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REFORMA DECRETA O FIM DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA Página 4

Jornal do Sintufrj
Ano XXVI - Nº 1316 28 de outubro a 3 de novembro de 2019
A SERVIÇO DA CATEGORIA
www.sintufrj.org.br

Foto: Renan Silva


TERÇA-FEIRA, 22, AUDITÓRIO DO BLOCO A DO CT. A ameaça de implantação do ponto eletrônico resultou numa assembleia de consenso entre todas as forças

Um sonoro ao ponto eletrônico


Assembleia convocada pelo dos para dar explicações sobre ção do ponto são identificadas é a de um operário de linha de
Sintufrj rejeitou, por unanimi- uma comissão criada para tratar como mais uma medida para montagem.
dade, a possibilidade de im- do assunto. colocar a universidade pública Essa lógica tem sido reafir-
plantação do ponto eletrônico A PR-4 esclareceu que enten- na defensiva. mada pela direção sindical no
na universidade. de que o ponto eletrônico não A categoria participou ativa- debate sobre controle de fre-
A reunião, na terça-feira, 22, é o mecanismo mais adequado mente do debate. Em uníssono, quência e reorganização da jor-
contou com a participação de para o controle de frequência. as falas afirmaram que a natu- nada de trabalho.
representantes da PR-4, chama- As pressões para implanta- reza do trabalho dos TAEs não Página 3

Servidores: saiba de quem é o pior salário de todas as carreiras federais. Página 5


Jornal do Sintufrj 2 DOIS PONTOS EDIÇÃO No 1316 – 28 DE OUTUBRO A 3 DE NOVEMBRO DE 2019
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I Circuito do Núcleo da Mulher da UFRJ


O Sintufrj convida para
rodas de conversas
e oficinas sobre ali-
mentação e saúde, assédio
contra as mulheres e mo-
de luta, para que em tem-
pos difíceis como o atual,
de ataques misóginos e de
conservadorismo, possam
ser construídas, com organi-
técnicas-administrativas
e representantes da Mar-
cha Mundial de Mulheres
(MMM), organizada pela
direção do Sintufrj, com a
mento gourmet do I Circuito zação e unidade, ações po- intenção de possibilitar a
do Núcleo da Mulher Traba- líticas e institucionais”, con- auto-organização das tra-
lhadora da UFRJ, que será forme está definido o Núcleo balhadoras e estudantes da
realizado na quinta-feira, 31, no material de divulgação do UFRJ em torno de pautas
no hall do bloco A do Centro evento. específicas, e de articulação
de Tecnologia, das 9h às 17h. com os movimentos sociais.
O circuito foi programa- Auto-organização A iniciativa irá se desdobrar
do para divulgar o Núcleo da Uma das rodas de conver- em outros encontros e reu-
Mulher da UFRJ, um espaço sas debaterá a importância niões para a consolidação
de “trocas de saberes e co- da criação do Núcleo, que de uma cultura feminista na
nhecimento, acolhimento e nasceu de uma reunião com universidade.

