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Material

Sinopse

Aula 10 ­ Responsabilidade
Tributária
Noções sobre Responsabilidade Tributária

1 ­ O sujeito passivo da obrigação tributária pode
ser  um  contribuinte  ou  um  responsável.  Haverá
contribuinte  quando  o  sujeito  passivo  tiver
relação  pessoal  e  direta  com  a  situação  que
constitua  o  respectivo  fato  gerador;  caso
contrário,  o  sujeito  passivo  será  denominado
responsável.  Em  ambos  os  casos  a  sujeição
passiva depende de expressa previsão em lei.

2 ­ "Artigo 128 do CTN. Sem prejuízo do disposto
neste  capítulo,  a  lei  pode  atribuir  de  modo
expresso  a  responsabilidade  pelo  crédito
tributário  a  terceira  pessoa,  vinculada  ao  fato
gerador  da  respectiva  obrigação,  excluindo  a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo­a
a este em caráter supletivo do cumprimento total
ou parcial da referida obrigação."

Espécies de Responsabilidade

Responsabilidade por Sucessão (ou por Transferência)

3  ­  Trata­se  de  casos  em  que  a  obrigação  nasce,


tendo  por  devedor  um  contribuinte,  mas,  em
virtude de evento descrito com precisão na lei, há
a  transferência  da  sujeição  passiva  a  um
responsável.  Verifica­se,  portanto  uma
modificação subjetiva (dos sujeitos) na obrigação
já surgida.

4 ­ A título de exemplo, a cada ano verificam­se
novos  fatos  geradores  do  IPTU.  Os  sujeitos
passivos  são  os  proprietários  dos  imóveis,
objetos  da  incidência  tributária.  Todavia,  com  a
morte  do  proprietário  de  um  imóvel
determinado,  a  sujeição  é  transferida  para  o
espólio  (conjunto  de  bens  e  direitos  deixados
pelo  falecido).  Mais  à  frente,  com  a  partilha  dos
bens,  a  responsabilidade  é  novamente
transferida, desta vez para os sucessores e para o
cônjuge  meeiro,  conforme  determina  o  art.  131,
II  e  III,  do  CTN.  Perceba­se,  pelo  exemplo,  que
não  existe  tão­somente  transferência  de
responsabilidade  de  contribuinte  para
responsável,  mas  também  de  responsável  para
responsável.  O  art.  131,  II  traz  um  exemplo  do
primeiro  caso;  o  131,  III,  um  exemplo  do
segundo.  A  responsabilidade,  em  todos  estes
casos,  é  denominada  "por  sucessão"  (ou  "por
transferência"),  uma  vez  que  devido  a  evento
posterior  à  ocorrência  do  fato  gerador  a
responsabilidade  é  transferida  para  algum
sucessor.

Responsabilidade por Substituição

5  ­  Nos  casos  em  que  a  doutrina  verifica  a


responsabilidade  por  substituição,  desde  a
ocorrência  do  fato  gerador,  a  sujeição  passiva
recai  sobre  uma  pessoa  diferente  daquela  que
possui  relação  pessoal  e  direta  com  a  situação
descrita em lei como fato gerador do tributo. Em
nenhum  momento  o  dever  de  pagar  o  tributo
recai sobre a figura do contribuinte, não havendo
qualquer mudança subjetiva na obrigação.

Substituição Tributária Regressiva

6 ­ A substituição tributária para traz, regressiva
ou  antecedente  ocorre  nos  casos  em  que  as
pessoas  que  ocupam  posições  anteriores  nas
cadeias de produção e circulação são substituídas
por  aquelas  que  ocupam  as  posições  posteriores
nestas  mesmas  cadeias.  Na  substituição
tributária  regressiva  há  o  diferimento  do
pagamento,  pois  o  fisco  recebe  o  tributo  em  um
momento posterior ao fato gerador.

Substituição Tributária Progressiva

7  ­  A  substituição  tributária  para  frente,


progressiva ou subseqüente ocorre nos casos em
que  as  pessoas  que  ocupam  as  posições
posteriores das cadeias de produção e circulação
são  substituídas  por  aquelas  que  ocupam  as
posições anteriores nestas mesmas cadeias.

