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Matérias 19 e 20

REVISÃO
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no
meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. 1 Coríntios 11:25

Porque o precedente mandamento é abrogado por causa da sua fraqueza e inutilidade


Hebreus 7:18

Novo καινοσ kainos


1) novo
1a) com respeito à forma
1a1) recentemente feito, fresco, recente, não usado, não surrado

Testamento διαθηκη diatheke


1) disposição; arranjo de qualquer natureza que se espera que seja válido, última disposição que
alguém faz de suas posses terrenas depois de sua morte, testamento ou vontade
2) pacto, acordo, testamento

Precedente αθετηςισ athetesis


1) abolição, anulamento, remoção, rejeição

Mandamento εντολη entole


1) ordem, comando, dever, preceito, injunção
2) mandamento
Fontes Extra Bíblicas
Orígenes, em Contra Celsum começo do 2 sec.
Plínio, o Jovem, governador da Bitínia em 111 ou 112 d.C
SUETÔNIO (120 A.D.), historiador romano, oficial da corte de
Adriano
Públio Cornélio Tácito: governador da Ásia, pretor, cônsul,
questor, historiador romano (58 – 117 d.C)
Luciano de Samosata (125 – 181 d.C), satirista grego
Flávio Josefo: historiador romano do primeiro século
Manuscrito MARA BAR-SERAPIÃO (73 d.C.)
Alguns Talmudes Judeus dos primeiros séculos.
Mateus (gre) Matthaios
Mateus = “presente do Senhor”
1) filho de Alfeu, um dos 12 discípulos

Mateus (heb) Mattithyah ou


Mattithyahuw
Matitias = “presente de Javé”

Levi (gre) Leuis


Levi = “ligado”
Levi (heb) Leviy
Levi = “unido a”

Jerónimo (em De Viris Illustribus, cap. e


Eusébio de Cesareia citam Mateus como
autor do Evangelho dos Hebreus.
Fonte externa mostra Mateus como discípulo de Yoranan Bem Tacai;
fontes judaicas o mostra como discípulo de Jesus e de Tacai. O talmude o
apresenta como discípulo de Jesus, mas não descarta Tacai, e continuou
sendo Judeu. Ele escreveu para os judeus, usou genealogias e não
explicou os costumes da época, pois era claro para os judeus.

Talmude, significa aluno; Talmidin – discípulo; . Depois da destruição do


ano 70 d.C, o talmude teve que ser reescrito, o rabino incumbido disso
procurou os discípulos de cada mestre e perguntou o que ele ensinava e
foi transcrevendo. Não perguntou para os mestres porque o talmude é a
tradição oral, então teria que ficar apenas o que os discípulos guardaram
e que passariam adiante.
Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que diz: Mateus
2:17
Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Mateus 5:38

A história diz que Mateus foi missionário na índia. morreu na Etiópia,


apedrejado, queimado e decapitado.
E Barnabé aconselhava que
tomassem consigo a João,
chamado Marcos.
Atos 15:37

João (gre) Ioannes


João = “Jeová é um doador gracioso”

