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Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região - 1º Grau

Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região - 1º Grau

O documento a seguir foi juntado ao autos do processo de número 0000220-45.2014.5.19.0004


em 27/07/2014 20:41:43 e assinado por:
- ALBERTO ROSTAND FERNANDES LANVERLY DE MELO

Consulte este documento em:


http://pje.trt19.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
usando o código: 14072720414323500000001250197

14072720414323500000001250197
EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DA 4ª VARA DO
TRABALHO DE MACEIÓ / ALAGOAS

Processo: 220 45 2014 5 19 0004


Reclamante: Pedro Eduardo César Santos
Reclamado: Star Fest

Engenheiro Alberto Rostand Fernandes Lanverly de Melo, perito nomeado e


compromissado nos autos do processo em epígrafe, vem respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência cumprindo determinações estabelecidas nos autos do processo, apresentar
PERÍCIA TÉCNICA, constituída de 26 (vinte e seis) paginas, sendo que as primeiras 22
(vinte e duas) laudas seguintes, referem-se à anexos que complementam o presente
processo.

Outrossim, aproveita o ensejo para agradecer a essa 4ª VARA DO TRABALHO DE


MACEIÓ pela nomeação a qual foi distinguido.

Maceió, 25 de julho de 2014

Engenheiro Alberto Rostand Fernandes Lanverly de Melo


Perito Judicial

Engenheiro Alberto Rostand Lanverly – Perito Judicial 1


Avenida Governador Osman Loureiro, 49/302, Mangabeiras – Maceió – Alagoas.
082 3305 5004 / 082 9902 3604 – rostand.lanverly@gmail.com
LAUDO PERICIAL

1 – Objetivo

Avaliar as condições ambientais de trabalho, de funcionário da empresa “STAR


FEST”, realizando o reconhecimento e avaliação de situações agressivas à saúde do
obreiro, estabelecendo os agentes INSALUBRES e/ou PERICULOSOS, caso existam, da
forma prevista na legislação pertinente, e, se for o caso, se são capazes de agredir a saúde
e/ou a integridade física do trabalhador, a ponto de ensejar o que estabelece a legislação,
devendo, todo o exame, comprovar ou negar esse direito, através de fundamentos
científicos e técnico-legais.

2 – Metodologia

A metodologia utilizada na elaboração deste laudo segue o prescrito nos


diversos anexos da décima quinta Norma Regulamentadora – NR 15, também da décima
sexta Norma Regulamentadora – NR 16, e nos conceitos preconizados pela Portaria n°
3.311/89 do Ministério do Trabalho – “Instrução para Elaboração de Laudo de
Insalubridade e Periculosidade”.

3 – Técnicas de Avaliação e Equipamentos Utilizados

3.1 – As técnicas de avaliação utilizadas encontram-se fielmente retratadas:

• Nos textos dos anexos da NR 15, principalmente os que contemplam, o calor, o


ruído e a “influencia dos agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por
limite de tolerância e inspeção no local de trabalho” e a “influencia de agentes
químicos específicos” na saúde do obreiro.

• Nos textos dos anexos da NR 16

3.2 – Levantamento Fotográfico

• Captação de imagens realizadas através de equipamento fotográfico digital


marca Sony, tipo cyber-shot, 14.1 mega pixels.

4 – Diligências

Para avaliação das condições em que trabalhava o reclamante, este Perito Judicial,
dirigiu-se em dia e hora agendados anteriormente (copias dos documentos em anexo), ao
endereço estabelecido nos autos da presente reclamação trabalhista (Distrito Industrial Luiz
Cavalcante, Tabuleiro dos Martins) lá encontrando a sede da empresa reclamada na
presente causa trabalhista Star Fest., onde após as apresentações de costume, foi realizada
visita técnica naquele local, objetivando com tal incursão, colher subsídios relevantes para

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atingir o adequado encaminhamento e correta interpretação final deste laudo pericial, sem
subjetivismos e com embasamento técnico legal.
Realizou-se, inicialmente, o inquérito preliminar, item administrativo obrigatório
em qualquer perícia trabalhista, objetivando-se colher todas as informações necessárias e
esclarecimentos de ordem prática, através dos seguintes depoentes:

• Magaly Cavalcante Zacarias de Oliveira – Proprietária da empresa MC


Zacarias de Oliveira;
• Pedro Eduardo César Santos – Reclamante
• Emerson Vasconcelos de Lyra Rolim de Almeida – Gerente Industrial
• Wellington Wagner Medeiros – Engenheiro de Segurança do Trabalho
(representante da empresa Qualiseg)
• Iara Maria Moreira Romeiro – Encarregada do Departamento de Pessoal
(Star Fest)
• Clécio Cavalcante – Paradigma do Reclamante

Chegando ao endereço, acordado preliminarmente para que se realizasse a oitiva dos


representantes da reclamada, este Perito Oficial foi recepcionado pela Senhora Proprietária
da empresa que o encaminhou a sala de reunião onde se encontravam os demais
circunstantes.

Neste ambiente ocorreu a oitiva dos profissionais relatados anteriormente, os quais


não mediram esforços na tentativa de dirimir possíveis dúvidas existentes, fortalecendo a
certeza de que ao término daquela reunião, os objetivos esperados seriam amplamente
alcançados.

