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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE

ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ANÁLISES


CLÍNICAS

MYLENNA AGUIAR DAMASCENO

MANAUS – 2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE
ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ANÁLISES


CLÍNICAS

MYLENNA AGUIAR DAMASCENO

Supervisor(a) de estágio: Filipe Souza Mendes


Preceptor de Estágio: Max Anderson Queiroz Macuiama
Coordenador(a) do Curso de Farmácia: Roberta Mainardi
Instituição/Local de Estágio: Laboratório Escola de Análises Clinicas (LEAC)
Período do Estágio: 23/08/2019 a 27/09/2019

MANAUS – 2019
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. LEAC.............................................................................................................7

Figura 2. Sala de coleta do LEAC................................................................................8

Figura 3. Hematócrito.................................................................................................13

Figura 4. Divisões para contagem de eritrócitos manual (100x)..................................14


LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Índices Hematimétricos.............................................................................11

Quadro 2. Procedimento dosagem de Triglicerideos.................................................15

Quadro 3. Procedimento dosagem de Glicose............................................................16

Quadro 4. Procedimento dosagem de Colesterol........................................................17

Quadro 5. Dosagem de Proteinas...............................................................................17

Quadro 6. Itens mínimos que devem conter no laudo................................................34


SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3

2. JUSTIFICATIVA............................................................................................. 5

3. OBJETIVOS ................................................................................................... 6

3.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 6

3.2 Objetivo especifico .................................................................................... 6

4. CARACTERIZAÇÃO E LOCAL ..................................................................... 6

5. ATIVIDADES REALIZADAS .......................................................................... 8

5.1 Pré-Analitica ............................................................................................... 8

5.2 Analítica .................................................................................................... 10

5.3 Pós Analítica...............................................................................................32

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 36

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 37

ANEXOS............................................................................................................36
3

1. INTRODUÇÃO
As análises clínicas são um conjunto de exames com a finalidade de verificar o
estado de saúde de um paciente ou investigar doenças, como os chamados exames
de rotina, check-ups, dentre outros. (DORNELLES, 1997)

A análise é feita através do estudo de material biológico colhido do paciente, como


por exemplo, sangue, urina, saliva, fezes, esperma, fragmentos de tecido, líquido
sinovial, pleural, líquido cefalorraquidiano, pus, etc. A coleta pode ser feita no próprio
laboratório onde são feitas as análises ou em locais como um hospital, clínica, postos
de coleta ou até mesmo no domicílio e local de trabalho do paciente. (LIPPI G, 2006)

Os laboratórios de análises clínicas estudam cada uma dessas amostras em


setores específicos, conforme o composto bioquímico ou suspeita clínica que se
pretende investigar. (LIPPI G, 2006)

Os laboratórios de análises clínicas são fundamentados em um processo dinâmico


que se inicia na coleta do espécime diagnóstico (amostra biológica obtida
adequadamente para fins de diagnóstico laboratorial) e termina com a emissão de um
laudo. Didaticamente, o processo pode ser dividido em três fases: pré-analítica,
analítica e pós-analítica. (LIMA, 2013)
O exame laboratorial é um processo complexo, pois envolve uma série de passos,
desde a solicitação do exame até a liberação do laudo. Estima-se que cerca de 70%
dos diagnósticos são realizados com base nos testes de laboratório, e os resultados
são responsáveis por 60% a 70% na decisão médica em relação ao estado de saúde
do paciente (GUIMARÃES, 2011).
Dessa forma a importância das análises clínicas é que os exames são um dos
recursos mais eficientes que um profissional de saúde tem a sua disposição. Com
eles, é possível avaliar parâmetros e analisar de forma minuciosa a condição de saúde
de determinado paciente. Ao submeter-se a essa rotina, o paciente ganha a vantagem
de diagnosticar doenças ou qualquer outra alteração no organismo a tempo de um
tratamento mais eficiente. (GUIMARÃES, 2011).

Logo os assuntos relacionados às análises clínicas, como Diagnósticos


Laboratoriais, Introdução às Análises Clínicas e Microbiologia, Hematologia,
Bioquímica Clínica, Imunologia Clínica, Análises Toxicológicas, Biossegurança,
Gestão Laboratorial entre outras
4

O Farmacêutico-bioquímico, devidamente registrado no Conselho Regional de


Farmácia respectivo, poderá exercer a responsabilidade técnica de laboratório de
análises clínicas competindo-lhe realizar todos os exames reclamados pela clínica
médica, nos moldes da lei, inclusive, no campo de toxicologia, citopatologia,
hemoterapia e biologia molecular. O Farmacêutico-bioquímico poderá exercer as
funções e responsabilidades de Diretor do Laboratório, Supervisor ou Técnico a que
pertencer. (BRASIL, 1996)
5

2. JUSTIFICATIVA
O estágio de análises clínicas requer o aprendizado para a qualificação dos alunos
ainda na graduação, além de uma forma de conhecer melhor o funcionamento do
laboratório e a rotina profissional, suas características, seus órgãos reguladores e
normalizadores. estimula e prepara e contribuir com os estudantes para os qualificar
para o mercado de trabalho.
6

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral


Aplicar os conhecimentos adquiridos durante o curso de Graduação em
Farmácia na área de Análises Clínicas e dessa forma desenvolver atividades
inerentes ao farmacêutico analista na área de hematologia, bioquímica, parasitologia,
urinálise, imunologia e microbiologia e dessa maneira conhecer o funcionamento do
laboratório como um todo.

3.2 Objetivo específico


 Treinamento dos alunos no processo de forma manual;
 Realizar e interpretar exames laboratoriais Clínicos;
 Prestar serviço de informação técnico científico sobre os principais exames
realizados, avaliar o uso e possíveis interferências de medicamentos e alimento
nos exames laboratoriais;
 Realizar procedimentos relacionados a coleta de material, para fins de exames
laboratoriais clínico.
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4. CARACTERIZAÇÃO E LOCAL
O estágio foi realizado na Unidade 15 do Centro Universitário do Norte –
UNINORTE no Laboratório Escola de Análises Clínicas (LEAC), situado na Av. Getúlio
Vargas, 730 - Centro, Manaus. A Direção do Serviço está a cargo do Dra. Andrezza
Luiza Fernandes (CRF/AM 03055), Farmacêutica Responsável Técnica do LEAC. O
funcionamento é de segunda a sexta-feira das 8:00 as 17:00.
O LEAC integra a recepção, sala de coleta de sangue e micológica, sala do
responsável técnico, sala de triagem, Laboratório de Parasitologia e Urinálises,
Laboratório de Microbiologia e Micologia, Laboratório de Hematologia, Bioquímica,
Imunologia e Microscopia e sala de esterilização.
Este projeto teve início no ano 2014 e em 2017 já estava efetivo em campo
para estágio supervisionado e outros fins, sendo devidamente equipado para o seu
funcionamento.
Figura 1. LEAC

Fonte: Acervo pessoal, 2019


8

5. ATIVIDADES REALIZADAS
5.1 Pré-analítica
A fase pré-analítica compreende o processo desde a chegada do paciente ao
laboratório clínico até passagem do material coletado para a fase analítica passando
pela recepção, coleta e transporte. A porcentagem maior de erros dentro de um
laboratório é encontrada na fase pré-analítica levando a gestão da qualidade um olhar
específico e diferenciado para este setor. Consideráveis erros nesta fase podem trazer
desconforto a pacientes, atraso na conduta terapêutica e perda da credibilidade do
laboratório junto ao corpo clinicam médico em questão, além de aumentar receitas e
elevar custos. (PICHETH ET AL 2001.)

