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28 Avaliação do Paciente

---===------------------------------ia=.;......._.,,..__
• Relacionamento/interação.
Avaliação do Paciente • Observe a interação entre o cuidador e a criança, e determine a adequa-
ção desta interação. A intera~o demonstra preocupação, ou há raiva ou
indiferença?
• Outras avaliações importantes que podem ser feitas durante a inspeção do
local do atendimento são as seguintes:
• Ordem, limpeza e segurança da casa.
0
Aparência geral de outras crianças na família.
Estudo de Caso • Presença de quaisquer dispositivos médicos utilizados pela criança
(p. ex., respirador).
Seu paciente é um menino de 4 anos de idade com febre. O menino agarra-se no pai enquanto este explica que a " Indícios de abuso de drogas pelos pais. O uso abusivo de drogas pelos
criança está doenle com febre há 2 dias e tem chorado com frequ ência. genitores está associado a um aumento de mais de duas vezes do risco
Usando o Triângulo de Avaliação Pediátrica (TAP), a sua impressão inicial da criança é que ela está acordada de exposição a abuso físico e sexual da criança.1
e consciente de sua presença. Sua fre11uência respiratória está dentro dos limites normais para a sua idade, sem • Determine se são necessários recursos adicionais, incluindo aplicação das
evidências de aumento do esforço respiratório. A expansão torácica parece simétrica. Seu nariz está escorrendo e a leis, equipamento de incêndio, equipamento de desencarceramento, servi-
pele parece corada. ços especiais de salvamento, equipe médica adicional ou serviços especiais
de transporte (transporte aeromédico).
Com base nas informações fornecidas, esta criança estí -doente" ou "não doente'? Como você deve proceder?
Para maior clareza, os passos ulilí1.ados para realizar uma avaliação pediátrica Avaliação Pediátrica:
são aqui descritos como um processo linear. Na prática, alguns passos podem Componentes
Objetivos ser realizados ao mesmo tempo, particularmente se houver outros profissio-
nais de saúde disponíveis para auxiliar.
1. Discutir os componentes de uma avaliação pediátrirn. • Avaliação inicial
2. Descrever as técnicas para uma avaliação bem-sucedida de !adentes e crianças. • Triângulo de Avaliação Pediátrica (TAF) (impressão inicial).
3. Identificar as caraclerísticas anatômicas e fisiológicas fundamentais de lac- • Avaliação primária (avaliação ABCDE).
tentes e criarn,:as e suas implicações. • Avaliação secundária.
4. Identificar os sinais vitais normais relacionados com a faixa etária. • Sinais vitais.
5. Discutir o equipamento adequado utilizado para obter os sinais vitais pedi- • História direcionada.
átricos. • Exame físico detalhado.
6. Identificar os componenles de uma avalictção pediátrica. • Reavaliação.

Triângulo de Avaliação Pediátrica Avaliação Inicial


• Impressão inicial/avaliação "logo à entrada da sala de exame" (Fig. 2- 1).
• Corno se aproximar de uma criança doente ou ferida pode aumentar a
Inspeção do Local do • Riscos. agitação, possivelmente agravando a condição da criança, o TAP é reali-
Atendimento • Observe quaisquer perigos ou riscos potenciais e qualquer mecanismo zado ante.s de se aproximar ou tocar na criança.
visível de trauma ou doença. • Pare a urna curta dislânda do paciente e, usando seus sentidos da visão e
• Presença de comprimidos, frascos de medicamentos ou produtos quími- audição (olhe e escute), determine rapidamente se existe um problema ame-
cos domésticos podem indicar uma possível ingestão tóxica. açador da vida que requeira intervenção imediata.
• lesões e histórico que não coincidem com o mecanismo de trauma po- • Pode ser concluída em 60 segundos ou menos.
dem indicar maus-tratos. • Nenhum equipamento (monitor cardíaco, manguito de pressão arterial, es-
tetoscópio) é necessário.

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Avaliação do Paciente 29
30 Avaliação do Pa ciente
--------------------------------------------
Respiração
Posição do corpo
TABELA 2-1 Sons Anormais das Vias Aéreas
Aparência Movimento visível do
Nível de tórax/abdome Caspiny Inspiração e expiração com respirações rápidas e difíceis
consciência Trabalho respiratório
Tônus muscular (frequência/esforço
Gemido Som de baixa frequência curto ouvido no final da expiração que representa uma tentativa de
respiratório) gerar pressão expirató ria final positiva (PEEP) por expirar contra a glote fechada, aumentando
Sons audíveis da via o período de troca de oxigênio e dióxido de carbono através da membrana alveolocapilar;
aérea mecanismo compensatório para ajudar a manter a permeabilidade das pequenas vias
Circulação respiratórias e prevenir atelectasia
Cor da pele
Gorgolejo/ Som respiratório a normal associado à coleção de material líquido ou semissólido nas vias
Figura 2- 1 Triângulo de r'\valiação Pediátrica.
roncos de respiralórias superiores do paciente
lransmissão
Ronco Respiração ruidosa através da boca e do na riz durante o sono causada pela passagem do ar
O TAr e a avaliação primária são utilizados para determinar rapidamente se uma através de uma via aérea superior estreitada
criança está ''doente" ou "não doente". Lembre-se que a condição de seu paciente Estridor Som agudo e áspero ouvido na inspiração associado à obstrução das vias respirató rias
pode mudar a qualquer momento. Um paciente que parece inicialmente "não superiores; frequentemente descrito como um cacarejar agudo, carnagem, som ladrante ou
doente" pode piorar rapidamente e parecer "doente''. Reavalie frequentemente. som de •1atido de foca"
·11CLS é um mnemônico usado para • Estabeleça a gravidade da doença ou trauma [doente (instável) ou não do- Sibilo Sons agudos de •assobiop produzidos pelo ar que se move através de passagens das vias aéreas
lembrar as áreas a serem avaliadas estreitadas
ente (estável)J.
com relação ao aspecto da criança. -======~'-- .
• Identifique a categoria geral de anormalidade fis iológica (p. ex., cardiopul-
rnonar, neurológica, metabólica, toxicológica, trauma).
"lrabalho Respiratório
• Determine a urgência de uma maior avaliação e intervenção.
• Refl ete a adequação da via aérea, oxigenação e ventilação (Tabela 2-1}.
Aparência
Ferramenta de Avaliação • Áreas de avaliação:
• Rellele a adequação da oxigenação, ventilação, perfusão cerebral, homeos- Em urna posi~-ão de cheirar,
TICLS • Posição do corpo.
tase e função do sistema nervoso central. a criança senta-se ereta e
Tônus: a criança move-se • Movimento visível (tórax/abdome).
• Áreas de avaliação. inclina-se para frente com o
vigorosamente, ou a criança • Frequência respiralória.
• Tônus (tônus muscular). queixo ligeiramente elevado.
encontra-se hipotônica, letárgica, • Esforço respirató rio.
• Interatividade/nível de consciência. Nesta posição, os eixos da
flácida? • Sons audíveis na via aérea. boca, faringe e traqueia são
• Nível de responsividade.
lnteralividade: a criança está
• Interação com o cuidador. • Achados normais: quielo, respiração sem esforço; expansibilidade torácica <:1 linhados e abrem a via aérea,
alerta e atenta ao ambiente ou
(elevação do tó rax) simétrica; freq uência respiratória dentro da faixa normal. aumentando o fl uxo de ar.
desinteressada/apática? • Resposta a você ou a outros profissionais de saúde.
Em urna posição tripode,
Consolação: a criança consegue • Consolação. • Achados a normais:
a criança senta-se ereta
sentir-se confortada pelo • Olhar. • Posição do corpo anormal (p. ex., posição de cheirar, posição trípo-
e inclina-se para frente,
cuidador ou profissional da área • fala ou choro. de, balanço da cabeça), batime nto de asa nasal, relrações/liragens,
sustentada por seus braços,
de saúde? • Achados normais: tônus muscular normal, criança responde ao nome (se fala abafada ou rouca, estridor, gemido, gasping, roncos/gorgolejo, com o pescoço ligeiramente
Olhar (do inglês, bok): os olhos sibilo, frequência respiratória fora da faixa normal, uso da musculatura
mais velha que 6 a 8 meses de idade), movimento igual de todas as extremi- estendido, queixo projeladn
da criança acompanham o
dades, olhos abertos, fala ou choro normal. acessória. e boca aberta. Esta posição é
movimento do examinador, ou há
• Achados anormais: • Se a criança apresentar resultados anormais, prossiga imediatamente usada para manter a patência
um olhar vago?
• Agitação, irritabilidade acentuada, hipoatividade, presença de sialorre ia da via aérea.
Fala/choro (do inglês, speech): a com a avaliação primária.
O balanço da cabeça é um
criança fala e chora forte, ou está (depois da lactância), tônus muscular flácido ou rígido, choro inconso- Circulação
indicador de aumento do
fraca e rouca? lável, fa lha em reconhecer o cuidador, irritabilidade paradoxal (irritado • Reflete a adequação do débilo cardíaco e da perfusão dos órgãos vitais (ou trabalho respiratório em
quando segurado e letárgico quando deixado sozinho; pode ser obser- seja, perfusão central). lactentes. A cabeça cai para
De: American Academy of Pediatrics.
Texlbook of pediatríc l'<iucution for vado em lactentes e crianças pequenas com infecções neurológicas). • Áreas de avaliação: cor da pele. frente com a expiração e
. prehospita/ pro/essionals. Sudbury,
• Se a criança apresenta achados anormais, prossiga imediatamenle com • Achados normais: cor parece normal para grupo étnico da criança. vira pra cima durante a
, MA: Jones & Barllett 2000.
L - - - ·- -------'
a avaliação primária. inspiração.

