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Mediação e Arbitragem Leonardo Jorgetto

1. É possível arbitragem na relação de consumo? Explique.


Nos contratos que versam sobre relação de consumo há vedação no código de defesa do consumidor
para a imposição de cláusula arbitral por parte do fornecedor. Existe porém, entendimento de que se não
houver vulnerabilidade jurídica do consumidor, a cláusula arbitral será permitida.

2. É possível arbitragem nos contratos de adesão? Explique.


A arbitragem só é admitida nos contratos de adesão se, em caso de cláusula arbitral não se tratar de
relação de consumo e se respeitar a forma escrita, se a cláusula estiver em destaque (negrito) e se houver
assinatura específica para a cláusula arbitral no bojo do contrato ou em documento avulso.

3. É possível arbitragem em conflitos relativos a relação do trabalho?


Na vigência do contrato de trabalho não é possível, nem mesmo constar cláusula que remeta à
arbitragem, pois não se trata de um direito disponível durante a relação de emprego e também porque há
relação de subordinação, contudo, findo o contrato de trabalho, sim, será possível, pois o ex-empregado e
ex-empregador estão equiparados e é livre arbítrio das partes optar pela arbitragem.

4. É possível a arbitragem na locação de imóveis urbanos?


O procedimento arbitral cabe em qualquer ocasião envolvendo direitos disponíveis, portanto, sim é
possível a arbitragem na locação de imóveis urbanos, desde que a cláusula arbitral seja destacada em
negrito e contenha assinatura do locatário.

5. É possível a arbitragem nos atos da Administração?


Sim é possível, como no caso dos contratos privados, como exemplo a locação, onde a Administração
pode locar um imóvel para montar uma creche.

6. Qual a diferença entre cláusula arbitral e compromisso arbitral?


A convenção de arbitragem é o gênero, do qual são espécies a cláusula arbitral (cláusula compromissória)
e o compromisso arbitral. A diferença entra a cláusula arbitral e o compromisso arbitral é o tempo. A
cláusula arbitral é forma de convenção de arbitragem que ocorre antes do conflito. Já o compromisso
arbitral é uma forma de convenção de arbitragem que ocorre depois do conflito.

7. É possível revisão de cláusula arbitral no judiciário?


Sim, desde que não seja analisado o mérito.

8. É possível anular a cláusula arbitral no judiciário?


Não, por mais que se anule o contrato, o conflito será discutido na arbitragem.

9. O que é cláusula arbitral cheia e cláusula arbitral vazia?


A cláusula arbitral ou compromissória vazia somente determina que as disputas surgidas em razão do
contrato serão resolvidas por arbitragem sem fazer referência expressa às regras. A cláusula arbitral ou
compromissória cheia é aquela que de forma expressa faz referência às regras que conduzirão eventual
procedimento arbitral, indicando uma câmara arbitral e seu regulamento ou regras particulares para a
resolução do conflito.

10. Explique e relacione os princípios da oralidade e confidencialidade.


O princípio da oralidade indica que não haverá registo ou gravação dos atos praticados durante a
mediação, este princípio se relaciona diretamente com o princípio da confidencialidade, que prevê que
mediador e as partes devem manter sigilo sobre todas as informações decorrentes da mediação,
garantindo uma maior confiança no mediador e em decorrência disso, o mediador não poderá também
testemunhar em processo judicial sobre os fatos.

11. Explique a nova lógica a solução alternativa de conflitos.


A nova lógica da solução alternativa de conflitos visa desafogar o poder judiciário de ações que possam
ser resolvidas através da conciliação e mediação. Diversos motivos podem ser elencados, tais como
redução nos gastos do poder judiciário, maior eficiência do judiciário, onde os magistrados podem recair
com maior atenção os processos de suma relevância e celeridade processual. Como consequência haverá
maior segurança judiciária, resultando em confiabilidade, podendo surtir efeito até mesmo na economia do
país.
A opção pelos meios alternativos pode trazer muitos benefícios para os indivíduos envolvidos, como
economia de tempo, menor desgaste emocional e economia financeira. Por fim, destaca-se ainda que a
melhor forma de resolução de um conflito é prevenir-se, outra questão que encontra obstáculo na cultura
brasileira.