5.1.1 Sala de coleta


A sala de coleta deve seguir legislação vigente, fornecendo conforto e
segurança tanto para o profissional da coleta quanto ao paciente. Quando a demanda
for de 15 pacientes por hora, o laboratório poderá contar com um único local para
coleta com área mínima de 3,6 m² e um lavatório. Pisos e paredes deverão ser de cor
clara, impermeáveis, laváveis e resistentes a soluções desinfetantes. (BRASIL, 2005)
Ambiente com ventilação manual ou artificial mantendo a temperadora de 20 a
26ºC e uma correta iluminação que permita ao colaborador a perfeita visualização do
material a ser utilizado e do paciente. (BRASIL, 2005).
Quanto à mobília, a mesma deverá ser em material não poroso e resistente a
soluções desinfetantes. A cadeira ou maca de coleta deverá ser lavável e de fácil
higienização. O espaço deve contemplar a utilização de duas lixeiras com pedal,
sendo uma para lixo comum (saco preto) e outra para lixo com potencial infectante
(saco branco), ambas devidamente identificadas. (BRASIL, 2005)
Figura 2: Sala de coleta do LEAC

Fonte: Acervo Pessoal, 2019


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Coleta amostra biológica


O profissional deverá ter treinamento constante e obedecer a legislações
vigentes. Para assegurar a segurança do colaborador, o mesmo deverá estar
equipado com os equipamentos de segurança individual (EPI) conforme definido no
Programa de Controle Médico de Saúde e Ocupacional (PCMSO). O procedimento de
coleta de sangue venoso deverá ser obedecido conforme descrito em manual de
procedimento padrão (POP) assegurando padronização deste processo. (LIPPI G,
2008).

Material
1 par de luvas de procedimento,
Agulha 30x06 ou 30x07,
Seringa de 10 ml,
1 garrote,
2 bolas de algodão,
5 ml de álcool a 70%
Tubos para a coleta de acordo com o pedido do exame

Procedimento
Identifique os tubos para colocação da amostra. Escreva na etiqueta os dados do
paciente: nome, número do registro, data de nascimento, sexo, data da coleta, número
ou código de registro da amostra e o nome da instituição solicitante. Em algumas
unidades, utiliza-se apenas códigos ou abreviaturas em lugar do nome do paciente.

1- Coloque a agulha na seringa sem retirar a capa protetora, não toque na parte
inferior da agulha;
2- Movimente o êmbolo e pressione-o para retirar o ar;
3- Ajuste o garrote e escolha a vela;
4- Faça a antissepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool a 70%
ou álcool iodado a 1 %. Não toque mais no local desinfetado;
5- Retire a capa da agulha e faça a punção;
6- Solte o garrote assim que o sangue começar a fluir na seringa;
7- Colete aproximadamente 10 ml de sangue. Em crianças, colete de 2 a 5 ml;
10

8- Separe a agulha da seringa com o auxílio de uma pinça, descarte a agulha em


recipiente de boca larga, paredes rígidas e tampa, contendo hipoclorito de
sódio a 2%;
9- Oriente o paciente a pressionar com algodão a parte puncionada, mantendo o
braço estendido, sem dobrá-lo;
10- Transfira o sangue para um tubo de ensaio sem anticoagulante, escorra
delicadamente o sangue pela parede do tubo. Este procedimento evita a
hemólise da amostra. Descarte a seringa no mesmo recipiente de descarte da
agulha,

Triagem
Realizar o recebimento das amostras biológicas e fazer a correta separação
para o setor de acordo com o exame solicitado.

Material
Requisição de exames
Bandeja
Amostras biológicas
Procedimento
Orientar o paciente dando as informações necessárias antes da coleta e como
proceder para a coleta. Além disso preencher todos os dados do paciente
corretamente no formulário.

5.2 Analítica
A fase analítica inicia-se com a validação do sistema analítico, através do
controle da qualidade interno na amplitude normal e patológica, e se encerra, quando
a determinação analítica gera um resultado. (PICHETH ET AL 2001.)

5.2.1 Hemograma
O hemograma compreende a contagem das células do sangue periférico
(hemácias, leucócitos e plaquetas) e a contagem diferencial dos cinco tipos
leucocitários, além da quantidade dos valores da hemoglobina e do hematócrito e
ainda o do cálculo dos índices hematimétricos. (RIBEIRO, 2013)
11

Eritrograma: É a parte do exame hematológico que avalia especificamente a


série vermelha, através dos seguintes parâmetros: número de glóbulos vermelhos,
dosagens de hemoglobina e hematócrito e índices hematimétricos. O eritrograma
permite o diagnóstico e o acompanhamento das anemias e poliglobulias.
Os índices hematimétricos são valores fornecidos pelo contador eletrônico de
células que ajudam a caracterizar o quadro anêmico. Eles podem ser calculados pelas
relações apresentadas no quadro 1:
Quadro 1. Índices Hematimétricos
ÍNDICE CÁLCULO SIGNIFICADO
VCM Volume corpuscular Ht/GV Tamanho da Hemácia
médio
HCM ( pg ) Hemoglobina Hb/GV Cor da Hemácia
corpuscular média
CHCM ( % ) Concentração Hb/Ht ou HCM/VCM Cor da Hemácia
de hemoglobina
corpuscular média
RDW (% ) Cell distribution ---------------- Anisocitose
width
Ht ( % ) Hematócrito GV x VCM Volume eritrocitário
Hb: Hemoglobina GV: Glóbulos Vermelhos pg: picograma

Leucograma

É a parte do hemograma que inclui a avaliação dos glóbulos brancos.


Compreende as contagens global e diferencial dos leucócitos, além da avaliação
morfológica do esfregaço sanguíneo ao microscópio. Este exame está indicado no
diagnóstico e acompanhamento dos processos infecciosos, inflamatórios, alérgicos,
tóxicos e neoplásicos.
Os valores de referência para leucócitos totais e para os diferentes tipos
leucocitários variam com a idade. Crianças costumam apresentar contagens globais
mais altas, com porcentagens relativas de linfócitos superiores às dos adultos,
diferença está que tende a desaparecer após a puberdade. Logo a Leucopenia é
definida pela contagem de leucócitos abaixo de 4 000 por mm3 e Leucocitose
corresponde à contagem acima de 10 000 leucócitos por mm3.
12

Os glóbulos brancos podem ser classificados em: granulócitos: neutrófilos


(segmentados), eosinófilos e basófilos. Os neutrófilos jovens são formas não
segmentadas (bastonetes, metamielócitos, mielócitos e pró-mielócitos) não
granulócitos: linfócitos e monócitos.
Material
Seringa 5ml com agulha 25x7
Álcool 70% (iodado)
Garrote
Tubo vacuun EDTA ( tampa roxa )
Microscópio
Lâminas para microscopia
Lamínulas
Tubo capilar (sem heparina)
Cartão para leitura de Ht
Tubo de ensaio
Pipeta volumétrica de 10 volumes
Pêra para aspiração
Reagentes Drabkin- Hayen
Corante panóptico
Becker p/ descarte para materiais
Micropipetas com ponteiras
Câmara de Neubauer
Banho maria bico de Bunsen
Microcentrífuga espectrofotômetro + cubetas
Água destilada
Descarpack
Procedimento
Ordem para a realização do Hemograma Completo:
Hematócrito;
Dosagem de Hemoglobina;
Contagem de glóbulos brancos e vermelhos;
Contagem e diferencial dos leucócitos com observação da série vermelha;
Cálculo dos Índices Hematimétricos (VCM, HCM, CP.CM)
Contagem de plaquetas e reticulócitos quando solicitados
13

