As novas tecnologias estão agindo no mercado como o
elemento propulsor das mais variadas transformações.
Todos os segmentos da vida em sociedade estão sendo
revolucionados sem que haja a possibilidade de resistência.
Os velhos mercados estão sendo significativamente
modificados ou até mesmo suprimidos. Nesse processo, novos mercados estão surgindo a partir da força disruptiva da tecnologia.
Vivemos a era do conhecimento. É a revolução
tecnológica acontecendo diante dos nossos olhos. Estima-se que nos próximos 10 anos o mundo mudará mais do que mudou nos últimos séculos.
No mundo do trabalho, cerca de 2 bilhões de empregos
serão extintos até 2030 (DaVinci Institute).
Mesmo em países que já possuem elevado
desenvolvimento os impactos das novas tecnologias continuarão promovendo transformações, pois, países como Alemanha e Japão perderão 35 e 21% dos postos de trabalho para as inovações tecnológicas até 2027. (PwC)
Esse cenário de profundas mudanças exige das pessoas
novas habilidades e competências. Como sempre, a educação tem um papel fundamental nesse contexto. A educação deve, portanto, preparar as pessoas para o mundo atual, denominado mundo 4.0.
Esse mundo 4.0 decorre da Quarta Revolução
Industrial, ou Indústria 4.0. Esses termos são recentes, pois, surgiram em 2011 em um documento do Germany Trade and Invest (GTaI), que é uma a agência do governo alemão para comércio e investimento.
A Indústria 4.0 é caracterizada pela integração
dos mundos físico e digital com a interligação em rede de todos os equipamentos resultando na integração e no controle da produção tornando, assim, possível a inteligência artificial. A revolução 4.0 expandiu-se para todos os Passam a integrar o nosso quotidiano a Na área da educação isso se traduz em segmentos da sociedade e os elementos Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), laboratórios virtuais de realidade que possibilitaram esta revolução na a robótica, a análise de big data, a aumentada, bibliotecas virtuais indústria viabilizam e exigem as computação em nuvem, a realidade personalizadas, plataformas adaptativas de transformações em outras áreas, dentre aumentada, a manufatura aditiva educação com inteligência artificial, análise elas, a educação. (impressão 3D) e manufatura híbrida, preditiva do comportamento dos alunos, dentre outros. educação a distância, dentre outros. Dentre os desafios do Mercado 4.0, o maior deles é o desenvolvimento das novas habilidades e competências.
Desenvolver as habilidades compatíveis com o mercado
e as competências necessárias para o exercício de uma vida profissional ativa significa, antes de tudo, exercitar a adaptabilidade.
Embora sejam extintos aproximadamente 2 bilhões de
empregos até 2030, outros 2,4 postos de empregos serão criados, especialmente em startups. (Consultoria McKinsey)
Contudo, esses novos postos de empregos serão criados
em empresas de tecnologia. Os profissionais de hoje e do futuro devem ter competências tecnológicas para se habilitarem ao novo mercado profissional. As características do profissional, portanto, estão vinculadas às competências técnicas como sempre estiveram, porém, cada vez mais próxima das inovações tecnológicas.
Essas características estão basicamente ligadas às Noções de
programação, Fluência em dispositivos móveis, Cultura digital, Familiaridade com a nuvem e a cibersegurança, Noções sobre análise de dados.
Para o professor, surgem novos mercados e novas metodologias.
Quanto a estas, podem ser citadas: m-Learning, Lifelong learning, Nanodegree, PITCH, Bootstraping, Design Thinking, Key Performance Indicator, Polinização, Flipped Classroom, Blended learning, Hands on, Learning by doing, Problem-Based Learning, Project-Based Learning, Minimum viable product, Canvas, SCRUM, Mapa de Empatia, SWOT, Storytelling.
É fundamental estar preparado para aplicar essas metodologias.
A Educação 4.0 tem propostas para o Mercado 4.0. Vale observar, contudo, que as exigências do Mercado 4.0 promovem um duplo impacto na educação. Primeiramente no sentido de que a educação enquanto processos educacionais encontra-se afetada pelas novas tecnologias e as mudanças nesses processos representam uma verdadeira avalanche.
