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19 de Outubro 2010 – N.

388
o
www.protestepoupanca.pt

Po u p a n ç a P R O T E S T E

EDIÇÃO ESPECIAL: DIA MUNDIAL DA POUPANÇA


Independente
Credível
Perto de Si

Só tem uma opção:


poupar e investir bem!
Aproxima-se o 31 de Outubro, Dia Mundial da Poupança. É altu-
ra de reflectir sobre o acto de amealhar para o futuro. Privar-se de
consumir hoje para gastar no futuro não será também adiar a re-
cuperação económica porque tanto almejamos? Devemos poupar
ou gastar? A poupança é imprescindível de forma a constituir uma
base sólida das famílias de modo a enfrentar dias mais difíceis.
DECO PROTESTE, Editores, Lda. Av. Eng.º Arantes e Oliveira, n.º 13, 1.º B, Olaias – 1900-221 Lisboa – € 6,20

Esta tem sido uma das lições da crise actual. Não somos todos
iguais, nem temos o mesmo perfil de risco, nem os mesmos objec-
tivos. Que produtos são mais adequados a cada um? É o que pre-
tendemos resumir nesta edição especial, já que esse tem sido o
propósito da PROTESTE POUPANÇA desde o primeiro número, em
• Crise: o que mudou? p. 2 1995.
Mas os incentivos à poupança não são muitos e as taxas de juro,
apesar das subidas subtis dos últimos meses, estão ainda nos ní-
• Taxa de poupança p. 3 veis mais baixos de sempre. Como se explica, então, a taxa de pou-
pança dos portugueses estar a subir? É um dos efeitos da incerte-
za gerada em tempo de crise. Além disso, a procura de produtos
• Onde investir? p. 4-6 mais seguros tem aumentado: os depósitos atingiram o montante
Vantagens e desvantagens das várias alternati- mais elevado dos últimos anos e os valores aplicados em PPR sob
vas de poupança a forma de seguro aumentaram 28%, em 2009.
Os Certificados de Aforro deixaram de interessar já em 2008 quan-
do foram feitas alterações significativas na fórmula de cálculo do
• Depósitos a prazo p. 7 rendimento e emitida a série C. Desde essa data que os resgates
têm sido superiores às novas emissões. Os cofres do Estado têm
visto as poupanças dos aforradores transferidas para a banca,
• Produtos de taxa crescente p. 8-9 onde se multiplicam as ofertas de produtos de taxa crescente, mas
30 Produtos em subscrição raramente compensam e alguns nem garantem o capital (ver pág.
PROTESTE POUPANÇA – Boletim Quinzenal – Ano 16 – Director e Editor : Pedro Moreira

8 e 9).
Se a necessidade de poupar é muita, as opções disponíveis não
• Certificados de Aforro ou do Tesouro? p. 10
são assim tantas. Os PPR estão em risco de perder o interesse, caso
sejam aprovados os limites aos benefícios fiscais. Os depósitos
rendem muito pouco: a taxa média de um depósito a um ano é de
• PPR ou Certificados de Reforma? p. 11
1,1% líquida, mas o Banco de Portugal estimou uma taxa de infla-
ção de 1,4% para este ano e 1,8% para 2011. Assim, a maioria dos
depósitos deverá proporcionar um rendimento real negativo.
• Fundos de investimento p. 12-13
Estratégias e melhores fundos Por isso, não basta poupar. É preciso também escolher bem!

• Acções p. 14
Investir a longo prazo

• Alertas Proteste Poupança p. 16


Dia Mundial da Poupança

Mudanças trazidas pela crise


Crise financeira, imobiliária, económica… os excessos tiveram o seu preço. A espiral consumista e a falta de
regulação dos mercados financeiros provocaram uma crise quase tão profunda como a da década de 1930.
Crise do século XXI restritivos na concessão de crédito, isto é, passaram a exigir
Apesar das semelhanças, a crise actual não atingiu a um prémio de risco mais elevado. Por isso, apesar da
dimensão da Grande Depressão. Mesmo com o fim do Euribor ter caído, é agora mais difícil obter um crédito do
período de forte expansão do crédito, a queda acentuada das que antes da crise.
Bolsas e o enfraquecimento do sistema financeiro, houve
uma maior compreensão dos mercados financeiros e do Inflação
funcionamento da economia, o que permitiu às autoridades Ainda há poucos anos, o comportamento dos preços era a
políticas e monetárias agirem rapidamente para limitar os principal preocupação dos governos e sobretudo dos bancos
danos. Contudo, a crise provocou fortes mudanças em centrais. A crise mudou por completo essa perspectiva e o
muitos campos. essencial passou a ser evitar uma espiral deflacionista como
a do Japão na década de 1990. E a acção dos governos e dos
Desemprego bancos centrais permitiu evitar este problema. Apesar de em
Sem dúvida que o aumento do desemprego constituiu a alguns países se ter registado um crescimento negativo dos
principal marca da crise. Após anos de forte crescimento preços tratou-se de uma situação pontual e o espectro de
dois dos principais motores económicosregistaram uma uma deflação foi afastado. Do outro lado, estavam os que
forte queda: o sector imobiliário e o comércio internacional. temiam um disparo da inflação tendo em conta o aumento
Esta quebra da actividade teve um impacto significativo no das despesas públicas e das injecções de liquidez dos bancos
crescimento e, consequentemente, no emprego. centrais, cenário catastrófico que não se confirmou.
Neste momento, este ainda é o maior entrave à recuperação
económica. Mais desemprego implica menor confiança das Dívida
famílias e contrai o consumo que representa uma parte Com o intuito de evitar que se repetisse a Grande
considerável do Produto Interno Bruto dos países mais Depressão, os Governos puseram em prática um vasto
desenvolvidos. Além disso, mesmo que a actividade conjunto de medidas: obras públicas, ajudas sociais e até
económica recupere, o emprego demorará tempo a ajustar. nacionalização das instituições financeiras que se
encontravam à beira da falência. Essa estratégia evitou o
TAXA DE DESEMPREGO NA ZONA EURO (a carregado) colapso do sistema financeiro e atenuou os efeitos negativos
E NOS ESTADOS UNIDOS (em %) sobre a economia "real". No entanto, as políticas
11
implementadas tiveram uma importante consequência: o
10 aumento dos défices e das dívidas públicas. Embora esta
9 tendência tenha de ser revertida a longo prazo, a atitude
imprudente das agências de notação agravou o problema em
8
países com a Grécia, Irlanda e Portugal.
7

6 Emergentes
Outra grande consequência da crise foi a afirmação das
5
principais economias emergentes, os denominados BRIC
4 (Brasil, Rússia, Índia e China). Se a Rússia sofreu com a
2005 2006 2007 2008 2009 2010
quebra do valor das matérias-primas, os restantes países
O aumento do desemprego é o principal travão à retoma económica.
passaram relativamente incólumes à crise. Sem o vigor
destas economias, o comércio mundial teria registado uma
Taxas de juro queda mais acentuada e a recessão teria sido muito maior.
Os primeiros sinais da crise fizeram disparar as taxas de juro
de curto prazo. Os bancos deixaram de emprestar dinheiro A reter
entre si com receio de que a outra parte não pudesse A eficiência dos mercados financeiros continua a ser
reembolsar o empréstimo. Para evitar o colapso dos indiscutível. Assim, pouco foi feito para evitar a
mercados monetários, em 2008, os bancos centrais incompetência das agências de notação ou certas
intervieram cortando drasticamente as taxas de juro e actividades especulativas do sector financeiro. É preciso não
concedendo empréstimos aos bancos. Esta estratégia levou a esquecer que estas entidades foram as responsáveis pelo
que taxas como a Euribor caíssem para mínimos históricos início da crise. Neste âmbito, a DECO PROTESTE, em
(2009-2010). No entanto, tal não se traduziu sempre em concertação com outras congéneres europeias, tem lutado
crédito mais barato para consumidores, empresas e até os para uma maior transparência dos mercados para os
próprios Estados. Com efeito, os bancos tornaram-se mais consumidores e para os investidores.

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Dia Mundial da Poupança

Taxa de poupança
A taxa de poupança passou de 6,4 para 8,8%, em 2009. Este ano situa-se já perto dos 11%. Os produtos mais
procurados são os que oferecem maior segurança, como depósitos e seguros.
Poupança a subir 11,6% face a 2008). Os PPR sob a forma de seguro
Longe estão os dias em que a taxa de poupança das famílias representam cerca de 89% do mercado. Contudo, não é
portuguesas ultrapassava os 30% do rendimento disponível. garantido que os benefícios fiscais se mantenham. Aliás, o
O rendimento não era superior ao actual, bem pelo Orçamento de Estado para 2011 prevê a limitação dos
contrário, já que estamos a falar do início da década de 70. benefícios fiscais. Se esta medida for aprovada, os PPR
• Em 2009, a taxa de poupança das famílias aumentou mais deixarão de interessar a grande parte dos aforradores já no
próximo ano, pois encontram no mercado produtos mais
de 2 pontos percentuais, após uma ligeira subida em 2008,
invertendo a tendência descendente registada nos rentáveis e com menores custos.
últimos anos, como se pode ver no gráfico 1.
Foi o contexto de crise económica e financeira o factor 2. DEPÓSITOS (em milhões de euros)
E EURIBOR A 1 ANO (em %)
explicativo do aumento da taxa de poupança desde 2008. 100000 5,00%
O mesmo sucedeu na generalidade dos países da União 90000 4,50%
Europeia, tendo a Espanha e a Irlanda observado os 80000 4,00%
aumentos mais significativos. Para 2010, o INE estimou, em 70000 3,50%
Junho, uma taxa de poupança de 11%. 60000 3,00%
• Ao longo das décadas de 80 e 90 foi visível uma tendência 50000 2,50%
descendente deste indicador. Nos últimos dez anos, a taxa de 40000 2,00%
poupança não apresentou um caminho claro: ascendente até 30000 1,50%
2003 e uma significativa diminuição após essa data e até 2007, 20000 1,00%
atingindo níveis tão baixos só comparáveis com os registados 10000 Depósitos 0,50%
Euribor a 1 ano
na década de 50. 0 0,00%
12/00 12/01 12/02 12/03 12/04 12/05 12/06 12/07 12/08 12/09

