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Aula 09
1. Apresentação ................................................................................................................. 2
2. O Processo Administrativo de Multa Conceitos Iniciais ............................................... 3
2.1. Declaração da Infração por Agente de Trânsito ........................................................................ 4
2.2. Outros Meios de Declaração de Infração de Trânsito................................................................ 6
3. O Processo Administrativo de Multa propriamente Dito ................................................ 9
4. Os Recursos da Penalidade de Multa ........................................................................... 19
5. Questões...................................................................................................................... 26
5.1. Questões Adicionais Comentadas ............................................................................................ 26
5.2. Lista de Questões ..................................................................................................................... 37
960951
5.3. Gabarito ................................................................................................................................... 43
6. Considerações Finais .................................................................................................... 44
1. APRESENTAÇÃO
Antes de começar a estudar sobre o processo administrativo de multa, é importante que alguns
conceitos fundamentais sejam esclarecidos e definitivamente aprendidos. Tais conceitos são
muitas vezes confundidos por quase todos os usuários do trânsito e você, candidato a um concurso
na área, precisa tê-los bem esclarecidos em mente.
São os conceitos de autuar, notificar e multar:
Mas então precisamos saber: quem é esse alguém ou algo que tem a competência legal prevista
no CTB para autuar condutores no momento do cometimento de infrações de trânsito?
O Código de Trânsito nos responde! Em seu art. 280, § 2º, ele estabelece que as infrações de
trânsito deverão ser comprovadas por:
É exatamente o que nos diz também a Resolução Contran nº 619/16 em seu art. 3º, §1º! Essa
recentíssima Resolução estabelece e normatiza os procedimentos para a aplicação das multas por
infrações, a arrecadação, o repasse dos valores arrecadados, mas só deve ser estudada se for
expressamente cobrada no edital do seu concurso.
Sobre os meio de comprovação de infração acima mencionados, o CTB trata especificamente do
Agente de Trânsito, dando às Resoluções do CONTRAN o poder de regulamentá-los. Vamos nos
ater basicamente à letra do CTB nesse nosso estudo, ok?
A primeira coisa que precisamos saber quem é esse tal Agente de Trânsito. De acordo com o art.
280, §4º do CTB:
Pois bem, o Agente de Trânsito, ao presenciar qualquer infração, deve lavrar o Auto de Infração
em documento próprio descrevendo (declarando) o ocorrido. Esse ato tem natureza vinculada,
pois a infração a ser declarada deve estar devidamente tipificada na legislação de trânsito.
A figura a seguir, nos mostra os dados mínimos que devem constar no Auto de Infração:
Sempre que possível o condutor será identificado no momento da lavratura do auto de infração.
Acontece que muitas vezes o Agente de Trânsito não consegue fazer a autuação no exato
momento que ela acontece. São os casos, por exemplo, do condutor que segue viagem mesmo
quando o agente o autua solicitando que pare o veículo ou quando não há condutor próximo ao
veículo autuado.
Nesses casos, o Agente de Trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração,
informando os dados a respeito do veículo, além dos seguintes:
✓ Tipificação da infração;
✓ Local, data e hora do cometimento da infração;
✓ Caracteres da placa de identificação do veículo.
Bom, mas como vimos, há outros meios de declaração da infração de trânsito, não regulamentados
pelo CTB, mas sim por Resoluções do CONTRAN. Nos próximos tópicos, faremos um voo rasante
sobre as linhas mais gerais desses outros meios.
Resolução nº 396/11:
Regulamenta os sistemas metrológicos de velocidade com ou sem dispositivo registrador de
imagem.
Resolução nº 165/04:
Regulamenta os sistemas automáticos não metrológicos de fiscalização.
Os aparelhos com sistema metrológico de velocidade são os nossos famosos radares ou pardais!
Eles são classificados como fixos, estáticos, moveis e portáteis. Só a título de curiosidade, veja
como a Resolução nº 396/11 os conceitua:
Já os aparelhos com sistema NÃO METROLÓGICO de fiscalização, talvez à não tenha ligado o
nome à pessoa , mas eles são os velhos e famosos fotossensores presentes em semáforos!