A  constitucionalidade  da  Sistemática  da  Substituição


Progressiva

8 ­ "Artigo 150 da Constituição Federal (...) § 7º
A  lei  poderá  atribuir  a  sujeito  passivo  de
obrigação  tributária  a  condição  de  responsável
pelo  pagamento  de  impostos  ou  contribuição,
cujo  fato  gerador  deva  ocorrer  posteriormente,
assegurada  a  imediata  e  preferencial  restituição
da  quantia  paga,  caso  não  se  realize  o  fato
gerador presumido."

A Questão da Restituição

8  ­  A  sistemática  da  substituição  tributária  para


frente  é  constitucional,  mesmo  com  relação  aos
fatos  anteriores  à  Emenda  Constitucional
03/1993.

9 ­ Não ocorrido o fato gerador presumido, nasce
o  direito  à  restituição  imediata  e  preferencial  da
quantia paga.

10  ­  É  constitucional  a  decisão  tomada  pela


maioria  dos  Estados  da  Federação  e  pelo  DF  no
sentido  de  não  restituir  nem  cobrar  diferenças
nos  casos  em  ocorrência  do  fato  gerador  com
base de cálculo diferente da presumida.

Disciplina Legal da Responsabilidade por Sucessão

11 ­ "Artigo 129 do CTN. O disposto nesta Seção
aplica­se  por  igual  aos  créditos  tributários
definitivamente  constituídos  ou  em  curso  de
constituição à data dos atos nela referidos, e aos
constituídos  posteriormente  aos  mesmos  atos,
desde  que  relativos  a  obrigações  tributárias
surgidas até a referida data."

A Responsabilidade do Adquirente de Bens Móveis

12  ­  Segundo  o  art.  130  do  CTN,  os  créditos


tributários relativos a impostos cujo fato gerador
seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de
bens  imóveis,  e  bem  assim  os  relativos  a  taxas
pela prestação de serviços referentes a tais bens,
ou a contribuições de melhoria, sub­rogam­se na
pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando
conste do título a prova de sua quitação.

13  ­  O  Código  Tributário  Nacional  estipula  duas


exceções  expressas  para  a  regra  ora  estudada.
Assim, não ocorre a sub­rogação pessoal prevista
no art. 130, nos seguintes casos:
a) Quando conste do título de transferência
de  propriedade  a  prova  da  quitação  dos
tributos (parte final do caput do art. 130 do
CTN);

b)  No  caso  de  arrematação  em  hasta


pública, quando a sub­rogação ocorre sobre
o respectivo preço (CTN, art. 130, parágrafo
único).

A  Responsabilidade  do  Adquirente  ou  Remitente  de


Bens Móveis

14 ­ A regra relativa à aquisição de bens móveis é
basicamente  a  mesma  aplicada  à  aquisição  de
imóveis,  de  forma  que  a  única  diferença  que
merece  nota  é  a  inaplicabilidade  das  exceções
estudadas.  O  fundamento  legal  para  a
transferência  de  sujeição  passiva  para  o
adquirente  de  bens  móveis  é  o  art.  131,  I  do
Código Tributário Nacional, segundo o qual "são
pessoalmente  responsáveis  o  adquirente  ou
remitente,  pelos  tributos  relativos  aos  bens
adquiridos ou remidos".

15  ­  A  remição  possibilita  que  pessoas


relacionadas  ao  devedor  (a  lei  civil  fala  em
cônjuge,  ascendente  ou  descendente)  resgatem
os  bens  que  estão  indo  ou  já  foram  a  leilão
através  do  depósito  do  preço  pelo  qual  os  bens
tenham sido alienados ou adjudicados.

A Responsabilidade na Sucessão Causa Mortis

16 ­ Com a morte, ocorre a abertura da sucessão.
Segundo  o  direito  das  sucessões,  a  transferência
do  patrimônio  do  "de  cujus"  (falecido)  ocorre
imediatamente  com  a  abertura  da  sucessão.  A
formalização  da  transferência  da
responsabilidade  para  os  sucessores,  contudo,
depende da conclusão do processo de inventário
(ou arrolamento) com a conseqüente partilha dos
bens. Durante o período de tempo iniciado com a
abertura  da  sucessão  (morte)  e  a  conclusão  do
processo  de  inventário  (partilha  dos  bens)  a
responsabilidade pelos tributos devidos pelo "de
cujus"  até  a  data  de  sua  morte  é  do  espólio.  O
espólio  é  o  conjunto  de  bens  e  direitos  deixados
pelo  "de  cujus",  atuando  no  mundo  jurídico  por
meio do inventariante.

