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1
Veja também: Francisco Silva Cavalcante Junior (Org.), Corpos anárquicos. Curitiba, CRV,
2014 e Francisco Silva Cavalcante Junior (Org.), Corpos extra-vagantes. Curitiba, CRV, 2015.
2
Professor titular dos cursos de graduação e mestrado em Psicologia da Universidade de
Fortaleza (UNIFOR), de 1998 a 2008.
3
Jean-Luc Nancy, Corpus. Lisboa, Vega, 2000, p. 60.
Versão final: 08/02/2016
4
Francisco Silva Cavalcante Junior; André Feitosa de Sousa; Yuri de Nóbrega Sales,
Humanismo vital. Vol. 1. Curitiba: CRV, 2013.
5
Richard Shusterman, Consciência corporal. São Paulo: É Realizações, 2012.
6
Elliot Eisner, The arts and the creation of mind. New Haven: Yale University Press, 2002.
7
Hans Ulrich Gumbrecht, Produção de presença: o que o sentido não consegue transmitir.
Trad. Ana Isabel Soares. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2010.
8
Marie-Louise von Franz, Alchemical active imagination. Boston: Shambhala, 1997.
9
Howard Gardner, Multiple intelligences: The theory in practice. New York: Basic Books, 1993.
10
Donald Graves, A fresh look at writing. Portsmouth, NH: Heinemann, 1994.
11
Paulo Freire, A importância do ato de ler. 28. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
12
Tradutor do referido método para o inglês com aplicações em suas disciplinas na Escola de
Saúde Pública da Universidade de Toronto (Canadá).
Versão final: 08/02/2016
13
Francisco Silva Cavalcante Junior, Por uma escola do sujeito: o método (con)texto de
letramentos múltiplos. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001; Francisco Silva Cavalcante
Junior (Org.), LER... caminhos de trans-form-ação. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2005
e Francisco Silva Cavalcante Junior, Letramentos para um mundo melhor. Campinas, SP:
Alínea, 2009.
14
André Feitosa de Sousa, Francisco Silva Cavalcante Junior e Francisco Antonio de Sales
Abud, “Grupos de florescimento humano: olhares acerca de um programa de pesquisa-
intervenção em promoção de saúde mental integral no Sistema Único de Saúde”. Em Francisco
Silva Cavalcante Junior; André Feitosa de Sousa (Orgs.), Humanismo de funcionamento pleno:
Tendência formativa na Abordagem Centrada na Pessoa - ACP. Campinas, SP: Alínea, 2008.
15
Augusto Boal, Jogos para atores e não-atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
16
Francisco Silva Cavalcante Junior, “Trilhas de vida e espiritualidade em Maria Bowen:
Interconexão no universo e na psicoterapia. Em Ercília Maria Braga de Olinda; Francisco Silva
Cavalcante Junior (Orgs.), Artes do existir: Trajetórias de vida e formação. Fortaleza: Edições
UFC, 2008, págs.
17
Carl Rogers, A way of being. Boston: HoughtonMifflin, 1980.
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18
Paul Valéry, “Ventos do Nordeste”. Em Adauto Novaes (Org.), Poetas que pensaram o
mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 371.
19
Antonio Cícero, “O destino do homem”. Em Adauto Novaes (Org.), Poetas que pensaram o
mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2005, p. 230.
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Corpo próprio
20
Citado por Adauto Novaes (Org.), Poetas que pensaram o mundo. São Paulo: Companhia
das Letras, 2005, p. 14.
21
Gaston Bachelard, A poética do devaneio. Trad. Antonio de Pádua Danesi. 3. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2009, p. 199.
22
Ibid., p. 120.
23
Ibid., p. 118.
24
Ibid., p. 199.
Versão final: 08/02/2016
Diz a poesia da música “Estrada” cantada pelo Cidade Negra: “Você não
sabe o quanto eu caminhei / pra chegar até aqui / percorri milhas e milhas
antes de dormir / eu nem cochilei / Os mais belos montes escalei / Nas noites
escuras de frio chorei, ei, ei, ei...”.
A cor do meu corpo infantil é o Vermelho Amargo do poeta Bartolomeu
Campos de Queirós25:
“Dói. Dói muito. Dói pelo corpo inteiro. Principia nas unhas, passa 6
pelos cabelos, contagia os ossos, penaliza a memória e se estende
pela altura da pele. Nada fica sem dor. Também os olhos, que só
armazenam as imagens do que já fora, doem. A dor vem de
afastadas distâncias, sepultados tempos, inconvenientes lugares,
inseguros futuros. Não se chora pelo amanhã. Só se salga a carne
morta.”
