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UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO HUAMBO

DEPARTAMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E


COMUNICAÇÃO

SISTEMAS DE TELEFONIA MÚLTIPLA ‘MULTIPLEXAÇÃO


POR DIVISÃO DE FREQUÊNCIA E MULTIPLEXAÇÃO POR
DIVISÃO DE TEMPO’

Autores:
Albino Baptista Vilinga
Elidércia De Assunção Coelho
Nataniel João
Xavier Luieno Deolinda Mualilo

Docente
_________________________________
Engº Hélio Espírito Moisés Caunda

HUAMBO - 2019
UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DO HUAMBO

DEPARTAMENTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E


COMUNICAÇÃO

SISTEMAS DE TELEFONIA MÚLTIPLA ‘MULTIPLEXAÇÃO


POR DIVISÃO DE FREQUÊNCIA E MULTIPLEXAÇÃO POR
DIVISÃO DE TEMPO’

Trabalho da disciplina de Sistemas de Telecomunicações


I, do Departamento de Tecnologias de Informação e
Comunicação do Instituto Superior Politécnico do
Huambo, em comprimento da 2ª prova parcelar do IIº
Semestre do curso de Engenharia Eletrónica e
Telecomunicações.

HUAMBO - 2019
FICHA DE AVALIAÇÃO

TÍTULO

Sistemas De Telefonia Múltipla “Multiplexação Por Divisão De


Frequência E Multiplexação Por Divisão De Tempo”

Apresentação de um Trabalho com o objetivo de dar a conhecer os sistemas de telefonia


múltipla “multiplexação por divisão de frequência e multiplexação por divisão de tempo”.

Instituto Superior Politécnico do Huambo – ISPH

= ISPH - HOCHI MINI =

Autores:
Albino Baptista Vilinga
Elidércia De Assunção Coelho
Nataniel João
Xavier Luieno Deolinda Mualilo

Data de Aprovação: ______ de Outubro de 2019

Presidente do Corpo de Júri: _____________________________________

1º Vogal: _____________________________________________________

2º Vogal: ______________________________________________________

Secretário: ____________________________________________________
FICHA CATALOGRÁFICA

Candidatos:

Albino Baptista Vilinga


Elidércia De Assunção Coelho
Nataniel João
Xavier Luieno Deolinda Mualilo

“Sistemas De Telefonia Múltipla - Multiplexação Por Divisão De

Frequência E Multiplexação Por Divisão De Tempo ”

Trabalho da disciplina de Sistemas de


Telecomunicações I, do Departamento de
Tecnologias de Informação e Comunicação do
Instituto Superior Politécnico do Huambo, em
comprimento da 2ª prova parcelar do IIº
Semestre do curso de Engenharia Eletrónica e
Telecomunicações.

Este trabalho contém 27 páginas em total.


Palavras - chaves: Telefonia, Multiplexação, Frequência e Tempo.
DEDICATÓRIA

Dedicamos à Deus pela vida e sabedoria, à Nossa Senhora pela poderosa intercessão.
Oferecemos aos nossos amados pais por serem a razão da nossa vida, aos nossos queridos
irmãos, sobrinhos, as nossas amadas esposas e amados esposos.

I
AGRADECIMENTOS

À Deus, pela vida e com ela a capacidade de sonhar, lutar e conquistar nossos ideais. A
ele, toda gratidão por ser nosso pai nos momentos de alegria, por ser o caminho nos
momentos de incertezas e por ser o refúgio nos momentos necessários.

Aos professores Eng.º Hélio Espírito Moisés Caunda e Daniel Meote Fama, pela
orientação, confiança, amizade e pelo exemplo de carácter e sabedoria. Pela
demonstração de que é possível conquistar o sucesso superando as dificuldades,
limitações ou fracassos, respeitando o próximo, com muita humildade, honestidade e
sempre com simplicidade.

E a todos os colegas que direta ou indiretamente deram-nos aquele apoio.

Muito Obrigado!