ReciclOdonto renova praça no Fundão Angela Davis participa de


Projeto é um alerta para o cuidado com o meio ambiente
Um mutirão de limpeza, tra-
Foto: Renan Silva ciclo de debates no Brasil Foto: Divulgação
tamento do solo e plantio
de novas mudas nos cantei-
ros da entrada da unidade
marcou a primeira ação do
projeto ambiental do Nú-
cleo de Ações Afirmativas e
Sustentabilidade (NAAS), da
Faculdade de Odontologia,
o ReciclOdonto, no dia 21
de outubro.
O espaço renovado re-
cebeu o nome de Praça do
Boto, em homenagem ao
novo morador do lugar:
uma escultura do mamífero ATIVISTA. No Brasil, foi figura central dos debates políticos
cedida pela Escola de Belas
Artes da UFRJ, fruto do pro- Histórica militante do movi- “Tive a oportunidade de
jeto desenvolvido há quatro mento negro norte-ameri- conhecer Lélia Gonzalez, e
anos em parceria com o Par- cano exalta feministas bra- minha percepção é que nós
que Tecnológico. “Botamos sileiras em sua passagem temos muito o que apren-
o nome assim que o ilustre pelo país der com os movimentos
morador chegou”, disse Ma- Uma das vozes mais co- do Brasil”, disse Davis. Para
ria Moreira, que divide com nhecidas do movimento ne- ela, a luta pelo direito de
Isabel Barros a coordenação gro norte-americano e que trabalhadoras domésticas
do ReciclOdonto. já foi considerada uma das e a atuação de militâncias
Projeto – O ReciclaOdonto fugitivas mais “perigosas” por moradias como o MST
tem a finalidade de chamar do FBI (sistema de inteli- (Movimento dos Trabalha-
a atenção da comunidade gência americano), mesmo dores Rurais Sem Terra) são
acadêmica para a respon- assim, a filósofa e militante exemplos da atuação brasi-
ESCULTURA de um boto cedida pela EBA enfeita a praça
sabilidade de todos com os Angela Davis está no Brasil leira que deveria ser deba-
resíduos que produzem e especialmente da arquiteta tar que, diferente do que participando de um ciclo de tida globalmente da mesma
o seu descarte, que geral- e paisagista Suzana Dória. muitos propagam, a huma- debates e palestras no Rio maneira que o Black Lives
mente vão para o mar. “Ela se envolveu de corpo nidade deu e dará sempre e em São Paulo, e lançando Matter (Vidas Negras Im-
A iniciativa conta com e alma. São exemplos as- certo”, comemorou Maria o livro Uma Autobiografia, portam), por exemplo.
o apoio do Horto da UFRJ, sim que nos fazem acredi- Moreira. pela Editora Boitempo. Fonte: CartaCapital

EXPEDIENTE
Coordenação de Comunicação Sindical: Kátia da Conceição (in memoriam) e Marisa Araujo / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenação de Comunicação /
Edição: Ana de Angelis e L.C.M. / Reportagem: Ana de Angelis, Eliane Amaral e Regina Rocha / Estagiário: Lucas Azevedo / Projeto Gráfico: Jamil Malafaia / Diagramação:
CNPJ:42126300/0001-61 Luís Fernando Couto, Jamil Malafaia e Edilson Soares / Fotografia: Renan Silva / Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 4.500 exemplares / As matérias não assinadas deste
Cidade Universitária - Ilha do Fundão jornal são de res­ponsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Impressão: 3graf (21) 3860-0100.
Rio de Janeiro - RJ
Cx Postal 68030 - Cep 21941-598 FALE COM A REDAÇÃO: comunic@sintufrj.org.br / Telefones: 21 3194 -7112 / 7146 - RECEPÇÃO DO SINTUFRJ: Telefones: 21 3194-7100 / 7101.
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Ponto eletrônico não!


Além de rejeitar o ponto
eletrônico, a assembleia
convidada pelo Sindicato
para dar explicações sobre
Foto: Renan Silva

da categoria quer que a a criação de uma comissão


Reitoria expresse publica- para encaminhar a implan-
mente sua posição sobre o tação do ponto.
assunto. A PR-4 argumentou que
Os trabalhadores da a comissão foi criada para
UFRJ reafirmaram os meca- estudar o desenvolvimen-
nismos de controle interno to do trabalho nas unida-
de frequência e a leitura des, mas que entende que
segundo a qual o fazer dos o ponto eletrônico não é o
técnicos-administrativos mecanismo mais adequado
não pode ser engessado para o controle de frequên-
por instrumentos burocrá- cia.
ticos. Na assembleia, foi iden-
A discussão contou com tificada a necessidade de Foto: Renan Silva
a presença de Rita Anjos, realização de um seminá-
superintendente da Pró- rio sobre o tema para dis-
-Reitoria de Pessoal (PR-4), cussão com a comunidade
e da assessora do gabinete dentro de uma campanha
Gil de Oliveira. A PR-4 foi de esclarecimentos.
ASSEMBLEIA. Houve unanimidade entre os trabalhadores na rejeição ao ponto eletrônico