Após a reunião mantida, este perito, sempre em companhia dos demais participantes
do encontro, (exceto a Senhora Magaly Cavalcante Zacarias de Oliveira, que se ausentou
do recinto por motivos de ordem pessoal), este Perito Oficial, visitou não somente os postos
de trabalho onde o obreiro “Operador de Maquina Injetora de Talheres”, desenvolve suas
atividades, mas todos os ambientes existentes no prédio que acolhe a STAR FEST, tendo
inclusive a oportunidade de presenciar o senhor paradigma indicado pela empresa (já
descrito anteriormente), em atividade em bancadas e maquinas existentes no ambiente
destinado ao setor de fabricação e embalagem.

5 – Dados e atividades da reclamada

Reclamada: Star Fest


Objeto: Fabricação de Artefatos de Matériais Plásticos
CGC.: 02.143.275/0001-00
Sede: Distrito Industrial Luiz Cavalcante, Tabuleiro dos Martins – Maceió -
Alagoas

6 – Dados, rotina e atividades do reclamante

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Reclamante: Senhor Pedro Eduardo César Santos, brasileiro, portador
do CPF sob o nº. 070.817.064-10, inscrito no RG nº 3452524-6, residente e
domiciliado no Conjunto Salvador Lyra, n° 101, Qd 5, bairro Tabuleiro dos
Martins, em Maceió, Alagoas. Tendo regularmente integrado o quadro funcional da
reclamada exercendo a função de “OPERADOR DE MAQUINA INJETORA DE
TALHERES”, no período compreendido entre 18 de dezembro de 2009 e 02 de julho de
2013. Período em que exerceu as atividades inerentes ao cargo que ocupava.

6.1 – Ciclo laboral do reclamante.

Função Ocupada

• Operador de Maquina Injetora de Talheres

Posto de Trabalho
• Bancadas existentes nos setores de “fabricação” e de “embalagem”, sobre as
quais existem 04 (quatro) equipamentos seladores – 01 (um) no primeiro
ambiente e o restante no segundo ambiente.

Jornada de Trabalho

• Quarenta e quatro horas semanais, com duas hora de intervalo de segunda à


sexta feira.

Rotina do Reclamante:

• Chegar ao local de trabalho – sede da Star Fest


• Dirigir-se ao vestiário – trocar fardamento
• Registrar a presença através do instrumento especifico
• Dirigir-se ao setor de trabalho – uma das bancadas, existentes nos setores já
descritos anteriormente, sobre as quais existem maquinas de fabricação de
talheres descartáveis.
• Intervalo para refeição;
• Retorno a atividade – repetindo a rotina anteriormente descrita
• Final do expediente, registrar a presença no instrumento específico e deixa o
ambiente de trabalho.

Atividades – HABITUAIS - desenvolvidas pelo Reclamante (OPERADOR DE


MAQUINA INJETORA:

• Coletar talheres plásticos preparados pela maquina

Maquina injetora
Talheres fabricados

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• Colocar os talheres recém-fabricados em sacos
plásticos

• Embalar os sacos plásticos com talheres em seu


interior em caixas de papelão

Observação: nesta atividade o Operador de Maquina Injetora somente mantém


contato com o produto acabado.

Observação: Habitualmente, ao chegar ao posto de


trabalho, o Operador já encontra a maquina injetora
onde deverá trabalhar ACIONADA (ligada na energia
elétrica – a atividade de ligar e desligar as 15 maquinas
existentes no setor de fabricação é de responsabilidade
do “Encarregado de Manutenção”.

ASPECTO DO QUADRO ONDE SE ENCONTRAM AS BOTOEIRAS


QUE ACIONAM A MAQUINA INJETORA. EM NENHUM MOMENTO O OBREIRO MANTÉM
CONTATO COM ENERGIA ELETRICA – BAIXA OU ALTA TENSÃO.

Atividades – EVENTUAIS - desenvolvidas pelo Reclamante (OPERADOR DE


MAQUINA INJETORA:

• Em determinado período do pacto laboral mantido entre as partes, o Reclamante


trabalhou no setor onde se preparam os insumos para a fabricação dos talheres.

o Neste ambiente o Reclamante despejava os insumos (poliestireno e


polipropileno (produto que pigmenta – dá cor – ao talher) no moinho
(tipo de betoneira)

Aspecto do Moinho
Aspecto do interior do moinho, triturando
os insumos para serem colocados na
maquina injetora que opera “a quente”

Aspecto do poliestireno

Aspecto do pigmento

AMBOS PRODUTOS SÃO SOLIDOS

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O contato do obreiro que trabalha no setor do Moinho, com os mencionados produtos
(poliestireno e polipropileno (produto que pigmenta – dá cor – ao talher) não é habitual.

Tais produtos não trazem em suas composições agentes químicos preconizados pela NR 15
em seu anexo 13.

• Eventualmente o obreiro auxiliava no carrego e descarrego de caminhões que


chegavam à STAR FEST.

MUITO IMPORTANTE AO JUIZO;

Está explicito que a STAR FEST tem por objeto a fabricação de talheres plásticos;

Os talheres plásticos são facas, garfos, colheres, etc...

Estes talheres são fabricados em maquinas injetoras que operam “a quente” (a maquina é
fechada e alta temperatura NÃO influencia o posto de trabalho do Reclamante);

Cada maquina fabrica os itens segundo o MOLDE que nela está acoplado (molde de faca,
molde de garfo, molde de colher, etc...)

Habitualmente – em média duas vezes por jornada de trabalho – o MOLDE TEM QUE
SER LIMPO PELO OPERADOR da maquina;

Esta limpeza é realizada com THINNER

Thinner possui em sua composição o HIDROCARBONETO AROMÁTICO preconizado


pela NR 15 em seu anexo 13.