1. INFLAÇÃO E TAXA DE POUPANÇA Valores de fim de ano do montante aplicado em depósitos (escala à esquerda) e
EM % DO RENDIMENTO DISPONÍVEL da taxa Euribor a 1 ano. Em 2008 e 2009, quando a Euribor desce, aumentam
12% 4,00% os depósitos.
3,50%
10% 3,00%
2,50%
8% 2,00%
1,50%
6%
1,00% Uma lição a aprender: POUPAR!
4% 0,50%
0,00% Se há lição que os portugueses devem aprender no actu-
2% Taxa de Poupança -0,50%
Inflação -1,00% al cenário de crise económica é a importância de criar
0% -1,50% uma base sólida de poupança como forma de acaute-
lar dias difíceis. O desemprego e a incerteza geraram re-
03

04

05

06

07

08

09

)
as
20

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20

20

20

iv
at
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ceios e alguma contenção, quer nas famílias, quer nas


st
(e
10

empresas. Em 2009, a taxa de poupança das famílias


20

Em 2009, a taxa de poupança dos particulares (escala à esquerda) está no nível aumentou mais de 2 pontos percentuais, após uma lige-
mais alto dos últimos quatro anos (8,8%). O INE estimou uma taxa de 11% no ira subida em 2008, invertendo a tendência descendente
final do primeiro semestre deste ano, ultrapassando os valores de 2003.
registada nos últimos anos, passando de 6,4 para 8,8%
do rendimento disponível. Este ano está já nos 11%, se-
Aumenta a procura de produtos seguros gundo estimativas do INE.
A partir do último trimestre de 2008, as taxas Euribor, que A questão da segurança das aplicações também foi
servem de referência para os mercados, começaram a tema debatido nestes últimos anos devido à falência de
descida que atingiu os mínimos históricos. várias instituições financeiras. Por isso, e apesar das bai-
• Apesar da remunerações dos depósitos estar em níveis xas taxas de mercado, tem-se verificado um aumento
muito baixos, na maior parte dos casos abaixo de 1%, os significativo da procura de aplicações de capital e rendi-
montantes aplicados em depósitos têm aumentado em 2008 e mento garantido, como os depósitos ou os seguros.
2009, como se pode ver no gráfico 2. Os bancos apresentam cada vez mais alternativas, onde
• Outra das aplicações também muito procurada pelos a criatividade nem sempre é esclarecedora e chega a ser
portugueses são os Planos Poupança Reforma, sobretudo perigosa num terreno onde não proliferam os conheci-
devido aos benefícios fiscais que proporcionam. mentos financeiros. Assim, são cada vez mais as dificul-
Só em 2009, o montante que os portugueses investiram em dades que se colocam aos particulares na escolha dos
PPR atingiu os 3,3 mil milhões de euros. Estão aplicados produtos mais adequados.
cerca de 15 mil milhões de euros em PPR (um crescimento de

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Dia Mundial da Poupança

Produtos financeiros
APLICAR AS POUPANÇAS Contas poupança-reformado
Para gerir o património ou aplicar o excedente mensal dos A favor:
rendimentos, o aforrador é confrontado com inúmeras – isenção de imposto sobre os juros para montantes até
questões. Nestas três páginas, a PROTESTE POUPANÇA 10 500 euros; acima desse valor aplica-se a taxa normal de
apresenta um resumo dos produtos financeiros entre os imposto de 21,5%
quais os investidores podem optar. Mais informação – capital garantido
específica a cada produto está disponível noutras páginas – disponíveis em quase todos os bancos
desta edição, no portal financeiro ou no Serviço Telefónico Contra:
de Informação Financeira (808 200 147 e 218 418 789). – só acessíveis para reformados ou pensionistas cuja pensão
bruta mensal não exceda, no momento da subscrição, o
O objectivo da PROTESTE POUPANÇA é simples: equivalente a três meses a remuneração mínima mensal
conduzir o aforrador através do labirinto das possibilidades garantida (1425 euros em 2010)
de investimento, dando-lhe a informação suficiente para – pode perder juros se levantar antes do prazo estipulado
que possa, com conhecimento de causa, gerir as suas – eventuais custos de manutenção na conta à ordem
poupanças da forma que mais lhe convém para obter o associada à conta poupança
melhor rendimento possível. Escolhas Acertadas:
– Protocolo DECO/Caixa Galicia; a taxa anual nominal
líquida a 12 meses é actualmente 2,5%
Assim, antes de investir convém conhecer os produtos
No portal financeiro em:
financeiros e, pelo menos, as suas características básicas.
Rendimento Garantido > Contas poupança
Uma informação errada ou insuficiente pode originar
perdas significativas, sobretudo para quem apenas dá
ouvidos à publicidade das instituições financeiras. Certificados de Aforro
A favor:
Com essa "arma" poderá muito mais facilmente distinguir – remuneração indexada à taxa Euribor
os bons dos maus investimentos propostos pelo seu banco. – prémio de permanência
Para ajudá-lo nessa tarefa, enumeramos os principais tipos – garantia do Estado
de produtos financeiros, os seus principais prós e contras e – facilidade de subscrição nas estações dos CTT
enquadramo-los nos prazos mais adequados. – sem custos
Contra:
– nos primeiros três meses, o dinheiro está indisponível
– a actual taxa de remuneração base é reduzida, existindo
CURTO PRAZO - ATÉ 12 MESES
depósitos a prazo com taxas superiores
Recorra a estes produtos para manter um pé-de-meia e – constantes alterações à lei arrasaram a fórmula de cálculo
fintar os imprevistos (acidente, doença grave ou do rendimento
desemprego). Junte um mínimo de três a seis vezes o No portal financeiro em:
orçamento mensal familiar. O restante deve aplicar por Rendimento Garantido > Certificados de Aforro
prazos mais longos, pois o rendimento tende a ser maior.

Depósitos a prazo
A favor:
– rendimentos relativamente interessantes em alguns TAXA DE JURO DE CURTO PRAZO
bancos; as actuais taxas de juro a doze meses variam entre (Euribor a 6 meses)
5.50
0 e 2,4% 5.00
– capital garantido 4.50
– possibilidade de obter rendimentos periódicos (mensais, 4.00
trimestrais, etc.) na conta à ordem 3.50
– disponíveis em todos os bancos 3.00
Contra: 2.50
– pode perder juros se levantar antes do prazo estipulado 2.00
– eventuais custos de manutenção na conta à ordem 1.50
associada ao depósito a prazo 1.00
Escolhas Acertadas: 0.50
2005 2006 2007 2008 2009 2010
– ver página 7
As aplicações financeiras sem risco e de fácil reembolso apresentam rendimen-
No portal financeiro em: tos próximos da Euribor. Ainda assim, é possível seleccionar alguns produtos
Rendimento Garantido > Depósitos (ou instituições) cuja oferta seja ligeiramente mais atractiva.

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Dia Mundial da Poupança

Fundos de tesouraria em euros Obrigações de caixa (excluindo ICAE)


A favor: A favor:
– levantamento em qualquer altura sem penalização do – capital garantido no final do prazo
rendimento acumulado (pré-aviso entre 1 a 3 dias) – rendimento, por norma, está definido à partida ou evolui
Contra: com a taxa Euribor
– sem garantia de rendimento nem de capital Contra:
– comissão de gestão elevada em alguns fundos – levantamento antecipado pode não ser possível ou
– em média, mau desempenho nos últimos anos implicar a perda de capital e/ou rendimento
No portal financeiro em: No portal financeiro em:
Fundos > Fichas Detalhadas Outras análises
Instrumentos de Captação de Aforro
MÉDIO PRAZO - ENTRE 1 E 5 ANOS
Estruturados (ICAE)
Aquele dinheiro que não é necessário no imediato pode ser A favor:
aplicado em produtos com prazos superiores a doze meses. – capital garantido no final do prazo, em regra
A rentabilidade é teoricamente mais interessante, mas – possibilidade de obter um rendimento superior aos
actualmente há poucos produtos interessantes. depósitos a prazo
Contra:
Certificados de Aforro – rendimento muito incerto e dependente de fórmulas
A favor: normalmente complexas; pode não ganhar nada!
– (ver página anterior) – levantamento antecipado pode não ser possível ou
– prémio de permanência implicar a perda de capital
Contra: No portal financeiro em:
– uma gestão activa de depósitos a prazo permite Outras análises
rentabilidades superiores Nota: dada a grande diversidade, podem surgir ICAE com
No portal financeiro em: características diferentes das referidas
Rendimento Garantido > Certificados de Aforro
Fundos imobiliários
Obrigações do Tesouro (OT) A favor:
A favor: – rendimento potencial superior às taxas de juro de curto
– capital e rendimento garantido se a OT for mantida até ao prazo (Euribor)
vencimento – possibilidade de investir em imóveis com pequenos
– rendimentos anuais provenientes dos cupões montantes (desde 500 euros)
– há OT que permitem aplicar por períodos muito longos Contra:
(actualmente até 27 anos) – sem garantia de rendimento nem de capital
Contra: – custos superiores a outro tipo de fundos
– custos de transacção em Bolsa Escolha Acertadas:
– mínimo recomendado de 2500 euros – CA Património Crescente; Imofomento; VIP
– reduzida rentabilidade No portal financeiro em:
– funcionamento das OT é pouco intuitivo Fundos > Fichas Detalhadas
– em caso de venda antes da data de vencimento podem
ocorrer perdas de capital LONGO PRAZO - MAIS DE 5 ANOS
No portal financeiro em: As poupanças que podem ser "dispensadas" a mais de
Rendimento Garantido > Obrigações do Tesouro cinco anos devem ser canalizados para produtos mais
rentáveis.
Fundos de obrigações euro (curto prazo)
A favor: Certificados do Tesouro
– levantamento com um pré-aviso de poucos dias A favor:
– remuneração aproximada à taxa Euribor – dívida pública (emitida pelo Estado)
– disponíveis em quase todos os bancos – rendimento muito próximo das OT a 5 e 10 anos,
Contra: consoante o prazo aplicado
– sem garantia de rendimento nem de capital – o capital está garantido, a todo o momento
– podem existir comissões de resgate – resgate antecipado, total ou parcial, sem penalização nas
– comissão de gestão elevada em alguns fundos datas anuais de pagamento de juros
– em média, rentabilidades têm decepcionado Contra:
No portal financeiro em: – a menos de cinco anos, há depósitos a prazo mais
Fundos > Fichas Detalhadas rentáveis (ver página 7)
Nota: apesar da designação, estes fundos seriam adequados No portal financeiro em:
para aplicar entre 6 meses e 3 anos Rendimento garantido > Certificados do Tesouro