25
Bartolomeu Campos de Queirós, Vermelho amargo. São Paulo: Cosac Naify, 2011, pp. 7-8.
26
Ibid., p. 5.
27
Kuniichi Uno, A gênese de um corpo desconhecido. Trad. Christine Greiner. São Paulo: N-1
Edições, 2012.
28
Ibid., p. 41.
29
Ibid., p. 42.
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30
Kirsten Olson. Wounded by school: recapturing the joy in learning and standing up to old
school culture. New York: Teachers College Press, 2009.
Versão final: 08/02/2016
31
Ibid., p. 50.
32
Em Richard Miskolci. Teoria queer: um aprendizado pelas diferenças. Belo Horizonte:
Autêntica, 2012, p. 71.
Versão final: 08/02/2016
33
Josep Esquirol. O respirar dos dias: Uma reflexão filosófica sobre a experiência do tempo.
Trad. Cristina Antunes. Belo Horizonte: Autêntica, 2010, p. 76.
34
Cf. Pema Chödrön. Os lugares que nos assustam. Trad. José Carlos Ribeiro. Rio de Janeiro:
Sextante, 2003.
35
Viktor Frankl. Em busca de sentido: Um psicólogo no campo de concentração. 18ª. ed. Trad.
Walter Schlupp e Carlos Aveline. Petrópolis: Vozes 1991, p. 73.
Versão final: 08/02/2016
36
Viktor Frankl, Um sentido para a vida: Psicoterapia e humanismo. 11ª. ed. Trad. Victor
Lapenta. Aparecida, SP: Ideias e Letras, 2005.
37
Benedictus Spinoza, Ética. Trad. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p. 216.
38
Viktor Frankl, Em busca de sentido: Um psicólogo no campo de concentração. 18ª. ed. Trad.
Walter Schlupp e Carlos Aveline. Petrópolis: Vozes 1991, p. 32.
39
Rubem Alves, A gestão do futuro. Trad. João-Francisco Duarte Jr. Campinas, SP: Papirus,
1986, p. 76.
40
Rubem Alves, O corpo e as palavras. Em BRUHNS, Heloisa (Org). Conversando sobre o
corpo. 3. ed. Campinas, SP: Papirus, 1989, p. 42.
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Corpos sencientes
41
Richard Shusterman, Consciência corporal. Trad. Pedro Sette-Câmara. São Paulo: É
realizações, 2012 e Richard Shusterman, Thinking through the body: Essays in somaesthetics.
New York: Cambridge University Press, 2012.
42
Viktor Frankl, Em busca de sentido: Um psicólogo no campo de concentração. 18ª. ed. Trad.
Walter Schlupp e Carlos Aveline. Petrópolis: Vozes 1991, p. 128.
43
SANTO, Ruy Santo, Pedagogia da transgressão. 7. ed. Campinas, SP: Papirus, 2006, p. 43.
44
Ibid., p. 72.
45
Ibid., p. 44.
Versão final: 08/02/2016
46
Richard Shusterman, Consciência corporal. Trad. Pedro Sette-Câmara. São Paulo: É
realizações, 2012 e Richard Shusterman, Thinking through the body: Essays in somaesthetics.
New York: Cambridge University Press, 2012.
47
Francisco Cavalcante Junior, Letramentos para um mundo melhor. Campinas, SP: Alínea,
2009; Francisco Cavalcante Junior (Org.), LER... caminhos de trans-form-ação. Fortaleza:
Edições Demócrito Rocha, 2005; Francisco Cavalcante Junior, Por uma escola do sujeito: o
método (con)texto de letramentos múltiplos. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001;
Francisco Cavalcante Junior, André Sousa e Yuri Sales, Humanismo Vital. Vol. 1. Curitiba:
CRV, 2013; Francisco Cavalcante Junior, André Sousa (Orgs.) Humanismo de funcionamento
pleno: Tendência formativa na Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). Campinas, SP: Alínea,
2008.
48
Richard Shusterman. Consciência corporal. Trad. Pedro Sette-Câmara. São Paulo: É
realizações, 2012, p. 19.
Versão final: 08/02/2016
49
Ibid., p. 26.
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50
Gaston Bachelard, A Filosofia do não: filosofia do novo espírito científico. Lisboa: Editorial
Presença, 2009.