Veja alguns exemplos:
São aparelhos que nada precisam medir para constatar uma infração, bastando uma foto numa
situação proibida! Como dissemos, é a Resolução CONTRAN nº 165/04 quem disciplina o uso
desses aparelhos.
Beleza?
Quanto à declaração de infração por equipamento audiovisual , o CONTRAN vem
regulamentando alguns desses dispositivos, a exemplo de sua Resolução nº 471/2013, que dispõe
sobre a utilização de sistemas de videomonitoramento para fiscalização de trânsito em estradas
e rodovias.
Em se tratando da declaração através de reações químicas, na aula passada, você estudou que,
dentre as medidas administrativas previstas no CTB, há a medida de realização de teste de
dosagem de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente ou que determine dependência
física ou psíquica.
Estes testes têm exatamente a função de medir o quanto essas reações químicas podem
influenciar o funcionamento regular de nosso organismo e alterar nosso comportamento na
condução de veículos. O CONTRAN, por meio da Resolução nº 432/13, apertou o cerco trazendo
regras mais rígidas para as margens de tolerância quanto à presença de álcool e de substâncias
psicoativas no organismo. Estudaremos em detalhes essas regras na próxima aula, pois essa
Resolução, independentemente de ser ou não cobrada em seu concurso, deve ser estudada por
quem sonha em ser um agente ativo do trânsito em nosso país.
Por enquanto, o que você precisa saber é que são vários os meios de detectar as reações químicas,
mas os principais são o exame de sangue e o exame por meio do etilômetro, vulgo bafômetro.
==ea9b7==
Se as margens de tolerância detectadas por esses meios forem ultrapassadas, será configurada a
infração de trânsito e, a depender de outras constatações, será também consumado o crime de
trânsito previsto no art. 306 do CTB.
Segura a ansiedade aí, que na próxima aula você entenderá direitinho toda a dinâmica das normas
que hoje representam a Tolerância Zero para a embriaguez ao volante em nosso país!
Por fim, temos ainda a previsão de declaração da infração por qualquer outro meio
tecnologicamente disponível. Sobre esse tal qualquer outro meio tecnologicamente disponível,
devo dizer quer o legislador deixou em aberto para que o CONTRAN regulamentasse uma série de
aparelhos capazes de constatar uma infração.
Com a evolução da problemática de nosso trânsito e com o avanço da tecnologia, pouco a pouco, o
Contran vem homologando equipamentos que possam auxiliar na comprovação de certas
infrações de trânsito. Como exemplo, trouxe-lhe dois desses equipamentos:
Certo?
Bom, encerramos a apresentação dos diversos meios aceitos pela nossa legislação de trânsito,
capazes de detectar e comprovar o cometimento de uma infração de trânsito. Todas as infrações
tipificadas no CTB preveem como a única ou uma das penalidades o pagamento de MULTA.
Com o estudado até aqui, podemos começar agora a conhecer os detalhes do Processo
Administrativo de Multa e conhecer como uma infração comprovada e devidamente autuada
à à à à à à à à à à à à
É preciso esclarecer, antes de tudo, que estudaremos aqui o processo administrativo relacionado à
penalidade de multa. Como já havia dito, esse tipo de processo vem regulamentado no Capítulo
XVIII do CTB e detalhado na Resolução Contran nº 619/16.
O processo para as penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação da habilitação,
por sua vez, vem disciplinado na Resolução Contran nº 182/05. Essas duas normas não têm sido
muito cobradas nos últimos certames, pois são mais afetas a cargos burocráticos e não a cargos
operacionais e de fiscalização. E é exatamente por isso que não serão objetos de nosso estudo.
Bom, voltando então ao processo administrativo de multa, olhando para letra do CTB, faremos
nosso estudo com base na análise de um exemplo fictício.
Vamos supor que determinada via da cidade de Fortaleza, Ceará, tinha velocidade máxima de 60
km/h. Essa via possuía radares do tipo FIXO (pardais) e está devidamente sinalizada. O condutor
Tício, no dia 11/06/09 trafegou por ela com o veículo de sua propriedade a uma velocidade de
68km/h, medida por um dos pardais. Conclusão: Tício trafegou acima da máxima permitida.