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Dia Mundial da Poupança

TAXAS DE JURO DE LONGO PRAZO


(em %) CARTEIRA DE FUNDOS
6.50

6.00 Para o longo prazo, a PROTESTE POUPANÇA sugere


combinar o investimento em fundos de acções e obriga-
5.50
ções de taxa fixa, isto é, constituir uma carteira de fun-
5.00 dos (ver páginas 12 e 13).
4.50 No portal financeiro em: Fundos > Estratégia de inves-
4.00 timento.
3.50
3.00

2.50 Fundos mistos


2005 2006 2007 2008 2009 2010
A crise da dívida pública em Portugal teve um efeito positivo: com a subida das
A favor:
taxas longas, os Certificados do Tesouro passaram a oferecer um rendimento – montante mínimo reduzido (desde 500 euros)
mais interessante. – carteira diversificada
– potencial de valorização dos mercados de acções e
Fundos de obrigações (médio/longo prazo) obrigações
A favor: Contra:
– montante mínimo reduzido (desde 500 euros) – risco médio
– carteira com alguma diversificação – sem garantia de rendimento nem de capital
– beneficiam da descida das taxas de longo prazo e/ou de – gestão feita totalmente pela sociedade gestora
ganhos cambiais No portal financeiro em:
Contra: Fundos > Fichas detalhadas
– risco (baixo a médio baixo)
– sem garantia de rendimento nem de capital Seguros sem capital garantido ('unit linked')
– é conveniente diversificar por fundos de várias categorias Consoante o produto, as vantagens e inconvenientes serão
– perda em caso de subida das taxas de longo prazo e/ou semelhantes aos fundos de acções, obrigações ou mistos
variações cambiais desfavoráveis
No portal financeiro em:
Seguros com capital garantido
Fundos > Fichas detalhadas
A favor:
Fundos de acções – montante mínimo reduzido (desde 250 euros)
– garantia de capital e, por vezes, com rendimento mínimo
A favor:
– menos impostos sobre os rendimentos (17,2 e 8,6% para
– montante mínimo reduzido (desde 500 euros)
prazos superiores a 5 e 8 anos respectivamente, em vez da
– carteira com alguma diversificação
habitual taxa de imposto de 21,5%)
– elevado potencial de valorização das Bolsas
Contra:
Contra:
– comissões de subscrição e gestão elevadas
– risco (médio a muito elevado)
– penalizações por levantamento antecipado
– sem garantia de rendimento nem de capital
– é conveniente diversificar por fundos de várias categorias – baixo potencial de valorização
No portal financeiro em: No portal financeiro em:
Fundos > Fichas detalhadas Outras análises

Planos Poupança-Reforma e Certificados


BOLSAS MUNDIAIS
(índice MSCI) Reforma
1300
(informação detalhada na página 11)
1200
1100 Acções (investimento directo)
1000 A favor:
900 – elevado potencial de valorização
– gestão directa por parte do investidor
800
Contra:
700
– risco elevado
600 – sem garantia de rendimento nem de capital
500 – mínimo recomendado de 20 mil euros
2005 2006 2007 2008 2009 2010
– necessita de acompanhamento permanente dos mercados
Apesar das quedas de 2007-2008, os mercados accionistas continuam a ser
uma boa aposta a longo prazo, desde que o investidor seja selectivo e diversifi- No portal financeiro em:
que. Acções > Fichas detalhadas

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Dia Mundial da Poupança

Depósitos a prazo
Rendem pouco, em muitos casos menos de 1%. Com a inflação prevista bastante acima, é muito importante
escolher um depósito rentável, de modo a não perder poder de compra. Conheça os melhores.
Taxa média abaixo da inflação DEPÓSITOS A PRAZO E INFLAÇÃO
Geralmente, o rendimento é o primeiro critério de escolha. (em %)
Mas, actualmente, as taxas estão baixas: em média, um 3,50%

depósito de 5000 euros a um ano rende 1,1%, ficando 3,00%

abaixo da taxa de inflação prevista pelo Banco de Portugal 2,50%


(1,4% para 2010 e 1,8% para 2011). Assim, para que não
2,00%
perca poder de compra com o seu aforro, deverá escolher a
melhor taxa e sempre acima da inflação prevista. A um ano, 1,50%

a melhor taxa é a do Depósito Poupança Extra do 1,00%

ActivoBank (3,1%). Mas exige o cumprimento de algumas 0,50%

condições (ver caixa). Veja no quadro em baixo as melhores 0,00%


taxas. No nosso portal as taxas praticadas em todos os Melhor depósito Taxa média Inflação prevista
a 12 meses dos depósitos para 2010
bancos (www.protestepoupanca.pt). (ActivoBank) (Banco de Portugal)

O melhor depósito a um ano rende 3,1% líquidos (ActivoBank), mas exige o


cumprimento de algumas condições. Contudo, a taxa média dos depósitos é de
Fundo de Garantia dos Depósitos 1,1%, abaixo da inflação prevista para este ano (1,4%).
Em caso de falência de um banco, pode recorrer ao Fundo
de Garantia de Depósitos, tutelado pelo Banco de Portugal,
que garante alguma segurança ao investidor e permite que Qual o melhor depósito?
este seja, pelo menos, parcialmente reembolsado. Abrange
todos os depósitos obtidos em Portugal ou noutro Estado O rendimento é importante, mas não deve descurar ou-
comunitário, por bancos sediados no nosso país, garante o tros aspectos igualmente importantes, como a segu-
reembolso até um valor máximo 100 000 euros por cliente, rança e a liquidez. Actualmente, o depósito mais
até final de 2011 (www.fgd.pt). rentável a um ano é o Depósito Poupança Extra do Acti-
voBank: rende 3,1% líquido a um ano. Mas exige o cum-
Se resgatar antes, perde os juros primento de uma das seguintes condições: domiciliação
do vencimento ou pensão (mínimo de 650 euros) ou Pa-
Alguns depósitos não permitem o resgate antecipado. gamentos efectuados com cartão de crédito no valor
Outros, a situação mais habitual, permitem mas perde os mínimo mensal de 250 euros ou utilização de cartão de
juros do período já decorrido. Por isso, antes de escolher um débito num mínimo de 12 pagamentos mensais. O não
depósito veja se o prazo se adequa ao seu objectivo e se não cumprimento implica uma redução para 1,6%.
vai necessitar do capital antes.
AS MELHORES TAXAS PARA DEPÓSITOS
BANCA TRADICIONAL BANCA ONLINE
Instituição Montante TANB TANL Instituição Montante TANB TANL
mínimo (%) (%) mínimo (euros) (%) (%)
(euros)
1 mês
Banco Popular (Depósito Ouro) 1000 0,7 0,5 Barclays Bank (Dep. Net) 1000 1,4 1,0
CajaDuero 2500 0,6 0,5 Santander (DP NetB@nco) 250 1,3 1,0
Banif 500 0,6 0,4 Banco Big 500 1,2 0,9
3 meses
Santander (DP 5) (1) 250 5,0 4,0 Best (Dep. Promocional 4%) (1) 2500 4,0 3,1
Popular (Dep. Aniversário) (2) (4) 1000 3,5 2,7 Best (Dep. a Prazo Blue) (1) (2) 2500 4,0 3,1
Popular (Depósito Ouro 3 M.) (1) 300 3,0 2,3 Banif (Sup. Dep. Banif@st) 2500 2,4 1,9
6 meses
Popular (Ouro Crescente) (2) (3) 300 3,3 2,6 Banif (Sup. Dep. Banif@st) 2500 2,8 2,2
BPN (DP Oportunidade) (1) (2) 5000 3,3 2,6 Banco Big (DP Top II) 60 000 2,7 2,1
Banif (Poupança Nova Vida) 25 2,4 1,9 CaixaGalicia (DP Especial On) (2) 3000 2,5 2,0
12 meses
Popular (Dep. Ouro Plus) (2) (3) 300 3,5 2,7 ActivoBank (Dep. Poup. Extra) (5) 3000 4,0 3,1
Banif (Poupança Nova Vida) 25 2,7 2,1 Banif (Sup. Dep. Banif@st) 2500 3,0 2,4
Banif (Poupança Banif) 250 2,4 1,9 Banco Big 500 2,4 1,9
TANB: taxa anual nominal bruta. TANL: taxa anual nominal líquida. Taxas actualizadas à data de 15 de Outubro de 2010.
O capital aplicado em depósitos está garantido até 100 mil euros. O excedente não está ao abrigo do Fundo de Garantia dos Depósitos. (1) Só para os novos clien-
tes. (2) Só para novos capitais. (3) Taxa média. (4) Apenas para aniversariantes neste mês. (5) Exige o cumprimento de algumas condições.

