Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
1
Comentários à Constituição Brasileira de 1988, vol. 1. São Paulo: Saraiva, 1997 (2ª ed.), pp.
17/18.
4
A propósito, é salutar essa nova medida, pois, como bem notam Gilmar
Ferreira Mendes, Inocêncio Mártires Coelho e Paulo Gustavo Gonet
Branco, “dada a estrutura diferenciada da Federação brasileira, algumas
entidades comunais têm importância idêntica, pelo menos do prisma
econômico e social, à de muitas unidades federadas, o que conferia
gravidade à ausência de controle normativo eficaz”2.
2
Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva e IDP, pp. 1104/1105.
5
3
O mesmo se diga da União em relação aos Estados (CF, art. 34).
7
Com todos esses exemplos, se quis demonstrar que, ainda que também
autônomos, os Municípios não possuem o mesmo regime jurídico da
União e dos Estados, nem o mesmo grau de autonomia.
4
Desde a primeira e breve menção à autonomia municipal na Constituição de 1891; passando pela
previsão de receitas próprias na Constituição de 1934; atravessando um retrocesso centralizador
sob a vigência da Constituição de 1937; e novamente avançando rumo à autonomia desde a
Constituição de 1946, com algumas restrições, sobretudo em matéria de eleições no regime de
1967.
5
Nesse sentido, por exemplo – como mais adiante se vai sustentar –, uma distinção de regimes que
conferisse maior margem de escolha aos Municípios quanto à sua organização e, notadamente, seu
governo, seria altamente benéfica do ponto de vista da autonomia.
8
Um dado é ilustrativo é que 60% dos Municípios têm mais que 80% de
seu total de receitas compostos por transferências correntes; e 90% dos
Municípios têm mais que 65% de seu total de receitas compostos por
transferências correntes6. Isso apesar de os Municípios, atualmente,
concentrarem uma parcela das receitas públicas nacionais relativamente
alta em termos históricos.
6
Dados do IBGE, levantados em 2001, encontrados em:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/financasmunic/19982000/default.shtm
7
Sobre o tema, ver, deste autor, “Conflitos entre entes federativos: atuação do Supremo Tribunal
Federal no regime da Constituição de 1988”, in Os 20 anos da Constituição da República
Federativa do Brasil (coord. Alexandre de Moraes). São Paulo: Atlas, 2008.
9
procriar, que são ocupações privadas e familiares, mas para discutir sobre
a coisa pública”8.
Por certo que são também os indivíduos que constroem a vida política
nacional, atuando em âmbito estadual e federal, e muito aproveitam, para
tal fim, de sua experiência cívica desenvolvida em âmbito municipal.
8
A Rebelião das Massas. (Tradução: Artur Guerra). Lisboa: Relógio d’Água, s/d (1ª ed. 1930), p.
148. Esse trecho continua de modo agudo e provocativo: “Note-se que isto significa precisamente
a invenção de uma nova classe de espaço, muito mais nova que o espaço de Einstein. Até então só
existia um espaço: o campo, e nele vivia-se com todas as conseqüências que isto traz para o ser do
homem. O homem camponês é ainda um vegetal. A sua existência, quanto pensa, sente ou quer,
conserva a modorra inconsciente em que a planta vive. As grandes civilizações asiáticas e
africanas foram neste sentido grandes vegetações antropomórficas. Mas o grego-romano decide
separar-se do campo, na ‘natureza’, do cosmo geobotânico. Como é isto possível? Como pode o
homem abandonar o campo? Para onde irá, se o campo é toda a terra, se é o ilimitado? Muito
simples: limitando um troço de campo com uns muros que oponham o espaço incluso e finito ao
espaço amorfo e sem fim. Eis a praça. (...) É o espaço civil.”
9
De la Démocratie en Amérique. Paris: Flammarion, 1981 (texto original de 1835), p. 123.
11
10
Conselhos à Regente. (Com introdução e notas de João Camillo de Oliveira Torres). Rio de
Janeiro: Livraria São José, 1958, pp. 33/34.
13
11
Coronelismo, Enxada e Voto: o Município e o Regime Representativo no Brasil. São Paulo:
Alfa-Omega, 1975, 2ª ed., p. 101.
14
12
Coronelismo, ... (cit.)., p. 102.
15