Cometeu uma infração de natureza média, tipificada no inciso I, art. 218 do CTB.
Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por
instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais
vias:
I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento):
Infração - média;
Penalidade - multa;
Para fins didáticos, façamos de conta que estamos no segundo semestre do mesmo ano da
infração, beleza?
Pois bem, o aparelho medidor de velocidade fez o registro da infração em sistema eletrônico de
processamento de dados e o Agente de Trânsito do órgão competente o referendou.
Eà à à à à à à à à MULTáà à àC ào
cometimento daquela infração, naquele dia, vai agora mexer no seu bolso em definitivo?!
O CTB estabelece que a Autoridade de Trânsito, na esfera de sua competência e dentro de sua
circunscrição, terá o prazo máximo de 30 dias para julgar a regularidade e a consistência do Auto
de Infração e aplicará a penalidade cabível. Para isso, a autoridade de trânsito poderá socorrer-se
de meios tecnológicos.
No caso de sua infração, o nosso exemplo, a Autoridade de Trânsito teria até o dia 10/07/09 para
julgar o respectivo Auto de Infração. Se assim não o fizesse, ou se considerasse o referido auto
inconsistente ou irregular, este seria arquivado e seu registro julgado insubsistente.
Vamos considerar que a autoridade trânsito obedeceu ao prazo regulamentar de 30 dias e não
considerou o auto de sua infração irregular nem inconsistente. O processo então continuou!
Após a verificação da regularidade e da consistência do Auto de Infração, a autoridade de trânsito
deveria expedir, no prazo máximo de 30 dias contados da data do cometimento da infração, a
Notificação de Autuação dirigida ao proprietário do veículo, na qual deveriam constar, no
mínimo, os mesmos dados informados no Auto de Infração.
No nosso caso, isso significa que a Autoridade de Trânsito teria até o dia 10/07/09 não só para
aprovar a regularidade e a consistência do Auto de Infração, como também para expedir a
Notificação de Autuação, beleza? Detalhe:
Lembre-se que notificar é avisar, informar. Assim, a Notificação de Autuação é um documento que
tem a finalidade de confirmar ao proprietário do veículo que alguém cometeu aquela infração
quando na condução do veículo de sua propriedade. No nosso exemplo, Tício é o proprietário e era
também quem conduzia o veículo quando do cometimento da infração! Eita, ferro!
Bom, não sendo assinado o Auto conforme conta no quadro acima, a Autoridade de Trânsito
expede então a Notificação de Autuação que deverá ser entregue por via postal ao domicílio do
proprietário.
Quando o CTB diz que esse prazo não deve ser inferior a 15 dias, ele dá discricionariedade ao
órgão para determinar o tempo máximo que você terá para promover a sua Defesa Prévia e/ou
identificar o condutor infrator (se não tiver sido você).
O fato é que devem constar na Notificação de Atuação, além de outros dados, a data de expedição
dos Correios e o prazo máximo para sua defesa. A figura abaixo traz a Notificação de Autuação
referente à infração de nossa historinha de hoje, expedida pelo órgão fiscalizador de Fortaleza:
Observe que no lado direito temos a Notificação de Autuação propriamente dita. No lado
esquerdo, ampliei os campos nela constantes para que você constate que ela obedeceu todo o
regramento que estudamos até agora.
Dentro dos campos mostrados, faltam apenas as datas de envio e o prazo máximo para a Defesa
Prévia. Não seja por isso! A figura a seguir mostra o que vem impresso no verso desse documento:
Pronto! Agora você pode constatar que a AMC, o órgão fiscalizador de trânsito da cidade de
Fortaleza, obedeceu direitinho aos prazos legalmente estabelecidos para o caso de Tício.
Observe que a infração foi no dia 11/06/09, a Autoridade de Trânsito expediu a Notificação de
Autuação antes dos 30 dias, a enviou para os Correios, que a postou no dia 06/07/09. A partir daí,
começa o prazo para Defesa da Atuação (ou Defesa Prévia, como queira).