Eleição para
Duas chapas se inscreve- Um manifesto da chapa nas os seus representantes
ram nos dias 22 e 23 de “Unidade e Autonomia” foi para os colegiados superio-
outubro: “Unidade e Au- publicado na edição ante- res: cinco para o Conselho
tonomia” e “Manifeste-se: rior do Jornal do Sintufrj, Universitário (Consuni); três

os Órgãos
Por um futuro sem o Futu- e a outra chapa se apresen- para o Conselho de Ensino
re-se”. Mas a homologação tou na assembleia da cate- de Graduação (CEG); um
ocorrerá somente na terça- goria no dia 22 de outubro. para o Conselho de Ensino
-feira, 29, porque a “Mani- A eleição ocorrerá nos para Graduados (Cpeg); e

Colegiados
feste-se: Por um futuro sem dias 12, 13 e 14 de novem- dois para o Conselho de Ex-
o Future-se” tem um recur- bro, quando os técnicos-ad- tensão Universitária (CEU).
so pendente sendo analisa- ministrativos em educação Cada efetivo terá seus res-
do pela Comissão Eleitoral. escolherão por voto em ur- pectivos suplentes.

Editorial

Em defesa do serviço público


Nada a comemorar, muito a defen- Busca-se estigmatizar a regra a É preciso rechaçar o discurso vante da população por melhores
der e lutar. O dia 28 de outubro, dia partir das exceções. Altos salários oficial de um governo comprome- condições de vida e contra o mo-
do funcionalismo público, acontece de juízes e membros do Judiciário tido até a medula com a privatiza- delo defendido com unhas e dentes
este ano em meio a uma ofensiva são noticiados como se fosse essa ção dos serviços, equipamentos e por Paulo Guedes, ministro da Eco-
brutal do governo para retirar direi- a realidade da massa trabalhadora empresas públicas, transformando nomia de Bolsonaro.
tos, ainda na ressaca da aprovação do funcionalismo, a imensa maioria direitos sociais em mercadoria e Temos obrigação de confrontar
da reforma da Previdência, que ex- com salários congelados e carreiras aumentando a marginalização e a a retórica mentirosa que transfor-
terminou o direito à aposentadoria. paralisadas. desassistência de amplas parcelas ma o setor privado em sinônimo
Para um governo que serve aos Esconde-se que somos nós, do do nosso povo. de eficiência, e reforçar a defe-
interesses da banca de rentistas, funcionalismo público, que garanti- Cabe lembrar que o Chile, onde sa do funcionalismo público que
classificar como privilégios os direi- mos a execução de políticas públi- o sistema de saúde e o ensino su- queremos: valorização do nosso
tos que ainda conservamos é parte cas e a oferta de serviços de quali- perior são pagos e a aposentadoria trabalho e oferta de políticas pú-
importante da ofensiva que busca dade fundamentais para a maioria por regime de capitalização gerou blicas e serviços gratuitos e de
“uberizar” todos os postos de tra- da população brasileira, muitas ve- um quadro sinistro de idosos indi- qualidade para toda a população
balho. zes em condições adversas. gentes, é palco de um imenso le- brasileira.
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Reforma da Previdência
acaba com aposentadoria Foto: Internet
O dia 22 de outubro entra-
rá para a História como a
data em que o Congresso
Nacional aprovou uma re-
forma da Previdência que,
para uma grande massa de
trabalhadores, significará o
fim da aposentadoria.
Foram 60 votos contra
apenas 19, na votação em
segundo turno no Senado,
com apoio em massa dos
parlamentares das ban-
cadas dos partidos MDB,
Podemos e PSDB. A refor-
ma será promulgada pelo
Congresso com previsão
para novembro. Somente
a partir daí as novas regras
entrarão em vigor.
Esta reforma da Previ-
dência proposta pelo gover-
no Bolsonaro é a mudança ARQUITETOS. Simone Tebet (PSDB) e Tasso Jereissati (PSDB), respectivamente presidente da CCJ e relator do projeto da reforma
mais cruel já realizada até
hoje para os trabalhado- O valor da aposentado- ideia novamente ao debate de todas as contribuições, a nima será introduzida aos
res em geral, servidores, ria integral será pago so- no Legislativo e literalmen- partir de 1994. Serão acres- poucos. Haverá regras de
mulheres, viúvas e depen- mente se o homem contri- te privatizar o sistema pre- cidos 2% a cada ano que transição, e quem se encai-
dentes, prejudicando até buir por 40 anos e a mulher videnciário brasileiro. ultrapasse os 20 anos de xar em uma delas poderá se
quem já está aposentado. por 35. Num país com mais contribuição no caso dos aposentar antes da idade
As reformas anteriores, a de 12 milhões de desem- Mudanças homens e 15 anos no caso mínima. A idade mínima
começar pelo governo FHC, pregados, alta rotatividade A idade mínima passa a ser das mulheres. progressiva começará em
passando por Lula, Dilma e de mão de obra, emprego de 65 anos (homens) e 62 O acúmulo de pensão 56 anos (mulheres) e 61
Temer, não sepultaram o di- informal recorde, dificil- anos (mulheres). O valor e aposentadoria não será anos (homens) e subirá seis
reito à aposentadoria como mente o trabalhador pode- do benefício para aposen- mais possível. O beneficiá- meses por ano. Em 2032,
agora foi feito. rá receber o seu benefício tadoria por idade será de rio terá de optar por um, o alcança a idade padrão es-
A reforma de Bolsonaro integralmente. apenas 60% da média geral de maior valor. A idade mí- tipulada.
acaba com a aposentadoria Haverá regras de tran-
por tempo de contribuição, sição para quem já está na
aumenta a idade mínima,
diminui os valores dos be-
nefícios para trabalhadores
ativa. Professores do ensino
básico, policiais federais,
legislativos e agentes peni-
Regras para servidores
do regime geral e servido- tenciários e educativos te- Os servidores federais passam a ter a Pontos – Um modelo parecido ao atual
res federais, endurece o rão regras diferenciadas. mesma idade mínima para aposenta- sistema de pontos 86/96.
acesso a aposentadoria e doria que os trabalhadores do regime O servidor precisa somar idade e tem-
pensões. Capitalização vem aí geral: 65 anos (homens) e 62 anos (mu- po de contribuição e ter contribuído por 30
A mudança também re- Um dos principais pilares lheres), mais tempo de contribuição, e anos (mulheres) e 35 anos (homens).
duz o valor do benefício e e inspiração do texto da contribuirão com alíquotas maiores do O sistema de pontos começa a subir a par-
aumenta o tempo de con- reforma, a capitalização, que os trabalhadores da iniciativa pri- tir de 2020, até chegar, em 2033, aos 100 para
tribuição dos trabalhadores como a implementada no vada. O tempo de contribuição mínimo mulheres e 105 para homens.
em atividades insalubres, e Chile a partir da era Pino- será de 25 anos. Quem ingressou no serviço público até
praticamente acaba com a chet e menina dos olhos Para os servidores federais, estão 2003 só manterá o direito à integralidade
aposentadoria especial. Ou- do ministro da Economia, aprovadas duas regras de transição. Nas (receber o último salário com o qual se apo-
tra mudança perversa é que Paulo Guedes, foi retirada duas regras, os servidores precisam ter sentou, mesmo acima do INSS) se cumprir
diminui o valor do benefício da proposta na Câmara. dez anos de serviço público e estar no idade mínima de 65 anos (homens) e 62
para quem se aposenta por Mas novas investidas serão atual cargo há cinco anos. anos (mulheres).
invalidez. feitas para tentar trazer a
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O pior salário....
entre todas as carreiras federais
Estudos do Banco Mundial serviram de base para a proposta de reforma administrativa que o governo Bolsonaro vai encaminhar ao Congresso

