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INTRODUÇÃO
➥ O mar tem um papel imprescindível na Economia de Portugal, dada a sua extensa costa
marítima e ZEE (Zona Económica Exclusiva) que nos permitem, em termos genéricos:
➥ E, com o objetivo de enfrentar estes problemas, é crucial a implementação de uma boa gestão
e controlo do espaço marítimo.
GESTÃO DO ESPAÇO MARÍTIMO
“Cerca de 12% da população do planeta depende das pescas para sobreviver mas, neste momento, 30% dos
stocks mundiais de peixe já estão sobreexplorados e 57% estão perto da sua capacidade máxima” - ONU
➥ Desde sempre, o ser humano necessitou de extrair recursos, da Natureza, substanciais à sua
sobrevivência. Mas, com o decorrer dos anos evidenciamos o desenvolvimento do fenómeno sobre-
exploração dos recursos, que significa a exploração não sustentável dos recursos naturais, isto é,
apesar dos recursos parecerem abundantes e infinitos, são escassos, e se usados de forma
desmedida, acabarão por se esgotar. Neste contexto abordaremos a sobre-exploração dos recursos
marítimos - as suas causas, consequências e as soluções.
➥Perante estas adversidades surge a necessidade de gerir e fiscalizar a Zona Económica Exclusiva,
(uma das maiores da Europa) para que sejam cumpridas as normas internacionais e comunitárias
relativas à proteção dos recursos piscícolas e à sua sustentabilidade.
➥Existem ainda outras atividades que o mar permite desenvolver e potencializar além da atividade
piscatória com capacidade de criação de postos de trabalho e riqueza, visando o desenvolvimento
sustentável, sem sobre-exploração dos recursos piscícolas. Como por exemplo:
➥A poluição da água é resultado das alterações da sua qualidade, que acabam por torna-la
imprópria para o consumo e prejudicial aos organismos que nela habitam.
➥A poluição das águas marítimas ao longo do litoral português está relacionada com:
🌊 Incidentes com petroleiros, com os derrames de petróleo ou outras substâncias
acidentadas, e a lavagem de tanques que provocam as marés negras com efeitos catastróficos a
nível ambiental;
🌊 A contaminação das águas fluviais, e consequentemente das marítimas, devido ao
lançamento das águas provenientes da atividade agrícola e agropecuária carregadas de fertilizantes
e pesticidas;
🌊 A falta de infraestruturas de tratamento das águas residuais das áreas urbanas,
unidades hoteleiras, indústrias e outras atividades económicas, que são canalizadas para os rios
contaminando as águas fluviais;
🌊 As descargas, realizadas pelas indústrias nos rios, que acabam por desaguar nas áreas
costeiras, refletindo-se assim a mortalidade das espécies;
➥A poluição das águas costeiras é um problema sucessivo e denota consequências, por vezes
calamitosas, ao nível:
🌊 Da pesca, dado as restrições na apanha de pescado;
🌊 Da aquicultura, devido à contaminação das espécies em cativeiro e a perda de receita
económica;
🌊 Ambiental, com graves efeitos nos ecossistemas marinhos, como a morte de peixes e
aves;
🌊 Do turismo e dos desportos náuticos, devido à diminuição da qualidade das águas
balneares, e à destruição das áreas costeiras enquanto áreas de lazer.
➥Isto acontece, como inferido na introdução, devido à atração económica, ambiental e climática
que o mar presenteia. E como é evidente esta pressão urbanística sobre as áreas costeiras conduz a
uma progressiva degradação do litoral e a problemas ambientais graves, que colocam em risco o
património, a extinção de ecossistemas, a segurança e a perda geral de qualidade de vida das
populações. Embora a progressiva degradação do litoral e o aumento dos riscos de acidentes
estejam relacionados a fatores humanos, também existem fatores naturais que contribuem para o
problema.
➥Neste sentido, foram criados Planos de Ordenamento da Orla Costeira [POOC] que têm por base a
defesa, conservação e promoção da natureza, evitando a erosão costeira através de medidas como:
regulamentar o uso balnear, valorizando e qualificando as praias consideradas estratégicas ao nível
ambiental e turístico; a defesa e reabilitação dos sistemas dunares; ordenamento, valorização e
requalificação ambiental; a defesa costeira e identificação de áreas de risco;
➥Existem ainda outras possíveis medidas que sirvam de contorno a este risco de erosão costeira,
como por exemplo: o incentivo à construção de habitações afastadas das falésias ou ravinas através
da implementação de transportes públicos que transportem as pessoas de forma gratuita das suas
casas às praias, ou então pela simples proibição da construção dessas habitações nas ravinas ou
falésias. Há ainda que ter em atenção a sobre-exploração dos aquíferos, que pode ser resolvido,
mediante a valorização das periferias das grandes cidades litorais, implementando lá infraestruturas
de apoio e lazer.