo ativo de recuperação de 50 a
100 m. *Utilizado para desenvolver a velocidade do atleta.

HOLLOW SPRINT OU DOUBLE SPRINT: sprint máximo de 50 m + cami-


nhada ou corrida de baixa velocidade de 50 m + sprint máximo de 50 m.
O volume é dependente da capacidade orgânica do corredor, ele deve manter
os estímulos até que o segundo sprint tenha um tempo menor que 80% do tempo do
primeiro sprint.
A intensidade é de 95 a 100% da máxima para o primeiro sprint, é caracterís-
tico do período de preparação especifica do treinamento (vias anaeróbia alática e láti-
ca) tem como objetivo o aumento da resistência da velocidade. O intervalo entre os es-
tímulos é ativo de 3 a 5 minutos com intensidade entre 50 e 60% da FC máxima.

28
C A P Í T U LO 2

TREINE MENOS É CORRA MAIS

Para corrida, as velocidades mínimas situam-se entre 7,5 Km/h e 8,5 Km/h
(MARGARIA, 1963; HARRIS, 2003). Em indivíduos não atletas, velocidades superio-
res a 8Km/h pode afetar a biomecânica da corrida o que acarreta novamente em altera-
ções no gasto energético (ARDIGO, 2003).

29
C A P Í T U LO 2

A POSTURA DO CORREDOR

A postura adequada é importante para uma melhor eficiência mecânica, o que


permite uma maior economia de energia para o movimento realizado;

Conforme a distância e a velocidade aumentam pequenos erros na postura


ficam mais evidentes e com isso causam maior desperdício de energia, o que pode le-
var a uma fadiga precoce. Destacamos 4 elementos importantes na postura, sendo
eles:

A amplitude da passada - Ela deve se ajustar ao tamanho do indivíduo. Pes-


soas mais altas tem uma amplitude maior que as pessoas mais baixas, quando essa re-
gra não é respeitada observa-se uma desarmonia da postura durante a corrida.

Freqüência da passada – Ela deve se ajustar diretamente com a amplitude,


pois pequenas amplitudes exigem freqüências do passada maior, o que irá causar um
apoio maior sobre os dedos dos pés, acarretando uma maior elevação dos joelhos e um
movimento dos braços mais vigoroso.

O tronco - Para uma melhor eficiência da respiração, amplitude da passada e da


freqüência da passada é necessário que o corredor mantenha a postura ereta, ou seja
tronco reto e cabeça olhando sempre para frente.
 
A tensão - A postura durante a corrida deve ser relaxada, correr sobre tensão
muscular é como se estivesse travado o que vai acarretar em diminuição da performan-
ce.

30
Fique atento aos detalhes

Pés – Procure usar totalmente os pés, do tornozelo até a região central do pé,
pois à medida que ocorre a transição do peso do corpo sobre o pé (movimento de pên-
dulo), o corredor terá uma propulsão maior na fase área da corrida.

Tornozelos – Mantenha-o relaxado, para uma transição suave do peso do cor-


po sobre o pé e também para diminuir o impacto do solo sobre as articulações, como
tornozelo, joelho e quadril.

Joelhos – Durante a passada erga-o o joelho, pois isso irá proporcionar um me-
lhor movimento de pêndulo durante a corrida e com isso maior propulsão e menor im-
pacto sobre o solo.

Braços – Os braços e as pernas devem se movimentar no mesmo ritmo, para


manter o equilíbrio dinâmico da corrida, eles devem estar soltos e relaxados, mas não
devem ultrapassar a linha medial do corpo.

Cotovelos – Os cotovelos devem estar soltos para poderem permitir um movi-


mento de pêndulo perfeito dos braços, pois os braços e as pernas devem estar no mes-
mo ritmo.

Ombros – Para um perfeito movimento de pêndulo e os braços acompanharem


o ritmo das pernas, os ombros devem estar soltos, relaxados e paralelos ao solo.

Cabeça – A cabeça é fundamental para a postura correta, mantenha o olhar


para frente em direção ao horizonte, mantendo essa postura fica mais fácil manter os
ombros, braços, joelhos e os pés atuando de maneira correta.

A má postura durante a corrida é muito comum em corredores com pouca ou ne-


nhuma consciência corporal (figura 2.1).

31
Figura - 2.1

32
C A P Í T U LO 2

EDUCATIVOS

Skipping baixo (elevação dos joelhos): Eleve os joelhos alternadamente em velo-


cidade, até formar um ângulo aproximadamente de 50 graus com o tronco.
O pé deve subir na linha da perna com a ponta do pé apontando para o solo.
Fortalece os músculos da coxa, trabalha e impulsão das pernas, melhora a
coordenação e aumenta a freqüência da passada.