Joanã (heb) Yowchanan


Joanã = “Javé honrou”
Palavra Origem
de Yhvh e Chanan
Definição:
"o Senhor tem sido gracioso",
Marcos (gre) Markos
de origem latim:
Marcos = “defesa”
Eusébio de Cesaréia, História Eclesiástica ano (311): Conforme segue: "E João, o presbítero, também disse
isto: Marcos, sendo o intérprete de Pedro, tudo o que registrou, escreveu-o com grande exatidão, não,
entretanto, na ordem em que foi falado ou feito por nosso Senhor, pois não ouviu nem seguiu nosso
Senhor, mas, conforme se disse, esteve em companhia de Pedro, que lhe deu tanta instrução quanto
necessária, mas não para dar uma história dos discursos do nosso Senhor. Assim Marcos não errou em
nada ao escrever algumas coisas como ele as recordava; pois teve o cuidado de atentar para uma coisa:
não deixar de lado nada que tivesse ouvido nem afirmar nada falsamente nesses relatos.
Além de Papias discípulo do apostolo João (70 d.C.- 163 d.C.) de Eusébio, podemos citar outros
importantes nomes da patrística como defensores da autoria de Marcos, entre eles:
Irineu, bispo de Lyon discípulo de Inácio Ap. João (130 — 202): "Após o falecimento [de Pedro e Paulo],
Marcos, o discípulo e intérprete de Pedro, pessoalmente deixou-nos em forma escrita aquilo que Pedro
proclamara."
Clemente de Alexandria (150 -215): "Assim, quando a palavra divina estabeleceu-se entre os romanos, o
poder de Simão foi extinto e pereceu de imediato, juntamente com ele próprio. Mas uma grande luz de
piedade iluminou a mente dos ouvintes de Pedro, de modo que não lhes era suficiente ouvir uma vez nem
receber o ensino não escrito da proclamação divina, mas com todo tipo de exortação suplicaram a
Marcos, cujo Evangelho temos, que, como companheiro de Pedro, lhes deixasse um registro escrito do
ensino que lhes fora dado verbalmente. Também não interromperam os apelos até o convencer,
tornando-se assim a causa da história chamada Evangelho segundo Marcos. E eles dizem que o apóstolo
(Pedro), sabendo por revelação do Espírito o que fora feito, agradou-se com o zelo fervoroso expresso por
eles e ratificou a escritura para que fosse lida nas igrejas."
Orígenes de Alexandria (185-253): "Segundo aprendi com a tradição a respeito dos quatro evangelhos,
que são os únicos inquestionáveis em toda a Igreja de Deus em todo o mundo. (…) O segundo é de acordo
com Marcos, que compôs conforme Pedro explicou a ele, a quem também reconhece como seu filho em
sua Epístola Geral, dizendo: ‘A igreja eleita na Babilônia vos saúda, como também Marcos, meu filho’
Existe ainda o relato de Jerônimo (347- 420), Justino Mártir (100 - 165) e Tertuliano (160-220)que
defendem a autoria de Marcos. Há ainda um outro documento intitulado Prólogo Anti Marcionita (2º
sec.)que também cita Marcos como o autor deste evangelho.
Marcos escreveu para os judeus:
Os milagres de Jesus são similares e superam os de Elias e Eliseu, qualquer judeu vê isso e vê a
mensagem oculta nisso. Quando ele perguntou : que dizem os homens ser o filho do homem. A
resposta dizia que uns achavam ser Elias ou Elizeu ou uns dos profetas, o gentil nunca saberia
isso, mas chegaram a conclusão que Ele era superior, ele é o filho de Deus o messias, os judeus
entenderam isso os gentios não. Este é o evangelho de Pedro, Pedro ditou, marcos apenas
escreveu. Quando Roma diz que Marcos escreveu para os romanos é na intenção de levar
Pedro para Roma e fazê-lo Papa.
Por outro lado, existem várias evidências internas ao texto deste evangelho que
apontam uma forte influência de Pedro sobre os escritos de Marcos:
• O evangelho começa, logo após uma pequena preparação, com a chamada de Pedro, sem referência à
natividade de Jesus;
• Este evangelho focaliza o ministério de Jesus na Galiléia, e mais especialmente nos arredores de
Cafarnaum, cidade de Pedro;
• A vividez da narrativa indica que são experiências pessoais de uma testemunha ocular;
• São omitidos alguns pormenores que destacam a pessoa de Pedro, como sua confissão em Cesaréia de
Filipe e sua experiência de andar sobre o mar;
• As derrotas de Pedro, especialmente a sua negação a Jesus, é relatada minuciosamente.
Papias deixou claro que o Evangelho de Marcos não apresenta a narrativa dos fatos em ordem cronológica
e, segundo o Novo Comentário da Bíblia, "aparentemente, o evangelho segue um ordem homilética, em
vez de cronológica".