DEFINITIVAMENTE o “Operador de Maquina Injetora” mantém contato DERMAL com


o THINNER em Todas as oportunidades em que realiza a mencionada limpeza

Aspecto do
Paradigma
aspergindo
THINNER na
parte interna da
maquina injetora
e posteriormente
realizando a
limpeza da peça

IMPORTANTE VERIFICAR QUE O OBREIRO SOMENTE USA LUVA (DE TECIDO) EM UMA DAS MÃOS

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Aspecto de uma
operadora
aspergindo
THINNER em uma
estopa (mão sem
luvas)
posteriormente
realizando a limpeza
da peça

LUVA DE TECIDO

Aspecto do deposito de THINNER nas proximidades


da Maquina Injetora, para ser usado em caso de
necessidade.

No que se refere ao ruído gerado pelas maquinas, estudos


mostram que o nível de pressão sonora do ambiente
permanecem abaixo dos níveis preconizados pela NR 15 em
seu anexo 1.

DOSE EQUIVALENTE À 67,4 DECIBEIS


Bem abaixo que os 85 decibéis estabelecidos pelo anexo 1
da NR 15

No que se refere à temperatura ambiente:

o local de trabalho do Reclamante (e todo o setor de


fabricação da STAR FEST), é amplo e bem ventilado.

O Calor gerado pelas 15 maquinas que ali funcionam não


atinge o ambiente de trabalho uma vez que esta
temperatura concentra-se nos moldes das peças que estão
sendo fabricadas.

Existem em funcionamento 20 exaustores que fazem a


renovação do ar do ambiente. O galpão é servido por um portão de 4 metros de largura por
4 metros de altura.
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NO Que diz respeito à PERICULOSIDADE postulada no documento inicial:

A NR 16 Senhor Juiz, assevera que faz jus ao adicional de Periculosidade o obreiro que
labora de forma direta com: Energia elétrica alta tensão (Sistema Elétrico de Potência) –
Explosivos – Liquidos e gases inflamáveis – Radiação Ionizante.

Definitivamente O Reclamante NUNCA trabalhou (na Star Fest) desenvolvendo tais


atividades.

Tais informações foram colhidas, tanto no texto que compõe a reclamação


trabalhista em tela, assim como em reunião mantida com os profissionais já mencionados
anteriormente.
Ressalte-se que o reclamante na presente causa trabalhista, compareceu ao evento,
tendo emitido opiniões quando solicitado pelas partes presentes (Perito Oficial e perito
Assistente).

7 – Descrição dos diversos ambientes de trabalho (vide fotos em anexo).

• O profissional “Operador de Maquina Injetora de Talheres” desenvolve suas


atividades funcionais em uma das 15 maquinas instaladas no prédio que acolhe a
Star Fest, Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcante, que mede 21,50 metros
de frente e de fundos, por 42,50 metros em ambas laterais, possuindo em seu
ambiente interno os seguintes setores:
o Guarita – Piso cimentado, altura de aproximadamente 3,00 metros, alvenaria
em blocos pintado em tinta PVA, área útil de aproximadamente 6,00 metros
quadrados;
o Setor de embalagem 1 – Piso cimentado, iluminação e ventilação natural e
artificial por intermédio de ventiladores, postados estrategicamente em parte
alta das paredes que são construídas em blocos de cimento, cobogós, pintura
à base de cal, altura de aproximadamente 5,00 metros, telhado em zinco,
área útil de aproximadamente 81,00 metros quadrados.
o Refeitório – Piso e revestimento cerâmico em bancadas existentes (vide foto
em anexo), pia, alvenaria em blocos de cimento, pintura em PVA, forro em
PVC, altura de aproximadamente 3,00 metros, ventilação e iluminação
artificial, área útil de aproximadamente 8,00 metros quadrados.
o Setor de armazenamento de caixas – expedição – piso cimentado, alvenaria
em blocos de cimento e em cobogós, ventilação e ventilação natural e
artificial (ventiladores posicionados defronte aos postos de trabalhos dos
obreiros em pontos altos das paredes e 03 clarabóias existentes no teto). Teto
em telhas de zinco e de amianto. Altura de aproximadamente 5,00 metros e
área útil de aproximadamente 150,00 metros quadrados.
o Setor de embalagem 2, piso cerâmico, revestimento cerâmico até a altura da
operação dos obreiros, alvenaria em blocos de cimento. Ventilação e
iluminação artificial (ventiladores nas paredes, posicionados defronte aos
postos de trabalhos dos funcionários), altura de aproximadamente 5,00
metros, teto em telhas de zinco, área útil de aproximadamente 15,00 metros
quadrados.
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o Setor de produção de talheres – piso cimentado, alvenaria em blocos de
cimento, pintura a tinta à base de cal, teto em telhas de zinco, ventilação e
iluminação natural e artificial (ventiladores nas paredes, posicionados
defronte aos postos de trabalhos dos funcionários), altura de
aproximadamente 5,00 metros, área útil de aproximadamente 225,00 metros
quadrados.
o Setor de estoque de caixas vazias - piso cimentado, alvenaria em blocos de
cimento, pintura a tinta à base de cal, teto em telhas de zinco, ventilação e
iluminação natural e artificial, altura de aproximadamente 5,00 metros, área
útil de aproximadamente 90, 00 metros quadrados.
o Vestiários (masculino e feminino), Banheiros (masculino e feminino) – piso
cimentado, ventilação e iluminação tanto artificial quanto natural. Altura de
aproximadamente 3,00 metros e área útil, 9,00 metros quadrados os
vestiários com área útil de 12,00 metros quadrados.
o Oficina – piso cimentado, alvenaria em blocos de cimento, teto em telhas de
zinco, altura de aproximadamente 5,00 metros, ventilação e iluminação tanto
natural quanto natural.