Em segundo lugar, o Mercado 4.0 afeta a educação no sentido de exigir
dela uma nova formação que promova o desenvolvimento das habilidades e competências exigidas por esse admirável mundo novo. EDUCAÇÃO MEDIADA PELAS NOVAS TECNOLOGIA Vista como processos de ensino/aprendizagem a educação 4.0 se adapta às novas tecnologias e às novas demandas do mercado. Pode-se perceber por meio de alguns dados a transformação que a educação vem experimentando. Atualmente existem no país aproximadamente 700 EdTechs (startups da área da educação). A educação superior a distância no país vem crescendo ano após ano e acumula um crescimento expressivo nos últimos 10 anos. Segundo o Censo da Educação Superior de 2017, “O número de ingressos em cursos de graduação a distância tem crescido substancialmente nos últimos anos, aumentando sua participação no total de ingressantes de 15,4% em 2007 para 33,3% em 2017.” O número de alunos matriculados em cursos de graduação EAD representou 21,2% do total, em 2017. Considerando que 10 anos antes essa fatia representava 7,0%, houve um aumento de mais de 3 vezes no número das matrículas nos cursos EAD nos últimos 10 anos.
Mantida essa proporção, em mais 10 anos, as matrículas
nos cursos EAD representarão mais de 50% do total.
Os recursos tecnológicos estão cada vez melhores, mais
realistas e acessíveis ao grande público.
Plataformas como GoogleForEducation, Eduma, Moodle,
Canvas, Samba Tech, QMágico, Sistema Faculdade, além de outras centenas de ferramentas gratuitas estão à disposição de alunos e professores. REDE
As redes sociais tornaram-se um locus
onde há, também, o encontro da demanda pelo saber e a oferta por aqueles que podem compartilhá-lo.
As diversas plataformas existentes
ofertam educação para todas demandas, seja de forma paga ou mesmo gratuita.
A educação 4.0, além de adaptar a sua
estrutura às novas tecnologias, também se adequa para oferecer uma formação cada vez mais compatível com o mercado 4.0, além de se estruturar para desenvolver as habilidades e competências atualmente exigidas. As metodologias foram pluralizadas em função das diversas demandas e do público cada vez mais tecnológico que acessa as diversas modalidades de ensino.
Dentre as metodologias mais exitosas destacam aquelas que são
ativas, que permitem aos alunos experiências exitosas e genuínas. As competências técnicas são cada vez mais verticalizadas e aliadas às tecnologias.
Contudo, além das competências técnicas, surgem as soft skills
como o elemento diferenciador dos profissionais do novo tempo. São soft skills a resiliência, o relacionamento interpessoal, a ética, o pensamento crítico e reflexivo, a liderança, o trabalho em equipe, a boa comunicação, dentre outros predicados subjetivos.
SOFT SKILLS Os prognósticos em relação às características das novas
carreiras profissionais são os mesmos nas mais diversas áreas. A tecnologia vem tomando conta das profissões. São startups para todos os gostos, bigdata, nuvens, inteligência artificial, plataformas, robôs e mais robôs, dentre outras infinidades de inovações tecnológicas que ganham cada vez mais espaço no Mercado e demandam dos profissionais competência tecnológica. Em verdade, tudo o que for dado (conjunto de informações) de natureza objetiva, pode ser apropriado pelas máquinas – machine learning, e, em certa medida, elas podem fazer um bom trabalho.
Certamente as máquinas não acabarão com o
trabalho humano no mundo, mas, irão reduzi-lo muito e mudá-lo. Todo o trabalho braçal, objetivo, repetitivo e apropriável pela tecnologia da informação tende a ser realizado pelas máquinas. Assim, o que restará para os profissionais do futuro? Eis uma resposta objetiva e adequada à proposta deste opúsculo: restarão, essencialmente, a lifelong learning e as soft skills. Isso porque o aprendizado ao longo da vida conduzirá o profissional para novos e específicos ramos de atividade ou papéis não alcançáveis pela tecnologia, nos quais apenas as habilidades humanas prevalecerão. No mesmo sentido, sobressairão os elementos que nos fazem humanos, uma vez que a máquina ainda tem muitas limitações em relação às habilidades comportamentais Novas subjetivas.
Habilidades Portanto, o perfil do novo profissional, inclusive da
educação, congrega hard e soft skills. As novas habilidades técnicas apreciadas pelo mercado estão ligadas, por exemplo, às Noções de programação, Fluência em dispositivos móveis, Cultura digital, Familiaridade com a nuvem e a cibersegurança, Noções sobre análise de dados. De igual modo, as habilidades sociais são cada vez mais apreciadas, tais como, a mencionada resiliência, o relacionamento interpessoal, a ética, o pensamento crítico e reflexivo, a liderança, dentre outros. Autores Daniel Evangelista Vasconcelos Almeida Gustavo Henrique de Almeida