51
Gaston Bachelard, A água e os sonhos: ensaio sobre a imaginação da matéria. São Paulo:
Martins Fontes, 2002, p. 18.
52
Gaston Bachelard, O ar e os sonhos: ensaio sobre a imaginação do movimento. São Paulo:
Martins Fontes, 2009.
53
Richard Shusterman, Consciência Corporal. São Paulo: É Realizações, 2012.
Versão final: 08/02/2016
Poética do corpo ar 16
55
Texto livremente compilado de Gaston Bachelard, O ar e os sonhos: ensaio sobre a
imaginação do movimento. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
Versão final: 08/02/2016
56
Texto livremente compilado de Gaston Bachelard, A psicanálise do fogo. São Paulo: Martins
Fontes, 2012 e Fragmentos de uma poética do fogo. São Paulo: Brasiliense, 1990.
57
Texto livremente compilado de Gaston Bachelard, A terra e os devaneios do repouso. São
Paulo: Martins Fontes, 2003 e A terra e os devaneios da vontade. São Paulo: Martins Fontes,
2008.
Versão final: 08/02/2016
58
Gaston Bachelard, A água e os sonhos: ensaio sobre a imaginação da matéria. São Paulo:
Martins Fontes, 2002, p. 18.
59
Francisco Silva Cavalcante Jr, André Feitosa de Sousa e Yuri de Nóbrega Sales,
Humanismo vital (vol. 1). Curitiba: Editora CRV, 2013.
Versão final: 08/02/2016
Corpo nosso
20
Nas cinco oficinas (água, ar, espaço, fogo e terra que integram a
primeira fase do método P5INCO, denominada de EISE – Educação de
Integração Somaestética, os corpos prestam atenção nas porções da sua
inteireza. O foco da atenção é incialmente levado aos pés caminhantes na
dimensão física da sala, passando para as narinas que percebem o ar frio que
entra e o ar quente que sai, transferindo-se, em seguida, para os olhares que
se entrecruzam nos corpos que se movimentam em manobras ousadas ou
tímidas.
Deitados, no chão, meditam em movimento, autorizando aos seus
corpos expressarem em movimentações pequenas, médias ou grandes, as
sensações do momento presente. Em ciclos de quatros respirações, inspiram,
expiram e deixam que movimentos espontâneos acompanhem o fluxo da
respiração.
Em pé e de olhos fechados, movimentam-se pelo espaço onde se
imaginam, por exemplo, uma alga marinha dentro do oceano, ou uma vela de
cera que derrete ao calor do fogo, ou um pássaro que voa em liberdade, ou
quem sabe, o índio que desbrava florestas em suas terras ancestrais.
Os corpos pentelementares entram em contato com a pele dos outros
corpos, de olhos fechados, na heterotopia onde ser se torna possível. A
imaginação coletiva em devaneios somaestéticos cria espaço para novas
visões. Para se ter visões, como exprimiu Bachelard, é preciso “se educar com
devaneios antes de educar-se com experiências, se as experiências vierem
depois como provas de seus devaneios.”60
O corpo nosso autoestilizado pelos praticantes do método P5INCO vai
se caracterizando, na concepção emprestada do filósofo Jean-Luc Nancy,
como elementos expostos dos corpos, informado pela densidade e intensidade
desse corpo que se inventa na relação com a água, o ar, o fogo, o espaço, e a
terra.
Nesta perspectiva ampliada de pensar e de autoestilizar o corpo,
recorremos novamente a Jean-Luc Nancy61 que nos apresenta uma discussão
relevante em sua concepção de arealidade, compreendida como “a potência
máxima do existir, na extensão total do seu horizonte”62. Para este filósofo
francês, uma prática que se propõe a tematizar o corpo está implicada em uma
forma de pensamento que deve ser “uma pesagem real, um tocar, dobrado-
desdobrado segundo a arealidade”63. Elegemos o pensar dos 5 elementos nos
termos de outra “ecologia”, como corpo pentelementar que se faz com outros
corpos, em movimentos de ex-posição e de abertura.
60
Gaston Bachelard, A água e os sonhos: ensaio sobre a imaginação da matéria. São Paulo:
Martins Fontes, 2002, p. 18.
61
Jean-Luc Nancy, Corpus. Trad. Tomás Maia. Lisboa: Vega, 2000.
62
Ibid., p. 42.
63
Ibid., p. 43.
Versão final: 08/02/2016
64
Ibid., p. 46.
