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Cânon bíblico – Wikipédia, a enciclopédia


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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Bíblia

Cânon bíblico e livros[Expandir]

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Pontos de vista[Expandir]

Cânone bíblico ou cânone das Escrituras[1][nota 1] é a lista de textos (ou


"livros") religiosos que uma determinada comunidade aceita como sendo
inspirados por Deus e autoritativos. A palavra "cânone" vem do termo grego
κανών ("régua" ou "vara de medir"). Os cristãos foram os primeiros a utilizar o
termo para fazer referência às suas Escrituras, mas Eugene Ulrich considera
que a ideia é derivada do judaísmo.[2][3]

A maioria dos cânones tratados neste artigo são considerados como


"fechados" (ou seja, livros não podem mais ser acrescentados ou
removidos),[4] o que reflete a crença de que a revelação divina está encerrada

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e, portanto, uma pessoa ou grupo de pessoas foi capaz de juntar os textos


inspirados aprovados num cânone completo e autoritativo.[5] Por outro lado,
um cânone "aberto" é aquele que permite a adição de novos livros através da
revelação contínua.

Estes cânones se desenvolveram através do debate[6] e consenso entre as


autoridades religiosas de cada uma das respectivas denominações. Os fieis
consideram os livros canônicos como sendo inspirados por Deus ou como
expressando a história autoritativa da relação entre Deus e seu povo. Alguns
livros, como os evangelhos judaico-cristãos, foram excluídos do cânone
completamente, mas muitos livros disputados, considerados não canônicos ou
apócrifos por alguns, são considerados como sendo apócrifos bíblicos,
deuterocanônicos ou plenamente canônicos por outros. Diferenças existem
entre a Tanakh judaica e os cânones bíblicos cristãos e entre os cânones das
diferentes denominações cristãs. Critérios e processos de canonização
diferentes ditam o que as diversas comunidades consideram como Escrituras
inspiradas. Em alguns casos, nos quais diferentes graus de inspiração se
acumularam, é prudente discutir textos que só foram elevados ao status de
canônico numa única tradição religiosa. Este tema é ainda mais complexo
quando se considera os cânones abertos das várias seitas dos Santos dos
Últimos Dias ("mórmons") — que alguns consideram como descendentes do
cristianismo e, portanto, do judaísmo — e as revelações recebidas pelos seus
diversos líderes ao longo dos anos dentro do próprio movimento.

Cânones judaicos[editar | editar código-fonte]

Judaísmo rabínico[editar | editar código-fonte]

O Judaísmo rabínico (em hebraico: ‫ )יהדות רבנית‬reconhece os vinte e quatro


livros do texto massorético, geralmente conhecidos como Tanakh (em
hebraico: "‫ )ַתַּנ‬ou Bíblia hebraica.[7] Evidências sugerem que o processo de
canonização ocorreu entre 200 a.C. e 200 d.C.; um ponto de vista popular é
que a Torá foi canonizada por volta de 400 a.C., Nevi'im ("Profetas") por volta
de 200 a.C. e Ketuvim ("Escritos") por volta de 100,[8] talvez no hipotético
Concílio de Jâmnia (que vem sendo cada vez mais considerado fictício pelos
estudiosos modernos).[9][10][11][12][13][14] Segundo Marc Zvi Brettler, as
escrituras judaicas além da Torá e Nevi'im são fluidas, com diferentes grupos
considerando diferentes livros como autoritativos.[15]

O Deuteronômio, parte da Torá, inclui uma proibição contra a adição ou


remoção (Deuteronômio 4:2, Deuteronômio 12:32), o que pode ser aplicado
ao livro em si (ou seja, a proibição contra qualquer edição futura pelas mãos
dos escribas) ou às instruções recebidas por Moisés no monte Sinai.[16] II
Macabeus, um livro que não faz parte do cânone judaico, descreve Neemias
(c. 400 a.C.) como tendo "fundado uma biblioteca e colecionado livros sobre
reis e profetas, os textos de David e as cartas dos reis sobre ofertas votivas"
(II Macabeus 2:13-15).

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O Livro de Neemias sugere que o sacerdote-escriba Esdras levou a Torá de


volta do cativeiro na Babilônia para Jerusalém, onde foi reconstruído o Templo
(Neemias 8:-Neemias 9:) por volta da mesma época. Tanto I quanto II
Macabeus sugerem que Judas Macabeu (c. 167 a.C.) também colecionou
livros sagrados (I Macabeus 3:42-50, II Macabeus 2:13-15, II Macabeus
15:6-9), o que levou alguns estudiosos a sugerirem que o cânone judaico teria
sido estabelecido pela dinastia dos asmoneus.[17] Porém, estas fontes
primárias não sugerem que o cânone estava "fechado" na época e também
não deixam claro que os livros sagrados da época eram os mesmos que mais
tarde fariam parte do cânone.

A "Grande Assembleia", também conhecida como "Grande Sinagoga", era,


segundo a tradição judaica, uma assembleia de 120 escribas, sábios e
profetas do final da era dos profetas bíblicos até a época do desenvolvimento
do judaísmo rabínico e marcou a transição da época profética para a época
dos rabinos. Ela existiu por cerca de 200 anos e acabou em 70, com a
destruição de Jerusalém pelo Império Romano. Entre os desenvolvimentos do
judaísmo atribuídos a eles está a fixação do cânone, incluindo os livros de
Ezequiel, Daniel, Ester e dos doze profetas menores; a introdução da festa do
Purim e a instituição da oração conhecida como Shmoneh Esreh, além das
bençãos, orações e rituais da sinagoga.

Além da Tanakh, o grupo majoritário do judaísmo rabínico considera o


Talmude (em hebraico: ‫ )ַתְּלמוּד‬como sendo outro texto autoritativo e central.
Trata-se de um registro de discussões rabínicas sobre lei, ética, filosofia,
costumes e história dos judeus. O Talmude está dividido em dois
componentes, a Mishná (c. 200), o primeiro compêndio escrito da lei oral
judaica, e a Guemará (ca. 500), esclarecimentos sobre a Mishná e outros
textos tanaítas. Há diversas citações da Sirácida no Talmude, mesmo este
livro não fazendo parte do cânone hebraico.

O Talmude é a base para todos os códigos da lei rabínica e é geralmente


citado na literatura rabínica. Certos grupos judaicos, como os caraítas, não
aceitam a lei oral codificada no Talmude e aceitam apenas a Tanakh como
sendo autoritativa.