Hematócrito: Preencher ¾ do volume do tubo capilar, vedar uma das extremidades


(com massa de modelar ou queimando). Em seguida colocar o tubo na
microcentrífuga (colocando a parte vedada para fora), centrifugar a 10.000 RPM por
5 minutos. Realizar a leitura em tabela apropriada.
Figura 3. Hematócrito

Fonte: https://www.ufrgs.br/lacvet/hematocrito.htm

Contagem de hemácias: Os métodos para a contagem global das células sanguíneas


consistem geralmente em diluir o sangue, em proporção conhecida, com um líquido
diluidor chamado Hayem, permitindo a conservação das células em estudo.
1. Pipetar 4 mL do líquido diluidor em um tubo de ensaio.
2. Com pipeta transferir 0,02 ml de sangue. Limpar a parede externa da ponteira
com auxílio de papel absorvente.
3. Transferir os 0,02 ml de sangue para o tubo com líquido diluidor, cavando com
ele o interior da ponteira por aspiração e expulsão do líquido, a diluição é 1:200,
4. Agitar suavemente por inversão para uma correta homogeneização.
5. Com uma pipeta preencher os retículos da câmara de contagem.
6. Deixar repousar por dois minutos para sedimentação dos glóbulos.
7. Focalizar a preparação com pequeno aumento no microscópio para localizar o
retículo e observar a distribuição uniforme das hemácias. Observar então, com
aumento de 100X ou 400X, conforme necessidade.
8. Fazer a contagem de todas as hemácias encontradas nos quadros marcados
“H” na figura relativa ao retículo de Neubauer, ou seja 1/5 de mm’. Sistematizar
a contagem segundo a figura abaixo.
14

Figura 4. Divisões para contagem de eritrócitos manual (100x).

Fonte: https://www.ufrgs.br/lacvet/eritrocitos.htm
Contagem de reticulócitos:
1. Colocar no tubo 2 a 3 gotas da solução corante. Em seguida acrescentar 2 a 3
gostas do sangue colhido por punção digital ou sangue colhido com EDTA.
2. Misturar e colocar em banho-maria a 37ºC de 15 a 30 minutos.
3. Retirar de banho-maria. Misturar novamente e fazer esfregações de maneira
usual.
4. Secar e examinar ao microscópio sob imersão.
5. Contar 10 campos, anotando o número de reticulócitos encontrados. Expressar
o resultado em porcentagem e número relativo.
6. Cálculos: Reticulócitos em 10 campos/10 = % de reticulócitos

5.2.2 Bioquímica
Avaliação laboratorial das funções renal, hepática e endócrina, da enzimologia
clínica, dos distúrbios do metabolismo dos carboidratos e das dislipidemias e os
principais métodos bioquímicos utilizados no laboratório de análises clínicas, com
vistas ao diagnóstico das diversas patologias humanas correlacionadas com
alterações dessas funções, bem como a organização e padronização em Bioquímica
Clínica. (PRATT, C. 2006).

Material
Tubos identificados
Reagente para exame específico
Pipetas para medir amostra e reagente
Ponteiras
Banho maria mantendo a temperatura constante de 37º
Fotômetro capaz de medir com exatidão a absorbância entre 490 e 520 nm
15

Cronômetro
Dosagem de triglicerídeos
Os triglicerídeos são moléculas insolúveis em água que são transportadas no
plasma em lipoproteínas e armazenadas no tecido adiposo. Estas moléculas são
constituídas por três ácidos gordos ligados a um glicerol, representando uma grande
reserva energética para o organismo devido à possibilidade de degradação dos ácidos
gordos.
Na avaliação dos triglicerídeos é de grande importância que haja um jejum
prolongado. Isto deve-se ao fato da ingestão de alimentos provocar um aumento dos
triglicerídeos em circulação principalmente associada à fração dos quilomícrons
fazendo com que o valor determinado tenha um erro por excesso.
A determinação enzimática dos níveis de triglicerídeos no soro baseia-se numa
cadeia de reações que se inicia com a sua hidrólise em glicerol e ácidos gordos pela
ação da lipase.
Os valores de referência para este parâmetro no soro encontram-se nos
intervalos de 40 a 140 mg/dl, para as mulheres, e de 60 a 160 mg/dL, para os homens.
Procedimento
Sistema Enzimático para determinação dos triglicerídeos por reação de ponto
final em amostras de soro ou plasma
Quadro 2. Procedimento dosagem de triglicerídeos

Branco Teste Padrão


Amostra ---- 0,01 mL ----
Padrão ---- ---- 0,01 mL
Reagente 1 1,0 Ml 1,0 mL 1,0 mL

Fonte: Bula Labtest


1. Separar 3 tubos de ensaios
2. Misturar e colocar em banho maria a 37º durante 10 min.
3. Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 505 nm ou filtro verde (490
a 520), acertando o zero com o branco. A cor estável é 60 min;
4. Realizar os cálculos:
Triglicerídeos (mg/dL) = Absorbância do teste x 200
Absorbância do padrão
Resultado espectrofotômetro
16

Padrão: 0,093
Teste: 0,171
Resultado Paciente
Triglicerídeos = 108,6 mg/dL

Dosagem de Glicose
Sistema enzimático para determinação da glicose no sangue, líquor e líquidos
ascéticos, pleural e sinovial por método cinético ou de ponto final.
Tomar três tubos de ensaio e após identificá-los proceder:

Quadro 3. Procedimento dosagem de glicose


Branco Teste Padrão
Amostra 0,01 mL
Padrão 0,01 mL
Reagente 1 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL
Fonte: Bula Labtest

Misturar vigorosamente e intubar em banho maria a 37ºC durante 10 minutos. O nível


da água no banho deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos de ensaio.
Determinar as absorbâncias dos Teste e Padrão em 505 nm (490 e 520), acertando o
zero com o branco. A cor é estável 30 minutos.

Glicose (mg/dL) = Absorbância do teste x 100


Absorbância do padrão

Absorbância Teste: 0,313

Absorbância Padrão: 0,362

0,313
0,362 x100

= 86,46 mg/dL
17

Dosagem de Colesterol

1. Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir:


Quadro 4. Procedimento dosagem de colesterol
Branco Teste Padrão
Amostra --------- 0,01 ml --------
Padrão nº2 ---------- ----------- 0,01 ml
Reagente 1 1,0 ml 1,0 ml 1,0 ml
2. Misturar e colocar em banho-maria 37 ºC 10 minutos. O nível de água no banho
deve ser superior ao nível de reagentes nos tubos de ensaio.
3. Determinar as absorbâncias do teste e padrão em 500 nm ou filtro verde (490 a
510 nm), acertando o zero com o branco. A cor é estável por 60 minutos.

