Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
ÁCIDO LÁCTICO
ATUALIZAÇÃO NO DESPORTO E NO ESFORÇO FÍSICO
Autores:
RESUMO
ABSTRACT - SUMMARY
Has been some years that was presented the lacticemia in the sportsman as the most direct
form to be approached at biochemical basis of the muscular metabolism in the intense
exercise. In fact, from Mader’s works in School of Physical Education of Colony
(Germany), in which he established the lactate in blood of 4 mmol/l as anaerobic threshold,
2
intended to establish plans of specific training based on the figure of lactate in blood for
each intensity of training (test of the two distances in swimming). The discovery of
specific transporters for the lactate in the membrane of some cells, and the most recent
discovery of these transporters in the mitocondrial membrane, changes the initial concepts
that linked al muscle exclusively with the production of lactate, and open windows toward
systems of recycling and utilization of lactate by the muscle, utilizing a system shuttles
similar to the already existing for other metabolic ways as those of the malate or aspartate.
This revision intends, briefly, to establish the biochemycal bases in which the new theories
can be supported.
Key words: acidosis, biochemistry, lactate, metabolism, performance, pH.
RESUMEN
Hace algunos años se planteó la lacticemia en el deportista como la forma más directa de
acercarse al fundamento bioquímico del metabolismo muscular en el ejercicio intenso. De
hecho, a partir de los trabajos de Mader en Escuela de Educación Física de Colonia
(Alemania), en la que estableció el umbral de lactato en sangre de 4 mmol/l como umbral
anaerobio, se pretendió establecer planes de entrenamiento específicos basados en la cifra
de lactato en sangre para cada intensidad de entrenamiento (test de las dos distancias
en natación). El descubrimiento de transportadores específicos para el lactato en la
membrana de determinadas células, y el más reciente descubrimiento de dichos
transportadores en la propia membrana mitocondrial, cambia los conceptos iniciales que
vinculaban al músculo exclusivamente con la producción de lactato, y abren ventanas hacia
sistemas de reciclaje y utilización de dicho lactato por el propio músculo utilizando un
sistema de lanzaderas similares a las ya existentes para otras vías metabólicas como las del
malato o aspartato. Esta revisión pretende, con brevedad, establecer las bases
bioquímicas en las que las nuevas teorías pueden sustentarse.
Palabras clave: acidosis, bioquímica, lactato, metabolismo, performance, pH.
ÁCIDO LÁCTICO
ATUALIZAÇÃO NO DESPORTO E NO ESFORÇO FÍSICO
O conceito anaerobiose - ácido láctico não está sempre unido. Na realidade, para a
produção de ácido láctico não é necessária uma condição de anaerobiose. Em condições
aeróbias também se produz ácido láctico, senão ou simplesmente por incompetência (que
pode ser momentânea) da fosforilação oxidativa para oxidar NADH, formado em seguida
de 3 DPG a 1-3 diPG, o que obriga a oxidar este substrato passando de ácido pirúvico para
ácido láctico.
II Metabolismo O2-dependente:
HB, 20037);
O recrutamento de fibras rápidas com o aumento do esforço faz que se produza mais
5
Tabela I. Hipóteses multifatorial sobre o aumento da lactacidemia. Referência de Gladden LB, 20049
Alguns anos se pensava que o lactato era eliminado do músculo por difusão simples,
em efeito, se considerava o músculo como o maior produtor de lactato, mas agora se
considera como o maior consumidor (Villegas JA et al, 1994)11.
O lactato pode ser intercambiado entre músculo e sangue, entre sangue e músculo,
entre músculos ativos e inativos, entre músculos inativos e ativos, entre sangue e coração,
entre músculos ativos e fígado, entre fígado e outros tecidos como músculos em exercício,
entre pele e sangue, entre intestino e sistema porta, entre porta e fígado e entre pH e
gradientes de concentração no tecido muscular.
Está firmemente estabelecido que uma parte importante (até uns 80%) do lactato
transferido fora do sarcolema se deve a um transportador monocarboxilado
(monocarboxylate transporters MCT). Os experimentos de Wibrand e Juel sugeriam ao
inibir o transporte de lactato com CIN e pCMBS, conhecidos bloqueadores de
transportadores de lactato em outros tecidos (Wibrand F and Juel C 1994)12.
2. A LANÇADEIRA DE LACTATO
+
Deste modo, para cada NADH citoplasmático que seja oxidado pelo NAD
mitocondrial que se reduz a NADH, constituindo a lançadeira um intercambio líquido de
NADH citosólico por mitocondrial, que pode proporcionar os 3 ATP correspondentes.