Beta Israel[editar | editar código-fonte]

Os judeus etíopes, conhecidos como Beta Israel (em ge'ez:ቤተ እስራኤል, "Bēta
'Isrā'ēl"), possuem um cânone escritural distinto do cânone do judaísmo
rabínico. "Mäṣḥafä Kedus" ("Sagradas Escrituras") é o nome da literatura
religiosa destes judeus, escrita primordialmente em ge'ez. O livro mais
sagrado, chamado "Orit", consiste no Pentateuco (equivalente à Torá)
acrescido de Josué, Juízes e Rute. O resto do cânone é considerado como de
importância secundária e consiste no restante do cânone hebraico — com a
possível exceção do Livro das Lamentações — e vários livros
deuterocanônicos. Entre eles, Sirácida, Judite, Tobias, I e II Esdras, I e IV
Baruque, os três livros conhecidos como Meqabyan ("Macabeus etíope"),
Jubileus, Enoque, Testamento de Abraão, Testamento de Isaac e o
Testamento de Jacó. Estes três últimos testamentos patriarcais são únicos dos
judeus etíopes[nota 2].

Uma terceira categoria de textos que são importantes para os judeus etíopes,
mas não são considerados como parte do cânone, incluem os seguintes livros:
"Nagara Muse" ("Conversação de Moisés"), "Mota Aaron" ("Morte de Aarão"),
"Mota Muse" ("Morte de Moisés"), "Te'ezaza Sanbat" ("Preceitos do Sabá"),
"Arde'et" ("Estudantes"), "Apocalipse de Gorgório", "Mäṣḥafä Sa'atat" ("Livro

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das Horas"), "Abba Elias" ("Padre Elias"), "Mäṣḥafä Mäla'əkt" ("Livro dos
Anjos"), "Mäṣḥafä Kahan" ("Livro dos Sacerdotes"), "Dərsanä Abrəham
Wäsara Bägabs" ("Homília de Abraão e Sara no Egito"), "Gadla Sosna" ("Atos
de Susana") e "Baqadāmi Gabra Egzi'abḥēr" ("No Princípio, Deus Criou").

Finalmente, "Zëna Ayhud" (a versão etíope de Josippon) e os ditos de vários


"fālasfā" ("filósofos") são fontes que não são necessariamente consideradas
como sagradas, mas têm, apesar disto, grande influência.

Cânone samaritano[editar | editar código-fonte]

Outra versão da Torá, escrita no alfabeto samaritano, também existe e está


associada aos samaritanos (em hebraico: ‫ ;שומרונים‬em árabe: ‫)ﺍﻟﺳﺎﻣﺭﻳﻭﻥ‬, um
povo cuja história, nas palavras da Enciclopédia Judaica, "começa com a
captura da Samaria pelos assírios em 722 a.C." (a Samaria corresponde, a
grosso modo, com o território do antigo Reino de Israel).[18]

A relação da Torá samaritana com o texto massorético ainda é tema de


disputas. Algumas diferenças são menores, como as idades das diferentes
pessoas mencionadas nas listas genealógicas, mas outras são maiores, como
o mandamento da monogamia, que só existe na versão samaritana. Mais
importante, o texto samaritano também diverge do massorético ao afirmar que
Moisés recebeu os Dez Mandamentos no monte Gerizim (e não no monte
Sinai) e que foi no alto desta montanha que os sacrifícios deveriam ser feitos a
Deus (e não no Templo de Jerusalém). Apesar disto, os estudiosos consultam
a versão samaritana para apoiar na determinação do texto original da Torá e
também para retraçar o desenvolvimento das famílias textuais. Alguns rolo
entre os Manuscritos do Mar Morto foram identificados como sendo do texto-
tipo proto-samaritano da Torá.[19] Comparações também já foram feitas entre
a Torá samaritana e o Pentateuco da Septuaginta grega.

Os samaritanos consideram a Torá como sendo escritura inspirada, mas não


aceitam nenhuma outra parte da Bíblia, uma posição provavelmente defendida
pelos históricos saduceus.[20] Além disto, o cânone não foi expandido pelo
acréscimo de nenhum texto unicamente samaritano. Há um Livro de Josué
samaritano, mas trata-se de uma crônica popular escrita em árabe e não é
considerado canônico. Outros textos religiosos não canônicos incluem o
"Memar Markah" ("Doutrina de Markah") e o "Defter" ("Livro de Orações"),
ambos do século IV ou depois.[21]

Os descendentes modernos dos samaritanos que vivem nos estados


modernos de Israel e Palestina consideram sua versão da Torá como
completa e autoritativa.[18] Eles se auto-definem como "verdadeiros guardiões
da Lei", uma reivindicação reforçada pela alegação da comunidade de Nablus
(tradicionalmente associada à antiga cidade bíblica de Siquém) de estarem de
posse da mais antiga cópia sobrevivente da Torá, que eles acreditam ter sido

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escrita por Abisha, um neto de Aarão.[22]

Cânones bíblicos cristãos[editar | editar código-fonte]

Cristianismo primitivo[editar | editar código-fonte]

Primeiras comunidades cristãs[editar | editar código-fonte]

A Igreja antiga utilizava o Antigo Testamento, especificamente a Septuaginta


(LXX)[23] entre os falantes do grego. Os Apóstolos não deixaram um conjunto
definido de novas Escrituras e o Novo Testamento se desenvolveu ao longo
do tempo.

Textos atribuídos aos Apóstolos circulavam livremente entre as primeiras


comunidades cristãs. As epístolas paulinas já circulavam de forma conjunta no
final do século I. Justino Mártir, no início do século II, menciona as "memórias
dos Apóstolos", que os cristãos chamaram de "evangelhos", e que eram
consideradas tão autoritativas quando o Antigo Testamento.[24]

Lista de Marcião[editar | editar código-fonte]

Marcião de Sinope (c. 140) foi o primeiro líder cristão histórico a propor e
delinear um cânone unicamente cristão (apesar de depois ter sido
considerado herético).[25] Ela excluiu todos os livros do Antigo Testamento e
incluiu apenas dez epístolas paulinas e uma versão do Evangelho de Lucas
conhecida como "Evangelho do Senhor". Ao fazê-lo, Marcião estabeleceu uma
forma de analisar textos religiosos que ainda hoje permanece no pensamento
cristão.[26]

Depois de Marcião, o cristianismo começou a dividir seus textos entre os que


se alinhavam adequadamente com o "cânone" (no sentido da "régua") do
pensamento teológico aceito e os que deveriam ser considerados heréticos.
Esta visão teve um papel fundamental na finalização da estrutura da coleção
de livros que viria a ser conhecida como "Bíblia". E o ímpeto inicial para esta
empreitada foi dado pela necessidade de propor uma alternativa ao cânone de
Marcião.[26]