8 – Medidas de Proteção

Estudos aprofundados da literatura existente, ora vigente no país (principalmente as


normas regulamentadoras). O aprendizado alcançado nas reuniões mantidas com
representantes das partes envolvida no presente processo de reclamação trabalhista. E,
principalmente a constatação “in loco” da realidade vislumbrada, quando da visita aos
ambientes de trabalho do profissional “Operador de Maquina Injetora de Talheres”, foram
considerados por este perito judicial, elementos deveras elucidativos no que diz respeito ao
conhecimento da política preventiva implantada na empresa Star Fest. Tais informações
coletadas foram de vital importância para que se chegasse às seguintes conclusões:

• Existe em funcionamento no âmbito da empresa uma Comissão Interna de


Prevenção de Acidentes – CIPA – O Reclamante informou que em determinado
período do pacto mantido foi “Cipeiro”.
• Existe implantado no âmbito da empresa o Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA – conforme estabelece a NR 9.
• Que existe implantado no âmbito da empresa o Programa de Controle Médico e
Saúde Ocupacional – PCMSO – atendendo o que prescreve a NR 7.
• Que não existem Mapas de Risco (NR 9) nos diversos setores da empresa.
• Que não foram disponibilizados ao Perito Oficial, relatórios alusivos ao treinamento
e fiscalização (prevenção de acidentes do trabalho e uso de EPI) alusivos ao
Reclamante;
• Que foi disponibilizado ao Perito Oficial ficha de Entrega de EPI ao Reclamante.

o Neste documento NÃO consta a entrega ao Reclamante de Luvas, MESMO


sendo de conhecimento da empresa que o obreiro mantinha contato habitual
com HIDROCARBONETO AROMÁTICO existente na composição do

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produto liquido THINNER (solvente) – usado na limpeza dos moldes de
talheres existentes nas maquinas que operava;
o O PPRA da empresa em seu capitulo
especifico que enfoca o profissional
Operador de Maquinas determina que o
mesmo deve trabalhar fazendo uso de : botas,
luvas e protetor auditivo

ASPECTO DA FICHA DE EPI DO


RECLAMANTE.

OS CERTIFICADOS DE APROVAÇÃO
DOS ITENS ENTREGUES AO OBREIRO
NÃO SÃO INFORMADOS

NÃO CONSTAM LUVAS NESTE


DOCUMENTO.

A legislação estabelece:

“Cabe ao empregador quanto


ao EPI (6.6.1):

A) Adquirir o adequado ao risco de


cada atividade;

B) Exigir seu uso;

• C) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional


competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

• D) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e


conservação;

• E)...

• F)...

• G)...

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Para a comprovação da alínea “b”, o empregador deverá criar um documento normalmente
denominado “Termo de responsabilidade”, para que o empregado assine no ato do
recebimento do EPI e nas reposições necessárias durante o período em que permanecer na
empresa. Este documento deverá conter no mínimo: nome do empregado, data de
admissão, registro, descriminação do EPI entregue (modelo, marca, Certificado de
Aprovação, entre outros).” Referencia bibliográfica 04 pagina 210.

Para a comprovação da alínea “d”, o treinamento deve ser realizado no ato da entrega ou
em situações a serem definidas pelo empregador (PPRA, por exemplo). Neste caso o
treinamento deverá ser registrado em formulário específico. - Referencia bibliográficas
04 pagina 210.

Observação – Referencia bibliográfica 04 pagina 205: “entende-se como EPI o


equipamento que possua Certificado de Aprovação (CA) aprovado pelo MTE, de uso
pessoal e intransferível, e que tenha por finalidade proteger ou atenuar lesões provenientes
dos agentes do no ambiente do trabalho. Os EPI nacionais ou importados sem CA não
são considerados, legalmente como EPI para efeito de aplicação desta NR e, portanto
estão sujeitos às infrações da DTR.”

Fundamental ainda: Referencia Bibliográfica 04 pagina 1052 – “A demonstração


principal de que o empregador exige o uso do EPI, é a constatação no campo de que a
maioria os utiliza. Como prova documental, devem ser gerados e mantidos registros
contendo as avaliações dos riscos e a indicação dos equipamentos corretos e as sanções
eventualmente aplicadas aos trabalhadores que descumpriram as obrigações – advertência
verbal e escrita, suspensão e demissão.”

Referencia Bibliográfica 04 pagina 1053: “O cumprimento das medidas de proteção


pessoal, pode ser demonstrado através de fichas de controle de treinamento contendo datas,
carga horária, assuntos abordados e nomes e assinaturas dos treinados e dos instrutores

9 – Função: Operador de Maquina Injetora de Talheres

“O Laudo Pericial, trata-se de um documento que contem todas as


informações, conclusões e principalmente o embasamento técnico e legal
fundamentais para a verificação da existência ou não da insalubridade e/ou
periculosidade, constituindo, depois de protocolado uma peça processual. O
laudo pericial deve ser elaborado com qualidade, o que significa dizer ter
objetividade, nexo causal, clareza e acima de tudo, ser conclusivo e
convincente” – (referencia Bibliográfica 03 – página 22 ).