Outra alternativa de lançadeira mitocondrial consiste em que o NADH ceda seus elétrons a
mitocôndria de um modo indireto, através de duas enzimas glicerol fosfato desidrogenase,
uma citoplasmática e a outra localizada na membrana interna mitocondrial associada a
flavoproteína do complexo II. Neste caso, o rendimento de cada NADH citosólico se reduz
a 2 ATP, posto que o composto intramitocondrial liquido originado é FADH2.
fossemos capazes de utilizar a dita glicose sem a repor, unicamente poderíamos manter o
metabolismo do cérebro durante poucas horas. Esta é a razão porque armazenamos
carboidratos.
O carboidrato que utilizamos como fonte energética é a glicose, o qual seria o ideal
para armazenar e ter reservas para sua utilização fora do período digestivo ou durante o
exercício físico. Entretanto o armazenamento da glicose, como tal é inviável, de maneira
que o organismo guarda a glicose como glicogênio.
Embora conceitualmente seja muito provável que haja uma grande quantidade de
lactato no citosol celular e dado que ali ele não se oxida (Brooks GA et al 1999)16, poderia gerar
uma relação lactato/piruvato muito alta. Temos em conta, que unido a um pH baixo se
favoreceria o passo ao interior da mitocôndria, sendo que em sua membrana foi localizado
transportadores de lactato. E agregando que é na mitocôndria onde a cadeia transportadora
de elétrons e o ciclo de ácidos tricarboxílicos criam um fluxo de oxidação de NADH muito
potente, a hipótese de uma oxidação intramitocondrial de lactato é muito sugestiva.
Se observarmos com cuidado os métodos descritos nos experimentos, tanto nos que
estão a favor como nos contra, veremos que encontramos defeitos metodológicos
suficientemente sérios que acarretam variações substanciais nos resultados (Brooks GA 2002)16.
Para responder a esta pergunta temos que considerar que os maiores determinantes
do fluxo liquido de lactato pelo músculo parece ser o gradiente da concentração de lactato
entre sangue e músculo, o incremento metabólico (realização de um exercício progressivo),
a concentração de hidrogênio, o tipo de fibra muscular posto em atividade e o estado de
treinamento.
Quando o lactato sai do músculo ao sangue, a maior parte deste processo se deve a
uma sucessão de fatores complexos. Como mínimo, o lactato passa desde o plasma através
dos poros dos capilares no interstício, e transportado através da membrana do sarcolema,
sendo finalmente metabolizado em uma pequena proporção.
9
Para estudar o metabolismo do ácido láctico, temos que se referir ao clássico estudo
de Cori (fig. 1), onde se demonstrou que o lactato é produzido como resultado da
anaerobiose celular, da oxidação da glicose na célula, ou de ambos processos.
10
Fígado Hemácia
O ácido láctico é produzido como resultado das características das vias enzimáticas
da glicólise e da glicogenólise , incluindo a lactato desidrogenase. Quando o metabolismo é
acelerado, inevitavelmente se forma ácido láctico (Brooks GA 2002)16.
Para Brooks, ainda que, o músculo esquelético seja o principal lugar de produção de
ácido láctico (em repouso e durante o exercício), o intestino, o fígado e a pele são capazes
de liberar lactato. Com respeito aos lugares de eliminação de ácido láctico,
tradicionalmente é sugerido que o fígado é o principal lugar de eliminação, é o responsável
11
da gliconeogênese a partir do ácido láctico. Mas, não está claro que o fígado seja principal
lugar de clareamento de lactato durante o exercício. O músculo cardíaco pode utilizar
lactato como substrato (em repouso e durante o exercício), e o músculo esquelético tem se
mostrado o principal lugar de clareamento do lactato durante o exercício (Weltman A 1995)20.
Acumulo do lactato.
Galactose Glicose
Figura. 2. Rota abreviada da gliconeogênese, que ilustra o principal substrato precursor do processo.
14
Eliminação do lactato.
GLOSSÁRIO
ADP = Adenosina Difosfato
AMP = Adenosina Monofosfato
ATP = Adenosina Trifosfato
CIN = hydroxycinnamic acid
FADH2 = Flavina adenina dinucleotídeo
MCT = transportador monocarboxilado (monocarboxylate transporters)
NADH = forma oxidada da nicotinamida adenina dinucleotídeo
pCMBS = p-chloromercuribenzenesulfonate
VO2max = volume máximo de oxigênio
3 DPG = 3-difosfoglicerato
1-3 di DPG = 1,3-difosfoglicerato
REFERÊNCIAS
1. Karlsson J. Muscle exercise, energy metabolism and blood lactate. Adv Cardiol.
1986;35:35-46.
2. Welch HG. Hyperoxia and human performance: a brief review. Med Sci Sports
Exerc. 1982;14(4):253-62.