Pais da Igreja[editar | editar código-fonte]

Um cânone com quatro evangelhos canônicos foi afirmado por Ireneu de Lyon
(m. 202).[27] No início do século III, teólogos como Orígenes podem ter
utilizado — ou pelo menos conhecia — os mesmos 27 livros presentes nas
modernas edições do Novo Testamento, embora ainda houvesse disputas
sobre a canonicidade de algumas obras (vide desenvolvimento do cânone do
Novo Testamento).[28] Da mesma forma, o Fragmento Muratori revela que, já
em 200, existia um conjunto de textos cristãos bem similar ao moderno Novo
Testamento, incluindo os quatro evangelhos.[29] Desta forma, apesar de
certamente terem havido numerosos debates sobre o cânone do Novo
Testamento no período do cristianismo primitivo, as principais obras já eram
consideradas aceitas em meados do século III.[30]

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Igreja Oriental[editar | editar código-fonte]

Pais alexandrinos[editar | editar código-fonte]

Orígenes (c. 184–c. 253), um dos primeiros estudiosos cristãos envolvidos na


codificação do cânone bíblico, teve uma boa educação tanto na teologia cristã
quanto na filosofia pagã, mas acabou sendo postumamente condenado no
Segundo Concílio de Constantinopla (553) por causa de algumas obras que
foram consideradas heréticas. O seu cânone incluía todos os livros do
moderno cânone do Novo Testamento, com exceção de quatro livros: Tiago, II
Pedro, II João e III João.[31] Ele também incluiu o Pastor de Hermas, uma obra
que depois foi descartada. O estudioso Bruce Metzger descreveu os esforços
de Orígenes assim: "o processo de canonização representada por Orígenes
ocorreu através de seleção, partindo de muitos candidatos para a inclusão
para poucos".[32]

Esta foi uma das primeiras grandes tentativas de compilação de certos livros e
epístolas como parte de um cânone autoritativo e inspirado para a Igreja
antiga, embora não seja claro se esta era a intenção da lista de Orígenes. Em
sua Carta Festiva de 367, o patriarca Atanásio de Alexandria forneceu uma
lista idêntica para os livros do Novo Testamento[33] e usou o termo
"canonizados" ("kanonizomena") para se refererir a eles.[34] Seu cânone para
o Antigo Testamento incluía os livros protocanônicos da Bíblia Hebraica,
acrescentando a Epístola de Jeremias e o Livro de Baruque e excluindo o
Livro de Ester.

Cânones orientais[editar | editar código-fonte]

As igrejas orientais sentiram, de modo geral, menos a necessidade de


delinear claramente o que seria o cânone do que as ocidentais. Elas eram
mais conscientes da gradação da qualidade espiritual entre os livros que
aceitavam (como a classificação feita por Eusébio de Cesareia) e geralmente
se dispunham menos a afirmar que os livros que elas rejeitavam não
possuíam nenhuma qualidade espiritual. O Concílio Quinissexto (692),
rejeitado pelo papa Sérgio I, mas aceito pela Igreja Ortodoxa,[35] endossou as
seguintes listas de obras canônicas: os Cânones dos Apóstolos (c. 385), o
Sínodo de Laodiceia (c. 363), o Concílio de Cartago (397) e a 39ª Carta
Festiva de Atanásio (367).[36]

Porém, as listas das diversas denominações ortodoxas não concordam entre


si. O cânone do Novo Testamento da Igreja Ortodoxa Síria, Igreja Apostólica
Armênia, Igreja Ortodoxa Georgiana, Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria e
da Igreja Ortodoxa Etíope apresentam diferenças menores, mesmo que cinco
destas igrejas façam parte da Igreja Ortodoxa. O Apocalipse é um dos livros
mais diputados, pois, no oriente, movimentos como o quiliasmo e o

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montanismo levantaram suspeitas sobre ele.[38] Ele só foi traduzido para o


georgiano no século X e jamais foi incluído no lecionário oficial da Igreja
Ortodoxa, em tempos bizantinos ou modernos. Porém, seu status canônico
não é disputado.[39]

Igreja ocidental[editar | editar código-fonte]

Pais latinos[editar | editar código-fonte]

O primeiro concílio a aceitar o moderno cânone católico (o Cânone de Trento)


pode ter sido o Sínodo de Hipona (393), no norte da África. Um breve sumário
de seus atos foi lido e aceito pelo Concílio de Cartago (397) e pelo Concílio de
Cartago (419).[40] Estes concílios foram realizados sob a autoridade de
Agostinho, que considerava o cânone como já fechado na época.[41] O
Concílio de Roma (382), do papa Dâmaso I, proclamou um cânone idêntico,
se é que é possível relacionar o Decretum Gelasianum a ele.[33][42] Da mesma
forma, a encomenda de Dâmaso de uma versão em latim da Bíblia (a
Vulgata), por volta de 383, foi instrumental para a fixação do cânone no
ocidente.[43]

Por volta de 405, o papa Inocêncio I enviou uma lista de livros sagrados ao
bispo gaulês Exupério de Toulouse.[44] Os estudiosos cristãos afirmam que,
quando bispos e concílios tratavam do tema, eles não estavam tratando de
algo novo e sim "ratificando o que já havia se tornado o pensamento da
Igreja".[45]

Assim, a partir do século IV já existia uma unanimidade no ocidente sobre o


cânone do Novo Testamento (como é hoje)[46] e, no século V, o oriente, com
umas poucas exceções, passou a aceitar o Apocalipse, harmonizando o
reconhecimento do cânone.[47]

Cânone protestante[editar | editar código-fonte]

Muitos protestantes modernos citam quatro "Critérios de Canonicidade" para


justificar quais livros devem ser incluídos no Antigo e no Novo Testamento:

1. Origem Apostólica – atribuído a e baseado no ministério e nos ensinamentos


da primeira geração de apóstolos ou seus companheiros próximos;

2. Aceitação Universal – reconhecido por todas as grandes comunidades cristãs


do mundo antigo no final do século IV;

3. Uso Litúrgico – lidos publicamente quando as primeiras comunidades cristãs


se reuniam para a "Ceia do Senhor", o serviço religioso semanal;

4. Mensagem Consistente – conteúdo teológico similar ou complementar a


outros textos cristãos aceitos universalmente.

O fator básico para o reconhecimento da canonicidade era a inspiração divina


e o teste principal para isto era a "Origem Apostólica". Neste contexto, o termo
"apostólico" não necessariamente significa autoria ou derivação apostólica e
sim "autoridade apostólica". Esta, por sua vez, está necessariamente ligada a
autoridade divina através da sucessão apostólica.