Dosagem de Proteína

1. Tomar 3 tubos de ensaio e proceder como a seguir:

Quadro 5. Dosagem de Proteínas

Branco Teste Padrão

Amostra ----- 0,02 mL -----

Padrão (nº 2) ----- ----- 0,02 mL

Água destilada ou 0,02 mL ----- -----


deionizada

Biureto de Uso 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL

Fonte: Bula Labtest


2. Misturar e incubar a 37 °C durante 10 minutos.
3. Determinar as absorbâncias do teste e do padrão em 545 nm (530 a 550 nm),
acertando o zero com o branco. A cor é estável durante 1 hora.
18

5.2.3 Urinálise

A urinálise é um grupo de exames químicos e microscópicos. Detecta produtos


normais e anormais do metabolismo, células, fragmentos de células e bactérias na
urina. Os rins filtram o sangue, eliminando na urina restos metabólicos
desnecessários, como ureia e creatinina, e conservando substâncias necessárias e
reaproveitáveis, como proteínas e glicose. Alterações da composição da urina podem
indicar problemas metabólicos ou problemas renais. (NAKAMAE, 1980).

A urinálise inclui três fases:


1. Exame visual, que avalia a cor e a transparência da urina;
2. Exame químico, que avalia 10 componentes da urina que podem estar
alterados;
3. Exame microscópico, que identifica e determina a quantidade e o tipo de
células, bactérias, cristais e outros componentes que podem ocorrer na urina.

Análise física
Compreende a observação do aspecto, da cor e da densidade.
Aspecto: a urina normal possui aspecto claro, transparente. Pode, porém, se
apresentar turva devido à presença de formações de uratos ou fosfatos amorfos.
Cor: a cor da urina normal varia do amarelo ao âmbar e é devida à presença
de um pigmento chamado urocromo. As colorações róseas, vermelha ou castanha
podem indicar presença de sangue, enquanto a cor âmbar escuro sugere níveis
elevados de urobilina ou bilirrubina; já as urinas que assumem uma tonalidade
amarela-viva, verde ou mesmo azul podem ser compatíveis com o uso de
medicamentos, tais como antissépticos e vitaminas, ou de alimentos corados.
Densidade: o uso da densidade como índice de avaliação parcial da integridade
renal é baseado no conceito de que o túbulo renal normal é capaz de modular o
volume de líquido a ser reabsorvido a partir do filtrado glomerular, poupando ou não
água na dependência das necessidades imediatas do organismo. Em condições
habituais, considera-se como densidade adequada aquela cujo valor se situa no
intervalo entre 1 015 e 1 021 (1 018 + 0,003).
19

Análise química
Inclui a determinação do pH, a pesquisa de proteínas, glicose, corpos cetônicos,
bilirrubinas e urobilinogênio e a quantificação dos valores de proteínas e glicose.
pH: os rins são reguladores do equilíbrio ácido-básico. A regulação se dá pela
secreção de hidrogênio e de ácidos orgânicos fracos, bem como pela reabsorção de
bicarbonato do ultrafiltrado pelos túbulos contornados. A determinação do pH urinário
pode auxiliar no diagnóstico dos distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem
metabólica ou respiratória e no acompanhamento de tratamentos que exijam
manutenção da urina num determinado intervalo de pH. No exame de rotina, algumas
vezes, a determinação do pH é substituída pela simples referência à reação (ácida,
alcalina ou ligeiramente ácida). Esta determinação, para ter algum significado clínico,
deve ser feita em amostra de urina recente.
Proteínas: proteinúria pode ser indicadora de lesão renal. Em relação à
intensidade, ela pode ser classificada em:
o proteinúria elevada: excreção superior a 3,5g de proteínas em 24 horas. É
típica de síndrome nefrótica, mas pode ocorrer em casos de glomerulonefrite,
nefroesclerose, amiloidose, lupus eritematoso disseminado, trombose da veia
renal, insuficiência cardíaca congestiva ou pericardite.
o proteinúria moderada: excreção entre 0,5 e 3,5g de proteínas em 24 horas. É
detectada em doenças renais como glomerulonefrite crônica, nefropatia
diabética, mieloma múltiplo e nefropatia tóxica, na pré-eclâmpsia e ainda nas
alterações inflamatórias malignas, degenerativas e irritativas do trato urinário,
incluindo a presença de cálculo urinário.
o proteinúria mínima: excreção inferior a 0,5g de proteínas em 24 horas. Está
associada a doenças como glomerulonefrite crônica, enfermidade policística
renal, afecção túbulo-renal, fase de convalescença de glomerulonefrite aguda
e vários distúrbios do trato urinário inferior.
o proteinúria postural: ocorre apenas quando o indivíduo permanece em posição
ereta e pode atingir até 1,0g de proteínas em 24 horas.
o proteinúria funcional: associada a estados febris, à exposição ao calor ou ao
frio intensos e a exercícios físicos.
o microalbuminúria: presença de albumina na urina em quantidade variável de
20 a 200 microgramas por minuto ou de 30 a 300mg em 24 horas. No diabetes
20

mellitus insulina-dependente, a microalbuminúria é indicador de doença renal


inicial, refletindo a existência de lesão microvascular.
Em relação à etiologia e local de origem, a proteinúria pode ser classificada
como se segue:
proteinúria glomerular: é o tipo mais comum, havendo predomínio de albumina entre
as proteínas excretadas. É decorrente do aumento da permeabilidade glomerular,
como ocorre nas glomerulonefrites, sendo a proteinúria geralmente superior a 2,0 g
em 24 horas.
o proteinúria tubular: excreção urinária de proteínas de baixo peso molecular, as
quais, em condições normais, são reabsorvidas pelas células tubulares. As
proteínas excretadas são a beta-2 microglobulina, a lisozima, a pré-albumina,
a proteína carregadora do retinol, a alfa-glicoproteína ácida, a alfa-2
macroglobulina e a siderofilina. A proteinúria tubular pode ocorrer agudamente,
em situações de estresse, tais como queimaduras, pancreatite aguda ou
administração de drogas nefrotóxicas. A proteinúria tubular crônica pode ser
decorrente de doenças hereditárias, como a síndrome de Fanconi, ou de
doença renal, como a pielonefrite crônica. Em geral, estas proteinúrias são de
1,0 a 2,0 g em 24 horas.
o proteinúria por sobrecarga: ocorre quando a concentração plasmática de uma
determinada proteína filtrável está anormalmente elevada, como acontece com
a hemoglobina, nos casos de hemólise intravascular intensa, e com a
mioglobina, nas lesões extensas de tecido muscular. Nas doenças
linfoproliferativas, ocorre produção anormal de grandes quantidades de
cadeias leves de imunoglobulinas, caracterizando a proteinúria de
BenceJones.
o proteinúria pós-renal: resultante do extravasamento de proteínas plasmáticas
em decorrência de processos inflamatórios, infecciosos ou neoplásicos em vias
urinárias.
Glicose: em circunstâncias normais, praticamente toda a glicose filtrada pelos
glomérulos é reabsorvida no túbulo contornado proximal e a pesquisa de glicose na
urina é negativa. O nível sanguíneo no qual a reabsorção tubular é superada é
chamado de limiar renal e está situado na faixa entre 160 e 180 mg/dl. Esse conceito
deve ser considerado nas situações em que a glicose aparece na urina. Outros
açúcares podem ser encontrados na urina, seja por simples sobrecarga alimentar,
21