65
Ibid., p. 78.
66
Ibid., p. 80.
67
Ibid., p. 13.
68
Ibid.
69
Ibid., p. 12.
70
Ibid.
71
Ibid., p. 15.
72
Ibid.
73
Ibid.
74
Ibid., pp. 15-16.
75
Ibid., p. 38.
76
Ibid., p. 34.
77
Ibid., p. 31.
78
Ibid.
79
Ibid., p. 12.
Versão final: 08/02/2016
se funde no projeto de sua pele, mas que faz com que essa pele seja
sempre capaz de receber do exterior, de ser banhada e balançada,
embalada pelas ondas do exterior. Assim, o tocar é, a princípio e para
sempre, esse embalo, essa ondulação e esse atrito que a sucção
repete, relançando e retomando o desejo de se sentir tocado e
tocante, o desejo de se experimentar em contato com o fora. E até
mesmo mais do que ‘em contato’, mas ele próprio o contato. Ou seja,
também aberto ao exterior, aberto por todos os seus orifícios, minhas
orelhas, meus olhos, minha boca, minhas narinas – e, claro, tanto
esses canais de ingestão e digestão, quanto os de meus humores, de 22
80
meus suores e de meus líquidos sexuais.”
80
Jean-Luc Nancy, Arquivida: do senciente e do sentido. Trad. Marcela Vieira e Maria Paula
Gurgel Ribeiro. São Paulo: Iluminuras, 2014, p. 20.
81
Francisco Silva Cavalcante Junior e André Feitosa de Sousa (Orgs)., Humanismo de
funcionamento pleno: A tendência formativa na Abordagem Centrada na Pessoa – ACP.
Campinas, SP: Alínea, 2008.
82
Jean-Luc Nancy, Arquivida: do senciente e do sentido. Trad. Marcela Vieira e Maria Paula
Gurgel Ribeiro. São Paulo: Iluminuras, 2014, p. 110.
83
Jean-Luc Nancy, Corpus. Trad. Tomás Maia. Lisboa: Vega, 2000, p. 13.
84
“Bate-papo com Bartolomeu Campos de Queirós e João Luiz AnzanelloCarrascoza”. Em
Célia Belmiro, Francisca Maciel, Mônica Baptista e Aracy Martins (Orgs.), Onde está a
literatura? Seus espaços, seus leitores, seus textos, suas leituras. Belo Horizonte: EDUFMG,
2014, p. 49.
85
Jean-Luc Nancy, Corpus. Lisboa: Vega, 2000, p. 16.
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86
Faustino Teixeira, O desafio da mística comparada. Em: TEIXEIRA, Faustino (Org.), No limiar
do mistério: mística e religião. São Paulo: Paulinas, 2004, pp. 27=28.
87
Jean-Luc Nancy, Corpus. Lisboa: Vega, 2000, p. 40.
88
Citado em Rollo May, A arte do aconselhamento psicológico. 13. ed. Petrópolis, RJ: Vozes,
2001, p. 63.
89
Francisco Silva Cavalcante Junior e André Feitosa de Sousa (Orgs.), Humanismo de
funcionamento pleno: Tendência formativa na Abordagem Centrada na Pessoa
(ACP).Campinas, SP: Alínea, 2009.
90
Francisco Silva Cavalcante Junior, Trilhas de vida e espiritualidade em Maria Bowen:
"Interconexão no universo e na psicoterapia". Em: CAVALCANTE JR.F.rancisco; OLINDA,
Ercília (Orgs.)Artes do existir:trajetórias de vida e formação (Coleção Diálogos Intempestivos,
vol. 51, pp. 126-139). Fortaleza: Edições UFC, 2008.
Versão final: 08/02/2016
91
Hans UlrichGumbrecht, Elogio da beleza atlética. Trad. Fernanda Ravagnani. São Paulo:
Companhia das Letras, 2007, p. 50.
92
Hans UlrichGumbrecht,Produção de presença: o que o sentido não consegue transmitir. Trad.
Ana Isabel Soares. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2010, pp. 145-146.
93
Michel Polanyi, Personal knowledge: Toward a post-critical philosophy. Chicago: The
University of Chicago Press, p. 196.
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empregando para esse fim todos os meios físicos que possam lhe
94
servir.”
100
GastonBachelard,A poética do devaneio. Trad. Antonio de PáduaDanesi. 3. ed.São Paulo:
Martins Fontes, 2009, p. 199.