Contudo, é muitas vezes difícil aplicar estes critérios a todos os livros do


cânone aceito e livros considerados como apócrifos poderiam preencher estes
critérios. Por isso, na prática, os protestantes defendem o cânone da Bíblia
hebraica e o cânone católico para o Novo Testamento (27 livros).

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Cânone de Lutero[editar | editar código-fonte]

Martinho Lutero se incomodava com quatro livros do Novo Testamento,


chamados de "antilegomena": Judas, Tiago, Hebreus e o Apocalipse. Por isto,
ele os posicionou numa posição secundária em relação aos demais, mas não
os excluiu. Ele propôs removê-los do cânone[48][49] ecoando a opinião de
diversos católicos — como o cardeal Caetano e Erasmo — e, parcialmente,
por causa de ensinamentos que ele percebia como sendo contrário às
doutrinas protestantes como a sola gratia e a sola fide, uma tese que não é
geralmente aceita por seus seguidores. Ainda hoje estes livros aparecem em
último lugar na Bíblia de Lutero alemã.[50][51]

Cânones das várias tradições cristãs[editar | editar código-fonte]

Apesar disto, articulações plenamente dogmáticas sobre o cânone só foram


feitas no Cânone de Trento (1546) para a Igreja Católica,[52] a Confissão
Gálica da Fé (1559) para o calvinismo, os Trinta e Nove Artigos (1563) para a
Igreja da Inglaterra e o Sínodo de Jerusalém (1672) para a Igreja Ortodoxa.
Outras tradições, apesar de defenderem cânones fechados, não
estabeleceram uma data exata para sua fixação. As tabelas seguintes
refletem a situação atual dos diversos cânones.

Antigo Testamento[editar | editar código-fonte]

Todas as grandes tradições cristãs aceitam os protocânone hebraico


inteiramente como sendo livros inspirados e autoritativos. Além disto, todas
elas, com exceção dos protestantes, aceitam também os livros
deuterocanônicos. É importante lembrar que mesmo estes livros aparecem em
algumas bíblicas protestantes, como é o caso da Bíblia do Rei Jaime e da
Bíblia de Lutero, numa seção chamada "Apocrypha".

Alguns livros, listados nas tabelas abaixo, como Testamentos dos Doze
Patriarcas para a Igreja Apostólica Armênia, podem ter sido um dia uma parte
vital da tradição bíblica e podem ainda hoje ter um lugar de honra, mas não
são mais considerados como parte da Bíblia. Outros, como a Prece de
Manassés para a Igreja Católica, podem ter aparecido em manuscritos, mas
jamais chegaram a ter um status de canônico naquela tradição. O nível de
proeminência de algumas obras, como os Salmos 152 a 155 e os Salmos de
Salomão para o cristianismo sírio, permanece obscuro.

Com relação ao cânone bíblico etíope, é fundamental lembrar que: (i)


Lamentações, Jeremias, Baruque, Epístola de Jeremias e IV Baruque são
considerados canônicos, mas é incerto como estes livros estão divididos e
organizados; em algumas listas, eles aparecem simplesmente como
"Jeremias" e, em outras, estão divididos em vários livros separados; (ii)
Provérbios está dividido em dois livros — Messale (caps. 1-24) e Tägsas
(caps. 25–31); (iii) os livros de Jubileus e Enoque são bem conhecidos dos
estudiosos ocidentais, os três livros conhecidos como Meqabyan ("Macabeus
etíope") não são. O seu conteúdo é completamente diferente dos Livros de
Macabeus de outras tradições; (iv) o Livro de José ben Gurion ou Pseudo-
Josefo é uma história do povo judeu que se acredita ter sido baseada nas

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obras de Flávio Josefo[nota 3]. A versão etíope (Zëna Ayhud) tem oito partes e
é parte do cânone etíope[nota 4].[53]

Tabela do Antigo Testamento[editar | editar código-fonte]

Ms.="Manuscrito; Mss.="Manuscritos".

Tradição ocidental Tradição ortodoxa Tradição ortodoxa oriental

Livros Protestantes Católicos Gregos Eslavônicos Georgianos Armênios Ortodoxos Ortodoxos


[O 1] romanos ortodoxos ortodoxos ortodoxos apostólicos sírios coptas
[O 2]

Pentateuco (Torá)

Gênesis Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Êxodo Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Levítico Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Números Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Deuteronômio Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Históricos

Josué Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Juízes Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Rute Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

I e II Samuel Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

I e II Reis Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

I e II Crônicas Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Prece de Não Não – Sim (?) Sim (?) (?) Sim (?) Sim (?) Sim (?) Sim (?)
Manassés (Apócrifo) inc. em (parte de (parte de (parte de
[O 4] alguns Odes) Odes) Odes)
mss. [O 5] [O 5] [O 5]

Esdras Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


(I Ezra) I Esdras Esdras B' I Esdras I Esdras I Esdras

Neemias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


(II Ezra) II Esdras Esdras Γ'

III Esdras Não Não Sim Sim Sim Sim Não (?) – Não – inc.
(I Esdras ou III I Esdras III Esdras A' II Esdras II Ezra II Ezra inc. em em alguns
Ezra) (Apócrifos) Esdras [O 6] alguns mss.
(inc. em mss.
alguns
mss.)

Apocalipse de Não Não Não Não Sim (?) Sim Não (?) – Não – inc.
Esdras II Esdras IV (Ms. III Esdras III Ezra III Ezra inc. em em alguns
(IV (Apócrifo) Esdras grego (apêndice) [O 6] alguns mss.

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Esdras/Ezra)[O (inc. em perdido) mss.


7] alguns [O 8]
mss.)

II Esdras 1–2; Não Não Não Não Não Não Não Não
15–16 (parte do (parte de (Ms.
(V e VI apócrifo II IV grego)
Esdras/Ezra)[O Esdras) Esdras) [O 9]

7]

Ester[O 10] Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Adições em Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


Ester (Apócrifo)

Tobias Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


(Apócrifo)

Judite Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


(Apócrifo)

I Macabeus Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


(Apócrifo)

II Macabeus Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


(Apócrifo)

III Macabeus Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Não – inc.
(Apócrifo) [O 6] em alguns
[O 11] mss.

IV Macabeus Não Não Não Não Sim Não Não (?) – Não
(apêndice) (apêndice) (tradição inc. em (Ms.
antiga) alguns copta)
mss.

Jubileus Não Não Não Não Não Não Não Não

Enoque Não Não Não Não Não Não Não Não

I Meqabyan Não Não Não Não Não Não Não Não

II e III Não Não Não Não Não Não Não Não


Meqabyan[O
12]

Pseudo-Josefo Não Não Não Não Não Não Não Não


Etíope
(Zëna Ayhud)

A Guerra dos Não Não Não Não Não Não Não – inc. Não
Judeus VI, de em alguns
Josefo mss.
[O 14]

Testamentos Não Não Não Não Não Não – inc. Não Não
dos Doze (Ms. em alguns
Patriarcas grego) mss.