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Avaliação do Paciente 31
32 Avaliação do Paciente
~--.-----------------------------------------------
• Achados anormais:
• Determine se a via aérea está pérvia, preservável, ou não preservável:
• Palide1, moteamenlo, cianose.
• Pérvia: capaz de ser mantida de maneira independenle.
• Se a criança apresentar achados anormais, prossiga imediatamente com
• Preservável com posicionamento, aspiração.
a avaliação primá ria.
• Não preservável, necessita de assistência (p. ex., entubação traqueal,
Co m base na sua impressão inicial, decida se a criança está doente (instável) ou
cricotireoidostomia, remoção de corpo estranho}.
não doente (estável).
• Nesta fase da avaliação de seu paciente, estabeleça simultaneamente o
• Se a solução da condição da criança ror urgente, prossiga de imediato com
nível de consciência do paciente e sua capacidade de manter a via aérea
a rcípida avaliação da via aérea, da respiração e da circulação. Se um pro-
pérvia. Determine o nível de consciência (responsividade) usando AVOI'\:
blema for identificado, realize as intervenções necessárias: "Trate assim que
• A= Alerta
encontrar''.
V= Responde a estímulos verbais
• Se a solução da condição da criança não for urgente, prossiga sistematica-
• D = Responde a estímulos dolorosos
menle :
• N= Não responde
• ;\valiação primária.
• Se houver suspeita de lesão na coluna cervical (por exame, histórico, ou
• Avaliação secundária.
mecanismo do trauma), peça a um assistente para estabilizar manual-
• Sinais vitais.
mente a cabeça e o pescoço em uma posição neutra, alinhada, ou man-
• Histó ria direcionada.
tenha a estabilização da coluna vertebral se já realizada.
~ Exame físico.
• Se a criança estiver responsiva e a via aérea estiver pérvia (patente), con-
Reavaliação.
tinue a avaliação da respiração do paciente. Se a criança estiver respon-
A sequencia ABCDEda avaliação Avaliação Primária
siva, mas não conseguir falar, chorar ou tossir com força, avalie possível
primária é ensinada para médicos, A avaliação primária também é chamada de avaliação ABCDE. Durante a ava -
enfermeiros e equipe pré hospitalar obstrução da via aérea.
liação primária, a avaliação e o tratamento ocorrem simultaneamente. A ava-
em muitos c:ursos cduuicionais. • Se a criança não estiver rcsponsiva, ve rifique rapidamente se está
liação p rimária deve ser repetida periodicamente, principalmente após q ual-
Em programas que não os cursos respirando. Se houver respiração normal, continue a avaliação pri-
quer intervenção maior ou quando uma mudança no estado do paciente for
relacionados wm problermis m<íria. Se a criança nílo estiver respirando (ou apresentar apenas
cardíacos, a sequência da avaliação detectada.
gasping), verifique o pulso por até 10 segundos. Se não houver pulso
primária passa por via aérea; i\ avaliação primária concentra- se na avaliação e tratamento do paciente
ou você não tiver certeza se há pulso, comece as compressões to-
respiração (do inglês, breotliing); por meio do Suporte Básico de Vida (SBV). F.111 geral, requer menos do que
circulação; disfunção/incapacidade rácicas (Cap. 6).
60 segundos para ser concluída, mas pode demorar mais se a intervenção for
(do inglês, cfisobility), referindo-se • Se a criança não estiver respondendo e houver presença de pulso, use
necessária ern qualquer ponto.
i1 um exame neurológico breve; e manobras manuais corno inclinação da cabeça/elevação do queixo ou
• f\val iaç~ío prática sistemática.
exµosição/arnbiente. Nos cursos elevação da mandíbula sem inclinação da caheça para abrir a via aérea
• Objetivo: d eterminar se existem condições de ameaça à vida.
relativos à c;ardiologi<i, n ''fY é (Cap. 4). Se suspeitar de traumatismo, uti lize a elevação da mandíbula
desfibrilação (se necessário). • Componentes: ABCDE.
sem inclinação da cabeça para abrir a via aérea. Se a via aérea não esti-
• Via a érea, nível de responsividade e proteção da coluna cervical.
ver pérvia (livre de delrilos e obslrução), procure detectar sons de com-
• Respiração (do ing lês, breathin9).
prometimento da via aérea (ronco, gorgolejo ou estridor). O gorgolejo
• Circulação (perfusão).
é uma indicação para aspiração imediata. Olhe a boca à procura de
• Disfunção (rápido exa me neurológico).
sangue, dentes quebrados, conteúdo gástrico e outros objetos estra-
• Exposição/ambienle.
nhos (p. ex., dentes sollos, chicletes, pequenos brinquedos). Se presen-
A criança responsiva pode ler Via Aérea
tes, posicione o paciente para facilitar a drenagem e aspire a boca. Se o
adolado uma posição corporal para • Avaliação.
maximizar sua capacidade de manter material sólido for visualizado, relire-o com urn dedo enluvado coberto
• Melas:
urna via aérea aberta. Possibilite com gaze. Se houver suspeita de obstrução por corpo estranho, mas
• Via aérea abcrtaí ausência de sinais o u sintomas de obstrução das vias
à criança manler esta posição este não for visualizado, resolva a obstrução através da realização de
aéreas (p. ex., eslridor, dispneia, vo:t. rouca).
enquanlo conlinua sua avaliação. compressões abdominais (se o paciente tiver 1 ano de idade ou mais)
• Capacidade de lidar com secreções o rais de maneira independente
ou compressões torácicas (se o paciente for menor de 1 ano de idade).
" Paciente fala o u emite sons adeq uados para a idade.

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Avaliação do Paciente 33
34 Avaliação do Paciente
~~-..:.....-.---------------------=__,================-===i
• Os sinais de desconforto respiratório podem incluir os seguintes:
O desconforto respiratório
~ Postura preferencial (p. ex., posição trípode, segurar a cabeça para TABELA 2-2 Frequências Ventilatórias é um trabalho aumenl.ado da
manter uma via aérea aberta). Normais p_or Idade respiração (esforço respiratório).
.. Sialorrcia. A insuficiência respiratória
Idade lncursõesí min (em repouso)
Dificuldade de deglutir. é uma condição clínica na qual
Lactente (1 a 12 meses) 30 a 60
Inchaço dos lábios e/ou tecidos da boca. há oxigenaçiio s<lnguínea e/ou
Criança de 1 a 3 anos 24 a 40 ventilação inadequada para at·ender
" Entrada de ar inadequada.
Pré- escolar (4 a 5 anos) 22 a 34 às demandas metabólicas dos
• Obstrução pela língua, sangue, vô mito, corpo estranho.
tecidos corporais.
• Sons anormais na via aérea. Idade escolar (6 a 12 anos) 18 a 30
• Intervenções Adolescente (13 a 18 anos) 12 a 16
• Estabilização da coluna vertebral, conforme necessário para traumatismo.
• Tração da mandíbula sem inclinação da cabeça.
f\ inclinação da cabeça/elevação do • lndim1ção do cabe~:d/eleva~:ão do queixo.
indiretamente avaliado observando-se a expansibilidade do l:órax e
queixo não deve ser usada para abrir • Aspiração.
do abdome do paciente.
a via aérea se houver suspeita de • Reposicionamento.
traumatismo • Volume por minuto é a quantidade de ar que entra e sai dos pul-
• Remoção de corpo estranho.
mões em 1 minuto e é delerminado multipliccmdo-se o volume cor-
• Adjuvantes da via aérea (cânula orofaríngea [COF]/ nasofaríngea [CNFIJ
rente pela frequência respiratória. i\ssim, uma mudança no volume
(Cap. 4).
corrente ou frequência respiratória afetará o volume por minuto.
Respiração
• Determine a frequência respiratória.
1\ sequência de avaliação descrita • t\valiação
aqui supõe que o paciente é
• O paciente com dificuldade para respirar comumente apresenta uma
• Metas:
responsivo ou que há presen~:<1 de frequência respiratória fora dos limites normais para a sua idade
" Troca gasosa adequada sem sinais de hipóxia.
pulso caso ele não seja respo nsivo. (Tabela 2-2). Conte a frequência respiratória por 30 segundos e, em
Se um paciente não for responsivo
• Acordado e alerta.
seguida, dobre esse número para encontrar a frequência por minuto.
'i A respiração em lactentes
• Mantém a saturação de oxigênio em, no mínimo, 940/o. 1 e crianças com menos de 6
e não estiver respirando (ou apenas • Taquipneia é uma frequência respiratória rápida. Pode ser um acha- : ou 7 anos é principalmente
gaspiandolt as diretrizes atuais • Cor da pele normal; aquecida e seca.
do anormal decorrente de um processo de doença ou uma resposta abdominal (diafragmática),
de ressuscitação cardiopulrnonar • A respiração é espontânea, sem esforço, e a uma frequência nor-
compensatória (e fora das faixas normais de frequência respirató ria ' porque os músculos intercosüiis
recomendam uma alteração na mal para a idade. ' da parede do tórax não estão
sequência de avaliação para de repouso) secundária à excitação, ansiedade, febre e dor, entre ou-
• J\ expansibílidade torácica é simétrica. bem desenvolvidos e íadlmente
Circulação- Via /-\érea- Respiraçiio tras causas. No recém-nascido, a exposição ao frio pode aumentar a
• Sons respiratórios normais (murmúrio vesicular) estão presentes, ficam fatigados em decorrência
(C-A- B). frequência respiralória e pode causar desconforto respiratório. do aumento do trabalho
são claros e iguais bilateralmente.
• Em q ualquer idade, a frequência respiratória superio r a 60 in- respiratório. A respiração efetiva
• Ausência de dispncia, cstridor e sinais de aumento do esforço respi-
cursões por minuto é anormal. pode ser prejudicada quando
ratório (p. ex., tiragens, gemidos, desvio traqueal, uso de musculatura o movimento diafragmático for
• Quando a fadiga começa e a hipóxia se agrava, a criança evolui
acessória, batimento de asa nasal, balanço da cabeça). comprometido (p. ex., distensão
para insuficiência respiralória com diminuição (e possível cessa-
• Verifique se a criança está respirando e observe alterações significalivas no gástrica ou abdominal}, porque o
ção) da frequência respiratória. tórax não consegue compensar.
trabalho respiratório. Se o paciente estiver respira ndo, determine se a respi-
• Bradipneia (frequência anormalmente baixa da respiração) é um À medida que a criança fica mais
ração é adequada ou inadequada. Se a respir<lçào for adequada, passe para
sinal sombrio em um laclenl.e ou criança agudamente doente e velha, os músculos do tórax são
a avalíação da circulação. fortalecidos e a expansão do
pode ser causada por fad iga, hipotermia, ou depressão do sistema
No paciente responsivo (e em • Olhe tórax torna-se perceptível.
nervoso central, entre outras causas.
um paciente não responsivo com • Avalie o lórax e o abdome para detecção de movimento respiratório A transição da respiração
pulso), olhe, ouça, sinta: inspecione, • Avalie a presença de desconforlo/insuficiência respiratória (rabeia 2-3). abdominal (diafragmática) para a
• Avalie a profundidade (volume corrente) e a simetria de movimento
ausculte, palpe . .\!essas situações do Se um desconforto respiratório for observado, há presença potencial de respiração interc.ostal come
em cada respiração.
paciente, a avaliação da respiração insuficiência respiratória.
durante a avaliação primária deve ser • O volume corrente é o volume de ar que entra ou sai dos pul-
~ Observe os sinais de aumento do lrabalho respirató rio (esforço res-
feita cm não mais que 10 segundos. mões durante a respiração normal. O volume corrente pode ser
piratório).