17 ­ O CTN diz, no seu art. 131, III, que o espólio
é  pessoalmente  responsável  pelos  tributos
devidos  pelo  de  cujus  até  a  data  da  abertura  da
sucessão.  Perceba­se  que  o  CTN  acabou  por
afirmar  que  algo  que  não  é  pessoa  é
pessoalmente responsável por algo.

18  ­  Com  a  prolação  da  sentença  de  partilha  ou


adjudicação,  a  responsabilidade  por  todo  o
período passado (respeitado o prazo decadencial)
passa a ser dos sucessores a qualquer título e do
cônjuge  meeiro,  limitada  esta  responsabilidade
ao montante do quinhão do legado ou da meação
(CTN, art. 131, II).

A Responsabilidade na Sucessão Empresarial

A  Responsabilidade  na  Fusão,  Incorporação,


Transformação, Cisão e Extinção de Pessoas Jurídicas

Os Casos de Alteração de Sociedade

19  ­  O  art.  132  do  CTN  afirma  que  a  pessoa


jurídica de direito privado que resultar de fusão,
transformação  ou  incorporação  de  outra  ou  em
outra  é  responsável  pelos  tributos  devidos  até  à
data  do  ato  pelas  pessoas  jurídicas  de  direito
privado  fusionadas,  transformadas  ou
incorporadas.
20 ­ A questão relativa à sucessão tributária nos
casos de cisão é por demais controversa de forma
que,  em  provas  objetivas,  a  tendência  é  não  se
abordar  o  tema  de  maneira  detalhada.  É  apenas
necessário que o candidato saiba que o CTN não
disciplina a matéria.

Os Casos de Extinção Sociedade

21 ­ O parágrafo único do art. 132 do CTN afirma
que as regras estipuladas para os casos de fusão,
incorporação  e  transformação  aplicam­se  aos
casos de extinção de pessoas jurídicas de direito
privado,  quando  a  exploração  da  respectiva
atividade  seja  continuada  por  qualquer  sócio
remanescente,  ou  seu  espólio,  sob  a  mesma  ou
outra razão social, ou sob firma individual.

A  Responsabilidade  do  Adquirente  de  Fundo  de


Comércio ou Estabelecimento

22  ­  Dispõe  o  art.  133  do  Código  Tributário


Nacional:

"Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito
privado  que  adquirir  de  outra,  por  qualquer
título,  fundo  de  comércio  ou  estabelecimento
comercial, industrial ou profissional, e continuar
a  respectiva  exploração,  sob  a  mesma  ou  outra
razão  social  ou  sob  firma  ou  nome  individual,
responde  pelos  tributos,  relativos  ao  fundo  ou
estabelecimento adquirido, devidos até a data do
ato:

I  ­  integralmente,  se  o  alienante  cessar  a


exploração  do  comércio,  indústria  ou
atividade;

II  ­  subsidiariamente  com  o  alienante,  se


este  prosseguir  na  exploração  ou  iniciar
dentro  de  seis  meses  a  contar  da  data  da
alienação,  nova  atividade  no  mesmo  ou  em
outro  ramo  de  comércio,  indústria  ou
profissão."

23 ­ Se o alienante iniciar dentro de seis meses a
contar  da  data  da  alienação,  nova  atividade  no
mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria
ou  profissão,  ele  estará  na  mesma  situação
daquele  que  continuou  a  exploração,  de  forma
que  o  adquirente  responderá  apenas
subsidiariamente.  Completados  seis  meses,  no
dia  subseqüente  o  alienante  estará  livre  de
qualquer  responsabilidade  quantos  aos  tributos
relativos ao fundo ou estabelecimento até a data
da alienação.

24  –  A  sujeição  passiva  do  alienante  existe


independente  de  a  atividade  que  o  mesmo
continua  a  explorar,  podendo  esta  ser  em
qualquer  ramo  de  comércio,  indústria  ou
profissão.

25 ­ A responsabilidade do adquirente existe tão­
somente  no  que  concerne  aos  tributos  relativos
ao  fundo  ou  estabelecimento  adquirido  e  não,
por  óbvio,  a  todos  os  tributos  devidos  pelo
alienante.