II
RESUMO

Como geralmente o custo da via de transmissão (inclui meio de transmissão e repetidores)


é elevado, é conveniente aproveitar a largura de banda disponível para transmitir pela
mesma via mais do que um canal telefónico. Os motivos econômicos são os que
determinam o uso da multiplexação nas mais diversas situações. Apesar de um sistema
que utiliza a multiplexação necessitar de mais equipamentos, muitas vezes o custo do
equipamento multiplexador pode ser compensado pela economia gerada ao se
compartilhar um mesmo meio de transmissão entre n canais. Os sistemas usados para este
efeito são designados por sistemas de telefonia múltipla (ou multiplexar). Existem
essencialmente duas técnicas distintas de realização de telefonia múltipla: a
multiplexação por divisão de frequência (FDM, frequency division multiplexing) e a
multiplexação por divisão de tempo (TDM, time division multiplexing).

Palavras - chaves: Telefonia, Multiplexação, Frequência e Tempo.

III
ABSTRACT

As the cost of the transmission route (including transmission medium and repeaters) is
generally high, it is convenient to take advantage of the available bandwidth to transmit
more than one telephone channel over the same route. The economic reasons are those
that determine the use of multiplexing in the most diverse situations. Although a system
that uses multiplexing needs more equipment, the cost of multiplexing equipment can
often be offset by the savings generated by sharing the same transmission medium
between n channels. The systems used for this purpose are called multiple (or
multiplexing) telephone systems. There are essentially two distinct techniques of
performing multiple telephony: frequency division multiplexing (FDM) and time division
multiplexing (TDM).

Keywords: Telephony, Multiplexing, Frequency and Time

IV
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Esquema de multiplexagem ............................................................................. 2


Figura 2 Esquema de bloco de multiplexador FDM ....................................................... 3
Figura 3 Princípio do TDM ........................................................................................... 5
Figura 4 Princípio do TDM ........................................................................................... 6
Figura 5 Estrututa da trama TDM .................................................................................. 6
Figura 6 Estrutura física do TDM/PCM......................................................................... 8
Figura 7 Multilexação síncrona no tempo .................................................................... 10
Figura 8 Multiplexação assíncrona no tempo............................................................... 11
Figura 9 Comparação FDM e TDM............................................................................. 12
Figura 10 Sistema duplex ............................................................................................ 13

V
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Hierarquia dos sistemas FDM .................................................................................... 4

VI
LISTA DE SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS

FDM – Multiplexação por Divisão de Frequência

TDM – Multiplexação por Divisão de Tempo

PCM – Modulação por Pulso Codificado

Fa – Frequência de Amostragem

WDM – Wavelenght Division Multiplex

ECM – Echo Cancelling Multiplex

DSP – Digital Signal Processors

D – Taxa de transmissão Global de Bits

B – Largura de Banda

Ta – Taxa do Agregado

Tt – Taxa dos Tributários

VII
VIII
SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ..................................................................................................................... I
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................... II
RESUMO .............................................................................................................................. III
ABSTRACT............................................................................................................................ IV
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ V
LISTA DE TABELAS........................................................................................................... VI
LISTA DE SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS .................................................... VII
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1
1.1. Objetivo Geral ........................................................................................................ 1
1.2. Objetivos Específicos .............................................................................................. 1
2. SISTEMA DE TELEFONIA MÚLTIPLA .................................................................... 2
2.1. Multiplexação ......................................................................................................... 2
2.1.1. Tipos de Multiplexação ................................................................................... 2
2.1.1.1. Multiplexação por Divisão de Frequências - FDM..................................... 2
2.1.1.1.1. Técnicas especiais de FDM ......................................................................... 4
2.1.1.2. Multiplexação por Divisão de Tempo - TDM ............................................. 5
2.1.1.2.1. Parâmetros da multiplexação TDM/PCM .................................................. 6
2.1.1.2.2. Vantagens e desvantagens da multiplexação TDM/PCM .......................... 7
2.1.1.2.3. Estrutura Física de um sistema de transmissão TDM/PCM ...................... 8
2.1.1.2.4. Multiplexação síncrona no tempo ............................................................... 8
2.1.1.2.5. Multiplexação assíncrona no tempo ..........................................................10
2.1.2. Comparação entre FDM e TDM....................................................................12
2.1.3. Canais Lógicos e Multiplexação ....................................................................12
CONCLUSÃO.......................................................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................15

0
1. INTRODUÇÃO

Se um circuito utilizando um par de condutores, permite que duas pessoas possam


estabelecer um diálogo sem problemas, vamos procurar perceber o que poderia ocorrer
se colocássemos, num mesmo meio de transmissão, quatro circuitos telefónicos.