Quem foi Marcos? Alguns estudiosos acreditam que João Marcos, ou simplesmente Marcos, como ficou
conhecido, tivesse aproximadamente 20 anos deidade, ou fosse cerca de 10 a 15 anos mais jovem que os
discípulos na época da prisão e crucificação de Jesus. O seu nome João vem do grego Ioannes (IwannhV),
derivado do hebraico Yohanan, que significa "Yahweh tem sido gracioso". Seu segundo nome, Marcos,
tem origem no latim e significa "martelo grande".
Shemá Israel (em hebraico " ;‫שמע ישראל‬Ouça Israel") são as duas primeiras palavras da seção da Torá que constitui
a profissão de fé central do monoteísmo judaico (Devarim / Deuteronómio 6:4-9) no qual se diz ‫ה‬-‫ו‬-‫ה‬-‫שמע ישראל י‬
( ‫ה אחד‬-‫ו‬-‫ה‬-‫אלוהינו י‬Shemá Yisrael Ado-nai Elohêinu Ado-nai Echad - Escuta ó Israel, Ado-nai nosso Deus é Um

sh e
̂ nayim (heb) duplo - Yachid = unidade simples.
Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém,
ouvindo que Samaria recebera a palavra de
Deus, enviaram para lá Pedro e João. Atos 8:14

João (gre) Ioannes


João = “Javé é um doador gracioso”
João (heb) Yochanan
Senhor tem sido gracioso
Palavra Origem
de Yahveh (Senhor) e Chanan (gracioso).