Embasado nesta tese, e considerando que teve a oportunidade de entrevistar, não


somente, o próprio reclamante, mas também um paradigma do reclamante (inclusive na
presença do próprio) na presente causa trabalhista (indicado pelos representantes da
empresa, já descritos anteriormente), mas também os profissionais com vínculo mantidos
junto Star Fest, já mencionados anteriormente, tendo sido inclusive conduzido por estes,
aos diversos postos de trabalhos descritos verbalmente durante a oitiva, este perito pode

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com clareza estabelecer toda a rotina funcional do profissional “Operador de Maquina
Injetora de Talheres”, naquele estabelecimento.

AINDA COMENTÁRIOS TÉCNICOS AO JUIZO:

Referencia bibliográfica 04 pagina 616

Que, a legislação nos ensina: – “Ao mencionar, no artigo 193 da CLT, o termo contato
permanente, o legislador permitiu que houvesse diversas formas de interpretação sobre o
trabalho resultante de prestação de serviço não eventual, pois o texto não se refere à
habitualidade e sim ao caráter permanente: “Existe forte jurisprudência que considera não
existir a necessidade do trabalhador permanecer toda a jornada de trabalho exposto aos
riscos destas operações. Para isto, basta que esteja à disposição do empregador para
executar de forma habitual e permanente (diariamente) as atividades ou executar tarefas
nas áreas de risco.”;

Que, “Contato permanente” ainda que esporádico ou periódico, não se confunde com
eventual. Ou seja se estar na área de risco faz parte das atividades diárias do empregado, a
jurisprudência tem considerado como contato permanente”.

Referencia bibliográfica 03 pagina 147:


ANEXO ATIVIDADE OU OPERAÇÕES QUE EXPONHAM O TRABALHADOR A: PERCENTUAL

1 NÍVEIS DE RUÍDOS CONTINUO OU INTERMITENTE SUPERIORES AOS 20%


LIMITES DE TOLERANCIA FIXADOS NO QUADRO CONTANTE DO ANEXO 1 E
NO ITEM 6 DO MESMO ANEXO
2 NIVEIS DE RUÍDO DE IMPACTO SUPERIORES AOS LIMITES DE TOLERANCIA 20%
FIXADOS NOS ITENS 2 E 3 DO ANEXO 2
3 EXPOSIÇÃO AO CALOR COM VALORES DO IBUTG SUPERIORES AOS 20%
LIMITES DE TOLERANCIA DE LIMITES FIXADOS NAS QUADROS 1 E 2
4 REVOGADO ***
5 NÍVEIS DE RADIAÇÕES INONIZANTES COM RADIOATIVIADE SUPERIOR AOS 40%
LIMITES DE TOLERANCIA FIXADOS NO ANEXO
6 TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS 40%
7 RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES CONSIDERADAS INSALUBRES EM 20%
DECORRENCIA DE INSPEÇÃO REALIZADA NO LOCAL DE TRABALHO
8 VIBRAÇÕES CONSIDERADAS INSALUBRES EM DECORRENCIA DE INSPEÇÃO 20%
REALIZADA NO LOCAL DE TRABALHO
9 FRIO CONSIDERADO INSALUBRE EM VIRTUDE DE INSPEÇÃO REALZIADA 20%
NO LOCAL DE TRABALHO
10 UMIDADE CONSIDERADO INSALUBRE EM VIRTUDE DE INSPEÇÃO 20%
REALZIADA NO LOCAL DE TRABALHO
11 AGENTES QUÍMICOS CUJAS CONCENTRAÇÕES SEJAM SUPERIORES AOS 10%, 20% e 40%
LIMITES DE TOLERANCIA FIXADOS NO ANEXO
12 POEIRAS MINERAIS CUJAS CONCENTRAÇÕES SEJAM SUPERIORES AOS 40%
LIMITES DE TOLERANCIA FIXADOS NO ANEXO
13 ATIVIDADES OU OPERAÇÕES ENVOLVENDO AGENTES QUÍMICOS 10%, 20% e 40%
CONSIDERADOS INSALUBRES EM DECORRENCIA DE INSPEÇÃO REALZIADA
NO LOCAL DE TRABALHO
14 AGENTES BIOLÓGICOS 20% e 40%

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Importante: O que diz a legislação – Anexo 13 da NR 15

HIDROCARBONETOS E OUTROS COMPOSTOS DE CARBONO

Insalubridade de grau máximo

Destilação do alcatrão da hulha.

Destilação do petróleo.

Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina
ou outras substâncias cancerígenas afins.

Fabricação de fenóis, cresóis, naftóis, nitroderivados, aminoderivados, derivados halogenados


e outras substâncias tóxicas derivadas de hidrocarbonetos cíclicos.

Pintura a pistola com esmaltes, tintas, vernizes e solventes contendo hidrocarbonetos


aromáticos.

Insalubridade de grau médio

Emprego de defensivos organoclorados: DDT (diclorodifeniltricloretano) DDD


(diclorodifenildicloretano), metoxicloro (dimetoxidifeniltricloretano), BHC (hexacloreto de
benzeno) e seus compostos e isômeros.

Emprego de defensivos derivados do ácido carbônico.

Emprego de aminoderivados de hidrocarbonetos aromáticos (homólogos da anilina).

Emprego de cresol, naftaleno e derivados tóxicos.

Emprego de isocianatos na formação de poliuretanas (lacas de desmoldagem, lacas de dupla


composição, lacas protetoras de madeira e metais, adesivos especiais e outros produtos à
base de poliisocianetos e poliuretanas).