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Dia Mundial da Poupança

Produtos de taxa crescente


Desde o ano passado que os bancos inundam os clientes com ofertas de produtos de taxa crescente.
Encontrámos 30 produtos em subscrição sob a forma de depósito ou obrigação mas, em geral, não
compensam e nem todos garantem o capital.
30 Produtos em subscrição CAIXA AFORRO ANUAL +:
Como alternativa aos depósitos tradicionais, muitos com 6% NO ÚLTIMO ANO, MAS RENDE APENAS 2,1%
7%
rendimento inferior a 1%, os bancos propõem produtos de
taxa crescente a médio prazo. No último ano, reparámos no 6%

aumento do número de produtos deste tipo devido à 5%


expectativa de subida das taxas de juro.
4%
"Crescente" é a palavra mais frequente nas designações.
Procurámos os produtos disponíveis em comercialização 3%

para prazos entre dois a cinco anos e encontrámos 30 (ver 2%


quadro). Na maior parte deles a taxa é fixa e crescente, mas
há casos em que depende da Euribor, limitada entre valores 1%

crescentes. É o caso do depósito Taxa Crescente Novembro 0%


2013 da CGD. Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Exemplo de um produto de taxa crescente: proporciona entre 1 a 6%, respecti-


vamente em cada ano. Mas, o rendimento efectivo líquido, se mantiver a apli-
Diferentes níveis de segurança cação até ao fim dos 5 anos, é de 2,1%, bastante menos do que o melhor depósi-
Estes produtos podem ter a forma de depósito, obrigação de to a um ano (3,1%). Raramente a taxa crescente compensa.
caixa, seguro de capitalização e até fundo especial de
investimento (FEI). No momento em que fizemos a recolha,
os produtos encontrados foram depósitos ou obrigações de
caixa. Os primeiros estão ao abrigo do Fundo de Garantia Responda a 4 perguntas
dos Depósitos, garantindo até 100 mil euros por titular; se
for sob a forma de obrigação de caixa está ao abrigo do Antes de subscrever um produto deste tipo, procure sa-
Sistema de Indemnização ao Investidor (SII) e garante ber as respostas a estas questões:
apenas até 25 mil euros. Também os FEI estão ao abrigo do Pode mobilizar em qualquer altura?
SII e no caso dos seguros não existe um mecanismo A falta de liquidez obriga a um compromisso a mé-
protector externo à seguradora. dio/longo prazo. Verifique se o produto pode ser mobili-
zado a qualquer altura sem perda de capital. Muitos
Atenção à publicidade deles não podem ser mobilizados antecipadamente ou
então, no caso das obrigações, podem ser adquiridas
Até há muito pouco tempo, a publicidade destacava apenas
pelo banco ou vendidas em Bolsa a preço de mercado,
a taxa mais elevada da aplicação. Denunciámos várias
correndo o risco de perder parte do que investiu.
situações no passado e a legislação recente veio colocar
Qual a TAEL a 12 meses e no período total?
algum freio nos abusos que se verificavam. No entanto, há
Por vezes os slogans publicitários realçam ou dão maior
sempre tentativas de contornar a legislação.
destaque à taxa do último período. Não se deixe con-
Felizmente, nesta recolha não encontrámos nenhum
vencer, provavelmente refere-se a um período ainda dis-
produto com publicidade enganadora. Além disso, todos os
tante. Verifique quanto rende a aplicação no primeiro
produtos sob a forma de depósito apresentam a informação
ano e compare com os melhores depósitos para o mes-
de forma bastante clara na Ficha de Informação
mo prazo. Veja também a TAEL (taxa anual efectiva lí-
Normalizada (FIN), sinal de que as nossas denúncias e
quida) para o período total da aplicação (última coluna
apelos têm sido ouvidos. Todavia, as exigências informativas
do quadro).
variam consoante o tipo de produto: seguros e obrigações de
O rendimento é fixo ou depende da Euribor?
caixa nem sempre são claros.
As taxas Euribor estão muito baixas e não são um inde-
xante interessante. Mesmo que venham a subir, nos vá-
Uma ilusão a taxa crescente rios prazos, são inferiores às melhores taxas dos
Nenhum dos produtos apresenta no primeiro ano uma depósitos bancários de curto prazo. Além disso, é prefe-
remuneração superior à do melhor depósito a 12 meses, que é rível fazer um depósito a um ano à melhor taxa do que
de 3,1% líquida (ver página 7). Quanto ao rendimento final, a submeter-se à incerteza da expectativa de subida das
melhor taxa anual é de 3,5% líquida para o prazo de 5 anos taxas.
(Banco Invest), 2,7% a 4 anos (Banco Big) e 2,6% a 2 anos Qual o tipo de produto?
(BPN). Ainda que estas taxas sejam superiores à maior parte Depósito, seguro, obrigação de caixa ou fundo de inves-
dos depósitos, são produtos de médio/longo prazo, há outras timento. A segurança e liquidez dependem da forma.
alternativas (ver caixa As soluções de dívida pública).

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Dia Mundial da Poupança

Alguns depósitos de taxa crescente são indexados à Euribor, possam surgir no futuro, com a subida das taxas. Assim,
estando as taxas dos anos seguintes limitadas num mais vale fazer uma gestão activa da poupança: escolha o
determinado intervalo. É o caso do depósito Taxa Crescente melhor depósito e depois renove sempre à melhor taxa.
Novembro 2013, a 3 anos, da Caixa Geral de Depósitos. Se tiver a certeza de que não vai necessitar do capital pode
Assim, mesmo que a Euribor subisse 1% ao ano, como optar pelos títulos de dívida pública (ver caixa).
supusemos, a subida do rendimento anual está sempre
limitada. As taxas crescentes não são tão vantajosas quanto
parecem, mesmo que as dos últimos anos sejam muito
atractivas (chegam a 6%). Além disso, alguns produtos Qual a melhor opção para o médio prazo?
servem para captar novos capitais ou são para clientes
Para qualquer um dos prazos encontramos melhores so-
preferenciais, como se pode ver no quadro. É o caso dos
luções que os depósitos de taxa crescente apresentados
depósitos Poupança Solução Valor, Poupança Solução
no quadro, nomeadamente as Obrigações do Tesouro
Consigo (Montepio) e do Caixa Aforro Anual + (CGD),
(OT): a três anos, uma OT rende 3,1%, a quatro anos ren-
exclusivos para clientes com outros serviços.
de 3,8% e a cinco consegue 4,1% (veja em www.protes-
tepoupanca.pt). Contudo, nos depósitos o capital está
Contratos a médio prazo sempre garantido e, na maior parte dos casos, pode mo-
A falta de liquidez de alguns produtos, seja através das bilizar antes do vencimento, enquanto nas OT o capital
restrições ou impossibilidade de mobilização ou pela venda apenas está garantido no final. Pode também optar pe-
do título a preço de mercado, transformam o produto num los Certificados do Tesouro que, pelo prazo de cin-
compromisso a médio ou longo prazo, pois desincentivam a co anos, proporcionam 3,8% (ver pág. 10).
transferência para outras aplicações mais rentáveis que

PRODUTOS DE TAXA CRESCENTE (em subscrição)