Skipping alto (elevação dos joelhos): Eleve os joelhos alternadamente em


velocidade, até formar um ângulo de 90 graus com o tronco.
O pé deve subir na linha da perna com a ponta do pé apontando para o solo.
Fortalece os músculos da coxa, trabalha e impulsão das pernas, melhora a
coordenação e aumenta a freqüência da passada (figura 2.2).

Anfersen (elevação do calcanhar): Elevação do calcanhar em direção aos glúteos,


no momento em que o calcanhar tocar o glúteo o joelho deve estar apontando para o
solo (figura 2.3).

Fortalece os músculos posteriores da coxa, alonga o quadríceps e também


melhora a coordenação.

Dribling (elevação curta do joelho): É uma corrida rápida com uma ampli-
tude da passada diminuída (figura 2.4).
Uma perna semi-flexionada, com o joelho formando um ângulo de 35 graus
e a ponta do pé apontando para o solo, a outra perna estendida com o calcanhar apoia-
do no solo.
Melhora a coordenação do complexo pé-tornozelo e também melhora a cons-
ciência corporal.

33
Kick out (soldadinho): É uma corrida rápida com o joelho estendido e o movi-
mento de braços alternado ao das pernas .

Melhora a amplitude da passada, também melhora a consciência corporal e au-


menta a freqüência de movimentos sem alterações significativas na postura.

Hopserlauf: Como se fosse uma caminhada num ritmo um pouco mais rápido,
a perna estendida dá impulso à frente dando a impressão de um salto, enquanto que a
outra perna é elevada, semi flexionada a um ângulo de 90 graus, com a ponta do pé
em direção ao solo (figura 2.5).
Melhora a coordenação motora e a amplitude da passada.

Obs: Variação, Hop (figura 2.6).

Figura - 2.2 Figura - 2.3

34
Figura - 2.4 Figura - 2.5

Figura - 2.6

35
C A P Í T U LO 2

MÉTODO 3A

A aprendizagem motora e treinamento técnico são extremamente importantes duran-


te o processo ensino-aprendizagem-treinamento, já que seus objetivos são praticamen-
te os mesmo, ou seja, domínio da técnica esportiva e sua correta aplicação em qual-
quer situação .
No treinamento técnico da corrida utilizamos dos exercícios educativos para o
processo ensino-aprendizagem-treinamento da técnica da corrida. Os exercícios educa-
tivos são imprescindíveis para quem deseja melhorar sua performance na corrida (MA-
CHADO, 2011).
Eles foram desenvolvidos para atuar em cada fase da passada, otimizando a coor-
denação, equilíbrio e a postura durante a corrida, proporcionando uma melhor eficiên-
cia mecânica evitando assim uma fadiga precoce e diminuindo a incidência de lesões.
Os exercícios educativos são à base do treino de qualquer corredor e podem ser
incluídos como forma de aquecimento.
Durante o aquecimento. A intensidade do exercício deve ir aumentando gradati-
vamente, a distância pode variar de 30 a 50 metros e o tempo de treinamento técnico
deve ser entre 10 e 20 minutos.
Os exercícios educativos proporcionam inúmeros benefícios, entre eles: melhora
da consciência corporal, aumento da amplitude da passada, aumento da freqüência da
passada, maior eficiência mecânica durante a corrida, fortalecimento muscular e me-
lhora da postura.
Uma das metodologias mais utilizadas para a aprendizagem da técnica esportiva
é a metodologia parcial.
Esta metodologia é extremamente importante durante o ensino aprendizagem,
porém os exercícios quando monótonos e invariáveis apresentam uma tendência de
proporcionar uma aprendizagem do gesto de forma inflexível não permitindo varia-
ções e adaptações da técnica motora. Quanto maior a vivência motora maior a possibi-
lidade de aprendizagem.

36
Quanto mais experiências motoras tiver maior será a capacidade de combina-
ções, adaptações e variações que o indivíduo poderá utilizar.
Entretanto esta experiência não se baseia-se apenas na quantidade de movimen-
tos e sim na qualidade desses movimentos.

Rotinas de movimentos

Para um melhor desenvolvimento técnico, é possível fazer uma série de combina-


ções dos exercícios educativos, separando-os de acordo com o nível técnico do aluno e
dividindo em três rotinas diferentes: R1, aprender a correr; R2, aperfeiçoar a corrida e
R3, acelerar a corrida (figura 2.7).

Distância de 30 a 50 metros, realizando de 3 a 5 séries de 30 metros por edu-


cativo ou rotina. Realizar uma rotina por sessão, sempre variando as rotinas durante
as sessões.

Figura - 2.7

Aprender'(R1)'

Aperfeiçoar'(R2)'

Acelerar'(R3)'

37
Para saber qual rotina você irá utilizar, antes deve ser realizado o diagnóstico,
onde através de uma avaliação subjetiva (figura 2.8), será identificado o nível técnico
da corrida do nosso aluno/atleta/cliente. A partir deste momento ele terá uma rotina
específica que deverá executar nos treinos para desenvolver e ou aperfeiçoar a técnica
da corrida.

