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São Paulo:
Martins Fontes, 2015, pp. 236-323.
Assim sendo, “o ideal moderno de amizade só pôde se impor plenamente como prática
institucionalizada depois que o limiar da inibição foi vencido em todas as camadas sociais
e para ambos os sexos, em função da articulação de seus próprios objetivos de vida”. A
amizade é uma forma de relação informal, mas que não prescinde de certo grau de
institucionalização social, mesmo não possuindo uma estrutura de reprodução própria,
cujas regras também podem ser encontradas no mundo social, em um saber coletivamente
compartilhado sobre tais práticas. Seu fundamento no sentimento entre as partes é uma
forma de vínculo social sem antecedentes históricos, a partir de sensações e atitudes que
antes não poderiam existir em um cenário público:
padrões de papeis e práticas que podem ser vivenciadas por ambas as partes
como um aumento da liberdade individual, pois os próprios sentimentos, na
atenção e no reflexo benevolente da contraparte, passam por uma secularização
social: daí a associação, que a partir de então se faz corrente, entre amizade e
liberdade (p. 247).