26 ­ Dentro do espírito de possibilitar realmente
a  recuperação  de  empresa  que  passa  por
dificuldades  e  de  permitir  o  pagamento  de  um
percentual  maior  dos  débitos  da  empresa  falida,
foram  criadas  exceções  à  regra  básica,  de  forma
que  não  mais  haverá  responsabilidade  do
adquirente  no  caso  de  alienação  realizada  em
processo  de  falência  ou  de  filial  ou  unidade
produtiva  isolada,  em  processo  de  recuperação
judicial (CTN, art. 133, §1º, I e II). Não se aplica a
exceção quando, apesar da alienação ser feita em
processo  de  falência  ou  de  filial  ou  unidade
produtiva  isolada,  em  processo  de  recuperação
judicial, o adquirente for:

I  –  sócio  da  sociedade  falida  ou  em


recuperação  judicial,  ou  sociedade
controlada  pelo  devedor  falido  ou  em
recuperação judicial;

II – parente, em linha reta ou colateral até o
4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do
devedor  falido  ou  em  recuperação  judicial
ou de qualquer de seus sócios; ou

III  –  identificado  como  agente  do  falido  ou


do  devedor  em  recuperação  judicial  com  o
objetivo de fraudar a sucessão tributária.

27 ­ "Art. 133. (...)

(...)  §  3o  Em  processo  da  falência,  o  produto  da


alienação  judicial  de  empresa,  filial  ou  unidade
produtiva  isolada  permanecerá  em  conta  de
depósito  à  disposição  do  juízo  de  falência  pelo
prazo  de  1  (um)  ano,  contado  da  data  de
alienação, somente podendo ser utilizado para o
pagamento  de  créditos  extraconcursais  ou  de
créditos que preferem ao tributário."

Responsabilidade de Terceiros

Responsabilidade  de  Terceiros  Decorrentes  de  Atuação


Regular

28  ­  "Art.  134.  Nos  casos  de  impossibilidade  de


exigência  do  cumprimento  da  obrigação
principal  pelo  contribuinte,  respondem
solidariamente  com  este  nos  atos  em  que
intervierem  ou  pelas  omissões  de  que  forem
responsáveis

I  ­  os  pais,  pelos  tributos  devidos  por  seus


filhos menores;

II  ­  os  tutores  e  curadores,  pelos  tributos


devidos por seus tutelados ou curatelados;

III  ­  os  administradores  de  bens  de


terceiros, pelos tributos devidos por estes;

IV  ­  o  inventariante,  pelos  tributos  devidos


pelo espólio;

V  ­  o  síndico  e  o  comissário,  pelos  tributos


devidos  pela  massa  falida  ou  pelo
concordatário;

VI  ­  os  tabeliães,  escrivães  e  demais


serventuários  de  ofício,  pelos  tributos
devidos sobre os atos praticados por eles, ou
perante eles, em razão do seu ofício;

VII  ­  os  sócios,  no  caso  de  liquidação  de


sociedade de pessoas".

Responsabilidade  de  Terceiros  Decorrentes  de  Atuação


Irregular

29  ­  Quando  o  "terceiro"  responsável  atua  de


maneira irregular, violando lei, contrato social ou
estatuto, sua responsabilidade será pessoal e não
apenas  solidária.  Sendo  assim,  o  "terceiro"
responde  sozinho,  com  todo  o  seu  patrimônio,
ficando  afastada  qualquer  possibilidade  de
atribuição  de  sujeição  passiva  à  pessoa  que  de
outra forma estaria na condição de contribuinte.

30  ­  "Art.  135.  São  pessoalmente  responsáveis


pelos  créditos  correspondentes  a  obrigações
tributárias  resultantes  de  atos  praticados  com
excesso  de  poderes  ou  infração  de  lei,  contrato
social ou estatutos:

I ­ as pessoas referidas no artigo anterior;

II  ­  os  mandatários,  prepostos  e


empregados;

III  ­  os  diretores,  gerentes  ou


representantes  de  pessoas  jurídicas  de
direito privado."

31  ­  O  diretor  que  pratica  um  ato  de  gestão  que


não  estava  dentro  das  suas  atribuições
estatutárias,  responde  pelo  excesso  e  pelo
respectivo  tributo,  mesmo  que  o  ato  não  tenha
conteúdo ilícito. Incide o art. 135, III do CTN. Já
se  o  diretor  pratica  um  ato  ilícito  no  conteúdo,
com  o  dolo  específico  de  prejudicar  a  empresa
que  representa,  será  responsável  pela  respectiva
penalidade  pecuniária.  Incide  o  art.  137,  III,  "c"
do CTN.