Figura - 2.8

ROTINAS INTELIGENTES DE EDUCATIVOS

ROTINA 1 (APRENDER )
[A] Skipping alto unilateral lento + Variação de velocidade no skipping alto + Va-
riação de velocidade no anfersen + Passagem do skipping alto para a corrida.
[B] Skipping alto unilateral + Variação de velocidade no anfersen + Skipping alto
unilateral e com duas repetições sucessivas + Skipping alto alternando as pernas.
[C] Variação de velocidade no dribling + Passagem progressiva do dribling para
o skipping alto + Passagem progressiva do dribling para o skipping alto e para corrida.

38
ROTINA 2 (APERFEIÇOAR)
[A] Variação de velocidade no skipping + Variação de velocidade no anfersen +
Variação de velocidade no dribling + Passagem do skipping alto para a corrida.
[B] Passagem progressiva do dribling para o skipping alto + Variação de veloci-
dade no kick out + Kick out em velocidade constante + Passagem do skipping alto
para a corrida.
[C] Hopserlauf lento unilateral + Hopserlauf alternando as pernas com paradas
entre saltos + Passagem progressiva do dribling para o skipping alto e para corrida.

ROTINA 3 (ACELERAR)
[A] Hopserlauf unilateral lento + Passagem do skipping alto para a corrida +
Hop unilateral + Corrida com joelhos alto em velocidade.
[B] Hopserlauf alternando as pernas de forma continua + Hop + Passagem do
skipping alto para a corrida + Corrida com joelhos alto em velocidade.
[C] Variação de velocidade no Hopserlauf alternando as pernas de forma conti-
nua + Passagem progressiva do skipping alto e para corrida + Hop + Corrida com joe-
lhos alto em velocidade.

39
C A P Í T U LO 3

SE É CORRER POR CORRER.


ENTÃO CORRER PARA QUE ?

A preparação física é estruturada com base em exercícios sistematizados, repre-


sentando um processo organizado pedagogicamente com o objetivo de direcionar a
evolução do atleta. O treinamento implica na existência de um plano em que se define
igualmente os objetivos do atleta e os métodos de treinamento. A estrutura e organiza-
ção do treinamento adotará o período de tempo tanto de treinamento como de compe-
tições. A planificação do treinamento tem um caráter temporal, portanto, considera
um início e um fim do processo de preparação e competições e estará determinada fun-
damentalmente pelo calendário competitivo.

Podemos observar que não basta apenas treinar, temos que planejar a forma, o
método, quando e como queremos que a nossa condição se eleve de maneira satisfató-
ria para podermos chegar ao momento máximo de nossa condição física e consegui-
mos bons resultados de forma estruturada e planejada. Isto me faz lembrar um depoi-
mento do meu atleta de corrida de montanha (José Virginio de Morais) e que foi publi-
cado em meu livro CORRIDA: teoria e pratica do treinamento, publicado em janeiro
de 2009 e dizia o seguinte:

“Começamos o trabalho já em dezembro de 2007. O Alexandre priorizou inicialmente um trabalho alto de volume
e trabalhávamos com uma única sessão diária de treinamento, o que particularmente eu achava muito bom, mas por outro
lado era diferente dos treinamentos que eu tinha realizado anteriormente o que me deixava preocupado e desconfiado de
certa forma. Por várias vezes conversamos muito, pois eu queria entender o que ele queria fazer, afinal era eu que corria.
Em nossas conversas, ele sempre enfatizou que eu necessitava adquirir uma boa base de condicionamento para poder su-
portar os estresses do período específico de treinamento, conversamos muito sobre metodologia e fisiologia aplicada ao
exercício e ele sempre falava que estava trabalhando em cima de minhas respostas fisiológicas e, a partir deste ponto, é
que ele iria elaborar o próximo bloco de estresses (planilha mensal) e com isso ia aumentando meu condicionamento e
meu ritmo a cada mês. Uma metodologia de treinamento revolucionária na minha concepção de atleta e profissional da
área. O ano de 2008 tornou-se uns dos mais expressivos para minha carreira de atleta de corrida. Neste ano, das 15 corri-
das em que participei, subi ao pódio em 13. Mas, foi no circuito de corridas de montanhas que eu me destaquei, das 7 eta-
pas disputadas, fui campeão em 4 etapas e vice campeão em 1, e me consagrei campeão brasileiro de corrida de montanhas
de 2008”. Das 36 provas disputadas entre 2008 e 2010, foram sendo 32 pódios (21 pódios - 1º lugar e 11 pódios - 2º lu-
gar).