José e Não Não Não Não Não Não – inc. Não Não
Azenate em alguns

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mss.

Poéticos e sapienciais

Jó Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Salmos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


1–150[O 16]

Salmo 151 Não Não – Sim Sim Sim Sim Sim Sim
inc. em
alguns
mss.

Salmos Não Não Não Não Não Não Sim (?) Não
152–155

Salmos de Não Não Não – inc. Não Não Não Não – inc. Não
Salomão[O 17] em alguns em alguns
mss. mss.

Provérbios Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Eclesiastes Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Cântico dos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Cânticos

Livro da Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


Sabedoria (Apócrifo)

Sirácida (1–51) Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
(Eclesiástico)[O (Apócrifo) [O 19]

18]

Prece de Não Não (?) Não Não Não Não Não Não
Salomão – inc. em
(Sirácida 52) alguns
[O 20] mss.

Profetas maiores

Isaías Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Ascensão de Não Não Não Não Não Não – Não Não


Isaías litúrgico (?)
[O 21]

Jeremias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Lamentações Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


(1–5) [O 23]

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Lamentações Não Não Não Não Não Não Não Não


etíope
(7:1–11,63)
(Säqoqawä
Eremyas)

Baruque Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


(Apócrifos)

Epístola de Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


Jeremias (Apócrifos) (capítulo
6 de
Baruque)

Apocalipse Não Não Não Não Não Não Sim (?) Não
Sírio
de Baruque
(II Baruque
1–77)[O 28]

Epístola de Não Não Não Não Não Não Sim (?) Não
Baruque
(II Baruque
78–87)[O 28]

Apocalipse Não Não Não Não Não Não Não Não


Grego (Ms. (Ms.
de Baruque grego) eslavônico)
(III Baruque)[O
29]

IV Baruque Não Não Não Não Não Não Não Não

Ezequiel Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Daniel Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Adições em Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


Daniel[O 30] (Apócrifos)

Profetas menores

Oseias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Joel Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Amós Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Obadias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Jonas Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Miqueias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Naum Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Habacuque Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

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Sofonias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Ageu Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Zacarias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Malaquias Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Notas da tabela do Antigo Testamento[editar | editar código-fonte]

1. ↑ O termo "protestante" não é aceito por todas as denominações cristãs que


geralmente são classificadas sob este termo, especialmente as que se
enxergam como descendentes diretas da Era Apostólica. Porém, o termo é
utilizado de forma livre para incluir a maioria das igrejas não-católicas
protestantes, carismáticas/pentecostais e evangélicas. Outras igrejas e
movimentos ocidentais que tem uma história divergente do catolicismo
romano, mas não são necessariamente consideradas como protestantes
históricas podem também recair sob esta terminologia guarda-chuva.

2. ↑ O crescimento e desenvolvimento do cânone bíblico armênio é complexo.


Livros extra-canônicos do Antigo Testamento aparecem em listas e recensões
que são ou exclusivos desta tradição ou, quando existem em outros lugares,
jamais conquistaram o status de cânonico. Entre eles estão Mortes dos
Profetas, um antigo relato da vida dos profetas do Antigo Testamento, que não
está nesta tabela (conhecido também como "Vidas dos Profetas"). Outra obra
não lista é conhecida como "Palavras de Siraque", um texto diferente da
Sirácida ("Eclesiástico").

3. ↑ Dada a complexidade do cânone etíope, o épico nacional Kebra Negast é


considerado como tendo um status elevado por muitos cristãos etíopes, a
ponto de ser considerado como escritura inspirada por alguns.

4. ↑ Os apócrifos da Igreja da Inglaterra incluem a Prece de Manassés, I Esdras,


II Esdras, Adições em Ester, Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Livro da
Sabedoria, Sirácida, Baruque, Epístola de Jeremias e as Adições em Daniel.
Os apócrifos da Igreja Luterana omite desta lista I e II Esdras. Algumas bíblias
protestantes incluem III Macabeus como parte dos apócrifos. Porém, muitas
igrejas no protestantismo — na definição ampla utilizada neste artigo —
rejeitam completamente os apócrifos, não os consideram úteis e não os
incluem em suas Bíblias

5. ↑ Ir para: a b c A Prece de Manassés está incluída como parte do Livro de Odes,


o livro seguinte aos Salmos nas Bíblias ortodoxas. O restante do Livro de
Odes consiste de passagens repetidas de outras partes da Bíblia.

6. ↑ Ir para: a b c II Ezra, III Ezra e III Macabeus estão incluídos nas Bíblias e tem
um elevado status na tradição escritural armênia, mas são considerados
"extra-canônicos".

7. ↑ Ir para: a b Em muitas Bíblias, o Apocalipse de Esdras não é exatamente


idêntico ao Esdras latino (II Esdras na Bíblia do Rei Jaime ou IV Esdras na
Vulgata) que inclui um prólogo (V Esdras) e um epílogo (VI Esdras). Porém,
um grau de incerteza continua a existir com relação a estes livros e é
certamente possível que o texto completo — incluindo o prólogo e o epílogo —
aparecem em Bíblias e manuscritos bíblicos utilizados por muitas destas
tradições ortodoxas. Também importante notar que o fato de muitas versões
latinas não conterem 7:36—7:106.

8. ↑ Evidências sugerem fortemente que um manuscrito grego do "Apocalipse de


Esdras" existiu; estas também implicam numa origem hebraica do texto.

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9. ↑ Um antigo fragmento de VI Esdras é conhecido, o que implica uma possível


origem hebraica para II Esdras 15-16.

10. ↑ O lugar de Ester no cânone foi questionado por Lutero. Outros, como Melito
de Sardis, omitiram-no completamente.

11. ↑ III Macabeus é parte da tradição dos Irmãos Morávios, pois é parte da seção
de Apócrifos da Bíblia Kralicka. O livro também foi, aparentemente, incluído
em algumas antigas bíblias protestantes. Veja Metzger's "An Early Protestant
Bible Containing The Third Book Of Maccabees".

12. ↑ II e III Meqabyan, embora relativamente independentes no conteúdo, são


geralmente contados como um livro só.

13. ↑ Algumas fontes incluem Zëna Ayhud no "cânone estrito".

14. ↑ Ir para: a b Uma versão síria deste livro aparece em alguns manuscritos da
Peshitta com o título "Quinto Livro de Macabeus", claramente um engano.

