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Três Lagos-MS
2019
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Orientador(a):
Três Lagoas - MS
2019
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 5
4 CONCLUSÃO......................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 12
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1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
decisões dos governantes no que tange aos seus direitos. A educação deve ser
ferramenta de transformação do meio em que vivem, sendo necessário ao processo
educacional a participação de todos os indivíduos pertencentes ao movimento para
que seja possível construir novas consciências, além do aprender a ler e
escrever(SILVA Jr, 2011).
Neste contexto, desde 1987 o movimento busca a organização em
questões educacionais para tratar dos ambientes escolares em seus assentamentos,
mantendo um Coletivo Nacional de Educação representado por diversos integrantes
do movimento de diferentes estados, que se reúnem periodicamente para discutir as
demandas existentes para que haja uma melhora da educação do campo. A educação
do Campo é amparada por políticas públicas criadas pelo governo, como o
PRONACAMPO e o PRONERA, que propiciam a educação do campo de maneira
generalizada, porém a metodologia pedagógica da educação para o MST é
fundamentada segundo as linhas de ação do movimento (BRASIL, 2013).
O currículo pedagógico para a educação do campo é elaborado
para atender as demandas e particularidades do contexto social onde está inserido.
Como exemplo, o ano escolar é pautado considerando-se os períodos de plantio e de
colheita dos assentamentos, pois estes períodos necessitam de maior disponibilidade
de tempo dos trabalhadores rurais para a execução das tarefas de produção. Desta
forma, o ano escolar é divido entre o as atividades intelectuais e braçais, que são
executadas tanto pelos educandos como também pelos educadores (PACHECO,
2014).
A maioria das escolas presentes nos acampamentos são públicas
e financiadas pelo governo. A pedagogia do campo aborda o trabalhador rural como
principal agente de transformação do meio em que vive e, por isso, diversas formas
distintas de educar são utilizadas no processo educacional como forma de conceber
meios socioeconômicos para que esta população permaneça no campo, evitando o
êxodo rural devido a precariedade das condições de sobrevivência.
O MST luta pela implementação da escola intinerante que possa
acompanhar todos os acampamentos para onde eles forem. Esta metodologia é
considerada como fundamental para que haja a continuidade do processo educacional
sem atribuir danos aos educandos devido às situações adversas que este grupo pode
sofrer. Esta escola, que atende crianças de sete a doze anos, foi alcançada pelo
movimento em 1996, através do Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do
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Sul. No estado, essa conquista já foi alcançada a partir de muita luta frente ao direito
à educação que seja compatível com o modo de vida desses trabalhadores, em que
a aprendizagem considera as experiências cotidianas daquele meio, buscando
solucionar os problemas diários presentes como forma de transformar a realidade
sociocultural (BEZERRA, 2007).
Segundo Bezerra (2007, p. 133):
[...] dizem inspirar-se nas obras de “grandes mestres pedagogos”, que viam
na educação um dos principais caminhos para a verdadeira libertação da
pessoa humana, em especial Paulo Freire. Adotam ainda propostas às vezes
inconciliáveis do ponto de vista metodológico, chegando a utilizar os
pressupostos tanto de um existencialista cristão como Paulo Freire até de um
materialista como Makarenko, passando por nacionalistas como o cubano
Jose Marti. Fazem uso ainda das metodologias educacionais que dão
sustentação ao modelo neoliberal no campo educativo, como os princípios
piagetianos, através do seu construtivismo.
Desta maneira, a educação pautada basicamente em uma
educação popular que seja acessível a todos os indivíduos pertencentes ao
movimento é vista como meio de transformação social, que facilitam a reflexão da
idealização do mundo e do papel dos indivíduos na sociedade, voltada ao trabalho
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4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS