Вы находитесь на странице: 1из 3

1

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – DCE / CAMPUS V.
COLEGIADO DE LETRAS COM HAB. EM LÍNGUA INGLESA

Componente curricular: Estágio III Profa.: Jamily Caribé


Discente: Ed Santiago Andrade Semestre: 2011.1

Leitura comentada

Caros alunos, em pares, escolham uma das duas questões propostas e dissertem
de forma a contemplar os textos lidos e discutidos em nossas aulas.

1- Estabeleça um diálogo entre a prática de ensino do professor Arisvaldo do


texto Abordagens alternativas no ensino de inglês de Adelaide Oliveira
(2009) e a prática do professor reflexivo defendida no texto de Isabel Alarcão
(2010) A formação do professor reflexivo.

No texto de Adelaide Oliveira (2009) apresenta-se o professor Arisvaldo que


possui um problema multifacetado que e deve ser analisado paulatinamente. Ele
expõe que tem aplicado as orientações fornecidas nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs), na tentativa de fazer um ensino de inglês diferente, adaptando as
metodologias de ensino à realidade dos alunos. No entanto, confrontado com o
sucesso inicial do seu trabalho, receia que os alunos se desmotivem com a língua
inglesa ao voltar às mãos de professores descomprometidos, já que ele trabalha sob
regime temporário, devido à descontinuação das ações desenvolvidas em classe.
Por si só, a preocupação do professor Arisvaldo revela aspectos bastante
positivos a seu respeito. Ao Conferir um caráter inovador à metodologia aplicada ao
ensino de língua inglesa, o professor se mostra atento às mudanças de contexto
histórico e social que cerca o ensino de línguas e se mostra bastante atento à
aplicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Basta analisar superficialmente a
tradição pedagógica em nível nacional para perceber que o magistério tem sido uma
atividade em que, apesar da grande importância como construtora social que lhe é
2

inerente, não há muito rigor na qualidade dos seus profissionais. Isso se traduz
numa gama variada e, porque não dizer, graduada de professores que vão da figura
comprometida com os resultados diretos e indiretos da sua atuação profissional,
buscando a excelência no ensino, à figura do professor descomprometido, ao qual
se atribui o descaso geral em relação à educação como um todo. Esse fato torna a
preocupação do professor Arisvaldo bastante válida, principalmente porque ele pôde
perceber que as suas tentativas de melhorar sua práxis pedagógica estavam
produzindo bons resultados.
OLIVEIRA (2009) argumenta que isso se deve em parte à falta de um tipo
especial de reflexão por parte dos professores. As conversas entre docentes,
quando ocorrem, giram em torno de objetos de estudos, troca de experiências em
sala de aula, recomendações de atividades e materiais, mas dificilmente em torno de
si mesmos – seus valores, suas identidades como professores e suas crenças. Ela
recomenda essa troca de experiências num espaço de vivências e convivências,
voltado para a análise do contexto temporal, que exige de todos os humanos a cada
dia que passa maior flexibilidade e adaptabilidade frente às mudanças que ocorrem
a todo instante. Essa troca de experiências propiciaria uma maior uniformização das
metodologias de ensino, porém com um padrão de qualidade mais elevado.
Isabel Alarcão (2010) compartilha dessa visão, expondo-a em seu livro
Professores reflexivos em uma escola reflexiva (Ed. Cortez). No capítulo um desse
livro, ALARCÃO contextualiza a escola dentro da sociedade atual, fornecendo as
razões de as mudanças ocorrem tão depressa: a velocidade na transmissão da
informação. Como ela deixa claro, o conhecimento não se apresenta mais na forma
de informações que podem ser retidas por uma classe privilegiada. Atualmente, na
chamada pós-modernidade, as informações fluem de um lado para outro através dos
veículos midiáticos, podendo ser acessadas por qualquer pessoa, que as utilizam na
construção de um conhecimento cada vez mais dinâmico. Isso resulta em novas
exigências de novas competências para os membros da sociedade.
Relacionando isso ao professor, percebe-se que se requer mais e mais que o
professor compreenda que não é mais o dono do conhecimento e que cabe a ele
utilizar das informações disponíveis através dos diversos recursos para adaptar a
sua prática pedagógica e à sua formação profissional e pessoal. Isso envolve tutorar
os educandos no mesmo processo: utilizar as informações e seus canais de
transmissão para construir uma escola onde a reflexão seja o pilar fundamental.
3

Certamente a realização dessa empreitada envolveria a troca de informação,


experiências e questionamentos entre professores não só da mesma instituição,
mas em escala mais ampla, o que levaria a um crescimento simultâneo da classe
como um todo.
Assim, professores comprometidos não necessitariam temer a
descontinuação de seu trabalho, se soubessem que os seus colegas de profissão
estão envolvidos na mesma disposição. Ainda que os medos sejam naturais, já que
os professores de hoje são frutos de uma educação baseada em medos – medo de
perder o ano, medo de ser punido na frente dos colegas, medo de perder o respeito
dos alunos – oferece-se ao professor neste momento a oportunidade de quebrar
barreiras e superar-se a si mesmo. Isso, entretanto, só se torna possível partindo de
um ponto especial: a reflexão.

Вам также может понравиться