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Avaliação do Paciente 35
36 Ava liação do Paciente
~--------------------------------------------------
TABELA 2- 3 Sinais
de Desconforto Respiratório e
Supraclavicular
Insuficiência Respiratória_
Desconforto Respiratório Insuficiência Respiratória

Batimento de asa nasal Cianose


Tiragens Murmúrio vesicular diminuído
Subesternal
Aumento da frequência respiratória (taquipneia) Diminuição do nível de consciência ou resposta à dor
Aumento da profundidade da respiração (hiperpneia) Tônus muscular precário (hipotonia)
Balanço da cabeça Frequência respiralória, esforço ou incursão
Balancim (respiração abdominal) torácica inadequadas
Irritabilidade Taquicardia
Taquicardia Uso de musculatura acessória
Gemido
Estridor

Figura 2-3 Localização de retrc1c;ões/tiragens.

Figura 2-2 Batimento de asa nasal. Um a largamento das narinas pode ser ob
servado em lactentes com desconforto respiratório. Figura 2-4 Tirngens. O w lapso interno da parede torácica anterior inferiol' pode
ser observado nesta criança prema lura com síndrome do desconfor-
to rc:spiratl>rio.
• Aparência ansiosa, concentração na respiração.
• Uso da musculatura acessória: músculos do pescoço, tórax e ab- • Movimenlo de balancim (Lorácico/ahdominal}.
dome que se tornam ativos durante uma respiração difícil. • O aumento do esforço respiratório puxa o tórax para dentro
• Inclinação para frente para inspirar. enquanto força o abdome para fora.
• Batimento de asa nasal: alargamento das narinas à inspiração; uma • Indicador de insuficiência respiratória grave.
tentativa de aumenlar o Lamanho da via aérea e aument<'lr a quan- • Observe o ritmo da respiração (regular, irregular, periódico).
tidade de oxigênio disponível (Fig. 2-2). • A inspiração prolongada sugere uma obstrução da via aérea
• Tiragens: afundamento dos tecidos moles acima do esterno (su- superior.
praesternal) ou clavícula (supraclavicular), ou entre (inlercoslal) ou • A expiração prolongada sugere uma obslrução da via <térea in-
abaixo (subcostal) das costelas durante a inspiração (Hgs. 2-3 e 2-4). ferior.
• Indicam aumento do trabalho respiratório. • Ouça
• Em casos de obstrução grave, as tiragens podem estender-se • Ouça o movimento do ar no nariz. e na boca. Observe se a respi-
para a incisura supraesternal e para as áreas supraclaviculares. ração é ca lma, ausente ou ruidosa (p. ex., estridor, sibilos, ronco,

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Avaliação do Paciente 37
38 Ava liação do Paciente

• Ouça b revemente os sons card íacos para estabelecer uma base


de compa ra ção (p. ex., o desenvolvimento de sons abaíados no
Linha axilar anterior coraçào, um sopro, o u atrito}.
(vertical a partir da
prega axilar anterior) • Sinta O pacienle com respiração
Linha hemiclavicular • Sinta o movimento d e ar do nariz o u da boca contra seu q ueixo, face inadequada req uer ventilação com
;~ • ..i ,..._.'!--+-(vertical '.1d~artdir do • )
o u palma. Palpe o tó rax para avaliação de sensibilidade, instabilidade pressão positiva com suplcrnentaç.'ío
\ ponto me 10 a c1av1cula
A ,j 1- - " 1 - - - de oxigênio.
1 Linha esternal média e crepitação.
• Se o paciente irrespo nsivo estiver respirando adequadamente e não

,;{ )\ houver sinais de traumalísmo, co loque-o na po sição de recuperação

f .
Z.-J
ia \
Linha axila.
anterior
(decú bito lateral) e administre oxigênio suplementa r, se indicado.
• Se houver diriculdad e respirató ria e a frequência for muito baixa ou
muito alta, forn eça oxigênio suplementar e, se necessário, ventilação
com pressão pos itiva .
( ' \ Linha axilar média
1__,...__,_ (vertical a partir • Se a respiração estiver a usente, insira um adjuvante da via aérea (câ -
do ápice da axila)
1 nula o rofaríngea/ nasofaríng ea), se não previa mente feilo, e administre
_......_..___.....;.! Linha axilar
B duas respirações com uma máscara de bolso o u com bo lsa-válvula-
' posterior (vertical
a partir da prega máscara/ máscara- balão a utoinflável com oxigênio suplementar. Ad-
( \. axilar)
ministre cada respirêlção por 1 segundo. Certi~ que-sc de q ue a parede

I Linha axilar posterior


tor<icica do paciente sobe suavemente com cada venlilação. Continue
a avaliação primá ria.
Se a parede loráciut não se
~(vertical a partir da • Intervenções.
' prega axilar posterior) elevêlr durante a ventilação com
• Aspiração.
I \ Linha escapular
• Oxigênio.
pressão positiva, a ventilação está
inadequada ou a via aérea está
Linha vertebral • Adjuvantes de via aérea. obstruída.
e
• Ventilação com pressão positiva.
Figura 2- 5 Linhas de referência do tórax. A, Anterior.
R, Lateral direito. C, Posterior.
Circulação
• Metas. Avaliação

tosse ou choro ladrante, gorgolejo). O sibilo pode ser ouvido em • runção cardio va scular e perfusão tecidual adequadas.

todo o pulmão, ou, no caso de uma obstrução por corpo estranho, • Acordado e aler'la.

pode ser localizado. • Pulso s centra is e periféricos são fortes e regulares.

• Ouça para a detecção da presença e qualidade do murmúrio vesi- • A frequência cardíaca e a pressão arterial estão denlro da faixa normal

cular bilateralmente e ouça brevemente os sons cardíacos. para a idade.

• Os sons respiratórios são normalmente silenciosos. Pelo fato de • Cor da pele norma l; quente e seca.

o tórax de uma criança ser pequeno e a parede torácica ser fin a, • Tempo d e preenchime nlo capila r* é menor que 2 segundos (avalie em

os sons respiratórios são facilmen te transmitidos de um lado crianças meno res de 6 anos).
para o outro da caixa tor<icica. • lngeslã o o ral e hidratação adequadas.

Como resultado, os sons respiratórios podem ser ouvidos, apesar • Débito urinário ad equado para a idade e peso.

da presença de um pneumotórax, hemotórax, ou atelectasia. Para • Volume de líquido circulante adeq uado (vo lernia).

minimizar a possibilidade de transmissão do som de um lado do • Não há evidência de sang ra mento externo.

tórax para o outro, ausculte ao longo da linha axilar média (abaí- • Sinais vitais dentro dos limites normais para a id ade.

xo de cada axila) e na linha clavicular média sob cada clavícula • Mucosas úmidas.

{Fig. 2-5). Alterne de um lado para outro e compare os resultados. · Nnta da Revisão Científica: A <1utora afirma que o tempo de preenchimento capilar deve ser
avaliado cm crianças menores de 6 anos, contudo, essa avaliaçilo deve ser feita em todas <IS idades.

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Avaliação do Paciente 39
40 Ava liação do Paciente

TABELA 2-4 Graduação dos Pulsos Frequências Cardíacas


TABELA 2- s
O local para avaliação do pulso Descrição Grau Normais por Idade
central varia de acordo com a
Completo, célere, não obliterado com pressão +4 Idade Batimentos/ min*
idade da criança. Nos recém-
Normal - faci lmente palpável, não facilmente obliterado com Lactente (1 a 12 meses) 100 a 160
--nascidos, avalie a força e a +3
pressão Criança de 1 a 3 anos 90 a 150
qualidade de um pulso central
palpando a base do cordão Difícil de palpar, obliterado com pressão +2 Pré-escolar (4 a 5 anos) 80 a 140
umbilical entre seu polegar e o Fraco, filiforme, difícil de palpar 11 Idade escolar (6 a 12 anos) 70 a 120
dedo indicador. Em um lactente,
avalie o pulso braquial. Avalie a
Pulso ausente o Adolescente (13 a 18 a nos) 60 a 100
carótida ou o pulso femoral em •·1\s frequências de pulso par<1 çri11nç<1 dormindo podem ser 10% rn~~nç>res do que a frequência
" Débito urinário de 1 a 2 ml / kglh. mínima listada para a faixa etária.
qualquer cricm~:a acima de l ano.
Avalie o pulso periférico Valores da hemoglobina e do hernalócriLo dentro da normalidade.
enquanto mantém uma mão Turgor normal da pele.
no local do pulso central. Por • Temperatura corporal normal.
exemplo, se eslíve1· avaliando um
• Controle da hemorragia.
pulso central palpando o pulso
Procure por hemorragia externa visível. Controle sangramentos intensos,
braquial, mantenha uma mão no
pulso braquial e use a outra mão se presentes, aplicando pressão direta sobre o local do sangramento.
para avaliar o pulso periférico • Considere possíveis áreas de gr<mde hemorragia inlerna.
(rC1dial) na mesma extremidade. , Uma hemorragia interna significativa pode ocorrer no tórax, abdorne,
Compare a força e a qualidade pelve, rctropcritônio e áreas femorais.
dos pulsos centrais e periféricos.
• Dor o u edema em qualquer urna destas regiões pode sinalizar possí-
Embora um pulso periférico
vel hemorragia interna.
não seja tão forte como o pulso
central, a frequência e a forç.a
• Compare a força e a qualidade de pulsos centrais e periféricos.
devem ser semelhantes. • A palpação dos pulsos pode ser usada para estimar a frequência cardía-
ca, a pressão arterial, o débito cardíaco e a resistência vascular sistêrnka.
• A qualidade do pulso reflete a adequação da perfusão periférica (Tabela 2-4}.
Um pulso central fraco (filifonne} pode indicar choque descompensado.
• Urn pulso periférico que é difícil de enconlrar, íraco ou irregular sugere
má perfusão periférica e pode ser um sinal de choque ou hemorragia. Figura 2 -6 Acrocianose das mãos em um recém-nasc:irlo.
• Determine se a frequência cardíaca do paciente está dentro dos limites
normais para a idade da criança. As frequências cardíacas normais por
faixa elária eslão lisladas na Tabela 2- 5. • Azul (cia nose)
• /\vafie a cor da pele, temperatura e umidade. • Sugere hipoxemia o u perfusão inadequada.
• Cor da pele: rósea, pálida, cíanótica, moteada. • Na pele escura, a cianose pode ser observada cm lábios e líng ua

f'requentemente ocorre hipotensão • Rósea= perfusão normal. acinzentados.