Responsabilidade por Infrações

32  ­  O  art.  136  do  Código  Tributário  Nacional


afirma que, salvo disposição de lei em contrário,
a  responsabilidade  por  infrações  da  legislação
tributária independe da intenção do agente ou do
responsável e da efetividade, natureza e extensão
dos  efeitos  do  ato.  Desta  disposição  se  extrai  a
conclusão,  tão  famosa  em  direito  tributário,  de
que  a  responsabilidade  por  infrações  tributárias
é, via de regra, objetiva.

Responsabilidade Pessoal do Agente

33  ­  A  regra  básica  sobre  responsabilidade  por


infrações  é  que  a  responsabilidade  é  pessoal  do
infrator,  pois  a  punição  deve  atingir  direta  e
exclusivamente  a  pessoa  (física  ou  jurídica)  que
agrediu o ordenamento jurídico.

34  ­  Em  direito  tributário,  a  regra  é  punir  a


própria pessoa jurídica pelos ilícitos que venha a
cometer.  Assim,  a  multa  é  aplicada  contra  a
pessoa  jurídica  e  não  contra  o  agente  (pessoa
física)  que  concretizou,  no  mundo  dos  fatos,  o
ilícito. Há casos, no entanto, que o ordenamento
jurídico  entrevê  a  necessidade  de  que  o  ato
punitivo  recaia  pessoalmente  sobre  o  agente
responsável. É nesse sentido que o art. 137 CTN
trata  das  excepcionais  hipóteses  de
responsabilidade  pessoal  do  agente.  Transcreve­
se o dispositivo:

"Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:

I  ­  quanto  às  infrações  conceituadas  por  lei


como  crimes  ou  contravenções,  salvo
quando  praticadas  no  exercício  regular  de
administração,  mandato,  função,  cargo  ou
emprego,  ou  no  cumprimento  de  ordem
expressa emitida por quem de direito;

II ­ quanto às infrações em cuja definição o
dolo específico do agente seja elementar;

III  ­  quanto  às  infrações  que  decorram


direta e exclusivamente de dolo específico:

a)  das  pessoas  referidas  no  artigo  134,


contra aquelas por quem respondem;

b)  dos  mandatários,  prepostos  ou


empregados,  contra  seus  mandantes,
preponentes ou empregadores;

c)  dos  diretores,  gerentes  ou


representantes  de  pessoas  jurídicas  de
direito privado, contra estas."

Denúncia Espontânea de Infrações

35 ­ "Art. 138. A responsabilidade é excluída pela
denúncia espontânea da infração, acompanhada,
se  for  o  caso,  do  pagamento  do  tributo  devido  e
dos  juros  de  mora,  ou  do  depósito  da
importância  arbitrada  pela  autoridade
administrativa,  quando  o  montante  do  tributo
dependa de apuração.

Parágrafo  único.  Não  se  considera  espontânea  a


denúncia  apresentada  após  o  início  de  qualquer
procedimento  administrativo  ou  medida  de
fiscalização, relacionados com a infração."

36  –  STJ  ­  "A  simples  confissão  de  dívida,


acompanhada  do  seu  pedido  de  parcelamento,
não configura denúncia espontânea".

37 ­ É também da lavra do Superior Tribunal de
Justiça  o  entendimento  de  que  o  instituto  da
denúncia espontânea de infrações não é aplicável
para  o  caso  de  descumprimento  de  obrigações
meramente  formais  (acessórias).  Assim,  se
determinado  contribuinte  não  entregou  a
declaração  de  imposto  de  renda  do  prazo  fixado
em  lei  (obrigação  acessória)  ele  será  multado,
mesmo  que  confesse  o  ilícito  e  entregue  a
declaração  antes  de  qualquer  procedimento
administrativo formalizado pela Receita Federal.

38  ­  Por  último,  destaque­se  que,  apesar  de


algumas  controvérsias  doutrinárias,  tem­se
adotado na prática e se seguido à risca em provas
para  concurso  público  o  entendimento  de  que  a
denúncia espontânea eficaz (a apresentada antes
do  procedimento  fiscal  e  acompanhada  do
pagamento) apenas exclui a aplicação das multas
punitivas (de ofício), mas não a multa moratória
(por atraso no pagamento).

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