Se quatro assinantes tirassem o telefone do gancho ao mesmo tempo, todos ouviriam a


conversa dos outros, sendo difícil entabular uma comunicação sem ser perturbado.

Quanto maior o número de circuitos telefónicos utilizando o mesmo meio, maior seria o
problema.

Pelo exposto, verificamos que, quando são transmitidos vários circuitos telefónicos entre
dois pontos A e B, utilizando um meio de transmissão comum (par de condutores, rádio
enlace, etc), há necessidade de utilização de uma técnica que possibilite a comunicação
sem interferência entre os circuitos, e que permita a identificação entre eles; essa técnica
é conhecida como multiplexação. A multiplexação utiliza circuitos a 4 fios, em que são
empregados canais de ida e de volta.

Se forem transmitidas diversas informações, num sistema com multiplexação, estas serão
identificadas perfeitamente e separadas sem que haja interferência entre as mesmas.
Logo, a multiplexação é uma técnica de grande utilização para que se possa,
racionalmente, aproveitar um meio de transmissão. Os dois tipos mais utilizados são:
multiplexação por divisão de frequências (FDM) e multiplexação por divisão de tempo
(TDM).

1.1.Objetivo Geral

Apresentar um estudo sobre os sistemas de telefonia múltipla com multiplexação por


divisão de frequência e multiplexação por divisão de tempo.

1.2.Objetivos Específicos

Apresentar as multiplexações por divisão de frequência e por divisão de tempo;

Mostrar as características dos dois sistemas (FDM e TDM);

1
2. SISTEMA DE TELEFONIA MÚLTIPLA

2.1.Multiplexação

A multiplexação é uma operação que consiste em agrupar vários canais de informação


não relacionados, de modo a transmiti-los simultaneamente em um mesmo meio físico
(cabo, enlace de rádio, satélite, fibra ótica, etc) sem que haja mistura ou interferência dos
canais. A demultiplexação é a separação dos canais, recuperando a informação individual
de cada canal. Os motivos econômicos são os que determinam o uso da multiplexação
nas mais diversas situações. Apesar de um sistema que utiliza a multiplexação necessitar
de mais equipamentos, muitas vezes o custo do equipamento multiplexador pode ser
compensado pela economia gerada ao se compartilhar um mesmo meio de transmissão
entre n canais.

Figura 1 Esquema de multiplexagem

2.1.1. Tipos de Multiplexação

Atualmente são utilizados diversos tipos de multiplexação os quais estão


divididos em dois grupos, de acordo com a técnica utilizada:

Técnica analógica

A multiplexação que utiliza esta tecnologia é chamada de multiplexação


por divisão de frequência (FDM – Frequency Division Multiplex).

2.1.1.1.Multiplexação por Divisão de Frequências - FDM

A multiplexagem FDM baseia-se no princípio de que o espectro de um sinal modulado


em amplitude é exatamente o espectro do sinal em banda base transladado para a banda
de frequências centrada na frequência da portadora. Assim, para transportar na mesma

2
via de transmissão diferentes sinais, basta que eles se encontram modulados por
portadoras com frequências tais que as diferentes réplicas espectrais não interfiram entre
si.

Figura 2 Esquema de bloco de multiplexador FDM

Na figura 2 apresenta-se o esquema de blocos de um multiplexador FDM. Os sinais de


