Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
The Immanuel Kant’s “General History of nature and theory of heaven”: His Image of
Cosmos and his Clamour for a Physical Geography
ABSTRACT: In March 1755, came to public, both in Leipzig and Königsberg (under edition
of Johann Friedrich Petersen), the "General History of Nature and Theory of
Heaven"; booklet from Immanuel Kant (1724-1804), a conspicuous and
outstanding German philosopher, who showed the largest systematisation of his
named pre-critical cosmology. A few months later, most notably in the summer
semester of 1756, Kant himself begins to teach a course in physical geography.
It seems to be undeniable that there is an affluent consanguinity amongst the
rising of geographical enquiries concerning Kant and these cosmological (and
cosmogonic) meditations of 1755. These ones were devoted to achieving a
concrete representation of the universe in its entirety and, likewise, a
metaphysical fundament of nature explanation.
Keyword: cosmology, physical geography, space, nature, teleology
Rev. Tamoios, São Gonçalo (RJ), ano 08, n. 2, pags. 02-14, jul/dez. 2012
2
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
2
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
3
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
uma vez que neste período a busca é a de travers les étapes successives qui jalonnent
construção de uma filosofia científica, l‟évolution de sa pensée” (SEIDENGART,
voltada ao próprio empirismo mecânico, 1984, p. 12), tanto “[...] dans sa partie pré-
culminando em um primeiro momento para critique que dans sa partie critique [...]”
o empirismo inglês e francês. No jovem (KERSZBERG, 1984, p. 207); e o seu
filósofo Kant, esta problemática se expressa julgamento, assim acreditamos, permite-
em um racionalismo que não despreza o nos “[...] d‟éclairer non seulement la genèse
empírico, mas também critica a razão du criticisme, mais également le sens de
dentro de seu próprio racionalismo, l‟orientation ultérieure de sa philosophie
buscando assim, estabelecer os seus limites, transcendantale en quête d‟unité et
utilizando-se para isto do recurso da d‟achèvement” (SEIDENGART, 1984, p.
experiência para prescrever a objetividade 12). Esse seu corpulento vigor provém do
real dos conceitos racionais. inexaurível e úbere desejo de Kant em “[...]
O racionalismo da época aplicava a relier indissolublement la Métaphysique de
razão à realidade das coisas, com a seguinte la Nature à la physique” (SEIDENGART,
tarefa: a partir da experiência, a razão 1984, p. 12).
deveria encontrar a causa última das coisas E essa sua veleidade se debuta em
por meio do princípio dessas coisas, sua cosmologia pré-crítica, da qual os
demonstrando por si mesma a existência traçamentos basilares são apresentados
delas. (sobretudo, escrupulosa e poeticamente) em
Já a partir da década de 1760, sua “História Geral da Natureza e Teoria
genericamente marcada por reflexões que do Céu” (1755) – trabalho científico-
hostilizam a metafísica, entre elas o literário que jamais angariou (arrecadou)
nominalismo, o humanismo, o empirismo “[...] suffisamment [...] toute l‟attention
psicológico e a ciência experimental; Kant qu‟elle mérite et figure comme une grande
passa a se preocupar com os problemas que oubliée de l‟histoire” (SEIDENGART,
enfraqueciam a filosofia, desembocando 1984, p. 9).
assim em uma crítica à razão. É neste Em sua “Teoria do Céu”, Kant
contexto, que o filósofo sofrerá influência aloca em ajuizamento uma espécie de
de Hume e Newton e se colocará avaliação (especulativa e epistemológica)
categoricamente contrário ao dogmatismo referente ao estatuto (e ao abarcamento)
da razão. das leis físicas de Newton e de seu caráter
Para tanto, estaremos encentrando universal (isto é, de sua envergadura em
nossa diligência em esquadrinhar, envolver a natureza em seu conjugado).
particularmente, a cognação existente entre Portanto, direcionando sua agudeza a
a idéia de cosmos glorificada por Immanuel perscrutar os termos da significação
Kant em sua “História Geral da Natureza e metafísica da experiência (e a excogitar,
Teoria do Céu” (1755) e a gênese do curso por decorrência, sobre o enraizamento entre
de geografia física que o então Magister de a ciência física e a filosofia), Kant, nessa
Königsberg principia a instrução em 1756. sua obra de 1755, dedica-se à investigação
do limite físico das leis físicas newtonianas
A “HISTÓRIA GERAL DA NATUREZA e, por efeito, da possibilidade de
E TEORIA DO CÉU” E SUA IMAGEM generalização a todo universo da única
DE COSMOS experimentação local.
