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Relação do Direito Penal com a Criminologia

O estudo do Direito Penal pode abranger unicamente seu conteúdo normativo,


ou ainda outras áreas disciplinares correlatas aos fenômenos sociais que integram as
infrações e as penas. Sob o conteúdo normativo, valorativo e interpretativo, o Direito
Penal também é conhecido, como preferem seus estudiosos, como Dogmática Jurídico-
Penal, que nada mais é que a teoria do Direito Penal.
Já a Política Criminal dirige sua finalidade para uma exegese crítica do direito
penal vigente, estabelecendo critérios aptos a torná-lo um ideal de justiça, efetivamente
condizente com a realidade social do meio aplicável. Tem por pressupostos critérios de
oportunidade e atualidade. Precisamente, consiste naquele setor da política que guarda
relação com a forma de tratar a delinquência (refere-se ao conjunto de critérios
empregados ou a empregar no tratamento da criminalidade).
O Direito Penal é definido como uma disciplina jurídica da reação social contra
o crime. Entende como fatos juridicamente tipificados como crimes, enquanto a
criminologia entende como os pressupostos naturalísticos do crime, considerados como
fenômeno individual ou como de massa. Isso quer dizer que o Direito Penal é uma
ciência normativa, que impõe regras de conduta, eminentemente proibitivas, punindo
àqueles que as violam.
O Direito Penal, sendo uma ciência normativa, é a ciência da repressão social ao
crime, por meio de regras punitivas que ele mesmo elabora. O seu objeto, portanto, é o
crime como um ente jurídico e, como tal, passível de suas sanções. Entre o Direito penal
e a Criminologia há uma relação de necessidade, fornecendo os indicadores da
criminalidade para as ações estratégicas.
O movimento criminológico do Direito Penal teve início com os estudos do
médico italiano e professor em Turim César Lombroso, expondo suas teorias e abrindo
nova etapa na evolução das ideias penais. O Direito Penal tem por objeto o estudo das
normas penais, com enfoque sistemático, e a Criminologia possui o encargo de estudar
o delito não como fato jurídico, mas, geralmente, como fato social, visando fortalecer os
instrumentos de prevenção e repressão.
A criminologia ocupa-se de estudar também o crime e o infrator, mas não sob o
aspecto normativo interpretativo e sim sob o prisma sociológico, biológico, natural,
englobando toda a fenomenologia dos delitos e também das penas.
A Criminologia é uma ciência causal-explicativa, tem por objeto a incumbência
de não só se preocupar com o crime, mas conhecer o criminoso, montando esquemas de
combate à criminalidade.
Assim, a Criminologia não é uma ciência jurídica, mas pré-jurídica, porque
contribui não só para o aprimoramento da elaboração da norma penal, como para o
tratamento adequado do criminoso e melhor realização da justiça penal.
Tanto pelo método quanto pelo objeto o Direito Penal e a Criminologia não se
confundem, constituindo ciências autônomas.
Mas observamos que há enorme influência da Criminologia sobre o Direito
penal, no tocante dos estudos e pesquisas criminológicas, não só do ponto de vista de
encarar o ser humano, como agente do crime, no sentido de que a pena tenha finalidade
mais terapêutica e de ressocialização do que punitiva, como também do ponto de vista
da interpretação da natureza da ação ou omissão criminosa, em função e consideração
de determinadas contingências sociais, isto é, os fatores criminológicos que podem e
devem ser neutralizados, pois constituem causas da criminalidade.
É importante frisar que Criminologia e direito penal têm que atuar em conjunto
para que permita ao Estado uma política criminal que consiga, efetivamente, prevenir e
controlar a criminalidade. Atualmente, a Criminologia evoluiu para um estágio
denominado de Criminologia Crítica, que procura enxergar não somente os fenômenos
do delito, como também questionamentos sobre fatos relevantes não somente ao autor,
mas aos órgãos de controle social.
Assim, tanto a criminologia como o direito penal estudam o mesmo objeto, qual
seja, o delito. Mas divergem quanto ao método. Não obstante, junto com a Política
Criminal se completam, formando o universo das ciências penais. Colaboram ainda, em
um mesmo terreno, a Medicina Legal e a Criminalística.

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