Designação Banco Tipo de Montante Mobilização Pagamento Variação de TAEL(%) TAEL
produto mínimo antecipada de juros TANB (%) 1.º ano (%)
5 ANOS
Invest Depósito 5 Anos Banco Invest Depósito 5000 Sim Anual 3,0 a 6,0 2,4 3,5
DP 3:30 (3) Finibanco Depósito 2500 Sim Anual 2,3 a 3,1 2,3 2,6
BPI Super Rend. Fixo Cresc. 5 Banco BPI Obrigaç. 50 000 (2) Anual 2,8 a 3,8 2,2 2,6
Novo Dep. Cresc. 5 Anos (3) Santander Depósito Não tem Sim Anual 2,3 a 3,5 1,8 2,2
Caixa Aforro Anual + (3) (4) CGD Depósito 100 Sim Anual 1,0 a 6,0 0,8 2,1
Depósito Crescente 5 Anos Santander Depósito Não tem Sim Anual 2,3 a 3,0 1,8 2,0
BPI Rend. Fixo Cresc. 5 Anos Banco BPI Obrigaç. 1000 (2) Anual 2,0 a 3,0 1,6 2,0
Depósito Crescente Mais Millen. bcp Depósito 2500 Sim Anual 0,8 a 4,5 (5) 0,8 1,7 (5)
4 ANOS
Dep. Rendimento Anual 4X Banco Big Depósito 2500 Sim Anual 2,0 a 5,0 1,6 2,7
Super Poupança – 4.ª série Montepio Depósito 5000 Sim Anual 2,0 a 5,0 1,6 2,6
Dep. Crescente 4 Anos Banif Depósito 500 Sim Semest. 2,0 a 3,6 1,7 2,3
Conta BES Top BES Depósito 100 Sim Semest. 1,0 a 5,0 0,8 1,3
3 ANOS
Conta Rendimento CR BES Depósito 1000 Sim Semest. 3,0 a 4,5 2,4 2,7
Dep. Rendimento Anual 3X Banco Big Depósito 2500 Sim Anual 2,0 a 4,5 1,6 2,4
DP Crescente 2-3-4 BBVA (3) BBVA Depósito 1000 Sim Anual 2,0 a 4,1 1,6 2,4
BPI Super Rend. Fixo Cresc. 3 Banco BPI Obrigaç. 50 000 (2) Anual 2,6 a 3,1 2,0 2,2
Millen. Rend. Premium 2.ª (6) Millen. bcp Obrigaç. 10 000 (2) Semest. 2,3 a 3,4 1,9 2,2
Millen. Rend. Premium 1.ª (6) Millen. bcp Obrigaç. 1000 (2) Semest. 1,9 a 2,7 1,5 1,8
DP NetB@nco Cresc. 3 Anos Santander Depósito 250 Sim Anual 1,5 a 3,3 1,2 1,8
BPI Rend. Fixo Cresc. 3 Anos Banco BPI Obrigaç. 1000 (2) Anual 1,9 a 2,4 1,5 1,6
Aforro Prémio 2010 -10.ª ser. Montepio Depósito 1000 Sim Trimest. 1,5 a 3,3 1,2 1,6
DP Crescente 1-2-3 BBVA BBVA Depósito 1000 Sim Anual 1,0 a 3,0 0,8 1,6
Taxa Crescente Novem. 2013 CGD Depósito 1000 Não Trimest. 1,0 a 2,3 (1) 0,8 1,3
Depósito Crescente a 3 Anos CaixaGalicia Depósito 3000 Sim Anual 1,3 a 1,8 1,0 1,2
2 ANOS
DP Crescente 24 Meses BPN Depósito 10 000 Sim Semest. 2,0 a 4,5 2,0 2,6
DP BES Crescente BES Depósito 1000 Sim Semest. 2,3 a 3,3 1,9 2,2
Dep. Rendimento Semestral Banco Big Depósito 2500 Sim Semest. 2,0 a 3,5 1,7 2,1
Dep. Crescente 2 Anos Banif Depósito 500 Sim Trimest. 2,3 a 3,5 1,8 2,0
Poupança Solução Valor (4) Montepio Depósito 10 000 Sim Semest. 1,8 a 3,4 1,5 1,9
Poup. Solução Consigo (4) Montepio Depósito 2500 Sim Semest. 1,6 a 3,0 1,3 1,7
TANB: taxa anual nominal bruta. TAEL: taxa anual efectiva líquida. FEI: Fundo Especial de Investimento.
(1) Depende da Euribor. Supomos uma subida de 1% ao ano, após o primeiro ano. (2) Pode vender os títulos a preço de mercado, mas corre o risco de perder parte
do capital investido. (3) Exclusivo para novos capitais e/ou novos clientes. (4) Para alguns clientes. (5) Para montantes superiores a 25 mil euros a remuneração é
superior. (6) O prazo é de dois anos e meio.

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Dia Mundial da Poupança

Certificados de Aforro ou do Tesouro?


Em Outubro, as subscrições dos «novos certificados» rendem 4,8% líquidos ao ano, caso os mantenha
durante 10 anos. A transferência de capitais dos Certificados de Aforro para os do Tesouro parece ser uma
evidência, mas é sempre compensadora?
Os Certificados agora são outros CERTIFICADOS DE AFORRO:
Criados em 1960, os Certificados de Aforro tiveram um TRÊS ANOS DE RESGATES (em milhões de euros)
2500
reinado com quase 50 anos. A série A manteve-se até 1986 e Novas emissões
Resgates
2000
a série B desde essa data até 2008. Nesse ano foi criada a saldo

série C com alterações substanciais. O rendimento diminuiu 1500

à custa das alterações inerentes à nova fórmula de cálculo e 1000


também porque coincidiu com a descida da Euribor, o seu
500
indexante. Assim, este tradicional produto de aforro, bem
querido dos portugueses, perdeu o interesse. 0

• Longe vão os tempos em que o rendimento tinha dois -500


dígitos. Actualmente, a taxa base para as novas subscrições de -1000
Certificados de Aforro é apenas de 0,8% líquida; para quem já 2007 2008 2009 2010 (Janeiro
a Agosto)
tem as séries antigas (A e B), a taxa base manteve-se em 0,5%.
Em 2010, até Agosto, os cofres do Estado acumulam já um saldo negativo de
Assim, quem tenha há mais de quatro anos, está a usufruir de 671 milhões de euros. Pelo terceiro ano consecutivo, os resgates superam as no-
um rendimento de 2,1%. vas emissões. Em compensação, houve já uma entrada de 251 milhões de euros
• Desde 2008 que os resgates de Certificados de Aforro têm em Certificados do Tesouro.
superado as novas emissões e os cofres do Estado estavam a
perder as poupanças dos aforradores para os bancos. Vale a pena transferir?
• Em Julho deste ano surgiram os Certificados do Tesouro, Muitos aforradores já se questionaram se não será melhor
uma aplicação de dívida pública mais vocacionada para o transferir as suas poupanças dos Certificados de Aforro para
aforro de médio e longo prazo (conheça as diferenças no os Certificados do Tesouro. A resposta depende do prazo
quadro em baixo). pelo qual pretende manter a aplicação. Ambas têm um
Quem subscrever em Outubro obtém 1,1% líquida para prazo máximo de 10 anos. As taxas dos Certificados de
investimentos até 4 anos, 3,8% para quem investir entre 5 e Aforro estão muito baixas, variando entre 0,8 e 2,1%, e não
9 anos e 4,8% para o prazo de 10 anos. recomendamos novos investimentos. Se já tem há mais de
O rendimento para prazos mais alargados tem vindo a quatro anos e está a usufruir do prémio de permanência
aumentar desde Julho, reflectindo a subida dos juros das máximo, apenas compensa transferir se tiver a certeza de
obrigações portuguesas no mercado secundário. que não vai movimentar a aplicação durante, pelo menos,
Tanto na nova série dos Certificados de Aforro, como nos cinco anos. Dessa forma, irá conseguir aplicar a sua
Certificados do Tesouro, está estabelecido que o Estado não poupança a um rendimento de 3,8%. Contudo, lembre-se
pode alterar as regras de forma desfavorável para o que o rendimento dos Certificados de Aforro é variável e
aforrador num prazo de 10 anos após a subscrição. depende da Euribor, que poderá subir nos próximos anos.

DÍVIDA PÚBLICA: CERTIFICADOS DE AFORRO E DO TESOURO


Características Certificados de Aforro (série C) Certificados do Tesouro
Local de subscrição IGCP, CTT e Aforro Net (http://aforronet.igcp.pt)
Montantes 100 a 250 000 euros 1000 a 1 000 000 euros
Prazo 10 anos 10 anos
Resgate antecipado Sim, após os primeiros três meses. Sim, após os primeiros seis meses.
Pagamento de juros Trimestral Anual
Capitalização de juros Sim Não
Rendimento Definida em cada mês e é variável em função da Definida em cada mês e é fixa para todo o período
Euribor: 0,85 * E3 + 0,25, em que E3 é a média dos de investimento, variando consoante o prazo de
valores da Euribor a três meses nos dez dias úteis permanência: quem investir por menos de 5 anos
anteriores, sendo o resultado arredondado à recebe apenas a taxa dos Bilhetes de Tesouro ou
terceira casa decimal. Euribor a 12 meses; entre 5 a 9 anos o rendimento
das OT a 5 anos; a 10 anos o das OT a 10 anos.
O nosso conselho Não subscreva.
Quem já tem as séries antigas (séries A e B), só Uma aplicação interessante se investir por
compensa transferir para os Certificados do Tesouro prazos superiores a cinco anos.
se tiver a certeza que vai manter a aplicação
durante, pelo menos, cinco anos.

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Dia Mundial da Poupança

PPR ou Certificados de Reforma?


Se está a pensar em amealhar para a reforma, há duas aplicações que, este ano, ainda proporcionam
benefício fiscal: os PPR e os Certificados de Reforma. Mas, se os limites aos benefícios fiscais apresentados
pelo Governo forem aprovados, o interesse destes produtos poderá desaparecer no próximo ano.
Benefício fiscal em risco pública nacional, 43% em dívida da OCDE, 19% em acções
O benefício fiscal é o principal atractivo destas aplicações. e 1% em liquidez. No último ano aumentou a proporção
Enquanto nos PPR pode deduzir 20% das entregas anuais aplicada em acções e diminuíram os activos líquidos.
até ao limite de 300 a 400 euros, consoante a idade do
subscritor, nos Certificados de Reforma (CR) a dedução A quem interessam os Certificados?
fiscal corresponde a 20% do montante aplicado com o limite Pode ser uma opção complementar aos PPR, já que os
de 350 euros, qualquer que seja a sua idade, como pode ver benefícios fiscais são acumulados, podendo atingir
no quadro em baixo. Mas, a principal diferença é que nos deduções anuais à colecta de IRS de 750 euros (máximo de
CR as entregas são uma percentagem fixa do salário (2, 4 ou 400 euros nos PPR e 350 euros nos CR). O grande contra é
6%). Assim, só atingirá o limite máximo do benefício fiscal não poder haver resgate antecipado. Além disso, é um
se tiver um salário mensal superior a 3645 euros produto único que pode não ser o mais adequado a todos os
(se descontar 4%) ou superior aos 7292 euros (caso desconte perfis e nunca tem o capital garantido. Veja no quadro em
2%) e descontar durante os 12 meses. No entanto, se os baixo as principais diferenças entre PPR e CR.
limites de deduções por benefício fiscal apresentados no
Orçamento de Estado para 2011 forem aprovados, poucos CERTIFICADOS DE REFORMA E FUNDOS PPR:
terão interesse em subscrever PPR ou CR. ÚLTIMOS 12 MESES (em %)
3,50%