bem antes da perda dos pulsos • Mãos e pés são normalmente quentes, secos e rosados. • Moteada: sugere d iminuição do débito card íaco, isquemia, hipóxia (fig.
centrais. • Um recém-nascido frequentemente tem acrocianose (mãos e pés 2-7), mas pode ser norma l em um lactente exposto a um ambiente fri o. f@tlA~if~ DICA
cianóticos, enquanto o restante do corpo é róseo} (Fig. 2-6). • Te mperatura da pele: quente, morna, fria.
• A superfície da pele é normalmente quente e igua l bila tera lmente. A cor da pele é avaliada de
-. Pálida.
maneira mais confiável na esclera,
• Pode ser observado na insuficiência respiratória. • Use as s uperfícies do rsais de suas mãos e dedos para avaliar a tempe-
rnnjuntiva, leitos ungueais, língua,
• Extremidades pálidas e frias estão associadas à diminuição do dé- ratura da pele.
A redução da perfusão cutânea é um mucosa oral, palmas das mãos e
sinal precoce de choque. bito cardíaco, corno observado no choque e na hipotermia. • À med ida q ue o débito cardíaco diminui, as mãos e os pés começarão a plantas dos pés.
ficar frios, e o esfriamento subirá em direção ao tro nco.

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____________________________________________.........
Avaliação do Paciente 41
42 Avaliação do Paciente

Se o preenchimento capilar for


inicialmente avaliado na mão ou
nos dedos e estiver lento, reavalie
em um local mais central, como
no tórax.
figura 2-8 Avaliação do turgor da pele em um lactente.
Figura 2-7 Moteamento.

• Umidade da pele: seca, úmida, sudoreica (diaforética). TABELA 2-6 Avaliação do Turgor da Pele e Estimativa de Desidratação
• A pele é normalmente seca com um mínimo de transpiração.
Tempo Decorrido para Grau ;\proximado de Desidratação
• Use as superfícies dorsais de suas mãos e dedos para avaliar o teor a Pele Retornar ao Normal
de umidade da pele.
Menos de 2 segundos Menos de 50/o do peso corporal da criança
• Turgor da pele.
2 a 3 segundos 5% a 8% do peso corporal da criança
• Para avaliar o turgor da pele (elasticidade), segure a pele do abdome
3 a 4 segundos 90/o a 10% do peso corporal da crianç;i
entre o polegar e o dedo indicador (Fig. 2-8). Estique a pele e então
libere rapidamente. Observe a velocidade com que a pele retorna ao Mais de 4 segundos Mais de 10% do peso corporal da criança
seu estado original após liberada. De Sciclcl HM, Rali JW, Dains Jt, et ai. Mosby's 9uide to physical examinalion, 5th cd. SI. Louis: Mosby, 2003.

" A pele deve voltar à sua forma imediatamente e sem ficar levantada
Um achado positivo é mais útil que • Compressões torácicas.
um achado negativo. Nunca assuma nem enrugada. O turgor bom da pele indica hidratação adequada.
• Conlrole de sangramento.
que urna criança está bem hidratada • O l11rgor reduzido da pele (um sinal de desidratação eiou desnutrição)
• Reposição hídrica.
com base no bom turgor da pele. está presente quando a pele é liberada e conlinua elevada (em forma
• Desfibrilação.
de tenda) e então retorna lentamente à sua forma habitual (Tabela 2-6).
Disfunção
• Avalie o preenchimento capilar.
• Meta: acordado e alerta. Avaliação
• Para avaliar o preenchimento capilar, pressione a pele com firmeza sobre
• Uma versão da E'ic:al<1 de Coma de Glasgow (EG) modificada parei uso pediátri-
o ponto mais quente no corpo da criança e libere. Observe o tempo que
co é usada durante esta fase da avaliação primária para estabelecer uma linha
leva para o tecido branqueado voltar à sua cor original.
de base para comparação cm observações em série e posteriores (Tabela 2-7).
• Se a ternperalura ambienle esliver quente, a cor deve retornar em 2
• Quando o escore da EG cai dois pontos, sugere deterioração significa tiva;
segundos.
O tempo de preenchimento capilar de 3 a 5 segundos é considerado lento uma reavaliação urgente do paciente é necessária.
Um achado positivo é mais útil
• Para evitar confusão com reflexos espinhais, avalie a resposta motora do
que um achado negativo. Nunca e pode indicar má perfusão ou exposição a temperaluras ambienlais frias.
assuma que uma criança está bem
p<tciente aplicando um estímulo acima do pescoço.
"' Um tempo de preenchimento capilar de mais de 5 segundos é nitida-
perfundida com base cm um bom Pergunte ao genitor/cuidador sobre o humor normal da c.rian~:a, o nível
mente prolongado e sugere choque (Fig. 2- 9).
tempo de preenchimento capilar. de atividade, período que fica alerta, vontade e capacidade de cooperar.
• Os locais allernalivos para a avaliação do preenchimento capilar são a
• Oxigênio. Intervenções
testa, o tórax, o abdome ou a parte carnuda da palma da mão.
Intervenções
• Ventilação.
• Oxigênio.
• Posição.
• Posição.
• Estabilização da coluna verlebral.

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Intervenções
Avaliação do Paciente 43
44 Avaliação do Paciente
~---------====---------------------------------
Exposição/Ambiente
• Tire a roupa do paciente.
• Preserve o calor do corpo/mantenha a temperatura adequada.
• Respeite o pudor. 1 Mante~a temperatura adequada
é, particularmente, importante
• Mantenha a criança coberta, se possível, e recoloque as roupas imediata-
no paciente pediátrico porque
mente após examinar cada área do corpo.
as crianças têm uma área de
Avaliação Secundária superfície corporal grande em
A avaliação secundária concentra-se em intervenções e tratamento de suporte relação ao peso, favorecendo
avançado de vida (SAV). uma maior área para a perda de
• Obtenha os sinais vitais, conecte oxímetro de pulso, eletrocardiogramo calor.

(ECG) e monitor de pressão arterial.


• Obtenha uma história direcionada pelo SAMPLE ou CIA1\!lPEDS (Páginas Avaliação Inicial
46-47). O algoritmo é mostrado na
• Via Aérea (Avançado). Figura 2- 10.

• Respiração.
A B e • Circulação.
Figura 2-9 Preenchimento capilar de urna criança em choque.
• Exame detalhado (ou direcionado), Diagnóstico diferencial, Procedimentos
diagnósticos.
• Avalie intervenções, manejo da dor.
• facilite a presença da família para os procedimentos invasivos e de reani- Ver Tabelas 2-2 e 2-5 para valores
mação. normais de frequências respiratória e
Sinais Vitais cardíaca por idade.
TABELA 2- 7 Escala
de Coma de Glasgow do Adulto,
• Temperatura.
da Criança e do Lactente • Obtenha a temperatura da criança por urna via adequada (p. ex., oral,
Escala de Coma de Glasgow Adulto/Criança Escore Lactente
axilar, retal, timpânica) considerando-se a idade da criança e sua condi-
Abertura do olho Espontânea 4 Espontânea
ção clínica.
Ao estímulo verbal 3 Ao estímulo verbal
Ao estímulo doloroso 2 Ao estímulo doloroso • A temperatura varia com exercício, choro, estresse e roupas.
Sem resposta 1 Sem resposta • Os sinais comuns de aumento da temperatura corporal incluem face e
Orientada pele coradas, mal-estar, hipoatividade, aumento das frequências respira-
Melhor resposta verbal 5 Murmúrios, balbucias
Desorientada 4 Choro irritável tória e cardíaca e ''olhos brilhantes".
Palavras inadequadas 3 Chora apenas à dor • Os lactentes e as crianças podem perder calor rapidamente. Mantenha
Sons incompreensíveis 2 Geme à dor a criança coberta. É particularmente importante manter a cabeça de um
Sem resposta 1 Sem resposta
lactente coberta.
Melhor resposta motora Obedece comandos 6 Espontânea • Pressão arterial. A pressão arterial é um dos
Localiza dor 5 Evita o toque
• /\ pressão arterial deve ser medida apenas após a avaliação de pulso e indicadores menos sensíveis de
Evita a dor 4 Evita a dor
Flexão anormal {decorlicada) 3 Flexão anormal {decorticada} respiração. As crianças muitas vezes ficam agitadas durante este pro- circulação adequada nas crianças.
Extensão anormal 2 Extensão anormal (descerebrada) cedimento, o que aumenla as frequências de pulso e respiratória. Para
{descerebrada) Sem resposta diminuir a ansiedade das crianças sobre a rnedi ~:ão da pressão arterial,
Sem resposta 1
diga-lhes que vai dar "um abraço" no braço delas.
Total = E + V + M 3 a 15 • Meça a pressão arterial em crianças maiores de 3 anos. Em crianças com O manguito deve estar ao nível
-·.
menos de 3 anos, um pulso central forte é considerado um sinal aceitável do coração e o braço deve estar
de pressão arterial adequada. A Tabela 2-8 mostra o limite inferior da completamente apoiado pelo
socorrista.
pressão arterial sistólica normal por idade.