12. Na sua opinião, houve sucesso na mediação do filme 7 años? Explique as falhas do processo
ainda que entenda que houve sucesso ou fracasso.
A mediação foi bem sucedida e fundamental, utilizando critérios elaborados entre as partes, sempre coma
a ajuda do mediador facilitando a comunicação entre os envolvidos, sendo que o mediador não interferiu
de forma invasiva e propondo soluções, manteve apenas o canal de comunicação para que os sócios
chegassem a um consenso. Contudo, na órbita da nova lógica que norteia a mediação, o laço afetivo entre
os sócios foi completamente rompido.
Algumas falhas estão presentes na mediação, sendo a primeira delas o objeto da mediação, a liberdade
de um dos sócios, e somente podem ser objeto da mediação bens disponíveis e patrimoniais. O mediador
também demonstrou interesse pelo contrato de trabalho oferecido pelo CEO, antes de iniciar a mediação,
como condição.
Outra grande falha foi o crime de ordem tributária com a sonegação de impostos e o mediador prosseguiu
com a mediação.
Por último, o momento que o mediador expõe sua opinião sobre a quantia que aceitaria para ir para a
prisão.

13. Relacione todos os princípios com os fatos ocorridos no filme 7 años.


Buscando relacionar os princípios de mediação com o filme 7 años, temos: Oralidade, não pode haver
nenhum registro ou gravação dos atos praticados na conciliação. Isto ocorreu no filme, pois foi solicitado
pelo mediador que todos os celulares fossem desligados; Independência, é a inexistência de qualquer
vínculo entre o mediador e as partes. No filme pode ser percebido, e como exemplo podemos citar a
clareza do mediador ao devolver o troco do taxi; Decisão Informada, as partes deverão ter todas as
informações de seus direitos e suas consequências, isto ocorreu no filme; Autonomia da vontade das
partes, ninguém será obrigado a permanecer no procedimento de mediação, no filme todos são
informados pelo mediador; Confidencialidade, todas as informações coletadas durante o procedimento não
poderão ser utilizadas pelas partes, porém para este princípio existem exceções, que são os fatos de ação
penal pública incondicionada e falta tributária, ambos os casos não podem ser regidos por este princípio.
Sendo que estes fatos ocorrem no filme, pois o objeto do filme era o crime tributário e que acarretava no
tempo de prisão de sete anos; Imparcialidade, é o impedimento de qualquer vínculo do mediador com as
partes, princípio que foi quebrado no filme, com a proposta de contrato de trabalho.

14. De acordo com a nova lógica que norteia a mediação e a conciliação, explique a mediação do filme
7 años.
Pela nova lógica de conciliação e mediação, há uma busca pelo consenso entre as partes fora do
judiciário, preservando principalmente os laços afetivos, através se uma solução pacífica. No filme
observamos que os laços afetivos foram rompidos pois as partes entram em conflito ao apontarem os
defeitos uns dos outros, causando a quebra de confiança que existia entre todos. Apesar de terem
chegado a um acordo, a relação interpessoal restou prejudicada, ocasionando desgastes emocionais e
consequentemente não alcançando o objetivo de manter a afinidade entre os sócios.

15. Caso José fosse um conciliador, como seria sua atuação?


A conciliação é uma forma de auto composição em que um terceiro sugere uma solução para o impasse
formado. No caso do filme, se José fosse um conciliador ele poderia sugerir soluções, mas não poderia
impô-las, dependeria da anuência das partes. José poderia fazer uma proposta conciliatória, mas que
tivesse a anuência e concordância de todos os envolvidos.

16. Explique a constitucionalidade da lei de arbitragem.


Por entendimento pacificado do STF a arbitragem é constitucional e não ofende o disposto da
Constituição, onde a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Assim,
sendo a vontade das partes, poderão escolher árbitro para solucionar o conflito sobre direitos disponíveis
e patrimoniais.

17. É possível convenção de arbitragem na relação trabalhista?


Na vigência do contrato de trabalho não é possível, nem mesmo constar cláusula que remeta à
arbitragem, pois não se trata de um direito disponível durante a relação de emprego e também porque há
relação de subordinação, contudo, findo o contrato de trabalho, sim, será possível, pois o ex-empregado e
ex-empregador estão equiparados e é livre arbítrio das partes optar pela arbitragem.

18. Há possibilidade de cláusula arbitral em contrato de adesão? Explique.


A arbitragem só é admitida nos contratos de adesão se, em caso de cláusula arbitral não se tratar de
relação de consumo e se respeitar a forma escrita, se a cláusula estiver em destaque (negrito) e se houver
assinatura específica para a cláusula arbitral no bojo do contrato ou em documento avulso.

19. Explique o conflito entre a cláusula de eleição de foro e ao cláusula arbitral.


A cláusula de eleição de foro não afasta, nem colide com a cláusula arbitral, pois existem hipóteses que
tornam necessária a provocação do poder judiciário.