áudio presentes na entrada são filtrados de modo a garantir que o espectro desses sinais
não excede a banda entre os 300 e os 3400 Hz. Cada um dos sinais de áudio filtrado é em
seguida multiplicado (usando um modulador equilibrado) por uma portadora com uma
determinada frequência. Tem-se, assim, uma modulação de banda lateral dupla com
supressão de portadora. Para evitar interferência entre os diferentes canais essas
portadoras estão distanciadas de 4 KHz. A fase seguinte do processo consiste em eliminar
uma das bandas (no esquema da fig. 2 eliminou-se a inferior) usando um filtro passa-
banda, designado por filtro de banda lateral. Os diferentes sinais resultantes desse
tratamento são em seguida combinados de modo a originar um sinal FDM. A operação
de desmultiplexagem é realizada multiplicando cada um dos canais por uma portadora
com a mesma frequência e fase que a usada na multiplexagem, seguida de filtragem
passa-baixo. A multiplexagem de um número elevado de canais telefónicos não é
efetuada através de uma única operação de modulação e filtragem, mas antes, através de
etapas sucessivas, formando uma estrutura hierárquica. O número de canais presentes em
cada nível hierárquico é fruto de normalização do ITU-T. Na tabela 1 indica-se a
designação de cada nível, o número de canais e a banda ocupada.

3
Nome Números de Frequências limites do Banda do
canais canal canal
Grupo 12 60 – 108 KHz 48 KHz
Super grupo 60 312 – 552 KHz 240 KHz
Grupo mestre 300 812 – 2044KHz 1232 KHz
Super grupo 900 8516 – 12338 MHz 3872 KHz
mestre
Tabela 1 Hierarquia dos sistemas FDM

Normalmente, para um melhor aproveitamento das capacidades dos meios de transmissão


usados no contexto da transmissão FDM (cabos coaxiais e feixes hertzianos), os
diferentes grupos eram associados de modo apropriado. Por exemplo, a recomendação G
333 do ITU-T, destinada à transmissão sobre cabo coaxial, apontava para a associação de
12 super - grupos mestre, o que corresponde a 10 800 canais telefónicos e uma banda
ocupada entre os 4.332 e 59.684 MHz.

Para terminar estas breves considerações sobre o FDM será de destacar que as redes
telefónicas modernas já praticamente não fazem uso desta técnica de multiplexagem. No
entanto, o FDM continua a ser a técnica dominante nas redes de distribuição de televisão
por cabo, já que a transmissão analógica continua a ser predominante nesta área. No caso
das redes híbridas (fibra/coaxial) o FDM aparece vulgarmente com a designação de
multiplexagem de sob portadora (subcarrier multiplexing), o que se explica pelo facto de
a portadora principal nessas redes ser uma portadora óptica, funcionando as portadoras
elétricas usadas para obter o sinal FDM como sob portadoras.

2.1.1.1.1. Técnicas especiais de FDM

Existem ainda duas técnicas especiais de multiplexação FDM, conhecidas por WDM e
ECM.

• WDM (Wavelenght Division Multiplex): é a técnica utilizada principalmente em


comunicações óticas, em que os canais lógicos são caracterizados por um dado
comprimento de onda da luz.
• ECM (Echo Cancelling Multiplex): é atualmente empregada na implementação
dos dois canais de dados em um sistema full - duplex operando em uma linha de
acesso de assinante telefónico. Neste caso o sinal é transmitido na mesma banda
pelas duas pontas do enlace e em cada um é retirado o sinal de transmissão (eco),

4
a fim de obter o sinal de receção. Feito normalmente através de DSP (Digital
Signal Processors). Outra forma de utilização é para fazer teleconferências em
PABX digitais. Nesse caso, todos os canais de voz são misturados, e um
determinado recetor joga para o canal do ouvido do usuário todos os sinais
subtraídos do sinal dele mesmo.

Técnica digital

A multiplexação que utiliza esta tecnologia é chamada multiplexação


por divisão de tempo (TDM – Time Division Multiplex).

2.1.1.2.Multiplexação por Divisão de Tempo - TDM

De acordo com o teorema da amostragem um sinal banda-base com largura de banda B


(Hz), pode ser univocamente determinado a partir das suas amostras, desde que estas
sejam tomadas em intervalos de tempo uniformemente espaçados de como o sinal
amostrado está em estado desligado uma parte significativa do tempo, pode-se aproveitar
esses intervalos sem sinal, para transmitir as amostras correspondentes a outros sinais. De
forma resumida é este o princípio do TDM. Este princípio está ilustrado na Figura 3.
Segundo essa figura os sinais passa-baixo correspondentes aos diferentes canais são
amostrados usando portas lógicas, que são ativadas num curto intervalo de tempo, pela
ação das sequências de pulsos representadas na Figura 4. Todas as sequências têm a
mesma frequência de repetição, mas estão desfasadas no tempo. O sinal TDM resulta da
interposição das sequências de pulsos moduladas pelos sinais provenientes dos diferentes
canais.