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Avaliação do Paciente 45
46 Avalia_ção do Paciente
------------------------=:;;;;=======----....--------~
ALGORITMO DE AVALIAÇÃO INICIAL PEDIÁTRICA
IMPRESSAO INICIAL ALGORITMO DE AVALIAÇÃO INICIAL PEDIÁTRICA
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA (ABCDE)
Avalie segurança/situação do local do atendimento
São necessários recu rsos adicionais? Trate os problemas
assim que os
encontr r Avalie
Via aérea/Responsividade
A partir da impressão inicial (Triângulo de Avaliação Pediátrica)
Avaliação ao entrar na sala; concluída em 60 segundos ou menos

t Responsivo?
Via aérea aberta?
Estabilização da coluna, se indicada
Inconsciente?
1

APARÊNCIA (flCLS) TRABALHO RESPIRATÓRIO Aspiração, se necessária


!ônus (tônus muscular) Posição do corpo
!nterativídade/estado mental Movimento visível (tórax/abdome)
Çonsolação Frequência respiratória ',
Qlhar (do inglês look) Esforço respiratório 1 Avalie Bespiração (do inglês, breathing) 1
Eala ou choro (do inglês Sons da via aérea audíveis
speech or cry)

A aparência reflete a A respiração reflete a


t t
adequação de adequação da via Se respirando, determine se adequada ou Se respiração ausente (ou apenas em
oxigenação, ventilação, aérea, da oxigenação inadequada. Mantenha saturação de 0 2 gasping) , avalie pulso
perfusão cerebral, e da ventilação de pelo menos 94%
homeostase e função do
sistema nervoso central
~
- - -- - A circulação reflete a "
CIRCULAÇÃO adequação do débito Avalie Çirculação
Cor da pele 1 1
cardíaco e da perfusão

t dos órgãos vitais

Decisão: Doente (instável) ou não doente (estável)?


t t
Pulso presente Se sem pulso (ou incerteza de pulso presente):

t • Controle de sangramento intenso (se presente)


• Avalie pele
•Inicie RCP
• Avalie ritmo cardíaco na chegada de

t t •Avalie preenchimento capilar DEA/monitor/desfibrilador

Doente
• Prossiga imediatamente com avaliação
Não Doente
Prossiga sistematicamente:
t t
Avalie Q.isfunção (nível de consciência) Sim Atividade elétrica presente? , Não
rápida da via aérea,da respi ração e da • Avaliação primária (avaliação
circulação
• Se um problema for identificado, realize as
intervenções necessárias - "Trate assim que
ABCDE)
• Avaliação secundária
Sinais vitais
• Escala de Coma de Glasgow Pediátrica

t 1
t 1 t
encontrar" História direcionada
Exame físico Exposição/ambient e Se f ibrilação Se atividade elétrica Se assistoli a -
•Reavaliação • Preserve o caior do corpo ventricular (FV) ou sem pulso (AESP) - continue RCP e vá
• Mantenha a temperatura apropriada taquicardia ventricular continue RCP e vá para algorit mo de
(TV) - continue RCP e para algoritmo de assistolia
Figura 2-10 Algoritmo de Avaliação Inicial Pediátrica. Continua
t vá para algoritmo de
FV/TV
AESP

• A pressão arterial deve ser medida com um manguito, com a braçadeira Prossiga para a avaliação secundária
circundando completamente o men-1bro e a largura cobrindo metade a Figura 2-10 Continuação Algoritmo de Avaliação Inicial Pediálrica
dois terços do comprimento da parte superior do braço o u superior da
perna. O uso de um manguito muito grande levará a uma leitura falsa- • Peso.
mente baixa. O uso de um manguito demasiadamente pequeno resulta rá • Sempre que possível, obtenha um peso medido. Se não for possível obter
em uma leitura falsamente alta. um peso medido, use uma fita de medição baseada no comprimento
Para determinar a pressão • Pressão de pulso. para estimar o peso da criança se este for 35 kg ou menos, ou pergunte
arterial sistólica mínima para • A pressão de pulso é a diferença enlre a pressão arterial sistólica e diastólic:a. ao cuidador qual foi o último peso da criança.
uma criança de 1 a 10 anos Je • Indicador de volume sistólico (quantidade de sangue ejetado pelo ven- • Fórmula de peso pediátrica.
idade, pode ser usada a fórmula a
trículo durante uma contração). • Peso em kg = 8 + (2 x idade em anos).
seguir: 70 + (2 x idade em anos).
• Pressão de pulso convergente (estreita) é um indicador de comprometi- " Use 3 kg para recém-nascidos.
mento circulatório. • Use 7 kg para bebês de 6 meses de idade.

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Avaliação do Paciente 47
48 Avalia ção do Paciente

ALGORITMO DE AVALIAÇÃO INICIAL PEDIÁTRICA


AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA (ABCDEF) • Conversão de Peso.
• Peso (lb) x 0,45 = Peso (kg).
Obtenha sinais vitais; conecte oxímetro de
Trate os problemas pulso, ECG e monitor de pressão arterial
, Peso (kg) x 2,2 = Peso (lb).
assim que os História Viredonada
encontra
A histórica é frequentemente obtida simultaneamente durante o exame fí-
Obtenha histórico pelo SAMPLE ou CIAMPEDS
sico e cnqua nlo as intervenções terapêuticas são redlizddas. Durante o
exame físico, faça perguntas ao paciente, família, pessoas que estão pr<.'>-
VIA AÉREA ximas ou outros sobre o histórico do paciente. SAMPLE é um mnemô nico
• Reavalie eficácia das manobras e intervenções iniciais da via aérea
• Considere inserção de via aérea avançada; se necessária usado para organi1.ar as informações obtidas quando se obtém o histórico
do pacien te.
BESPIRAÇÃO {do inglês breathing)
• Reavalie ventilação • Sinais/sintomas: achados da avaliação e do histórico relacionados com a
• Se aplicável, confirme posição decânula traqueal (ou outro dispositivo para via aérea) por pelo menos
dois métodos queixa principal.
• Forneça ventilação com pressão positiva (se aplicável) e avalie eficácia das ventilações • Quando começou/ocorreu (tempo, súbito, gradual)? O que a cri ança es-
C IRCULAÇÃO tava fazendo quando começou/ ocorreu?
;- Estabeleça acesso vascular/administre medicações, 'se apropriado
• Quanto tempo durou? Foi e voltou? Ainda está presente?
EXAME ºETALHADO (OU DIRECIONADO), º !AGNÓSTICO DIFERENCIAL, PROCEDIMENTOS • Onde está o problema? Descreva o caráter e a gravidade da dor, se hou-
º !AGNÓSTICOS
• Se irresponsivo ou com mecanismo significativo de t rauma, realize exame físico detalhado (cabeça aos ver (use a escala de dor).
pés). Se responsivo ou sem mecanismo significativo de trauma, realize exame direcionado.
• Procure, encontre e trate causas reversíveis • Irradiação? Fatores de melhora ou piora ?
• Verifique glicemia capilar • Histórico do mesmo? Caso positivo, qual foi o diagnóstico?
• Exames laboratoriais e radiográficos
• Alergias: a medicamentos, alimentos, causas ambientais (p. ex., pólen) e pro-
~VALI E {do inglês, evaluate) as intervenções, manejo da dor
.EACILITE a presença da família para procedimentos invasivos e de ressuscitação dutos (p. ex., látex).
• M edicamentos.
• M edicamentos, prescritos ou não, que a criança está tomando atualmente.
Reavaliação • Precise o nome do medicamento, dose, via, frequência e indicação para
• Reavalie patência (permeabilidade) da via aérea e saturação de a medicação.
oxigênio
• Reavalie eficácia da respiração com capnografia • Passado médico.
• Reavalie frequência de pulso e qualidade, estado de perfusão, • A criança está atualmente sob os cuidados de um médico?
ritmo cardíaco
• Reavalie preenchimento capilar (se mais jovem que 6 anos) • Doenças infantis graves: idade, complicações.
• Reavalie nível de consciência e grau de atividade
• Reavalie e documente sinais vitais • Internações: idade, motivo da internação, tempo de permanência.
• Reavalie intervenções de cuidados de emergência • Procedimentos cirúrgicos: idade, razão para o procedimento, compli-
cações.
Figura 2-10 Continuação
• Traumatismo/ lesões e fraturas/ intoxicações, queimdduras: idade, cir-

TABELA 2-s Limite Mini mo da cunstância do evento, tratamento, complicações.


• Situação vacinai em relação a difl:ería, tétano, coqueluche, varicela, po-
Pressão Arterial Sistólica
liomielite, HaP.mophilus innuenza tipo B, hepatite B, rubéola, caxumba, e
Idade Limite Mínimo da Pressão
assim por diante.
Arterial Sistólica
• Para laclenles e menores de 3 anos, obtenha o histórico do nascimento.
Recém-nascido a termo Maior que 60 mm l lg ou pulso central forle
(O a 28 dias) • Idade materna, duração da gestação, prematuridade, peso ao nascer.
• Complicações durante a gravidez ou parto (p. ex., parto cesáreo, parto
Lactente (1 a 12 meses) Maior que 70 mm Hg ou pulso central forte
a fórceps).
Criança de 1 a 10 anos Maior que 70 + (2 x idade em anos)
• Anomalia·s congênitas.
Criança de 10 anos ou mais Maior que 90 mm Hg
"O bebê foi para casa com você?''

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Avaliação do Paciente 49
50 Avaliação do Paciente
----------------------==-;a;a.c==---------------~

• Líquidos/úllima ingestão o ral.