E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos,


Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num
barco com seu pai, Zebedeu, consertando as
redes; Mateus 4:2
Entre as quais estavam Maria Madalena, e
Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos
filhos de Zebedeu. Mateus 27:56
(1) O escritor do livro era evidentemente judeu, conforme indicado por sua familiaridade com as opiniões
dos judeus. Jo 1:21; 6:14; 7:40; 12:34. Era habitante nativo da terra da Palestina, conforme indicado por
seu conhecimento cabal do país. Os pormenores mencionados a respeito dos lugares citados indicam
conhecimento pessoal deles. Ele referiu-se a “Betânia, do outro lado do Jordão” (Jo 1:28) e a ‘Betânia,
perto de Jerusalém’. (11:18).
(2) Narrador Homodiegético (homo = mesmo; diegético = historia); O escritor, demonstra que se tratava
duma testemunha ocular. Cita o nome das pessoas que disseram ou fizeram certas coisas (Jo 1:40; 6:5, 7;
12:21; 14:5, 8, 22; 18:10); entra em pormenores quanto à hora em que sucederam os eventos (4:6, 52;
6:16; 13:30; 18:28; 19:14; 20:1; 21:4); O escritor era apóstolo. Ninguém, a não ser um apóstolo, podia ter
sido testemunha ocular de tantos eventos ligados ao ministério de Jesus; também, seu conhecimento
íntimo da mentalidade, dos sentimentos e das motivações pelos quais Jesus disse ou fez certas coisas,
revela que ele era um do grupo dos 12 que acompanhou Jesus em todo o seu ministério. Por exemplo, ele
nos conta que Jesus fez a Filipe uma pergunta para prová-lo, “pois ele mesmo sabia o que ia fazer”. (Jo 6:5,
6) Jesus sabia “em si mesmo que seus discípulos estavam resmungando”. (6:61).
Desde o século II a tradição da Igreja reconhece que é o apóstolo João o autor do quarto evangelho.
Ireneu (discípulo de Inácio Ap. João 130 — 202); atesta: “João, discípulo do Senhor, aquele que se
reclinou sobre o peito escreveu também o evangelho durante a permanência em Éfeso”.
Aparece em quase todos os catálogos antigos, sendo neles aceito sem questão como autêntico. As
epístolas de Inácio de Antioquia (c. 110 dC) contêm claros sinais de que ele usou o Evangelho de João,
como também acontece com os escritos de Justino, o Mártir, uma geração depois. É encontrado em todos
os códices mais importantes das Escrituras Gregas Cristãs Sinaítico, Vaticano, Alexandrino, Ephraemi,
Bezae, Washington I e Koridethi bem como em todas as versões primitivas. Um fragmento deste
Evangelho, contendo parte do capítulo 18 de João, encontra-se no papiro John Rylands 457 (P52), da
primeira metade do segundo século. Também, partes dos capítulos 10 e 11 de João são encontrados no
Papiro Chester Beatty N.° 1 (P45), e uma grande parte do livro inteiro se encontra no Papiro Bodmer N.° 2
(P66) do início do terceiro século.
Acontece que a esse testemunho de Ireneu contrapõe-se uma declaração de Papias, citada por Eusébio em sua História
Eclesiástica (III,39), em um prefácio à obra sobre as “palavras do Senhor”. O que chama atenção no comentário de Papias
é que cita duas vezes um “João”. Uma vez ele aparece numa lista dos apóstolos conhecidos. Depois é mencionado um
“velho João” o presbítero.
Motivações para obra
teólogos, mais conservadores, defendem que tal evangelho tenha sido escrito como uma
resposta ao gnosticismo. Para tais autores, a similaridade de linguagem era para favorecer a
compreensão da verdade a respeito do Logos, mas na verdade o autor intencionava em
corrigir as visões gnósticas, pois tais visões não são compatíveis com o verdadeiro
cristianismo.
João usou com propriedade palavras como, Pai, Graça, Unigênito, Verdade, Palavra, Luz, Vida,
Homem e Assembléia; para resgatá-las do abuso dos gnósticos, esse fato demonstra que ao
primeiro proposito do evangelho de João era combater as heresias gnósticas.
Entretanto é importante que se diga que o Evangelho parece ter tido um propósito realmente
apologético, fato que vários teólogos têm reconhecido mais recentemente. Russel Norman
Champlin parece esboçar essa opinião quando diz: “o evangelho de João foi escrito como
refutação das idéias gnósticas básicas, ao invés de ter sido um reflexo das mesmas”.
Pode ser que João tenha a princípio escrito assim tentando contextualizar as Boas Novas de
Jesus para uma comunidade que começava a se interessar, ou a ser influenciada, por um
gnosticismo incipiente. https://marceloberti.wordpress.com/2013/10/07/introducao-ao-evangelho-de-joao/
Características literárias
O Quarto Evangelho e tão diferente dos Sinópticos que, deve-se encarar a questão se ele
registra acuradamente os ensinos de Jesus ou se o autor se preocupa primariamente com a
tradição e a teologia, ao ponto de a historia ser absorvida na interpretação teológica.
O estilo literário empregado no Evangelho de João é marcado pela simplicidade, não
possuindo muita elegância, sendo sua forma estritamente peculiar entre os Evangelhos,
principalmente quando levamos em consideração os vocábulos usados, bem como sua
gramática.
Além desse uso simplório das palavras, as sentenças no Evangelho de João são simples,
construídas com uma gramática básica, seguindo um tipo de paralelismo hebraico. O
evangelho é hebraico no seu raciocínio e grego koinê na linguagem, o vocabulário é o mais
limitado de todos os evangelhos, mas de mais profundo significado implícito.
uma frase é muitas vezes repetida, especialmente nos diálogos, onde, pela repetição
constante, os mesmos são mantidos claramente na mente do leitor

Suas citações do Antigo Testamento são da Septuaginta e não do texto hebraico.


A mensagem teológica de João
Temos, portanto, a manifestação da salvação no Evangelho de João: Jesus é o enviado de Deus
que revela a mensagem de salvação, sendo, ele próprio, a salvação. (1) Eu sou a luz do mundo
(8:12); Eu sou a ressurreição e a vida (11:25).