16
3. Parolin ML, Chesley A, Matsos MP, Spriet LL, Jones NL, Heigenhauser GJ.
Regulation of skeletal muscle glycogen phosphorylase and PDH during maximal
intermittent exercise. Am J Physiol. 1999 Nov;277(5 Pt 1):E890-900.
4. Spriet LL, Tunstall RJ, Watt MJ, Mehan KA, Hargreaves M, Cameron-Smith D.
Pyruvate dehydrogenase activation and kinase expression in human skeletal muscle
during fasting. J Appl Physiol. 2004 Jun;96(6):2082-7. Epub 2004 Feb 13.
5. Rush JW, Spriet LL. Skeletal muscle glycogen phosphorylase a kinetics: effects of
adenine nucleotides and caffeine. J Appl Physiol. 2001 Nov; 91(5):2071-8.
6. Gladden LB. Lactate metabolism: a new paradigm for the third millennium. J
Physiol. 2004 Jul 1;558(Pt 1):5-30. Epub 2004 May 06.
7. Nielsen HB. Arterial desaturation during exercise in man: implication for O2 uptake
and work capacity. Scand J Med Sci Sports. 2003 Dec;13(6):339-58.
8. Armstrong N, Davies B. An ergometric analysis of age group swimmers. Br J
Sports Med 1981 Mar;15(1):20-6.
9. Gladden LB. Lactate metabolism: a new paradigm for the third millennium. J
Physiol. 2004 Jul 1;558(Pt 1):5-30. Epub 2004 May 06.
10. Richardson RS, Noyszewski EA, Leigh JS, Wagner PD. Lactate efflux from
exercising human skeletal muscle: role of intracellular PO2. J Appl Physiol. 1998;85
(2): 627-34.
11. Villegas JA, Martinez MT, Canteras M, Quesada PT, Iñesta JM. Establishing the
anaerobic threshold using respiratory gases and assessing lactate, pH and blood
gases. Blood Gas News 1994; 3 (1): 11-4.
12. Wibrand F, Juel C. Reconstitution of the lactate carrier from rat skeletal-muscle
sarcolemma. Biochem J. 1994 Apr 15;299 ( Pt 2):533-7.
13. Juel C. Current aspects of lactate exchange: lactate/H+ transport in human skeletal
muscle. Eur J Appl Physiol. 2001 Nov;86(1):12-6.
14. Sahlin K, Fernström M, Svensson M & Tonkonogi M. No evidence of an
intracellular lactate shuttle in rat skeletal muscle. J Physiol. 2002;541: 569–74.
15. Rasmussen HN, Van Hall G, Rasmussen UF. Lactate dehydrogenase is not a
mitochondrial enzyme in human and mouse vastus lateralis muscle. J Physiol.
2002;541. 575–80.
16. Brooks GA. Lactate shuttle-between but not within cells?. J of Physiol.
2002;541(2):333.
17. Pilegaard H, Terzis G, Halestrap A, Juel C. Distribution of the lactate/H+
transporter isoforms MCT1 and MCT4 in human skeletal muscle. Am J Physiol.
1999 May;276(5 Pt 1):E843-8.
18. Foster C, Crowe MP, Holun D. The bloodless lactate profile. Med Sci Sports
Exerc.1995; 27: 927-33.
19. Billat V. Use of blood lactate measurements for prediction of exercise performance
and for control of training. Sports Med. 1996;22 (3): 157-75.
20. Weltman A. The blood lactate response to exercise (Current issues in exercise:
monograph nº 4). Human Kinects. 1995.
21. Bergman BC, Wofel EE, Butterfield GE, Lopaschuck GD, Casazza GA, Horning
MA, Brooks GA. Active muscle and whole body lactate kinetics after endurance
training in men. J Appl Physiol. 1999 Nov;87(5):1684-96.
17
22. Tanaka H, Shindo M. Running Velocity at Blood Lactate Threshold of Boys Aged
6-15 Years Compared with Untrained and Trained Young Males. Int J Sports Med
1985; 6: 90-4.
23. Galvis MD, Hernández M. Importancia del uso del lactato. Acta Colombiana de
Medicina del Deporte 1998;6(5).
24. Arratibel I, López-Silvarrez FJ, López J, Legido JC. Análisis metabólico de la
transición aerobia-anaerobia. Umbral anaerobio. Bases fisiológicas y aplicaciones.
Interamericana McGraw Hill. 1991: 47-51.
25. Astrand-Rodahl. Fisiología del trabajo físico. Ed. Panamericana. Buenos Aires,
1992: 258-78.
26. Wasserman K. The anaerobic threshold: theoretical basis, significance evaluation of
the athlete. Med Sport 1996; 49:247-60.
27. López J, Legido JC, Terrados N. Umbral láctico. Umbral anaeróbico. Bases
fisiológicas y aplicaciones. Interamericana McGraw Hill 1991: 91-114.
18