Emprego de produtos contendo hidrocarbonetos aromáticos como solventes ou em


limpeza de peças.

Fabricação de artigos de borracha, de produtos para impermeabilização e de tecidos


impermeáveis à base de hidrocarbonetos.

Fabricação de linóleos, celulóides, lacas, tintas, esmaltes, vernizes, solventes, colas,


artefatos de ebonite, guta-percha, chapéus de palha e outros à base de hidrocarbonetos.

Limpeza de peças ou motores com óleo diesel aplicado sob pressão (nebulização).

Pintura a pincel com esmaltes, tintas e vernizes em solvente contendo hidrocarbonetos


aromáticos.
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DEFINIÇÕES CLÁSSICAS

Atividade Eventual – Dependente de acontecimento incerto, casual, fortuito e variável.

Atividade Habitual – Que acontece ou se faz por habito freqüente, comum, vulgar, usual.

Atividade Permanente – Que não se desloca, firme, imutável, inalterável incessante,


continuo. Não está sujeito à alteração quanto ao estado ou ação quanto ao estado ou ação
ocorre ou torna a ocorrer sempre.

Atividade Intermitente – Não continuo, interrompido à espaços, que para por intervalos.

Referencia bibliográfica 07 pagina 163:

“o trabalho pericial envolve o estabelecimento e interpretação de vestígios e indícios além


da comprovação de fatos por meio de evidencias objetivas.

a) fatos – são elementos de certeza que configuram a prova mkediante a


apresentação de evidencias objetivas;

b) vestígios – são elementos probantes iniciais que necessitam de comprovação


científica;

c) indícios – são evidencias indiretas de fatos, que indicam um resultado, uma


situação, mas sem o grau de certeza do fato constatado.”

10 – Respostas aos quesitos das partes

10.1 – Não foram apresentados quesitos pelo Ilustríssimo Senhor Juiz da Vara
Trabalhista de Maceió, nem por parte da empresa reclamada.

10.2 – Quesitos apresentados pelo Ilustríssimo Senhor representante da empresa


reclamada

Quesito nº 1. Informe que atividade do reclamante exercia na reclamada.


Diversas, algumas delas insalubres. De forma respeitosa postulo que o Ilustre profissional
atente para capítulos anteriores deste laudo técnico. Tal pleito se faz necessário pelo fato de
que a repetição do texto tornaria o presente documento (que deverá ser encaminhado pelo
meio eletrônico) extenso e “pesado”.
Quesito nº 2. O serviço desempenhado pelo reclamante, assim como o local e o ambiente
em que laborava apresentam condições insalubres?

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O produto thinner (solvente) trás em sua composição o hidrocarboneto aromático. O
Reclamante e seus paradigmas realizam a limpeza do molde do talher instalado em sua
maquina de trabalho, mantendo contato direto como o referido produto preconizado pelo
anexo 13 da NR 15.
Na ficha de EPI disponibilizada pela empresa, não consta a entrega de luvas ao Reclamante.
A ficha de EPI disponibilizada pela empresa macula frontalmente a legislação ao deixar de
informar o CA dos EPI entregues ao Reclamante.
O PPRA da empresa STAR FEST em seu capitulo especifico que enfoca o Operador de
Maquinas injetoras DETERMINA que o obreiro deve trabalhar fazendo uso de luvas.
Quesito nº 3. Em caso de resposta afirmativa ao quesito nº 2, supra, informe qual o agente
ou agentes deletérios que envolvem a atividade e o ambiente?
Anexo 13 da NR 15 – hidrocarboneto aromático.
Quesito nº 4. Ainda, sendo afirmativa a resposta ao quesito nº 2, o agente ou agentes
deletérios constatados se enquadram na NR 15, Anexo 13, da Portaria nº 3214/78 do
Ministério do Trabalho?
Explicitamente sim. THINNER (Solvente) trás em sua composição o hidrocarboneto
aromático. CONTATO SEM USAR EPI
Quesito nº 5. Sendo afirmativa a resposta ao quesito nº 4, qual o grau de enquadramento?
Postulo que o Ilustre atente para a conclusão do presente laudo técnico.
Quesito n.º 6. Na existência da insalubridade, informar se a mesma persistiu durante todo o
contrato de trabalho ou por períodos intermitentes?
Sim
Quesito nº 7. Informe o senhor perito se na seção em que trabalhava o reclamante algum
outro empregado que exerça a mesma função recebe adicional de insalubridade.
As fotos apresentadas em capitulo anterior deste documento técnico, demonstram que sim.
Quesito nº 8. Informe o senhor perito tudo o mais que lhe parecer relevante para a apuração
da perícia, fornecendo os elementos que considerar importantes para a elucidação do
presente feito, relativamente à constatação da existência de agentes deletérios no ambiente
e na atividade desempenhada pelo reclamante durante a vigência da relação de emprego.
Uma minuciosa leitura do laudo técnico.

10.3 – Quesitos apresentados pelo Ilustríssimo Senhor representante do reclamante.