O evangelho de João tem como primazia defender que Jesus, a salvação de Deus, é o próprio
Deus encarnado. Para esse efeito ele repete varias vezes a expressão “eu sou”, além, de usar
termos como unigênito (1:14) e “eu e o Pai somos um” (10:30; 14:9-11).
A chave para a soteriologia no Evangelho de João aparenta estar em conhecer “aquele que o
Pai enviou” (5,24). Mais do que uma identidade de sua divindade, apresenta Jesus como um
“enviado”, aquele que desvenda a revelação. Isso coloca o Jesus do Evangelho de João, como o
revelador da salvação. Podemos afirmar que, no Evangelho de João, o reconhecimento do
enviado do Pai revela o acesso à Vida Eterna. Portanto, Cristologia e Soteriologia são
entrelaçadas na apresentação deste Evangelho.
João completa sua soteriologia inserindo o tema pneumatólogico, onde por uma progressão
natural ele insere o Espirito como um sucessor ingênito da Palavra (14:16,17; 16:7-14).
Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus
cooperadores. Filemom 1:24

Lucas (gre) Loukas


Latin Lucanus; n pr m
Lucas = “que dá luz”
1) cristão gentil, companheiro de Paulo na
pregação do evangelho e em suas muitas
viagens; era médico. Também escreveu
Lucas e Atos, no NT

Saúdam-vos Timóteo, meu cooperador, e


Lúcio, Jasom e Sosípatro, meus parentes.
Romanos 16:21
Loukios: Lucius, o nome de dois cristãos
Transliteração: Loukios
Definição: Lúcio, (a) de Cirene, um cristão
primitivo, na igreja de Antioquia, por alguns
identificados com o evangelista Lucas, (b)
um cristão com Paulo em Corinto, por
alguns identificados com (a).
Um dos primeiros bispos da Igreja, Eusébio de Cesaréia, nascido por volta de 260 D. C., escreveu um
clássico sobre a história da Igreja, intitulado História Eclesiástica. No capítulo 4, “ Os primeiros sucessores
dos apóstolos”, ele menciona Lucas: “ Mas Lucas, nascido em Antioquia e médico de profissão, por muito
tempo companheiro de Paulo e bem familiarizado com os outros apóstolos, nos deixou em dois livros
inspirados as instituições daquela arte de cura espiritual que deles obteve. (...) Também se diz que Paulo
costumava citar o evangelho de Lucas, uma vez que quando escrevia sobre algum evangelho, chamando-o
seu, dizia: “ de acordo com o meu evangelho” ”.

No "Prólogo Anti-Marcionita ao Evangelho de São Lucas (começo sec. 2): “Lucas é um sírio de Antioquia,
sírio pela raça, médico de profissão. Tornou-se discípulo dos apóstolos e mais tarde seguiu a Paulo até ao
seu martírio. Tendo servido o Senhor com perseverança, solteiro e sem filhos, cheio da graça do Espírito
Santo, morreu com 84 anos de idade”.

Tradições mais tardias desenvolveram-se a partir daqui. Epifânio de Salamina assegura que Lucas era um
dos Setenta Discípulos (Panarion 51.11), e João Crisóstomo refere que o "irmão" referido por Paulo na
segunda epístola aos Coríntios, 8:18 ou é Lucas ou é Barnabé.

J. Wenham assevera que Lucas era "um dos Setenta, um dos discípulos de Emaús, parente de Paulo e de
Lúcio de Cirene.".
A tradição cristã antiga, desde Irineu de Leão (discípulo de Inácio Ap. João130 — 202); (Adv.
Haer, III, 1,1; 14,1) até o fim do século II, não tem dúvidas a este respeito da autoria de Lucas”.

A visão de que Lucas-Atos foi escrito pelo médico Lucas foi unânime na igreja cristã primitiva.
O Papiro de Bodmer XIV (P75), o mais antigo manuscrito conhecido contendo o início do
evangelho (que data de cerca de 200 AD), usa o título "Evangelho Segundo São Lucas". Quase
todas as fontes antigas também compartilhou dessa teoria. Irineu, Tertuliano, Clemente de
Alexandria, Orígenes e o Cânone Muratori consideram unanimente Lucas como o autor do
Lucas-Atos. Nem Eusébio de Cesareia, nem qualquer outro escritor antigo menciona outra
tradição sobre a autoria desse Evangelho.