E qual o prazo final dado pela Notificação? Dia 03/08/09. Bem mais do que os 15 dias mínimos, a
contar da data da postagem, exigidos pelo CTB! O órgão esticou um pouco mais esse prazo
justamente para que desse tempo da carta chegar à residência de Tício e de ele tomar as
providências.
Voltando mais uma vez ao nosso caso concreto, caso Tício tivesse interposto a Defesa de
Autuação, caberia à autoridade de trânsito apreciá-la. Se a autoridade de trânsito tivesse acolhido
a Defesa da Autuação, o Auto de Infração seria cancelado, seu registro arquivado, e a
Autoridade de Trânsito comunicaria o fato ao proprietário do veículo (Tício, no nosso exemplo).
Por outro lado, Tício optou por não fazer a Defesa da Autuação nem identificar outro condutor.
Logo, ficou subtendido para o órgão fiscalizador que ele, o proprietário do veículo, acatou a
infração de trânsito. Assim, o órgão aguardou o decurso do prazo para a Defesa e oficializou a
multa, expedindo então outra notificação: a Notificação de Penalidade.
Em caso do não acolhimento de sua Defesa da Autuação ou de seu não exercício no prazo previsto,
O CTB estabelece que a autoridade de trânsito aplicará a penalidade, expedindo a Notificação da
Penalidade, da qual deverão constar também, no mínimo, os dados definidos no Auto de Infração
e a comunicação do não acolhimento da defesa, quando for o caso.
E aí você me pergunta: o que é essa tal de Notificação de Penalidade? O que ela de fato difere da
Notificação de Autuação?
Você já sabe que se é uma NOTIFICAÇÃO, então é mais um aviso, um informe. Só que agora temos
um aviso de que o proprietário foi definitivamente multado.
Aplicada a penalidade, será expedida a Notificação de Penalidade de Multa e enviada ao
proprietário do veículo, responsável pelo seu pagamento, por remessa postal ou por qualquer
outro meio tecnológico hábil, que assegure a ciência da imposição da penalidade. A notificação de
penalidade será considerada válida para todos os seus efeitos mesmo que seja devolvida por
desatualização do endereço.
Perceba que as pessoas confundem muito quando dizem que foram multadas por um Agente de
Trânsito. Você agora já sabe:
Mas atenção! A regra a acima foi flexibilizada por meio de mudança promovida no CTB pela Lei nº
13.281/2016?
Pois é, mas é preciso entender bem essa mudança e ela é a seguinte:
Deixa eu te esclarecer!
O desconto de 40% no valor da multa não é para todo infrator, pois só acontecerá se obedecidas
algumas condições, que são as seguintes:
1. É preciso que o órgão que aplicou a penalidade tenha disponível o sistema de notificação
eletrônica, ou seja, um sistema que envie as notificações não somente por via postal, mas
por SMS, e-mail, ou coisa do tipo (já regulamentado pela Resolução nº 622/2016 do
CONTRAN);
2. Com esse sistema de notificação eletrônica, o SNE, o infrator ainda terá que optar por
não apresentar a Defesa Prévia nem recurso, o que significará o reconhecimento do
cometimento da infração;
3. Para ter o desconto, a multa tem que ser paga até a data de vencimento.
E aí, anota mais essa novidade do CTB, que será muito boa de prova:
Bom, não sendo esse o caso, o recurso contra a Notificação de Penalidade é mais uma
oportunidade para que seja exercida sua ampla defesa no processo administrativo de multa.
Através desse instituto de defesa, o proprietário tem a chance de defender-se e buscar cancelar a
multa aplicada.
Esse recurso é completamente diferente da Defesa Prévia que estudamos anteriormente. Na
Defesa Prévia você contesta o Auto de Infração; no recurso contra multa, você questiona a multa
imposta pela autoridade de trânsito.
Professor, mas como então podemos exercer esse direito e a quem recorrer?
Bom, depende da natureza da infração e da circunscrição do órgão executivo que o autuou e
aplicou a penalidade! No próximo tópico, daremos essas respostas.