1) Descreva o local de trabalho do reclamante;


Postulo que o Ilustre atente para o capitulo deste laudo que descreve o local de trabalho do
Reclamante
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2) Identificar e detalhar as funções desempenhadas pelo reclamante, nos últimos anos;
Operador de maquinas Injetora – de forma habitual e permanente. De forma eventual o
reclamante desenvolveu por pouco tempo outras ações, todas elas descritas em capítulos
anteriores deste laudo técnico.
3) O reclamante possuía posto fixo de trabalho nos setores onde atuou?
De forma habitual trabalhava em maquinas de fabricação de talheres plásticos.
4) O reclamante atuou em mais alguma função? Caso sim, por quanto tempo? Esta era
periculosa ou insalubre?
Consta que o obreiro sempre exerceu a função de Operador de Maquina Injetora de
Talheres Plásticos
5) Dentro da jornada de trabalho, qual era o labor efetivo do reclamante?
Durante toda a jornada
6) Quais foram os NPS mínimos, máximos e dose equivalente obtidos nos locais de labor
do reclamante?
O nível de pressão sonora do ambiente de trabalho (Ruido) do reclamante está apresentado
em capitulo anterior deste laudo técnico – dose diária equivalente à 67,4 decibeis.
7) Durante a vistoria realizada, quais foram os EPIs visualizados pelo Perito nos
paradigmas? Estes eram substituídos? Eram suficientes para cessar a insalubridade?
Em capitulo anterior deste documento técnico consta a ficha de EPI do reclamante. Neste
documento não constam luvas e nem o Certificado de Aprovação dos EPI disponibilziados,
O PPRA da empresa STAR FEST estabelece que o Reclamante (e seus paradigmas) devem
trabalhar fazendo uso de Bota, luva e protetor auditivo.
Os paradigmas do reclamante usavam protetor auditivo, luva de tecido em uma das mão e
botas.
Ao aplicar o Thinner nos moldes dos talheres, o liquido (hidrocarboneto aromático)
“ensopa” a luva de tecido, indo ao encontro das mãos do obreiro.
8) O reclamante, durante seu mister, mantinha contato dermal com alguma substância
química? Se positivo, quais?
O obreiro trabalhou por período eventual no setor de moinho. Ali ele manteve contato com
produtos sólidos que não trazem em sua compisção agentes químicos mencionados nos
anexos específicos da NR 15.
De forma habitual o obreiro manteve contato com Thinner (solvente) que tras em sua
composição o hidrocarboneto aromático preconizado pela NR 15 em seu anexo 13.
9) Tais substâncias são consideradas insalubres?
De acordo com a NR 15 em seu anexo 13, sim.

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10) Os operadores de máquinas usam luvas ou outro EPI? Sim ou Não? Se positivo, de que
tipo?
A ficha de EPI do reclamante não descreve a entrega de Luva ao obreiro.
11) Há quanto tempo este tipo de EPI está implantado na reclamada?
Os registros na ficha de EPI do Reclamante remontam a 18 de dezembro de 2009.
12) O reclamante permanecia exposto a calor e/ou ruído acima dos limites permitidos pela
legislação?
Definitivamente Não.
13) A reclamada fornecia os equipamentos de proteção individual previsto na legislação?
Sim ou Não?
Existem distorções entre o que determina o PPRA da empresa e os EPI que são entregues
ao reclamante.
A legislação é frontalmente maculada a partir do momento em que o CA dos itens
entregues ao obreiro deixa de ser disponibilizados.
14) Caso sim. Estes eram substituídos quando desgastados?

A legislação determina que um EPI deve ser devolvido para que o obreiro receba um outro
da emrpesa.
Na ficha de entrega de EPI (Sem CA) a coluna de devolução encontra-se em aberto _ vide
imagens da ficha em capitulo anterior.

15) Se positivo, havia a fiscalização quanto ao correto uso pelo reclamante? Estariam estes
equipamentos dentro do padrão de qualidade exigido pelo órgão competente?
Não foram disponibilizados tais registros
16) Os EPIs fornecidos pela reclamada são capazes de elidir eventuais efeitos nocivos à
saúde do reclamante, nos termos do Enunciado 80 do C. TST?
Sem conhecer o CA, impossível responder tal questionamento.
17) A reclamada mantém em seus quadros funcionais, profissionais habilitados para
orientação e fiscalização dos EPIs e coletivos? Quantos são e durante quanto tempo dão
expedientes?
Engenheiro de Segurança do trabalho que participou da oitiva.
18) O reclamante passava algum risco de esmagamento em sua função?

Esmagamento é acidente. Acidente não é contemplado pela NR 15. Assim ensina a


legislação.

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19) Já houve algum outro funcionário da função do reclamante que teve parte do corpo
esmagada durante seu labor?
Esmagamento é acidente. Acidente não é contemplado pela NR 15. Assim ensina a
legislação.
20) A reclamada promove campanhas de conscientização alusivas à Segurança do
Trabalho?
Não foram disponibilizados tais registros
21) O reclamante participava destas Campanhas? Sim ou Não? Se negativo, quais as
razões?
O reclamante informou que participou da CIPA da empresa.
22) A função desempenhada pelo reclamante era considera periculosa ou insalubre? Caso
sim, em que grau?
Postulo que atente para a conclusão deste laudo técnico.
23) Caso ele tenha exercido alguma outra função, esta era periculosa ou insalubre? Caso
sim, em que grau?

Postulo que atente para a conclusão deste laudo técnico

11 – Conclusão

Considerando:

• Que todas as observações apresentadas no contexto do presente laudo são


embasadas não somente nas informações colhidas nos autos da presente
reclamação trabalhista, no aprendizado advindo das oitivas descritas
anteriormente, mas acima de tudo estruturadas em referencias bibliográficas
que contemplam a realidade prevencionista ora vigente, no Brasil, no que diz
respeito à insalubridade por agentes biológicos;

• Que o nível de pressão sonora (ruído), nível de stress térmico (calor)


existentes no posto de trabalho do “Operador de Maquina Injetora de
Talheres”, não atingem valores que extrapolam os limites de tolerância
preconizados pela legislação;

• Que o obreiro não desenvolve nenhuma atividade entre aquelas preconizadas


pela NR¨16;

• Que o profissional “Operador de Maquina Injetora de Talheres” da Star Fest,


concretamente manté contato habitual com Thinner (solvente) que tras em

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sua composição o hidrocarboneto aromático preconziado pela NR 15 em seu
anexo 13.