Referência mais antiga que se tem sobre o Cânon do NT está num manuscrito descoberto pelo
sacerdote italiano Ludovico A. Muratori, datado do século II, conhecido como Cânon de
Muratori. Nele estão relacionados os 4 evangelhos, as cartas de Paulo, Judas, 1 e 2 João e
Apocalipse. No ano séc. 4, quando Jeronimo compilou a Bíblia (Vulgata), a igreja católica
oficializou a canonicidade dos 27 livros.
Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-
los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem,
havendo-me já informado minuciosamente de tudo
desde o princípio;
Para que conheças a certeza das coisas de que já
estás informado. Lucas 1:3,4

O Easton's Bible Dictionary, considerando que Lucas se


refere a Teófilo com o mesmo honorífico que Paulo se
dirige a Festo em Atos 26:25, supõe que Teófilo era uma
pessoa importante, possivelmente um oficial romano.

Segundo John Wesley, o honorífico “excelentíssimo” era


usado para os governadores romanos. Teófilo seria um
personagem importante de Alexandria.

Teófilo seria o patrono de Lucas, a quem ele dedica o livro,


segundo Matthew Henry.

Albert Barnes comenta sobre a hipótese de que Teófilo não


seria o nome de uma pessoa, mas teria o significado literal
de "amigo de Deus", ou um homem piedoso, porém rejeita
esta hipótese por causa do tratamento honorífico. Teófilo
provavelmente seria um grego ou romano convertido, um
Os sumo sacerdotes deste período foram amigo de Lucas, que havia pedido um relato sobre os
Caifas, Teófilo (Yedidiya) Ben Hanan, Simão eventos, e havia recebido uma carta privada, que ele
Ben Boethus, Hanan Ben Hanan. mesmo publicou.

https://www.diosenlared.net/sumos-
sacerdotes-ii
Características Literárias
Podemos destacar 3 estilos literários muito característicos e predominantes no Evangelho de
Lucas:
a) Estilo literário técnico do prologo, em grego retorico (Lc 1:1-4), demonstra que seu
primeiro interlocutor era alguém culto: “Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a
narração dos fatos que entre nós se cumpriram,” Lucas 1:1

b) Grego semitizante, narração da infância de Jesus, influencia de costumes e expressões


judaicas corrente na época de Jesus, mostra que um de seus objetivos era interagir com
judeus, assim ancora o início da vida de Jesus aos preceitos da Torah (Lc 1:5- 2:52). “E, quando
acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para a sua cidade de
Nazaré.” Lucas 2:39

c) Grego Koinê corrente em sua época, demonstra seu principal objetivo, se fazer entendido
por todos, tanto judeus com gentios: “E em seu nome se pregasse o arrependimento e a
remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.” Lucas 24:47
Características Literárias
A objetividade da linguagem e os recursos literários:
1) Lucas se serviu de fontes de informação (cf. Lc 1,1-4);
2) Investigou tudo desde o princípio (cf. Lc 1,3);
3) Lucas abre o ministério de João Batista e de Jesus com um quadro cronológico (cf. Lc 3,1-2)
unindo a história civil com a história da salvação.
4) Como historiador, que não é possível ser preciso em todos os dados, daí seu cuidado de não
usar exatidão no tempo: Lc 1,56 (cerca de três meses), Lc 3,23 (cerca de trinta anos), Lc 9,14
(cerca de cinco mil ), Lc 9,28 (cerca de oito dias) Mc e Mt usam cifras claras.
5) Mesmo não sendo um palestinense, Lucas é preciso em algumas notícias geográficas (Lc
4,31).
6) Lucas geralmente combina duas figuras a representar atitudes ou sentimentos opostos, o
que revela o esmerado gosto literário do autor, o paralelismo é uma forte influência judaica,
duas irmãs, Maria se dedica ao único necessário e Marta se dispersa atarefada (cf. Lc 10,38-
42); dois homens oram no templo, um fariseu soberbo e outro publicano humilde (cf. 18,9-14);
dois ladrões cercam Jesus crucificado comportando-se diversamente (cf. 23,39-43).
A mensagem teológica de Lucas
1) Jesus, sua identidade e missão:

a) Jesus de Nazaré é o Senhor (cf. Lc 7,13.19; 10,1.39.41; 11,39; 12,42; 13,15; 16,8;
17,5-6; 18,6; 19,8; 22,31.61; 24,3).

b) Jesus é o Salvador do mundo (cf. Lc 1,47.69.77; 3,6; 19,9). A ação salvadora de Jesus é
oferecida a todos, fato demonstrado conversão de Zaqueu, na atenção especial para com os
samaritanos.

c) Jesus e sua missão de libertar os pobres, os oprimidos cf. 4,14-21; 13,10-13; 14,15-23; 16,19-
31; 17,11-19; 18,9-14).

d) Jesus é o profeta de Deus (cf. Lc 7,12.15,16; 9,54, 61,62; 22,42-44; 24,50).


Nimshal = Tecnicamente significa moral. É a A síncrise opõe palavras que já são de natureza
verdade mais profunda que está sendo opostas, enquanto o paradoxo opõe ideias
sugerida na história. opostas entre si, como visto no exemplo acima.
Mashal = parábola. É uma história ou A escola literária que mais utilizou essas figuras
comparação por causa de transmitir uma foi o Barroco em virtude da conturbação de
verdade mais profunda. sentimentos, ideias e desejos tão comuns à
época.
Matéria 20
Os Atos dos Apóstolos (em grego: Πράξεισ των Αποςτόλων; transl.: ton praxeis apostolon; em
latim: Acta Apostolorum) é o quinto livro do Novo Testamento. Geralmente conhecida apenas
como "Atos“.

O Evangelho de Lucas e o livro de Atos formavam apenas dois volumes de uma mesma obra, à
qual daríamos hoje o nome de História das Origens Cristãs. Lucas provavelmente não atribuiu
a este segundo livro um título próprio. Somente quando seu evangelho foi separado dessa
segunda parte do livro e colocado junto com os outros três evangelhos é que houve a
necessidade de dar um título ao segundo volume. Isso se deu muito cedo, por volta de 150
d.C. Tanto em sua intenção quanto em sua forma literária, este escrito não é diferente dos
quatro evangelhos.
Escritores dos séculos II e III fizeram várias sugestões para nomear essa obra, como O
memorando de Lucas (Tertuliano 160 — 220 ) e Os atos de todos os apóstolos (Cânon Muratori
século VII). O nome que finalmente iria consagrar-se aparece pela primeira vez no prólogo
Anti-Marcionita de Lucas final do século II e em Ireneu (130 — 202) A palavra Atos denotava
um gênero ou subgênero reconhecido, caracterizado por livros que descreviam os grandes
feitos de um povo ou de uma cidade. O título segue um costume da literatura helenística, que
conhecia os Atos de Aníbal, os Atos de Alexandre, entre outros.
Autor do Livro
Tradicionalmente, a data de composição do Evangelho de Lucas é fixado antes dos eventos finais do livro
de Atos, entre os anos 59 e 63 d.C. O autor do Evangelho de Lucas reconhece a familiaridade com outros
evangelhos anteriores (1:1)., embora o semitismo exista por todo livro, a obra foi composta em grego
koiné tal como Marcos (mas ao contrário de Mateus), o público alvo é a população de gentios de língua
grega, assegurando aos leitores que o cristianismo não uma seita exclusivamente judaica, mas uma
religião mundial.
O escritor deste evangelho anônimo foi provavelmente um gentio cristão. Seja quem tiver sido o autor, ele
foi uma pessoa muito bem educada, bem viajada, bem conectada com os eventos do mundo antigo, além
de um prolixo leitor. Na época em que compôs o Evangelho, ele deve ter sido um autor altamente
praticado e competente, sendo capaz de compor numa ampla variedade de formas literárias de acordo
com as exigências do momento.
O Evangelho de Lucas e os Atos dos Apóstolos foram escritos pelo mesmo autor. A evidência mais direta
vem do prefácios de cada livro. Ambos os prefácios foram dirigidas a Teófilo e o prefácio de Atos
explicitamente faz referência ao «meu livro anterior sobre a vida de Jesus» (Atos 1:1). Além disso, há
semelhanças linguísticas e teológicas entre as duas obras, sugerindo que elas têm um autor em comum.
Ambos os livros contêm também interesses comuns e referências cruzadas, indicando que eles são do
mesmo autor. Os estudiosos da Bíblia que consideram os dois livros como uma única obra em dois
volumes, referem-se ao conjunto como Lucas-Atos.
Data:
Algumas considerações devem ser avaliadas:
(1) Não é mencionada nenhum material paulino em Atos. Portanto Atos foi escrito antes da circulação
universal das carta de Paulo. Portanto Atos foi escrito antes do segundo século.