40
C A P Í T U LO 3

PERIODIZAÇÃO

A periodização é um dos mais, senão o mais, importante conceito do planejamen-


to do treinamento. O termo origina-se da palavra período, que é uma fração do tempo
ou uma divisão em pequenas partes, mais fáceis de controlar denominadas fases.
 A periodização do treinamento desportivo pode ser vista como uma divisão orga-
nizada e planejada do treinamento anual, semestral, quadrimestral e ou trimestral dos
atletas, ou seja, obter o máximo da condição esportiva através da dinâmica das cargas
de treinamento distribuídas por períodos lógicos de treinamentos.
Estes períodos lógicos de treinamento são distribuídos em três fases: aquisição,
manutenção e perda temporal da forma esportiva, ou período preparatório, competiti-
vo e transitório. O período preparatório é relativo a aquisição da forma esportiva, o pe-
ríodo competitivo é relativo à manutenção da forma esportiva e o período transitório é
responsável pela perda temporal da forma esportiva.
A teoria de menos volume e mais intensidade não é um fato novo. Em 1882 Wal-
ter George estabeleceu vários recordes em provas de 1600 a 16.000 metros treinando
apenas em esteira e 3200 metros por dia. Em 1902 Joe Binks estabeleceu um novo re-
corde para a prova de 1600 metros treinando apenas 6 tiros de 400 metros por sessão.
Alguns pesquisadores defendem o método de mais volume sobre a intensidade e
justificam esta escolha baseados nos resultados.

• Volume semanal uma distância entre 150 e 200 km


(PORTMAN, 1986; OZOLON, 1986; SUSLOV, 1987);

• Volume semanal maior entre 200 e 250 Km


(MAKHAILOV, MINITCHENKO, 1982; KELLER, 1986).

Todos concordam que: Quanto maior o volume semanal maiores a chances de le-
sões durante o ano de competição e que o incremento de uma carga de volume alta no
treinamento não garante necessariamente um bom resultado.

41
• PLANILHA SUPERAÇÃO
Curva de carga ondulatória;
Treinos:
Fartleks (FC)*;
IT de condicionamento (FC)*;
Contínuos com intensidade moderada;
IT Longos.
* Alunos iniciantes.

• PLANILHA EVOLUÇÃO
Curva de carga escalonada e linear;
Treinos:
Contínuos (+ volume + intensidade);
IT em zona mista e zona anaeróbia.

42
C A P Í T U LO 3

CARGA DE TREINO

O aumento do condicionamento físico ocorre como resultado de uma série de re-


petidas sessões de exercícios físicos (MACHADO, 2013) . A utilização dos princípios
do treinamento desportivo durante o treinamento, permite uma adaptação mais efi-
ceinte sobre os métodos e meios de treinamento empregados no aluno ou atleta.
Não existe treinamento aplicado de forma isolada que irá melhorar a condição fí-
sica do atleta (MAGLISCHO, 2010). Entre os princípios de treinamento os dois mais
importantes para o desenvolvimento da performance são: adaptação e sobrecarga,
onde o princípio da adaptação é regido pela lei da ação e reação, para cada estimulo
(ação) sofrido pelo organismo ele terá uma reação diferente.
A partir deste ponto podemos classificar as cargas de treinamento de duas for-
mas diferentes, sob o ponto de vista da intensidade da carga, temos: ineficaz, desen-
volvimento, manutenção, recuperação e excessiva e sob o ponto de vista de efeito da
carga temos: (imediato, posterior, somatório e acumulada).

Carga ineficaz: baixa intensidade sendo insuficiente para causar uma adapta-
ção;
Carga de desenvolvimento: intensidade adequada para adaptação com uma
magnitude ótima para o corredor. Desenvolvimento continuo da condição física de for-
ma eficiente e segura.
Carga de manutenção: intensidade inferior as cargas de desenvolvimento, po-
rém permitem a estabilização da condição física.
Carga de recuperação: intensidade baixa que garante ao organismo o restabe-
lecimento das condições biológicas. Normalmente são utilizadas após períodos longos
de preparação e ou após competições.

Efeito imediato: carga com característica de alta intensidade e baixo volume


com fadiga e ou cansaço extremo logo após a execução do treino.
Efeito posterior: carga com caraterística de intensidade moderada e alto volu-
me com fadiga e cansaço moderados, mas que se perduram por mais de uma dia após
a execução do treino.

43
Efeito somatório: carga que é acumulada no final da semana de treinamento e
gera uma sobrecarga por acumulo de estresse ao longo da semana (figura 3.1).
Efeito acumulada: carga que é acumulada no final do mês de treinamento e
gera uma sobrecarga por acumulo de estresse ao longo de cada semana e sendo mais
forte no final do mês.

Figura 3.1 - Heterocronismo da recuperação.

44
C A R GA D E T R E I N O

FREQUÊNCIA CARDÍACA
A prescrição pela freqüência cardíaca (FC), representa a forma mais simples de
orientação e controle do treinamento físico (MACHADO, 2005).
Primeiro passo: determinar a FC máxima. Sendo necessário o uso de um mo-
delo matemático para sua predição.