N
Foto: Renan Silva
o relatório do Banco Mundial Gestão de Pessoas
e Folha de Pagamento no Setor Público Brasilei-
ro – documento esse que serviu de base para a
proposta de reforma administrativa que Bolsonaro en-
viará ao Congresso Nacional –, o salário dos técnicos-
-administrativos em educação aparece no gráfico como
o mais baixo de todo o funcionalismo federal (R$ 4.800).
Mas a realidade é ainda muito pior. Porque o ban-
co mostra um remuneração bruto, ou seja, vencimento
mais valores adicionais, como, por exemplo, incentivo
à capacitação. Na tabela salarial do PCCTAE (Plano de
Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educa-
ção), o vencimento básico inicial da categoria nos cinco
níveis de classificação é este: R$ 1.326,72 (classe A); R$
1.606,41 (classe B); R$ 1.945,07 (classe C); R$ 2.446,96
(classe D) e R$ 4.180,66 (classe E, que é o pessoal de
nível superior).
Segundo a Pró-Reitoria de Pessoal, nas classes A e B
estão os servidores mais antigos da universidade, por-
que há muito tempo não é feito concurso público para
essas classes.

Quadro – Atualmente, na UFRJ, são 9.134 técnicos-


-administrativos na ativa, distribuídos nas seguintes
classes: 325 na classe A (média do vencimento base de
R$ 2.495,90); 515 na classe B (média de R$ 3.010,54);
1.524 na classe C (média de R$ 3.188,56); 3.598 na clas- TÉCNICO-ADMINISTRATIVO em atividade de restauração de livros antigos para o acervo da UFRJ
se D (média de R$ 3.719,72) e 3.172 na classe E (média-
de R$ 6.967,75). -se ao do Banco Mundial. O ocupada, contra uma média
economista e auditor fede- de 21,3% nos países que in-
ral de Finanças e Controle, tegram a Organização para

Banco Mundial recomenda redução


Bráulio Cerqueira, autor a Cooperação e Desenvolvi-
do estudo junto com José mento Econômico (OCDE).
Celso Cardoso, técnico de As despesas federais com
Planejamento e Pesquisa pessoal (incluindo aposenta-
do Ipea, define a reforma dos) são de 4,4% do Produto
O relatório do Banco Mun- ram reajustes superiores à visão salarial que diminuiria como "um tiro no pé da Interno Bruto (PIB), menores
dial Gestão de Pessoas e Fo- inflação entre 2008 e 2018; a diferença, propondo au- sociedade". Para ele, jun- do que em 2002 (4,8%).
lha de Pagamento no Setor em 2019, 44% receberam mento do intervalo entre to com o teto de gastos A recomposição do pes-
Público Brasileiro propõe mais de R$ 10 mil por mês; progressões, diminuição do (Emenda Constitucional nº soal desde 2000, segundo
que o governo diminua gas- 22%, mais de R$ 15 mil; reajuste e do número de 95), a reforma administra- o Ipea, foi apenas suficiente
tos com pessoal. A proposta 11%, mais de R$ 20 mil; e carreiras e congelamento tiva pode agravar a crise na para repor o número de ati-
de reforma administrativa cerca de 15% das carreiras de salários. Com essas me- prestação de serviços. vos de meados da década
de Bolsonaro que chegará na administração pública didas, querem uma econo- O estudo desmistifica de 1990, e o crescimento foi
ao Congresso Nacional foi federal, os salários iniciais mia de R$ 389 bilhões até mitos, como o de que o Es- leve: havia 655 mil servido-
finalizada com base nesse são menores que R$ 5 mil. 2030. tado é grande e a máquina res federais ativos em 2018,
estudo. O Banco Mundial é a Mas no caso de carreiras ju- pública inchada e as despe- número inferior ao de 1991.
maior instituição financeira rídicas, mais que R$ 23 mil. Desmestificando mitos sas com pessoal são descon- Somando-se militares, os
internacional que empres- O estudo aponta que o O documento da Frente troladas. Faz comparação do servidores da ativa chega-
ta dinheiro a juros a países servidor federal tem salário Parlamentar em Defesa do Brasil com outros países e ram a 1.174.945 em 2018,
subdesenvolvidos. médio 96% mais alto que Serviço Público Reforma mostra que empregados no contra 912.739 em 1988,
Segundo o documento, um trabalhador do setor Administrativa do Governo setor público nos três níveis um aumento de 28%, en-
os servidores são geralmen- privado. E conclui que há Federal: Contornos, Mitos da Federação, somavam (em quanto a população aumen-
te bem remunerados: tive- espaço para políticas de re- e Alternativas contrapõe- 2015) 12,1% da população tou 45%.
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Vice-reitor debate Viva


