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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DA VARA DE


FAMÍLIA DO FORO REGIONAL DE ALTO PETRÓPOLIS DA COMARCA DE
PORTO ALEGRE, RS

JUSTIFICATIVA

Processo n.

ALESSANDRO, brasileiro, divorciado, desempregado, inscrito no CPF n., portador do


RG n., residente e domiciliado em ......, Interior, Município de Porto Xavier, RS, por
intermédio de sua defensora dativa, conforme nomeação anexa, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência justificar a impossibilidade do pagamento das pensões
alimentícias devidas com fundamento nos artigos 528 e seguintes do Código de Processo
Civil e art. 5º, inciso LXVII da Constituição Federal/88, pelos fatos e fundamentos a
seguir expostos:

I – PRELIMINARMENTE
a) O requerente formula pleito de gratuidade da justiça, o que faz sob a égide do
art. 98 e seguintes da Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil), tendo em vista que
não possui condições financeiras de arcar com as despesas do processo sem prejudicar
seu sustento e de sua família, conforme demonstra os documentos anexos.

I – DOS FATOS
O Exequente, representado neste ato por sua genitora, ingressou com a presente
ação objetivando o recebimento da importância de R$ 843,30 (oitocentos e quarenta e
três reais e trinta centavos) e requerendo a prisão do executado, caso não efetue o
pagamento da dívida.
Ocorre que o executado está desempregado, ficando impossibilitado de pagar a
quantia executada em sua integralidade, a qual está totalmente fora de seus padrões
financeiros, pois realiza trabalhos eventuais para garantir seu sustento e de sua atual
companhia, com a qual possui uma filha de apenas um ano.
Sendo assim, propõe pagar os alimentos atrasados em 10 (dez) parcelas mensais
de R$ 84,33 (oitenta e quatro reais e trinta e três centavos), a partir de janeiro de 2018, a
serem depositadas em conta de titularidade da representante legal do exequente.
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II – DO DIREITO
Segundo interpretação do artigo 1.694 do Código Civil, o valor da pensão deve
ser arbitrado levando em consideração o binômio necessidade/possibilidade.
Necessidade de quem recebe os alimentos e possibilidade de quem os deve prover.
Art. 1.694, § 1º, do Código Civil: Os alimentos devem ser fixados na proporção das
necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

Desta forma, o executado está acobertado por excludente de responsabilidade,


tendo em vista que sua capacidade econômica o impossibilita de cumprir
satisfatoriamente a obrigação alimentar dos meses vencidos, sem desfalque do
necessário ao seu sustento.

Importante frisar que, a prisão do executado é medida extrema e não solucionará


o problema do débito alimentar, tendo em vista que a quantia executada jamais será
paga em sua integralidade, pois está desempregado, apenas realizando trabalhos
eventuais com parca remuneração.

O encarceramento ainda o privará do trabalho e agravará a condição financeira de


outros dependentes, quais sejam: sua filha menor de apenas um ano.

Sobre o tema, tem decidido o Egrégio Tribunal de Justiça Gaúcho:


Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS
PELO RITO DA PRISÃO. PEDIDO DE PARCELAMENTO DO DÉBITO.
Embora a lei processual civil não preveja a possibilidade de parcelamento do
débito em ação de execução de alimentos pelo rito coercitivo (fl. 528 do CPC),
deve ser considerado que a prisão é medida drástica, de forma que, antes da
intimação do devedor para pagamento do débito, sob pena de prisão,
imprescindível a manifestação prévia do juízo quanto ao parcelamento
pleiteado. DERAM PROVIMENTO. UNÂNIME (Agravo de Instrumento Nº
70075411470, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz
Felipe Brasil Santos, Julgado em 07/12/2017).

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso
de poder;
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Conforme se extrai dos incisos supramencionados, a prisão do devedor involuntário e


escusável de pensão alimentícia é considerada ilegal. Vislumbra-se, claramente no caso
em exame, que o executado está inadimplente involuntariamente com a integralidade dos
alimentos, diante das sérias privações de ordem econômica pela qual está passando.

Ressalta-se que, apesar da impossibilidade pecuniária do pagamento da pensão


alimentícia fixada, o executado sempre auxiliou seu filho com pequena ajuda financeira,
quando possuía algum dinheiro extra.
Assim, esperando a compreensão de Vossa Excelência em face da impossibilidade
absoluta do pagamento da pensão alimentícia por falta de condições financeiras, roga pela
aceitação da presente Justificativa.

III – DOS PEDIDOS – pedir que a divida seja parcelada e pedir a intimação da
requerente para ver se ela concrda
Diante do exposto, pede:

a) Que seja acolhida a presente Justificação, levando em conta a


argumentação expendida, surtindo todos os efeitos legais da
decisão, pois o executado, conforme demonstrado, não possui
condições financeiras para adimplir o montante da dívida
cobrada;
b) Que seja deferida a proposta de pagamento dos alimentos em execução na ordem de
R$ _________, divididos em ___ parcelas mensais de R$ _______, a serem pagas a partir
de outubro de 2016;
c) a total procedência dos pedidos formulados

IV – DOS REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer:
a) O recebimento e processamento da presente;
b) A concessão do benefício da justiça gratuita;
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c) A nomeação de defensor público da Comarca de Porto Alegre para defender os


interesses do executado, tendo em vista que foi atendido na comarca de porto Xavier, por
defensor dativo nomeado, pois não há atendimento de Defensoria Pública nesta comarca;
d) Por oportuno, o arbitramento de honorários à defensora dativa nomeada na
Comarca de Porto Xavier, Aline Ferreira da Silva Diel, para defender os interesses do
executado ALESSANDRO MARQUES ETCHEVERRY, nos autos do processo em
epígrafe, bem como, a expedição da competente certidão de honorários advocatícios.
e) Provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, sobretudo, prova
documental, previamente juntada à petição inicial, e outros meios que apareçam de forma
superveniente.

Termos em que pede deferimento.

Porto Xavier, 12 de dezembro de 2017.

_____________________________________
ALINE FERREIRA DA SILVA DIEL
OAB/RS 104.613
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