20. Quais são as possibilidades de intervenção do poder judiciário na arbitragem?


São possibilidades de intervenção do poder judiciário na arbitragem a execução de sentença arbitral;
cláusula arbitral vazia; nulidade da cláusula arbitral ou sentença arbitral e execução de medidas
coercitivas durante o procedimento arbitral.

21. Qual das cláusulas trabalhadas em sala de aula é considerada uma cláusula cheia e qual seria
cláusula vazia?
A primeira é considerada uma cláusula arbitral vazia, pois somente determina que as disputas surgidas em
razão do contrato serão solucionadas por arbitragem, não fazendo expressa referência às regras que
conduzirão tal arbitragem. A segunda é uma cláusula arbitral cheia, pois apresenta de forma expressa as
referências das regras que conduzirão eventual procedimento arbitral surgido no contrato, sendo que esta
cláusula indica uma câmara arbitral e seu regulamento para guiar a resolução de eventual conflito.
22. Ainda a respeito das cláusulas, explique o que é arbitragem institucional.
Na arbitragem institucional as partes determinam uma câmara de arbitragem e se submetem ao regimento
interno e as regras de funcionamento da mesma, se utilizando de sua infra-estrutura de serviços, tais
como, local para reunião, secretaria, tesouraria, quadro de mediadores e conciliadores e árbitros sugeridos
por ela.

23. Explique o que é arbitragem institucional.


Na arbitragem institucional as partes determinam uma câmara de arbitragem e se submetem ao regimento
interno e as regras de funcionamento da mesma, se utilizando de sua infra-estrutura de serviços, tais
como, local para reunião, secretaria, tesouraria, quadro de mediadores e conciliadores e árbitros sugeridos
por ela.
24. Quais as espécies de convenção de arbitragem?
As espécies são a cláusula arbitral e compromisso arbitral.

25. Qual a diferença entre cláusula arbitral e cláusula compromissória?


Nenhuma, são a mesma coisa.

26. Quem pode ser árbitro?


Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.

27. Em sua opinião, pode a pessoa jurídica ser árbitro? Justifique.


No que tange à possibilidade da pessoa jurídica ser árbitro, o entendimento doutrinário é enfático no
sentido de que somente pode ser árbitro pessoa natural, contudo, é admitido que a pessoa jurídica possa
ser árbitro com base no art. 13 da lei de arbitragem, que exige apenas que o árbitro seja pessoa capaz e
que tenha a confiança das partes. A pessoa jurídica é dotada de personalidade jurídica, gozam de
capacidade e titulares de direitos e obrigações, assim, podem atuar como árbitro.

28. Explique ao menos dois deveres do árbitro.


Um dos deveres do árbitro é a imparcialidade, o árbitro não deve estar envolvido com os litigantes, não se
confundindo com neutralidade. Outro dever é o da independência, os árbitros devem estar distantes das
partes, ainda que gozem de sua confiança.

29. Qual a relação entre árbitro e a função pública?


Os árbitros, quando no exercício de suas funções ou em razão delas, ficam equiparados aos funcionários
públicos para os efeitos da legislação penal.

30. Onde a teoria do jogo pode auxiliar na mediação?


Na teoria do jogo, entre o dilema de cooperar e não cooperar, é possível perceber que uma das partes
cooperando e a outra não, a que não cooperar terá muito mais vantagem sobre a outra. Analisando a
teoria dentro da mediação, essa teoria é falha, pois o princípio que rege a mediação, busca que as partes
tenham vantagens iguais, alcançando a equidade.
Contudo, se na teoria do jogo, as partes cooperarem de forma mútua, ai sim, alcançarão o equilíbrio
dentre as perdas e ganhos.

31. Como se dá a escolha dos árbitros?


Os árbitros serão escolhidos pelas partes na cláusula arbitral cheia ou no compromisso arbitral e pelo
critério da entidade especializada no caso de arbitragem institucional.

32. Como será composta a arbitragem em relação ao número de árbitros?


A arbitragem será sempre composta por árbitros nomeados em número ímpar. Nomeados ou restando
árbitros em número par, os próprios árbitro nomeados escolherão mais um.

33. Na hipótese de impedimento do árbitro, como será resolvido o conflito?


Havendo causa que impossibilite o escolhido de ser árbitro, as partes poderão convencionar,
expressamente, a impossibilidade de substituição no árbitro, o que acarretará na extinção do compromisso
arbitral e o litígio será submetido ao judiciário.
Caso não haja a expressa extinção do compromisso arbitral por conta do impedimento do árbitro, a
substituição será a regra, e a substituição seguirá a regra pactuada na convenção de arbitragem ou de
acordo com a vontade das partes. Não havendo acordo, o juiz togado irá escolher o árbitro.

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