seja por deficiência de algumas enzimas responsáveis pelo metabolismo dos


carboidratos. Estes erros inatos do metabolismo podem resultar em galactosúria,
frutosúria e pentosúria. As fitas reagentes utilizadas na realização dos exames de
urina de rotina são baseadas na reação com glicose-- oxidase, o que lhes confere
elevadas sensibilidade e especialidade. Para a identificação de outros açúcares, é
necessária a utilização de metodologias específicas.
Corpos cetônicos: cetonúria ocorre no jejum prolongado, em estados febris, após
exercícios físicos intensos, no frio intenso e no diabetes mellitus mal controlado. Os
três corpos cetônicos presentes são: ácido acetoacético (20%), acetona (2%) e ácido
beta hidroxibutírico (78%).
Bilirrubina e urobilinogênio: em condições normais, após a conjugação, a
bilirrubina direta é excretada pelas vias biliares, chegando ao intestino. Nesse local,
por ação bacteriana, ela é metabolizada, gerando urobilinogênio. Cerca de 50% do
urobilinogênio formado no intestino é reabsorvido pela circulação êntero-hepática e
posteriormente excretado pelo fígado e pelo rim. Qualquer falha neste mecanismo,
seja pela maior quantidade de bilirrubina formada, seja por lesão hepática que impeça
a excreção do urobilinogênio, acarretará modificações na excreção urinária. Há dois
grupos de doenças que podem alterar os níveis de excreção urinária de bilirrubina e
de urobilinogênio:
o doença hepática: a bilirrubina direta não é excretada, como ocorre, por
exemplo, na obstrução biliar, refluindo para o sangue. Como essa bilirrubina é
filtrada pelos glomérulos renais, à medida que sua concentração aumenta no
sangue, aumenta sua excreção renal. Como não chega bilirrubina no intestino,
a produção de urobilinogênio é reduzida, chegando a ser negativa sua pesquisa
na urina.
o doença hemolítica: Há aumento acentuado na produção da bilirrubina indireta.
Como o fígado está normal, grande quantidade de bilirrubina direta é produzida
e lançada no intestino, com consequente conversão em urobilinogênio. Há,
portanto, um aumento da
o reabsorção intestinal de urobilinogênio, elevando a excreção renal. Não ocorre
excreção urinária de bilirrubina, pois a fração aumentada é a indireta, não
solúvel e que circula ligada às proteínas, o que a torna não filtrável.
Hemoglobina: as fitas reagentes possuem áreas que permitem o reconhecimento
da presença de hemoglobina na urina, seja na hemácia íntegra (hematúria) ou livre
22

(hemoglobinúria). Esse dado é importante e deve ser relacionado com a observação


do exame morfológico da urina. É possível a ocorrência de hemoglobinúria sem a
presença de grande número de hemácias íntegras, em decorrência, por exemplo, de
hemólise intravascular.
Análise dos elementos figurados
Pode ser realizada por microscopia óptica ou por citometria de fluxo. A
microscopia é realizada no sedimento urinário obtido por centrifugação, enquanto na
citometria de fluxo, a identificação e a contagem de elementos figurados são
realizadas por equipamentos automatizados, em urina não centrifugada.
Os elementos figurados da urina incluem:
Células epiteliais: três diferentes tipos de células epiteliais podem ser
observados na urina, quais sejam: escamosas, transicionais e tubulares renais. Na
prática diária, pouca atenção é dispensada a estes elementos, uma vez que podem
raramente ref letir alguma doença; no entanto, a presença de células com morfologia
anômala deve ser considerada como indicativa de eventual processo neoplásico,
havendo necessidade de exames mais específicos.
Células sanguíneas: células do sangue periférico estão normalmente presentes
em pequeno número na urina, sendo as mais frequentes os leucócitos
polimorfonucleares e os eritrócitos.
o leucócitos: são visualizados cerca de 3 a 5 por campo e a elevação desse
número indica, geralmente, a existência de processo inflamatório ou infeccioso
em algum nível do sistema urinário. A presença de um corpo estranho em via
urinária, como cálculo, por exemplo, também pode ocasionar aumento no
número de leucócitos. A detecção de mais de 50 leucócitos por campo, ou de
grumos de leucócitos degenerados é fortemente sugestiva de infecção
bacteriana aguda. Quando o exame é realizado por citometria de fluxo,
considera-se como elevados mais de 20000 leucócitos por ml para os homens
e mais de 30 000 leucócitos por ml para as mulheres;
o hemácias: não há um consenso sobre o número de hemácias que podem estar
presentes na urina normal. Por esta razão, cada laboratório assume um valor
de referência e o informa no laudo. Para a população pediátrica, em especial,
o sedimento urinário obtido por centrifugação, quando examinado ao
microscópio, apresenta de duas a cinco hemácias por campo; já na urina
23

analisada por citometria de fluxo, considera-se como referência até 25 000


hemácias por ml.
Cilindros: são precipitados proteicos formados na luz tubular. Na dependência
do conteúdo da matriz proteica, os cilindros são classificados como:
o hialinos: compostos de proteína, sem inclusões. Possuem pouco significado
clínico, podendo estar associados à proteinúria. Grandes quantidades destes
cilindros aparecem na urina colhida após a realização de atividade física intensa;
o celulares: compostos por células epiteliais descarnadas. A presença de cilindros
epiteliais renais é indicativa de doença tubular e varia de acordo com a natureza
do processo lesivo;
o leucocitários: aparecem em inflamações intersticiais e doenças glomerulares.
Podem conter uns poucos leucócitos ou estarem completamente saturados,
sendo muito difícil a sua identificação se houver degeneração celular;
o hemáticos: caracterizam-se pela presença de eritrócitos no interior. Pode ocorrer
lise dos eritrócitos, com liberação de hemoglobina, identificada pela cor amarelada
na matriz proteica. A presença deste tipo de cilindro é significativa de doença
glomerular;
o granulosos: caracterizam-se pela presença de restos celulares no interior da
matriz proteica.
Cilindros mais velhos tendem a ser finamente granulosos. Estes cilindros
indicam, quase sempre, a presença de doença renal e as exceções incluem os breves
surtos de cilindros granulosos que podem aparecer após exercícios intensos;
o céreos: refletem a fase final dos cilindros granulosos e significam
obstrução prolongada do néfron e oligúria. Ocorrem em estágios finais
de doença renal crônica;
o gordurosos: também chamados de cilindros lipoídeos, apresentam
gotículas de gordura em seu interior. Este tipo de cilindro é observado
em associação com grandes proteinúrias.
Cristais: podem ser observados ao exame microscópico de pessoas normais.
Alguns são decorrentes de alterações posteriores à coleta, tais como rebaixamento
da temperatura ou variações do pH, não possuindo nenhuma importância diagnóstica;
outros refletem características da composição da dieta habitual do indivíduo ou
situações metabólicas particulares, mas não patológicas; por fim, raros tipos de
cristais podem indicar a presença de distúrbios metabólicos específicos. Incluem-se
24

entre estes os cristais de cistina, de fosfatoamoníaco-magnesiano, de tirosina e de


leucina. Os principais descritos são:
o oxalato de cálcio: estão presentes em grande número em urinas de
indivíduos normais com dietas ricas em alimentos contendo precursores
do ácido oxálico, tais como tomate, maçã, laranja e bebidas
carbonatadas;
o ácido úrico: são vistos com frequência em urinas de crianças durante as
fases de crescimento corporal acelerado, em razão do intenso
metabolismo de nucleoproteínas;
o cistina: observados em urinas de portadores de cistinúria. A cistinúria é
responsável por cerca de 1 % dos cálculos urinários;
o fosfato-amoníaco-magnesiano: também denominados de cristais triplos.
Quando observados em urina recém emitida, sugerem a presença de
processo infeccioso por germe produtor de urease;
o tirosina e leucina: são aminoácidos resultantes do catabolismo protéico
e podem aparecer na forma de cristais em urinas de pacientes com
degeneração ou necrose tecidual importante.