15. ↑ Diversas listas históricas diferentes existem para a tradição etíope


tewahedo. Em uma delas, presente num manuscrito do Museu Britânico (Add.
16188), consta um "Livro de Azenate". É muito provável que seja uma
referência ao muito mais conhecido livro de "José e Azenate". Um
desconhecido "Livro de Uzias" também consta na lista, que pode estar ligado
ao perdido "Atos de Uzias", citado em II Crônicas 26:22.

16. ↑ Algumas tradições utilizam um conjunto diferente de salmos litúrgicos.

17. ↑ Em muitos manuscritos antigos existe uma coleção distinta, conhecida como
"Odes de Salomão", junto dos Salmos de Salomão.

18. ↑ O livro de Siraque é geralmente precedido por um prólogo não canônico


escrito pelo neto do autor.

19. ↑ Em algumas versões latinas, o capítulo 51 do Eclesiástico aparece


separadamente com o nome de "Prece de Josué, filho de Siraque".

20. ↑ Uma variante mais curta da oração do rei Salomão em I Reis 8:22-52,
aparece em alguns manuscritos latinos medievais e está presente em
algumas bíblias latinas no final ou imediatamente depois do Eclesiástico.

21. ↑ O "Martírio de Isaías" é uma leitura prescrita pela liturgia da Igreja Apostólica
Armênia em homenagem ao profeta Isaías (veja esta lista). Apesar desta
prescrição provavelmente seja uma referência ao relato da morte de Isaías
nas "Vidas dos Profetas", é possível que seja uma referência ao relato de sua
morte encontrado nos primeiros cinco capítulos da "Ascensão de Isaías", que
é amplamente conhecido por este nome. As duas narrativas apresentam
similaridades e podem ter uma origem comum.

22. ↑ Sabe-se há muito tempo que a "Ascensão de Isaías" é parte da tradição


escritural etíope. Embora não seja atualmente considerado canônico, várias
fontes atestam a uma canonicidade antiga (ou "semi-canonicidade") deste
livro.

23. ↑ Em algumas versões latinas, o capítulo 5 aparece separadamente com o


título de "Prece de Jeremias".

24. ↑ Ir para: a b c "Lamentações" etíope está dividido em onze capítulos, parte dos
quais não é considerada canônica.

25. ↑ A versão etíope de Baruque tem cinco capítulos, mas é mais curta que o
texto da Septuaginta.

26. ↑ Ir para: a b Algumas traduções de Baruque podem incluir a tradicional


"Epístola de Jeremias" como sexto capítulo.

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27. ↑ A "Carta aos Cativos", encontrada em Säqoqawä Eremyas — e conhecido


também como o sexto capítulo de "Lamentações" etíope — pode ser diferente
da "Epístola de Jeremias" (aos mesmos cativos) encontrada em outras
tradições.

28. ↑ Ir para: a b A "Epístola de Baruque" está nos capítulos 78-87 de II Baruque, os


dez últimos capítulos do livro. A carta teve uma circulação mais ampla que o
restante do livro (o "Apocalipse Sírio de Baruque") e frequentemente aparecia
como um livro separado.

29. ↑ Incluído nesta lista para evitar confusão, III Baruque é amplamente rejeitado
como sendo pseudepígrafo e não é parte de nenhuma tradição bíblica. Dois
manuscritos existem, um manuscrito em grego, mais longo, com interpolações
cristãs, e um sírio, mais curto. Não é certo qual deles foi escrito primeiro.

30. ↑ Bel e o Dragão, [[História de Susana|Susana], & Salmo de Azarias e o


cântico dos três jovens.

Novo Testamento[editar | editar código-fonte]

O cânone do Novo Testamento é geralmente consensado entre as várias


denominações cristãs: vinte e sete livros. Porém, a forma como estes livros
estão organizados varia de tradição para tradição. Por exemplo, nas tradições
luterana, eslavônica, ortodoxa etíope, ortodoxa síria e armênia, o Novo
Testamento está ordenado de forma diferente do que se considera a forma
padrão. As bíblias protestantes na Rússia e na Etiópia geralmente seguem a
ordenação ortodoxa local dos livros. A Igreja Ortodoxa Síria e a Igreja Assíria
do Oriente aderem à tradição litúrgica da Peshitta, que, historicamente, exclui
cinco livros do Novo Testamento (antilegomena): II João, III João, II Pedro,
Judas e Apocalipse. Porém, estes livros estão incluídos nas bíblias modernas
destas tradições.

Outras obras do Novo Testamento que geralmente são consideradas como


apócrifas, aparecem em algumas bíblias e manuscritos. Por exemplo, a
Epístola aos Laodicenses aparece em diversos manuscritos latinos da
Vulgata, em dezoito bíblias alemãs anteriores à Bíblia de Lutero e também em
diversas bíblias inglesas antigas, incluindo a tradução de João Wycliffe; em
datas tão recentes quanto 1728, William Whiston a considerava como sendo
genuinamente paulina. Da mesma forma, III Coríntios[nota 5] já foi considerada
parte da Bíblia armênia,[54] mas não aparece mais nas edições modernas. Na
tradição ortodoxa síria ela também já foi muito importante. Tanto Afraates
quanto Efrém da Síria a estimavam muito e a tratavam como canônica.[55]
Porém, ela não entrou no cânone da Peshitta e acabou excluída do cânone.

O "Didaquê", o "Pastor de Hermas" e outras obras atribuídas aos Padres


Apostólicos já foram consideradas canônicas por vários Pais da Igreja e ainda
são consideradas como textos de grande status em algumas tradições.
Porém, certos livros canônicos na tradição etíope traçam sua origem aos
textos dos Padres Apostólicos e também às Ordenamentos da Igreja Antiga.
Estes oito livros estão incluídos no "cânone ampliado": quatro livros de
Sínodos, dois livros da Aliança, Clemente Etíope e a Didascalia Etíope.[56]

Tabela do Novo Testamento[editar | editar código-fonte]

Ms.="Manuscrito; Mss.="Manuscritos".

Livros Tradição Tradição Tradição Tradição Tradição Tradição Tradições

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protestante católica ortodoxa armênia ortodoxa etíope sírias


[N 1] copta

Evangelhos canônicos[N 2]

Mateus Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim[N 3]

Marcos[N 4] Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim[N 3]

Lucas Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


[N 3]

João[N 4][N 5] Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


[N 3]

História apostólica

Atos[N 4] Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Atos de Paulo e Não Não Não Não Não Não Não


Tecla[N 6][57][58] (tradição (tradição
antiga) antiga)

Epístolas paulinas

Romanos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

I Coríntios Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

II Coríntios Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Coríntios a Não Não Não Não − Não Não Não


Paulo e inc. em (tradição
III Coríntios[N alguns antiga)
6][N 7] mss.