Apenas 2,9% nos últimos 12 meses 3,00%


2,90%

Nos últimos 12 meses, à data de 30 de Setembro, os CR 2,50%


2,14%
renderam 2,9% (7,8% em 2009). Contudo, 7 fundos PPR 1,80%
2,00%
superaram a performance dos últimos 12 meses: Barclays 1,54%

PPR L. Path 2025 (6,2%), Barcalys PPR L Path 2020 (5,6%), 1,50%

Optimize Capital PPR Acções (4,7%), Santander Poupança 1,00%

Investimento FPR (4,7%), PPR Vintage (4,2%), Barclays 0,50%


PPR Rendimento (3,8%) e Optimize Capital Reforma PPR
Equilibrado (3,7%). A nossa Escolha Acertada PPR SGF 0,00%
Certificados Fundos PPR Fundos PPR Fundos PPR
Garantido, que apresenta capital garantido e um de Reforma defensivos (média) neutros (média) agressivos (média)

rendimento mínimo, teve quase o mesmo resultado (2,8%). Os Certificados de Reforma surgiram há mais de dois anos. Nos últimos 12 me-
ses registaram um ganho modesto (2,9%), no entanto, superior à média das
A carteira de activos do fundo associado aos CR está várias categorias de fundos PPR. Ainda assim, 7 fundos PPR conseguiram va-
actualmente repartida da seguinte forma: 37% em dívida lorizações superiores, até 6,2% (Barclays PPR L Path 2025).

APLICAÇÕES PARA A REFORMA COM BENEFÍCIO FISCAL


Critério Planos Poupança Reforma (PPR) Certificados de Reforma (CR)
Local Seguradoras, bancos e sociedades gestoras de fundos. Segurança Social (www.seg-social.pt)
Entregas Programadas (mensais, trimestrais, semestrais,…) ou Mensais. O montante corresponde a 2% ou 4% do
não. Montantes mínimos definidos por cada produto. salário mensal médio (ou 6% se tiver mais do que
50 anos).
Benefícios Dedução de 20% do montante aplicado, com o limite Dedução de 20% do montante aplicado com o limite
fiscais anual de 400, 350 e 300 euros, em função da idade de 350 euros, qualquer que seja a sua idade.
(menos de 35, entre 35 e 50 e mais de 50 anos).
Perfil de risco Existem largas dezenas de PPR em Portugal, cada um Único. Apenas há um fundo idêntico para todos os
com uma estratégia de investimento diferente. investidores, independentemente do seu perfil.
Custos Há comissões de subscrição, entrega, gestão, depósito, Não tem custos.
resgate e transferência, consoante o produto.
Capital Depende do produto. Há seguros e fundos. Podem ter, O fundo não tem capital garantido.
garantido ou não, capital garantido e/ou rendimento mínimo.
Rentabilidade Geralmente, os seguros PPR têm capital garantido e um Não tem.
garantida rendimento mínimo.
Resgate Pode resgatar. Fora das condições legais, terá que Apenas na reforma ou em caso de invalidez total.
devolver os benefícios fiscais acrescidos de 10% ao ano
e suportar uma comissão de resgate antecipado.
Transferências Sempre que quiser. Para outro PPR com um perfil e/ou Não. O capital é gerido pelo Instituto de Gestão de
entidade diferente (custo até 0,5%). Fundos de Capitalização da Segurança Social até à
reforma.

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Dia Mundial da Poupança

Se quer correr CARTEIRA DE BASE Se aceita


menos riscos... riscos suplementares...
GB PT PT
15% GB 5% GB 5% CT
US 20% 20% 35%
5%

CN
5 anos

10%
CT
CT 50%
70%
US
15% US CN
CN 25% IN
10% 10%
5%

Acções 30% Certificados do Tesouro 70% Acções 50% Certificados do Tesouro 50% Acções 65% Certificados do Tesouro 35%

PT PT PT
GB 5% GB 5% GB 5%
15% 15% 20%
CH CH CT
5% 5% 45%
10 anos

CT CH
US CT 50% 5%
5% 60% US
CN 10% US
IN
10% CN 10% IN CN
5%
10% 5% 10%

Acções 40% Certificados do Tesouro 60% Acções 50% Certificados do Tesouro 50% Acções 55% Certificados do Tesouro 45%

PT EUR PT EUR PT GBP AUD


GBP
10% 10% GBP 15% 5% 20% 5% 5% CN
10% USD
10% 10%
5%
GB CHF IN
20% 5% AUD
5%
5%
20 anos

GB
20%
USD GB BR
5% CN 20% 5%
CH AUD 10% AU
10% CH CH 5%
US CN 10% US US
10% 5%
10% 10% 20% 20%

Acções 60% Obrigações 40% Acções 75% Obrigações 25% Acções 90% Obrigações 10%

• CT = Certificados do Tesouro • Fundos de acções: CH = Suíça; CN = China; GB = Reino Unido; IN= Índia; PT = Portugal; US = Estados Unidos
• Fundos de obrigações: AUD = dólar australiano; CHF = franco suíço; EUR = Euro; GBP = libra esterlina; USD = dólar norte-americano

Evolução dos mercados timentos. Os aforradores que já subscre- preponderante o recuo recente do
As últimas semanas foram marcadas veram Certificados não os devem dólar. Por seu turno, e tal como na
por movimentações mais acentuadas resgatar antes do prazo inicialmente carteira a 10 anos, as acções
nos mercados cambiais. Com efeito a que, é neste caso, de cinco anos. portuguesas perdem peso. Contudo,
moeda única ganhou bastante terreno Esta alteração representa também um esta "troca" dá-se nas três versões da
face ao dólar norte-americano. Por ou- aumento da proporção de acções nas carteira a 20 anos.
tro lado, a remuneração oferecida pelos carteiras para 30, 50 e 65, respectiva-
Certificados do Tesouro também subiu mente.
em consonância com as taxas de juro A reter
do mercado (mais informação sobre É importante não esquecer que os
Certificados na página 10). 10 anos prazos definidos para as diversas
A subida dos juros da dívida pública carteiras são indicativos e visam obter
portuguesa para os prazos mais longos um bom equilíbrio entre rendimento e
5 anos deu um ligeiro impulso aos Certifica- risco. Deste modo, o aforrador pode
Para um período aproximado de cinco dos que vêem o seu peso aumentar lige- resgatar os investimentos a qualquer.
anos, os Certificados do Tesouro fica- iramente na versão mais agressiva desta Contudo, se o fizer pode incorrer em
ram menos apelativos tendo em conta a carteira. Em compensação, o mercado perdas que, em alguns casos, podem
apreciação do euro que tornou mais in- accionista nacional "caiu" de 10 para 5 ser substanciais.
teressantes mercados accionistas, como por cento.
por exemplo, os Estados Unidos e a
Grande China. Contudo, se reduzimos o Fundos recomendados
peso dos Certificados é apenas para 20 anos Na página seguinte pode consultar as
quem pretende iniciar agora a constru- Nestas carteiras o grande vencedor foi Escolhas Acertadas para fundos de ac-
ção de uma carteira ou reforçar os inves- a Bolsa norte-americana, tendo sido ções e obrigações.

12 | PROTESTE POUPANÇA · 19 de Outubro 2010 www.protestepoupanca.pt


Dia Mundial da Poupança

Fundos de investimento
Opção incontornável depósitos a prazo (ver página 7). Além disso, esses fundos
Com o Dia Mundial da Poupança a aproximar-se é não têm garantia de capital.
impossível não referir os fundos de investimento. Estes
produtos financeiros são um excelente veículo de – Outro "engano" são os fundos com garantia de capital. De
investimento. Apenas com pequenos montantes facto, o investidor está mais seguro, mas se resgatar antes do
(normalmente, a partir de 500 euros), os aforradores prazo pode perder algum dinheiro e as rentabilidades
beneficiam de uma carteira diversificada e podem aceder anunciadas são frequentemente um logro. Em suma, podem
facilmente a mercados que dificilmente estariam ao seu ter a designação de fundos, mas funcionam de forma quase
alcance: veja-se por exemplo, a Bolsa russa o mercado de igual aos produtos estruturados, os quais são
obrigações australiano. Estas vantagens abrem a porta a frequentemente analisados (negativamente) na rubrica
muitas oportunidades de investimento, mas é preciso ter Rendimento Garantido.
algumas precauções…
A subscrever
GRANDES CATEGORIAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO
(em % dos montantes geridos) Nos quadros seguintes apresentamos, nas diferentes
Capital categorias, os fundos de acções e de obrigações actualmente
garantido FEI
recomendados para a constituição das carteiras referidas na
16% 23% página anterior.
Obrigações Pode também comparar entre as várias categorias de fundos
12% e/ou consultar a ficha detalhada de cada fundo em
www.protestepoupanca.pt.
Acções
10%
Tesouraria PPR
14% Mistos 9% FUNDOS DE ACÇÕES
16% Categoria Fundo Rentabilidade anual
em % (1)
Fonte: APFIPP 1 ano 5 anos
Os fundos aparentemente mais defensivos continuam a ter a preferência dos
aforradores portugueses. Portugal BPI Portugal -15,6 0,1
E. S. Portugal Acções -21,2 -0,6
Millennium Acções Portugal -15,5 0,2
Cuidados a ter Santander Acções Portugal -16,6 0,0
• Em primeiro lugar, ter um conhecimento mínimo do Reino
Unido
Fidelity United Kingdom A (2)
UBS EF Great Britain P (2)
18,4
13,9
-1,1
-2,4
fundo em causa. Para tal, pode consultar a informação dada
pela PROTESTE POUPANÇA, mas também é conveniente Suíça Fidelity Switzerland A (2) 11,9 3,0
Estados UBS EF USA Multi Strategy P (2) 14,7 -3,5
ler o prospecto simplificado. Este documento deve ser Unidos
obrigatoriamente entregue ao investir ANTES da subscrição. Austrália Fidelity Australia A (2) 21,5 6,3
UBS EF Australia P (2) 9,8 5,3
• Em segundo lugar, é preciso considerar se o tipo de fundo é Brasil
Grande
UBS Equity Sicav Brasil P (2)
UBS EF Greater China P (2)
25,8
30,5
(3)
17,3
adequado ao perfil do investidor. Este deve sempre
China
questionar-se: "Durante quanto tempo posso manter o Índia Pictet Indian Eq. R EUR (2) 33,5 (3)
dinheiro aplicado?"; "Que risco estou disposto a correr para (1) Até 30/09/2010. (2) Rentabilidade bruta. O ganho caso exista é tributado
obter uma rentabilidade mais elevada?". Por exemplo, as no momento do resgate. (3) O fundo não tem historial suficiente.
carteiras apresentadas na página anterior possibilitam
soluções de investimento equilibradas para diferentes prazos.

