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[UEM 2012] “O pensamento de Foucault gira em torno dos temas do sujeito, verdade,
saber e poder. É um pensamento que leva à crítica de nossa sociedade, à reflexão
sobre a condição humana. [...] Não há verdades evidentes, todo saber foi produzido
em algum lugar, com algum propósito. Por isso mesmo pode ser criticado,
transformado, e, até mesmo destruído. Foucault considera que a filosofia pode mudar
alguma coisa no espírito das pessoas. [...] Seu pensamento vem sempre engajado em
uma tarefa política ao evidenciar novos objetos de análise, com os quais os filósofos
nunca haviam se preocupado. Entre eles se destacam: o nascimento do hospital; as
mudanças no espaço arquitetural que servem para punir, vigiar, separar; o uso da
estatística para que governos controlem a população; a constituição de uma nova
subjetividade pela psicologia e pela psicanálise; como e por que a sexualidade passa
a ser alvo de preocupação médica e sanitária; como governar significa gerenciar a
vida (biopoder) desde o nascimento até a morte, e tornar todos os indivíduos mais
produtivos, sadios, governáveis.”
(ARAÚJO, I. L. Foucault: um pensador da nossa época, para a nossa época. In: Antologia
de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009. p. 225.)
Pelo exposto por Gilberto Cotrim sobre as ideias de Foucault, a principal função dos
micropoderes no corpo social é interiorizar e fazer cumprir
[UNESP 2014] Governos que se metem na vida dos outros são governos autoritários.
Na história temos dois grandes exemplos: o fascismo e o comunismo. Em nossa
época existe uma outra tentação totalitária, aparentemente mais invisível e, por isso
mesmo, talvez, mais perigosa: o "totalitarismo do bem". A saúde sempre foi um dos
substantivos preferidos das almas e dos governos autoritários. Quem estudar os
governos autoritários verá que a "vida cientificamente saudável" sempre foi uma das
suas maiores paixões. E, aqui, o advérbio "cientificamente é quase vago porque o
que vem primeiro é mesmo o desejo de higienização de toda forma de vício, sujeira,
enfim, de humanidade não correta. Nosso maior pecado contemporâneo é não
reconhecer que a humanidade do humano está além do modo "correto" de viver. E
vamos pagar caro por isso porque um mundo só de gente "saudável" é um mundo
sem Eros. (Luiz Felipe Pondé. “Gosto que cada um sente na boca não é da conta do
governo”. Folha de S.Paulo, 14.03.2012. Adaptado.)
Na concepção do autor, o totalitarismo
a) Na prisão, os delinquentes não são úteis nem econômica nem politicamente para o
sistema.
b)O objetivo das prisões é reeducar os delinquentes, ensinando-lhes uma profissão que
possa ser exercida ao saírem da prisão.
c) A prisão impede a reincidência e permite a correção do delinquente.
d)A prisão, para Foucault, longe de transformar os criminosos em gente honesta, serve
apenas para fabricar novos delinquentes.
e)A função da prisão é retirar os criminosos de circulação e do convívio social, e nada mais.
Contra
1. A redução da maioridade penal fere uma das cláusulas pétreas (aquelas que
não podem ser modificadas por congressistas) da Constituição de 1988. O artigo
228 é claro: “São penalmente inimputáveis os menores de 18 anos”;
2. A inclusão de jovens a partir de 16 anos no sistema prisional brasileiro não iria
contribuir para a sua reinserção na sociedade. Relatórios de entidades nacionais e
internacionais vêm criticando a qualidade do sistema prisional brasileiro;
3. A pressão para a redução da maioridade penal está baseada em casos isolados,
e não em dados estatísticos. Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Pública,
jovens entre 16 e 18 anos são responsáveis por menos de 0,9% dos crimes
praticados no país. Se forem considerados os homicídios e tentativas de homicídio,
esse número cai para 0,5%;
4. Em vez de reduzir a maioridade penal, o governo deveria investir em educação e
em políticas públicas para proteger os jovens e diminuir a vulnerabilidade deles ao
crime. No Brasil, segundo dados do IBGE, 486 mil crianças entre cinco e 13 anos
eram vítimas do trabalho infantil em todo o Brasil em 2013. No quesito educação, o
Brasil ainda tem 13 milhões de analfabetos com 15 anos de idade ou mais;
5. A redução da maioridade penal iria afetar, preferencialmente, jovens negros,
pobres e moradores de áreas periféricas do Brasil, na medida em que este é o perfil
de boa parte da população carcerária brasileira. Estudo da UFSCar (Universidade
Federal de São Carlos) aponta que 72% da população carcerária brasileira é
composta por negros.
A favor