FC Máxima = 200 - 0,5 (idade)


(Fernandez, 1998)

FC Máxima = 217 - 0,846 (idade)


(Froelicher, 1998)

Segundo passo: determinar a FC de trabalho (FCt). A FCt irá determinar possi-


bilitar que o objetivo proposto seja atingido com eficiência e segurança.
FCt = (FC Máxima - FCr) x IT + FCr

OBS: Intensidade do treino deverá ser de acordo com o objetivo da sessão (figura 3.2).

Figura 3.2 - Intensidade do treino e suas caraterísticas.

45
C A R GA D E T R E I N O

PACE

O calculo do PACE é a forma mais comum de controle da intensidade do treino


nos corredores intermediários e avançados. PACE que dizer tempo em minutos que o
corredor percorreu 1 KM. Geralmente é expresso da seguinte forma: 3.15 min/km,
onde se ler 3 minutos e 15 segundos por KM.
Para prescrever a intensidade do treino utilizando-se o PACE, devemos realizar o
cálculo descrito abaixo:

Tempo dos 5000 metros: 29 minutos 15 segundos.

1° passo: Transforme o resultado para segundos do treino ou da prova para se-


gundos. Treino teste = 5 km em 29 minutos e 15 segundos.
29 minutos e 15 segundos = 1755 segundos.

2° passo: Dividir o resultado em segundos por 5000, o resultado será a velocida-


de em metros por segundo (m/s).
5000 / 1755 = 2,85 m/s.

3° passo: Multiplicar a velocidade em metros por segundo por 3,6, para encon-
trar a velocidade em Km por hora (km/h).
2,85 x 3,6 = 10,2 km/h

4° passo: Divida o tempo em segundos pela distância em Km, o resultado será a


velocidade em segundos por Km.
1755 / 5 = 351 segundos ou 5 minutos e 51 segundos/Km
 
Logo seu ritmo de trabalho máximo é de 5 minutos 51 segundos por Km para a
distância teste. Para cada tipo de treino existe um % de carga indicado (figura 3.3).

Para saber a intensidade dos treinos a partir de um percentual desta intensidade


você deve fazer o cálculo abaixo:

46
Exemplo: qual o PACE do treino ou a velocidade para 75% do pace maáximo.

Pegue o tempo total em segundos do ritmo de trabalho máximo e multipli-


que por 100 e depois divida pela intensidade proposta (75%). O resultado é o ritmo de
trabalho para 75% do VO2 máximo.

351 - tempo total em segundos do ritmo de trabalho máximo na distância de 5


KM.
75 - intensidade correspondente que você deseja encontrar o pace de trabalho.

351 x 100 / 75 = 468 segundos

PACE (75%) = 7 min 48 seg/Km

Figura 3.3 - carga de treino x tipo de treino

47
C A R GA D E T R E I N O

VO2 MÁXIMO

O VO2 máximo é um dos mais importantes parâmetros fisiológicos, onde reflete


a interação de vários sistemas que servem de suporte ao desenvolvimento das capaci-
dades físicas.
Um dos pontos mais difíceis na prescrição a partir do VO2 Máximo é justamente
encontrar a intensidade do treino, para que o corredor possa ter a dose correta de in-
tensidade em cada sessão.

Vejamos como calcular a velocidade da corrida a partir do VO2 Máximo.

Exemplo: um corredor cujo o VO2 Max = 60ml.kg-1.min-1

Deseja treinar a uma intensidade de 70% deste VO2 Max.

1º Passo: Calcular o VO2 Max correspondente a 70% do Máximo.


VO2 treino = [intensidade x (VO2 max - VO2 basal)] + VO2 basal
VO2 basal = 3,5 ml.kg-1.min-1.
VO2 max = medido = 60
Intensidade = decimal 70% = 0,7
VO2 treino a 70% = 43 ml.kg.min-1

2º passo: Calcular a velocidade correspondente a0s 70% do VO2 max.


VO2 treino = 43 ml.kg-1.min-1
Velocidade do treino para VO2 treino (VVO2t)
VVO2t (km/h) = (VO2 t – 3,5) / 3,4
VVO2t (km/h) = (43 – 3,5) / 3,4
VVO2t (km/h) = 11,6 km/h

48
C A P Í T U LO 3

TIPOS DE TREINO

Treino Longo
Característica: Intensidade baixa à moderada e volume alto, o volume deste tipo
de treino nas planilhas superação, inicia-se com uma distância até 20% menor que a
prova alvo e a cada duas semanas tem uma progressão de 10% da distância da prova
ou a partir de 2 km.
Para planilhas evolução o volume do treino longo pode variar de 20 a 50% a mais
que a distância da prova alvo, podendo ser em caráter progresso ou fixo.

Uma outra característica deste tipo de treino são os longos combinados, que são
treinos com alto volume e pace diferenciado ao longo do treino.

Volume de trabalho: até 50% maior que o volume de trabalho atual.