Figura 3 Princípio do TDM

5
Figura 4 Princípio do TDM

No desmultiplexador as portas são ativadas por sequências de pulsos sincronizadas com


as usadas no multiplexador. Assim, para além dos pulsos correspondentes aos canais de
informação é necessário transmitir um sinal apropriado para sincronizar os pulsos
responsáveis pelo controlo das portas lógicas do multiplexador e do desmultiplexador. O
sinal transmitido durante um período de repetição Ta é constituído por um determinado
número de hiatos temporais (time - slots) sendo, por exemplo, um destinado ao sinal de
sincronização e os outros às amostras dos diferentes canais. O sinal completo é designado
por trama e o sinal de sincronismo por sinal de enquadramento de trama.

Figura 5 Estrututa da trama TDM


2.1.1.2.1. Parâmetros da multiplexação TDM/PCM

A multiplexação TDM é geralmente utilizada em conjunto com a modulação PCM das


amostras, possuindo os seguintes parâmetros:

➢ Taxa de transmissão global de bits (D)


➢ Número de canais multiplexados (n)

6
➢ Estrutura do quadro - sequência em que os símbolos dos canais e símbolos
auxiliares aparecem no tempo. Se repete a cada período de amostragem Ta = 1/fo
(125 µs).
➢ Parâmetros da modulação digital - frequência de amostragem fa (8 KHz), lei de
quantização (Lei A ou µ), código (binário simétrico), número de níveis de
quantização (256 níveis) e número de bits utilizados por canal n (8 bits).
➢ Parâmetros de transmissão - meio, modo de transmissão, taxa de símbolos (baud
rate), probabilidade de erro, código de linha.

2.1.1.2.2. Vantagens e desvantagens da multiplexação TDM/PCM

A principal vantagem do uso da TDM/PCM é a possibilidade de regenerar a informação


transmitida durante a transmissão. Por isso, mesmo na presença de ruído pode-se
assegurar uma excelente qualidade de transmissão, independente da distância da
transmissão.

Outras vantagens da multiplexação TDM/PCM são: melhor uso da rede telefônica já


instalada através do aumento no número de circuitos; maior facilidade de integração de
circuitos, e melhor estabilidade quando comparado com o FDM; permitir a integração de
diversos serviços (voz, imagem, dados, etc) em uma Rede Digital de Serviços Integrados
- RDSI2; utilização da fibra ótica como meio de transmissão.

A grande desvantagem do TDM/PCM é a necessidade de uma largura de banda maior


que nos outros sistemas. No entanto um sistema TDM/PCM pode utilizar um meio de
transmissão com péssimas qualidades (atenuação, diafonia, ruído) desde que o tenha
largura de banda suficiente. A largura de banda (B) necessária para transmitir a uma taxa
de bits (D) para fins práticos é dada pela equação:

B = 0,8 × D

Como exemplo, na transmissão de voz em um sistema analógico é necessária uma largura


de banda de 3100 Hz, enquanto que para a transmissão digital da voz a largura de banda
necessária é de 51 KHz.

A medida que são multiplexados mais canais de voz através de TDM, os pulsos que
transmitem as amostras ficam mais estreitos, aumentando assim a largura da banda
necessária. Se tivermos 32 canais de 64 Kbits multiplexados, será necessária no mínimo
uma largura de banda de 1.6 MHz.

7
2.1.1.2.3. Estrutura Física de um sistema de transmissão TDM/PCM

Um sistema TDM/PCM típico ligado a um par trançado é composto dos seguintes


módulos:

• Equipamento Terminal: está situado nos dois extremos da linha, tem a função de
realizar a multiplexação por divisão de tempo dos canais, convertendo as
informações analógicas dos canais de entrada em um sinal digital (TDM/PCM) e
vice-versa. Além disso, realiza as funções de interface como: sinalização,
adaptação de níveis de tensão, adaptação de impedância, monitoração,
sincronização e alimentação.
• Equipamento de Linha ou Regenerador: está distribuído ao longo da linha em
intervalos regulares, e tem a função de regenerar o sinal que carrega a informação.