UFRJ na Praia Vermelha
Nesta terça-feira, 29 de outubro, numa reunião inter-
mediada pelo Sintufrj, o vice-reitor da UFRJ, Carlos
Frederico, vai debater, na Praia Vermelha, o projeto
Viva UFRJ. Trata-se da parceria da UFRJ com o BNDES
com o objetivo de utilizar os ativos imobiliários da uni-
versidade para obras de infraestrutura.
Na última edição do Sintufrj-Linha Direta, a reito-
ra Denise Pires de Carvalho foi entrevistada sobre o
tema. Esta parceria foi formalizada ainda na gestão de
seu antecessor, Roberto Leher, em fevereiro de 2019.
Confira os principais trechos da entrevista transmitida
ao vivo pelo Facebook do Sindicato. A íntegra está dis-
ponível no site e no canal do Sintufrj no YouTube.
De acordo com a reitora, o projeto foi adotado
como uma política institucional, não determinada por
esta ou aquela reitoria. Segundo Denise Pires, trata-se
de iniciativa estratégica, porque ele valoriza imóveis da
universidade que hoje estão depredados, abandona-
dos.
“Então ele busca (o projeto) a valorização desses
imóveis, e toda essa valorização nos trará oportunida-
de de investir em assistência estudantil, por exemplo,
em novas infraestruturas, terminar as obras que estão
inacabadas”, garante a reitoria.
Confira alguns trechos da entrevista.

SEM MUDANÇA PRAIA VERMELHA COM A CIDADE PRIORIDADES DECISÃO


Não houve nenhuma Não é um projeto focado O projeto já inclui um A prioridade da atual É uma questão que deve
modificação (em relação única e exclusivamente grupo de trabalho da gestão é a assistência es- unir a Universidade Fe-
ao que foi encaminhado nos terrenos da Praia Prefeitura do Rio, esta- tudantil e o término das deral do Rio de Janeiro,
pela gestão Leher). O Vermelha. Há terrenos mos falando de uma área obras inacabadas. Temos e não desagregar. Nos-
projeto Viva UFRJ tem daqui, da Cidade Univer- (Urca) muito valorizada o chamado “paliteiro”, sa intenção, minha e do
sido elaborado por um sitária, e de fora da Praia na cidade do Rio de Ja- que nós pretendemos Fred, é que a UFRJ fique
grupo de trabalho, e nem Vermelha envolvidos no neiro, que tem prédios terminar. Temos a resi- cada vez mais unida em
mesmo o núcleo duro, projeto, que é amplo. tombados, que tem visa- dência estudantil, com torno de um projeto que
que trabalhava na gestão (...) Então, veja, podere- das tombadas. Por exem- cerca de 750 vagas que é para o bem comum,
do professor Roberto mos ganhar prédios com plo, a vista do Morro do nós pretendemos ter- para o coletivo.
Leher, foi modificado. A sala de aula num futu- Pão de Açúcar, do Morro minar. São dois prédios Nada será feito sem
coordenadora do projeto ro próximo, podemos da Urca, é tombada, en- inacabados que enfeiam que a comunidade seja
continua sendo a Nadine ter lugares para sala de tão a Prefeitura do Rio a Cidade Universitária. informada e que haja
Borges, nomeada pela cinema, para além do está trabalhando em (...) precisamos terminar uma decisão colegiada.
gestão Leher. Junto a equipamento cultural de conjunto com esse con- essas obras e garantir Não é nosso interesse
ela, estão trabalhando 1.500 lugares. (...) Então, sórcio do BNDES e com novos restaurantes uni- passar por cima dos co-
o mesmo núcleo: o há muitas possibilidades o grupo de trabalho da versitários; precisamos legiados superiores, nem
professor João Ferraz, da com o investimento que UFRJ, e com a Associação querer que na UFRJ haja das unidades existentes
Economia, o professor será feito pela iniciativa de Moradores. Todos es- mais de mil lugares para na Praia Vermelha.
Vicente Ferreira, do privada naquela região, tão sendo ouvidos. os estudantes residirem.
Coppead, o Ivan do mas que voltará a ser A Universidade Federal
Carmo, que já foi prefeito nosso, porque ele nunca do Rio de Janeiro não
da Cidade Universitária deixará de ser um bem pode continuar com
em gestões passadas. público. apenas 250 vagas de alo-
jamento.
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Museu Nacional vive, e o esforço