• Considere as diferenças culturais que podem afelar as impressões do
• Horário da última refeição e ingestão de líquidos.
cuidador.
• Mudanças no pad rão da aceitação de líquidos ou a limentos.
• Avalie as preocupações do cuidador e suas observações sobre a condi-
• Para la ctentes, determine se receberam élleilamento materno ou com
ção da criança.
mamadeira; se foi utilizada fórmula, que tipo; difi cu ldades de ali-
• Eventos que leva ram à doença/trauma.
mentação.
• Doença: duração, incluindo a data de início e a sequência dos sintomas;
• Eventos que levaram à doença ou lesiio.
tralarnenlo fornecido antes da chegada à Unidade de Emergência.
• Início, duração e fatores precipitantes.
• Trauma: data/horário do trauma, mecanismo do lrauma incluindo o uso
• Fatores associados como inalantes tóxicos, drogas, álcool.
de dispositivos de restrição/proteção, lesões suspeitas, sinais vitais pré-
• Cenário do trauma e mecanismo de lesão.
-hospitalares e tratamenlo, circunstâncias que levaram ao trauma, teste-
• Tralarnento dado pelo cuidador.
munhadas ou não 'lestemunhadas.
A Emergency Nurses /\ssodation (EN;\) recomenda o uso do mnemônico
• Oietaífraldas.
em inglês CIAMPEDS:
• Horário da última refeição e ingestão de líquidos, mudanças no padrão
• Queixa principal (do inglês, chie{ complaint).
alimentar ou de i ngest~o de líquidos.
• ,\Aolivo da consulla da criança na Unidade de Emergência (UE).
• Para lactentes, determinar se amamentados com leite malerno ou ma-
• Duração da queixa.
madeira; se foi usado aleitamento artificial, qual a fórmula; dificuldades
• Imunizações/isolamento.
de alimentação.
• Checar a carteira de vacinação da criança e adequação ao ca lendário
• Dieta especial ou restrições alimentares.
OPQRST é um acrônímo que vacinéll.
• Avaliação dos hábitos urimírio e intestinal.
pode ser ulilizado quando se • Avaliar a exposição da criança a doenças transmissíveis (p. ex., varicela,
• Sintomas (associados).
avalia a dor. meningite).
• Início (do inglês onset): O que • Identificação dos sintomas e progressão desde o início da doença ou
• Alergias: a medicamentos, alimentos, causas ambientais (p. ex., pólen)1 pro-
você estava fazendo quando a trauma.
dutos (p. ex., látex)
dor começou? Exam e Físico O procedimento de avaliação
• Medicamentos.
• Provocação: O que faz com que O objetivo do exame físico na avaliação secundária é detectar condições não fatais delineado aqui élpélrece como
a dor melhore ou piore? Tosse/ • 1\.-1edicamentos, prescritos ou não, que a criança está tomando atualmente.
e prestar cuidados para aqueles com alguma doença/trauma. Um exame físico de- uma sequência da cabeça aos pés;
respiração profunda, ansiedade/ • Inclua ervas e suplementos dietéticos. no entanttl, a sequência deve ser
Lalhado é apresentado aqui pêtra completude. Um exame físico direcionado pode
medo, f'ratame11to/proc:edimento, • Identifique o nome do medicamento, dose, via, frequência e indicação invertida (dos pés à cabeça) cm
movimento/posiçüo, pais/ ser mais apropriado com base na apresenlação do paciente e sua queixa principal.
para a medicação. lactentes e c;riélnças pequenas. Os
cuidadores ausentes • Inspecione e palpe cada uma das grandes áreas do corpo para detecção
• Passado médico. lactentes e crianças pequem1s acham
• ~alidade: Como é a dor (s urda, de OCAP-Bl.S-TJC (Oeformidades, Contusões, Escoriações (do inglês, Abra- particulélrmente ameaçador o falo de
• Estado de saúde da criança, incluindo doenças prévias, traumas, hospita-
aguda em peso, em queimação, sions), Penetrações/perfurações, Queimaduras (do inglês, Bums), Lacera- estranhos quererem tocar suas faces.
lizações, cirurgias, e doenças crônicas e psiquiátricas.
em uperlo, em facada, incômoda, ções, lnchaçoíedema (do inglês, Swellin_q), Sensibilidade (do inglês, Tender- Ao começar pelas extremidades e
em tiro, latejante)? • Uso de álcool, tabaco, drogas ou outras substâncias de abuso.
ness), Instabilidade, Crepitação). prosseguir de volla, você reduz a
• Região/i1Tadiação: Onde está a • No hislórico do recém-nascido deve constar o histórico pré- natal e do probabilidélde de assustar a criança.
• /\usculte respiração e os sons cardíacos.
dor? 11 dor está em uma área ou nascimento incluindo as complicações maternas durante a gravidez ou Tente g<rnhar a confiança da criança
se move? Crânio/Face
parto, idade gestacional, peso ao nascimento e número de dias que a ao dar continuidade ao exame sendo
• Gravidade (Severity): Em uma
criança permaneceu internada após o parto.
• Couro cabeludo e crânio. calmo, amigável e reconfortante.
escala de O a 70, sendo O o • Verifique se hc'.i DCAP- RLS.
• Data e descrição do último ciclo menstrual.
mínimo e 10 sendo o pior, que • Palpe para detecção de OCAP-BLS TIC, depressões e protusões.
número você atribui à sua dor • O histórico das pacientes sexualmente ativas deve incluir o tipo de méto-
• Em uma criança com menos de 14 meses, palpe suavemente as fontane-
ou desconforto? do rnntraceplivo ulilizado, barreira de proteção, tralarnento prévio para
las anterior e posterior no topo da cabeça com a criança em uma posição
• Tempo: Há quanto tempo o doenças sexualmente transmissíveis, número de gestações, partos, abor-
problema/desconforto começau? sentada (se não houver suspeita de nenhum trauma).
tos, natimortos e nascidos vivos.
Já teve essa dor a11tes? Quando? • A fontanela posterior normalmente fecha aos 2 meses de idade. Na
• Pais/cuidador da criança: impressão deles sobre a condição da criança
Quanto i'empo durou? maioria dos lactentes, a fo nlanela anterior fecha enlre os 7 e 14 meses
• Identificar o cuidador principal do paciente.
de idade (Fig. 2-11 ).

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Avaliação do Paciente 51
. . . . . . . . .llD!li. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .lllOI>:~-----------==-~-:.;.--. 52 Avaliação do Paci ente

Sutura frontal

Fontanela anterior

Sutura coronal

Sutura sagital

Osso parietal
Figura 2- 12 Si'lngue na câmara anterior do olho (hifema}.

Sutura lambdoide
Fontanela posterior

Osso
A occipital

Figura 2-11 A, Localização de suturas e fontanelas. B, Palpação da fonlanela anl-erior.

• Um abaulamento da fontanela anterior pode ser devido a choro, tos-


Figura 2- n Olhos de guaxinim (equimose periorbital).
se, vômitos ou aumento da pressão intracraniana (PIC), devido a um
trauma craniano, meningite ou hidrocefalia. Urna fontanela anterior
deprimida é observada em lactentes desidratados ou desnutridos.
Para Ctvaliar rapidamente os nervos • Orelhas.
crCtnianos em uma criança que • Verifique se há DCAP-BLS, equimose retroauri cular (sinal de Battle), san-
• Nariz.
consegue obedecer comandos, peça gue ou líquido claro.
à criança para fechar os olhos, abrir • Verifique se há DCAP-BLS, sangue ou líquido do nariz, pelos nasais cha
• Palpe para avaliar sensibilidade ou dor.
bem os olhos, acompanhar um dedo rnuscados, batimento de asa nasal.
com os olhos, abrir a boca e colocar • Face.
• Palpe os ossos n<1snis.
a língua para fora. • Verifique se há DCAP- BLS, pelos faciais chamuscados e simetria da ex-
• Boca/garganta/faringe.
pressão facial.
• Verifique se há OCAP-BLS, sangue, dentes ausentes ou quebrados, con
• Palpe as bordas orbitais, arco zigomático, maxila e mandíbula para detec-
teúdo gástrico, objetos estranhos (p. ex., denles sollos, balas, chicletes,
ção de DCAP- BLS-TIC, comprometimento neurovascular, espasmo mus-
pequenos brinquedos); língua ferida ou inchada; cor da mucosa oral;
cular, rnovirnenlo involunlário, ou comprometimento motor.
observe presença e caráter dos líquidos; vômitos; observe cor, quantida-
• Olhos.
de e consistência do escarro.
• Verifique se há DCAP- BLS, corpo estranho, sangue na câmara anterior
• Ausculte para detecção de rouquidão, dificuldade de falnr.
do olho (hifema) (Fig. 2- 12), presença de óculos ou lentes de contato,
• Observe odores incomuns (p. ex., álcool, fezes, acetona, amêndoas).
equimose periorbital (olhos de guaxinim) (Fig. 2-13), cor da esclera e con-
Pescoço.
juntiva, edema periorbital, pupilas (tamanho, forma, simetria, reatividade
• Verifique se há OC!\P-BLS, inspecione veias do pescoço (plnnas ou disten-
à luz) e movimento dos olhos (olhar desconjugado, função dos músculos
didas), uso de musculatura acessória, presença de um estorna e presença
oculares).
de um dispositivo de identificação médica. É difícil avaliar veias do pescoço
• Determine escore da Escala de Coma Pediátrica ou da EG.
distendidas em lactentes e crianças pequenas.

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Avaliação do Paciente 53

• Palpe para detecção de DCAP- BLS-TIC, enfisema subcutâneo e da posi-


Pelve e Genitâlia
ção traquea l.
• Verifique se há DCAP-BLS. DICA
Tórax
• Secreção ou drenagem a partir do meato.
• Inspecione: Lra balho respiratório (Fig. 2-14), simetria de movimenlo, uso Se presentes, os seguintes sinais
• Priapismo (lesão medular, doença falciforme).
de msculatura acessória, tiragens, observe ritmos respiralórios anormais, podem ajudar a identificar a
• Sangramento ou edema escrolal.
DCAP- BLS, d ispositivos de acesso vascular. natureza e a localização das
• Palpe para detecção de DCAP-BLS-TIC. lesões internas:
• Ausculte.
• Para avaliar a integridade da pelve: • Sinal de Kehr: Jor no
• A simetria do murmúrio vesicula r.
• Em primeiro lugar, palpe suavemente para detecção de ponto de sen- quadrante superior esquerdo
• Ruídos advenlícios (p. ex., crepilaçôes, sibilos).
sibilidade. com irradiação para o
• Sons card íacos para ava liação de frequência, ritmo, sopros, ruídos, ombro esquerdo sugere
• Em seguida, coloque as mãos em cada crista ilíaca e pressione sua-
galo pes, atrito, bulhas cardíacas ;itmfodas. lesão do baço ou do fígado
vemente para dentro. Se dor, crepitação ou instabilidade for desenca-
• Pa lpe para detecção de DCAP- BLS-TIC, avaliação da se nsibilidade da pa- (a dor ocorre por causa do
deada, suspeite de fratura do anel pélvico. Não é necessária avaliação sangue ou da bileque irrita o
rede torácica, simetria da expansibilidade torc.icica1 enfisema subcutâneo.
mais aprofundada se essa avaliação revelar resultados positivos. diafragma)
Abdome
Se esta avaliação for negativa, simultaneamente empurre para baixo • Sinal de Cullen: coloração
• Verifi q ue se há DCAP- BLS, d istensão, cicatrizes de incisões cirúrg ica s ou
ambas as cristas ilíacas. Em seguida, coloque uma mão no osso púbi- awlada em volto do umbigo,
lesões penetrantes, sondas para a limentação, uso de músculos abdo mi-
co (sobre a sínfise púbica) e aplique uma leve pressão. que pode indicar hemorragia
nais durante a res piração, s inais de lesão, descoloração. intra-abdominal ou
• Avalie a força e a qualidade dos pulsos femorais.
• Ausculte para determinar a presença ou a usência de sons intestinais cm retroperitoneal
• No hospital, avalie o tônus do esfíncter anal.
lodos os quadrantes. • Sinal de Grey-Turner:
txtremidades hematoma nos !lanc.os, que
• Palpe todos os quatro quad ra nles para detecção de DCAP- BLS, sinais de
Em uma criança alerta, comece a sua avaliação pelas extremidades examinando pode indicar hemorragia intra-
defesa ou distensão, rigidez, massas.
as extremidades inferiores em primeiro lugar. Se houver algum trauma em urna - abdominal, frequentemente
extremidade , certifique-se de avaliar os pulsos distais e a integridade neuro· de origem esplênica

