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Aula Nº 4 – Obrigações do
Empresário
Objetivos da aula:
Esta aula tem como objetivo a transmissão de informações sobre as
obrigações do empresário previstas na lei. Em especial, a obrigatoriedade
de seu registro e escrituração dos livros comerciais, conhecimento
fundamental ao exercício da atividade profissional.

1. OBRIGAÇÕES DOS EMPRESÁRIOS


Os empresários estão obrigados, por lei, fundamentalmente, a três
atitudes:

1ª) inscrever-se no Registro de Empresas antes de iniciar sua atividade (art.


967 do Código Civil);

2ª) realizar balanço patrimonial e de resultado econômico anualmente


(art. 1.179 do Código Civil);
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3ª) escriturar os livros obrigatórios (art.1.179 do Código Civil).

1.1. REGISTRO DE EMPRESA


Direito Empresarial

Afirma o artigo 967 do Código Civil: “É obrigatória a inscrição do empresário


no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do
início de sua atividade”.

O Registro de Empresas é composto de órgãos que têm por finalidade


registrar os atos dos empresários, assegurando a publicidade, a
autenticação, a segurança e a validade destes, surtindo efeitos perante

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terceiros, protegendo seus interesses e o crédito na praça.

O Registro de Empresas é regulamentado pela Lei nº 8.934/94 (LRE).


O Sistema Nacional de Registro Mercantil (SINREM) é composto pelos
seguintes órgãos:

1) Departamento Nacional do Registro do Comércio (DNRC), na esfera


federal, ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior;

2) Juntas Comerciais, na esfera estadual.

Sistema Nacional de Registro Mercantil SINREM

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Direito Empresarial

Extraído do site http://www.dnrc.gov.br, acessado em 04 de maio de


2007.

O Departamento Nacional do Registro do Comércio (DNRC), de


conformidade com a Lei 8.934/94, tem como finalidade:

I - supervisionar e coordenar, no plano técnico, os órgãos incumbidos

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da execução dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e


Atividades Afins;
II - estabelecer e consolidar, com exclusividade, as normas e diretrizes
gerais do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;
III - solucionar dúvidas ocorrentes na interpretação das leis, regulamentos
e demais normas relacionadas com o registro de empresas mercantis,
baixando instruções para esse fim;
IV - prestar orientações às Juntas Comerciais, com vistas à solução de
consultas e à observância das normas legais e regulamentares do Registro
Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;
V - exercer ampla fiscalização jurídica sobre os órgãos incumbidos do
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, representando
para os devidos fins às autoridades administrativas contra abusos e
infrações das respectivas normas, e requerendo tudo o que se afigurar
necessário ao cumprimento dessas normas;
VI - estabelecer normas procedimentais de arquivamento de atos de firmas
mercantis individuais e sociedades mercantis de qualquer natureza;
VII - promover ou providenciar, supletivamente, as medidas tendentes
a suprir ou corrigir as ausências, falhas ou deficiências dos serviços de
Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;
VIII - prestar colaboração técnica e financeira às Juntas Comerciais para
a melhoria dos serviços pertinentes ao Registro Público de Empresas
Mercantis e Atividades Afins;
IX - organizar e manter atualizado o cadastro nacional das empresas
mercantis em funcionamento no País, com a cooperação das Juntas
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Comerciais;
X - instruir, examinar e encaminhar os processos e recursos a serem
decididos pelo Ministro de Estado da Indústria, do Comércio e do Turismo,
inclusive os pedidos de autorização para nacionalização ou instalação
Direito Empresarial

de filial, agência, sucursal ou estabelecimento no País, por sociedade


estrangeira, sem prejuízo da competência de outros órgãos federais;
XI - promover e efetuar estudos, reuniões e publicações sobre assuntos
pertinentes ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.

Haverá uma Junta Comercial em cada Estado, com sede na Capital,


subordinando-se, administrativamente, ao Governo do Estado e,

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tecnicamente, ao DNRC. As Juntas Comerciais poderão resolver pela


criação de Delegacias, órgãos locais do registro do comércio, nos termos
da legislação estadual respectiva.

As Juntas Comerciais têm como atribuição legal (Lei 8.934/94):

I - executar os serviços previstos no art. 32 desta Lei;


II - elaborar a tabela de preços de seus serviços, observadas as normas
legais pertinentes;
III - processar a habilitação e a nomeação dos tradutores públicos e
intérpretes comerciais;
IV - elaborar os respectivos Regimentos Internos e suas alterações,
bem como as resoluções de caráter administrativo necessárias ao fiel
cumprimento das normas legais, regulamentares e regimentais;
V - expedir carteiras de exercício profissional de pessoas legalmente
inscritas no Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins;
VI - o assentamento dos usos e práticas mercantis.
A estrutura básica das Juntas Comerciais será integrada pelos seguintes
órgãos:
I - a Presidência, como órgão diretivo e representativo;
II - O Plenário, como órgão deliberativo superior;
III - as Turmas, como órgãos deliberativos inferiores;
IV - a Secretaria-Geral, como órgão administrativo;
V - a Procuradoria, como órgão de fiscalização e de consulta jurídica.
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1.1.1 – Atos de Registro

O Registro compreende:
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I - a Matrícula e seu Cancelamento: dos leiloeiros, tradutores públicos


e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-
gerais;
II - o Arquivamento:
a) dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção
de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas;
b) dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade;

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c) dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras autorizadas a


funcionar no Brasil;
d) das declarações de microempresa;
e) de atos ou documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos
ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins ou daqueles
que possam interessar ao empresário e às empresas mercantis;
III - a autenticação dos instrumentos de escrituração das empresas
mercantis registradas e dos agentes auxiliares do comércio, na forma de
lei própria.