• Que a ficha de EPI do reclamante não descreve a entrega de luvas conforme


determina o PPRA da empresa;

CONSIDERANDO AINDA O QUE JÁ FOI APRESENTADO EM


CAPITULO ANTERIOR DESTE LAUDO:

MUITO IMPORTANTE AO JUIZO;

Está explicito que a STAR FEST tem por objeto a fabricação de talheres plásticos;

Os talheres plásticos são facas, garfos, colheres, etc...

Estes talheres são fabricados em maquinas injetoras que operam “a quente” (a maquina é
fechada e alta temperatura NÃO influencia o posto de trabalho do Reclamante);

Cada maquina fabrica os itens segundo o MOLDE que nela está acoplado (molde de faca,
molde de garfo, molde de colher, etc...)

Habitualmente – em média duas vezes por jornada de trabalho – o MOLDE TEM QUE
SER LIMPO PELO OPERADOR da maquina;

Esta limpeza é realizada com THINNER

Thinner possui em sua composição o HIDROCARBONETO AROMÁTICO preconizado


pela NR 15 em seu anexo 13.

DEFINITIVAMENTE o “Operador de Maquina Injetora” mantém contato DERMAL com


o THINNER em Todas as oportunidades em que realiza a mencionada limpeza

Aspecto do
Paradigma
aspergindo
THINNER na
parte interna da
maquina injetora
e posteriormente
realizando a
limpeza da peça

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IMPORTANTE VERIFICAR QUE O OBREIRO SOMENTE USA LUVA (DE TECIDO) EM UMA DAS MÃOS
Aspecto de uma
operadora
aspergindo
THINNER em uma
estopa (mão sem
luvas)
posteriormente
realizando a limpeza
da peça

LUVA DE TECIDO

Aspecto do deposito de THINNER nas proximidades


da Maquina Injetora, para ser usado em caso de
necessidade.

Conclui-se que:

• Que o profissional OPERADOR DE MAQUINA INJETORA DE


TALHERES, em sua atividade laboral, na situação específica, FAZ JÚS
ao adicional de insalubridade – NR 15 ANEXO 13 – Hidrocarboneto
Aromático – GRAU MÉDIO

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12 – Encerramento

Nada mais havendo a considerar, encerramos aqui o presente Laudo Pericial,


composto de constituída de 26 (vinte e seis) paginas, sendo que as primeiras 22 (vinte e
duas) contemplam o laudo técnico enquanto que as 04 (quatro) laudas seguintes, referem-se
à anexos que complementam o presente processo.

Maceió, 25 de julho de 2014

Engenheiro Alberto Rostand Fernandes Lanverly de Melo (*)


Perito Judicial

* Engenheiro Civil – UFAL


* Engenheiro de Segurança do Trabalho – Universidade Santa Úrsula/RJ.
* Mestre em Ciências - Planejamento Urbano/Transportes – Universidade de
Ottawa/Canadá
* Professor Adjunto IV – Centro de Tecnologia – UFAL
* Coordenador do Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho –
CESMAC
* Professor da disciplina “Perícias de Insalubridade e Periculosidade” no Curso de
Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho - CESMAC

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ANEXOS

1. Referências Bibliográficas
2. Relatório Fotográfico
3. Documentos Diversos
a. Cópia de ofício ao Ilustríssimo Senhor advogado representante do
reclamante;
b. Cópia de ofício ao Ilustríssimo Senhor advogado representante da
reclamada;

• REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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1. SHERIQUE, Jaques – Aprenda Como Fazer: Demonstrações Ambientais, PPRA,
PCMAT, PGR, LTCAT, Laudos Técnicos, Perfil Profissiográfico Previdenciário,
Custeio de Aposentadoria Especial – 4ª Edição, LTr Editora, São Paulo, SP, Brasil,
Abril de 2004.
2. SHERIQUE, Jaques – Aprenda Como Fazer: Mapas de Risco Ambientais – 2ª
Edição, LTr Editora, São Paulo, SP, Brasil, Fevereiro de 2004
3. PEREIRA, Fernando José e CASTELO F°, Orlando – Manual Prático: Como
Elaborar Uma Perícia de Insalubridade e Periculosidade – 2ª Edição Revisada e
Ampliada, LTr Editora, São Paulo, SP, Brasil, 2000.
4. ARAUJO, Giovanni Moraes – Normas Regulamentadoras Comentadas, Legislação
de Segurança e Saúde no Trabalho – 6ª Edição Revisada, Ampliada e Atualizada e
Ilustrada, Editora Gerenciamento Verde, Rio de Janeiro, 2007.
5. ARAUJO, Giovani Moraes – Legislação de Segurança e Saúde Ocupacional –
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego – 1ª Edição,
Editora gerenciamento Verde, Rio de Janeiro, 2007
6. ARAÚJO, Giovanni Moraes; REGAZZI, Rogério Dias – Perícia e Avaliação de
Ruído e Calor, Passo a Passo, Teoria e Prática – 2ª Edição – Impresso no Brasil, Rio
de Janeiro, 2012.

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