Intensidade de trabalho: de 70 a 80% da carga pace.

Treino de Ritmo
Características: Intensidade alta e volume baixo à moderado, este treinamento
desenvolve a capacidade de correr mais rápido, ou seja a máxima velocidade que o atle-
ta pode correr, por um tempo máximo com maior eficiência mecânica e metabólica.

Volume de trabalho: 50% menor que a distância da prova alvo.


Intensidade do trabalho: máxima.

Treino de Estabilidade
Características: Intensidade de moderada à alta e volume moderado, este tipo de
treinamento permite que o corredor desenvolva o ritmo para o dia de prova.
Volume de trabalho: 30% menor que o volume de trabalho total atual.
Intensidade de trabalho: de 85 a 90% da carga pace.

49
Treino Intervalado
Características: Intensidade e volume podem ser variados de acordo com o objeti-
vo do treino. Intensidade alta e volume baixo ou intensidade baixa à moderada com vo-
lume alto, são as variações usadas.

O tipo de recuperação pode ser ativa (em movimento) ou passiva (parada), sen-
do que a recuperação ativa otimiza a remoção do ácido láctico e a passiva desenvolve a
resistência ao ácido láctico.

Volume de trabalho: 100, 200, 400, 800 e 1000 metros, sendo que o número de
estímulos e o intervalo e o tipo de recuperação vai variar em função do período de trei-
namento que o atleta se encontra e da prova alvo. Recomenda-se que o volume total
de estímulos da sessão de treino não deva ultrapassar 40% da distância da prova alvo.
Intensidade de trabalho: de 70% a 100% da carga pace.

Treino Regenerativo
Característica: Intensidade baixa e volume de moderado a baixo, geralmente vem
depois de um dia de treino forte, seja de alto volume ou alta intensidade, mas também
pode vim antes. Neste dia a carga de treinamento é baixa, mas não significa que deva
ser desprezada.

Volume de trabalho: 50% menor que a distância da prova alvo.


Intensidade de trabalho: 70 % da carga pace.

50
TIPOS DE TREINO

DISTRIBUIÇÃO DOS TREINOS

Cada tipo de treino tem um impacto fisiológico diferente e a sua perfeita distribui-
ção ao longo do macrociclo é um dos segredos para o sucesso do treinamento. Variá-
veis como prova, local, tipo de planilha e nível do condicionamento do corredor são de-
terminantes na distribuição do tipos de treinos.

A VO2PRO adota uma estrutura lógica de impacto fisiológico, com a finalidade


de fazer nossos corredores correrem mais longe e mais rápido. Nossa proposta de dis-
tribuição é baseada em que a intensidade dos treinos na semana devem ser sempre
ajustadas de forma que possamos explorar a máxima capacidade de adaptação do nos-
so corredor.

Dessa forma a intensidade dos nossos treinos são todos em função do treino de
ritmo que chamamos de carga reguladora. E por isso o primeiro treino da semana será
sempre o treino de ritmo, salvo raras exceções (figura 3.4).

Figura 3.4 - tomada de decisão para distribuição dos treinos.

51
C A P Í T U LO 3

ESTRUTURA DO TREINAMENTO

Com os avanços na ciências e tecnologia não há mais espaço no treinamento para a


utilização de um só método, métodos ultrapassados desenvolvidos a partir da improvisa-
ção sem bases cientificas. Somente um treinamento estruturado em bases cientificas e
aplicado de forma adequada pode trazer uma performance de forma rápida, eficiente e se-
gura para o corredor (MACHADO, 2011).
Nós da METODOLOGIA VO2PRO, dividimos em duas grandes estruturas, sendo
elas: Macrociclo e Microciclo. O Macrociclo divide o treinamento ao longo dos meses e o
impacto fisiológico de cada uma dos meses de treino, onde pode ser: Mês de mais intensi-
dade (específico), mais volume (base) ou misto de caráter em bloco ou misto de caráter on-
dulatório (figura 3.5), onde as curvas de carga podem ser: ondulatória, escalonada ou line-
ar (figura 3.6).

Figura 3.5 - Tipos de macrociclo.

O Microciclo, que é chamado de menor unidade funcional de treinamento, impõe


um carga ao organismo com objetivo de gerar, desenvolvimento, manutenção ou regenera-
ção da condição orgânica.

52
Figura 3.6 - curvas de carga: ondulatória, escalonada e linear.

Dentro de cada Microciclo temos as unidades de treinamento que em cada unida-


de de treinamento podemos ter uma ou mais sessões de treino.
Nós adotamos um padrão de sessão de treinamento composto por três elementos
básicos, sendo eles: Preparo muscular, treinamento específico e regeneração.

PREPARO MUSCULAR

Muito confundido com o aquecimento, porém ele vai além do simples aquecimen-
to, desenvolvendo também o treinamento técnico e complementar. Portanto no prepa-
ro muscular temos quatro etapas bem definidas: (1) aquecimento geral, (2) aquecimen-
to específico, (3) treinamento técnico e (4) treinamento complementar.