da comunidade é premiado
Projeto de extensão da UFRJ recebe prêmio da Alerj na categoria "Experiência Pedagógica no Ensino Superior"
Foto: Renan Silva
O projeto de extensão "Museu Nacional Vive" foi
o vencedor do Prêmio Paulo Freire, da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na categoria
"Experiência Pedagógica no Ensino Superior". Ou-
tras 72 iniciativas também foram agraciadas, e a
solenidade de premiação será no dia 14 de no-
vembro, às 18h, no IFCS.
O prêmio conferido ao Museu Nacional foi cria-
do pela Comissão de Educação da Alerj em home-
nagem a Paulo Freire – criador da Pedagogia da
Libertação e patrono da educação brasileira –, e
está em sua primeira edição.

Dentre os premiados nas entorno da unidade e das


diversas categorias a UFRJ áreas próximas onde serão
se destacou, mas o Museu desenvolvidas as ativida-
Nacional merece destaque des.
pelo esforço do corpo social A coordenação central
da unidade em superar as do projeto é compartilhada
perdas com o incêndio ocor- entre a Coordenação de Ex-
rido no ano passado, man- tensão, a Seção de Museo- EQUIPE PREMIADA exibe um miniestandarte com a marca do projeto de extensão do museu:
tendo a instituição viva. “A logia e o Núcleo de Comu- Amanda Cavalcanti, museóloga, Guilherme, Valéria e Kyoma
premiação foi um reconhe- nicação e Eventos, da qual
cimento do nosso trabalho, participam diretamente 16
e mais que isso: uma opor- técnicos-administrativos de
tunidade de dar visibilidade diversos setores do Museu
ao museu, porque o obje-
tivo do projeto é fazer com
que o museu se faça presen-
Nacional, e professores.
Outro ponto positivo do
projeto é a integração dos
Vida pós-incêndio
te em diferentes espaços, servidores com estudantes, “O projeto surgiu como ordenadora de Extensão e coordena o projeto pela
para mostrar ao público que extensionistas, pós-gradu- uma necessidade: exatos responsável pela inscrição Seção de Museologia.
as ações continuam aconte- andos e alunos do ensino 20 dias após o incêndio, a do projeto na Alerj. “Temos clareza de que
cendo, e com a excelência médio do Colégio Pedro II, gente fez o I Festival Mu- “É um museu de histó- o museu não se encerra
de sempre”, disse a coorde- vizinho da unidade. seu Nacional Vive, para ria natural, situado na Zona nos seus muros. O proje-
nadora de Extensão, Valéria Dentre as ações desen- mostrar à sociedade que Norte, facilitando o acesso to "Museu Nacional Vive"
Pereira Silva. volvidas, que incluem a a instituição continua- das classes populares. As evidencia que estamos
participação de estudantes va desenvolvendo suas perdas com o incêndio fo- trabalhando em paralelo
Aproximação de graduação da UFRJ das ações, e que ainda existia. ram literalmente um trau- com a construção do pré-
com o público mais variadas áreas, estão Conseguimos reunir mui- ma para a ciência, a cultura dio. O trabalho não para
O projeto desenvolve dife- a mediação em exposições tos trabalhos e realizar e para todos os museus. porque a unidade pegou
rentes ações para aproxi- realizadas com instituições mais ações que antes da Mas você tem que reagir e fogo; o trabalho continua,
mar a população do museu, parceiras; o planejamento e tragédia, e acredito que reafirmar que o Museu Na- e se reinventa visando à
em especial os frequen- a realização do Festival Mu- o museu como um todo cional, ainda mais no atual reconstrução do museu”,
tadores da Quinta da Boa seu Nacional Vive; o Museu também, e envolvendo contexto em que vivemos, garante o produtor cul-
Vista, estudantes e profis- Nacional Responde; a Pes- diferentes setores. E isso continua com sua função tural Kyoma Oliveira, do
sionais da rede pública de quisa Público e as ativida- não tem preço”, explica social”, disse o museólogo Núcleo de Comunicação e
ensino, seus familiares, mo- des realizadas em conjunto Valéria Pereira Silva, co- Guilherme Machado, que Eventos.
radores e trabalhadores do com escolas públicas.
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HU vence CCS e Vila a EEFD