vascular distal à lesão. Compare uma extremidade lesionada com uma não
lesionada e documente seus achados.
• Verifique se há DCAP-BLS, dispositivos de acesso vascular, púrpura, peté-
quias (Figs. 2-15 e 2- 16), presença de anomalias congênitas (p. ex., baquete-
;irnento dos dedos das mãos, pé Lorto), posição anormal da extremidade e
pulseira de idenlificação médica.
• Palpe para detecção de DCAP- BLS·TIC
• Avalie a temperatura da pele, umidade e preenchimento capilar em cada
extremidade.
• Avalie a força e a qualidade dos pulsos, função motora e sensibilidade
(PMS) em cada extremidade.
• Se a criança estiver alerta, avalie a sensibilidade tocando levemente a
extremidade e perguntando: 'Você sente eu esfregar sua pele? Onde?"
• Avalie a função motora de um membro superior em um paciente a ler--
ta instruindo a criança: "Aperte meus dedos na sua mão.'' Para avaliar
a função motora de um membro inferior, instrua a criança : "Empurre
meus dedos da mão para baixo com seus dedos dos pés."
Se houver suspeita de trauma,
Parte Posterior do Corpo
certifique-se de que uma
• Verifique se há DCAP-BLS, púrpura, peléquia\ erupções cutâneas e edema. estabilização alinhada manual
Figura 2-14 Inspecione o Ló rax e avalie traba lho respira tório, simetria do movi-
men to, uso de musculatura acessória e presença de tiragens. • Ausculte o tórax posterior. da cabeça e da coluna é mantida
• Palpe o tronco posterior para detecção de DCAP-BLS. durante o exame.

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Avaliação do Paciente 55 -=~__,_______________________________________________
-------------------------------~.--Em11=---- 56 Ava liação do Paciente

Púrpuras - manchas
não clareáveis Componentes de Reavaliação
roxo-avermelhadas • Reavalie a permeabilidade da via aérea e a saturação de oxigênio.
maio res que 0,5 cm
de diâmetro. Causa: • Reavalie a eficácia da respiração:
defeitos • Reavalie a expansibilidade torárica.
intravasculares,
infecção. • Frequência respiratória.
• Profundidade/ simetria do movimento respiratório.
• Rilrno da respiração.
• Sinais de aumento do lrabalho respiratório (esíorço respiratório).
• Sons respiratórios.
• Reavalie frequência de pulso e qualidade, estado de perfusão, ritmo cardíaco:
Figura 2-15 Púrpuras são mandli:ls não darecíveis roxo-avermelhadas na pele
• Procure alterações na cor da pele e nas membranas mucosas.
maiores que 0,5 cm de diâmelro. A púrpura é produzida por pe-
quenos vasos em s;.mgramento próximos da superfície da pele.
• Toque a pele para a detecção de mudanças na temperatura e na umidade.
• Reavalie o preenchimento capilar em recém-nascidos e crianças com me-

Petéquias - manchas ~..-i--...,.__,_


nos de 6 anos de idade.
não branqueáveis • Reavalie o nível de consciência e o grau de atividade.
roxo-avermelhadas ~.:_._ -~ • Reavalie e documente os sinais vit ais.
menores que 0,5 cm ~~:t~,~
~=F~l~~etro. Causa: ·,~:-:·><r:,:::~'.n:~~%<.;f;;,;r)~~~~~-·.:. • Reavalie as intervenções de cuidados de emergência:

intravasculares,
• Certifique-se de que há equipamento para aspiração prontamente disponível.
infecção. • Se uma COF ou CNFfoi colocada, verifique se está posiàonada correlamentE'-
• Se o paciente está sendo ventilado com bolsa-válvula-máscara:
• Verifique se o dispositivo está ligado ao oxigênio em 10 a 15 L/min.
• Reavalie a eficácia da ventilação:
• Certifique-se da expansibilidade adequada do tórax.
• Certifique- se da vedação adequada da face à máscara.
Figura 2- 16 Petéquias são manchas não branqueáveis roxo- avermelhadas na
• Avalie a complacência pulmonar (resistência à venlilação):
pele menores que 0,5 cm de d iâmetro.
• Aumento da resistência sugere obslrução da viil aérea.
• Se o oxigênio está sendo ofertado por máscara não reinalante:
• Verifique se a máscara está ligada ao oxigênio em 10 a 15 L/min.
• Verifique se a bolsa do reservatório não ficou murcha e permanece
Reavaliação Propósito
inílada.
• Reavalie a condição do paciente.
• Verifique se a válvula de inalação não está obstruída.
• Avalie a eficácia das intervenções de cuidados de emergência prestados.
• Se o oxigênio está sendo ofertado por cânula nasa l:
• Identifique eventuais lesões o u condições não atendidas.
• Verifique se o fluxo c.Je oxigênio está fixado em não mais c.Jo que 6 L/min.
• Observe as mudanças sutis o u tendências na condição do paciente.
• Verifique se os prongs estão devidamente colocados no nariz do paciente.
• Altere as intervenções de cuidados de emergência, se necessário.
• Verifique se as lesões abertas no tórax foram devidamente seladas
/\ reavaliação deve ser:
com um curativo oclusivo.
• Realizada em TOlJOS os paciente.
• Verifique se o sangramento está controlado. Avalie e documente o
• Realizada após certificar-se da condusiio das intervençües fundamentais_
tipo e a quantidade de drenagem pelos curativos.
• Realizada após o exame físico detalhado, se ele foi realizado. (Em algumas
• Se íluidos por via intravenosa (IV) forem administrados, avalie o ;ices-
situações, a condição do paciente pode impedir a realização de um exame
so IV quanto à permeabilidade. Documente o tipo e a quantidade de
físico detalhado.)
íluido administrado.
• Repelida e registrada a cada 5 minutos para um paciente instável.
• Se a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) for realizada, assegure- se de
• Repetida e registrada a cada 15 minutos para um paciente estável.
que pulsos são produzidos com compressões torácicas.

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Avaliação do Paciente
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _....._ _iraB_ _~......----========-.:-~-- 57

,, Certifique-se de que o paciente com traumatismo da coluna cervical


Uma condição de emergência é aquela que requer atenção médica em um pe- Emergência (Alto Risco)
está devidamente imobilizado.
" Certifique-se de que as extremidades lesio nadas estão efetivamente
ríodo de rn minutos e a lta utilização de recursos. O paciente apresenta-se com
funções vitais ameaçadas com uma potencial ameaça à vida ou a um membro.
imobilizadas.
Maior prioridade é dada às condições que incluem os seguintes:
• Certifique-se de que as feridas abertas estão devidamente cobertas e
• Nível de consciência alterado.
com curativos adeq uados.
• Sinais vitais instáveis.
• Trauma craniano com vômitos.
Triagem Pediátrica no Setor de Emergência • Dor ou sofrimento intenso.
------
....... • Febre com sinais de desidratação grave.
Metas da Triagem • Identificar rapidamente os pacientes com condições de risco de morte. • Desconforto respiratório moderado a grave.
• Determinar o local de lralamenlo mais adequado para os pacientes q ue se • Lesão de exlrernidade com comprometirnenl:o neurovascular.
apresentam às UE. • Febre com sia lorreia excessiva ou dificuldade de deglutição.
• Otimizar o uso dos recursos. • Febre cm um lactente com menos de 3 meses de idade (e sem vacinação
• Diminuir o congestionamento nas áreas de tratamento de emergência. recente).
• Fornecer uma avaliação co ntínua dos pacientes.
• Fornecer informações aos pacientes e familiares cm relação aos serviços, Uma condição urgente é aquela que requer trat.ament.o imediato em um perí- Urgente (Risco Moderado)
cuidado esperado e tempos de espera.
odo de 30 a 60 minutos. O paciente apresenta funções vitais estáveis que não
são suscetíveis de ameaçar a vida e requerem a utilização de recursos médios.
Diretrizes de Triagem A entrevista da triagem é realizada para reunir informações suficientes para
O paciente deve ser reavaliado periodicamente (geralmente a cada 20 a 30 mi-
fazer um julgamento clínico sobre a prioridade de atendimento do paciente.
nutos) para se assegurar que não haja deterio ração da sua condição.
Uma triagem eficaz requer o uso de visão, audição, olfato e tato.
• Queda de lactente de mais de 61 cm.
A capacidade de selecionar os pacientes de maneira eficaz e precisa baseia-se
nos seguintes: • Objelo estranho ingerido maior do que uma moeda de 5 centavos.

• TAP. • Desidratação leve a moderada.


• Achados do exame físico. • Desconforto respiratória leve a moderado.
• Histórico clínico do paciente. • Dor no peito não específica.
• Uso adequado de diretrizes e protocolos de triagem. • Reaç:ão alérgica com urticária ao longo de mais de 50% do corpo.
• Conhecimento prático adquirido através de experiência e treinamento. • Dor abdominal com suspeita de abuso.
Um sistema de classificação de triagem em cinco níveis com base na apresen- • Dor moderada.
tação do paciente e utilização esperada de recursos demonstrou confiabilidade • Trauma ocular não penetrante.
e é revisto aqui.
Uma condição serniurgente é aquela que pode seguramente esperar 1 a 2 ho- Semiurgente (Baixo Risco)
Ressuscitação (Crítica) /\ condição de ressuscitação é aquela que requer atenção médica imediata e ras para ser avaliada sem risco de mo rbidade ou mortalidade. O paciente apre-
utilização máxima dos recursos. O paciente apresenta-se com funções vitais
senta- se com funções vitais estáveis e tem uma baixa necessidade de utilizaçJo
instáveis com uma alta probabilidade de morte se uma intervenção imediata
de recursos. A doença ou trauma do paciente tem uma baixa probabilidade de
não for iniciada para evitar o agravamento da instabilidade da via aérea, res-
progressão para doença mais g rave ou de desenvolvimento de complicações.
piratória, hemodinâmica e/ou neurológica; um atraso seria prejudicial para o
O paciente com urna condição serniurgente deve ser reavaliado periodicamente
paciente. É dada maior prioridade às condições q ue incluem os seguintes:
(normalmente a cada 30 a 60 minutos) para garantir que não haja deterioração
• Apneia ou insuficiência respiratória grave.
da sua condição.
• Palidez, sudorese e vertigens ou fraqueza.
• Laceração simples.
• Cianose central.
• Paciente inconsciente. • Histórico da convulsão (agora acordado e a lerla).
• Ausência de pulso. • Febre em uma criança de 3 meses a 3 anos de idade.
• Convulsão ativa. • Traumatismo craniano sem sintomas.

