Вы находитесь на странице: 1из 4

Ideias soltas

Vitor Frade:

“As equipas quando têm uma identidade têm necessariamente uma

organização, mas se é uma organização que expressa qualidade é uma

organização de cariz um pouco especial, ou seja, defrontar obstáculos que

são outras equipas e a um nível elevado as outras equipas também têm

qualidade. Muitas vezes há que se expor, há que correr riscos. Portanto,

nesses momentos, nessas circunstâncias, as equipas estão longe do equilíbrio

ideal, estão a correr riscos.”

“Um organismo tem vantagem em estar longe do equilíbrio ou

utilizando outra linguagem, estar no limiar do caos ou estar com hipóteses

de transcendência e isso é, se calhar pegando numa definição de Capra, ...,

onde diz que a verdadeira identificação dos sistemas vivos não é a auto–

organização, é sim a criatividade.”

“Portanto, é nessa confrontação com o envolvimento, que não devo

perder aquilo que é a minha identidade.”

“ Não há criatividade sem ordem!” (Jorge Valdano)

“Ora o que leva a reconhecer que primeiro, como preocupação durante

o percurso de formação, tem que estar o acréscimo mais do que a sujeição


dos indivíduos a uma lógica colectiva, tem que estar a assimilação de um

esboço de lógica colectiva, como se costuma dizer, que o bom jogo é

facilitado se a posição for triangular. Mas no início eu não posso estar

muito preocupado em levá-los a assimilar, a entender, e em ser capaz da

complexidade máxima que se pode atingir em termos de organização máxima

de jogo de um 4-4-2 ou num 4-3-3, é uma aberração! Agora, posso é

também utilizar meios que os constrangem e que os triângulos apareçam

muito mais e isso vai-se constituir com tempo, como facilitador da

apreensão do mais complexo, em termos de dinâmica e objectivos. Mas na

formação é prioritário crescer em familiarização do corpo com a bola, o

toque, a recepção...eu devo estar preocupado em que esse aspecto seja um

complemento efectivo àquilo que eu proponho sempre como situações jogadas

quer sejam 3x3, 6x6... Primeiro eles têm que estar à vontade com a bola

e só depois disso...”

“ Este apelo muito grande desde muito cedo ao “colectivo”. Como

cada vez mais a inexistência do futebol de rua e da incorporação de grande

tempo na gestação de contacto com a bola é facto, eu não posso estar a

desejar nem estar à espera de exigir que eles passem bem, se eles não têm

uma relação amistosa com a bola. Isso, só é possível se eu tiver um contacto

facilitado e logo desde muito cedo.”

“...Porquê a vertigem da velocidade por exemplo? O que é importante

é jogar com as velocidades da velocidade e só se joga com as velocidades


através do...ritmo! Acelera, desacelera, é como na música, os tempos

mortos também fazem parte da música e isso só é possível quando eu

consigo que a rapidez colectiva resulte...de um dei de primeira e você recebe

e deu de primeira. É essa técnica individual que permite que a velocidade

colectiva se dê. Sem uma passagem anterior de familiarização que resulta

do muito tempo de contacto com a bola.”

“Agora, o que podemos fazer é tornar o estado de alma num estado

de cultura, emprestando-lhe racionalmente determinadas coisas, não lhes

tirando o jogo, porque isso é o núcleo duro. Se calhar, fazendo com que

eles não façam um jogo qualquer, eu defendo que é o 6x6, mas com um

fim e muitas das vezes 3x3, 4x2 propositadamente para facilitar isso. E

numa primeira fase isso é a acentuação da familiarização com a bola. E só

depois disso é que eu começo a preocupar-me noutra fase com o passe e

recepção. E só depois é que então situações mais difíceis, enfatizar em

complemento o 1x1, e eles já começam a perceber que 2 aqui ou 2 atrás já

é diferente. Mas eu ainda não estou preocupado em que eles percebam o

que é a zona ou a zona pressing.”

“Eu, no modo de ver o futebol, o gajo que joga à frente dos centrais

é um dos elementos mais importantes na construção do jogo. Portanto,

nunca lhe chamo trinco, para mim é pivot. Agora, ele tem que defender de

moda a que se possa ficar com a bola, se eu não fico com a bola não

interessa. E esse pivot, como é o jogador que está mais atrás, mesmo que
não seja ele a ficar com a bola, ele é o ponto de referência porque é o

jogador mais fixo. É um jogador farol, não pode ser pirilampo, a bola deve

ser dirigida para ele para que ele a ponha longe ou curto (...). Portanto

não é ele que desce mais vezes e vem intrometer-se entre os centrais para

defender, têm que ser os laterais.”

Вам также может понравиться