Os sistemas TDM/PCM são sempre realizados com circuito a 4 fios, sendo dois fios para
a transmissão do sinal TDM/PCM e dois fios para a receção.

No caso dos canais de entrada do sistema de transmissão serem sinais codificados em


PCM, o circuito de transmissão é simplificado, pois os conversores A/D e D/A não são
necessários.

Figura 6 Estrutura física do TDM/PCM

2.1.1.2.4. Multiplexação síncrona no tempo

As principais características da multiplexação TDM síncrona são as seguintes.

❖ Sistema é totalmente síncrono e as taxas, tanto dos canais tributários como do


canal agregado, são constantes e fixas.

8
❖ Num sistema TDM, a soma das taxas dos tributários deve ser igual à taxa do canal
agregado: Ta = ∑i Tti
❖ Sistemas TDM são implementados em hardware, através de equipamentos
específicos.
❖ TDM é largamente utilizado no suporte telefônico onde a base são os canais
digitais de voz de taxa fixa.

Nos multiplexadores TDM síncronos, é enviado um sinal (pode ser bit ou byte) de cada
canal, independente se este canal está ativo ou não. A figura a seguir mostra um exemplo
de transmissão para n canais. A flag enviada no início de cada quadro possui o objetivo
de sincronizar os dois multiplexadores.

Neste tipo de multiplexador, existe um desperdício na transmissão de dados, pois é


alocado uma janela ou slot para o canal independente se este canal está transmitindo dados
ou não.

Um exemplo prático é o da multiplexação TDM de canais de voz digitais no Brasil


(Sistema PCM), visto na figura a seguir.

Características:

✓ Cada canal é amostrado 8000 vezes/s, gerando cada vez uma fatia de tempo
constituída de 8 bits. (8000/s x 8 bit = 64 Kbit/s)
✓ Canal de Voz digital: Fatias de Tempo de 8 bits (octeto) repetidos de 125 em 125
8
µs. D = 125×10−6 = 64Kbit ∕ s

✓ 32 fatias de tempo (slot times) são agregadas em um quadro constituído de 32 x 8


bits = 256 bits com duração de 125µs (1/8000).
✓ A comutação de fatias de tempo dentro do quadro é feita segundo uma matriz de
comutação do tipo 32 x 32.

Nota: O sinal de voz no Brasil ainda chega sob forma analógica na central e através do
CODEC (codificador /decodificador, é transformado em sinal digital de 64 Kbit/s.

9
Figura 7 Multilexação síncrona no tempo

2.1.1.2.5. Multiplexação assíncrona no tempo

Um outro tipo de multiplexador TDM, utilizado para resolver o problema do desperdício,


é chamado multiplexador estatístico ou ATDM (Asynchronous TDM), que envia primeiro
o endereço do canal relativo à informação, para então enviar o dado. Isso otimiza o
processo de multiplexação recolhendo nas portas tributárias os pacotes de dados de
acordo com a sua demanda ou taxa. Portas inativas não ocupam espaço no quadro
agregado. É necessário que os pacotes contenham um cabeçalho para que possa ser
distinguido a que porta se destina o pacote. A figura a seguir ilustra isso.

Características da multiplexação assíncrona:

❖ É satisfeita a seguinte relação entre as taxas dos tributários e a taxa do agregado,


Ta = ∑i Tti onde Ta é taxa do Agregado e Tt é a taxa dos tributários.
❖ As portas tributárias devem ter buffers adequados para atender picos de demanda
dos canais para que não haja perda de pacotes.
❖ É atualmente a tecnologia mais avançada na otimização dos meios de
comunicação.