Nesse sentido, é em sua “Teoria
A problemática (ou a dúvida) do Céu” que Kant, ultrapassando as
cosmológica persiste, perdura (e se demarcações de um positivismo estreito,
reinventa) “[...] dans l‟oeuvre de Kant [...] à dispõe-se, por primeira vez, a solucionar
Rev. Tamoios, São Gonçalo (RJ), ano 08, n. 2, pags. 02-14, jul/dez. 2012
4
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
5
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
6
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
relativo (que seria uma dimensão móvel do E “[...] c‟est seulement par cette
espaço inerte/imóvel e que recai em nossos ouverture que la matière „est‟ quelque chose
sentidos devido a sua relação aos corpos) e i.e. que la matière trouve son télos dans cela
estabelece entre “[...] cet absolu et ce relatif même qui vient à l‟existence matérielle”
[...] toute la différence qui sépare les (KERSZBERG, 1984, p. 226). E desse
quantités mesurées elles-mêmes de leurs movimento de abertura da identidade para
mesures sensibles [...]” (KERSZBERG, se transformar “[...] à autre chose qu‟elle-
1984, p. 221), Kant, por sua vez, em sua même [...]” (KERSZBERG, 1984, p. 226) é
“Teoria do Céu”, efetua uma distinção que se organiza (ou que se funda) uma
entre o espaço geométrico/absoluto de diferença. E o cosmos, materializado no
ancoragem newtoniana e o espaço físico, espaço físico/concreto, é a consumação
enfim, o espaço das substâncias materiais. desse movimento da diferença rumo à
Além do mais, na “Teoria do identidade.
Céu”, Kant aparta, integralmente, o devenir Logo, o universo “[...] se présente
cósmico de qualquer variação da essência comme un amas indéfini de particules, à
ou do estatuto do espaço. Esse devenir é l‟intérieur duquel un champ local et „réel‟
“[...] rendu entièrement possible par les de forces détermine un „lieu‟ physique, en
seules conditions initiales internes. La conférant à un nombre toujours croissant de
matière originelle, une fois qu‟elle a ainsi ces particules un arrangement ordonée”
„rempli‟ le monde, „est‟ le monde, à la fois (KERSZBERG, 1984, p. 221). E as
son contenu et sa structure” partículas de matéria, cada uma delas,
(KERSZBERG, 1984, p. 225). Nesse destarte, só acham sua “[...] permanence
sucedimento, o “[...] monde matériel étant „substantielle‟ [...] lorsqu‟ella subit
livré à lui-même dès l‟instant de la création, effectivement l‟attraction gravitationnelle.
il n‟y a ni espace ni temps physiques qui C‟est alors seulement qu‟elle est un objet
soient au-dehors ou au-delà de lui” du monde organisé et, par suite, un objet
(KERSZBERG, 1984, p. 225). pour la physique” (KERSZBERG, 1984, p.
Nesse jogo metafísico, no qual o 221). E sua “[...] façonnement est un
infinito e a variedade da matéria compõem rapport dynamique à d‟autres particules qui
os sistemas do mundo, Kant define que sont dans le même état qu‟elle; de là, la
“[...] l‟espace et le temps vides, infinis et possibilité d‟une constitution systématique
éternels constituent une identité infinie” et stable” (KERSZBERG, 1984, p. 221).
(KERSZBERG, 1984, p. 226). O mundo Parece-nos razoável, diante dessas
material, este, contém “[...] une très grande panorâmicas considerações, rematar que o
diversité de plans qui servent la même fin jovem Kant, na “Teoria do Céu”, faz da
et, corrélativement, une multiplicité de gradaria conceitual de Newton a
moyens et de voies vers le même but; cette substância proeminente de um sistema
diversité et cette multiplicité doivent se mecânico do mundo. Tanto que, apoiando-
renouveler à chaque époque [...]” se nas teorias newtonianas, ele “[...] prend
(KERSZBERG, 1984, p. 226). O universo en considération ce fait que les planètes du
físico, por seu turno, não é outra coisa senão système solaire se meuvent dans un espace
a diferença infinita “[...] qui s‟ouvre sans vide – ou [...] dans un espace rempli d‟une
cesse vers l‟identité, et ceci de proche en matière hypothétique tellement ténue
proche, c‟est-à-dire selon une constitution qu‟elle ne manifeste aucun effet physique
systématique. Cette différence trouve son déterminant” (KERSZBERG, 1984, p.
télos dans l‟identité et, en retour, elle tend à 235), inclusive porque, por “[...] principe,
la matérialiser” (KERSZBERG, 1984, p. l‟espace plein freine les mouvements d‟une
226).
Rev. Tamoios, São Gonçalo (RJ), ano 08, n. 2, pags. 02-14, jul/dez. 2012
7
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
8
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
9
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
10
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
11
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
12
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
13
A “História geral da natureza e teoria do céu” de Immanuel Kant: Sua imagem de cosmos e seu clamor por uma geografia física
Antonio Carlos Vitte
Alexandre Domingues Ribas
Rev. Tamoios, São Gonçalo (RJ), ano 08, n. 2, pags. 02-14, jul/dez. 2012
14