Gálatas Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Efésios Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Filipenses Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Colossenses Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Laodicenses Não − inc. Não − Não Não Não Não Não


em inc. em
algumas alguns
eds. mss.
[N 8]

I Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


Tessalonicenses

II Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


Tessalonicenses

I Timóteo Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

II Timóteo Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Tito Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Filêmon Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

Epístolas gerais

Hebreus Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


[N 9]

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Tiago Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


[N 9]

I Pedro Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

II Pedro Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


[N 10]

I João[N 4] Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim

II João Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


[N 10]

III João Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


[N 10]

Judas Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim


[N 9] [N 10]

Apocalipse
[N 11]

Apocalipse Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim[N 10]


[N 9]

Padres Apostólicos[N 12] e Ordenamentos da Igreja[N 13]

I Clemente[N 14] Não


(Códices Alexandrinus e Hierosolymitanus)

II Clemente[N Não
14] (Códices Alexandrinus e Hierosolymitanus)

Pastor de Não
Hermas[N 14] (Códice Sinaiticus)

Epístola de Não
Barnabé[N 14] (Códices Alexandrinus e Sinaticus)

Didaquê[N 14] Não


(Códice Hierosolymitanus)

Ser`atä Seyon Não Não Não Não Não Sim Não


(Sínodos) (cânone
ampliado)

Te'ezaz Não Não Não Não Não Sim Não


(Sínodos) (cânone
ampliado)

Gessew Não Não Não Não Não Sim Não


(Sínodos) (cânone
ampliado)

Abtelis Não Não Não Não Não Sim Não


(Sínodos) (cânone
ampliado)

Livro da Não Não Não Não Não Sim Não


Aliança 1 (cânone
(Mäshafä ampliado)
Kidan)

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Livro da Não Não Não Não Não Sim Não


Aliança 2 (cânone
(Mäshafä ampliado)
Kidan)

Clemente Não Não Não Não Não Sim Não


etíope (cânone
(Qälëmentos)[N ampliado)
15]

Didascalia Não Não Não Não Não Sim Não


etíope (cânone
(Didesqelya)[N ampliado)
15]

Notas da tabela do Novo Testamento[editar | editar código-fonte]

1. ↑ O crescimento e o desenvolvimento do cânone bíblico armênio é complexo.


Livros extra-canônicos do Novo Testamento aparecem em listas e recensões
históricas que ou são únicos a esta tradição ou, quando existem em outros
lugres, jamais alcançaram o mesmo status. Alguns destes livros não estão
listados nesta tabela e incluem a "Prece de Eutálio", o "Repouso de São João
Evangelista", a "Doutrina de Addai", uma seção do "Evangelho de Tiago", o
"Segundo Cânone Apostólico", as "Palavras de Justo", Dionísio Areopagita, a
"Pregação de Pedro" e um poema de Lázaro de Parpi. Outras fontes também
mencionam outras adições extra-canônicas armênias aos evangelhos de
Marcos e João, mas é possível que sejam referências ao "Final longo de
Marcos" (Marcos 16:9-20) e à "Perícope da Adúltera" (João 7:53-João 8:11).
Uma possível exceção a esta "exclusividade canônica" é o Segundo Cânone
Apostólico, que pode compartilhar de uma mesma fonte — as Constituições
Apostólicas — aceita no cânone ampliado da tradição etíope. Há também
alguma incerteza sobre o texto da "Doutrina de Addai", que pode ser uma obra
relacionada chamada "Atos de Tadeu", que aparece também em listas
canônicas. Além disto, a correspondência entre o rei Abgar e Jesus Cristo,
encontrada em várias fontes (incluindo a "Doutrina de Addai" e os "Atos de
Tadeu"), aparece muitas vezes de forma independente (veja esta lista). É
importante notar que a "Prece de Eutálio" e o "Repouso de São João
Evangelista" aparecem no apêndice da Bíblia Zohrab armênia (1805). Porém,
alguns dos livros já mencionados, embora apareçam em listas canônicas,
jamais foram descobertos em manuscritos da Bíblia armênia.

2. ↑ Embora amplamente considerado como não canônico, o "Evangelho de


Tiago" obteve aceitação litúrgica nos primeiros anos do cristianismo em
algumas igrejas orientais e permanece sendo uma importante fonte para
muitas tradições cristãs a respeito de [[Maria (mãe de Jesus)|]].

3. ↑ Ir para: a b c d O "Diatessarão", a harmonia evangélica de Taciano, foi o texto


padrão de algumas igrejas sírias até o século V, quando foi substituído pelos
quatro evangelhos individuais com a adoção da Peshitta.

4. ↑ Ir para: a b c d Partes destes quatro livros não estão presentes em algumas


das mais confiáveis fontes antigas. Em alguns casos, acredita-se que foram
adições posteriores e, portanto, não existiram historicamente em todas as
tradições bíblicas. São as seguintes: "Final longo de Marcos" (16 9:20),
"Perícope da Adúltera" (João 7:53-João 8:11), o Comma Johanneum (I João
5:7-8) e partes da versão ocidental dos Atos.

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5. ↑ "Skeireins", um comentário sobre o Evangelho de João em gótico, era parte


da Bíblia de Wulfilas. Atualmente existe apenas em fragmentos.

6. ↑ Ir para: a b Os "Atos de Paulo e Tecla", a "Epístola dos Coríntios a Paulo" e a


"Terceira Epístola aos Coríntios" são todos partes da narrativa maior dos "Atos
de Paulo", que parte de um católogo esticométrico do cânone do Novo
Testamento encontrado no Codex Claromontanus, mas que sobreviveu
apenas em fragmentos. É possível, porém, que partes destas obras tenham
se desenvolvido de forma separada.

7. ↑ III Coríntios geralmente aparece em conjunto com a Epístola dos Coríntios a


Paulo e é tratada como sendo a resposta de Paulo.

8. ↑ A "Epístola aos Laodicenses" está presente em algumas tradições e


traduções da bíblia não católicas. Notável entre elas é a inclusão da epístola
por John Wycliffe em sua tradução para o inglês da Bíblia e o uso dela pelos
quakers, que produziram uma tradução própria e fizeram apelos para que ela
fosse considerada canônica (vide Poole's Annotations, on Col. 4:16). Ela é
amplamente rejeitada pela maioria das denominações protestantes.