10
Figura 8 Multiplexação assíncrona no tempo

O multiplexador estatístico é bastante utilizado para multiplexar a comunicação de vários


terminais com um computador central. Normalmente, quando existem vários terminais
de usuários, nem todos estão ativos simultaneamente, e quando estão, tem várias pessoas
trabalhando com edição de texto ou processos que não exigem tanto do meio de
transmissão. Dessa forma, é possível utilizar uma linha única que não necessita de uma
velocidade igual à soma das velocidades dos terminais, barateando custos de transmissão.
Além disso, é usado em switches ATM e roteadores de pacotes tipo X.25.

Entretanto, caso todos os terminais enviem dados simultaneamente, o multiplexador


estatístico enfrenta problemas, pois a velocidade que seria necessária para suportar tal
demanda seria maior que a soma das velocidades de cada terminal (pois agora existe a
necessidade de enviar também um endereço). Para evitar perda de dados devido a esse
problema (já que a velocidade da linha é inferior à soma das velocidades dos terminais),
ele possui um buffer que armazena informações em excesso, para depois enviá-las
conforme a linha for descongestionando.

11
2.1.2. Comparação entre FDM e TDM

Figura 9 Comparação FDM e TDM

Características da técnica de multiplexação FDM

❖ É a técnica de multiplexação mais antiga;


❖ É própria para multiplexação de sinais analógico;
❖ Canal lógico multiplexado é caracterizado por uma banda B associada que deve
ser menor que a banda do meio;
❖ É pouco eficiente (exige muita banda de resguardo);
❖ Exige hardware (filtros) próprios para cada canal lógico;
❖ É caro e de difícil implementação.

Características da técnica de multiplexação TDM

❖ Técnica própria para multiplexação de sinais digitais;


❖ Os canais lógicos multiplexados são caracterizados por uma taxa medida em bit/s,
cuja soma deve ser igual à taxa máxima do meio (canal agregado);
❖ É eficiente, exige pouco ou nenhum tempo de resguardo;
❖ pode ser implementado por software ou hardware;
❖ É simples e de fácil implementação.

2.1.3. Canais Lógicos e Multiplexação

O canal lógico possui uma implementação física real no nível físico, não deve ser
confundido com o conceito de circuito virtual ou canal virtual do nível de rede. O canal

12
lógico é uma entidade física que possui uma caracterização através das técnicas de
multiplexação tanto em FDM como TDM. Pode-se distinguir dois tipos de canais lógicos:

❖ Canais analógicos: associados à multiplexação analógica FDM, sendo


caracterizados através de uma determinada largura de banda B, medida em Hz.
Exemplos: canal de voz telefónico (B = 4 KHz nominal (útil 3,1 KHz)), canal de
rádio (B = 10 KHz (típico)), canal de televisão (B = 6 MHz);
❖ Canais digitais: associados à multiplexação digital TDM, sendo caracterizados
através de uma determinada taxa, medida em bit/s. Exemplos: canal digital de voz
(taxa: 64 Kbit/s), canal E1 (MUX 1º nível - taxa: 2,048 Mbit/s), canal E3 (MUX
3º nível - taxa: 34 Mbit/s).

O multiplexador representado na figura a seguir realiza tanto as funções de multiplexação


como demultiplexação, ou seja, é duplex, obedecendo às relações indicadas.

Figura 10 Sistema duplex


As seguintes relações devem ser obedecidas em multiplexadores:

TDM => TA ≥ ∑i1 TLi FDM => BA ≥ ∑i1 BLi

13
CONCLUSÃO

No presente trabalho concluímos que com os sistemas de multiplexação


(FDM – multiplexação por divisão de frequência e TDM – multiplexação
por divisão de tempo) enviar um certo número de canais através do mesmo
meio de transmissão. Portanto, com estás técnicas, utilizando o mesmo meio
de transmissão para diversos canais economiza-se linhas, suporte,
manutenção, instalação, etc, evitando assim a interferência entre os vários
canais que se está transmitindo.

14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.ricardobarcelar.com.br/aulas/tp_multiplexa.pdf

http://www.sj.ifsc.edu.br/~fabiosouza/Tecnologo/Telefonia%201/Telefonia%20Digital
%20TDM%20antiga.pdf

http://cadeiras.iscte-iul.pt/STG/Acetatos/SRT_2006.pdf

15

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