Material
Centrífuga
Lâmina
Luva
Microscópio
Pote de EAS com urina
Tira reagente
Tubo de ensaio
Procedimento
1. Homogenize bem a urina não centrifugada
2. Submerja completamente todas as áreas da fita 10x
3. Retire a fita imediatamente de dentro do recipiente
4. Elimine o excesso de urina em papel absorvente
5. Aguarde o tempo recomendado para a reação
6. Faça a leitura.
25

5.2.4 Microbiologia
Microbiologia é o ramo da ciência que estuda os seres microscópios, chamados
microrganismos. Tais seres recebem essa denominação porque não podem ser vistos
a olho nu, sendo necessário um microscópio óptico ou microscópio eletrônico para
sua visualização. Incluem bactérias, vírus, protozoários e fungos. (MURRAY, 2017)

Material
o Tampões de algodão hidrofóbico;
o Agar;
o Espátula;
o Placas
o Balança Analítica
o Chapa aquecedora;
o Placas de Petri esterilizadas
o Erlenmeyer preparado para esterilização em autoclave
o Fita para autoclave;
o Material embrulhado esterilizado com fita indicadora após esterilização.

Procedimento
Preparo de meio de cultura
1. Pesa-se 10,3 g/L de MacConckey, o meio de cultura e hidrata-se com 200 mL de
água destilada (usualmente coloca-se apenas uma parte do volume de água, e então
completa-se o volume final);
2.Leva para a chapa aquecedora para diluir completamente e não restar nenhum
gomo;
3. Esteriliza-se o meio pelo calor úmido em autoclave (121C por 15 minutos).
4. Distribuir o meio de cultura pronto em placas, previamente esterilizados.
Técnica de semeadura
A técnica escolhida foi Estrias Múltiplas para Isolamento a qual consiste em
espalhar o material com o auxílio de uma alça bacteriológica, fazendo estrias
sucessivas até o esgotamento do material, de modo a obter-se um perfeito isolamento
das bactérias existentes na amostra. A semeadura poderá ser realizada em um
sentido ou em vários, de acordo com a pessoa que realizará a técnica, lembrando-se
26

sempre que o objetivo principal desta técnica de semeadura é a obtenção do


isolamento bacteriano.
Coloração de Gram
A técnica de coloração de Gram permite observar a morfologia das bactérias,
fornecendo informações a respeito do comportamento do material celular diante de
corantes básicos (corantes de Gram), bem como o grau de pureza de uma cultura
bacteriana. Devido a estas vantagens, esta coloração é também utilizada no estudo
taxonômico das bactérias.
1. Cobrir o esfregaço da cultura em estudo (previamente fixado à lâmina de vidro)
com solução cristal violeta. Deixar atuar durante 2 minutos. (Após este passo,
todas as células ficam coradas com o cristal violeta).
2. Escorrer o corante e lavar com água destilada. Cobrir a preparação com
reagente de Lugol e deixar atuar durante 2 minutos.
3. Escorrer a solução de Lugol, lavar com água. (O Iodo da solução de Lugol
forma um complexo insolúvel com o cristal violeta, o complexo Cristal Violeta
Iodo – CV-I.
4. Descorar o material com álcool-cetona, deixando cair a solução sobre a
preparação rapidamente. (Este é o passo de diferenciação entre bactérias
Gram negativas e Gram positivas. As primeiras perdem o complexo CV-I e as
últimas retêm-no. As células de bactérias Gram positivas ficam coradas de
violeta-escuro e as Gram negativas ficam incolores).
5. Lavar com água e escorrer. Corar a preparação, durante 30 segundos, com
uma solução de Safranina. (As células incolores das bactérias Gram negativas
ficam coradas em vermelho, que é cor do contracorante Safranina).
Escorrer o corante, lavar com água e deixar secar. Observar ao Microscópio.

5.2.5 Parasitologia
Parasitologia é uma ciência que se baseia no estudo dos parasitas e suas
relações com o hospedeiro, englobando os filos Protozoa (protozoários), do reino
Protista e Nematoda e Platyhelminthes (platelmintos) e Arthropoda (artrópodes), do
reino Animal. (DE CARLI, 2001)

Material
Cálice de sedimentação
27

Gaze
Palito de madeira
Frasco de borrel ou copos descartáveis
Lâmina e lamínula
Pipetas pasteur
Lugol

Procedimento
Exame macroscópico
1- Observar a consistência da amostra
2- Examinar a superfície da amostra para observar a presença de proglotes de
tênias, ancilostomídeos ou oxiúros adultos, por exemplo.
3- Examinar a amostra fecal com auxílio de um palito (sorvete) para verificar a
presença de outros helmintos adultos.
4- Examinar as fezes quanto à presença de sangue e/ou muco

Exame microscópico
Permite a visualização de trofozoítos, cistos e oocistos de protozoários e de
ovos e larvas de helmintos.

Exame direto

1- Colocar duas a três gotas de salina a 0,85% em uma lâmina de vidro.


2- Tocar com a ponta de um palito em vários pontos das fezes, transferindo uma
pequena porção para a lâmina de microscopia.
3- Espalhar as fezes, fazendo um esfregaço e examinar ao microscópio. A espessura
do esfregaço não deve impedir a passagem de luz.
4- Este método é indicado principalmente para a pesquisa de trofozoitos de
protozoários em fezes diarréicas recém emitidas; para a identificação de cistos de
protozoários e larvas de helmintos cora-se a preparação com Lugol. O uso de
lamínula é facultativo.

Método de Lutz ou de Hoffmann, Pons e Janer (HPJ)


28

1. Colocar aproximadamente 2g de fezes em um frasco de Borrel ou em um


copo plástico descartável, com cerca de 5 ml de água e dissolver bem com
auxílio de um palito de sorvete descartável.
2. Acrescentar mais 20 ml de água
3. Coar a suspensão (para isto, usa-se gaze cirúrgica umedecida, dobrada em
quatro, e colocada em um coador de plástico pequeno) num cálice cônico
de 200 ml de capacidade. Os detritos retidos na gaze são lavados co mais
20 ml de água.
4. Completar o volume do cálice com água.
5. Deixar essa suspensão em repouso durante duas a 24 horas.
6. Desprezar o líquido sobrenadante cuidadosamente, homogeneizar o
sedimento e coletar uma porção do mesmo.
7. Colocar parte do sedimento numa lâmina, corar com Lugol e cobrir com
lamínula (facultativo). Examinar no mínimo duas lâminas de cada amostra.