(2) Não é mencionada a Queda de Jerusalém. Isso aconteceu no ano 70d.C com General Tito. Portanto,
Atos foi escrito em data anterior a esta.

(3) Não é mencionada a morte de Paulo. Isso sugere que Paulo ainda estava vivo enquanto Lucas coletava
informações sobre os fatos mencionados. Se a tradição está correta, Paulo morreu debaixo do governo de
Nero, que findou por volta do ano 68 d.C. Portanto, Atos foi escrito antes dessa data.

(4) Não é mencionada a perseguição de Nero contra os cristãos. Segundo a história, a perseguição de
Nero, iniciada no ano de 64d.C., foi a mais cruel. Portanto, Lucas escreveu Atos antes de 64d.C.

À luz dessas considerações podemos concluir que Atos foi escrito antes de 64d.C. Alguns comentaristas
tem sugerido que Lucas tenha escrito o livro durante os eventos narrados no fim dele, o que sugere uma
data entre 61d.C e 63d.C.
Missão da Igreja
Enquanto que Lucas dedica não mais de sete capítulos à igreja em Jerusalém, o restante
(outros vinte e um capítulos) relata a expansão do Cristianismo até a cidade mais importante
da época, Roma. A ênfase, portanto, é na missão aos Gentios – ainda que Paulo procure
sempre os judeus em primeiro lugar (Rm.1.16). Lucas narra a conversão de Paulo três vezes
(9.1ss; 22.3ss; 26.2ss); como o evangelho chegou aos gentios duas vezes (10.1ss; 11.4ss); o
decreto de Jerusalém sobre os Gentios três vezes (15.20, 29; 21.25). É observável que mesmo
sendo fundada por judeus em Jerusalém, a igreja se torna um plano universal desassociado do
judaísmo, onde a soteriologia é Cristo, não as leis judaicas.

O Espírito Santo
A direção do Espírito Santo se faz presente no desenrolar da história que Lucas conta em
At.2.1-4; 6.3; 11. 28; 13.2; 15.28; 16.7; 21.11. No final de Lucas, Jesus faz uma transição natural
entre sua obra e a do Espirito, agente responsável em aplicar a soteriologia cristocêntrica no
mundo. O livro dos Atos com certeza é o livro dos Atos do Espírito por intermédio dos
primeiros cristãos.
Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão
estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e
da carne sufocada, e da fornicação, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.
Atos 15:28,29

Na êmeth pareceu bem ao Ruarh Ha’Kodesch e a nós, não vos impor mais encargo algum,
senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos idolos, e do
sangue, e da carne sufocada, e da imoralidade sexual, das quais coisas bem fazeis se vos
guardardes. Bendita seja vossa saúde!. Atos 15:28,29 Peshitta

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