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Avaliação do Paciente 59
60 Avaliação do Paciente

Não Urgente (Baixo Risco) Uma condição não urgente é aquela que pode seguramente esperar 2 horas
ou mais para ser avaliada sem o risco de morbidade ou mortalidade; o paciente
Questões sobre o Capítulo
apresenta funções vitais estáveis e não requer a utilização de recursos. A doença
ou trauma do paciente tem uma baixa probabilidade de progressão para doença
1. O Triângulo de Avaliação Pediátrica (TAP):
mais grave ou de desenvolvimento de complicações. O paciente com uma con-
/\) É usado para determinar rapidamente se uma criança está ''doente" ou "não doente.''
dição não urgente deve ser reavaliado periodicamente (em geral a cada 60 a 120
B) É uma avaliação prática de um lactente ou criança.
minutos) para garantir que não haja deterioração da sua condição.
q É realizada de maneira sistemática a partir da cabeça até os pés, e requer o uso de um estetoscópio e de
• Infecção da via aérea superior (IVAS).
manguito de medição de pressão.
• Febre em uma criança com mais de 36 meses.
D) Deve ser repetido a cada 15 a 30 minutos se a criança parecer muito doente.
• lmpetigo.
• Conjuntivite.
2. Liste os componentes do Triângulo de Avaliação Pediátrica.
• Lesões de tecidos moles isoladas.
• Assaduras por uso de fraldas.
3. TICLS é um mnemônico usado para lembrar as áreas a serem avaliadas em relação à aparência de uma criança.
• Resfriado ou gripe.
Explique o significado de cada uma das letras deste mnemônico.
• Desconforto no ouvido.
T=
• Dor de garganta.
I=
• Gastroenterite leve.
C-
• Afta.
L=
s-
/\s questões 4-8 referem-se à seguinte situação do paciente:

Com base nas informações fornecidas, esta criança está ;'não doente" (ou seja, estável). Prossiga de maneira
Uma criança de 2 anos de idade apresenta-se com falla de ar. A mãe afirma que seu fil ho tem um histórico de 3 dias
sistemática. Realize uma avaliação inicial (ou seja, avaliação primária), uma avaliação secundária (incluindo sinais
de tosse e coriza. A criança está segurando um cobertor e observando atentamente seus movimentos enquanto está
vitais, história direcionada e exame físico detalhado) e uma reavaliação.
sendo carregada pelos braços da mãe. Sua frequêncii"i respiratória parece estar denlro dos limites normais para a sua
Se a criança parecesse "doente" (instável), você deveria proceder imediatamente com uma rápida avaliação da
idade sem evidências de aumento do esforço respiratório. A expansão torácica parece simétrica, e sua pele é rosea.
via aérea, da respiração e da circulação. Se um proble ma fosse identificado, você deveria realizar as intervenções
necessárias C'Trate assim que encontrarJl
4. A partir das informações fornecidas, complete a seguinte document;ição relativa ao Triângu lo de Avaliação
Pediátrica:
Aparência:
Referência Respiração:
Circulação:
l. Walsh C, MacMillan HI, Jamieson E. The relationship between parental substance abuse and child maltreatment:
findings from the Ontario Health Supplcmcnt. Child l lbuse Negl 2003;27:1409- 1425.
5. Com base nas infonm1ções fornecidas, esta criança está "doente'' ou "não doente"? Como você deve proceder?

6. Para ganhar a cooperação da criança, você deve:


A) Apresenlar-se e tentar segurá-la.
B) Sentar-se e escutar alentamente enquanto fala com a mãe da criança.
q Retirar a roupa da criança e inspecionar a via aérea com uma lanterna.
D) Separar a mãe e a criança e realizar uma avaliação inicial.

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Avaliação do Paciente 61 __.._. ____________________________________________
62 Ava liação do Paciente
--------------------------=====----------------
7. Liste os componentes da avétli<tç:ão primária.
3. TICLS é um mnemônico usado para lembrar as áreas a serem avaliadas em relação ao aspecto da criança. TICLS
significa:
8. A frequência respiratória normal para uma críança desta idade é _ __ ___. A frequência cardíaca normal
Tônus (tônus muscular)
para uma criança desta idade é _ _ __
Interatividade/nível de consciência (p. ex., nível de responsividade, interação com os pais/responsáveis, e resposta
a você ou a outros profissionais de saúde)
9. Verdadeiro ou Falso: A respiração em uma criança com menos de 8 anos é principalmente abdominal.
Consolação
Olhar (do inglês look)
10. Selecione a declaração inw1Tetu sobre a avaliação da pressão arterial:
Fala ou choro (do inglês speech)
A) O uso de um manguito de pressão arterial muito grande irá resultar em uma leitura falsamente baixa.
B) i\ pressão arterial é um dos indicadores menos sensíveis da circulação adequada em crianças.
4. Achados (impressão inicial) do Triângulo de Avaliação Pediálrica:
C) A pressão arterial deve ser medida apenas após a avaliação do pulso e da respiração.
Aparência: Acordado e alerta observando atentamente o profíssional de saúde
D) Para garantir umél élVélliação precisa do paciente, é essencial que se obtenhétm medições de pressão arterial em
Respiração: Frequência respiratória dentro dos limites normais para a idade, não há evidência de aumento do
série em crianças menores de 3 anos.
esforço respiratório, expansibilidadadc torácica simétrica
Circulação: A pele está rósea
n Uma criança de 7 meses de idade tem um históríco de 2 dias de má alimentação. Qual dos seguintes deve ser
usado para avaliar um pulso central neste lactente?
5. Com base nas informações fornecitfas, este paciente está knão doente" (ou seja, estável). Prossiga de maneira
A) Pulso carotídeo
sistemática. Realize uma avaliação inicial (ou seja, avaliação primária), avaliação secundária (incluindo os sinais
B) Pulso femoral
vitais, história direcionada e exame físico detalhado) e reavaliação. Se a criança parecesse "doente" (instável), você
C) Pulso radiétl
teria de prosseguir de imediato com uma rápida avaliação da via aérea, respirac)ío e circulação. Se um problema
D) Pulso braquial
fosse identificado, você iria realizar as intervenções necessárias ("Tratar assim que encontrar11.

12. A fórmula usada para aproximar o limite inferior dét pressão arterial sistólica em crianças de 1 a 10 anos de idade é:
6. B. Para obter a cooperação da criança, sente-se e ouça atentamente enquanto conversa com a mãe da criança.
A) 70 + (2 x idade em anos)
Crianç.as entre l e 3 anos não confiam em estranhos, são suscetíveis a resistir ao exame e tratamento, e não
B) Idade cm anos x 2,2
gostam de ter suas roupas removidas. Elas temem a dor, separação de seu cuidador, e a separação de objetos de
C) 16 +idade em anos/4
transição (p. ex., cobertor, brinquedo). Aproxime-se da criança lentamente e fal e com ela na altura de seus olhos
D) 2 x 90/idade em anos
usando palavras e frases simples e um lorn de voz tranquili7.ador. A criança vai entender seu to m, mesmo que não
enlenda suas palavras.
Res ostas das Questões sobre o Capítulo --~~~~~~--..-J
7. A avaliação primária é realizada para determinar se existem condições de ameaça à vida e consiste em ABCDE:
l A O TAP é utilizado para: 1) estabelecer él gravidade da doença ou trauma da criança (doente ou não doente), 2) Via aérea, nível de respost;r e proteção da coluna cervical
identificar a categoria geral de anormalidade fisiológica (p. ex., cardiopulrnonar, neurológica etc.) e 3) determinar Respiração
a urgência de uma maior avaliação e intervenção. Como aproximar-se de uma criança doente ou ferida pode Circulação
aumenlar sua agitação, possivelmente agravando a condic.;ão da crianc.;a, o TAP é uma avaliação do "outro lado da Disrunção/lncapacidacJe (nípido exame neurológico)
sala" que é feita antes de se aproximar ou tocar na criança e, geralmente, pode ser concluído em 60 segundos ou e Exposição/Ambiente
menos. Nenhum equipamento é necessário.
8. Uma frequência respiratória normal para uma criança (1 a 3 anos de idade) é de 24 a 40 incursões/minuto. Uma
2. Os componentes do Triângulo Avaliação Pediátrica são: frequência cardíaca normal para urna criança desta idade é de 90 a 150 balimentos/minuto.
l) Aparência
2) Respiração 9. Verdadeiro. A respiração em lactentes e crianças com menos de 6 ou 7 anos é principalmente abdominal
3) Circulação. (diafragmática), porque os músculos intercostais da parede torácica não estão bem desenvolvidos e fadigam com
focilidade devido ao esforço da respiração. 1\ transição de respiração abdominal para a respiração intercostal
inicia-se entre 2 e 4 anos de idade e é completada aos 7 a 8 anos de idade.

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Avaliação do Paciente 63

10. D. O uso de um manguito de pressão arterial demasiadamente grande irá resultar em uma leitura fa lsamente
baixa. A pressão arterial é um dos indicadores menos sensíveis da circulação adequada em crianças. A pressão
arterial deve ser medida apenas depois de avaliar pulso e respiração. J\!luitas vezes, as crianças ficam agitadas
durante este procedimento, o que aumenta suas írequências de pulso e respiratória. Avalie a pressão arterial em
crianças mais velhas que 3 anos. Em crianças menores de 3 anos, um pulso central forte é considerado um si nal
aceitável de pressão arterial adequada.

11. íl. A localização pi!ra a avaliação de pulso central varia de acordo com a idade da criança. No recém-nascido,
avalie a força e a qualidade do pulso central através de palpação da base do cordão umbilical entre o polegar e
o dedo indicador, ou ausculte o pulso apical. Em um !adente, avalie o pulso braquial. Avalie o pulso carotídeo
ou femoral em qualquer criança com mais de l ano.

12. /\. J\ fórmula usada para aproximar o limite inferior da pressão sanguínea sistólica em crianças de 1 a 10 anos
de idade é de 70 + (2 x idade em anos).

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