9. ↑ Ir para: a b c d Estas quatro epístolas foram questionadas


([[antilegomena|"contra as quais se falou") por Martinho Lutero, que alterou a
ordem de seu Novo Testamento para refletir isto. Contudo, ele não chegou a
excluí-las e a Igreja Luterana ainda hoje segue este cânone. As bíblias alemãs
tradicionais ainda são impressas nesta ordem "luterana". A vasta maioria dos
protestantes adota estas obras como sendo plenamente canônicas.

10. ↑ Ir para: a b c d e A Peshitta exclui II João, III João, II Pedro, Judas e o


Apocalipse, mas as bíblicas das tradições sírias modernas incluem traduções
posteriores destes livros. Ainda hoje, o lecionário seguido pela Igreja Ortodoxa
Síria e pela Igreja Assíria do Oriente contém lições apenas para os vinte e
dois livros da Peshitta, que é a utilizada para questões doutrinárias.

11. ↑ O "Apocalipse de Pedro", apesar de não estar listado nesta tabela, aparece
no Fragmento Muratori e é parte do catálogo esticométrico do Codex
Claromontanus. A obra era tida em grande estima por Clemente de
Alexandria.

12. ↑ Outras obras conhecidas dos Padres Apostólicos não listadas nesta tabela
incluem as seguintes: as sete epístolas de Inácio, a "Epístola de Policarpo", o
"Martírio de Policarpo", a "Epístola de Diogneto", o fragmento de Quadrado de
Atenas, os fragmentos de Pápias de Hierápolis, as "Relíquias dos Anciãos"
preservadas em Ireneu de Lyon e o "Credo dos Apóstolos"

13. ↑ Apesar de não estarem listados nesta tabela, as "Constituições Apostólicas"


foram consideradas canônicas por alguns, incluindo Aleixo Aristeno, João de
Salisbury e, em menor grau, Grigor Tatevatsi. Elas chegam a se auto-definir
como parte do cânone do Novo Testamento. Mais do que isso, elas são a
fonte para grande parte do conteúdo do cânone ampliado da Igreja Ortodoxa
Etíope.

14. ↑ Ir para: a b c d e Estes cinco textos atribuídos aos Padres Apostólicos não são
atualmente considerados canônicos por nenhuma tradição bíblica, embora
sejam mais considerados por umas do que por outras. Seja como for, sua
composição antiga e inclusão nos antigos códices bíblicos, além de sua
aceitação em graus variados pelas autoridades cristãs antigas, exigem que
elas sejam tratadas como literatura fundacional para o cristianismo como um
todo.

15. ↑ Ir para: a b Clemente etíope e a Didascalia etíope são diferentes e não devem

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ser confundidos com outros documentos conhecidos no ocidente por nomes


muito similares

Notas[editar | editar código-fonte]

1. ↑ Ulrich (2002) define "cânone" como "a lista definitiva de livros inspirados
autoritativos que constituem o corpus de textos sagrados reconhecidos e
aceitos por um grande grupo religioso; esta lista definitiva sendo o resultado
de decisões inclusivas e exclusivas decorrentes de importantes deliberações".

2. ↑ Por conta da falta de estudos acadêmicos sobre o tema, a exclusão do Livro


das Lamentações do cânone judaico-etíope não é uma certeza. Além disto,
algumas incertezas ainda existem sobre a exclusão de vários textos
deuterocanônicos menores deste cânone, incluindo a Prece de Manassés, as
tradicionais Adições em Ester, as tradicionais Adições em Daniel, o Salmo 151
e porções dos Paralipômenos de Baruque.

3. ↑ "Guerra dos Judeus" e "Antiguidades Judaicas" são considerados muito


importantes pelos cristãos por apresentarem valiosas informações sobre o
judaísmo e o cristianismo primitivo no século I. Além disto, em "Antiguidades",
Josefo faz duas referências a Jesus que tiveram um papel crucial na
determinação do chamado "Jesus histórico".

4. ↑ O cânone ampliado etíope completo, que inclui o cânone estrito mais nove
livros, não foi publicado ainda de forma unificada. Alguns livros, apesar de
canônicos, são difíceis de encontrar e não estão amplamente disponíveis nem
sequer na Etiópia. Apesar do cânone estrito já ter sido publicado, não há
nenhuma distinção "êmica" real entre os dois, especialmente no que tange à
inspiração divina e à autoridade escritural. A ideia destas duas classificações
pode ser nada mais do que uma conjectura taxonômica ética.

5. ↑ A "Terceira epístola aos Coríntios" aparece como uma seção dos "Atos de
Paulo", que sobreviveu apenas em fragmentos.

Referências

1. ↑ Ulrich, Eugene (2002). «The Notion and Definition of Canon». In: McDonald,
L. M.; Sanders, J. A. The Canon Debate (em inglês). [S.l.]: Hendrickson
Publishers. pp. 29, 34

2. ↑ Ulrich (2002), p. 28

3. ↑ McDonald, L. M.; Sanders, J. A. (2002). «Introduction». The Canon Debate


(em inglês). [S.l.]: Hendrickson Publishers. p. 13

4. ↑ Atanásio de Alexandria, Epístola 39.6.3.

5. ↑ Ulrich (2002), p. 30, 32–33.

6. ↑ Maloney, James (2013). Aletheia Eleutheroo: Truth Warriors of the


Supernatural: Establishing the Glory of the Godhead (em inglês). [S.l.]:
WestBowPress. p. 22. ISBN 9781490800448

7. ↑ Darshan, G. (2012). «The Twenty-Four Books of the Hebrew Bible and


Alexandrian Scribal Methods». In: Niehoff, M. R. Homer and the Bible in the
Eyes of Ancient Interpreters: Between Literary and Religious Concerns (em
inglês). Leiden: Brill. pp. 221–244

8. ↑ McDonald & Sanders (2002), p. 4.

9. ↑ W. M., Christie. «The Jamnia Period in Jewish History» (PDF). Journal of


Theological Studies (em inglês). os-XXVI (104): 347–364

10. ↑ Lewis, Jack P. (Abril de 1964). «What Do We Mean by Jabneh?». Oxford

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University Press. Journal of Bible and Religion (em inglês). 32 (2): 125–132.
JSTOR 1460205

11. ↑ Freedman, David Noel, ed. (1992). Anchor Bible Dictionary, Vol. III (em
inglês). New York: Doubleday. pp. 634–7

12. ↑ Lewis, Jack P. (2002). «Jamnia Revisited». In: McDonald, L. M.; Sanders, J.
A. The Canon Debate (em inglês). [S.l.]: Hendrickson Publishers

13. ↑ McDonald & Sanders (2002), p. 5.

14. ↑ Cited are Neusner's Judaism and Christianity in the Age of Constantine,
pages 128–145, and Midrash in Context: Exegesis in Formative Judaism,
pages 1–22.

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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