5.2.6 Imunologia
Os testes sorológicos empregados para auxiliar na confirmação diagnostica das
suspeitas clínicas de infeções, permitindo a obtenção de resultados em curto espaço
de tempo, em função de algumas características que incluem a simplicidade de
execução, baixo custo operacional e a possibilidade de automação. (BRASILEIRO,
2016)
Suas contribuições, entretanto, são inestimáveis, principalmente quando o
patógeno, ou seus produtos, dificilmente podem ser demonstrados nos fluidos
biológicos ou na estrutura hística do hospedeiro. Estes métodos são utilizados na
qualificação e quantificação de diversos componentes, incluindo antígenos,
anticorpos, imunocomplexos, enzimas e hormônios, entre outras moléculas
relacionadas ao processo inflamatório. (BRASILEIRO, 2016).
O método sorológico pode ser qualitativo ou quantitativo. O método qualitativo
indica uma resposta do tipo “ou tudo ou nada”, por exemplo: aglutinou ou não
aglutinou, infectado ou não infectado. (BRASILEIRO, 2016).
O ensaio quantitativo mede a concentração de antígeno ou anticorpos,
podendo ser expressa sob a forma de cruzes, titulações, densidades Óticas em
reações fotocolorimétricas ou outras unidades de medida que se aplicam.
(BRASILEIRO, 2016).
29

Dos testes realizados no estágio os mais comuns são: ASLO, Proteína Reativa
C (PCR), Fator Reumatóide e V.D.R.L test.
ASLO
A etreptolisina O, produzida por quase todas as cepas de Streptococus
pyogenes, é uma hemolisina oxigênio-lábil (inativa pelo oxigênio), com potente
antigenicidade. O anticorpo formulado contra ela, o antiestreptolisina O, tem se
tornado o indicador de infecções estreptocócicas e suas complicações, tais como a
febre reumática e glomerulonefrite aguda. A concentração de anticorpos
antiestreptolisina O aumento no final da primeira semana após a infecção
estreptocócica e atinge seu valor máximo entre a 3º e 5º semanas, retornando, na
maioria dos casos, ao nível normal do segundo ao quarto mês.
Material
o Kit para pesquisa de antiestreptolina O em amostras de soro, usando-se
partículas de látex revestidas com estreptolisina O por aglutinação indireta.
o Tubos de ensaio
o Estantes para tubos
o Rack de ponteiras
o Pipetas sorológicas
o Recipiente para descarte do material
o Salinas a 0,9%
Procedimento
Teste Qualitativo
1. Pipetar 25µl do soro do paciente em uma área do cartão-teste.
2. Homogeneizar a suspensão de látex e pipetar 25µl na mesma área da amostra.
3. Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente com uma
vareta plástica.
4. Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa fonte de luz, observar
durante 2 minutos a formação de uma eventual aglutinação.
Teste semi-qualitativo
1. Diluir o soro do paciente em salina (NaCl a 0,9%) 1:2, 1:4, 1:8, 1:16 e mais se
necessário.
2.Pipetar 25µl de cada diluição em cada área do cartão-teste
3. Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25µl em cada área onde se
encontra a diluição da amostra.
30

4. Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente com uma
vareta plástica (uma para cada diluição).
5. Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa fonte de luz, observar
durante 2 minutos a formação de aglutinação (vide resultado das leituras). O título da
amostra corresponderá a maior diluição em que ocorrer aglutinação. A concentração
de ASLO será dada pelo seguinte cálculo
Proteína Reativa (PCR)
Método para determinação da Proteína C Reativa (PCR) mediante aglutinação
de partículas de látex, sem diluição prévia da amostra. Somente para uso diagnóstico
in vitro. O método fundamenta-se em uma reação de aglutinação de partículas de látex
recobertas com Gama-Globulina anti-PCR, especialmente tratadas para evitar
aglutinações inespecíficas. A aglutinação é visível em amostra com concentração de
PCR igual ou superior a 6 mg/L, de acordo com as referências estabelecidas pelos
Padrões Internacionais da OMS.
Material
o Lâmina
o Controle Positivo (Ref. 144.P).
o Controle Negativo (Ref. 144.N).
o Bastões Misturadores
o Pipetas para medir as amostras e realizar diluições
o NaCl 150 mmol/L (0,85%)
o Cronômetro
Procedimento
Teste Qualitativo
1.Pipetar 25 µl do soro do paciente em uma área do cartão-teste.
2. Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25 µl na mesma área da amostra.
3. Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente com uma
vareta plástica.
4. Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa fonte de luz, observar
durante 2 minutos a formação de uma eventual aglutinação
Teste Semi-Qualitativo
1.Diluir o soro do paciente em salina (NaCl a 0,9%) 1:2, 1:4, 1:8, 1:16 e mais, se
necessário.
2.Pipetar 25 µl de cada diluição em cada área do cartão-teste.
31

3. Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25µl em cada área onde se


encontra a diluição da amostra.
4. Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente com uma
vareta plástica (uma para cada diluição).
5. Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa fonte de luz, observar
durante 2 minutos a formação de aglutinação (vide resultado das leituras).
O título da amostra corresponderá a maior diluição em que ocorrer aglutinação.
A concentração de PCR será dada pelo seguinte cálculo: Concentração (mg/litro) = 6
X D, onde 6 é a sensibilidade do teste e D, a maior diluição que apresenta aglutinação.
EXEMPLO: Se o título obtido for 1:8, a concentração aproximada de PCR existente
na amostra será: 6 x 8 = 48 mg/litro.
Fator Reumatóide (FR)
O diagnóstico da artrite reumática é amplamente baseado no exame clínico,
mas os testes radiológicos e laboratoriais são úteis para confirmar o diagnóstico
clínico e para avaliar a severidade e curso da doença. Um dos mais uteis marcadores
clínicos da artrite reumatoide e o termo usado para descrever uma variedade de
anticorpos (IgM, IgG, IgA e IgE) que podem se ligar ao fragmento Fc de uma
imunoglobulina G. São, portanto, uma anti-imunoglobulina. O imuno-latex FR é um
teste bastante sensível, que utiliza partículas de látex revestidas com IgG humana
altamente purificada, estabilizada e suspensa em tampão glicina pH 8,2.

Material
o Kit para pesquisa de fator reumatoide
o Tubos de ensaio 13x75 mm para diluição e titulação
o Pipetas sorológicas
o Estante para tubos e rack com ponteiras
o Recipiente para descarte do material
o Salina 0,9%

Procedimento
Teste Qualitativo
1.Pipetar 25µl do soro do paciente em uma área do cartão-teste.
2. Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25µl na mesma área da amostra.
32

3. Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente com uma
vareta plástica. 4. Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa fonte de
luz, observar durante 2 minutos a formação de uma eventual aglutinação.
Teste Semi-Qualitativo
1. Diluir o soro do paciente em salina (NaCl a 0,9%) 1:2, 1:4, 1:8, 1:16 e mais se
necessário.
2.Pipetar 25µl de cada diluição em cada área do cartão-teste.
3. Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25µl em cada área onde se
encontra a diluição da amostra.
4. Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente com uma
vareta plástica (uma para cada diluição).
5. Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa fonte de luz, observar
durante 2 minutos a formação de aglutinação (vide resultado das leituras). O título da
amostra corresponderá a maior diluição em que ocorrer aglutinação.
A concentração de FR será dada pelo seguinte cálculo: Concentração (UI/ml) = 8 X
D, onde 8 é a sensibilidade do teste e D, a maior diluição que apresenta aglutinação.
EXEMPLO: Se o título obtido for 1:8, a concentração aproximada de FR existente na
amostra será: 8 x 8 = 64Ul/ml.