Comentário:
Caro aluno, expedida a Notificação de Penalidade, esta deverá ser enviada ao proprietário do
veículo, responsável pelo seu pagamento. Disso você já sabe!
Agora, é preciso lembrar que na Notificação de Penalidade deverá constar a data do término
do prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela infração, que não será inferior
a 30 dias contados da data da dessa notificação.
G L D
No nosso caso concreto, Tício, ao receber a Notificação de Penalidade, não aceitou pagá-la porque
achou que ainda poderia dela recorrer. Mas como fazer e a quem recorrer?
O CTB nos diz que o recurso contra a penalidade imposta será interposto perante a autoridade que
a impôs, a qual o remeterá à JARI, que deverá julgá-lo em até 30 dias.
Vamos com calma!! É o seguinte: você deverá apresentar seu recurso ao mesmo órgão que lhe
aplicou a penalidade. Simples! A autoridade de trânsito, dentro dos 10 dias uteis subsequentes à
sua apresentação, deverá remetê-lo à JARI (Junta Administrativa de Recursos e Infrações) do
próprio órgão.
Pois bem, a partir da data que a autoridade envia à JARI, esta JARI então terá 30 dias decidir se
acata ou não seu recurso. Devo salientar que o recurso não terá efeito suspensivo, ou seja,
enquanto não for julgado todas as suas consequências são válidas.
Caso você apresente o recurso fora do prazo limite especificado na Notificação da Penalidade
(recurso intempestivo), a Autoridade de Trânsito não deixará de recebê-lo, mas assinalará o fato
no despacho de encaminhamento à JARI. Infelizmente, você terá menos pontos a seu favor no
intuito de lograr êxito no seu recurso. Se por motivo de força maior, o recurso não for julgado
dentro do prazo previsto (30 dias), a autoridade que impôs a penalidade, de ofício, ou por
solicitação do recorrente, poderá conceder-lhe efeito suspensivo.
➢ O recurso contra a imposição de multa poderá ser interposto no prazo legal, sem o
recolhimento do seu valor. O proprietário não precisa pagar a multa para
poder dela recorrer!
Então te pergunto: e se você não lograr êxito nesse recurso de 1ª instância, ou seja, se a JARI não
acatá-lo? Suas chances de recorrer contra a multa param por aí?
De jeito nenhum! De acordo com o CTB você terá mais uma chance de recorrer em vias
administrativas, mesmo quando seu recurso for negado em 1ª instância. Vamos ver como se dá
essa outra chance.
Antes disso, uma informação importantíssima:
➢ Para entrar com recurso em 2ª instância, você também não precisará pagar
previamente a multa.
➔ Caso nº 01
Se a penalidade for imposta por órgão ou entidade de trânsito estadual, municipal ou do Distrito
Federal, o recurso em 2ª instância será apreciado no prazo de 30 dias pelo:
Para sua melhor visualização de como funciona esse processo recursal em 2ª instância:
➔ Caso nº 02
Se a penalidade for imposta pelo órgão ou entidade de trânsito da União o recurso em 2ª instância
será apreciado no prazo de 30 dias pelo:
Para que você entenda melhor esse caso, se um condutor cometeu qualquer infração em uma
rodovia federal e esta infração tem natureza leve, média OU grave, caso perca o recurso em 1ª
instância, poderá recorrer (em 2ª instância) à mesma JARI que indeferiu seu pedido em 1ª.
Agora, se a infração cometida pedir como penalidade suspensão do direito de dirigir por mais de
06 meses e infrações gravíssimas, então seu recurso em 2ª instância deverá ser impetrado ao
Contran. Não esqueça!!
Esgotados os recursos nas formas previstas acima, o CTB determina estar encerrada a instância
administrativa de julgamento de infrações e penalidades. A partir daí, as penalidades aplicadas
serão cadastradas no RENACH (Registro Nacional de condutores Habilitados).
E agora, atenção, muita atenção!!