FUNDOS DE OBRIGAÇÕES
• Por fim, é preciso evitar cair em determinadas Categoria Fundo Rentabilidade anual em % (1)
"armadilhas". Como se pode ver na figura, grande parte dos 1 ano 5 anos
montantes aplicados em fundos destinam-se a categorias de EUR E.S. Obrigações Europa 7,3 4,4
baixo risco, mas os nomes podem ser enganadores. Santander Multitaxa Fixa 3,3 3,7
AUD UBS Bond AUD P (2) 26,1 8,2
CHF UBS Bond CHF P (2) 18,8 5,5
– Há muito tempo que a PROTESTE POUPANÇA retirou
GBP UBS Bond GBP P (2) 15,0 0,1
as recomendações relativas aos fundos de tesouraria, USD Aberdeen GI US$ BD A2 (2) 15,1 3,2
monetários e de obrigações de curto prazo (estes últimos SISF US Dollar Bond B (2) 15,3 2,8
também designados de taxa variável). Estas categorias têm (1) Até 30/09/2010. (2) Rentabilidade bruta. O ganho caso exista é tributado
tido desempenhos desoladores e aquém de inúmeros no momento do resgate.

www.protestepoupanca.pt PROTESTE POUPANÇA · 19 de Outubro 2010 | 13


Dia Mundial da Poupança

Acções: investimento a longo prazo


Se tem dinheiro e algum tempo e está disposto a assumir riscos com o intuito de alcançar uma rentabilidade
mais generosa no longo prazo, então o investimento directo em acções é uma boa opção para si. Seja
paciente e diversifique a sua carteira.
A longo prazo Diversificação
• Quem quer investir directamente em acções deve fazê-lo • Um outro aspecto que deve prestar especial atenção
numa óptica de longo prazo. Isto porque o risco diminui à encontra-se traduzido na velha máxima: "não coloque todos
medida que o período da aplicação aumenta. No primeiro os ovos dentro do mesmo cesto". Ou seja: minimize o risco,
ano, a margem de flutuação é significativa e a probabilidade repartindo o seu dinheiro por vários títulos. Investir numa
de receber menos dinheiro do que o aplicado é bastante única empresa é muito mais arriscado que o conjunto da
elevada. Contudo, esta vai diminuindo progressivamente com Bolsa. Dessa forma, faça uma carteira com diversas acções
o alargar do tempo e a longo prazo (a partir de dez anos), o repartida por diferentes regiões e sectores de actividade.
risco acaba por ser muito menor. Por isso, se puder dispor de • Apesar de não haver regras exactas, vários estudos revelam
uma parte do seu dinheiro durante um período longo, poderá que só se consegue uma boa diversificação escolhendo, pelo
optar por investir em acções. Caso contrário, se existir uma menos, uma dezena de títulos. Logo, é aconselhável que tenha
forte probabilidade de vir a precisar do dinheiro, num prazo uma quantia de pelo menos 20 000 euros, ou seja, coloque
relativamente curto (um ou dois anos), é preferível escolher 2000 euros em cada título. Poderá ter um orçamento inferior,
outro produto financeiro. mas tenha também em atenção que o impacto dos custos na
• Assumindo actualmente um rendimento anual a longo rentabilidade é tanto maior quanto menor for o montante a
prazo de 6,1% (rendimento dos dividendos mais o investir.
crescimento da economia a longo prazo), para o mercado de
acções nacional podemos dizer com 90% de certeza que: Gerir a carteira
– No primeiro ano, o rendimento situar-se-á entre uma
perda de 24,5% e um ganho de 36,7%. Uma opção muito
• Depois de constituir uma carteira diversificada, não vale a
pena multiplicar as acções de compra e venda. Se o fizer, paga
arriscada e que se encaixa mais no perfil de um especulador. comissões de transacção elevadas que pesam sobre o
Com efeito, é muito provável que o resultado se afaste rendimento. Seja paciente e deixe o investimento crescer.
bastante do rendimento estimado.
– À medida que o prazo aumenta, o rendimento médio
• Mas, investir a longo prazo não é sinónimo de inércia.
É necessário acompanhar os seus investimentos. Reaja aos
anual tem mais probabilidades de ficar próximo do valor movimentos das empresas, como troca de títulos, emissão de
esperado. Se o prazo fosse de vinte anos, o intervalo novas acções… Por estas razões, e para além do dinheiro, é
diminuiria, existindo fortes possibilidades de obter entre preciso ter algum tempo disponível. Caso não tenha pode
-0,7% e 12,9% ao ano. Ou seja, teria uma rentabilidade optar por investir através de fundos de acções.
muito atractiva com um risco de perda marginal. • Na PROTESTE POUPANÇA avaliamos as principais
acções nacionais. Veja em www.protestepoupanca.pt a mais
1. MERCADO DE ACÇÕES PORTUGUÊS recente análise sobre a Brisa em que mudámos o conselho de
Rendimento* 1 3 5 10 20
\Anos comprar para manter. Para aceder à avaliação e conselho de
Máximo +36,7 +23,8 +19,8 +15,8 +12,9 mais de 200 acções consulte a POUPANÇA ACÇÕES.
Mínimo -24,5 -11,6 -7,6 -3,6 -0,7
(*) em %. Assumindo probabilidade de 90% e rendimento anual a longo prazo
estimado de 6,1%.
A RETER
RENDIMENTO MÉDIO ESPERADO PARA O MERCADO
40%
DE ACÇÕES NACIONAIS (em %) • Invista pelo maior prazo possível
Médio
Em média, se considerarmos um longo período de tem-
30% Mínimo po, os mercados de acções geram mais de 3 a 4% do
Máximo
20% que as obrigações ou produtos sem risco. Mas, os ris-
cos de perda são demasiado elevados no curto prazo.
Rendimento

10%
Solução: compre acções apenas se não necessitar do di-
0% nheiro aplicado no mínimo nos próximos cinco anos.
-10%

-20%
• Diversifique e faça uma gestão rigorosa
Através de uma diversificação e de uma gestão criterio-
-30%
0 5 10 15 20
sa da carteira é possível atingir rendimentos interessan-
Prazo (em anos) tes, mantendo o risco sob controlo. Dedique algum
Em 90% dos casos, o rendimento médio das acções nacionais ficará situado en- tempo e acompanhe o mercado. Trace os seus objecti-
tre as linhas superior e inferior. Quanto maior o prazo, mais o rendimento vos e controle os impulsos.
efectivo tenderá a aproximar-se do rendimento esperado (linha central).

14 | PROTESTE POUPANÇA · 19 de Outubro 2010 www.protestepoupanca.pt


Dia Mundial da Poupança

Regras e precauções para bem investir


A aplicação financeira ideal seria a que conseguisse
reunir uma segurança absoluta, liquidez sem problemas, PROTESTE POUPANÇA ACONSELHA
ausência de custos e rendimento elevado. Infelizmente,
isto é utópico. No que respeita aos produtos financeiros Sempre que lhe apresentarem rentabilidades fabulosas
não há milagres e é preciso seguir várias regras para e sem nenhum risco, trata-se certamente de publicida-
evitar dissabores. de enganosa ou, pior do que isso, de uma fraude. É
preciso que o aforrador não se deixe levar por ofertas
Investidor informado vale por dois: rentabilizar as demasiado atractivas, caso contrário poderá perder
poupanças não é tarefa fácil, já que existem inúmeras mesmo a totalidade do dinheiro investido.
aplicações. Uma informação errada ou insuficiente pode
causar perdas significativas, sobretudo se limitar-se a ouvir a • Se não quer ser a próxima vítima é preciso estar atento
publicidade das instituições financeiras. aos diversos sinais que podem indiciar uma fraude:
– pedido de decisão imediata
Negociar: quem dispõe de grandes somas para investir – promessa de ganhos elevados sem risco
encontra-se numa situação privilegiada. São-lhe oferecidas – ligação do investimento a mercados exóticos ou con-
melhores taxas de juro e as despesas são proporcionalmente fidenciais
menos elevadas. Mas não perde nada em tentar negociar
– solicitação de um pequeno depósito inicial ou paga-
condições mais favoráveis com o seu banco. Para ter
mento antecipado de encargos
hipóteses de sucesso, recolha informação sobre as propostas
da concorrência. – esquemas em que os investidores são induzidos a
comprar valores mobiliários a preços superiores ao seu
valor
Um pé-de-meia: recorra a produtos financeiros sem risco
– ofertas públicas de subscrição falsas
para manter parte das poupanças facilmente disponíveis
para ultrapassar imprevistos (acidente, doença grave ou – chamadas telefónicas não solicitadas
desemprego). Junte, no mínimo, entre três a seis vezes o – afirmação de que não é necessária uma autorização
orçamento mensal familiar. Este pé-de-meia tem de estar das entidades supervisoras (Banco de Portugal, Comis-
garantido e "sempre à mão". são do Mercado de Valores Mobiliário ou Instituto de Se-
Os produtos actualmente mais adequados são os depósitos a guros de Portugal).
prazo. As aplicações sem risco são a melhor opção para
quem necessita de reembolsar o dinheiro investido dentro • O dinheiro entregue a entidades não autorizadas não
de um prazo relativamente curto ou não sabe, ao certo, está abrangido por sistemas de protecção, como o Fundo
quando irá precisar dele. de Garantia de Depósitos ou o Sistema de Indemnização
aos Investidores.
Outras poupanças? Invista a longo prazo: as aplicações
que permitem recuperar a totalidade do dinheiro investido
de um dia para o outro são menos rentáveis do que as
• Caso o serviço ou produto seja oferecido na Internet
teste os outros meios de contacto indicados no sítio e soli-
aplicações a longo prazo. É mais rentável investir em formas cite uma descrição detalhada dos serviços que lhe são
de poupança cujo reembolso será feito a médio ou longo oferecidos e documentação escrita sobre os mesmos.
prazo (obrigações e Certificados do Tesouro) ou, mesmo,
sem reembolso previsto (acções) do que em depósitos a
prazo. O pé-de-meia para imprevistos nunca deve ser • Acima de tudo, nunca aplique o seu dinheiro sem ter
investido em produtos financeiros com risco ou cujo total conhecimento do produto financeiro que lhe é
reembolso seja difícil. proposto.