V.R.D.L. test
A sífilis é uma doença venérea causada pelo Treponema pallidum, que possui
a capacidade de invadir as mucosas intatas ou a pele em áreas de abrasão. O contato
sexual é a forma mais comum de transmissão. A detecção e tratamento da doença
em seus estágios iniciais são fundamentais a fim de evitar complicações graves como
a sífilis cardiovascular, a neutrosífilis e a sífilis congênita. O diagnostico desta doença
sofre a carência de um método para cultivar o microrganismo em meios de laboratório
e a dificuldade para detectá-los nos estágios da doença nde não se observam lesões
epidémicas.
Apesar disso, desde o início da infecção aparecem no soro do individuo
infectado certas substâncias denominadas “reaginas” que reagem com antígenos de
cardiolipina, lecitina e colesterol. Estas reaginas juntamente com os sinais clínicos são
os procedimentos mais rápidos e uteis disponíveis para o diagnóstico.

Material
33

o 1 conta gota
o Agitador rotatório, ajustável a 180 r.p.m.
o Placa de vidro transparente com setores de aproximadamente 14 mm de
diâmetro cada um.
o Micropipetas capazes de medir volumes indicados.
o Microscópio

Procedimento
Teste Qualitativo
1. Pipetar 50 µL da amostra ou dos controles em uma cavidade da placa escavada
(placa de Kline).
2. Dispensar 20 µL da suspensão antigênica sobre a amostra. Não é necessário
misturar os dois componentes.
3. Colocar a placa em um agitador mecânico e agitar durante 4 minutos a 180 rpm.
4. Imediatamente após 4 minutos, observar o resultado ao microscópio utilizando o
aumento de 100x, comparando o resultado da amostra com os obtidos para os
controles positivo e negativo.
OBS: As leituras devem ser realizadas imediatamente após o período de agitação,
pois leituras tardias podem apresentar resultados falsos.
Teste Semi-Quantitativo
1. Preparar diluições seriadas do soro, 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32 em tubos de ensaio
utilizando solução salina (0,9%).
Adicionar 0,1 mL de solução salina em cada tubo. Transferir para o 1º tubo 0,1 mL da
amostra que apresentou teste qualitativo positivo. Misturar e transferir 0,1 mL do 1º
para o 2º tubo, misturar e transferir 0,1 mL do 2º para o 3º tubo e assim
sucessivamente até o 5º tubo. Obtêm-se diluições 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32,
respectivamente.
2. Pipetar 50 µL das diluições em cada cavidade da placa escavada (placa de Kline).
3. Dispensar 20 µL da suspensão antigênica sobre a amostra. Não é necessário
misturar os dois componentes.
4. Colocar a placa em um agitador mecânico e agitar durante 4 minutos a 180 rpm.
5. Imediatamente após 4 minutos, observar o resultado ao microscópio utilizando o
aumento de 100x, comparando o resultado da amostra com os obtidos para os
controles positivo e negativo.
34

6. Será considerado como título a maior diluição da amostra que apresentar


aglutinação microscópica. Se a aglutinação estiver presente até 1/32, continuar as
diluições a partir do 5º tubo e prosseguir com o teste.

5.3 Pós-Analítica
5.3.1 Elaboração de Laudo
O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem possuir instruções
escritas para emissão de laudos, que contemplem as situações de rotina, plantões e
urgências. O laudo deve ser legível, sem rasuras de transcrição, escrito em língua
portuguesa, datado e assinado por profissional de nível superior legalmente habilitado.
O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem garantir a
autenticidade e a integridade do laudo emitido, para tanto a assinatura do profissional
que o liberou deve ser manuscrita ou em formato digital, com utilização de processo
de certificação na forma disciplinada pela Medida Provisória nº 2.200-2/2001. (Incluído
pela Resolução - RDC nº 30, de 24 de julho de 2015)
Quando for aceita amostra de paciente com restrição, esta condição deve
constar no laudo. O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial que optarem
pela transcrição do laudo emitido pelo laboratório de apoio, devem garantir a
fidedignidade do mesmo, sem alterações que possam comprometer a interpretação
clínica. O responsável pela liberação do laudo pode adicionar comentários de
interpretação ao texto do laboratório de apoio, considerando o estado do paciente e o
contexto global dos exames do mesmo. O laudo de análise do diagnóstico sorológico
de Anticorpos Anti-HIV deve estar de acordo com a Portaria MS nº 59/2003, suas
atualizações ou outro instrumento legal que venha a substituí-la. As cópias dos laudos
de análise bem como dados brutos devem ser arquivados pelo prazo de 5 (cinco)
anos, facilmente recuperáveis e de forma a garantir a sua rastreabilidade. Caso haja
necessidade de retificação em qualquer dado constante do laudo já emitido, a mesma
dever ser feita em um novo laudo onde fica clara a retificação realizada.

Quadro 6. Itens mínimos que devem conter no laudo


a) identificação do laboratório;
b) endereço e telefone do laboratório;
c) identificação do Responsável Técnico (RT);
35

d) nº. de registro do RT no respectivo conselho de classe profissional;


e) identificação do profissional que liberou o exame;
f) nº. registro do profissional que liberou o exame no respectivo conselho de classe
do profissional
g) nº. de registro do Laboratório Clínico no respectivo conselho de classe
profissional;
h) nome e registro de identificação do cliente no laboratório;
i) data da coleta da amostra;
j) data de emissão do laudo;
k) nome do exame, tipo de amostra e método analítico;
l) resultado do exame e unidade de medição;
m) valores de referência, limitações técnicas da metodologia e dados para
interpretação;
n) observações pertinentes

Material
Documento que contém os resultados das análises laboratoriais, validados e
autorizados por um profissional legalmente habilitado
Procedimento
O procedimento realizado deve seguir as atribuições da RDC 302 e proceder
na produção do formulário com as regras especificas a serem seguidas do laboratório
em que atua para elaboração de laudo.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer do estágio foi aprimorado a capacidade profissional pois permitiu
adquirir conhecimento da rotina laboratorial e as necessidades desse campo além das
atividades desenvolvidas pelo farmacêutico analista clínico.
Foi possível aprender e capacitar-se cada vez mais na realização de análises
clínicas e suas áreas de estudo como microbiológicas, hematológicas e bioquímica
assim como na urinálise e parasitologia compreendida assim a fase analítica.
Foi possível compreender desde a orientação, coleta e triagem desenvolvendo a
fase pré-analítica, como também executada a fase pós analítica, otimizando dessa
forma a elaboração de laudo.
Entretanto, a experiência de laboratório trouxe conhecimentos básicos e rotineiros
vivenciados no laboratório de análises clínicas e funcionamento geral do mesmo, suas
normas e sua necessidade básica e a grande responsabilidade possibilitaram uma
visão técnica de amadurecimento de descobertas. Além das relações interativas e
cooperativas com os colegas do ciclo de estágio para desenvolver de forma
harmoniosa as atividades prestadas.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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WALLACH, JACQUES. Interpretação de exames laboratoriais: 6ª edição. Rio de


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2005 – Diário Oficial da União de 14 de outubro de 2005.
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laboratório para o diagnóstico das parasitoses humanas. 2ª ed. São Paulo:
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MURRAY, Patrick R.; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER, Michael A. Microbiologia
médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
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ANEXOS

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