O aquecimento geral é um elemento obrigatório no treinamento e nas competi-


ções, sua principal função é proporcionar um aumento da temperatura corporal inter-
na, o que permite um aumento da eficiência motora em função de uma melhor ação da
coordenação intra-muscular e inter-muscular, diminuição do resistência vascular peri-
férica (RVP) e aumento do metabolismo do tecido (PLATONOV, 2008).
Com o aumento da temperatura corporal interna a viscosidade do músculo e do
tecido conjuntivo diminuem e ocorre um aumento da elasticidade, com isso permite
diminuir as lesões nos músculos, tendões e ligamentos.

53
O aumento de apenas 1º grau na temperatura do músculo proporciona um au-
mento da potência da contração muscular em 4%.
A eficiência do aquecimento depende do tipo de atividade realizada, do estado
funcional do aluno ou atleta e do nível de condicionamento (MACHADO, 2009).
Para o aquecimento geral, utilizamos de uma rotina de movimentos voltados a
quebrar o estado de repouso e ao mesmo tempo preparar de forma eficiente as estrutu-
ras do aparelho locomotor ativo e passivo para o treinamento de corrida.

O aquecimento específico – Para as corrida de rua a parte especifica do pre-


paro é basicamente uma alternância entre a intensidade dos exercícios e alguns tipos
de educativos (MACHADO, 2010). É necessário a realização de alguns tiros de curta
distância com intensidade próxima a máxima para uma otimização do sistema neuro-
muscular (ASTRAND, RODAHL, DAHL, STROME, 2006; MACHADO, 2011).

Exemplo: aquecimento geral + específico


Escorpião DD e DV -
Caminhar com as mãos -
Avião -
Avanço com flexão do tronco - com rotação do tronco - com elevação dos braços -
Frankstein - Flexão e extensão do quadril -
Saltos com movimentos de tronco e MMSS -
Corrida estacionária com deslocamentos (antero-posterior - 10 metros) .

O Treinamento técnico é o desenvolvimento da técnica da corrida, nós utiliza-


mos as rotinas inteligentes de educativos (3A).

O Treinamento complementar é o desenvolvimento da força com caracterís-


tica de resistência e ou potência para otimizar a performance do corredor. Sempre
com exercícios de caracter dinâmico e livres.

54
 
TREINAMENTO ESPECÍFICO

O próprio nome já falar por si. Aqui onde nosso corredor irá por em prática a cor-
rida com distância (volume) e velocidade (intensidade) determinados pelo método de
controle de carga e distribuição dos tipos de treino.

REGENERAÇÃO

A regeneração como chamamos, também é conhecida como volta à calma. Tem


como objetivo o inverso do preparo, isto é, fazer com que organismo vá de maneira gra-
dativa voltando ao metabolismo de repouso (MACHADO, 2011).
O corredor vai aos poucos diminuindo a intensidade da corrida até chegar a uma
velocidade em que possa caminhar, com isso a velocidade da caminhada vai diminuin-
do até que pare. Após a desaceleração um série de alongamentos seguidos do relxa-
mento, como no exemplo abaixo.

Exemplo: 5 minutos
Alongamento ativo geral (10 a 12 movimentos);
Alongamento passivo grupo muscular especifico*;
Relaxamento.

55
C A P Í T U LO 3

MONTANDO PLANILHAS

Talvez seja o ponto de maior discussão em nossa metodologia, pois, adotamos uma for-
ma prática e eficaz de montar treinos eficientes e seguros para nossos aluno e ou alu-
nos.
Montamos um passo a passo para facilitar o processo de elaboração das plani-
lhas bem simples com 6 etapas, sendo elas: (1) Mapa do treinamento (figura 3.7), aqui
é onde realizamos o fase de diagnóstico, escolhemos a variável de carga, tipo de plani-
lha, curva de carga e tipos de treino que iremos desenvolver neste período de treina-
mento; (2) defina a estratégia, nesta etapa traçamos como será o desenvolvimento do
condicionamento do nosso corredor mês a mês; (3) monte o esqueleto da planilha (fi-
gura 3.8), aqui vamos fazer o desenho das semanas dentro do mês, é o famoso microci-
clo de treinamento alocado no mesociclo; (4) Distribuição dos treinos, aqui determina-
mos os tipos de treino em cada sessão de treino mês a mês de acordo com a estratégia
planejada; (5) Distribuição dos volumes, nesta fase determinamos os volumes para
cada sessão que são dependentes das variáveis: tipo de planilha e tipo de treino; (6)
nesta etapa e última (figura 3.9), calculamos a intensidade que pode ser frequência car-
díaca para os iniciantes e pace para os intermediários e avançados.

figura 3.7 - modelo de mapa de treino.

56
figura 3.8 - modelo esqueleto de planilha.

figura 3.9 - modelo de planilha para montagem dos treinos.