O Código Civil, em seu artigo 968 §1º, trata de um novo ato, denominado de
AVERBAÇÃO, que é uma espécie de arquivamento, tendo como finalidade
a anotação de uma modificação, uma nova situação da inscrição do
empresário.

1.1.2 – REGIMES DECISÓRIOS DAS JUNTAS COMERCIAIS

A Lei de Registro de Empresas prevê dois regimes de decisão das Juntas


Comerciais para os atos de registro: decisão colegiada e decisão singular.

As Juntas Comerciais são constituídas de, no mínimo, 11 e, no máximo,


23 vogais, que compõem o Plenário, sendo este dividido em Turmas
compostas por 03 membros, competentes para a decisão colegiada,
tomada por maioria de votos.
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As decisões colegiadas são tomadas no caso de arquivamentos de atos
das sociedades anônimas e consórcio de empresas, bem como de
atos relacionados às transformações, fusões, cisões e incorporações de
sociedades empresárias de qualquer espécie.
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Já as decisões singulares, tomadas pelo Presidente da Junta ou por um vogal


por ele designado, compreendem todos os outros atos de arquivamento,
matrícula e autenticação.

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1.1.3 – Empresário Irregular

O empresário que não se inscrever no Registro de Empresas e, mesmo


assim, exercer a atividade empresarial, será considerado um empresário
irregular.

As conseqüências dessa irregularidade são:

1) não poderá ser beneficiado pelo instituto da recuperação judicial, nem


poderá requerer a falência de um devedor seu;
2) não poderá ter seus livros autenticados;
3) se for requerida sua falência, essa será sempre fraudulenta;
4) os sócios da sociedade irregular responderão, solidária e ilimitadamente,
pelas obrigações da sociedade;
5) impossibilidade de inscrição no CNPJ;
6) impossibilidade de cadastro no INSS;
7) não poderão participar de licitações públicas, entre outros.

1.2 – LIVROS COMERCIAIS

Todo empresário (individual ou sociedade) é obrigado a escriturar os livros


comerciais obrigatórios.

Afirma o artigo 1.179 do Código Civil: Aula 04 - Obrigações do Empresário


Art.1.179: o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema
de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de
seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar
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anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.

Todavia, o próprio Código Civil (§2º do art.1.179 e art. 970) prevê exceções
quanto ao microempresário e empresários de pequeno porte que não são
optantes pelo SIMPLES.

Por força do novo Código Civil (art.1.180), há somente um livro obrigatório

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e comum a todos os empresários - o Diário -, ou outro instrumento hábil


a lhe substituir. Falamos que é comum a todos os empresários, pois a
obrigatoriedade de sua escrituração se estende a todos os empresários
(de qualquer espécie e tipo de atividade).

O empresário poderá adotar o sistema de fichas de lançamento,


substituindo o Livro Diário pelo Livro Balancetes Diários e Balanços,
observadas as mesmas exigências daqueles.

No Diário, serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do


documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas
as operações relativas ao exercício da empresa. Também serão lançados
o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser
assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo
empresário.

Assim, a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista


legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade.

Os Livros Obrigatórios ou fichas, antes de postos em uso, deverão ser


autenticados pela Junta Comercial, que, facultativamente, poderá também
autenticar livros não obrigatórios.

Além dos Livros Obrigatórios Comuns, a lei prevê os Livros Obrigatórios


Especiais, especiais ou específicos, porque serão obrigatórios a
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determinadas categorias de atividades empresariais. São eles: Livro de
Registro de Duplicatas, Entrada e Saída de Mercadorias, Registro de Ações
Nominativas, Transferência de Ações Nominativas, Atas de Assembléias
Gerais, Presença dos Acionistas, Atas de Reuniões do Conselho de
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Administração entre outros.

OBSERVAÇÃO: os livros que estudamos dizem respeito ao Direito


Empresarial, existindo outros livros obrigatórios em razão da Legislação
Tributária, Trabalhista ou Previdenciária.

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1.2.1 – Conseqüências da irregularidade da escrituração

A ausência de um Livro Obrigatório ou a irregularidade de sua escrituração


acarretará conseqüência tanto na esfera penal quanto na civil.
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Os livros comerciais, devidamente autenticados e escriturados, servem
como meio de prova em juízo e fora dele. Assim, as obrigações nele
contidas serão consideradas verdadeiras e exigíveis, e vice-versa. Na sua
ausência, o empresário não terá como provar qualquer alegação realizada
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contra ele, admitindo-se esta como verdadeira.

Também, a Lei de Falência considera crime falimentar deixar de elaborar,


escriturar ou autenticar os livros obrigatórios.

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Síntese
Nesta aula, fomos capazes de:

- conhecer as obrigações dos empresários;


- aprender a organização e função do Registro de Empresas;
- saber quais são os livros empresariais obrigatórios e as conseqüências da
irregularidade de sua escrituração.

Referências
BRASIL. Código Civil. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. 17. ed. São Paulo:
Saraiva, 2006.

GONÇALVES, Maria Gabriela Venturoti Perrotta Rios; GONÇALVES, Victor


Eduardo Rios. Direito Comercial – Direito de Empresa e Sociedades
Empresárias. São Paulo: Saraiva, 2006.

http://www.dnrc.gov.br/ . Acesso em: 04 de maio de 2007.

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