N à à à à à à à à áà C à à à à uma vez
declarada a ilegalidade do procedimento de aplicação da penalidade, devem ser devolvidos os
valores pagos, relativamente aos autos de infração emitidos em desacordo com a legislação de
O entendimento da corte tem como base legal o artigo 286, parágrafo 2º, do Código de Trânsito
Brasileiro (Lei 9.503/97): "se o infrator recolher o valor da multa e apresentar recurso, se julgada
improcedente a penalidade, ser-lhe-á devolvida a importância paga, atualizada em UFIR (Unidade
Fiscal de Referência) ou por índice legal de correção dos débitos fiscais".
E tem mais! De acordo com o §3º do art. 284:
➢ Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser aplicada qualquer restrição,
inclusive para fins de licenciamento e transferência, enquanto não for encerrada a
instância administrativa de julgamento de infrações e penalidades.
Pronto, é isso!
Beleza? Continuando!
Se a infração for cometida em localidade diversa daquela do licenciamento do veículo, o recurso
poderá ser apresentado junto ao órgão ou entidade de trânsito da residência ou domicílio do
infrator. A autoridade de trânsito que receber o recurso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade
que impôs a penalidade, acompanhado das cópias dos prontuários necessários ao julgamento.
Esgotados os recursos, as penalidades aplicadas nos termos deste Código serão cadastradas no
RENACH.
E para finalizar o nosso estudo, vamos à resolução das questões trazidas para essa aula!
Aos trabalhos!
5. QUESTÕES
Item E - Outra pegadinha comum em provas é a troca do percentual do valor da multa a ser pago
para quem que tem o desejo de quitá-la ante da data do vencimento! Lembre-se: se o proprietário
quiser pagar multa de trânsito antes da data de seu vencimento, o CTB dá a ele o direito de pagar
apenas 80% do valor dessa multa. (Errado)
Gabarito: L D
Item A Corretíssimo e já é a nossa resposta! A essa altura do campeonato nem precisaria mais eu
revisar. Mas vou sim! Ao pagar uma multa de trânsito antes da data de seu vencimento, o
proprietário do veículo tem o direito de pagar apenas 80% do valor dessa multa. Isso significa dizer
que o pagamento da infração terá desconto de 20% até o dia do vencimento da notificação.
(Certo)
Item B Errado! CIRETRAN para julgamento de recursos de infrações? De jeito nenhum! Essa
competência em 1ª instância é das JARI e em 2ª instância vai depender do local e do tipo de
infração.
Só a título de curiosidade, a Circunscrição Regional de Trânsito (CIRETRAN) são órgãos dos
DETRANs nos municípios do interior dos estados e têm a responsabilidade de exigir e impor a
obediência e o devido cumprimento da legislação de trânsito no âmbito de sua jurisdição. Nada a
ver com julgamento de recursos de infrações! (Errado)
Item C Outro item que viajou legal! Não é competência do DETRAN o julgamento dos recursos de
infrações. De novo: essa competência em 1ª instância é das JARI e em 2ª instância vai depender do
local e do tipo de infração.
Item D Erra po à à à à à à à à á
Gabarito: L A
(A) 10 dias.
(B) 15 dias.
(C) 20 dias.
(D) 25 dias.
(E) 30 dias.
Comentário:
Vamos revisar: o CTB, em seu art. 285, caput, nos diz que o recurso contra a penalidade imposta
será interposto perante a autoridade que a impôs, a qual o remeterá à JARI, que deverá julgá-lo
em até 30 dias. E em quanto tempo ele deve remeter o recurso à JARI?
A autoridade de trânsito, dentro dos 10 dias uteis subsequentes à sua apresentação, deverá
remetê-lo à JARI (Junta Administrativa de Recursos e Infrações) do próprio órgão.
Atenção: esse é o único prazo de 10 dias do CTB! E ainda é contado em dias úteis!
A questão deveria ter citado os prazos em dias úteis, mas não o fez e, com isso, correu riscos de
recursos. De qualquer forma, ela não modificou o gabarito, dando como certo o prazo de 10 dias.
Vamos aceitar, pois concurso tem dessas!