Quem tudo quer, tudo ganha (ou perde): quanto mais • Utilize o nosso Serviço Telefónico de Informação
risco correr, maior a probabilidade de lucro, mas também de Financeira (808 200 147 e 218 418 789) para esclare-
prejuízo. Caso pretenda obter rendimentos mais cer dúvidas ou a Comissão do Mercado de Valores Mobi-
interessantes pode investir directamente em acções ou liários (www.cmvm.pt ou 800 205 339) para denunciar
através de fundos, mas há regras importantes: apostar a casos suspeitos logo que tenha conhecimento deles.
longo prazo, ser dinâmico mas estável, diversificar e fazer
uma escolha selectiva dos títulos e mercados (mais Além disso pode consultar a rubrica Didáctico e o dossiê
conselhos sobre o investimento em Bolsa na página "Armadilhas e fraudes financeiras" no portal financeiro
anterior). Nunca invista todas as suas poupanças em (www.protestepoupanca.pt).
produtos com elevado risco.

www.protestepoupanca.pt PROTESTE POUPANÇA · 19 de Outubro 2010 | 15


Dia Mundial da Poupança

financeiros e encontrou vários casos que induzem o


Alertas da PROTESTE POUPANÇA consumidor em erro. Denunciámos a situação ao Banco de
Como sempre, estivemos muito atentos ao mercado Portugal e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
e, em 2010, foram várias as comunicações para as
entidades supervisoras e para o Ministério das
Finanças. Negócios em linha poupam 2563 euros
Em Junho, a PROTESTE POUPANÇA analisou 45
Contas para jovens em ponto pequeno preçários de 24 intermediários e descobriu diferenças até
Analisámos 23 depósitos de diferentes prazos, uns de taxa 2563 euros anuais. As propostas pela Internet são mais
crescente ou com prémio de permanência, outros de taxa vantajosas. Mesmo sem mudar de instituição, pode reduzir
fixa. Alguns ofereciam mealheiros, consolas, bilhetes para as comissões em mais de 50% face às cobradas ao balcão. A
parques temáticos ou brindes do Noddy, mas nenhum escolha depende do perfil do investidor e no portal
rendia mais do que o melhor depósito tradicional a financeiro pode simular cenários ou aceder aos resultados
12 meses, em Março. Várias instituições ofereciam taxas completos do estudo. Os preçários continuam confusos,
mais atractivas nos depósitos tradicionais, on-line ou de sobretudo para quem está pouco familiarizado com a Bolsa.
subscrição limitada de taxa crescente. Por isso, reclamámos um controlo mais apertado dos
serviços de corretagem ao Banco de Portugal e à Comissão
Produtos financeiros com taxas enganadoras do Mercado de Valores Mobiliários.
Ao invés dos depósitos, outros produtos, como as
obrigações de caixa e os seguros de capitalização, continuam
a ter grande margem de manobra na publicidade. Podem Seguros de capitalização: caros e sem interesse
anunciar uma taxa atractiva, ainda que não corresponda No estudo realizado em Julho, concluiu-se: os seguros de
ao rendimento efectivo da aplicação. Em Maio, a capitalização que garantem o montante investido e oferecem
PROTESTE POUPANÇA analisou a publicidade a produtos rendimento variável têm custos elevados e falta de
liquidez. Em 2009, renderam 2,6% brutos, o valor mais
baixo da última década. Perante falência ou fraude de uma
Serviço telefónico seguradora, o mecanismo protector do investidor pode não
ser suficiente.
de informação financeira
Enquanto assinante da PROTESTE POUPANÇA poderá
consultar o serviço telefónico de informação financeira. Seguros PPR cobram 37 milhões de euros a mais
A nossa equipa irá responder às suas dúvidas e questões Em 2009, os portugueses aplicaram 3,3 mil milhões de euros
sobre investimento e outros temas.
Horário de atendimento: das 9h às 13h e das 14h às 18h
em Planos Poupança-Reforma. Num só ano, em comissões
(à 6.ª feira, encerra às 17h). de subscrição, as seguradoras encaixaram 37 milhões
de euros mais do que as sociedades gestoras de fundos
¢ Aplicações financeiras e investimento mistos. Por outro lado, em caso de fraude ou falência da
Telefone: 808 200 147 (rede fixa) e 218 418 789 (para telemóveis). seguradora, o sistema de protecção pode ser insuficiente
para indemnizar o consumidor. Por isso, além de reservas
¢ Fiscalidade técnicas, deveria existir um mecanismo compensatório
Telefone: 808 200 148 (rede fixa) e 218 418 783 (para telemóveis). independente da seguradora, tal como existe para outros
produtos financeiros. Em Novembro de 2009, a PROTESTE
¢ Crédito POUPANÇA já tinha comunicado estas reivindicações ao
Telefone: 808 789 149 (rede fixa) e 210 321 949 (para telemóveis). Ministério das Finanças, ao Instituto de Seguros de Portugal
e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Propriedade/Redacção: DECO PROTESTE, Editores, Lda. Av. Eng.º Arantes e Oliveira,


n.º 13, 1.º B; 1900-221 Lisboa. Editora registada sob o número 215 705. NIPC: 502 611 529.
A nossa equipa de analistas financeiros para o mercado nacional – acções nacionais: João Sousa: Banca; Luís Pinto: Construção, Cimento, Bens de consumo, Papel; Pedro
Catarino: Distribuição, Media, Auto-estradas, Serviços informáticos; Rui Ribeiro: Telecomunicações, Papel, Energia; – outros valores mobiliários e instrumentos financeiros:
António Ribeiro, João Sousa, Jorge Duarte. Na análise do mercado externo a PROTESTE POUPANÇA colabora com um grupo de organizações de consumidores europeias com as
quais definiu metodologias de análise idênticas a quem cede e de quem recebe alguns conteúdos. São elas: Euroconsumers S.A. Avenue Guillaume 13b, L-1651 Luxembourg.
Altroconsumo Edizioni Finanziarie S.R.L. Via Valassina, 22 – 20159 Milano. Test-Achats S.C. Rue de Hollande 13, 1060 Bruxelles. OCU Ediciones S.A. C/Albarracín, 21-28037 Madrid.
Editions scientifiques et techniques consommateurs France SA 44 Rue Lafayette – 75009 Paris.
As análises publicadas na PROTESTE POUPANÇA são independentes e elaboradas de acordo com uma metodologia que poderá consultar no endereço
http://www.poupanca.proteste.pt/map/show/123351.htm.
As análises nunca são enviadas à entidade emitente dos instrumentos financeiros objecto de avaliação e, por isso, não estão sujeitas a alterações a pedido destas. A DECO
PROTESTE e os responsáveis pela informação financeira não têm interesses susceptíveis de prejudicar a objectividade da mesma. Os nossos conselhos baseiam-se em análises
internas e em fontes externas fiáveis. É impossível fazer previsões totalmente exactas ou garantir o sucesso total dos conselhos apresentados. Todavia, esperamos que as
informações apresentadas neste boletim ajudem os leitores a realizar bons investimentos.
Conselho de Gerência: Vasco Colaço, Luís Silveira Rodrigues e Alberto Regueira em representação da DECO, detentora de 25% do capital, e Yves Genin, Armand de Wasch,
Benoît Plaitin em representação da Euroconsumers que detém 75% do capital.
Tiragem: 25.000 exemplares. Registo no I.C.S. nº. 117 990. Depósito legal n.º 86876/95.
Assinaturas: Tel: 808 200 146. Fax: 21 841 08 02. Email: assinaturas@deco.proteste.pt Assinatura trimestral: € 33,45 – 25 números por ano.
Impressão: Imprejornal, EN 115 ao Km 80. Sto. Antão do Tojal, 2660-161 Loures. Todos os direitos de reprodução, adaptação e de tradução são reservados e a utilização para fins
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16 | PROTESTE POUPANÇA · 19 de Outubro 2010 www.protestepoupanca.pt

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