A
Fotos: Divulgação
segunda rodada da
Copa Sintufrj foi na
quarta-feira, 23, e
HU Vila Residencial
na sexta-feira, 25, quando
se enfrentaram os times
do CCS e do HU (categoria
acima dos 45 anos), e Vila
Residencial e Escola de Edu-
cação Física e Desportos
(EEFD) (categoria abaixo de
45 anos). Placar das parti-
das: HU 1 e CCS 0; Vila Resi-
dencial 5 e EEFD 2.
O jogo de quarta-feira
foi prestigiado pelo diretor
do Hospital Universitário,
Marcos Freire. Ex-artilheiro
dos campeonatos internos CCS EEFD
da unidade, ele elogiou o
Sintufrj. “Essa iniciativa do
Sintufrj é muito boa. Sempre
fui um defensor do esporte
para estimular a confraterni-
zação entre todos”, disse.

Autores dos gols


Edmilson, o Diquinho, ga-
rantiu a vitória do HU.
Marcaram para a Vila Resi-
dencial Nilson Rodrigues,
Douglas dos Santos, Rodri- PARTIDAS bem disputadas pelas quatro equipes, nas duas chaves, fizeram a festa das torcidas
go Marques (1 gol cada um)
e Claudio (2 gols). Para a
EEFD, Denilson da Silveira e
Marcelos Pontes.
39 anos de UFRJ, atleta da PU ganha menos de dois mil
Foto: Renan Silva
Próximos jogos seu contracheque, que
essa gente mente.
bem, passou a servidor.
E só chegou ao salário
Na quarta-feira, 30, Após 39 anos de traba- atual porque comple-
EEFD x HU e na sexta- lho na universidade, João tou o primeiro grau em
recebe líquido por mês R$ um colégio particular
-feira, 1º de novembro, 1.800. O bruto fica em tor- em Bonsucesso. “Apro-
CCS x PU. Os dois times no de R$ 3.000. Todos os veitei uma promoção e
são da categoria acima dias ele chega às 8h e só fui estudar”, disse. Pai
de 45 anos. retorna para casa, na co- de cinco filhos que criou
Já na sexta-feira, 8, munidade Nova Holanda, sozinho, ele espera se
às 15h. Ele é o responsável aposentar nos próximos
o jogo será entre Escri- pelos canteiros de palmei- dois anos.
tório Técnico da Univer- ras, lírios-da-paz e azaleias Uma das alegrias do
sidade (ETU) e EEFD, dos jardins da Prefeitura servidor é fazer parte
pela categoria abaixo Universitária. Está sempre da equipe de futebol da
dos 45 anos. de cócoras replantando Prefeitura Universitária.
ENCANTADOR de flores, João da Costa Pinheiro mudas e fofando a terra, “Meu apelido no time
ou aguando as plantas com é Catiço, porque cor-
As partidas são disputadas a mangueira. ro muito. Sou lateral-
sempre às 16h, no campo Enquanto o governo -se em relatório do Banco O início de João na UFRJ -direito, mas como jogo
Bolsonaro diz para a Mundial – o maior agiota foi como terceirizado: tra- bem me colocam para
da Prefeitura Universitá- sociedade que todos os de países pobres como o balhou lavando pratos e jogar na esquerda”, con-
ria, no Fundão. servidores são marajás e Brasil –, na UFRJ o jardinei- servindo no extinto Bande- tou, sem falsa modéstia.
propõe uma reforma ad- ro João da Costa Pinheiro, jão da Letras, e na capina. João participa da Copa
ministrativa baseando- 64 anos, comprova, com Em 88 ou 89, não lembra Sintufrj.

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