57
4

MODELOS DE PLANILHAS
Não vamos aqui apresentar modelos definitivos de planilhas para as provas apre-
sentadas, mas sim a partir destes modelos fazer com que nossos treinos possam ter
um direcionamento estratégico de acordo com os objetivos dos nossos alunos/corredo-
res. Nosso objetivo é ilustrar as diversas possibilidades de periodização para as provas
de 5 a 42 km.

58
O mais importante em qualquer prova é que você possa curti-lá e não sofrer du-
rante a mesma. Algumas pessoas pensam somente em cruzar a linha de chegada e vou
mais além, pois, penso também no durante a prova e o pós prova. Para mim é muito
importante como treinador e corredor que e meus alunos possam correr com seguran-
ça durante a prova, que possam curtir cada KM de prova e saborear a sensação de su-
peração ao cruzar a linha de chegada, não esquecendo de que o pós prova deve ser sem
traumas, ou dores que te deixem impossibilitado de exercer suas funções no dia se-
guinte.
Em outras palavras, não basta sobreviver a uma prova e sim correr, com seguran-
ça e estratégia para desfrutar de todos os benefícios da corrida.

Alguns dizem que periodizar o treinamento é uma arte, eu particurlarmente prefi-


ro dizer que é uma ciência muita complexa e que exige uma sinergia entre corredor e
treinador, pois, o segredo do sucesso da periodização é justamente o feedback do trei-
no ao treinador para a carga seja reajustada.

Com nossos alunos corredores a problemática tão complexa quanto a de um atle-


ta de alto rendimento, pois, temos que associar a vida social e profissional com a per-
formance. Lembrando sempre que seja para o alto rendimento ou no treinamento foca-
do na qualidade de vida e saúde, podem aparecer alguns problemas e o treinador as-
sim como o corredor devem saber o que cada sintoma pode estar indicando.

Abaixo os problemas mais comuns e as possíveis soluções para cada um deles:


Problema -1: Pouco tempo de treino de base.
Sintoma: Não consegue aumentar o volume do treinamento.
Possivel solução: Priorizar os longos por pelos menos durante um mês mais trei-
namento de força com complemento.

Problema -2: Pouco treino de ritmo


Sintoma: Não consegue aumentar o ritmo de treino ou a velocidade média dos
treinos.
Possivel solução: Priorizar treinos de ritmo na semana e ou incluir treinos inter-
valados com recuperação ativa.

59
Problema -3: Overtraining
Sintoma: Muito cansaço após a sessão de treino e também antes dos treinos apre-
sentar-se cansado e indisposto.
Possivel solução: Alguns dias de off e reduzir volume e intensidade dos treinos
nas próximas duas semanas.

Problema -4: Quebrar no meio do treino.


Sintoma: Começar o treino com um ritmo muito forte, FC de treino muito alta ou
pouco volume no período de base do treino.
Possivel solução: Rever todo o treinamento.

Problema -5: Lesões musculares.


Sintoma: Câimbras, dores musculares durante e após o treino e fadiga localizada
precoce.
Possivel solução: Aumentar o tempo de recuperação entre um treino e outro, re-
ver dieta com um especialista (nutricionista).

Problema -6: Lesões articulares e técnica errada de corrida.


Sintoma: Dores nas articulações durante e após o treino, tendinites e fraturas.
Possivel solução: Diminuir o treino ou suspender e reaprender a técnica de cor-
rer.

Problema -7: Corredor Desmotivado


Sintoma: Não cumpre os treinos e falta nos treinos e nas provas.
Possivel solução: Restabelecer novas metas, novas provas e novos desafios.

60
C A P Í T U LO 4

1º PROVA DE 5 KM

61
C A P Í T U LO 4

5KM + RÁPIDO

62
C A P Í T U LO 4

5 KM

63
C A P Í T U LO 4

1º 10 KM

64
C A P Í T U LO 4

10 KM + RÁPIDO

65
C A P Í T U LO 4

1º 15 KM

66
C A P Í T U LO 4

15 KM + RÁPIDO

67
C A P Í T U LO 4

1º 21 KM

68
C A P Í T U LO 4

21 KM + RÁPIDO

69
C A P Í T U LO 4

1º MARATONA

70
C A P Í T U LO 4

MARATONA + RÁPIDA

71
REFERÊNCIAS

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80
Recuperação ativa

Momento entre um estimulo e outro do treinamento onde o corredor s


fazendo exercício com uma intensidade mais baixa do que o estimulo, i
otimizar a capacidade de remoção do ácido lático.

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Recuperação passiva

Momento entre um estimulo e outro do treinamento onde o corredor s


parado, ideal para otimizar a resistência a altas concentrações de ácido

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Runaholic

Um viciado em corrida. Extremamente fiel a corrida de rua, consome tu


corrida. Desde de vestimentas a leitura.

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