G L á
Pois bem, se ele estava a 95km/h, trafegava a quase 20% a mais do regulamentado pela via. Logo,
comete a infração prevista no art. 218, inciso I, do CTB. Confira:
Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por
instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais
vias:
I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento);
Infração - média;
Penalidade – multa.
Ele interpôs recurso à JARI municipal e esse recurso foi indeferido. Se foi indeferido por JARI
municipal de uma infração ocorrida no Distrito Federal, o recuso em 2ª instância só poderá ser
impetrado junto ao CONTRANDIFE (art. 289, inciso II).
G L D
A figura a seguir, nos mostra os dados mínimos que devem constar no Auto de Infração:
É só fazer o cara-crachá, ver as setas em vermelho e constatar que o item está certinho, pois traz
elementos que devem constar no Auto de Infração a ser preenchido pelo Agente de Trânsito.
(Certo)
Item II Batemos demais nessa tecla aqui: Agente de Trânsito nenhum tem competência para
aplicar qualquer penalidade prevista no CTB e a apreensão do veículo é uma das penalidades
previstas! E mais: a infração descrita no enunciado não prevê a penalidade de apreensão do
veículo. (Errado)
Item III Isso mesmo! Assinou, atestou que de fato cometeu a infração (art. 280, inciso VI).
(Certo)
Logo, estão corretos somente os itens I e III.
G L C
(D) Da notificação deverá constar a data do término do prazo para apresentação de recurso
pelo responsável pela infração, que não será inferior a quinze dias contados da data da
notificação da penalidade.
(E) A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira e
de representações de organismos internacionais e de seus integrantes será remetida ao
respectivo consulado para as providências cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa.
Comentário:
Item A - Errado! Sempre que a penalidade de multa for imposta a condutor, a notificação será
encaminhada ao proprietário do veículo, responsável pelo seu pagamento (art. 282, §3º). O
dispositivo previa uma exceção, mas ela foi revogada já há algum tempo!
Itens B e C - A notificação devolvida por desatualização do endereço do proprietário do veículo
será considerada válida para todos os efeitos (art. 282, §1º). Item C correto e item B errado,
portanto.
Item D - Errado e cuidado com os prazos em sua prova! Da notificação deverá constar a data do
término do prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela infração, que não será
inferior a trinta dias quinze dias contados da data da notificação da penalidade (art. 282, §4º).
Item E - A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira e de
representações de organismos internacionais e de seus integrantes será remetida ao Ministério
das Relações Exteriores respectivo consulado para as providências cabíveis e cobrança dos valores,
no caso de multa (art. 282, §2º). Errado!
Gabarito: L C
O §3º do art. 282 no ensina que sempre que a penalidade de multa for imposta a condutor, a
notificação será encaminhada ao proprietário do veículo, responsável pelo seu pagamento.
G L E
Comentário:
Ao proprietário não!
A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repartições consulares de carreira e de
representações de organismos internacionais e de seus integrantes será remetida ao Ministério
das Relações Exteriores para as providências cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa.
Gabarito: Errado
Se Adriano não assinou o auto de infração, ele receberá sim a Notificação de Autuação. Se tivesse
assinado, à luz do que rege o inciso VI do art. 280, aí sim estaria dispensada tal Notificação.
Gabarito: Certo
***
5.3. GABARITO
1 2 3 4 5
D E E A E
6 7 8 9 10
A D C C B
11 12 13 14 15
B E D C B
16 17 18
D E C
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro aluno, finalizamos mais uma importante aula para seu concurso!!
Faça algumas revisões refazendo os exercícios que lhe foram propostos. Infelizmente as bancas
não gostam muito de cobrar o assunto dessa aula em provas e, por esse motivo, tive que tirar leite
de pedra para encontrar questões sobre o tema. Mas o resultado ficou suficiente para consolidar
bem o seu aprendizado!
Se tiver dúvidas, utilize nosso fórum. Estou sempre à disposição também no e-mail e nas redes
sociais.
https://www.facebook.com/ProfMarcosGirao
https://www.youtube.com/channel/UCsjAzxopmLjgmxkeR1Lo6wQ
@profmarcosgirao